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Escola Secundária Marcelino dos Santos

Zaira Champion

A Filosofia e Suas Principais Disciplinas

Nampula
2022
Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 3

2. A Filosofia ................................................................................................................. 4

2.1. Principais Disciplinas da Filosofia ........................................................................ 4

2.1.1. Metafísica ................................................................................................... 4

2.1.2. Epistemologia ............................................................................................. 5

2.1.3. Teoria dos valores ....................................................................................... 5

2.1.4. Ética ............................................................................................................ 5

2.1.5. Estética ....................................................................................................... 6

2.2. A Filosofia e outras Ciências ......................................................................... 6

2.2.1. Natureza das questões Filosóficas .............................................................. 6

2.2.1.1. Universalidade ........................................................................................ 7

2.2.1.2. Radicalidade ............................................................................................ 7

2.2.1.3. Autonomia .............................................................................................. 7

2.2.1.4. Historicidade ........................................................................................... 7

3. Contextualização Hstórica da Filosófia..................................................................... 8

3.1. Filosofia grega clássica ...................................................................................... 9

3.2. Período pré-socrático ou cosmológico ................................................................ 10

4. Da reflexão sobre a Natureza ao estudo das questões humanas .............................. 11

4.1. Os sofistas ........................................................................................................ 11

4.2. Sócrates (470-399 a.C.) ................................................................................... 12

4.3. Sua missão ........................................................................................................... 12

4.4. Diferença entre Sócrates e Sofistas .................................................................. 12

5. Conclusão ................................................................................................................ 13

6. Referências .............................................................................................................. 14
1. Introdução

É fato que a Filosofia é uma forma de pensamento organizado, conceitual e que tem a
capacidade de movimentar o próprio pensamento por meio da identificação e da
formulação de problemas, ou seja, a Filosofia é, por natureza, problematizadora,
evitando fornecer respostas prontas para as questões levantadas e criando novas
questões, novas perguntas e novos problemas que fazem com que o pensamento nunca
cesse seu ciclo de existência.
O seguinte trabalho abordará a filosofia e suas questões filosofias, históricas e humanas.

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2. A Filosofia
2.1. Principais Disciplinas da Filosofia
As questões filosóficas podem ser agrupadas em categorias. Esses agrupamentos
permitem que os filósofos se concentrem em um conjunto de tópicos semelhantes e
interajam com outros pensadores interessados nas mesmas perguntas. Os agrupamentos
também facilitam a filosofia para a abordagem dos alunos. Os alunos podem aprender
os princípios básicos envolvidos em um aspecto do campo sem ficarem sobrecarregados
com todo o conjunto de teorias filosóficas.
Várias fontes apresentam esquemas categóricos diferentes. As categorias adoptadas
neste artigo visam amplitude e simplicidade. Esses cinco ramos principais podem ser
separados em sub-ramos e cada sub-ramo contém muitos campos específicos de estudo.
 Metafísica e Epistemologia;
 Teoria do valor;
 Ciência, Lógica e Matemática;
 História da filosofia ocidental;
 Tradições filosóficas.
Essas divisões não são exaustivas nem mutuamente exclusivas. (Um filósofo pode se
especializar em epistemologia kantiana, estética platónica ou filosofia política
moderna). Além disso, essas investigações filosóficas às vezes se sobrepõem umas às
outras e a outras, como ciência, religião ou matemática.

2.1.1. Metafísica

Metafísica (do grego antigo μετα (metà), depois de, além de tudo; e Φυσις [physis],
natureza ou física) é o estudo da realidade, do ser, da natureza real do que quer que seja,
dos primeiros princípios, às vezes chamado ontologia (embora alguns filósofos definam
ontologia como um ramo da metafísica). (Wikipedia)

Um ponto importante de debate é entre realismo, que sustenta que existem entidades
que existem independentemente de sua percepção mental e o idealismo, que sustenta
que a realidade é mentalmente construída ou imaterial. A metafísica lida com o tópico
da identidade. A essência é o conjunto de atributos que tornam um objecto o que é
fundamentalmente e sem o qual perde sua identidade, enquanto o acidente é uma
propriedade que o objecto possui, sem a qual o objecto ainda pode reter sua identidade.
Os particulares são objectos que se diz existirem no espaço e no tempo, em oposição

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aos objectos, como números e universais, que são propriedades mantidas por vários
detalhes.

