UFCD_8919
762335 - Técnico/a de
Geriatria
50 Horas
1
Perturbações do desenvolvimento no idoso - autismo, deficiência visual e
auditiva UFCD 8919
Índice
Habilidades intelectuais............................................................................................................................................................. 6
Comportamento adaptativo...................................................................................................................................................... 8
A discriminaçã o........................................................................................................................................................................... 22
Direta e indireta.......................................................................................................................................................................... 22
Positiva vs negativa................................................................................................................................................................... 26
Sensibilizaçã o............................................................................................................................................................................... 27
Aceitaçã o e assertividade........................................................................................................................................................ 29
Autismo: características.......................................................................................................................................................... 30
Métodos e técnicas de acompanhamento com o idoso com Autismo, Deficiência Visual e Auditiva........43
Aná lise dos parâ metros da escala de intensidade de apoios (ECA - Escala do Comportamento
Adaptativo), para compreensã o do perfil e intensidade dos apoios necessá rios do idoso com PD, e
prestaçã o de um acompanhamento adequado............................................................................................................... 50
Bibliografia e netgrafia............................................................................................................................................................. 67
Objetivos:
Conteúdos
Modelo do funcionamento humano
Habilidades intelectuais
Comportamento adaptativo
Saú de
Participaçã o
Contexto
Atitudes e comportamentos
Estereó tipos
Preconceito
A discriminaçã o
- Direta
- Indireta
- Assédio e retaliaçã o
- Positiva vs negativa
Sensibilizaçã o
Aceitaçã o e assertividade
Autismo
- Características
Deficiência visual
- Características
Deficiência auditiva
- Características
Aná lise dos parâ metros da escala de intensidade de apoios (ECA - Escala do
Comportamento Adaptativo), para compreensã o do perfil e intensidade dos apoios
necessá rios do idoso com PD, e prestaçã o de um acompanhamento adequado
Habilidades intelectuais
Estimular significa incitar, ativar animar, encorajar... Para além de tudo isto estimular é
também criar meios de manter a mente, as emoçõ es, as comunicaçõ es e os relacionamentos
em atividade.
Ganha autoestima
Para que o Idoso tenha uma velhice saudável é preciso que este esteja ativo e
desenvolva diversas atividades em várias áreas.
Física ( Marcha (no mínimo 45m por dia e sem pausas), giná stica, nataçã o,
hidroginá stica, yoga, massagem e dança, entre outras atividades.)
Durante oito anos pesquisadores acompanharam 2.500 pessoas com idades entre 70 e 79
anos, e as submeteram a vá rios testes de habilidades cognitivas, sendo que muitos dos
participantes já apresentavam declínio na funçã o cognitiva.
Durante a pesquisa, 53% dos voluntá rios apresentaram declínio considerado normal
conforme envelheciam e 16% mostraram prejuízo cognitivo mais acentuado. No entanto, 30%
dos participantes nã o apresentaram mudanças em seu desempenho nos testes ao longo dos
anos.
Idosos que se exercitam pelo menos uma vez na semana, possuem no mínimo ensino
médio completo, um bom nível de instruçã o, nã o fumam e levam uma vida social ativa sã o
mais propensos a manter a funçã o cognitiva na velhice.
Comportamento adaptativo
Idade da reforma;
Estado civil;
Sexo;
Religiã o.
Saú de;
Apoio socioafectivo;
(Atualmente sabe-se que estes fatores são a base de outras variáveis, por ex., a
participaçã o social)
Saúde/Participação e Contexto
Envolvimento social.
Velhice e lazer
O envelhecimento é um fenômeno biológico, psicoló gico e social que atinge o ser humano
na plenitude da sua existência, modificando a sua relaçã o com o tempo, com o mundo e com a
sua pró pria histó ria.
Independente do ritmo de envelhecimento é preciso aceitar que esse processo faz parte do
ciclo natural da vida.
A denominação pessoa idosa é usada para se referir à s pessoas que têm 60 anos ou mais.
Nos países desenvolvidos o termo é usado a partir dos 65 anos.
Com o avançar da idade, o nosso organismo passa a ter necessidades especiais. Nã o obstante
ter de ser adaptada à condiçã o física, a prá tica de atividades físicas é essencial.
