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Introdução
É papel das instituições escolares formar cidadãos críticos, proporcionar aos alunos
ensinamentos que eles necessitam para viver e trabalhar neste mundo em evolução, bem
como orientá-los para a vida, mas isso só acontece, se a escola definir como meta trabalhar os
conteúdos a serem estudados de uma forma adequada.
É neste contexto de mudanças, que nos propomos trazer este texto de apoio, onde
discutiremos em torno de quatro temáticas, que compðem a nossa disciplina, denominada
Estágio Integrado De Docente II.
Estrategias do ensino da história, é outra unidade temáica, onde aprenderemos que o P.E.A de
história passa pelo traçado de estratégias que devem ir de acordo com a realidade dos alunos.
E por fim abordaremos acerca doo processo da avaliação no ensino de história, onde
descubriremos que a avaliação no processo de ensino e aprendizagem, constitui um meio que
permite verificar até que ponto os objectivos estão sendo alcançados,
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UNIDADE TEMÁTICA I: O ENSINO DA HISTÓRIA E A
INTERDISCIPLINARIDADE
Introdução
As Diretrizes Curriculares Nacionais orientam para a relação e aproximação das disciplinas,
com o intuito pedagógico da interdisciplinaridade. No ensino da história, por exemplo, é
possível trabalhar conteúdos que abrangem a Geografia, a Literatura, a Filosofia, a Biologia,
a Química e muitos outros. A interdisciplinaridade, tem sido extremamente frutuosa, na
tentativa de compreensão dos problemas humanos.
Objectivos
Indicar as ciências que complementam o conhecimento histórico;
Descrever o contributo de cada ciência para a reconstituição do conhecimento
histórico;
O trabalho interdisciplinar na escola serve como alimento para que os professores dialoguem
entre si, pesquisem os conteúdos curriculares independente da disciplina e que haja reflexão e
atividades sobre determinado tema com a contribuição de cada uma delas.
Propõe também que professores, alunos, pais, trabalhem em parceria pensando na realidade
por eles vivida, Considerando os conhecimentos prévios dos alunos e valorizando suas
vivências fora da escola, assim as crianças se sentirão acolhidas e o processo de ensino e
aprendizagem acontecerá de maneira prazerosa e renderá bons frutos.
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Para Fazenda (2001) p.162) não existe uma definição única para a interdisciplinaridade “a
interdisciplinaridade é uma nova atitude diante da questão do conhecimento, de abertura à
compreensão de aspectos ocultos do ato de aprender”, ou seja, trata-se de uma questão
polêmica que nasce das atitudes das pessoas diante a questão do conhecimento, é uma
questão de valores e de como transformar nossas atitudes em fazeres.
Para o autor acima citado, o termo “interdisciplinaridade” não possui ainda um sentido único
e estável e que, embora as distinções terminológicas sejam inúmeras, seu princípio é sempre
o mesmo: caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os especialistas e pela integração
das disciplinas num mesmo projeto de pesquisa.
Todavia, trabalhar com actividades integradas não é um modismo, mas o encontro com os
contratempos, que exigem uma nova compreensão da concepção de interdisciplinaridade,
Fazenda (2001), nos diz que:
A atitude interdisciplinar- é a compreensão do movimento dialético, revendo o velho
para torna-lo novo, admitindo a existência desses dois pontos;
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A interdisciplinaridade transforma a relação professor/aluno de vertical para horizontal, o
diálogo está sempre presente e a busca de compreensão do quotidiano do aluno aproxima
ainda mais essas duas classes educacionais, educadores e educandos.
Embora tenhamos tantos benefícios para os alunos com a prática interdisciplinar, ainda nos
perguntamos por que é tão difícil colocá-la em prática, estamos tão avançados nas questões
sociais, tecnológicas, o homem descobrindo cada vez mais novidades nos campos da
medicina e afins, porém parece que às vezes tanto conhecimento ou tantas informações
acabam por nos prender a detalhes que apenas sistematizam elementos simples como um
trabalho significativo em sala de aula .