2.1.2. Epistemologia

Epistemologia é o estudo do conhecimento (do grego episteme, conhecimento e logos,


teoria). Os epistemólogos se preocupam com uma série de tarefas, que podemos
classificar em duas categorias; primeiro, devemos determinar a natureza do
conhecimento; isto é, o que significa dizer que alguém sabe ou deixa de saber algo?
Segundo, devemos determinar a extensão do conhecimento humano; isto é, quanto
sabemos, ou podemos saber?

Os assuntos pertencentes à epistemologia são essencialmente o conhecimento


proposicional ou conhecimento descritivo que engloba a crença, a verdade e
a justificação, a natureza da justificação (internalismo ou o externalismo), a extensão do
conhecimento humano, as fontes de conhecimento, o cepticismo (cartesiano ou de
Hume), fontes do conhecimento (percepção, introspecção, memória, razão, testemunho,
etc.), os limites do conhecimento (cepticismo e fechamento).

2.1.3. Teoria dos valores

Teoria dos valores é usado de pelo menos de três maneiras diferentes na filosofia, em
seu sentido mais amplo, é um rótulo genérico usado para abranger todos os ramos da
filosofia moral, da filosofia social e política, da estética e, às vezes, da filosofia
feminista e da filosofia da religião — quaisquer que sejam as áreas da filosofia que
abrangem algum Aspecto "avaliativo"; em seu sentido mais restrito, teoria do valor é
usada para uma área relativamente estreita da teoria ética normativa, particularmente,
mas não exclusivamente, que preocupa os consequenciazitas. (Wikipedia)

2.1.4. Ética

A ética (ou filosofia moral) consiste em sistematizar, defender e recomendar conceitos


de comportamento certo e errado; actualmente os filósofos geralmente dividem as
teorias éticas em três áreas gerais: a metaética, a ética normativa e a ética aplicada, a
metaética investiga de onde vêm nossos princípios éticos e o que eles significam; se são
apenas invenções sociais ou não, se envolvem mais do que expressões de nossas
emoções individuais. As respostas metaéticas a essas dúvidas se concentram nas

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questões das verdades universais, na vontade de Deus, no papel da razão nos
julgamentos éticos e no significado dos próprios termos éticos; a ética normativa
assume uma tarefa mais prática, que é chegar a padrões morais que regulam a conduta
certa e errada; isso pode envolver a articulação dos bons hábitos que devemos adquirir,
dos deveres que devemos seguir ou das consequências de nosso comportamento para os
outros; por fim, a ética aplicada envolve o exame de questões controversas específicas,
como aborto, infanticídio, direitos dos animais, preocupações ambientais,
homossexualidade, pena de morte ou guerras.

2.1.5. Estética

A estética é o estudo filosófico da beleza e do gosto, é relacionada à filosofia da arte,


que se preocupa com a natureza da arte e com os conceitos nos quais as obras de arte
individuais são interpretadas e avaliadas.[171] É mais precisamente definida como o
estudo sensório ou valores senso-emocionais, às vezes chamados
de julgamento de sentimento e gosto. Suas principais divisões são a teoria da arte, teoria
literária, teoria do cinema e teoria da música. Um exemplo da teoria da arte é discernir o
conjunto de princípios subjacentes ao trabalho de um determinado artista ou movimento
artístico, como a estética cubista.

2.2.A Filosofia e outras Ciências

2.2.1. Natureza das questões Filosóficas

Marx Plank escreveu que «efectivamente, em face de uma natureza infinitamente rica,
em constante renovação, o Homem, por maior que seja o progresso do conhecimento
científico, é sempre uma criança admirada e deve estar sempre pronto para novas
surpresas».