Numa fase inicial, e para quem nã o está habituado à prá tica de exercício físico, recomendam-
se atividades de baixo impacto, como as caminhadas, nataçã o ou hidroginá stica.
Andar de bicicleta é outra atividade que traz bastantes benefícios. Entre eles, contribui
para a diminuiçã o da pressã o arterial, para o alívio das dores e para o fortalecimento das
articulaçõ es, sobretudo as dos joelhos, tornozelos e ancas.
Nesta fase da vida recomenda-se a prática de atividade física, pelo menos, três vezes por
semana, e sob aconselhamento médico.
A velhice é um período normal do ciclo vital caracterizado por algumas mudanças físicas,
mentais e psicológicas. É importante fazer essa consideraçã o pois algumas alteraçõ es nesses
aspetos nã o caracterizam necessariamente uma doença. Em contrapartida, há alguns
transtornos que sã o mais comuns em idosos como transtornos depressivos, transtornos
cognitivos, fobias e transtornos por uso de álcool. Além disso, os idosos apresentam risco
de suicídio e risco de desenvolver sintomas psiquiá tricos induzidos por medicamentos.
Muitos transtornos mentais em idosos podem ser evitados, aliviados ou mesmo revertidos.
Consequentemente, uma avaliaçã o médica é necessá ria para o esclarecimento do quadro
apresentado pelo idoso.
Perda da autonomia
Saú de em declínio
Isolamento social
Restriçõ es financeiras
Demência
Demência vascular
Transtornos depressivos
Transtorno delirante
Transtornos de ansiedade
Demência:
Os fatores de risco conhecidos para a demência sã o: Idade avançada Histó ria de demência
na família Sexo feminino
As demências são classificadas em vá rios tipos de acordo com o quadro clínico, entretanto
as mais comuns sã o demência tipo Alzheimer e demência vascular.
O diagnóstico é de exclusão, isto é, só pode ser feito quando nã o se encontra nenhuma outra
causa. A rigor, tal diagnó stico só é realizado pó s-morte, através de bió psia cerebral, na qual
aparecem alguns sinais característicos e exclusivos da doença. A histó ria do paciente e exame
clínico, além das técnicas de imagem cerebral como tomografia computadorizada e
ressonâ ncia magnética podem ser ú teis no diagnó stico clínico.
O diagnóstico é feito com base na histó ria do paciente e do exame clínico. As técnicas de
imagem cerebral como tomografia computadorizada e ressonâ ncia magnética podem ser
ú teis.
O tratamento é paliativo e as medicaçõ es podem ser ú teis para o manejo da agitaçã o e das
perturbaçõ es comportamentais. Nã o há prevençã o ou cura conhecidas.
Demência vascular
Transtornos depressivos:
Transtorno delirante:
Ocorre sob stresse físico ou psicológico em indivíduos vulnerá veis e pode ser precipitado
pela morte do cô njuge, perda do emprego, aposentadoria, isolamento social, circunstâ ncias
financeiras adversas, doenças médicas que debilitam ou por cirurgia, comprometimento
visual e surdez.
As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiá tricas que devem
ser descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de á lcool, esquizofrenia,
transtornos depressivos e transtorno bipolar. Além disso, podem ser secundá rias ao uso de
medicamentos ou sinais precoces de um tumor cerebral.
Transtornos de ansiedade:
A dependência de álcool, geralmente, apresenta uma histó ria de consumo excessivo que
começou na idade adulta e frequentemente está associada a uma doença médica,
principalmente doença hepá tica. Além disso, a dependência ao á lcool está claramente
associada a uma maior incidência de quadros demenciais.
Nã o infantilizar;
A velhice é uma parte do período vital com valores e gratificaçõ es pró prias; Nã o há fó rmulas
milagrosas nem remédios para a eterna juventude; Chegar a esta etapa da vida pode ser
interpretado como voltar a começar, a realizar projetos que noutra etapa da vida nã o se
chegou a concretizar; A atitude que adotamos ao olhar para esta etapa marcará a forma
como a viveremos e a desfrutemos.
