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Fisioterapia 

Esportiva no ombro 
 
O ombro é a articulação de maior mobilidade do corpo humano e, como

consequência, uma das mais vulneráveis. A sua complexa estrutura

anatômica é composta por três articulações: glenoumeral, acromioclavicular e

esternoclavicular; por três sistemas osteotenomioligamentares: subacromial,

umerobicipital e escapulotorácico; por 14 ligamentos e por 19 músculos. A

integridade e a funcionalidade dessas estruturas são fundamentais para a

ação conjunta do braço e antebraço, cuja finalidade é dar amplitude de

movimento tridimensional. Além dessa importante função, o ombro participa,

como restante do membro superior livre, dos mecanismos de equilíbrio e

propulsão do corpo como um todo (1).

Com pequena estabilidade estática e grande estabilidade dinâmica, o ombro

depende da ação integrada das estruturas anatômicas mencionadas, as quais

são responsáveis pelos mecanismos de deslizamento e estabilização, que

garantem a firma justaposição da cabeça do úmero à cavidade glenoidal, feita

não só pela capsula articular e pelos ligamentos, mas também pela ação do

manguito rotador (músculos subescapular, supraespinhoso, redondo menor e

infraespinhoso) e da cabeça longa do músculo bíceps braquial e

secundariamente pelos músculos deltoide, trapézio, serrátil anterior, rombóde,

grande dorsal e elevador da escápula (2).

O ombro, por ser uma articulação considerada instável, já tem maior risco de
sofrer lesões dos mais variados tipos.

Em atletas que utilizam os membros superiores com frequência o índice de


lesões aumenta.

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As principais lesões de ombros em atletas são:

Luxações
A luxação ocorre quando a porção superior do úmero de desloca para fora da
cavidade glenoidal da escápula.

A luxação mais comum é a anterior, onde as estruturas responsáveis pela


estabilização da porção anterior do ombro são rompidas.

A lesão pode ocorrer por um contato violento contra outro atleta ou objeto
sólido, queda sobre o braço estendido ou rotação externa abrupta e violenta
do ombro.

Subluxação
Uma subluxação ocorre quando a cabeça do úmero desliza parcialmente para
fora da cavidade da escápula.

Pode ocorrer por golpe direto no ombro, queda sobre o braço estendido ou
esforço extenuante do braço em posição inadequada.

Distensão muscular

Resulta de uma extensão muscular súbita de uma articulação além de sua


amplitude funcional normal, causando lesão ao músculo e outras partes
moles.

No ombro pode ocorrer a distensão dos músculos bíceps braquial e peitorais.


Pode ocorrer por movimento abrupto ou grande exigência física imposta ao
músculo.

Síndrome do Impacto

Lesão crônica causada por atividades repetitivas realizadas acima da cabeça


ou esportes de arremesso, que lesionam o lábio glenoidal, a cabeça longa do
bíceps ou a bolsa subacromial.

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Um estreitamento do espaço entre o manguito rotador e o acrômio resulta em
dor no ombro e perda do movimento decorrente do déficit do manguito
acometido.

Pode ser causado por movimentos repetitivos realizados acima da cabeça


como tênis, natação, golfe, vôlei e levantamento de peso.

Separação acromioclavicular

Separação dos ligamentos que conectam a clavícula ao acrômio e


geralmente ocorrem no treinamento de força do membro superior em vários
esportes de arremesso e esportes de contato (futebol americano e hóquei).

Causada por queda sobre a região do ombro, queda sobre a mão estendida e
golpe direto no ombro.

Separação esternoclavicular

Ruptura dos ligamentos que conectam a clavícula ao esterno, que pode se


dar tanto na direção anterior como na posterior.

Pode ocorrer com golpe direto no esterno, queda sobre o ombro ou mãos
estendidas, impacto do ombro contra o solo ou queda de outro atleta sobre o
ombro.

Tendinite de manguito rotador

Inflamação dos tendões do ombro na área subjacente ao acrômio, do grupo


de músculos conhecidos como manguito rotador.

Causado por movimentos repetitivos em movimentos acima da cabeça em


esportes como tênis, beisebol, natação e etc.

Tendinite de bíceps braquial

Inflamação do tendão do bíceps, músculo que realiza flexão de cotovelo e


supinação de antebraço.