Para Platão e Aristóteles (que constituem, juntamente com Sócrates, os primeiros e os


mais importantes filósofos da Grécia antiga), a Filosofia nasce da admiração e do
espanto.

Estes filósofos não se referiam à surpresa que é o extraordinário, o nunca visto, o


inesperado, mas sim à administração face ao que parecia conhecido, habitual e sem
surpresa.

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2.2.1.1.Universalidade

O alcance das questões filosóficas não se circunscreve a realidades particulares; os


problemas filosóficos dizem respeito a todos os homens. A Filosofia coloca questões e
problemas que são filosóficos na medida em que são universais, interessam a toda a
humanidade, dizem respeito a todos os homens em todas as épocas, em todas as culturas
e em todas as localizações geográficas. A Filosofia pergunta, entre outras questões:

O que é o Bem? O que é o Homem? O que é a Verdade? Qual é o sentido da vida


humana?

2.2.1.2.Radicalidade

Procura a raiz e a origem dos problemas; o que caracteriza as questões filosóficas é o


aprofundamento do problema e não a busca de soluções imediatas.

2.2.1.3.Autonomia

É a capacidade do filósofo de ter a liberdade de raciocinar na busca da verdade e


de fundamentos, distanciando-se muitas vezes do que a História terá definido.

A pergunta «O Homem é mau por natureza?» serve de exemplo de problema e questão


filosófica que resiste a soluções fundamentadas na experiência e na História. Tendo
presente as notícias, veiculadas quer pela televisão, quer pela rádio ou qualquer outro
meio de comunicação, cujo conteúdo são as guerras, assassínios, linchamentos,
conflitos de toda a espécie e, ainda, o conhecimento sobre a História Universal, em que
a paz e as relações amigáveis entre os povos e grupos étnicos parecem coisas raras,
muitas pessoas, se não a maioria, Concluem, sem mais exame, que o Homem é mau por
natureza (o homem é lobo do homem). Daí que o problema não chegue a existir, já que
assim o mostra a experiência. E, de acordo com esta teoria, cada pessoa procura
dominar ou controlar os outros e só por interesse obedece às leis e aos princípios morais
que promovem a igualdade entre os homens.

2.2.1.4.Historicidade

Diz respeito ao enquadramento histórico das questões filosóficas.

O objecto de estudo da Filosofia simultaneamente universal (as suas questões são


universais) e particular, pois cada época histórica coloca questões próprias a que os

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filósofos contemporâneos dessas épocas respondem. Em determinadas situações
históricas surgem questões e problemáticas que reflectem as vivências e experiências
próprias de uma época, cultura ou situação histórica. Estas questões e respostas dadas
fazem parte da História da Filosofia, constituem parte da Filosofia ou pensamento
filosófico.

3. Contextualização Hstórica da Filosófia

A história da filosofia é a disciplina que se encarrega de estudar o pensamento


filosófico em seu desenvolvimento diacrónico, ou seja, a sucessão temporal das ideias
filosóficas e de suas relações. Ela é uma parte da ciência positiva da história, exigindo o
mesmo rigor nos métodos, a fim de reconstituir a sequência da filosofia. É uma
disciplina filosófica à parte, e ocupa bastante espaço no ensino
secundário e universitário de filosofia. Enquanto ramo da história, ela se ocupa de
documentar e preservar os debates filosóficos. Enquanto ramo da filosofia, ela se ocupa
em discutir filosoficamente, com os conceitos atuais da filosofia, tendo em vista o
problema do anacronismo e os conceitos filosóficos do passado. (Wikipedia)

