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Nome: Daniele Mendes Silva

01 - Qual o objeto da filosofia na educação?


A filosofia na educação se dedica a reflexão sobre os processos educativos, a
análise dos sistemas educativos, sistematização de métodos didáticos, entre
diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal é a
compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da
sociedade. Utilizando a reflexão crítica para a criação de conceitos apropriados a fim
de adotar novos comportamentos e atitudes diante dos mesmos. A filosofia na
educação desenvolve o pensamento crítico, possibilitando que o aluno construa
conceitos diante das atividades desenvolvidas, assim, é possível exercitar o
pensamento na solução dos problemas abordados. Ao pensar sobre o problema é
possível tirar conclusões, construir idéias, pensar sob novas perspectivas.

02 - O ponto de partida de sua filosofia é uma concepção de natureza humana


representada pela famosa ideia segundo a qual o homem nasce bom, a sociedade o
corrompe, à qual se acrescenta a ideia de que o homem nasce livre e por toda parte
se encontra acorrentado. A qual dos filósofos abaixo estamos nos referindo?

( x ) Jean-Jacques Rousseau
( ) Immanuel Kant
( ) Friedrich Nietzsche
( ) René Descartes
( ) Platão

03 – Descreva sobre as Tendências Pedagógicas na prática escolar, descritas no


livro “FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO”.
A Pedagogia tradicional centra os procedimentos de ensino na exposição dos
conhecimentos pelo professor; geralmente, exposição oral. A proposta metodológica
da Pedagogia tradicional é dirigir o educando para a sua formação intelectual e
moral, tendo em vista, no futuro, assumir a sua posição individual na sociedade, de
acordo com os ditames dessa sociedade. Para traduzir essa perspectiva
metodológica, o direcionamento autoritário da formação do educando é fundamental
e os procedimentos de exposição oral dos conteúdos e a exortação moral são os
meios disponíveis mais eficientes para cumprir tais ditames.
Já a Pedagogia renovada centra sua atenção em procedimentos de ensino
que dêem conta, por parte do aluno, da aquisição de meios de aprendizagem do
mundo circundante e da experiência cotidiana. A sua proposta metodológica é de
que o educando deve desenvolver-se espontaneamente, como uma planta em um
jardim (daí a idéia e o nome jardim de infância). Os procedimentos de ensino devem
dar conta dessa perspectiva metodológica. Se o mundo exterior está aberto ao
educando, ele deverá ter recursos para apreendê-lo. Disso decorre o entendimento
de que não cabe à educação ensinar às crianças conteúdos elaborados, mas sim
fazê-las "aprender a aprender", para que, espontaneamente, defrontando-se com o
mundo, a partir da vivência, consigam produzir o entendimento da realidade.
A Pedagogia tecnicista coloca toda a atenção em modos instrucionais que
possibilitam controle efetivo dos resultados (instrução programada, pacotes de
ensino, módulos instrucionais etc.). Sua proposta metodológica é a da eficientização
da aprendizagem. Cada educando deve aprender, no mais curto espaço de tempo,
as condutas consideradas necessárias. A exacerbação dos meios instrucionais na
Pedagogia tecnicista não é gratuita está articulada com o entendimento teórico que
a suporta.
Nas pedagogias consideradas de esquerda, ou as pedagogias que estão
voltadas para uma perspectiva de transformação da sociedade, ocorre a mesma
coisa. Ou seja, os procedimentos de ensino estão articulados e dependentes da
perspectiva metodológica de cada uma delas.
A Pedagogia libertária, com sua perspectiva de autogestão, utiliza-sede
procedimentos que impedem o papel diretivo do professor, sob pena denegar-se a si
mesma. A Pedagogia libertadora utiliza-se do grupo de discussão para, através do
diálogo entre os elementos do grupo, chegar ao nível de conscientização política de
sua própria situação, colocando o educador apenas como o coordenador do grupo e
animador cultural.
A Pedagogia crítico-social dos conteúdos, que está preocupada com a
perspectiva de elevação cultural dos educandos a partir da articulação entre o
mundo vivido e a cultura elaborada, propõe-se utilizar procedimentos de ensino que
viabilizem a retomada da vivência dos alunos, elevando-a a um novo patamar de
compreensão, pela apropriação ativa dos conhecimentos elaborados pelo
pensamento critico (filosófico, científico).

04 –Quais são as práticas docentes na didática para Luckesi.