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O uso excessivo do bíceps braquial pode levar à inflamação, sendo uma
doença muito comum em golfistas, levantadores de peso, remadores e atletas
arremessadores de peso.

Ocorre por técnica inadequada no levantamento de peso e aumento repentino


na duração ou intensidade do treino.

Bursite de ombro

Inflamação na região entre o osso da porção superior do úmero e o acrômio.


Tênis, beisebol e treinamento com pesos pode gerar bursite de ombro.
Causada por uso excessivo do ombro em atividades de arremesso, tênis,
natação ou beisebol, queda sobre o braço estendido ou inflamação da bolsa
do ombro.

O Que é a Fisioterapia Esportiva

A fisioterapia esportiva trabalha tanto na prevenção de lesões como na


reabilitação.

Na prevenção, o fisioterapeuta esportivo vai estudar e observar todas as


sobrecargas mecânicas do esporte que o atleta pratica. A partir daí, traça
uma conduta fisioterápica que vai trabalhar os pontos fracos a fim de prevenir
lesões comuns no esporte praticado. A atuação do fisioterapeuta ainda vai
além, colaborando e orientando técnicos e atletas durante a prática do
esporte para evitar determinados movimentos e até mesmo como adequar as
posturas comuns ao esporte, a fim de evitar futuras lesões.

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Já na reabilitação, o fisioterapeuta vai trabalhar com condutas específicas da
fisioterapia para obter reabilitação total do atleta, para que ele possa voltar a
sua rotina esportiva de forma rápida e com segurança.

É importante salientar que a fisioterapia esportiva trabalha na prevenção e


reabilitação de esportistas, sejam eles profissionais ou amadores.

Como Funciona o Tratamento de Lesões no Ombro Através da


Fisioterapia Esportiva

Inicialmente o fisioterapeuta realiza uma avaliação do ombro lesionado para


realizar o diagnóstico fisioterápico.

Depois disso são traçadas algumas condutas que vão variar de acordo com o
nível, tipo e tempo da lesão, porém todas como o mesmo objetivo: uma
reabilitação rápida e completa do atleta.

De uma maneira geral, a conduta fisioterápica nas lesões de ombro tem como
objetivo controlar a dor e a inflamação, restabelecer a força e a flexibilidade
muscular e devolver o movimento totalmente funcional do membro acometido,
para que o atleta possa voltar a praticar o esporte em segurança sem riscos
de ter uma nova recidiva da lesão.

Para conseguir esses objetivos o fisioterapeuta utiliza de recursos físicos,


terapêuticos e manuais.

A Importância da Fisioterapia Esportiva


Um atleta lesionado precisa voltar as suas atividades normais rapidamente,
pois tanto ele como o time necessitam de seu retorno para alcançar os
objetivos traçados pelo técnico.

A fisioterapia esportiva é que vai oferecer ao atleta essa reabilitação,


trabalhando todos os dias e utilizando todos os recursos disponíveis para
uma reabilitação rápida e eficaz, fazendo com que o retorno do atleta às suas
atividades seja feito de forma a garantir a sua segurança e integridade física.

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O fisioterapeuta vai utilizar de todo seu conhecimento técnico e científico e
junto com uma equipe multidisciplinar, vai traçar uma conduta a fim de
restabelecer a saúde física do atleta lesionado o mais rápido possível.

Além de uma rápida reabilitação, estudos mostram que a fisioterapia


esportiva é muito eficaz na prevenção de lesões, fazendo com que os atletas
possam alcançar um grande nível de desempenho sem causar danos a sua
saúde.

Atletas saudáveis oferecem um maior rendimento e um maior vida útil no


esporte, portanto, a fisioterapia esportiva pode ser considerada um dos
principais pilares para a manutenção de uma equipe esportiva de alto
rendimento.

Técnicas Fisioterapêuticas Que Podem ser utilizadas na Reabilitação


Esportiva

O fisioterapeuta utilizará as técnicas fisioterapêuticas que vão proporcionar ao


atleta uma melhor e mais rápida recuperação com o objetivo de fazer com
que ele retorne à atividade esportiva o mais rápido possível. Para isso o
fisioterapeuta pode utilizar:

● Cinesioterapia
● Hidroterapia
● Pilates
● Eletroterapia (TENS, Corrente Russa, Ultrassom, Laser)
● Termoterapia (Gelo e compressas)
● Bandagem funcional

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● Recursos manuais (massagens, pompagens, mobilizações
articulares)
● Treinos funcionais

Todas essas técnicas podem ser utilizadas juntas ou separadas e cabe ao


fisioterapeuta avaliar o atleta e indicar qual delas é a mais indicada em cada
fase do processo de reabilitação.