Como as ideias influenciam os acontecimentos e vice-versa, é comum que a história da


filosofia precise recorrer a conhecimentos da história geral, para esclarecer seus
conteúdos, assim como é costumeiro que esta recorra àquela, para contribuir na
explicação dos determinantes de certos fatos. Dentro da história da filosofia, é possível
fazer delimitações materiais e formais. No primeiro caso, assim como a história da
filosofia é subdivisão da história, pode haver a história da lógica, do empirismo ou
do aristotelismo. No segundo caso, o das delimitações formais, a divisão que se faz diz
respeito ao tempo, caso em que se equipara à organização empreendida pela história
geral. (Wikipedia)

Assim, costuma-se estudar a história da filosofia com a seguinte disposição: filosofia


antiga, filosofia medieval, filosofia moderna e filosofia contemporânea; além destes
quatro grandes elementos há uma nova metodologia, a saber: a há da historiografia
filosófica, isto é, a problemática da história da filosofia tratada pelos principais
pensadores ao retomar os principais problemas filosóficos.

A história da filosofia rastreia as várias teorias que buscaram ou buscam algum tipo
de compreensão, conhecimento ou sabedoria sobre questões fundamentais, como por

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exemplo a realidade, o conhecimento, o significado, o valor, o ser e a verdade. O fazer
filosófico, como toda construção do conhecimento, requer acúmulo das contribuições
dos pensadores do passado. Sempre que um pensador se debruça seriamente sobre uma
questão filosófica, está, mais ou menos conscientemente, rendendo tributo a seus
antecessores, seja para contrapor-se a eles, seja para ratificar suas ideias, esclarecê-las e
melhorá-las. (Wikipedia)

3.1.Filosofia grega clássica


Também conhecido como Período Clássico, a Filosofia Grega Clássica compreende o
momento da história da filosofia que se inicia com o surgimento da figura de Sócrates, o
desenvolvimento de Platão e culmina nos trabalhos de Aristóteles. Na história da
filosofia este período é compreendido como estando entre os pré-socráticos e pós-
socráticos, embora o uso de tempo para esta denominação não seja totalmente
adequado, uma vez que muitos filósofos pré-socráticos foram, na verdade,
contemporâneos de Sócrates. A divisão trata mais do estilo de fazer filosofia e da
relevância dos três autores que compõe o período clássico, Sócrates, Platão e
Aristóteles. (Infoescola.com)

Este período é marcado pelo amadurecimento da filosofia para uma forma mais
estruturada e pelos desenvolvimentos em ética e politica, que estavam praticamente
ausentes nos pré-socráticos. O primeiro filósofo deste período foi o próprio Sócrates,
aparecendo como principal personagem nos diálogos de Platão e creditado por
Aristóteles como o primeiro filósofo a proceder uma busca rigorosa por definições
universais para as virtudes morais. Sócrates é notadamente um dos mais relevantes
personagens de toda a história da filosofia, não apenas moldando a filosofia grega de
sua época, mas contribuindo para as área da epistemologia, sendo o primeiro a procurar
entender a extensão do conhecimento humano; política, em que defendia o rei filósofo
como possível governante ideal, sendo normalmente interpretado como um crítico
da democracia; ética, em que defendia que a melhor forma de viver é através da virtude
como base da acção humana; e diversos outros temas. (Infoescola.com)

De acordo com Cícero, Sócrates trouxe a filosofia para o alcance humano, introduzindo
o pensar filosófico no seio das cidades, apresentando a necessidade de que todos
examinem a vida, a moral, o bem e o mal. E fez isto por meio do método socrático,
consistindo em perguntas e respostas que levavam o interlocutor a pensar, terminando

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de modo aporético (sem uma conclusão definida), mas trazendo a tona máximas e
paradoxos que obrigavam o interlocutor a pensar verdadeiramente o tema, entendendo a
complexidade das relações politicas e éticas. (Infoescola.com)

