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Belo Horizonte
2017
DENNER DE SOUZA CARNEIRO
DIEGO A. MARTINS FERREIRA
Belo Horizonte
2017
LISTA DE FIGURAS
Figura 12: Design de ECU para um sistema Cammon-Rail com injeção piezo
inline...........................................................................................................................33
2. OBJETIVOS............................................................................................................7
3. JUSTIFICATIVA......................................................................................................7
4. ANALISE DE SITUAÇÃO.......................................................................................8
5. HIPÓTESES...........................................................................................................9
6. TIPO DE PESQUISA..............................................................................................9
7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................10
8. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................13
8.1.3. Octanagem.....................................................................................................16
8.2. Hidrogênio.........................................................................................................23
8.3. Eletrólise............................................................................................................26
8.5.1. Definição........................................................................................................32
9. REFERÊNCIAS.....................................................................................................41
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo principal realizar um estudo experimental, sobre
modificações mecânicas e elétricas no sistema de injeção de combustível em
motores a combustão, para melhor rendimento mecânico com utilização de gás
hidrogênio.
3. JUSTIFICATIVA
Uma das maiores invenções do homem foram sem dúvidas os veículos automotivos,
tendo a capacidade de levar várias coisas e pessoas ao mesmo tempo, com uma
velocidade maior do que os veículos movidos por animais e com muito menos
esforço para manter. Mas infelizmente tudo tem seu preço e neste caso não é
somente o preço do combustível utilizado ou do próprio veículo, o preço neste caso
é pago todos os dias por todos na Terra, pois as máquinas térmicas em geral que
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foram tão utilizadas desde a época da revolução industrial gerou um efeito enorme
no clima de nosso planeta, na saúde das pessoas, um dos efeitos mais conhecidos
desde fato é o aquecimento global.
Estes com certeza são problemas bem complexos e que geraria outro trabalho de
conclusão de curso, mas nosso trabalho será focado somente na área automotiva,
pois cientistas passaram a se preocupar com a emissão de poluentes e
desempenho dos motores automotivos desde os anos 70. Os avanços foram muitos
até hoje chegam até a desenvolverem carros movidos completamente a energia
elétrica, este avanço foi tão significativo que as pessoas conhecem sobre o assunto
nas ruas, mas há também outros projetos feitos com este mesmo intuito que não são
tão conhecidos e também tem grande potencial, mas não é ainda tão explorado, um
deles é a utilização de hidrogênio que além de reduzir a emissão de gases pode
reduzir a quantidade de combustível consumido pelos veículos.
4. ANALISE DE SITUAÇÃO
Em 2003 foi criada uma parceria entre alguns países visando facilitar e acelerar a
transição para energia limpas e eficientes, utilizando hidrogênio e células de
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combustível. Eles se chamam International Partnership for Hydrogen and Fuel Cells
in the Economy (IPHE). E os países que participam são: Austrália, Áustria, Brasil,
Canada, China, Comissão Europeia, França, Alemanha, Islândia, Índia, Itália, Japão,
Korea, Holanda, Noruega, Federação Russa, África do Sul, Reino Unido, Estados
Unidos.
5. HIPÓTESES
6. TIPO DE PESQUISA
7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Fonte: http://intechno.com.br/?p=385.
Fonte: http://intechno.com.br/?p=385.
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Será determinada uma quantidade de combustível para teste e o tempo que o motor
estará em funcionamento a uma aceleração constante, sem a utilização do gerador
de hidrogênio. Logo em seguida deve ser verificado quanto de combustível foi
consumido do reservatório. Para que este teste tenha maior precisão recomenda-se
que seja feito mais de uma vez e o resultado final seja o valor médio do consumo
registrado.
O mesmo teste precisa ser refeito nas mesmas condições com o gerador de
hidrogênio instalado ao sistema para que possam ser comparados os resultados
obtidos e observar obteve ou não alguma alteração de consumo.
O motor didático Autos conta com uma função capaz de simular defeitos nos
componentes do motor, podendo alterar seus parâmetros de funcionamento.