Vantagens e Benefícios da Fisioterapia esportiva para Lesões no Ombro

A fisioterapia esportiva é muito vantajosa pois oferece muitos recursos na


reabilitação dos mais diversos tipos de lesões.

Na fisioterapia esportiva a sessão de fisioterapia costuma ser longa, durando


várias horas, permitindo que o fisioterapeuta possa trabalhar com calma e
utilizando vários recursos no mesmo dia em um mesmo atleta.

As sessões de fisioterapia esportiva também costumam ser diárias, com isso


o fisioterapeuta consegue ter um melhor controle da evolução do processo de
reabilitação, mantendo uma conduta cada vez mais específica.

As clínicas de fisioterapia esportiva costumam ser muito completas e com


muitos recursos disponíveis ao alcance do fisioterapeuta, o que faz com que
as sessões sejam mais ricas e completas.

Todas essas vantagens trazem ao atleta a possibilidade de uma recuperação


menos dolorosa, mais rápida e eficaz, mantendo sua integridade física e
fazendo com que seu retorno ao esporte seja adiantado.

Os Melhores Exercícios de Fisioterapia Esportiva para Lesões no Ombro

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Alongamentos
Os alongamentos devem ser realizados para melhorar a flexibilidade dos
músculos do complexo articular do ombro e manter a amplitude de movimento
dentro da normalidade.

Os alongamentos indicados para lesões no ombro são:


● Alongamentos de peitorais
● Alongamentos de deltoide
● Alongamentos de tríceps braquial
● Alongamentos de grande dorsal

Exercícios de Fortalecimento

Os exercícios de fortalecimento variam de acordo com a lesão do atleta em


questão.

De uma maneira geral, é importante fortalecer todos os músculos do


complexo articular no ombro, com ênfase no manguito rotador.

Exercícios indicados:

Fortalecimento de peitorais

Paciente deitado em decúbito dorsal, com flexão de quadril e joelho e pés


apoiados, com 1 halter em cada mão. O peso do halter deverá ser indicado
pelo fisioterapeuta após avaliação.
Com os membros superiores estendidos na altura do ombro, solicitar uma
abdução horizontal.

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Fortalecimento de deltoides

Paciente sentado, com quadris e joelhos flexionados a 90º e pés apoiados no


chão, com 1 halter e cada mão.
Solicitar abdução dos ombros, até a altura de cada ombro.

Fortalecimento de bíceps braquial

Paciente em pé, com membros superiores levemente abduzidos na largura do


quadril e joelho semi-flexionados, com 1 halter em cada mão.
Solicitar flexão de cotovelo.

Fortalecimento de rotadores internos e externos de ombro

Paciente em pé, com membros superiores levemente abduzidos na largura do


quadril e joelho semi-flexionados. Prender 1 theraband na barra de espaldar
na altura do cotovelo do paciente.

Solicitar que mantenha cotovelo preso ao tronco e realizar rotações internas e


externas.

Fortalecimento de trapézio

Paciente em pé, com membros superiores levemente abduzidos na largura do


quadril e joelho semi-flexionados.

Prender um theraband em uma barra de espaldar na altura do cotovelo do


paciente. Solicitar que o paciente puxe o theraband para trás.

Para Atleta

Nos casos de atleta deve -se colocar exercícios provocativos, focando o


treinamento da modalidade esportiva.

Exercícios devem ser focados no complexo do ombro e cintura


escapular de forma global, especialmente o fortalecimento do manguito
rotador, escapulares e deltoideanos sempre na linha horizontal evitando o
impacto secundário .