A história com outras ciências tem uma relação interdisciplinar uma vez que umas
complementam as outras no estudo de um determinado conhecimento. Assim, os
conhecimentos das ciências como: Geografia, Sociologia, Antropologia, Linguística,
Matemática, Química, Paleografia, Arqueologia, Psicologia social, Cartografia, Economia e
outras, são de tamanha importância para a reconstituição histórica.
Ciencias Relação
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1.3. Considerações Finais
Colocamos aqui a vontade de compreender a intencionalidade da interdisciplinaridade como
proposta para melhorar a prática em sala de aula. Muitos são os empecilhos e obstáculos para
que a nossa educação seja vista como de qualidade, mas buscamos como fuuros professores
comprometidos que somos, novas maneiras de contemplar nossos alunos com o respeito que
eles merecem.
A interdisciplinaridade propõe que deixemos nossos medos e orgulho de lado, para que
possamos pesquisar, nos aprofundar e todos os assuntos que se fizerem necessários para
acolher nossos alunos.
Interdisciplinaridade são ações que visam ajudar o aluno a entender como as diferentes
matérias estão interligadas por assuntos que se complementam. Seria muito mais fácil se
tivéssemos professores preparados para escolher, elaborar e até reelaborar, se necessário,
materiais para estas aulas dirigidas em conjunto
1.3. Bibliografia
João, Maria Isabel. Didáctica de Historia. UEM. Maputo, 1983.
Proênça, Maria Cândida. Ensinar /Aprender História – Questões de Didáctica Aplicada.
Livros Horizonte. 1990.
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de Hist Caro Estudante
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UNIDADE TEMÁTICA II: ENSINO DE HISTÓRIA E OS CONCEITOS DE TEMPO
E ESPAÇO
Introdução
A questão de noção e das estratégias de trabalhar com os alunos o tempo e espaço histórico é
um calcanhar de Aquiles para os professores de história. Para superar esta dificuldade
propõem-se que se parta da realidade mais próxima do aluno e paulatinamente se avance a
realidade mais afastada, esta é uma das estratégias recomendáveis para trabalhar os conceitos
de tempo e de espaço em história.
Objectivos
Conceitualizar os tempos e espaços históricos;
Caracterizar os tempos históricos;
Descrever as formas de operacionalização dos tempos na explicação dos
conhecimentos históricos.
2.1. 1.Tempo
Silva (2009), conceitualiza o Tempo como uma ferramenta composta por dois instrumentos
como a cronologia e o calendário. Cronologia é a forma de representação dos acontecimentos
históricos no tempo e o calendário e uma noção de contagem do tempo.
Esta ferramenta permite o estudo das actividades e produções humanas, sobretudo da cultura,
ao longo do tempo. O tempo desenrola-se de acordo com os fenómenos históricos (de acção
humana). Tendo em vista a multiplicidade e variedade dos tempos sociais e culturais, Braudel
propõe para a história um modelo triplo de duração:
Tempo Curto (tempo dos acontecimentos), que também é apelidado de micro -história,
se ocupa com as ocorrências da superfície, habitualmente de índole político, e que não
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requer de investigação nem análises profundas ou simplesmene Tempo curto (ou do
acontecimento) – normalmente referente a acontecimentos políticos;
Tempo Médio ou de média duração estuda as pequenas, breves variações cíclicas. Na
economia se designa pelo tempo das conjunturas simplesmente, Tempo médio (ou de
conjuntura) - estudam-se as variações cíclicas breves;
Tempo longo, também chamado de longa duração, no qual o historiador deve inserir
as grandes repetições ou as grandes permanências. É o tempo das estruturas ou da
história estrutural. Simplemente, Tempo longo (ou de estrutura) -estudam-se as
grandes permanências.
Estrutura e conjuntura
Estruturas, são fenómenos plurisseculares de índole geográficos, económicos, sociológicos,
técnico, sociais, políticos, culturais, psicológicos que permanecem constantes durante um
longo período em que a transformação de um provoca a transformação dos outros.
O tempo da estrutura caracteriza-se por ser imutável, uma vez que as mudanças que ocorrem
na sua extensão são quase imperceptíveis nas vivências contemporâneas das pessoas.
