Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Comerciais
e
Marketing Imobiliário
_____________________________________________________________________________________
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1
Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro
de 1998.
Sumário
1.1 - ORGANIZAÇÕES
1.2 - ADMINISTRAÇÃO
1.3 – FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
1.4 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
1.5 - TIPOS DE EMPRESAS - POR NATUREZA JURÍDICA E POR FATURAMENTO
1.5.1 – Classificação por natureza jurídica
1.5.2 – Classificação por faturamento
1.5.3 – Simples Nacional
1.5.4 – Empresa Imobiliária
Vamos fazer uma abordagem básica sobre a administração, e apresentar variantes para
aplicação mais específica ao mercado imobiliário. São informações importantes para entender o
funcionamento das empresas, seja para quem pretende ter sua própria imobiliária, como para quem irá
trabalhar em outra imobiliária e pretende crescer profissionalmente.
O conhecimento de Administração é necessário tanto para o proprietário de uma pequena imobiliária, como para quem visa um
cargo de chefia em uma grande imobiliária.
1.1 – ORGANIZAÇÕES
Tanto um grupo empresarial, como um grupo de amigos que combinam um passeio, são considerados organizações e
precisam ser administrados.
No nosso curso, vamos tratar especificamente de um tipo de organização que são as empresas,
que podemos definir como uma organização constituída de recursos humanos (pessoas,
conhecimento), materiais (equipamentos, produtos), e financeiros (dinheiro, investimento), com o
1.2 – ADMINISTRAÇÃO
Administração é a gestão dos recursos necessários para realizar alguma tarefa, de forma a obter
o melhor resultado possível. Em uma empresa, significa gerenciar os recursos humanos, materiais e
financeiros (o tripé que constitui uma empresa), de modo a otimizar a relação entre os insumos
aplicados e o resultado obtido, objetivando a maximização do lucro.
A administração deve estar presente em todos os tipos de empresas, seja indústria, comércio ou
prestação de serviços, desde um pequeno negócio doméstico até grandes multinacionais.
De um modo mais simplista, a administração também deve estar presente em nossa vida
pessoal. Podemos não perceber, mas é através da boa administração pessoal que organizamos nosso
orçamento, mantendo as contas em dia, planejamos nossas férias, nossos objetivos, nosso futuro.
Vamos agora, apresentar as funções básicas da administração, que são muito fáceis de serem
entendidas, pois seguem uma ordem bem intuitiva: planejar, organizar, dirigir e controlar.
- Planejamento: essa etapa é a principal, pois é onde se determina qual o objetivo a ser alcançado, de
que forma e em que prazo (o quê, como e quando), analisando o ambiente interno e externo, e traçando
as linhas gerais de como atingir esse objetivo.
- Organização: define de que forma executar o que foi estabelecido no planejamento, com
detalhamento das atividades necessárias, os recursos a serem utilizados, definição de funções e
responsabilidades, cronograma com os prazos de cada etapa, custos, bem como indicação das
ferramentas de controle a serem utilizadas para mensuração dos resultados ao final das etapas.
Organizar é definir “quem, como e quando”, determinando a utilização dos meios para atingir as metas do Planejamento.
- Direção: comanda a execução das atividades definidas na etapa anterior (organização) de modo a
encaminhá-las para o atingimento do objetivo, através da liderança e motivação da equipe.
Controlar é confrontar os resultados obtidos com as metas estabelecidas, e propor correções, quando necessário.
A estrutura organizacional representa a forma como uma empresa está constituída, tanto por
setores (atividades) como por hierarquia (liderança e responsabilidade). É muito útil, pois permite uma
visão clara do funcionamento da empresa.
Ela não significa uma divisão da organização, mas sim a divisão do trabalho, a definição do
caminho das tarefas, bem como da hierarquia entre as pessoas, determinando um fluxo de comando e
de atividades, chamado organograma.
Pode ter diferentes formas, dependendo do tipo de empresa e de como ela desempenha suas
atividades. Vejamos a seguir:
Linear: prioriza a unidade de comando, ou seja, cada função está subordinada a apenas um chefe.
Existe uma linha de comando única que segue o desenho da hierarquia.
Funcional: é a estrutura organizada por funções como comercial, produção, RH etc., porém, pode
haver interação entre os diversos departamentos, diferenciando-se da Linear por não existir apenas
uma única linha de comando.
A linha tracejada representa a diversidade de comando, onde um chefe interage com o subordinado de outra chefia.
- Departamentalização
Dentro da estrutura organizacional existe a departamentalização, que diz respeito à forma como
os departamentos de cada organização serão distribuídos para que se obtenha um melhor resultado da
estrutura.
Isso porque a atuação de cada empresa é diferente, levando em conta seu tipo de produto,
público-alvo, distribuição, rotina de trabalhos etc.
Existem departamentalizações por produtos ou serviços, por clientes, processos, projetos,
geográfica, funcional e matricial.