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LESÕES SLAP
• As lesões em SLAP ou lesão Bíceps – Labial Superior. São
alterações de origem traumática localizadas no lábio glenoidal Antero
superior, tornando -se como referência a cabeça longa do bíceps.
• São lesões comumente em arremessadores.
• Tais alterações no lábio glenoidal alteraria ma congruência articular do
úmero a cavidade glenóide, influenciando na instabilidade do complexo
do ombro.
• O quadro clínico se apresenta nos atletas com dor mal localizada,
estalidos e disfunção para as atividades esportivas.
• O Encurtamento d a cápsula posterior associado à hiperrotação
externa da cabeça do úmero produzindo um rosqueamento do tendão
bicipital tensionando sua inserção , normalmente envolve a
desaceleração no ato do arremesso, na fase de finalização, quando o
bíceps desacelera a extensão do cotovelo, provocando tração no lábio
glenoidal ântero-superior.
• Pode ocorrer em traumas como queda com apoio da mão e o
cotovelo estendidos e ombro abduzido(Lesão de Bankart).
• Rupturas totais ou parciais do manguito rotador, detectando através
do teste de O ´Brien.
• O teste de Speed (positivo), sugere lesão do tipo II anterior.

LESÕES SLAP
• 4 TIPOS DE LESÃO EM SLAP:
• 1 - lábio superior com fibrilações, irregularidades e aspecto
degenerativo, a inserção do bíceps é normal;
• 2 - lábio superior desinserido d a glenóide;
• 3 - lábio superior com secção vertical junto à sua inserção no bíceps (
a porção lesada pode deslocar -se para a superfície articular, formando
uma alça d e balde);
• 4 - lesão semelhante ao tipo III, porém com extensão para o bíceps.

TRATAMENTO
• inicia-se imediatamente, o paciente é imobilizado e m tipóia com o
cotovelo fletido a 90°. A imobilização é retirada para realização d e
mobilidade passiva de forma suave respeitando o arco de movimento
indolor do atleta.

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• Exercício s isotônicos(concêntrico e excêntrico), com elástico s leves nas
duas primeiras semanas, com progressão de duas em duas semanas na
carga, evitar a carg a excêntrica nas primeiras semanas.
• Exercícios e m CCF na fase final do tratamento.
• próxima etapa exercícios militares (ou funcionais) no plano da escápula.
• normalmente tem melhor resposta a intervenção cirúrgica devido a ruptura
do lábio.

SÍNDROME DO IMPACTO
• Foi somente e m 1972 a síndrome d o impacto ou pinçamento foi
descrita por NEER, com base na d issecação de cadáveres e
naexperiência clínicocirúrgica co m idosos e pacientes não atletas.
• O conceito d e Neer refere-se a degeneração progressiva do tendão
do supra -espinhoso devido a diminuição do túnel d o supra -espinhoso
e consequentemente compressão do tendão contra o acrômio anterior e o
arco coracoacromial.
• Neer definiu a síndrome do impacto e m três estágios evolutivos, com
severidade progressiva.
• Estágio I, comum em jovens, envolve edema e hemorragia do tendão
do supra-espinhoso;
• E stagio II, que o corre em indivíduos com idad e entre 30 a 40 anos,
engloba tendinite e f ibrose do tendão ;
• Estágio I II, que acomete mais indivíduos com mais de 45 anos,
evolui para ruptura do tendão .
• Atualmente, alguns autores dividem a dor relacionada à síndro me do
i mpacto nos atleta s em duas categorias:
• Indivíduos com mais de 35 anos • Indivíduos com menos de 35 anos.

FISIOPATOLOGIA
• A fisiopatologia da síndrome do impacto nos atletas são controversas
e multifatoriais; o principal fator soa o s movimentos repetitivos
associado s às causa s intrínsecas e extrínsecas do ombro do atleta. A
síndrome do impacto subacromial pode ser primária ou secundária.
A etiologia está relacionada às alterações d o túnel d o supra -espinhoso
quanto à forma do acrômio tipo III (ganchoso), a inclinação do acrômio
mai s achatado, o esporão acromial anterior exuberante (atleta s de
musculação) e a articulação ac romioclavicular protuber ante, podendo

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provocar diminuição do túnel do supraespinhoso e con sequente mente
pinça mento subacromial.
• Rathbun e Macnab demonstraram a importância da vascularização na
inserção do músculo supraespinhoso.
• Existe uma área crítica de 1 cm de largura no tendão do supra
–espinhoso e junto ao tubérculo maior do úmero, que torna -se hip
ovascular dependendo d a posição do braço(rotação medial e adução, os
vasos são pressionados).

Como a Fisioterapia Esportiva Pode Prevenir os Atletas de Lesões no


Ombro

A fisioterapia esportiva não trabalha apenas na reabilitação, mas também no


processo de prevenção de lesões.