MITO:
FACTO:
A velhice nã o começa numa idade cronoló gica uniforme, mas sim variá vel e
individualizada; A nã o produtividade pode interpretar-se de diversas formas, dependendo das
circunstâ ncias de cada indivíduo;
MITO:
Progressivo afastamento dos interesses; Os mais velhos acham-se muito limitados nas
suas aptidõ es da vida;
FACTO:
FACTO:
MITO:
FACTO:
O envelhecimento é uma etapa vital peculiar; Cada pessoa reflete a essência da sua
personalidade á medida que cumpre os seus anos; Com a idade nã o desaparece a sexualidade.
Ocorre reduçã o da frequência, falta de interesse, de parceiros;
MITO:
FACTO:
A discriminação
Direta e Indireta:
Atitudes negativas em relação a pessoas idosas têm consequências para a saú de física e
mental dessa populaçã o, segundo a Organizaçã o Mundial da Saú de (OMS). Idosos que se
sentem um fardo percebem suas vidas como menos valiosas, colocando-se em risco de
depressã o e isolamento social. Além disso, pesquisa indicou que idosos com opiniõ es
negativas sobre seu pró prio envelhecimento nã o se recuperam bem de deficiências e vivem,
em média, 7,5 anos a menos que pessoas com atitudes positivas.
Estudo produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que atitudes
negativas ou discriminató rias contra idosos prejudicam a saú de física e mental dessa
populaçã o, um dado preocupante divulgado à s vésperas do Dia Internacional das Pessoas
Idosas, lembrado no sá bado.
Pesquisa publicada recentemente aponta que idosos que têm opiniõ es negativas sobre seu
pró prio envelhecimento nã o se recuperam bem de deficiências e vivem, em média, 7,5 anos a
menos que pessoas com atitudes positivas.
Até 2025, o nú mero de pessoas com 60 anos ou mais duplicará e, até 2050, alcançará a marca
de 2 bilhõ es no mundo, com a maioria vivendo em países de baixa e média renda.
Alana acrescentou que “a discriminaçã o por idade assume muitas formas”. “Elas incluem
retratar pessoas mais velhas como frá geis, dependentes e fora de contato, ou por meio de
Caracteriza-se como abuso de idosos qualquer ato proposital que magoe ou lese uma pessoa
mais velha. Esses atos podem ser cometidos por parentes, amigos ou cuidadores e são
divididos em três categorias: físicos e sexuais, emocionais e mentais e financeiros.
Como identificar:
Tente encontrar sinais de lesõ es. Geralmente, quando um idoso sofre algum tipo de abuso,
apresenta hematomas, pá pulas e outros ferimentos visíveis. O abuso é físico quando o
agressor usa a força braçal para atacar a vítima e pode ser caracterizado por golpes,
empurrõ es, socos e até tentativas de queimar a pessoa. Fique atento ao rosto, braços, pernas,
barriga e costas do idoso.
Veja se as roupas da pessoa estão rasgadas ou estragadas. Tente encontrar falhas no que
o idoso está a vestir, pois podem ser indícios de que ele está a sofrer agressõ es.
Observe também se os objetos pessoais do idoso estã o danificados, como ó culos, joias e outros
objetos que possam ser de valor. Isso é um possível sinal de abuso.
Fique atento também se as unhas e o cabelo do idoso ficarem longos demais ou descuidados,
bem como se ele desenvolver problemas dentá rios por falta de cuidados. Esses sã o possíveis
sintomas de abuso físico e negligência profissional.
A discriminação significa fazer distinçã o por motivos arbitrá rios como a origem
racial, o sexo, o nível socioeconô mico, etc. Geralmente este termo recebe uma conotação
negativa, na medida em que é tratado com tom depreciativo ou que prejudica a determinados
grupos sem medir a razã o. Aliá s, é possível falar de uma discriminação positiva quando se
trata de alguns grupos sem prejudicar a outros e quando mostram suas necessidades e
problemas com a finalidade de ajudá -los. Isto resulta nas pessoas com capacidades diferentes,
onde em muitos países sã o favorecidos com subsídios ou benefícios que perseguem a
possibilidade de uma melhor inserçã o na sociedade, com autonomia e igualdade de
oportunidades em comparaçã o com outros indivíduos.
Sensibilização
Idoso abandonados? Sim! Eles existem! Para muitos estas situaçõ es nã o interessam, é-lhes
indiferente, para outros é uma situaçã o cada vez mais grave e mais comum, a cada dia que
passa. Para esses idosos nã o lhes interessa de onde vêm, como chegaram à quela situaçã o, o
que importa sim é o que eles sã o! Sã o pessoas! Pensam como pessoas, tem necessidades de
pessoas, sonham como pessoas, mas...nã o têm vida de pessoas, pelo menos nã o como pessoas
com condiçõ es mínimas de vida. Sã o considerados indingentes!