Por produtos ou clientes: A empresa pode estruturar-se de acordo com produtos (como hipermercados,
com seções de eletroeletrônicos, alimentos, higiene etc.), ou por clientes, como lojas de departamentos
(com seções infantil, feminino e masculino):
– Geográfica: a estrutura atende por regiões de interesse. Numa indústria pode ser mais adequado
estar próximo do fornecedor de matéria-prima, ou talvez do mercado consumidor; já uma imobiliária
pode ter equipes fixas que atuam em determinadas regiões:
Existe também uma “estrutura informal” dentro das empresas, que surge das relações
interpessoais desenvolvidas ao longo do tempo. Apresenta algumas vantagens, como a agilidade em se
obter algo de outro departamento sem ter que passar pela burocracia do fluxo formal através das
chefias, porém, também há desvantagens, uma vez que dificilmente se tem o controle sobre essas
atividades que, por vezes podem ser prejudiciais para a empresa.
No Brasil temos diferentes tipos de classificação de empresas, que podem ser quanto ao porte
(número de sócios/composição do capital), ao faturamento (microempresa – ME, e empresa de
pequeno porte – EPP), e até quanto à atividade (Simples Nacional). É importante saber que elas não
Empresa Individual (EI) – constituída por um único proprietário, o qual responde integralmente pela
empresa, inclusive com seu patrimônio pessoal. Leva o nome do proprietário, mas permite o uso de um
nome fantasia.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) – como no caso anterior, tem apenas um
proprietário, a diferença é que sua responsabilidade se limita ao capital da empresa que deve
corresponder a pelo menos 100 salários-mínimos, não comprometendo assim, seu patrimônio pessoal.
Sociedade Limitada (Ltda.) – trata-se de uma estrutura composta por duas pessoas ou mais. Por esse
motivo, existe a necessidade de um Contrato Social que definirá cotas, responsabilidades e outros
detalhes da sociedade.
Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) – foi definida através da Lei de Liberdade Econômica como uma
variante da Sociedade Limitada, porém, constituída por apenas uma pessoa, ou seja, um "sócio único".
Assim como a EIRELI, também tem responsabilidade limitada ao capital da empresa, mas com a
vantagem de não se exigir capital mínimo.
Sociedade Anônima (S/A) – é uma sociedade onde o capital é distribuído através de ações. Pode tanto
ser de capital aberto com ações negociadas na bolsa de valores, quanto ser de capital fechado, não
negociado.
OBS.: Como sabemos, as leis vêm sendo frequentemente alteradas com o objetivo de se adaptar às
novas condições que surgem ao longo do tempo. Portanto, é imprescindível que o aluno mantenha-se
constantemente atualizado com relação às alterações das leis.
Há um tipo de empresa com natureza jurídica já definida como microempresa pelo seu
faturamento, que é a microempresa individual (MEI). A seguir estão os tipos de enquadramento que as
empresas poderão ser classificadas:
Microempresa Individual (MEI): como o nome já diz, é individual, leva o nome do proprietário, pode ter
apenas um funcionário e é obrigatório seu enquadramento no Simples Nacional. Tem limite de
faturamento anual, não podendo ultrapassar o valor estabelecido por lei*.
ME (Microempresa): poderão ser enquadradas as empresas com receita anual maior que o definido
para MEI, mas dentro da faixa estabelecida na lei*.
EPP (Empresa de Pequeno Porte): poderão ser enquadradas as empresas com receita anual acima do
valor definido para ME, e que não ultrapasse o limite estabelecido na lei*.
OBSERVAÇÃO: É importante que o aluno se atualize com os valores definidos por lei, que podem
mudar a qualquer momento.
Devemos observar que nem todas as atividades podem usufruir desse benefício, portanto é
necessário verificar sempre quais são as condições para enquadramento no Simples, pois a legislação
pode ser alterada.
OBSERVAÇÃO: É importante que o aluno se atualize com os valores definidos por lei, que podem
mudar a qualquer momento.
No caso da venda, o processo pode ser simplificado, pois para o fechamento do negócio basta
prestar a assessoria comercial, com a documentação, comprador, e o ciclo se encerra. Porém, pode-se
oferecer serviços adicionais, como a manutenção do imóvel, para manter o bom aspecto enquanto não
é vendido, como limpeza, jardinagem, pintura etc., cobrando-se pelo serviço, ou em troca da
exclusividade na negociação.
Lembramos que, por força de lei, a administradora não poderá oferecer ao cliente sua própria
assessoria jurídica no caso de processos judiciais, o que deverá ser feito por escritório de advocacia
independente.
A Imobiliária deve oferecer o máximo de opções em serviços aos clientes, para que ele
possa escolher o que deseja contratar
Sumário
3.1 – AS NORMAS DO CONDOMÍNIO
3.2 – ASSEMBLEIAS
3.3 - FUNÇÕES DA ADMINISTRADORA
A princípio, o síndico é um morador eleito pelos demais, que fica encarregado de administrar o
condomínio, suas contas, funcionários, contabilidade, conflitos entre vizinhos, enfim, de manter o bom
funcionamento do local.
Mas há a possibilidade de se contratar um síndico profissional, uma pessoa de fora do
condomínio, que será o responsável pelo bom andamento e pela resolução dos problemas do dia-a-dia
e, por vezes, apresenta a vantagem de manter a impessoalidade e o profissionalismo nas relações,
além de ser adequado para grandes condomínios.
Seja profissional ou condômino, os síndicos precisam dos serviços de uma administradora de
condomínios para realizar as tarefas burocráticas, de acordo com as necessidades contratadas.