De acordo com Luckesi, os processos metodológicos devem ser estudas e


orientados pelo corpo docente para proporcionar ao educando condições de
assimilar os conteúdos transmitidos. Além disso, os docentes devem buscar
desenvolver as habilidades cognitivas necessárias para a evolução acadêmica e
pessoal do educando. Desta forma, o autor descreve algumas situações para ilustrar
os conceitos de técnicas, estratégias e metodologias. Observa-se que Luckesi deixa
claro que técnicas são o como fazer para alcançar um objetivo, ou seja, existem
técnicas para diversas situações de aula, como estabelecer sequência didática do
assunto apresentado, quiz para avaliar de forma rápida os alunos, de forma
diagnóstica e formativa, diferentemente de estratégia que se refere ao conjunto de
técnicas que juntas desenvolverão as necessidadse de aprendizagem do educando.

O docente pode utilizar ainda de técnicas que, juntas desenvolverão a leitura crítica,


a pesquisa, o raciocínio lógico matemático, o empirismo cientifico ou até a
psicomotricidade na prática física e geográfica. E no último patamar a metodologia,
uma composição de estratégias que desenvolverão o individuo. A metodologia
educacional compreende-se também pelas abordagens pedagógicas que o
professor utilizará para promover a prática docente, dentre elas, elencamos a
aprendizagem significativa que norteia as ações do professor, nela o professor não é
um mero repassador de conhecimento, e sim, um intermediador entre educando e
conhecimento, sempre partindo do princípio de que o professor parte do
conhecimento prévio do aluno; expõe a informação, permite que o aluno interfira
sobre ela, pesquise, experimente, discuta com seus pares e construa um novo
conhecimento.
Todo método de ensino sofre a interferência de princípios políticos e sociais. Parte
das administrações e da sociedade sugerir qual perfil de cidadão deve ser formado
na escola. Luckesi apresenta a importância dos professores e dos Conselhos na
construção do Projeto Político da Escola. Esta importância se faz não só na
elaboração do currículo visando a formação, mas também para sintonizar e
equalizar a proposta de trabalho de cada professor em vista de quais as
expectativas socioculturais daquela comunidade.

Luckesi trata ainda da pratica docente e as principais tarefas que a compõe. Sendo
elas: planejar, executar e avaliar. O planejamento é o ato estratégico de olhar além,
em longo prazo, visa o desenvolvimento intelectual, as habilidades e o tipo de
individuo que deve sair da escola para a sociedade. A execução é voltada para o
cumprimento dos objetivos, a ação propriamente dita, dai vem os registro de plano
de aula, semanários e diários de classe, é neste momento que o professor colocará
em prática toda a didática a sua disposição, recursos e técnicas desenvolvidas ao
longo de sua vida profissional.

O terceiro mas não menos importante, é a avaliação que deve ser continua,
formativa, preparatória e deve fazer parte de todas as etapas do processo de ensino
e aprendizagem. A avaliação ainda, deve ter caráter diagnostico para
replanejamento do professor, não pode ser usada como moeda de troca ou punição.
Avaliar é um ato amoroso, o bom professor preocupa- se em preparar seus alunos
para uma prova que mensurará o seu trabalho e não para classificar e eleger
melhores e piores.

Sendo assim, a prática docente crítica e construtiva vai além das teorias e
abordagens da pedagogia e da psicologia.  A composição deste título eleva a
condição de profissional da educação à maestria, (arte de ensinar), atribui ao
educador o cuidado com o tratar cada etapa do processo de ensino, como enxergar
cada aluno, com dedicação e zelo e mais que isso, saber exatamente a importância
social de sua profissão.

05 – O professor filosofa em sala de aula. Justifique essa afirmativa.

Para o professor, sua tarefa, é ensinar filosofia, essa é a meta. No entanto,


didaticamente, a filosofia deverá ser utilizada como meio no exercício do filosofar,
para, então, de forma oblíqua e indireta o professor realize os fins do seu labor:
ensinar filosofia, por mais paradoxal que seja essa assertiva em face da expressão
kantiana, sob análise. A frase de Kant “Não se ensina filosofia, mas a filosofar”
inserida nos processos de aprendizagem revela uma verdade da filosofia como
corpo de entendimentos, mas se distancia de uma verdade absoluta nos confins da
terminalidade genérica, que exige apreensão de conteúdos expressos nas idéias
filosóficas e nas principais correntes de pensamento, e permita ao aluno, ao final,
dizer que aprendeu filosofia.
06 – Assista os vídeos e faça um resumo de 2 laudas sobre a FILOSOFIA DA/NA
EDUCAÇÃO ao longo das épocas e séculos.

