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AO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE

TIANGUÁ- CE

RAIMUNDA HOLANDA DA SILVA, brasileira, solteira, agricultora,


inscrito no CPF sob o nº 972.182.433-04, RG nº 98028120753, residente e
domiciliada no sítio Tabocas, zona rural, CEP: 62.320-000, na cidade de
Tianguá- CE, vem, por intermédio de sua advogada, conforme procuração
anexa, perante, Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 319 e 320 do Código
de Processo Civil (NCPC), propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c INDENIZAÇÃO POR


COBRANÇA INDEVIDA c/c DANOS MORAIS c/c PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA

Em face de FRANGOLÂNDIA SUPERMERCADO, pessoa jurídica


de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 03.879.760/0010-08, localizada na
Av. Manuel de lima, nº 100, Bairro Rodoviária, cidade de TIANGUÁ- CE
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

A requerente não possui, no momento, condições financeiras de arcar


com o ônus processual desta lide, sem com isto comprometer seu próprio
sustento.

A assistência judiciária gratuita é assegurada por lei, conforme o artigo


5º, LXXIV, da Constituição Federal, que concebe que “o Estado prestará
assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos” (BRASIL,1988). Observando o elencado, assistência é garantia
constitucional.

Da mesma forma, é assegurado também pela Lei 13105/2015, em seu


artigo 98 que:
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar
as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei.  
1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial,
dispensando-se a publicação em outros meios;
IV - a indenização devida à testemunha que, quando
empregada, receberá do empregador salário integral,
como se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código
genético - DNA e de outros exames considerados
essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a
remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para
apresentação de versão em português de documento
redigido em língua estrangeira;
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo,
quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de
recurso, para propositura de ação e para a prática de
outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla
defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores
em decorrência da prática de registro, averbação ou
qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de
decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no
qual o benefício tenha sido concedido. (BRASIL, 2015).

Garantido tal situação na legislação vigente, busca-se aqui pleitear pela


assistência judiciária gratuita, com base nos fatos e fundamentos expostos.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Levando-se em consideração a hipossuficiência do autor e que a


empresa ré dispõe de poderes necessários para a obtenção das provas,
requer que lhes sejam dadas a inversão do ônus de provar.

O Código Consumerista observando a hipossuficiência deste, trouxe


em seu bojo a inversão do ônus da prova que consiste o art. 6º, VIII, no
seguinte:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,
inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;

A primeira observação a ser feita, diz respeito ao fato de que


somente se admite a inversão do ônus da prova a favor do consumidor, não se
admitindo, em consequência, determiná-la para beneficiar o fornecedor.

Verificando que, numa sociedade massificada, o consumidor se


apresentava em posição bastante inferior ao fornecedor, o legislador ordinário,
atendendo aos auspícios constitucionais, criou mecanismos, substanciais e
adjetivos, que antes de constituir privilégios, são aplicação do princípio da
isonomia que não fica sujeita a critérios discricionários, advém da Lei Maior,
que previu a vulnerabilidade do consumidor frente ao fornecedor.

Dessa forma, REQUER que seja concedida a inversão do ônus de


provar a requerente com base no que fora exposto.

DOS FATOS

A requerente sancionou uma contestação de danos morais junto de


sua advogada contra o Frangolândia Supermercado, em Tianguá-CE, por ter
seu nome negativado em virtude de uma dívida com cartão de crédito que a
mesma nunca fez uso.

Em sendo assim, passados os dias, a requerente na tentativa de


fazer uma compra no crediário de um aloja local, foi surpreendida com a notícia
da inclusão do seu nome junto ao cadastro de inadimplentes. Envergonhada
com tal situação, a autora se dirigiu imediatamente à Câmara dos Dirigentes
Lojistas de Tianguá (CDL) e constatou a veracidade da negativação.

Logo, diante desse irreversível constrangimento e por ter a autora


contato direto com entidades bancárias, haja vista ser agricultora e necessitar
de empréstimos e não poder continuar com seu nome negativado, a mesma
resolveu realizar o adimplemento do valor cobrado indevidamente, na quantia
de R$ 139,85 (cento e trinta e nove reais e oitenta e cinco centavos).