Devido à tendência a um número cada vez maior de condomínios no mercado imobiliário, o
serviço de administração é um paralelo interessante a ser oferecido, representando uma garantia de
faturamento mensal, independente das flutuações dos negócios no ramo de comercialização de
imóveis, o que contribui para um certo equilíbrio em períodos de crise. Vamos falar um pouco mais
sobre esse assunto, a seguir.
A Administração de Condomínios ajuda no equilíbrio das contas em épocas de crise no setor imobiliário.
Atualmente, não é só nos grandes centros que vemos o crescimento de condomínios. Também
em cidades menores surgem esses tipos de estruturas, seja de casas, apartamentos, salas comerciais,
centros comerciais, e até galpões logísticos e industriais. Cada um desses tipos de condomínio tem
suas necessidades específicas, mas todos têm em comum a necessidade de uma boa administração
para que não haja, por exemplo, problemas financeiros, fiscais, contábeis, trabalhistas e tudo o mais
que interfira no bom funcionamento dessas estruturas, que estão ficando cada vez maiores.
Há uma tendência cada vez maior na criação de grandes condomínios das mais diversas modalidades.
Convenção do Condomínio
3.2 - ASSEMBLEIAS
As assembleias são as conhecidas “reuniões de condomínio”, que não só são necessárias,
como também importantes para que todos os moradores se inteirem do que acontece no condomínio,
do que será e do que foi realizado. É também o momento em que se discutem e esclarecem as
questões relevantes e de interesse comum, e onde são tomadas decisões através de votação.
Há ainda a chamada Assembleia de Instalação, que poderá ser realizada antes mesmo da entrega
do condomínio, para que o mesmo seja oficialmente instituído, inclusive com CNPJ, para poder
contratar serviços, empregados, fazer compras etc. Por esse motivo, essa assembleia é anterior a
qualquer contratação, inclusive da administradora.
As deliberações serão feitas através de votação, sendo que o quórum varia de acordo com o
assunto.
Observações:
Só poderão ser levados a votação os assuntos listados explicitamente na convocação, portanto,
os “assuntos gerais” serão apenas levados à discussão, mas não votados.
É importante ressaltar que, seja o que for deliberado, deverá ser respeitado por todos, inclusive
pelos ausentes.
O que é deliberado em assembleia deve ser respeitado por todos, inclusive os ausentes.
Vamos citar, apenas a título de esclarecimento, algumas informações sobre a classificação das
obras, que seguem o critério estabelecido no Código Civil para aprovação dos condôminos, que são as
obras necessárias, úteis ou voluptuárias.
“Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.”
O síndico normalmente não tem conhecimento sobre todas as leis envolvidas na administração do condomínio.
Conforme o Código Civil (Lei 10.406/02) “O síndico pode transferir a outrem, total ou
parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da
assembleia, salvo disposição em contrário da convenção”. Isso significa que o condomínio pode
contratar uma administradora de condomínios para auxiliar o síndico (seja ele condômino ou
profissional) em suas tarefas administrativas, contábeis e financeiras, podendo ter mais ou menos
atribuições, dependendo do que for contratado entre as partes.
É bom lembrar que a administradora não pode oferecer assessoria jurídica própria, mas é
importante que ela conheça as leis pertinentes para poder orientar quanto ao que pode ou não ser feito,
para que o condomínio não venha a arcar com problemas legais no futuro.
Apenas a título de ilustração, seguem alguns serviços que uma administradora pode oferecer aos
condomínios:
Gestão contábil
Gestão fiscal
Gestão financeira
17.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 20
_____________________________________________________________________________________
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1
Relatórios de controle das despesas
Previsão orçamentária
Emissão de boletos e cobrança de taxa condominial
Cobrança de inadimplentes
Emissão dos comunicados (editais, circulares, avisos etc.)
Assessoria nas assembleias
Gestão do cadastro de condôminos
Administração de pessoal
Organização e guarda de documentos
Orientação sobre assuntos pertinentes ao condomínio (obras, dia a dia, convívio, legislação etc.)
Gerenciamento de prazos (seguros, dedetização, limpeza de caixa d’água, extintores de
incêndio, contratos etc.)
Vistoria periódica da infraestrutura predial (conservação, segurança, vazamentos etc.)
Orientações sobre sustentabilidade e meio-ambiente (coleta seletiva, uso consciente de água e
energia elétrica, captação, tratamento e reuso de água, energia solar, criação de horta e pomar
etc.).
Informação sobre cursos e palestras de interesse do condomínio (brigada de incêndio, portaria,
segurança, primeiros socorros etc.).
É recomendável que haja uma administradora para auxiliar o síndico em algumas atividades.
A oferta de serviços varia de acordo com o porte e estrutura da administradora, seu objetivo e
seu público-alvo, mas é importante lembrar que, independentemente da gama de serviços que se
ofereça ao cliente, o papel da administradora é apenas de assessoria, pois as decisões ficam por conta
do síndico ou do representante do condomínio.
Aula 04 – Marketing
Sumário
4.1 - NOÇÕES DE MARKETING
4.2 - MARKETING IMOBILIÁRIO
4.3 - MARKETING PESSOAL
4.3.1 – Apresentação Pessoal
4.3.2 – Comunicação
4.3.3 – Conhecimento
4.3.4 – Divulgação
4.4 – MARKETING DE RELACIONAMENTO
4.4.1 – Obtendo Informações
4.4.2 – Seja Sensato
Esse assunto é de muita importância para quem deseja ser um corretor de sucesso, pois será a
base do seu trabalho.