Algumas pessoas alegam que o gerador de hidrogênio só funciona quando o
sistema de injeção de combustível está danificado ou se o motorista acelerar menos,
logo, concluímos que em ambos os casos ele só funciona se for injetado menos
combustível e funcionando da mesma forma aproveitando durante a combustão o
hidrogênio.
Anglo Gold Ashanti, um ambiente agressivo que pode influenciar de forma negativa
nos dados obtidos, tendo em vista que os kit’s fornecidos no mercado não possuem
certificação de órgão fiscalizador como o DETRAN (Departamento de Transito) e o
IMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o que impede
atestar a resistência do mesmo a ambientes que possuam tais condições.
8. REFERENCIAL TEÓRICO
Fonte: http://oficinaexpert.blogspot.com.br/2016/01/
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O ciclo Otto foi desenvolvido pelo inventor e engenheiro alemão Nikolaus August
Otto e apresentado a comunidade cientifica em 1872. O primeiro modelo
apresentado utilizava como fonte de energia externa o gás proveniente de carvão, e
sistema de ignição por centelha elétrica produzida pelo sistema elétrico. Em 1889
Otto utilizou pela primeira vez o motor de combustão por centelha em um veículo
que utilizava como combustível gasolina.
O ciclo Otto pode ser desenvolvido para trabalhar com dois e quatro tempos.
Atualmente os automóveis utilizam motores quatro tempos por se tratarem de
motores mais silenciosos e eficientes quando comparados com os motores de dois
tempos. As fases para o motor de quatro tempos são definidas de acordo com a
posição inicial do pistão, são elas a admissão, compressão, expansão e exaustão
conforme figura 4 (MARTINS, 2013).
Fonte: http://www.mecanica.ufrgs.br/mmotor/otto.htm
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Taxa de compressão é o nome técnico dado aos valores obtidos através do cálculo
matemático que relaciona a proporção do volume de ar nos cilindros à quantidade
de vezes que este ar e comprimido no interior da câmara de combustão, no
momento anterior ao início do processo de combustão. Sendo assim podemos tomar
como exemplo, se a taxa de compressão de um motor e de 8:1, o ar admitido para
dentro do cilindro foi comprimido aproximadamente 8 vezes até o início do processo
de combustão (MARTINS, 2013).
V +v
TC= (8.1)
v
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Onde,
Fonte: http://www.gasnet.com.br/gnv/entendendo_gnv.asp
8.1.3. Octanagem
Segundo Martins (2013), a relação entre Qps e Qpi pode ser escrita equação 8.2:
Onde,
Resultado desejado
n= (8.3)
Fornecimento necessario
Onde,
n representa a eficiência;
Resultado desejado representa a potência de saída do motor;
Fornecimento necessário representa o recurso que foi disponibilizado para a
realização do objetivo proposto. No caso dos MCI é a própria energia do
combustível.
C
E=
ṁf (8.6)
W
Onde,
Podemos definir a pressão média efetiva como o trabalho realizado por unidade de
volume do motor. Através dela podemos comparar motores de diferentes cilindradas
e distinguir o melhor aproveitamento do motor durante a produção de trabalho em
determinada cilindrada. Para um bom projeto a pressão máxima efetiva deve ser
bem definida e constante para diversos tamanhos de motores (HEYWOOD, 1988).
Pode-se calcular a pressão média efetiva realizando a divisão do trabalho realizado
por ciclo pelo volume deslocado por ciclo conforme equação 8.8.
W NR
PME= (8.8)
V dN
Onde,
O desvio da mistura que é admitida no motor pode ser determinado pelo fator
Lambda. O fator Lambda relaciona a mistura estequiométrica ou mistura ideal, com
a mistura admitida no interior do cilindro do motor. Conforme demonstrado na
equação 8.9 (MARTINS, 2013).
A
(at )
F
λ= (8.9)
A
(st )
F
Onde,
A corresponde ao ar atmosférico;
at corresponde a relação de massa de ar e combustível que é admitida pelo
motor kg/kg;
st corresponde a relação de massa ideal de combustível e ar estequiométrico
kg/kg.
