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FACULDADE PITAGORAS DE BETIM

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA


DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II

EXPONTANEIDADE DE REAÇÕES REDOX, PILHAS E


ELETRODEPOSIÇÃO

Alunos (as): Laryssa Lindemberg Rangel

Betim
2022
1. INTRODUÇÃO

A eletroquímica é a parte da química que studa o relacionamento entre a corrente


elétrica e as reações químicas, em várias situações comuns podem ser compreendidas ao
estudar estas transformações que envolvem a transferência de elétrons, ou seja, os
processos de oxidação e redução (REDOX). A variedade de reações químicas que envolvem
oxidação-redução, tais como: calculadoras, brinquedos, lâmpadas, rádios e eletroeletrônicos
que utilizam pilhas alcalinas para funcionarem. Outros processos como revelação fotográfica,
fotossíntese, respiração, assim como os testes de glicose na urina ou de álcool no ar expirado
são outros exemplos de reações que envolvem a transferência de elétrons.
Em condições normais, uma reação redox ocorre quando há contato entre o agente
oxidante e o agente redutor. Contudo, esta reação pode igualmente ocorrer “à distância”
estabelecendo o contato através de um fio condutor. Um dispositivo desse tipo designa-se
por célula galvânica ou célula eletroquímica. Uma célula galvânica é um dispositivo que
permite a conversão de energia química em energia elétrica através de uma reação redox
espontânea que ocorre numa interface eletrodo/solução. Uma célula eletrolítica é um
dispositivo, onde ocorre uma transformação química, que não aconteceria sem a
interveniência da energia elétrica. O esquema seguinte apresenta os principais aspectos de
uma eletrólise:

Ânodo (+) Cátodo (–)


Oxidação Redução

Banho Eletrolitico
Os componentes essenciais da célula eletrolítica são o gerador de corrente contínua,
o banho eletrolítico e os elétrodos. O gerador circula os elétrons, e polariza os elétrodos.
Conforme o banho eletrolítico, a eletrólise pode ser ígnea (eletrólito fundido) ou aquosa
(eletrólito dissolvido). Os elétrodos podem ser inertes (não reagem) ou ativos (reagem
durante o processo).

A diferença de potencial entre dois eletrodos em uma célula fornece a força diretora
que empurra os elétrons por um circuito externo. Esta diferença é chamada força
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eletromotriz (fem) ou potencial da célula. A sua unidade é o Volt (V) e para uma reação
espontânea seu valor será positivo. Existem também situações em que a energia elétrica é
empregada para fazer determinados processos não espontâneos ocorrerem.

2. OBJETIVOS

Nesta aula serão apresentados por meio de reações químicas os conceitos de


oxidação e redução, agente oxidante e agente redutor, força do oxidante e força do redutor
e suas implicações com a tabela de potenciais de redução.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Foram realizados 10 experimentos, utilizando os seguintes materiais e reagentes:


 Materiais:
03 béquers de 100 mL
02 béquers de 250 mL
02 pedaços de algodão
01 tubo em U ou pedaço de mangueira
01 Pseta com água
01 multímetro
02 Suportes e garras
01 Vidro de relógio
01 espátula
Balança analítica
Água destilada
01 Bastão de vidro
01 proveta de 100 mL

 Reagentes:
100 mL de solução de sulfato de cobre 1,0 mol/L
100 mL de solução de sulfato de zinco 1,0 mol/L
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100 mL de solução de cloreto de potássio 0,5 mol/L
02 Pedaços de fio de cobre (aprox 5 cm)
01 prego grande
01 pedaço de “Bombril” ou lixa
01 pedaço de placa de zinco (pode ser galvanizada)
01 pedaço de placa de cobre
1 bateria duracel de 9,0 V
02 placas de aço inox

PROCESSO DA MONTAGEM DE UMA PILHA:


Procedimento 01: Preparo das soluções, adicionou-se 100ml de sulfato de cobre e
100ml de sulfato de zinco em concentrações 1,0mol/L em bequés distintos. Em outro béquer
adicionou-se 100ml de cloreto de potássio na concentração de 0,5mol/L.
Procedimento 02: Em um béquer de 200ml foi colocado 80ml de sulfato de zinco e
em outro béquer de 200ml adicionou-se também 80ml de sulfato de cobre.
Procedimento 03: Foram lixadas um placa de cobre e uma placa de zinco e as
mesmas foram pesadas para determinar a massa das mesmas. Essas mesmas placas
foram presas através de um fio de cobre e ligadas a um multimetro.
Procedimento 04: Em um tubo U foi adicionado cloreto de potássio e as extremidades
foram tampadas com algadão assegurando que não houvesse entrada e nem bolhas de ar.
Procedimento 05: Os dois béqueres de solução foram colocados lado a lado e
ligamos a ponte com o Tubo U de cloreto de potassio. Após isso, as placas de cobre e zinco
ligadas ao multimetro foram mergulhadas nas em suas respectivas solução: a placa de
cobre mergulhada na solução de sulfato de cobre e a placa de xinzo mergulhada em sulfato
de zinco.
Procedimento 06: Houve observação da reação durante 10 minutos e a cada 02
minutos foram observados as mudanças na reação potencial da corrente da pilha pelo
multimetro.
Procedimento 07: Após os 10 minutos foram pesados as placas de cobre e zinco e
calculados os seus erros percentuais.
Procedimento 08: Esse mesmo processo foi repetido trocando a placa de cobre por
um prego de ferro.

PROCESSO DE ELETRODEPOSIÇÃO EM UMA PEÇA METALICA:


Procedimento 01: Foi pesada uma placa de aço e inox e com os 20ml de sulfato de

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cobre que foram preparados da solução anterior a mesma foi mergulhada durante 30
minutos.
Procedimento 02: Em outro processo, foi conectado uma placa de aço inox e uma
placa de cobre a um fio de cobre e ambos ligados a uma bateria de 09V.

Procedimento 03: Na solução restante de sulfato de zinco foram mergulhados as


duas placas de inox e de cobre, e com auxilio de um multimetro, durante 30 minutos foram
determinados os potenciais da reação a cada 30 segundos, e a leitura da corrente do
sistema.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram realizados no laboratorio de quimica dez procedimentos dos quais em todos


puderam ser extraidos atraves da observação analises comparativas das soluções
propostas.
O primeiro procedimento experimental realizado através da equação química
KMnO4 + H2SO4 + FeSO4 não baleanceada. O ion de permaganato de potassio é o
responsavel pela coloração roxa bastante forte, observada nitidamente na solução. Foi
observado após a adição de sulfato ferroso a mudança imediata de coloração, a
temperatura não foi alterada e não houve emissão de gás.
O resultado final se deu pela reação de oxirredução, sendo o KMnO4 o agente
oxidante e o FeSO4 o agente redutor.
10 FeSO4  + 2 KMnO4 + 8 H2SO4  → 5 Fe2(SO4)3 + 2 MnSO4 + K2SO4  + 8 H2O

. Esta é uma reação de precipitação: Fe2(SO4)3 é o precipitado formado.


O segundo procedimento experimental realizado atraves da reação química não
balanceada K2Cr2O7 + H2SO4 +  FeSO4. Ocorreu transferencia de elétrons após a reação,
originando uma reação de oxirredução. O Dicromato de potássio e o sulfato de ferro
reagiram entre si na condição ácida do acido sulfurico. Foi observado a mudança de cor da
reação para um laranja escuro com tons de verde. A reação quimica se da pela seguinte
equação:
K2Cr2O7 + 7 H2SO4 + 6 FeSO4 → 7 H2O + K2SO4 + 3 Fe2(SO4)3 + Cr2(SO4)3

Portanto, do exposto o FeSO4 é o agente redutor e o K2Cr2O7 é o agente oxidante.


Foi produzido o sulfato crômico Cr2(SO4)3.

No terceiro procedimento experimental dada pela equação não


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balanceada KMnO4  + H2SO4 + H2O2 a reação se dá pela troca de eletrons. Os reagentes
dão e recebem eletrons. O KMnO4 e o H2O2 desempenham o papel principal da reação em
meio ao ambiente acido do acido sulfurico. É observado a mudança de tons da reação do
marron para o incolor, a mesma não sofreu alteração de temperatura porém houve
liberação de gás. O resultado foi uma reação de oxirredução sendo o KMnO4  o agente
oxidante e o H2O2 o agente redutor, foi eveluido o gás da reação formando o O2. A
equação balanceada da reação, se deu da seguinte forma:

2 KMnO4 + 3 H2SO4  + 5 H2O2  → 8 H2O + 5 O2 + K2SO4  + 2 MnSO4

O quarto procedimento experimental temos a equação:

K2Cr2O7 +  H2O2 +  H2SO4 

O oxigenio do peroxido se oxida e o elemento que se reduz é o cromo do dicromato.