O tempo da conjuntura é aquele que se prolonga e pode ser apreendido durante uma vida,
como o período de uma crise económica, a duração de uma guerra, a permanência de um
regime político ou o desenrolar de um movimento cultural
2.1.2. Espaço
Espaço é um meio físico onde os factos acontecem no dia-a-dia e no período de tempo com
características diversificadas influenciadas e estruturadas pelos homens que neles vivem. O
espaço condiciona o modo de organização dos povos da humanidade e ao longo do tempo
ganha diferentes significados que se apresentam como consequência da acção do Homem.
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2.1.3 A construção do tempo e o espaço
A construção dos conceitos de tempo e espaço pelos estudantes torna-se fácil à medida que
eles elaboram o próprio conhecimento, visto que, no decorrer desse processo, concretizam e
sistematizam noções construídas espontaneamente, podendo, posteriormente, abstraí-las.
Nesse sentido, o professor se apresenta como elemento que constrói a relação com o
conhecimento histórico, podendo propiciar no aluno o estabelecimento dos referenciais
fundamentais em que assenta na tomada de consciência do tempo social, estimulando-o a
construir o saber histórico pela expressão de ‘opiniões históricas’ na sua linguagem, desde os
primeiros anos de escolaridade.
Temporalidade:
Localizar acontecimentos da história pessoal e familiar, e da História local e nacional;
reconhecer e utilizar, no quotidiano, unidades de referência temporal;
Aplicar os conceitos de mudança/permanência na caracterização das sociedades que
se constituíram no espaço brasileiro em diferentes períodos; identificar, localizar no
tempo e caracterizar alterações significativas da sociedade brasileira;
Identificar e caracterizar as principais fases do processo histórico e os grandes
momentos de ruptura deste mesmo processo;
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Desenvolver a noção de multiplicidade temporal; distinguir ritmos de processo em
sociedades diferentes e no interior de uma mesma sociedade; estabelecer relações
entre passado e presente;
Explicitar as dinâmicas temporais que impulsionam as sociedades humanas,
notadamente as permanências, transformações, desenvolvimentos, crises, rupturas e
revoluções e as contribuições para o mundo contemporâneo.
Espacialidade:
Parafraseando Ferreira e Marques (Ibid.), o estudo do espaço e do tempo pode propiciar aos
educandos aprendizagens de escuta, observação e investigação, fundamentais para o
desenvolvimento cognitivo, crítico e criativo. E, ao promover a união entre a teoria e a
prática, o educador ou educadora poderá fazer das suas actividades propostas experiências
reais e significativas para cada aluno. Por isso, os conteúdos e actividades devem partir,
também, das próprias experimentações, pensamentos e sensações dos educandos.
Para a operacionalização dos conceitos de tempo e espaço histórico de forma que a
compreensão das estruturas e conjuntas históricas seja fácil e integral, são utilizados dois
eixos que são complementares e difíceis de separar na análise histórica, nomeadamente: a
sincronia implica, para ser compreendida e explica, a diacronia.
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Diacronia e Sincronia
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Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Culturaafrica, acessado no dia 6/9/2020
2.2. Bibliografia
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de História – Textos complementares, Livros
Horizonte. 1989.
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de História. Universidade aberta. 1990.
Alarcão, I. (1996) Formação Reflexiva dos professores. São Paulo. Porto Editora.
AQUINO, J. G. (1998). A indisciplina e a escola actual. In: Rev. Fac. Educ. São Paulo.
Ferreira, C. A. L e MARQUES, E. S. Revista história hoje, VOL 1, Nº2,2012
Silva, K. V. (2009). Dicionário de conceitos históricos. 2ª. Edição. São Paulo: Contexto
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UNIDADE TEMÁTICA III: ESTRATÉGIAS DO ENSINO DA HISTÓRIA
Introdução
No processo de ensino e aprendizagem em história o professor é obrigado a traçar estratégias
que vão de acordo com a realidade dos alunos, nível de desenvolvimento dos alunos, a idade
e o meio em que a escola está inserida.
Para tal o professor deve fazer análise de cada situação, isto é, a constatação da oportunidade
de usar ou não está ou aquela estratégia depende do momento e da oportunidade.