E de quem é a culpa? Eles nã o estã o na rua porque gostam da rua! Estã o lá porque alguém os
colocou lá ! E pensar que algumas dessas pessoas já foram como nó s.
Aceitação e assertividade
Diz-se que a sociedade de hoje está muito egoísta, mas, na verdade, em muitos momentos,
sentimos dificuldade em afirmar o que somos, pensamos e sentimos em diversos contextos
(profissional, social, familiar, conjugal, etc.).
É salutar que em situações em que nos sintamos mais vulneráveis adotemos uma
assertividade mais defensiva e agressiva enquanto que quando nos sentimos protegidos e
aceites a tendência é uma assertividade mais passiva, pois nã o temos necessidade de nos
afirmar.
Autismo: características
As pessoas idosas com autismo têm os mesmos problemas de saú de que as outras pessoas
idosas só que acrescidos das dificuldades de os comunicarem. Os problemas de
comportamento podem, por isso, sofrer um agravamento.
Além disso, perdem muitas vezes o gosto pelo exercício físico e têm menor motivaçã o para
praticar desporto, o que nã o contribui para melhorar a sua qualidade de vida.
Por outro lado, o seu comportamento pode tender a estabilizar-se com a idade.
Autistas são muito pouco sensibilizados para a comunicaçã o oral, assim alternativas sã o
tentadas, para que se possa penetrar na barreira que o autista impõ e ao mundo que o cerca.
As tentativas efetuadas com a musicoterapia sã o significativas nos relatos de sucessos que
sã o obtidos. Eles podem ser avaliados ao se mensurar a atividade mental do autista e os
benefícios sã o registados com participação ativa e passiva do autista.
A musicoterapia tem sido também utilizada com sucesso no tratamento dos idosos, com
sucesso nas mesmas situaçõ es que sã o observadas com as crianças autistas. Como tem maior
conhecimento do mundo que os cerca, a nã o ser em casos de doenças que envolvem a
demência, os maiores sucessos obtidos se referem à recuperaçã o da autoestima, o que nã o é
um benefício pequeno.
As atividades envolvidas são simples, tais como: cantar, brincar, tocar, improvisar e
criar, com alto estímulo para um trabalho mental e corporal. Outros resultados de
importâ ncia podem ser relacionados: restabelecimento do ritmo da marcha; estimulaçã o da
fala; aumento da criatividade; aumento da força e consciência temporal; diminuiçã o da
depressã o.
Em ambos os casos o sentimento de maior carinho é afastar as pessoas afetadas por estes
males da solidã o, com utilizaçã o de técnicas simples e que muitas vezes, podem fazer tanto
bem, ou bem ainda maior para as pessoas que valorizam estes resultados e doam um pouco de
si para as outras pessoas.
Os autistas são pessoas que têm dificuldade de socialização e de interação social. Têm
tendência a falar das coisas que sabem muito e dos seus interesses, descurando o
interlocutor. Normalmente, têm uma rigidez de pensamento, nã o flexibilizando o que vai
trazer alguma perturbaçã o na vida social e diá ria das pessoas e das relaçõ es que se vã o
fazendo. Sã o pessoas que, à partida, gostam de rotinas e sã o muito suscetíveis a mudanças,
podendo apresentar um contacto ocular fugaz ou diferenciado. Quando tocam no outro ou
quando sã o tocados, podem mostrar alguma falta de empatia. Têm muitas dificuldades em
entender metá foras ou segundos sentidos. Podem adotar uma postura muito sarcá stica ou um
humor excecional, devido à incompetência que têm e, portanto, podem camuflar as suas
relações pessoais.
As pessoas têm que entender que se trata de pessoas que têm uma inabilidade e
inaptamente nã o têm uma predisposiçã o para as relaçõ es interpessoais, têm padrõ es de
comunicaçã o diferenciados e têm exigências de ritmos e de rituais e rotinas. Para eles é
muito organizador. Assim sendo, o que se aconselha é que as pessoas respeitem estas rotinas,
tentem entendê-las, se forem funcionais, para arranjar mecanismos de adaptaçã o e de
alteraçã o e que acima de tudo utilizem um discurso claro, sistemá tico, com pouco floreados e
que tudo o que tenham de fazer no seu dia a dia haja um calendá rio, uma ficha pessoal e acima
de tudo que haja uma previsibilidade.