Por fim, não restou outra alternativa à requerente senão buscar as


medidas judiciais cabíveis para fins de obter a restituição dobrada do valor,
bem como, a efetiva indenização pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

1. DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:

A norma que rege a proteção dos direitos do consumidor, define, de


forma cristalina, que o consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado
das condutas abusivas de todo e qualquer fornecedor, nos termos do art. 3º do
referido Código.

No presente caso, tem-se de forma nítida a relação consumerista


caracterizada, conforme redação do Código de defesa do Consumidor:

Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou


jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividades de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que


adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.

Assim, uma vez reconhecido o autor como destinatário final dos


serviços contratados, e demonstrada sua hipossuficiência técnica, tem-se
configurada uma relação de consumo, conforme entendimento doutrinário
sobre o tema:

"Sustentamos, todavia, que o conceito de consumidor


deve ser interpretado a partir de dois elementos: a) a
aplicação do princípio da vulnerabilidade e b) a
destinação econômica não profissional do produto ou do
serviço. Ou seja, em linha de princípio e tendo em vista a
teleologia da legislação protetiva deve-se identificar o
consumidor como o destinatário final fático e econômico
do produto ou serviço." (MIRAGEM, Bruno. Curso de
Direito do Consumidor. 6 ed. Editora RT, 2016. Versão
ebook. pg. 16)

Neste viés, resta claro e cristalino a perfeita aplicação do Código de


Defesa do Consumidor, que, visando proteger o consumidor, existe o princípio
in favor debilis, pressupondo a sua fragilidade, tendo em vista a sua
hipossuficiência diante a relação de consumo.

Diante disso, há de se destacar a aplicação do art. 6º em seu inciso


VIII do Código de Defesa do Consumidor:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

[...]
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou
desleais, bem como contra práticas e cláusulas
abusivas ou impostas no fornecimento de produtos
e serviços;

[...]

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,


inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências

Ademais, vale destacar o dever de informação da empresa ré que


não foi obedecido conforme estipula o nosso ordenamento jurídico no art. 6º,
inciso III do Código de Defesa do Consumidor:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

III: a informação adequada e clara sobre os


diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição,
qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem.

Com esse postulado, o réu não pode eximir-se das


responsabilidades inerentes à sua atividade, dentre as quais prestar a devida
assistência técnica, visto que se trata de um fornecedor de produtos e serviços
que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus
consumidores. Portanto, devendo o requerido provar a existência da
contratação dos serviços, além da existência e origem da dívida em face da
requerente.

2. DA COBRANÇA INDEVIDA E RESTITUIÇÃO EM DOBRO:

Perante os fatos narrados, verifica-se a prática de ato ilícito da ré,


uma vez que além de efetuar cobrança indevida, ainda cadastrou o autora nos
órgãos de proteção ao crédito por valores referentes a taxas de manutenção, o
que demonstra prática abusiva e arbitrária.

RESTRIÇÃO AO CRÉDITO. DANO MORAL CONFIGURADO. Demanda objetivando


a declaração de inexistência de débito, bem como a indenização por danos morais.
Com a inclusão de seu nome nos cadastros de restrição ao crédito, por débitos não
reconhecidos, referentes à Ausência, de toda sorte, de comprovação da utilização.
Cobrança indevida. Falha do serviço comprovada.

Cumpre fazer menção às disposições pertinentes insertas no Código


de Defesa do Consumidor, que veiculam comandos legais relativamente aos
padrões de conduta através da boa-fé objetiva nas fases – pré-contratual, na
execução do contrato e pós-contratual - consoante o qual não pode o
fornecedor se esquivar.

A ré fez cobrança indevida a consumidora, no momento em que


cobrou um valor sem justa causa.

Portanto, impõe-se a Empresa Ré, pelo fato de ter cobrado quantia


indevida, a obrigação de indenizar o dobro do valor a Requerente, de acordo
com os mandamentos legais, vejamos o que diz o Código Civil Brasileiro:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou


em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do
que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro
caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o
equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

3. DA ILICITUDE DO ATO - DANO MORAL

Inicialmente cumpre destacar que a conduta violadora do


Ordenamento Jurídico que ensejou danos à autora encontra-se prevista no
artigo 186 do Código Civil, bem como a conduta exercida de maneira
imprópria, caracterizando o abuso de direito, está previsto no artigo  187,
do mesmo código.

Ademais, vejamos que a ação da requerida resulta em danos morais


que são aqueles que acabam por abalar a honra, a boa-fé subjetiva ou a
dignidade das pessoas físicas ou jurídicas.