Objectivos
Definir estratégias de Ensino;
Identificar as estratégias de Ensino;
Relacionar as estratégias de Ensino com o desenvolvimento das capacidades e
produção do conhecimento histórico.
Hoje a preocupação é tornar o ensino de história um veículo de inteira ligação com a realidade
do meio de forma a criar uma aprendizagem mais coesa do aluno, para o efeito existem várias
estratégias para a consecução do processo de ensino e aprendizagem, a destacar visita de
estudo, jogo, a dramatização e simulação.
3.1.1.Visita de Estudo
De acordo com Duarte (1990:94) “define estratégia como um caminho a seguir, uma actitude
a tomar, para se alcansar os objectivos traçados na sala de aula”
Esta estratégia didáctica trata de um conjunto de acções planejadas e que o professor deve ter
em conta no processo de ensino e aprendizagem de forma a facilitar a assimilação dos
conteúdos por parte dos alunos.
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De acordo com Proença (1989), “defende que a forma como se desenvolve o processo de
ensino aprendizagem é determinada pela estatégica usada, que deste modo adiquire uma
enorme importância no desenvolvimento das actividades do educando”.
João (1983:110) “ a visita de estudo é uma forma de ligação entre a escola e o meio que
suscita a actividade dos alunos”. Permite a assimilação do conhecimento passado duma
realidade que nos rodeia. Deste modo a visita de estudo é uma actividade curricular
intencionalmente planeada, que serve para desenvolver ou complementar conteúdos
estudados na sala de aula.
Assim, podemos dizer que a visita de estudo é qualquer actividade decorrente do projecto
educativo da escola e enquadrável no âmbito do desenvolvimento de projectos curriculares de
escola, agrupamento e de turma, quando realizada fora do espaço físico da escola e ou da sala
de aula.
Quantos tipos de visita de estudo existem? De acordo com Proença (1992:198), existem três
tipos de visita de estudo:
Visita de estudo dirigida ou guiada – trata-se de uma visita orientada por professor
ou monitor.
Visita de estudo livre – Os alunos munidos de um roteiro ou fichas de trabalho vão
livremente, sós ou em grupos visitar os locais indicados pelo professor. Este tipo de
visita permite uma aquisição de forma motivadora do conhecimento sobre o assunto
em estudo.
Visita de estudo mista – A primeira parte da visita é orientada pelo professor e em
seguida os alunos vão sozinhos complementar a visita com auxílio de um roteiro ou
material de orientação. É tida como a combinação da visita guiada com a visita livre.
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Neste caso deve-se respeitar os seguintes fases na visita de estudo:
Preparação
Deve-se ter em conta os objectivos que devem ser bem formulados, tendo em conta o grau de
ensino e o nível etário, os interesses dos alunos e o momento de apendizagem que a Visita de
Estudo se insere.
É nesta fase que o professor deve escolher os locais que lhes pareçam prioritários e em
função desta escolha se selecionará o local, denifir-se-ão os objectivos da visita e o tipo de
visita a se realizar, tendo em conta o local.
Realização
Nesta fase o que se verifica é a própria execução da visita, os visitantes prestam atenção a
explicação que o professor vai dando e por sua vez procuram anota-la, para posteriormente
fazer constar em um relatório final a ser apresentado ao professor.
Exploração e Avaliação
Após a visita, o professor deve incuntir nos alunos que participaram na visita, que esta não
termina no momento que se abandona o local visitado, é preciso consolidar os conhecimento
adquiridos e fazer o balanço com os ja assimilados na sala de aulas. Aqui deve constar o auto
avaliação do professor e por último a reflexão comum entre o professor o aluno.
De acordo com visitas de estudo (S/A), elas obedecem ao regulamento de visitas de estudo de
carácter pedagógico, para realização de uma visita de estudo é necessário:
Inicialmente, devem identificar o local para a visita, de modo a constatar aspectos históricos
nele contido e elaborar um projecto que deverá ser apresentado as entidades legais que gerem
os locais que se pretende visitar.
É preciso fazer constar no projecto os objectivos que se pretende alcançar com a visita, o
objecto de estudo, de modo a dar conhecer a entidade as actividades que o grupo pretende
realizar.