Não existe uma estrutura pré-determinada, fixa, de um departamento de marketing, bem como
do planejamento de marketing, pois ambos deverão se adequar à realidade de cada empresa, levando
em conta o porte, os recursos e, principalmente, os objetivos da empresa naquele momento, ou seja,
devem ser dinâmicos como o mercado.
4.3.2 - Comunicação:
Adote uma postura educada, e use o bom senso para se relacionar com os outros. Aja com
cautela na primeira conversa, pois cada pessoa tem personalidade única, então saiba como se portar
da maneira mais adequada a cada perfil de cliente. Observe suas atitudes, como e o que ele fala, como
se comporta e reage às suas colocações. Algumas pessoas preferem ouvir, outras preferem falar.
Você precisa ser agradável e simpático para conquistar o seu cliente. Seja sempre paciente e
cordial com ele, mesmo que ele não seja com você, pois isso irá acalmá-lo e derrubará as barreiras que
possam existir.
Com cuidado no seu comportamento e bastante atenção no cliente, você parecerá para ele a
pessoa ideal para fazer um bom negócio.
4.3.3 - Conhecimento:
Se você trabalhar numa empresa grande, provavelmente contará com treinamento e material
com as informações necessárias sobre o imóvel comercializado e arredores, porém, não se satisfaça
com isso, todos os outros corretores também terão as mesmas informações. Portanto, você precisa se
destacar dos demais fazendo um atendimento diferenciado, ter algo a mais para oferecer ao cliente.
Para isso, saia do lugar comum e busque se destacar conhecendo tudo o que a região pode
oferecer, coisas simples para o dia a dia como estacionamento, farmácias, padarias, feira-livre, posto de
combustível, lavanderia, creches, comércio e serviços em geral ajudam muito como argumento de
venda, afinal de contas o cliente irá morar ou trabalhar (no caso de imóvel comercial) nesse local, que
nem sempre ele conhece tão bem.
Essas Informações mais detalhadas não vão constar no folder ou cadastro da imobiliária, mas o
seu cliente conhecerá através de você todos os benefícios que a região pode oferecer para a rotina, o
dia-a-dia no local, e que podem fazer a diferença na tomada de decisão. Isso faz com que ele tenha a
percepção de que você é um profissional competente, que sabe e conhece o que está vendendo, e
dessa forma você irá conquistar sua confiança, o que irá fazer toda a diferença no atendimento e até no
fechamento.
Além disso, as informações pertinentes ao imóvel podem ser complementadas pelos
conhecimentos básicos que você deverá adquirir sobre construção civil, arquitetura, materiais,
mobiliário, buscando se atualizar constantemente, pois as tendências mudam, são desenvolvidos novos
materiais, e conhecendo sobre esses assuntos você poderá contribuir com sugestões ao seu cliente. Se
você estiver atualizado, talvez uma pequena dica seja uma grande solução para o seu cliente, e isso
O cliente não precisa ser especialista em assuntos relacionados a imóveis, mas você tem o dever de saber e dar sua
assessoria a ele.
4.3.4 - Divulgação:
Também faz parte do marketing pessoal a divulgação do seu trabalho. Hoje contamos com
várias mídias como as redes sociais, que podem ajudar e muito na divulgação do seu perfil profissional.
Use-as de forma inteligente, não como um classificado de imóveis, mas para publicar dicas
interessantes para quem procura um imóvel e até mesmo para quem comprou e vai reformar (apresente
novidades em materiais e decoração), ou para os que irão mobiliar.
Faça seu marketing também junto às pessoas que podem indicá-lo, como porteiros, zeladores e
síndicos de condomínios. Os clientes que ficaram satisfeitos com o seu atendimento também poderão
indicá-lo a amigos, parentes e colegas de trabalho, e, quando alguém o procurar por meio de indicação,
você terá uma barreira a menos a transpor, pois a pessoa já vem com uma certa confiança em você,
como se já o conhecesse.
Bem, nos últimos parágrafos já mencionamos assuntos que são comuns ao Marketing Pessoal,
de Relacionamento e Técnicas de Vendas, e isso é normal, pois eles se integram e se sobrepõem em
vários pontos. Adiante trataremos mais sobre esses assuntos.
Praticando o rapport, seu cliente sentirá semelhança entre vocês, criando uma maior conexão.
Também é importante frisar que certas pessoas têm “manias”, e essas não devem ser
espelhadas, apenas seu gestual, postura e formas de expressão.
Além disso, você também terá que saber como irá obter as informações que precisa dele.
Prestar atenção no seu cliente é a melhor forma de conhecê-lo e obter as informações necessárias,
principalmente as de nível pessoal que todos resistem em fornecer.
Portanto, desenvolva sua percepção para captar cada detalhe do cliente, e ouça tudo o que ele
tem a dizer. Ouvir, inclusive o que não está no contexto do imóvel, pode significar mais adiante uma
informação importante a ser usada como argumento de venda.