8.2. Hidrogênio
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Disponível em: https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/hidrogenio/
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O hidrogênio pode ser separado utilizando vários métodos, que variam juntamente
com a fonte a qual ele será retirado. A autora Estêvão cita alguns métodos:
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Eletrólise da água;
Decomposição de amónia;
Decomposição de metanol;
Reações de carvão ou hidretos com vapor de agua a alta temperatura.
O hidrogênio após ser separado de algo que ele componha deve ser armazenado ou
levado ao local onde será utilizado. A autora Estêvão em 2008 descreveu alguns
modos de armazenamento deste elemento:
O hidrogénio também pode ser armazenado como gás, que utiliza muito
menos energia que aquela necessária para fazer hidrogénio líquido.
8.3. Eletrólise
O termo electrólise vem do grego electro + lýsis que significa decomposição pela
eletricidade (DECIOPÉDIA, 2002).
A eletrólise pode ser dividida em eletrólise ígnea e eletrólise aquosa, este trabalho
irá utilizar somente a aquosa. Eletrólise aquosa consiste em mergulhar dois
eletrodos em uma solução, que pode ser uma base, um ácido, algo misturado em
água, dentre outros. Estes eletrodos são carregados por uma tensão externa, um
eletrodo fica positivo e o outro eletrodo fica negativo, dividindo os íons da solução.
Os aníons serão atraídos pelo anodo e os cátions pelo catodo (DECIOPÉDIA, 2002),
no caso da célula de combustível utilizada nos veículos à combustão podem ser
utilizados somente água e após a divisão irá gerar gases de hidrogênio e oxigênio.
Conforme demonstrado na equação 8.10.
−¿¿
+¿OH ¿
H2O → H (8.10)
m=k∗Q (8.11)
m=k∗ε (8.12)
Onde,
k= 1/96500;
ε= massa molar/∆nox;
m= (i.t. ε)/96500.
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Três deles são considerados como baixa temperatura de operação, pois trabalham
abaixo de 200°C, destes três o mais indicados para as PEMFC (Proton Exchange
Membrane Fuel Cell) são as mais indicadas para veículos, não somente pela baixa
temperatura de operação, mas também por serem robustas, de fácil desligamento e
acionamento, alta eficiência, baixa emissão e poluentes, o eletrólito tem boa
tolerância a dióxido de carbono e por ser compacto (THE NEW CAXTON
ENCYCLOPEDIA VOLUME VII, 1979).
Esta célula foi desenvolvida pela empresa G.E. (General Eletric) encomendada pela
NASA (National Aeronautics and Space Administration) em 1960, para utilização
espacial, pois comparadas com as baterias são mais compactas, com boa
densidade energética e ausência de eletrólitos líquidos corrosivos. Esta célula foi
melhora pela empresa americana Dupont Chemical Company, que fizeram a
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membrana Nafion utilizada até hoje, pois ela não degrada tão facilmente quanto a
anterior. Estrutura da membrana Nafion, conforme figura (8):
Onde,
x = 1000;
n = 5 a 13;
m = 1.
Fonte: http://www.lamtec-id.com/energias/hidrogenio.php
30
2
Disponível em: http://educa.fc.up.pt/ficheiros/fichas/363/pilha%20combustivel.pdf
31
Fonte: http://www.lamtec-id.com/energias/hidrogenio.php
3
Disponível em: http://energiasalternativas.webnode.com.pt/news/modelos-de-carros-movidos-a-
hidrogenio-/
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8.5.1. Definição
A ECU foi desenvolvida para ser submetida a diversas situações, entre elas
podemos destacar as condições citadas abaixo (REIF, 2014):
Figura 12: Design de ECU para um sistema Cammon-Rail com injeção piezo inline
Onde,
A unidade de controle integra o sistema como centro comutação que reage a todas
as funções e programações reguladas pela ECU. As funções de monitoramento de
circuito fechado e aberto são executadas no micro controlador. Os sinais de entrada
dos sensores e interfaces que comunicam com outros sistemas, como por exemplo,
o barramento CAN, é utilizado como referência de entrada e submetido a uma
verificação de plausibilidade no computador. A Programação da ECU processa as
informações e desenvolve os sinais de saída que serão utilizados para controlar os
atuadores (REIF, 2014).