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Como podemos perceber, as visitas de estudo devem ser planificadas e esta planificação,
deve conter obrigatoriamente, como já vimos, o local da visita, assim como, os professores
responsáveis (pelo menos 2 por turma), a data da realização, o horário e local previstos para a
partida e chegada, o itinerário, os objectivos a atingir, o transporte a utilizar e a(s) turma(s), a
necessidade de credenciais ou outros documentos, os professores e os alunos envolvidos’
Sem detrimento do dever de vigilância e custódia que recai sobre as funções dos professores
em qualquer actividade deverão ser objecto de co-responsabilização das famílias os eventuais
danos que os alunos venham a causar no decurso da mesma, Na impossibilidade ou interdição
de o (s) aluno (s) participarem na visita de estudo deve ser providenciado um plano de
trabalho a cumprir no espaço da escola.
A realização da visita de estudo implica a existência de avaliação, que pode revestir diversas
formas, nomeadamente trabalhos individuais/grupo, relatórios, questionários, etc.,
dependendo dos objectivos propostos, das características da turma e do âmbito/ natureza da
visita a realiza
Assim, compete ao (s) professor (es) responsável (eis) pela visita de estudo:
Promover os contactos com as entidades a visitar;
Solicitar na Secretaria que seja providenciado o transporte necessário à visita de
estudo;
Entregar á Secretaria a relação de alunos que participam na visita;
Fornecer á Secretaria as informações necessárias para a emissão dos documentos
necessários a apresentar nos locais a visitar;
Informar os encarregados de educação da participação na visita, custo, horários
previstos e recolha das respectivas autorizações;
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Providenciar, no decorrer da visita de estudo, a coordenação das tarefas necessárias à
sua concretização, assim como os horários de permanência nos locais a visitar, os
pontos de encontro e as respectivas horas, alertar para a necessidade de todos os
participantes cumprirem escrupulosamente os horários estabelecidos;
Contactar, com a máxima brevidade, a escola no caso de surgir alguma situação
imprevista.
Zelar pelo cumprimento do plano e objectivos da visita de estudo;
Zelar pelo bom comportamento dos alunos, quer durante o trajecto, quer nos locais a
visitar; Cumprir e fazer cumprir os horários estabelecidos;
Colaborar na verificação de todos os participantes antes da partida de cada local.
Direitos e deveres dos alunos:
Receber todas as informações e orientações necessárias ao desenvolvimento da visita
de estudo;
Relativamente aos alunos:
Zelar pelo bom nome da escola, comportando-se de forma adequada;
Cumprir as indicações dadas pelos professores;
Cumprir as indicações dadas pelos responsáveis dos locais visitados e pelos
responsáveis dos transportes utilizados;
Efectuar o (s) trabalho(s) de avaliação solicitado(s) pelo(s) professor(es)
Neste âmbito de acordo com Neto (1989:86), “que não basta estudar a história é necessários
adequar a história estudada com o meio circundante”.
Olhando para o meio circundante podemos falar do património cultural existente que vai
contribuir para eficácia do processo de ensino-aprendizagem, porque trata-se de uma visão
viva da cultura efectuada através de uma visita de estudo.
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É através desta que os alunos podem desenvolver trabalhos criativos em espécie de relatórios,
inseri-los na prespectivas histórica e também sem deixar de lado a sua identidade ao grupo
em que esle pertence, transmitindo-lhe atitudes de cidadanaia.
Neste contexto o educando passa a saber que a aprendizagem da disciplina de história passa
por conhecer a realidade que nos rodeia e isso significa que é uma ligação entre a escola e o
meio como auxiliar do processo de ensino e aprendizagem.
Este conjunto de estratégias tem vários pontos de contactos. O ponto de partida para qualquer
delas é uma simulação, que pode ser dramatizada a níveis diferentes. Estas técnicas permitem
que o ensino de história se torne motivador e estimulam o desenvolvimento de várias
capacidades, particularmente no domínio da imaginação, criatividade e capacidade de
expressão.
Estas estratégias têm incontestáveis vantagens psicológicas para melhor inserção dos alunos
nos grupos em que trabalham, e ao mesmo tempo um forte carácter motivador, além de
desenvolverem a criatividade e a imaginação histórica.