Observando a reação há mudança de cor para tom escuro marron e liberação de gás,
sendo o O2, ao passar o tempo a solução vai se tornando mais clara. Esta é uma reação de
oxidação-redução, sendo o K2Cr2O7 um agente oxidante, H2O2 um agente redutor.
Equação final balanceada:

K2Cr2O7 + 3 H2O2 + 4 H2SO4 → Cr2(SO4)3 + 7 H2O + K2SO4 + 3 O2

O quinto procedimento experimental é dado por cristais de KMnO4 em reação com o


HCl, formando a equação: KMnO4 + HCl. Ao reagir o permaganato de potássio com o
acido cloridrico a mudança de cor da solução é notada imediatamente, há o aumento da
temperatura, liberação de gás e cheiro forte.

A reação se trata de oxirredução, sendo o KMnO4 o agente oxidante e o HCl o


agente redutor. A formação do composto é Cl2. A reação final balanceada é dada da
seguinte forma:

2 KMnO4 + 16 HCl  → 8 H2O  + 5 Cl2  + 2 KCl  + 2 MnCl2

O sexto procedimento foi realizado em banho maria a 65ºC, com KMnO4, H2SO4, e
C2H2O. Ao reagir os 03 compostos é observado a mudança de cor do composto e a
liberação de gás, trantando de uma reação de oxirredução, sendo o permaganato de
postassio o agente oxidante e o ácido oxalico o agente redutor. Com a evolução da reação
forma-se o gás CO2 (dioxido de carbono). A equação da reação é dada pela equação
balanceada abaixo:

5 C2H2O4 + 2 KMnO4 + 3 H2SO4  → 8 H2O + 10 CO2 + K2SO4 + 2 MnSO4

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O sétimo procedimento experimental na forma molecular a equação balanceada
tem a seguinte forma abaixo:

5 KI + KIO3 + 3 H2SO4  → 3 I2  + 3 K2SO4  + 3 H2O

O iodeto de potássio regae com o iodato de potássio em meio ao ácido sulfurico


para produzir atraves da precipitação o I2 (iodo). O iodo é um composto volátil com um
brilho metálico. É pouco solúvel em água e sofre dismutação. 

O KI é o agente redutor da reação e o KIO3 é o agente oxidante.

O oitavo procedimento experimental é dado pelos compostos de Iodo e Tiossulfato


de sódio a reação é imediata. O Iodo é descolorido pelo Tiossulfato de sódio formando o
tetrationato de sódio e o Iodeto de sódio de cor incolor e sem cheiro e soluvel. A equação
dessa reação se dá pela forma abaixo:

2 Na2S2O3 + I2 → Na2S4O6 + 2 NaI

Na reação de oxirredução acima, o Na2S2O3 é um agente redutor, I2 é um


agente oxidante.

A nona reação química foi dada pela equação: Cu  + HNO3, ao adicionar o Cobre
no acido nitrico concentrado a mudança do composto é instantanea, o liquido que antes
era incolor se torna verde e libera um gás em tons de laranja (NO2), no qual se observa a
diluição do cobre no meio, a solução se aquece. O cobre ele sofre a oxidação e o
nitrogenio presente sofre redução, sendo o Cu o agente redutor da reação e o HNO3 o
agente oxidante. O produto formado pela reação é o nitrato de cobre (Cu(NO3)2. A
equação balanceada da reação: Cu  + 4 HNO3  → Cu(NO3)2  + 2 H2O + 2 NO2

A décima e última reação quimica experimental também foi utilizado os compostos


da reação anterior: Cu  + HNO3, porém o ácido nitrico foi diluido em água destilada e a
solução colocada em banho maria. A reação é lenta, existe a mudança de cor e o cobre é
diluido aos poucos.

5. CONCLUSÕES

Após a realização de todas as soluções propostas, foi observado que todas se tratam
de reações por oxirredução, foi possivel analisar que muitas delas estão presentes em
nosso dia a dia e os procedimentos experimentais foram fundamentais para a analise dos
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compostos e compreensão dos mesmos.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BROWN, T. L.; LEMAY, Jr, H. E.; BURDGE, J.R. Química: a Ciência Central. 9ª
Ed.São Paulo: Pearson, 2005.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Tipos de Reações Químicas"; Brasil Escola.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-reacoes-quimicas-2.html.
Acesso em 20 de Março de 2022.

MAGALHÃES, Lana. “Reações de oxirredução”; Toda Matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/reacoes-de-oxirreducao/. Acesso em 20 de Março de 2022.

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