Nos dias de hoje, ao tratarmos de educação, a ideia da filosofia não vem tão
claramente a cabeça. Geralmente a pedagogia e a pisicologia são as áreas de
referencia, contudo a filosofia está irraigada na educação, pois se você busca a
sabedoria, esta é sobre o homem e como educá-lo. Neste contexto os grandes
filósofos, como Platão, Aristóteles e Descartes tratam a respeito de como educar o
homem, sobre o mistério de como trazer a tona o melhor que o homem possui. Há
um consenso ideológico que os problemas da sociedade atual ocorrem devido à
falta de educação dos membros que a compõe, entretanto qual seria a educação
que resolveria os problemas atuais? É possível perceber que existem grandes
problemas ocorridos na sociedade que são causados por pessoas com muitos anos
de estudo, como a bolha. Dado isso seria necessário definir o que é educação, o
que é investir em educação e como investir em educação. Caso haja investimento
em estruturas, como adequar os valores dos alunos para utilizar o que a escola
oferece? Se houver aumento de salário de professor, isso o tornará mais motivado
para o cargo?
De fato os recursos são importantes, contudo a filosofia proporciona valores
que são essenciais para resolver os problemas da sociedade. Por isso desde a mais
alta antiguidade, filósofos e pensadores se ocuparam e se pré-ocuparam com o
problema da aprendizagem, sua origem, sua possibilidade, seu mecanismo. A
educação sempre foi, ao longo da história, e ainda hoje o continua a ser, objeto de
preocupação do homem. Além do mais, se partirmos do princípio de que o homem é
um ser de aprendizagem, fica fácil de entender porque a educação tem sido objeto
de pré-ocupação do homem em todos os tempos. O homem é um animal que possui
instintos, mas cuja maior parte de suas ações são determinadas pela sua
capacidade de aprendizagem, adquirindo novos conhecimentos, seja através da sua
experiência individual, seja por meio do contato com outros indivíduos. O exercício
dessa capacidade do homem para adquirir novos conhecimentos deu origem ao
processo que denominamos educação.
A filosofia, desde a sua origem, se ocupou com os mais diferentes problemas,
desde uma cosmologia (com os filósofos pré-socráticos) até uma antropologia,
política e ética (com Sócrates, Platão e Aristóteles). Era inevitável que estes
filósofos, preocupados com toda a dinâmica do real, voltassem seus olhos também
para a educação. Nesse contexto, coube ao filósofo refletir criticamente sobre a
ação pedagógica, passando “de uma educação assistemática (guiada pelo senso
comum) para uma educação sistemática (alçada ao nível da consciência filosófica)”.
Ao aprofundar a questão antropológica (que diz respeito ao homem), axiológica
(relativa aos valores) e epistemológica (relativa ao conhecimento), os filósofos
naturalmente se depararam com questões do tipo: como o homem pode adquirir o
conhecimento? O que é o conhecimento? Qual a melhor forma (método) de
transmitir o conhecimento? É possível ensinar a virtude?
Além das análises antropológicas, axiológicas e epistemológicas, a filosofia
tem a função de interdisciplinaridade, pela qual estabelece a ligação entre as
diversas ciências e técnicas que auxiliam a pedagogia. Além disso, é necessário que
a formação do pedagogo esteja voltada também para a politização e fundamentação
filosófica de sua atividade.
Os filósofos que trataram a questão da educação levam em consideração a
ideia de que o homem é um “animal político” e cuja existência só pode ser pensada
dentro das relações sociais, já que estamos tratando aqui de Educação e Política.
Filósofos como Platão, Rousseau, John Dewey e Paulo Freire que pensavam a
relação fundamental que existe entre o homem, a política e a educação: o homem
como um ser de aprendizagem e que ao mesmo tempo precisa ser educado para a
vida em sociedade, para exercer o seu papel de cidadão, tal como hoje preconiza a
LDB (Lei de Diretrizes e Bases) à respeito dos principais objetivos do sistema
educacional brasileiro. Seja na Antiguidade, na Modernidade ou na
Contemporaneidade, sempre houve filósofos preocupados não apenas com a
questão pedagógica, mas de como preparar os indivíduos para a vida em sociedade.
Para Platão, a filosofia tem uma dimensão igualmente pedagógica e política.
Toda a política exige uma filosofia prévia que determine e defina o que é o Bem, o
que é o justo, o que é o homem, o que é a educação. Por isso toda a filosofia é
política e toda a política é filosófica. E se o problema político é o da reta direção do
homem, o problema político (logo, filosófico) por excelência, é o problema da
educação. Não há, pois, como separar filosofia, política e educação. O pensamento
filosófico e político de Platão estão diretamente relacionados com sua visão
pedagógica, a qual é apresentada principalmente em suas obras A República e As
leis.
Discípulo de Platão, Aristóteles defendia que a função principal da educação
era conduzir o homem à felicidade. A sua filosofia da educação é apresentada na
obra  Política. Segundo Aristóteles, o ser humano ao nascer é como um rio sem