O STF tem proclamado que

"a indenização, a título de dano moral, não exige


comprovação de prejuízo" (RT 614/236), por ser
esta uma consequência irrecusável do fato e um
"direito subjetivo da pessoa ofendida" (RT 124/299).
As decisões partem do princípio de que a prova do
dano (moral) está no próprio fato, "não sendo
correto desacreditar na existência de prejuízo
diante de situações potencialmente capazes de
infligir dor moral. Esta não é passível de prova,
pois está ligada aos sentimentos íntimos da pessoa.
Assim, é correto admitir-se a responsabilidade civil,
p. ex., na maioria dos casos de ofensa à honra, à
imagem ou ao conceito da pessoa, pois
subentendem-se feridos seus íntimos sentimentos
de autoestima (CRJEC, 3ª Turma, Rec. 228/98, rel.
Juiz Demócrito Reinaldo Filho, j. 20.08.98, DJ
21.08.98).

Como já proclamava José de Aguiar Dias, nesses casos "acreditar


na presença de dano é tudo quanto há de mais natural" (Da Responsabilidade
Civil, vol. II, p. 368).

Ensina a boa doutrina que a expressão dano moral tecnicamente


qualifica o prejuízo extrapatrimonial, possuindo um sentido mais amplo e
genérico, pois representa a lesão aos valores morais e bens não patrimoniais
reconhecidos pela sociedade, tutelados pelo Estado e protegidos pelo
ordenamento jurídico.

Segundo o que ensina Aguiar Dias:

O dano moral é o efeito não patrimonial da lesão de


direito e não a própria lesão abstratamente
considerada.

Maria Cristina da Silva Carmignani, em trabalho publicado na


Revista do Advogado nº 49, editada pela conceituada "Associação dos
Advogados de São Paulo", ensina que:
(...) a concepção atual da doutrina orienta-se no
sentido de que a responsabilidade de indenização
do agente opera-se por força do simples fato da
violação (danun in re ipsa). Verificado o evento
danoso, surge a necessidade da reparação, não
havendo que se cogitar de prova do dano moral,
se presentes os pressupostos legais para que
haja a responsabilidade civil (nexo de causalidade
e culpa).

Doutrinariamente o dano moral é objeto de amplos estudos que


melhor permitem aferir sua natureza e efeitos, sendo de salientar-se os
ensinamentos trazidos pelos mais renomados doutrinadores, senão
vejamos:

Aguiar Dias distingue os danos patrimoniais e morais afirmando que:

A distinção "ao contrário do que parece, não decorre


da natureza do direito, bem ou interesse lesado, mas
do efeito da lesão, do caráter de sua repercussão
sobre o lesado", anotando, ainda, "que a
inestimabilidade do bem lesado, se bem que, em
regra, constitua a essência do dano moral, não é
critério definitivo para a distinção, convindo, pois,
para caracterizá-lo, compreender o dano moral em
relação ao seu conteúdo, que invocando MINOZZI -
'... não é o dinheiro nem coisa comercialmente
reduzida a dinheiro, mas a dor, o espanto, a
emoção, a vergonha, a injúria física ou moral, em
geral uma dolorosa sensação, experimentada pela
pessoa, atribuída à palavra dor o mais largo
significado". (Da Responsabilidade Civil. Forense.
Rio. Vol. II, 8ª ed., 1.987, números 226 e 227).

Pontes De Miranda abre o seu estudo sobre a matéria fixando um


conceito básico, in Tratado de Direito Privado, Borsói, T. LIII, §§ 5.509 e 5.510,
T. XXVI. § 3.108, esclarecendo que "nos danos morais a esfera ética da
pessoa é que é ofendida; sendo atingido o ser humano". E mais:

“A sensibilidade humana, sociopsicológica, não sofre


somente o lucrum cessans e o damnum emergens, em
que prepondera o caráter material, mensurável e
suscetível de avaliação mais ou menos exata. No
cômputo das suas substâncias positivas é dúplice a
felicidade humana: bens materiais e bens espirituais
(tranquilidade honra, consideração social, renome).
Daí o surgir do princípio da reparabilidade do dano
moral".