Quando você tentar obter informações, o cliente pode achar as perguntas pessoais muito
invasivas. Por isso, é sempre bom utilizar a técnica de iniciar parte do assunto e em seguida introduzir
Você conseguirá chegar com mais facilidade às informações que precisa, através de colocações
indiretas. Lembre-se disso durante suas conversas. Dessa forma, ele perceberá que o seu interesse é
em ajudá-lo, e não apenas preencher um cadastro, e assim se sentirá mais seguro em dar as
informações pessoais.
Dica: Procure saber se o imóvel deverá contar com itens de acessibilidade, mas evite perguntar se
“alguém” da família tem necessidades especiais, para evitar que ele se sinta constrangido. Em caso
positivo, facilitará na condução do atendimento e mostrará que você tem uma visão mais ampla sobre
as necessidades que as pessoas possam vir a ter. Assim, seu diferencial no atendimento será muito
destacado, e ele sentirá a sua empatia pela situação ficando satisfeito com a atenção, pois esta é uma
situação adversa que muitas famílias vivenciam hoje em dia, mas que normalmente não comentam. Às
vezes trata-se apenas de um familiar idoso, porém você poderá apresentar facilidades que farão toda a
diferença na hora da decisão.
Portanto, você deve desenvolver a forma como se relaciona com os outros de maneira
constante, pesquisando técnicas, novidades sobre o assunto, treinando, fazendo autoavaliação e
analisando a satisfação do cliente com o seu atendimento. Isso é imprescindível para o seu progresso
profissional.
Sumário
5.3.1 – Conheça o seu mercado
5.3.2 - Invista em conhecimentos gerais
5.3.3 - Divulgue seu trabalho
5.3.4 - Comunique-se com o cliente
5.3.5 - Administre seu tempo e o do cliente
5.3.6 - Visita
5.3.7 - Fechamento
5.3.8 - Pós-venda
5.3.9 - Organize seu banco de dados
5.4 – SPIN SELLING
5.5 – ANÁLISE DE RESULTADOS
Fontes das ilustrações
Quem trabalha com vendas pode ser classificado em vários níveis, desde o simples vendedor
que irá oferecer um imóvel, e se tiver sorte fechará o negócio, até o consultor de vendas que,
trabalhando com o conhecimento das técnicas, irá saber como apresentar uma solução para satisfazer
as necessidades e desejos do cliente, ou seja, o imóvel ideal. Tenha em mente que o sucesso da venda
de um imóvel depende da excelência no atendimento do corretor.
VENDEDOR X CONSULTOR
X
Bem, se o corretor for um simples vendedor, o cliente terá a percepção de que o único objetivo
dele é vender o imóvel, não importando se atende ou não às suas necessidades. Isso leva o cliente a
sentir que estará apenas comprando um imóvel e pagando pelo seu custo.
Em contrapartida, no caso do corretor consultor, o cliente enxerga que ele tem capacidade de
encontrar uma solução que atenda aos seus desejos e necessidades, portanto, tem a visão de estar
- Lar: quem adquire uma casa, está procurando um lugar para viver com sua família, para onde voltarão
todos os dias após um cansativo dia de trabalho, de aulas, e onde estarão compartilhando momentos
de relaxamento. Será o porto-seguro da família, onde estarão protegidos e viverão momentos felizes de
descanso e lazer, onde farão seus planos de vida.
- Fonte de Renda/Realização Profissional: quem busca um imóvel comercial, com certeza está
vislumbrando o sucesso do seu negócio, a sua fonte de renda. E, muitas vezes, pode representar
também a sua realização profissional, sua autonomia, o sonho de deixar de ser empregado para ser
dono do seu próprio negócio.
- Solução: o desejo ou necessidade de mais espaço para uma família que está crescendo ou, ao
contrário, da funcionalidade de um lugar menor depois que os filhos já saíram de casa, ou de mais
segurança, facilidades para o dia-a-dia, de deslocamento, adequação para a falta de mobilidade de
alguma pessoa da família etc.
- Patrimônio para o Futuro (família): comprar um imóvel representa garantia e segurança para a
família, por saber que se tem um “teto” onde morar, independentemente das circunstâncias, ao invés da
incerteza do aluguel. É ter a confiança de morar num lugar que é seu e que poderá até passar para os
filhos, netos e gerações futuras.
- Investimento Seguro: um imóvel não tem apenas utilidade física e emocional, é também um
investimento dos mais confiáveis, seguros e normalmente, rentáveis, tanto como fonte de renda ao ser
alugado como para moradia, e neste caso, além de ter um patrimônio sólido, ainda irá usufruir dos
benefícios de viver no imóvel.
Além de ser um bom investimento, o imóvel pode ser usado como moradia ou fonte de renda, se for alugar.
- Status: muitas pessoas procuram um imóvel buscando status social, seja por sua localização, seu
aspecto imponente, tamanho, por aumento de patrimônio, ou simplesmente, por ter seu imóvel próprio.
O status normalmente é um sonho oculto, subjetivo, e o corretor precisará ter a percepção desse
desejo, através das conversas e atitudes da pessoa.
Pelo exposto, vemos como é importante que o corretor considere esses “sonhos”, pois o fator
emocional tem um peso relevante para quem procura imóveis, e você irá mostrar que o imóvel que você
17.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 30
_____________________________________________________________________________________
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1
oferece pode proporcionar tudo isso a ele. Lembre-se de que você não está vendendo apenas um
imóvel, mas sim, benefícios. Muitas vezes o próprio cliente não enxerga claramente esses desejos, e é
o corretor quem deverá mostrá-los, ou seja, explicitar o que está implícito no anseio de quem procura
um imóvel.