A deficiência visual inclui dois grupos de condiçõ es distintas: cegueira e baixa visã o. A
cegueira é uma alteraçã o grave ou total de uma ou mais das funçõ es elementares da visã o que
afeta de modo irremediá vel a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma,
posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente.
Baixa visão é a alteraçã o da capacidade funcional da visã o, decorrente de inú meros fatores
isolados ou associados, tais como, baixa acuidade visual significativa, reduçã o importante
do campo visual, alteraçõ es corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes, que interferem ou
que limitam o desempenho visual do indivíduo.
Cegos: sã o aquelas pessoas que apresentam “desde ausência total de visã o até a perda
da projeçã o de luz”. O processo de aprendizagem será através dos sentidos remanescentes
(tato, audiçã o, olfato, paladar) utilizando o sistema BRAILE como principal meio de
comunicaçã o escrita.
Em muitos casos, observa-se o nistagmo, movimento rápido e involuntário dos olhos, que
causa uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura.
Uma pessoa com baixa visã o apresenta grande oscilaçã o da sua condiçã o visual de acordo com
o seu estado emocional, as circunstâ ncias e a posiçã o em que se encontra, dependendo das
condiçõ es de iluminaçã o natural ou artificial.
Essas imagens são associadas com outras mensagens sensoriais e armazenadas na memó ria
para serem lembradas mais tarde. Para que ocorra o desenvolvimento da eficiência visual,
duas condições precisam estar presentes:
O uso dessas funçõ es, o exercício de ver. (Sá ; Campos; Silva, 2007).
Atrofia ó tica por problema de parto (hipoxia, anoxia ou infeçõ es Peri natais).
Sintomas: Tonturas, ná useas e dor de cabeça; sensibilidade excessiva à luz (fotofobia); visã o
dupla e embaçada.
Condutas:
Piscar excessivamente;
Inquietaçã o e irritabilidade;
Postura inadequada;
Uma boa forma de cuidar de uma pessoa com problemas de visão passa por aprender
todas as condiçõ es e restriçõ es que a doença ocular impõ e. Ao fazê-lo, conseguirá identificar-
se com a pessoa idosa e conhecerá as suas principais dificuldades e frustraçõ es. Esta é
também uma boa maneira da pessoa idosa se sentir mais compreendida, segura e produtiva.
As pessoas idosas que sofrem de glaucoma exigem níveis mais altos de luz, apesar de terem
problemas com o controlo de brilhos provocados pelo encandeamento da luz ou pelo reflexo
de objetos brilhantes. A sensibilidade ao contraste (a habilidade de ver tons diferentes da
mesma cor) é também afetada. Para que tal nã o aconteça, é necessário cumprir com os
aspetos seguintes:
O posicionamento da luz deve estar direcionado para as atividades de uma pessoa idosa como,
por exemplo, a leitura de um livro ou jornal ou para a realizaçã o de palavras cruzadas.
Existem empresas que comercializam lâ mpadas pró prias que aumentam o contraste das cores
e reduzem o brilho da luz e estas sã o as mais apropriadas para quem tem uma visã o limitada.
As grandes diferenças de iluminaçã o devem ser evitadas como, por exemplo, quando uma
lâ mpada está ligada num quarto escuro. Assim sendo, a iluminaçã o de um determinado local
deve ser uniforme, assim como toda a á rea circundante. Tenha em atençã o que ao manter as
luzes acesas durante o dia, estará a ajudar a equalizar as fontes de iluminaçã o do interior com
as do exterior da casa.
Um dos aspetos mais importantes que deve ser realizado para cuidar de uma pessoa idosa
com uma visã o limitada passa por cobrir todas as superfícies refletoras que possam existir no
interior de casa. Por outro lado, deve garantir que a pessoa idosa nã o permanece muito tempo
em frente à janela, especialmente quando estiver a ler ou a realizar qualquer tipo de
passatempo ou atividade.