Um sensor pode ser classificado de acordo com suas propriedades (CIAMPA, 2012):
Estes dados são utilizados para calcular a vazão mássica de ar (MAF) através do
método de velocidade-densidade, conforme demonstrado na equação (8.13)
(VERMA, 1997).
Onde:
Este sensor é responsável por verificar a qualidade dos gases liberados pelo motor
após a queima da mistura de ar/combustível, ele classifica em mistura pobre,
estequiométrica ou rica. O sensor mais utilizado possui duas placas de óxido de
zircônio, também pode ser composto por placas de óxido de titânio, enquanto uma
dela está em contato com os gases gerados pela queima a outra está em contato
com o ar atmosférico para servir como referência, neste processo uma diferença de
potencial é gerada pela diferença de íons de oxigênio nos dois lados da placa, isto é
enviado para a ECU.
Fonte: http://www.cursosonlinemte.com.br/licao/aula-14-sensor-lambda
É possível comprar no mercado dois tipos de sensores sonda lambda que utilizam
óxido de zircônio, o sensor wide-band e o norow-band, a diferença deles é na curva
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do sinal de saída, o sensor wide-band tem uma faixa de atuação muito maior
fazendo com que a ECU possa ter mais controle, a norow-band tem a faixa de
atuação pequena devido a isto o sinal é interpretado pela ECU parecido com uma
chave liga-desliga (LUI, 2016).
Chip tuning: consiste em trocar um chip dentro da ECU onde ficam gravadas
informações dos parâmetros ideais do motor e como os impulsos enviados
pelos sensores devem ser respondidos pelos atuadores. Desta maneira é
possível alterar todos os parâmetros de funcionamento da ECU, por isso é
necessário tomar alguns cuidados, pois se a programação não estiver correta
o motor não irá funcionar com eficiência ou pode ser danificado. Este
processo também deve ser feito levando em consideração as condições
climáticas, altitude e tipo de combustíveis do local onde o carro será
normalmente utilizado4;
Boxes de potência: Também conhecido no mercado como tuning box,
diferente do processo anterior neste não é necessário substituir o chip, ele é
ligado diretamente nos cabos que se encontram entre a ECU e o sistema de
injeção do veículo. A função dele é interceptar o sinal enviado pela ECU e
modificar ele para que o motor alcance o desempenho desejado, mas
diferente dos chips este equipamento consegue alterar poucos parâmetros,
no máximo duas, por exemplo, quantidade de combustível e pressão nos
tubos. A vantagem é a fácil instalação e remoção podendo ser utilizado em
outros veículos4;
4
Disponível em: http://www.tuningonline.pt/tuning/chiptuning/
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9. REFERÊNCIAS
FREMING, W.; Overview of Automotive Sensors. IEEE Sensor Journal, Vol. 1, No.
4, 296-08 (2001).
GUEDES, Carmem Luísa B.; ADÃO, Daniele C.; QUESSADA, Talita P.; BORSATO,
Dionísio; Galão, Olívio Fernandes. Avaliação de biocombustível derivado do bio-
óleo obtido por pirólise rápida de biomassa lignocelulósica como aditivo para
gasolina. 2010. 6p Artigo (Departamento de Física) - Centro de Ciências Exatas,
Universidade Estadual de Londrina, Londrina 2010.
LUI, André Luis. Módulo de controle de um motor a combustão interna ciclo otto
monocilindro, baseado na arquitetura de dsPIC (microchip). São Carlos, 2016.
Disponível em <http://www.tcc.sc.usp.br/tce/disponiveis/97/970010/tce-04012017-
155959/> Acesso em: 02/11/2017
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VERMA, R.; et al. A Monolithic Integrated Solution for MAP Applications. Society
of Automotive Engineers Technical Paper 970608 (1997).