O fisioterapeuta atua estudando a fundo toda a biomecânica do esporte a fim


de encontrar quais são as principais lesões de cada esporte e quais as
formas de prevenir cada uma delas.

Nadadores

O tipo de lesão mais frequente entre os nadadores é a tendinopatia de ombro,


causada geralmente pelo excesso de treinamento, já que atletas de grande
nível chegam a nadar entre 10 a 14km por dia, durante 6 a 7 dias por
semana. Isso equivale a 2.500 braçadas em um único dia. Isso contribui para
o alto risco de lesões.

Para prevenir as lesões é necessário que o fisioterapeuta trabalhe com o


atleta para fortalecimento do core, manguito rotador e de todo o complexo
muscular do ombro antes, durante e após a temporada de competições.
Os alongamentos também devem ser realizados.

Após os treinos e competições o fisioterapeuta deverá prescrever o uso de


gelo para prevenção e tratamento de inflamações.

Treinos funcionais específicos para natação que melhorem as técnicas das


braçadas devem ser prescritos para melhora da biomecânica do movimento.

Jogadores de Vôlei

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As lesões mais comuns no vôlei são as tendinites de rotadores de ombro ou
manguito rotador e bíceps braquial, também causados pelo excesso de
treinamento.

Para prevenir essas lesões é necessário que o fisioterapeuta entre com um


grande treino de força e flexibilidade muscular.

Jogadores de ponta que atacam mais, merecem uma atenção maior no


quesito trabalho de força muscular.

Todos os músculos do complexo articular do ombro e manguito rotador


precisam ser fortalecidos para prevenir lesões.

Fortalecimento muscular com movimentos combinados devem ser realizados


para um melhor resultado: rotação externa de ombro com rotação externa da
cintura escapular, rotação interna de ombro com rotação interna da cintura
escapular elevação de ombro com rotação externa da cintura escapular,
abdução do ombro e rotação externa da cintura escapular, adução do ombro
com rotação interna da cintura escapular, extensão e ombro com rotação
interna da cintura escapular e abdução horizontal de ombro com adução da
cintura escapular.

Treinos funcionais específicos do esporte também são indicados.

Judocas
As lesões mais comuns nos atletas de judô são as luxações e a subluxações
da articulação glenoumeral e tendinopatias por uso excessivo.

Para evitar essas lesões é necessário entrar com um treinamento intensivo de


força muscular de todos os músculos da região do ombro, principalmente do
manguito rotador, para manter o ombro estável durante os movimentos,
impedindo o seu deslocamento e uma possível luxação.

Exercícios de alongamento também devem ser indicados para que o atleta


mantenha uma grande amplitude de movimento, também para impedir
deslocamentos excessivos da articulação glenoumeral.

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Bandagens funcionais podem ser realizadas para evitar as luxações em
atletas que possuem predisposição ou sofrem de frouxidão ligamentar.

O Papel do Fisioterapeuta: Como Ele Pode Auxiliar no Processo de


Recuperação dos Atletas

A fisioterapia é um dos principais recursos na reabilitação do atleta, pois ela


pode reabilitá-lo de forma rápida, eficaz, mantendo sua integridade física e
fazendo com que ele volte a praticar seu esporte o mais rapidamente
possível.

O fisioterapeuta utilizará de todo seu conhecimento técnico e recursos


fisioterápicos para oferecer ao atleta o melhor para seu processo de
reabilitação.

Após uma avaliação minuciosa, o fisioterapeuta traçará uma conduta que terá
como objetivo a resolução completa do problema, trabalhando para controlar
a dor, a inflamação e para restabelecer a força e flexibilidade muscular do
membro acometido pela lesão.

Além disso, o fisioterapeuta vai trabalhar para controlar a causa do problema


para evitar uma recidiva da lesão e prevenir novas lesões.

Aparelhos e equipamentos utilizados na Fisioterapia Esportiva para


Lesões no Ombro

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O fisioterapeuta pode utilizar alguns aparelhos e equipamentos que vão
auxiliar no processo de reabilitação das lesões dos ombros dos atletas. Os
mais utilizados são:

● TENS – para controle da dor


● FES/Corrente Russa – Para fortalecimento muscular
● Ultrassom – Para diminuir a inflamação
● Laser – para acelerar o processo de cicatrização

Como Saber se o seu Paciente Atleta Está Preparado Para Voltar aos
exercícios

É importante conversar com seu paciente e orientá-lo a respeito da evolução


natural da lesão apresentada e sobre a recuperação das estruturas afetadas.
Também é importante que ele siga as orientações a respeito do tempo de
repouso e reabilitação.