leito, que não sabe para onde vai e que a educação, ao longo do seu
amadurecimento, deve guiar. Aristóteles aceita a educação tradicional grega,
considerando, no entanto, que esta deve ensinar conceitos úteis e necessários à
vida prática. Por outro lado, Aristóteles defende que a virtude moral e o bom caráter
também devem ser ensinados, considerando que tais atributos não eram inatos no
ser humano.
Aristóteles lembra ainda que a Política deve preparar as leis que permita a
educação para a virtude, caminho para a felicidade dos cidadãos. Segundo
Aristóteles, todas as coisas possuem uma causa final, uma finalidade. Toda ação é
sempre intencional e, ao agir, sempre propomos ou visamos algum fim. Essa
finalidade é ser feliz. Além disso, o bom cidadão é aquele que observa as leis da
cidade e a educação deve visar este cidadão, pois o indivíduo que vive de acordo
com a observância das leis da cidade é também virtuosa.
Uma das outras grandes figuras na história da filosofia da educação e que,
igualmente, exerceu enorme influência, foi o filósofo do iluminismo francês Jean-
Jacques Rousseau, para quem as “opiniões pedagógicas são inseparáveis das
filosóficas, políticas, religiosas e morais”. Com efeito, o projeto rousseauniano é o de
“reconstruir” o homem, fazendo-o seguir a sua própria natureza além da ideia de que
é preciso reformar a sociedade que, tal como está, é má porque se desnaturalizou.
Por isso, uma boa educação, aquela que é capaz de reformar o homem e a
sociedade, é, portanto, uma educação diferente da que se pratica; é uma educação
conforme à natureza. Desprovidos de tudo desde o nascimento, “formam-se (...) os
homens pela educação”.
Filósofo contemporâneo, John Dewey sentiu a necessidade de uma
transformação educacional imposta pela filosofia fundada na nova ciência do mundo
físico e a nova ciência do humano e do social. Como um dos grandes problemas
contemporâneo continua a ser o da organização da sociedade, com uma filosofia
adequada, em face dos novos conhecimentos científicos, das novas teorias do
conhecimento, da natureza, do homem e da própria sociedade democrática, Dewey
também voltou sua atenção para esta ideia no campo da educação, cabendo
analisar mais demoradamente o fenômeno da Democracia como forma do social. A
escola deve ser um espaço democrático e formador da democracia. Dewey acredita
na Democracia, mas concebe que ela não estava concretizada totalmente. A
educação teria esta função, a função de coordenar na vida mental de cada indivíduo,
as diversas influências dos vários meios sociais em que ele vive. E isto porque um
governo que se funda no sufrágio popular não pode ser eficiente se aqueles que o
elegem e lhe obedecem não forem convenientemente educados. Uma vez que a
sociedade democrática repudia o princípio da autoridade externa, deve dar-lhe como
substitutos a aceitação e o interesse voluntários, função da educação. Desta forma
Dewey conclui que uma sociedade é democrática quando prepara todos os seus
membros para com igualdade aquinhoarem de seus benefícios e em que assegura o
maleável reajustamento de suas instituições por meio da interação das diversas
formas da vida associada. Esta sociedade deve adotar um tipo de educação que
proporcione aos indivíduos um interesse pessoal nas relações e direção sociais, e
hábitos de espírito que permitam mudanças sociais sem ocasionar  desordens.
O envolvimento de Paulo Freire com a prática educativa é, como ele mesmo
afirma, política, moral e gnosiológica. Para o grande teórico contemporâneo da
educação brasileira não se pode estar no mundo de forma neutra, apolítica. “É
impossível a neutralidade da educação, pois ela é política”. É bastante explícita em
suas obras a relação entre a política e a prática pedagógica, que estão presentes
em obras como A Pedagogia do Oprimido, A Pedagogia da Autonomia, e muitas
outras. Sua obra apresenta um caráter político e social na medida em que, fazendo
uma abordagem da educação enquanto instrumento de libertação de consciências e
da necessidade da atuação do homem na sua própria existência, afirma não ser
suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se
disponha a transformar a realidade. A Pedagogia freireana em geral é um convite a
uma práxis libertadora: ação e reflexão sobre o mundo e sobre os homens para
transformar a realidade.

07 - Qual a contribuição da disciplina Filosofia da Educação para a formação do


educador?
( ) Atender à necessidade de organização do pensamento com vistas a um melhor
desempenho didático-pedagógico.
( ) Dominar o conhecimento historicamente produzido pela humanidade visando a
uma cultura erudita.
( ) Reunir informações sobre a existência humana para orientar a forma de
organizar sua vida privada.
( ) Contribuir para as soluções práticas exigidas pelo cotidiano, auxiliando na
elaboração do planejamento escolar.
( x ) Ajudar o professor a identificar e interrogar os valores que estão subjacentes à
ação e às concepções do humano.

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