3.2.1.1. O jogo
O jogo é uma experiência que proporciona a criança a segurança necessária para aprender
a arriscar, criando situações novas, inventando novos recursos interessantes e avaliando-se
de forma tolerante e positiva” (Ortega, 1999:13).
A importância do jogo recebeu várias versões ao longo do tempo, onde os jogos são
lembrados como alternativas interessantes para a solução de problemas de prática
pedagógica. Segundo Neto (1997), jogo “ é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida
dentro de determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas,
mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um
sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferentes .
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A importância do jogo no desenvolvimento cognitivo
Tanto a brincadeira como o jogo são importantes por contribuir para o processo de
aprendizagem. Por isso, Piaget afirma que os programas lúdicos são o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança. Sendo assim, essas atividades tornam-se indispensáveis à
prática educativa, pois contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Assim o
aluno entrará em conflito primeiro, no entanto, depois de tomar conhecimento e de
compreender melhor as ideias, este estará pronto a assimilar o novo conhecimento.
Portanto, podemos utilizar como estratégias, jogos didácticos de perguntas e respostas do tipo
do jogo da glória nas suas diversas variantes que são sempre aceites com muito entusiasmo
pelos alunos devido as suas características lúdicas. Dentre outros jogos aceites na disciplina
da História encontramos: adivinhação em estudos sociais e ciências; jogo de memória; micos
alfabéticos; jogo das datas; jogos ortográficos, etc
3.2.1.2. Dramatizaçðes
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Ao recorrer a esse tipo de trabalho o professor de História terá a oportunidade de avaliar a
postura de cada aluno, especialmente ligados ao comportamento desenvolvido coletivamente
ou individual. Atividade com essa atrai os “alunos problemas”, pois muito deles possuem
potenciais nesse seguimento, e que devem ser explorados
3.2.1.3. Simulações
É o acto de imitar, representar com semelhança, fingir, aparentar, disfarçar, dissimular um
facto ou fenómeno.
“Este conjunto de técnicas tem vários pontos de contacto. O ponto de partida para
qualquer delas é uma simulação que pode ser dramatizada a níveis diferentes. Estas
técnicas permitem que o ensino de História se torne motivador e estimulam o
desenvolvimento de várias capacidades, particularmente no domínio da imaginação,
criatividade e capacidade de expressão. Permitem ainda, o desenvolvimento da
comunicação verbal e das relações interpessoais e desenvolvem a compreensão
empática da História, não se refere a jogos e simulações feitos com auxílio do
computador, mas sim a situações dramatizadas”.
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A modificação de comportamento pressupðe:
Assim, Podemos mesmo fazer simulações sobre as diferentes possibilidades de actuar perante
uma mesma circunstância, escolhendo temas históricos, maximizando o processo de ensino
de História.
As simulações históricas baseiam-se nos princípios de que os alunos são capazes de “viver” o
papel de personagens de épocas e sociedades diferentes da sua. Esta “vivência” pode tomar a
forma de um “jogo de papel” ou de uma dramatização. Em qualquer dos casos apela-se à
criatividade do aluno que vai imaginar, apoiado em dados científicos correctos, como viviam
indivíduos de épocas diferentes.
A participação do aluno neste tipo de estratégias pode ser como personagem individual, como
membro de um pequeno grupo, ou membro de um grupo mais alargado envolvendo toda a
turma, o que perfaz um leque quase ilimitado de possibilidades de dinamização dos assuntos
estudados.
Qualquer simulação que o professor queira desenvolver com os seus alunos, tem que ser
apoiada num trabalho prévio de pesquisa. A idade dos alunos e o seu grau de
desenvolvimento determinam o maior ou menor grau de autonomia que lhe pode ser
conferido neste trabalho. Em qualquer caso a pesquisa deve sempre ser orientado pelo
professor que indica as bibliografia ou fornece textos de apoio não esquecendo todo o apoio
audiovisual através de gravuras, fotografias, vídeos, gravações, artefactos, visitas a museus,
etc.