3.2.Período pré-socrático ou cosmológico


 Filósofos da Escola Jónica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto,
Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
 Filósofos da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Arquitas
de Tarento;
 Filósofos da Escola Eleata: Parménides de Eleia e Zenão de Eleia;
 Filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de
Clazómenas, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
As principais características da cosmologia são:
– É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da
Natureza, da qual os seres humanos fazem parte, de modo que, ao explicar a Natureza, a
Filosofia também explica a origem e as mudanças dos seres humanos.
– Afirma que não existe criação do mundo, isto é, nega que o mundo tenha surgido do
nada (como é o caso, por exemplo, na religião judaico-cristã, na qual Deus cria o mundo
do nada). Por isso diz: “Nada vem do nada e nada volta ao nada”. Isto significa: a) que o
mundo, ou a Natureza, é eterno; b) que no mundo, ou na Natureza, tudo se transforma
em outra coisa sem jamais desaparecer, embora a forma particular que uma coisa possua
desapareça com ela, mas não sua matéria.
– O fundo eterno, perene, imortal, de onde tudo nasce e para onde tudo volta
é invisível para os olhos do corpo e visível somente para o olho do espírito, isto é, para
o pensamento.
– O fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo
retorna é o elemento primordial da Natureza e chama-se physis (em grego, physis vem
de um verbo que significa fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir). A physis é a
Natureza eterna e em perene transformação.
– Afirma que, embora a physis (o elemento primordial eterno) seja imperecível, ela dá
origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes do mundo, seres que, ao
contrário do princípio gerador, são perecíveis ou mortais.
– Afirma que todos os seres, além de serem gerados e de serem mortais, são seres em
contínua transformação, mudando de qualidade (por exemplo, o branco amarelece,
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acinzenta, enegrece; o negro acinzenta, embranquece; o novo envelhece; o quente
esfria; o frio esquenta; o seco fica húmido; o húmido seca; o dia se torna noite; a noite
se torna dia; a primavera cede lugar ao verão, que cede lugar ao outono, que cede lugar
ao inverno; o saudável adoece; o doente se cura; a criança cresce; a árvore vem da
semente e produz sementes, etc.) e mudando de quantidade (o pequeno cresce e fica
grande; o grande diminui e fica pequeno; o longe fica perto se eu for até ele, ou se as
coisas distantes chegarem até mim, um rio aumenta de volume na cheia e diminui na
seca, etc.). Portanto o mundo está em mudança contínua, sem por isso perder sua forma,
sua ordem e sua estabilidade.

4. Da reflexão sobre a Natureza ao estudo das questões humanas


O esforço iniciado pelos naturalistas de Mileto no século VI a.C., foi mais tarde
retomado e desenvolvido por Pitágoras, Parménides, Heraclito, Anaxágoras, Demócrito,
sofreu precisamente no século seguinte (século V).

Com estes filósofos, a orientação da explicação de tudo estava na natureza, isto é, era
cosmológica (Physis), com a chegada dos sofistas virou-se a orientação da explicação
cosmológica para uma perspectiva de explicação anátropos (Homem), isto é, uma
perspectiva antropocêntrica.

4.1.Os sofistas
A palavra sofistas deriva do grego (de sophos, “sábio”). Estes eram professores e
mestres que formam muitos de Atenas, se achavam detentores de todo o conhecimento,
ou seja, eram capazes de ensinar todas as ciências e artes (medicina, direito, literatura,
gramática, religião, eloquência, retórica). Os sofistas andavam pelas cidades, praças
públicas, ensinando jovens em troca de dinheiro, vendiam o seu conhecimento.

Assim, o homem torna-se o centro de todos os problemas da filosofia grega. A principal


doutrina filosófica dos sofistas era “o Homem é a medida de todas as coisas”, defendida
por Protágoras um dos mais importantes sofistas da época. Aplicada ao homem
individual e concreto, esta medida conduz a duas perspectivas do conhecimento
humano: Relativismo e Cepticismo.

 Relativismo – defende que “não há verdade absoluta e universal, mas uma diversidade
de opiniões”.

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 Cepticismo – defende que “se há verdade absoluta, não e possível conhece-la”. Esta
posição céptica também evidenciada pelo sofista Górgias, que defende que nada existe e
que, mesmo se existisse, não poderia se conhecido.