Para que você consiga desenvolver melhor a ideia de sonho, imagine como você faria um
comercial do imóvel para o seu cliente, para deixá-lo com “brilho nos olhos”. Certamente você iria
mostrar cenas como as que descrevemos em cada uma das situações anteriores. E, é exatamente essa
a ideia que você precisa transmitir a ele, fazê-lo imaginar inclusive as borboletas voando no jardim!
Como você pode ver, o conhecimento de técnicas comerciais é de muita importância para o
corretor, ou melhor, para todos os profissionais de vendas. Isso, porque quando se trabalha com
vendas, é preciso ter metas definidas, e para atingi-las, é necessário ter uma metodologia de trabalho
objetiva que consiste no planejamento das ações, sua organização, execução e controle dos resultados.
Só assim, um profissional de vendas poderá ser considerado como tal, e não como um amador.
Portanto, vender pode ser algo intuitivo para certas pessoas, enquanto que ter conhecimento
sobre técnicas de vendas é a base para a obtenção do sucesso de um verdadeiro profissional.
Para o cliente, o imóvel significa mais que uma construção, é um sonho carregado
de emoções e desejos que o corretor deve considerar, pois pesam na decisão de
compra.
O cliente precisa confiar que o corretor será capaz de encontrar a melhor solução para suas necessidades.
Além disso, o corretor precisa ter um ótimo conhecimento do mercado, do produto e das
necessidades do cliente, pois esta é uma compra que normalmente ele faz muito consciente, depois de
ter pesquisado e analisado todas as situações. Ou seja, o corretor deverá saber cruzar as
características do produto com os desejos do cliente para apresentar argumentos que serão decisivos
na negociação.
Tendo bons conhecimentos, você poderá se relacionar melhor com seus clientes e dar dicas interessantes a eles.
Estando atualizado e conhecendo vários assuntos, você sempre encontrará uma maneira de
ofertar os produtos usando os argumentos certos. Por exemplo, conhecer as taxas de juros dos
financiamentos é uma forma de ajudar seu cliente; mudanças na economia podem afetar o mercado
imobiliário tanto positiva como negativamente, caberá ao corretor saber apresentar os benefícios de
fechar um negócio imobiliário naquele momento. Ex.: numa situação de crise, os preços caem e a
compra pode representar um ótimo investimento. Já, ao contrário, se os preços estão em alta, não se
sabe quando irão estabilizar, podendo aumentar continuamente e a demora poderá inviabilizar a
compra devido ao aumento do valor.
Aproveite para usar as redes sociais e criar conteúdo onde você divulga dicas interessantes,
tanto para quem está procurando um imóvel, como pontos importantes a considerar, como localização,
acesso, comércio local etc., quanto para quem já comprou, com informações de reforma de ambientes,
acabamentos, mobiliário, funcionalidade, mudança etc. Publique sempre dicas atualizadas, assim você
manterá seus seguidores e conseguirá multiplicar a divulgação do seu perfil através de “curtidas e
compartilhamentos” dessas dicas.
Na necessidade de contato com o cliente, caso ele não faça restrição, aproveite e utilize as
mensagens pelo celular, que são mais acessíveis que o e-mail e que podem substituir com vantagem as
chamadas telefônicas - que em alguns momentos podem ser inconvenientes - além de permitir a
transmissão de links, fotos e vídeos, o que representa ganho de tempo e agilidade. Cuidado com as
mensagens de áudio, pois assim como as ligações, podem ser inconvenientes; dependendo da situação
em que seu cliente esteja, ele não poderá ouvir, mas poderia ler uma mensagem de texto.
Faça sua busca pelos imóveis a serem oferecidos com rapidez, pois é certo que seu concorrente
também terá produtos para apresentar ao cliente. Portanto, chegue antes da concorrência, marque suas
reuniões e visitas o mais breve possível e seja objetivo com a apresentação do que realmente importa
ao cliente, para não deixar que ele perca tempo com imóveis que não lhe interessam, porém, não deixe
de apresentar boas alternativas que possam interessar a ele.
Muitas vezes o seu cliente só disporá de tempo fora do horário comercial, principalmente no
caso de imóvel residencial - que é um assunto particular - é bem provável que ele trate disso à noite ou
em finais de semana. Dessa forma, você deve estar preparado para encontrar-se disponível também
nesses horários.
5.3.6 - Visita
É o momento mais importante, pois é quando você deverá unir o racional e o emocional do
cliente. Uma das coisas que mais precisam ser valorizadas são os aspectos emocionais que movem as
pessoas a se decidirem ou não por algo, e esses aspectos você já deve ter captado nas conversas que
teve ao longo do atendimento.
O corretor precisa saber unir os benefícios que suprem as necessidades, com os que suprem os desejos do seu cliente.
Observe cada reação, até mesmo o olhar do cliente enquanto ele conhece o imóvel, para
identificar os pontos que são importantes para ele, e valorizá-los, estimule-o a fazer comentários no
momento que perceber uma reação positiva.