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Mesmo que a simulação não envolva toda a turma, é conveniente que depois da realização de
um destes conjuntos de técnicas, quer individual, quer em um pequeno grupo, se alargue a
participação a toda a turma através de um debate sobre as posições defendidas pelos diversos
participantes.
Pelo envolvimento dos alunos com personagens, ideias e factos de outras épocas, a simulação
desenvolve neles a imaginação empática tão necessária a aprendizagem da História e
contribui para que esta disciplina se torne estimulante e motivadora.
Segundo PROENÇA (Op cit:134) “estas actividades podem ainda contribuir para tornar
efectiva a inter ou pluridisciplinaridade de que tantas vezes falamos, e poucas vezes
concretizamos”. No caso de uma dramatização pode juntar-se o contributo de várias
disciplinas, desde a disciplina de Português para a redacção de textos, às disciplinas de
educação visual ou trabalhos manuais para a construção de cenários
Referencias Bibliográfica
Duarte, A. O curso de História. Lisboa: Estampa
João, Maria Isabel. Didáctica de Historia. UEM. Maputo, 1983.
Proênça, Maria Cândida. Ensinar /Aprender História – Questões de Didáctica Aplicada.
Livros Horizonte. 1990.
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de História – Textos complementares, Livros
Horizonte. 1989.
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de História. Universidade aberta. 1990.
Pilleti, Claudino. Didáctica Geral. 23ª Edição. São Paulo: Ática. 2003
Neto, C. (1997). “Jogo e desenvolvimento da criança – Introdução”. In Neto, C.
(editor). Jogo e desenvolvimento da criança. Lisboa. Edições FMH. Universidade
Técnica de Lisboa. Edições FMH.
Ortega, R. (1999). Jugar y aprender. (4ª Edição). Sevilla. Díada Editora.
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4. UNIDADE TEMÁTICA IV: O PROCESSO DA AVALIAÇÃO NO ENSINO DE
HISTÓRIA
Introdução
Objectivos
Mencionar os tipos de avaliação;
Distinguir os diferentes tipos de avaliação
Identificar os objectos de avaliação da disciplina de história
Ambos os aspectos são avaliados tendo por base os objectivos traçados pelo professor, que
explicitam os fins que devem ser atingidos pelos alunos. Os objectivos têm de ser elaborados
em função do seguinte:
1. Nível médio dos conhecimentos e capacidades que são ponto de partida dos alunos
(avaliável através de um teste diagnostico no inicio do ano lectivo);
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No âmbito da disciplina de História o professor avalia três aspectos fundamentais:
O nível científico;
O nível político ideológico;
O comportamento escolar do aluno.
4.2. Quadro de síntese do objecto da avaliação na disciplina de história:
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A avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem, com
objectivos distintos. Existem três tipos de avaliação:
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Avaliação Sumativa – realiza-se no fim de uma unidade didáctica, de um período
escolar ou de um ano lectivo. Tem por fim avaliar o nível de conhecimentos,
capacidades e aptidões dos alunos, obtidos como resultado final da aprendizagem.
Realiza-se através de um teste construído para avaliar se os objectivos traçados foram
alcançados pelos alunos. Estes devem ser avisados com antecedência da data da sua
realização, para se poderem preparar com afinco. A avaliação sumativa tem por fim
atribuir uma classificação;
Essa divisão entre o rendimento escolar e desenvolvimento geral serve apenas para agrupar as
diferentes técnicas e instrumentos. Na realidade ambos os aspectos são relacionados e
avaliados ao mesmo tempo.
Etapas de avaliação:
Uma das funções da avaliação é com certeza a de determinar em que nível de qualidade está
sendo atendido os objetivos; para este fim, são necessários instrumentos e procedimentos,
para verificar o rendimento escolar como:
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Questões de múltipla escolha.
Questões do tipo "teste de respostas curtas" ou de evocação simples.
Questões de interpretação de texto.
Questões de ordenação.
4.4. Bibliografia
João, Maria Isabel. Didáctica de História. UEM. Maputo, 1983.
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de História – Textos complementares, Livros
Horizonte. 1989.
Proênça, Maria Cândida. Didáctica de História. Universidade aberta. 1990.
Pilleti, Claudino. Didáctica Geral. 23ª Edição. São Paulo: Ática. 2003
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