As proteínas assumem conformações que são definidas pelas interações, todas fracas, que
mantém com a bicamada. As proteínas de membrana são a identidade bioquímica de estruturas que
operam como canais, carregadores, receptores, etc. (diapositivo 3).
As figuras nos diapositivos 8,9,10 reveem propriedades do solvente biológico água, dipolo
permanente e formação de pontes de H. Nas temperaturas nas quais existem os sistemas biológicos,
pontes de H das moléculas de água entre si determinam propriedades físico-químicas do líquido.
Estas estabelecem que solutos na água se dissolverão se interagirem com as moléculas do solvente,
por pontes de H ou por interação eletrostática. Outras espécies em relação à água serão hidrofílicas
ou hidrofóbicas. Os lipídios que formam a bicamada, têm nas extremidades da dimensão
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predominante caráter hidrofílica e hidrofóbico o que determinada a formação de bicamadas quando
as moléculas são imersas em água. As moléculas são denominadas anfipática ou anfifílicas (diapositivo
11)
Fosfoglicerídios são formados pelo glicerol, um triálcool. Ácidos graxos são esterificados a
duas das hidroxilas do glicerol. As cadeias de hidrocarboneto destes ácidos graxos podem ter até
20 C ou mais, e, entre eles, ligações simples e algumas duplas. Um fosfato está ligado à outra
hidroxila. A ele liga-se um amino-álcool, ou um açúcar. Com certa abundância ocorre a
esfingomielina, derivada da esfingosina, à qual se esterifica um ácido graxo. Contém fosfato.
Glicolipídiossão derivados da esfingosina. O colesterol é um lipídio que ocorre nas membranas de
células eucarióticas. Os anéis (ciclopentanoperhidrofenantreno) conferem volume e rigidez à
molécula. O escrutínio das moléculas de lipídios destaca que são moléculas longas, e na dimensão
predominante uma extremidade tem caráter hidrofílico e a outra hidrofóbico. Esta característica
determina interações hidrofóbicas quando as moléculas são imersas em água líquida. As interações
determinam estruturas supramoleculares, micelas ou bicamadas lipídicas (diapositivo 16).
Como se verá em capítulos seguintes, a permeação da bicamada lipídica por algumas espécies
químicas depende da hidrofobicidade relativa do soluto e do seu coeficiente de difusão na bicamada
(Ds). Este é tanto maior quanto maior for a viscosidade da fase. Cadeias de hidrocarboneto com
insaturações têm dobras, que reduzem a interação entre as cadeias, por forças de van der Waals,
reduzem a viscosidade da bicamada e, portanto, a permeabilidade aos solutos que, por sua
hdirofobicidade, penetram na fase.
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Proteínas nas membranas celulares.
EPITÉLIOS
Nas organizações pluricelulares dos sere vivos, volumes do meio externo, contínuos de fato
com o meio externo, são interiorizados na estrutura do organismo. São exemplos, o lúmen do trato
gastrintestinal, a luz da árvore respitória, desde a traqueia até os alvéolos e a luz dos nefros,
iniciando-se no glomérulo e estendendo-se pelos ureteres até a bexiga e desta, pela uretra, até o
meio externo. Estes volumes de espaço externo são separados do meio extracelular, plasma e
interstício, por epitélio, estruturas celulares, organizadas em monocamadas, pelas quais se dão as
transferências de matéria. As células epiteliais interligam-se fisicamente no bordo mais próximo ao
meio externo por junções firmes (“tight junction”). Estas junções delimitam um bordo apical e um
bordo basolateral, domínios de membrana na células nos quais diferentes sistemas transportadores
existem (diapositivos 32 e 33). O equipamento bioquímico diferenciado para o transporte, nos dois
domínios, permtirá à célula realizar transporte de solutos e de água no sentido da absorção, na maior
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parte dos epitélios, ou da secreção em outros. As células epiteliais estão assentadas na membrana
basal, acelular, e imediatamente próximas da rede capilar.
ENDOTÉLIOS
O diâmtro dos capilares é reduzido, de 5 a 10 μm. Por eles as células sanguíneas passam em
filas e o plasma em pequenos volumes entre elas.