O bom corretor conseguirá fazer com que o cliente se sinta morando no imóvel que está
visitando. Faça-o imaginar vivendo lá, usufruindo dos benefícios que o imóvel oferece, situe-o nos
ambientes. Quanto mais tempo o cliente ficar no imóvel, mais irá se familiarizar com ele.
O cliente deve sentir-se vivenciando os benefícios do imóvel, mesmo que este esteja vazio.
É muito importante que você não faça elogios, quando pode deixar que o próprio cliente os faça.
Como? Pergunte, direcionando a resposta quando observar que algo o encantou. Pergunte a opinião
dele sobre esse item. Isso o direcionará a dizer que gostou, e será mais efetivo, pois não foi você quem
afirmou, mas ele mesmo processou essa informação para poder responder.
Tire as dúvidas e não conteste objeções ou críticas, mas exponha soluções para esses pontos.
O importante no marketing é identificar os problemas para oferecer as soluções.
Surpreenda o cliente falando de características além do óbvio. Apresente a ele aspectos,
principalmente os subjetivos, que você tenha captado e que provavelmente passe despercebido até
mesmo por ele, mas que podem se transformar em satisfação. Por exemplo, o status de ter
determinado imóvel, de morar naquela região, ou o benefício de vagas de garagem espaçosas, já que
você viu que seu cliente chegou com um carro grande. Mostrar pontos que ele não havia explicitado,
mas que satisfazem seus desejos e necessidades, irá chamar atenção e aproximá-los, pois você
comentou sobre algo com o qual ele se identifica.
5.3.7 - Fechamento
Do início do atendimento até o fechamento da negociação de venda ou locação, pode ou não
decorrer muito tempo, isso dependerá principalmente da necessidade do cliente, porém há um ponto
importante que o corretor deve saber identificar, que é o momento do fechamento.
Você irá se deparar com clientes de todos os tipos, desde os que não aceitam qualquer opinião,
até os que precisam que você decida por eles. Dependerá de você ter o feeling para saber de que
forma irá direcioná-lo para o fechamento, pois não há uma fórmula mágica. Lembre-se que seu cliente
também está negociando com outros corretores, portanto você precisa estar à frente deles na qualidade
do atendimento, oferecendo o produto e as condições mais vantajosas.
Não existe fórmula mágica para o fechamento, o corretor deverá identificar o momento certo.
Nesse momento, reforce com ênfase os pontos favoráveis mais fortes e leve-os a imaginar
usufruindo dos benefícios mais importantes para eles, além de lembrá-los do "sonho" que está por trás
de adquirir aquele imóvel.
Quando você percebe que conseguiu encantar o cliente, que ele se mostra satisfeito com o
imóvel, e que as condições de pagamento estão adequadas às suas condições, não aguarde
passivamente que ele diga “sim”. Identifique o momento certo de direcionar a conversa ao fechamento.
5.3.8 – Pós-venda
Algo que muitos não fazem e por isso mesmo deixam de obter a fidelização do cliente é o pós-
venda.
Se você conseguiu atender às expectativas do cliente e foi honesto e claro na negociação,
dificilmente terá problemas no pós-venda, já que o seu objetivo não é apenas vender o imóvel, mas
também, deixar o cliente satisfeito. Procure saber quando o seu cliente pretende se mudar e entre em
contato após algum tempo, para saber se ele já se instalou no novo imóvel. Caso ache adequado, você
poderá enviar uma lembrança simples como flores ou bombons com mensagens de boa sorte e seu
cartão. Isso deixará a sua marca na memória do cliente.
Se além de você ter feito uma boa venda, conseguiu que ele tenha feito uma boa compra,
certamente ele irá indicá-lo como “o meu corretor”, e essas indicações são importantes, pois quem a
recebeu não o verá como um estranho, e você já terá a simpatia e confiança deles, quebrando assim a
primeira barreira.
Quando alguém o procura por indicação, você já tem a sua simpatia e confiança.
Mantenha sua carteira sempre ativa, enviando mensagens de felicitações nos aniversários, final
de ano, até mesmo no “aniversário de 1º ano” da compra do imóvel, assim você marca sua presença,
além de fixar a sua imagem como o corretor que fez a venda.
São formas de contato passivo, que não exigem resposta do cliente. Quando ele precisar,
lembrará de você e saberá como encontrá-lo. Mas use o bom senso para não cometer excessos e
acabar sendo “bloqueado” pelo seu cliente por importuná-lo com frequência.
É bom mantê-los sempre informados sobre qualquer mudança em seus contatos e ter vários
canais de comunicação além do tradicional e-mail e celular, usando as mídias sociais disponíveis.
Vale lembrar que o maior patrimônio do corretor é a sua carteira de clientes. Imóvel não se
vende como pão, todos os dias, portanto, trabalhe para enriquecer sua carteira de clientes e aumentar
suas possibilidades a longo prazo, pois quem foi bem atendido, comprou um imóvel e se sentiu
satisfeito, irá indicá-lo a parentes e amigos, o que terá um efeito multiplicador, além de procurá-lo no
caso de precisar de outro imóvel no futuro, ou até mesmo, caso vire um investidor.