4.2.Sócrates (470-399 a.C.)


Nasceu em Atenas, filho de pai escultor e mãe parteira. Esta profissão da mãe, teve
grande influência no método socrático que ele chamou Maiêutica – a arte de dar luz ao
conhecimento.

Sócrates educava a juventude de ateniense tendo em conta os valores universais ao


contrário dos valores temporais e relativos que os sofistas ensinavam.

Por ter arrastado multidão e por ter tido audiência e admiração e sobretudo de jovens,
foi acusado de infidelidade de introduzir uma nova religião e novos deuses. Ele
executou a sua própria morte quando consentiu tomar o cálice de cicuta (veneno mortal)
para o efeito

O ponto decisivo da sua vida deu-se quando ele dizia receber uma mensagem a de
Oráculo de Delfos, a qual dizia que nenhum homem era mais sábio que ele. Procurando
interpretar este significado desse oráculo, Sócrates conclui que ele era mais sábio
porque tinha consciência da sua própria ignorância.

4.3.Sua missão
A sua missão especial era de incentivar os jovens a se preocupar com os seus próprios
alunos procurando adquirir a virtude. Sua intenção era de salvar a Grécia do caos
epistemológicos, queria corrigir os erros causados pelos sofistas.

4.4.Diferença entre Sócrates e Sofistas


 Sócrates usou a linguagem simples nos seus discursos e não a retórica ensinada pelos
sofistas;

 Não fundou nenhuma escola para ensinar as suas doutrinas;

 Não vendia o seu conhecimento;

 Sócrates dizia que ninguém era capaz de ensinar tudo;

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5. Conclusão
Não importando, por ora, a sua origem certa, o importante é saber que não há uma
resposta única e definitiva para a pergunta “o que é filosofia?”. Diversos filósofos,
em diversos locais e épocas diferentes, responderam a essa pergunta, não
necessariamente de uma maneira explícita. Muitos o fizeram por meio da prática
(fazendo as suas filosofias), cada qual do seu modo.
Para os gregos pré-socráticos, a Filosofia era uma maneira racional de se investigar a
origem do universo por meio da formulação de teorias contrárias, muitas vezes, às
afirmações dos mitos. Para Sócrates, a Filosofia seria um olhar para dentro de si e uma
forma de extrair as ideias verdadeiras sobre aquilo que o próprio ser humano
desenvolveu mediante a criação das sociedades.
Para os helenistas, a Filosofia era uma espécie de prática de vida para alcançar a
plenitude e a felicidade. Para os medievais, a Filosofia estaria submetida à Teologia, e
a sabedoria infinita de Deus teria dado ao ser humano a possibilidade do conhecimento
racional.

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6. Referências

1. ↑ [in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [consult. 2014-12-
20 13:49:01]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/$filosofia]
2. ↑ «Priberam - Filosofia». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
Consultado em 16 de novembro de 2019
3. ↑ «Strong's Greek: 5385. φιλοσοφία (philosophia) -- the love or pursuit of
wisdom». biblehub.com
4. ↑ «Home : Oxford English Dictionary». oed.com
5. ↑ Cambridge University. «Faculty of Philosophy». Faculty of philosophy.
University of Cambridge. Consultado em 28 de março de 2019
2. ARISTÓTELES, De Anima. Apresentação, tradução e notas de Maria Cecília
Gomes Reis. São Paulo. Ed. 34, 2006.
3. Aristóteles. Metafísica. Porto Alegre: Globo, 1969.
4. Aristotle, The Complete Works of Aristotle (ed. J. Barnes), Princeton: Princeton
University Press. 1995.
5. Bertrand Russell; Laura Alves. História do Pensamento Ocident Ediouro
Publicações. 2004.
6. PLATÃO. A República. (trad. Enrico Corvisieri) São Paulo: Nova Cultural,
1999. (Col. Os Pensadores).

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