Após todo o processo de reabilitação o fisioterapeuta deverá realizar uma


nova avaliação para verificar se o membro acometido está totalmente
reabilitado e pronto para voltar aos exercícios. O fisioterapeuta deve avaliar:

● Se há presença de dor com ou sem movimento


● Se há algum sinal de inflamação no local da lesão
● Se há diminuição da amplitude de movimento
● Se há diminuição da força muscular
● Se o atleta demonstra insegurança na realização de movimentos do
membro acometido

Caso o atleta apresente algum desses sintomas uma nova avaliação médica
e fisioterápica deve ser realizada.

Se o atleta não apresentar nenhum desses sintomas e conseguir realizar


suas atividades esportivas sem dor e com total segurança, ele está apto para
voltar aos exercícios.

Porém é importante orientá-lo e prescrever exercícios para prevenção de


recidivas e de novas lesões.

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Cuidados Especiais Com Alunos Que Possuem Lesões no Ombro

É preciso tomar alguns cuidados específicos de acordo com a lesão que o


aluno possui.

Se o aluno estiver com muita dor é necessário que o fisioterapeuta


inicialmente utilize recursos para controle da dor como TENS, gelo e
ultrassom para posteriormente entrar com os exercícios.

Alunos que passaram por tratamento de cirurgia também necessitam de


cuidados especiais e devem realizar um programa de reabilitação específico
pós cirúrgico.

Restrições de Exercícios Para Alunos Com Lesões no Ombro


Alunos com luxação de ombro na fase aguda não devem realizar exercícios
de alongamento muscular.

Exercícios que causem dor ou desconforto ao aluno são contraindicados.

Os Avanços da Fisioterapia Esportiva para Lesões no Ombro


A fisioterapia esportiva é uma área que está e constante crescimento, pois o
desenvolvimento tecnológico e os novos estudos vêm formando profissionais
cada vez mais capacitados para lidar com atletas profissionais e amadores.
A aparelhagem e os novos conceitos em fisioterapia estão proporcionando
aos atletas recuperações cada vez mais rápidas.

O uso de jogos virtuais está sendo amplamente utilizado no processo de


reabilitação principalmente na área de fisioterapia esportiva em treinos
funcionais, já que o fisioterapeuta pode colocar o atleta para treinar exercícios
específicos do seu esporte.

No caso das lesões de ombro o fisioterapeuta pode colocar o atleta para


“jogar” os jogos eletrônicos de vôlei, tênis, beisebol e etc., oferecendo um
processo de reabilitação muito mais funcional.

Jogos em realidade virtual também já estão sendo utilizados para deixar a


sessão de fisioterapia mais lúdica, estimulante e desafiante.

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Toda essa tecnologia traz avanços positivos para a fisioterapia esportiva e
para o processo de reabilitação do atleta.

Conclusão

O ombro é uma articulação complexa e anatomicamente instável, por isso é


uma articulação muito propensa a sofrer inúmeras lesões.

Alguns esportes utilizam muito os membros superiores e por isso são mais
susceptíveis a lesões de ombro como vôlei, natação, basquete, artes
marciais, beisebol, tênis e levantamento de peso.

Nesses casos é importante que o fisioterapeuta trabalhe atentamente ao lado


dos atletas para prevenir essas lesões.
Quando a lesão já existe é necessário que o fisioterapeuta avalie e trace uma
conduta que possa reabilitar o ombro do atleta de forma rápida e eficaz para
que ele possa voltar a praticar o esporte o mais rápido possível, mantendo
sempre sua integridade física.
Para isso o fisioterapeuta precisa utilizar seus conhecimentos técnicos em
fisioterapia esportiva e os recursos físicos, terapêuticos e manuais que estão
a sua disposição para que o atleta possa ter uma recuperação completa e um
bom retorno a sua atividade esportiva profissional.

Bibliografia

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Dica boa: ​Aprenda a tratar a Cintura Escapular


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