17.0 ORGANIZAÇÕES E TÉCNICAS COMERCIAIS E MARKETING IMOBILIÁRIO 36
_____________________________________________________________________________________
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1
5.3.9 - Organize seu banco de dados
Crie seu próprio banco de dados, o mais completo possível, tanto com informações de cada
cliente, como também dos imóveis. Assim você terá sempre em mãos quais são as necessidades, e as
principais características tanto dos clientes quanto dos imóveis, e poderá cruzar estas informações para
facilitar a busca pelo imóvel ideal. Coloque, inclusive, dados subjetivos como personalidade e desejos.
Ter essas informações anotadas, ainda evita que você faça seu cliente responder novamente uma
pergunta já feita, o que é muito desagradável.
Uma informação irrelevante para uns, pode ser importante para outros.
Visite os imóveis que ainda não conhece para alimentar seu banco de dados. Colha o máximo
de informações sobre o imóvel, como medidas, ano de construção, sistema de gás e aquecimento,
como também da região - comércio, escolas, transporte, vias de acesso. Mas antes de “despejar” essas
informações ao cliente, filtre o que é relevante para ele. Lembre-se também de que isso é relativo, pois
o que é ótimo para uma pessoa pode ser péssimo para outra, portanto, obtenha todos os dados
possíveis, mesmo que para você não pareça ser importante.
- Situação - qual sua situação atual de moradia: através desse questionamento, você obterá as
informações básicas para desenvolver a metodologia. Sabemos que a situação atual não está sendo
favorável, fazendo com que o cliente busque algo mais conveniente., portanto, cabe a você direcionar o
cliente a dizer o que importa. Amplie ao máximo a abordagem desse assunto, quanto mais informações
conseguir, melhor você e o próprio cliente entenderão o problema, e mais argumentos de venda você
terá;
- Problema – alguns problemas, o cliente nem sabia que tinha: muitas vezes, os problemas já estão de
tal forma incorporados no dia-a-dia da pessoa, que ela nem os enxerga claramente. Assim, caberá a
você fazer com que ele veja esses pontos negativos através das informações obtidas na etapa
“situação”, para adiante confrontar esses problemas com as soluções que você tem a oferecer;
- Implicação - dimensão das consequências que ele pode vir a ter, caso não solucione esses
problemas: conforme o dito popular, “nada é tão ruim, que não possa piorar”. Portanto, dialogue com
seu cliente, “provoque-o” para que ele próprio diga o quanto será prejudicial se ele continuar a viver na
situação atual, mediante os problemas expostos.
- Necessidade: conclua pela necessidade do seu cliente de obter as soluções que você tem a oferecer:
relacione os problemas levantados, destacando as soluções no imóvel que você está oferecendo.
Mostre todos os benefícios, confrontando-os com os problemas.
Você percebeu que a situação acima é obtida utilizando as perguntas corretas, e não apenas fazendo
um questionário padrão e fechado do imóvel que o cliente procura.
Muitas vezes o próprio cliente não enxerga o tamanho dos problemas, por já ter incorporado eles ao seu dia-a-dia.
E, conforme falamos anteriormente, para fornecer a melhor solução você precisa conhecê-la.
Portanto, pesquise bem os imóveis para saber o que oferecer ao cliente, como área de lazer, número de
vagas de garagem, andar alto ou baixo, acessibilidade para PNE e idosos, sistema de aquecimento,
bem como no entorno e proximidades, procure por estacionamentos (muitas famílias têm mais carros do
que vagas de garagem), escolas, parques ou praças, feira-livre, academias, farmácias, acesso a metrô,
rodovias, rotas de fuga etc. Por simples que pareça, alguns desses itens podem ser decisivos para o
cliente.
- Prospecção: analise a quantidade dos contatos que fez no período, comparando este número com os
que passaram para a fase seguinte, e se transformaram em oportunidade. A qualidade do contato é
determinante para a continuidade do processo.
- Propostas: novamente você fará a comparação, neste caso, de quantas propostas seguiram para
negociação.
- Fechamento: é a última fase do “funil”, onde você irá comparar o número de negociações que se
transformaram em contratos.
É normal que nas etapas iniciais a proporção de perdas seja maior que nas finais.
O percentual de “sucesso” de uma fase para outra mostrará se e onde você está perdendo
clientes, para que você faça uma avaliação de como está desenvolvendo seu relacionamento com eles
naquela fase, implementando as mudanças necessárias para obter sucesso na continuidade da
negociação.
Não perca seu tempo nem do cliente, mantenha o foco no seu público-alvo.
Ampliando Conhecimentos
Nesta seção, fazemos algumas sugestões interessantes para que o aluno possa adquirir mais
informação e ter uma visão ampliada sobre a sua atividade.
São alguns filmes, livros e sites (inclusive com canais de vídeo), que irão enriquecer o seu trabalho e
contribuir com o sucesso na sua carreira.
FILMES
LIVROS
Administração:
CHIAVENATO, Idalberto. Administração para não administradores: a gestão de negócios ao alcance de
todos. São Paulo: Manole, 2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração geral. São Paulo: Manole, 2009.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração – da Revolução Urbana à
Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2018.
SOBRAL, Filipe e Peci, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2013.
Administração:
https://cfa.org.br/
https://cfa.org.br/servicos-publicacoes/
https://www.crasp.gov.br/crasp/home/
https://www.crasp.gov.br/centro/home/