A preocupação principal é a de que a prejudicada receba,


como forma de compensação pelos sofrimentos causados, uma
importância em dinheiro, que traduza, de certa forma, a reparação a
que faz jus, por meio de critério que permita um justo desenlace do
caso. O dano moral equivale para vítima a um premium da injustiça
resultante do desvalor social da ação cometida pelo ofensor.

Como a determinação do dano moral não é tarefa fácil, fica


sempre ao juiz deferido certo poder discricionário na estimativa da
indenização ou compensação, sendo possível, variar de um mínimo a um
máximo, mas que não pode faltar, porque a autora é vítima direta do fato
delituoso imputável à ré, e a responsabilidade civil funciona como
mecanismo que sinaliza o desvalor social e ativa o interesse privado.

Como não se tem acesso a qualquer tabela indicativa, mesmo


genérica, de avaliação do dano moral, tem-se como válido o julgamento por
equidade, de que pode valer-se o juiz para estimar o valor da reparação.

Ainda assim, pode-se destacar entendimento jurisprudencial do


Tribunal de Justiça do Estado do Ceará acerca de tema semelhante:

APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS DE CARTÃO DE


CRÉDITO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO C/C
INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS.
COBRANÇA INDEVIDA POR DÉBITO
AUTOMÁTICO DE ANUIDADE DE CARTÃO DE
CRÉDITO NÃO UTILIZADO. EVIDENCIADA A
FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. DANO
MORAL CONFIGURADO. Trata-se de ação
anulatória de débito cumulada com indenização por
danos morais calcada na alegação de descontos
automáticos indevidos referentes a anuidade de
cartão de crédito. A relação travada entre as partes
é nitidamente de consumo, encontrando, portanto,
amparo no Código de Defesa do Consumidor.
Assim, aplicável à espécie o disposto no artigo 14
do CDC. A responsabilidade no caso em comento é
objetiva, ou seja, independe de prova da culpa do
agente causador do dano, uma vez verificada a
falha na prestação do serviço. Caracterizado o
dano moral indenizável frente à cobrança
injustificada de anuidade de cartão de crédito
não utilizado. Provada a falha na prestação de
serviços por parte da instituição financeira,
provado está o dano moral deste fato
decorrente, tratando-se, pois, de dano in re ipsa.
Precedentes do e. STJ. [...] APELO CONHECIDO E
NÃO PROVIDO. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Direito
Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará,
em conhecer do apelo para negar-lhe provimento,
nos termos do voto do Relator, parte integrante
deste. JUCID PEIXOTO DO AMARAL Presidente
do Órgão Julgador / Relator

(TJ-CE - APL: 00051794420158060066 CE


0005179-44.2015.8.06.0066, Relator: JUCID
PEIXOTO DO AMARAL, 3ª Câmara Direito Privado,
Data de Publicação: 28/11/2017)

Portanto, de acordo com a jurisprudência, é de responsabilidade do


agente causador e a necessidade de reparação do dano sofrido. Ademais, em
relação ao quantum reparatório fixado pelo MM. Juiz cumpre salientar que
além de reparar o dano, o ofensor deve ser punido pelo ato ilícito
cometido a fim de que não cometa o mesmo erro com outros
consumidores, levando-se em consideração o dano majorado.

Visto isso, resta comprovado que o autor seja indenizado a título de


danos morais, por ter sido constrangido em decorrência de um ato ilícito
cometido pelas empresa rés apresentada nesta inicial. Logo, REQUER que o
mesmo seja indenizado ao valor equivalente a R$ 7.000,00 (sete mil reais).
DOS PEDIDOS

Diante o exposto requer:

a) Recebimento da presente ação uma vez que estão presentes os


requisitos do artigo 319 do CPC;

b) Que conceda a assistência judiciária gratuita visto o requerente


não possuir condição financeira para pagar as custas processuais
sem prejudicar seu sustento;

c) Requer, expressamente, que lhe seja concedida a inversão do


ônus da prova, na forma do disposto no Código de Defesa do
Consumidor, para todos os atos eventualmente realizados no
presente feito;

d) A citação da Empresa Ré para, querendo, contestar a presente


ação, sob pena de revelia;

e) Que a empresa ré seja condenada ao pagamento a título de DANOS


MORAIS no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais),


para todos os efeitos de direito e alçada.

Termos em que,
Pede deferimento.
Ubajara, 01 de Dezembro de 2021.
______________________
Lara Linhares
OAB/CE nº 38.513

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