A Ampliação Da Visão
Pequenas lupas de bolso para a leitura das ementas dos restaurantes ou para visualizar
o preço que está marcado numa etiqueta. Todos os ampliadores devem ser corretamente
iluminados para que a pessoa idosa possa executar as suas tarefas de uma forma eficaz.
Unidades de ampliaçã o eletró nicas que usam uma câ mara para captar uma imagem ou
uma pá gina impressa e depois projetam-na num monitor de televisã o ou tela de computador.
Estas unidades podem ser usadas para ler as contas, os cheques, as instruçõ es de
medicamentos de um idoso, os ró tulos de alimentos, entre outros.
Este material eletrónico é produzido por empresas especializadas em baixa visã o e podem ser
adquiridos em funçã o do tamanho da imagem, do grau de contraste e das cores apresentadas.
Eles variam em tamanho, uma vez que existem modelos maiores que outros e alguns
pequenos dispositivos portáteis.
Sistemas telescó picos para ampliar objetos à distâ ncia como, por exemplo, a televisã o.
Estes sistemas podem ser de mã o ou colocados em ó culos e chamam-se "bió ticos".
Equipamento adaptá vel para uso do computador como, por exemplo, software de
alargamento de tela e grandes teclados com letras. Este tipo de equipamento é muito parecido
com os sistemas telescó picos.
As bengalas e até os cães guia podem ser utilizados para ajudar as pessoas com visã o
limitada a andar em segurança. Por outro lado, também podem ser utilizadas outras técnicas
para que uma pessoa se oriente de uma forma mais eficaz. Por exemplo, a técnica do reló gio
que lhe indica que o sofá se encontra à s 3 horas da tarde e a televisã o à s 9 horas da noite. Este
tipo de técnica, à boa maneira militar, ajuda uma pessoa a exercitar o corpo e a mente e
permite-lhe movimentar-se com mais facilidade, sem ter a necessidade de utilizar a visã o.
Deficiência auditiva pode ser causada por vá rios fatores, mas envelhecimento e ruído
sã o as duas causas mais comuns. Perder a audiçã o com a idade é uma consequência natural.
Nossa capacidade auditiva piora aos 30 e 40 anos de idade, e daí para frente. Mais da metade
das pessoas, ao atingir 80 anos de idade, sofre significantemente de deficiência auditiva,
conhecida como perda auditiva relacionada à idade, Presbiacusia. Outro motivo comum de
deficiência auditiva é exposiçã o a ruídos. Deficiência auditiva pode ser uma consequência de
se viver em um mundo ruidoso. Tais ruídos surgem do nosso ambiente de trabalho ou
exposiçõ es a ruídos, como ruídos de motores ou som alto em show de rock, clubes noturnos,
discotecas, como também com o uso de aparelhos estéreos, com ou sem headphones. O uso
elevado de aparelho mp3 aumenta os efeitos de deficiência auditiva.
Deficiência auditiva pode também ocorrer como resultado de outros fatores, e pode ser
causada por:
Medicamentos e fá rmacos
Danos no ouvido
Lesõ es na cabeça
Tumores na cabeça
Alcoolismo e tabagismo
Solventes
Colesterol
Perda auditiva condutiva é uma deficiência auditiva em que a habilidade auditiva para
conduzir o som para o ouvido interno é bloqueada ou reduzida.
Perda auditiva pode ser também perda auditiva bilateral ou perda auditiva unilateral.
A pessoa pode ter também perda auditiva só num ouvido. E isso é chamado de perda auditiva
unilateral ou surdez unilateral. A perda auditiva em ambos os ouvidos é chamada de perda
auditiva bilateral.
Perda auditiva pode ocorrer subitamente, de um dia para outro, o que é conhecido como
perda auditiva sú bita.
Em alguns casos a perda auditiva pode ser oculta, que é um tipo de perda auditiva que nã o
pode ser medida através de um teste auditivo comum. A pessoa pode ter perda auditiva
oculta se tiver dificuldade de ouvir em situaçõ es com ruído de fundo.
Junto com todos esses sentimentos, vem a baixa autoestima, capaz de influenciar
diretamente no humor. É comum ouvir relatos de idosos que fingem entender o que foi dito
por sentirem vergonha de perguntar novamente e nã o quererem incomodar.
Além de causar danos ao humor do idoso, a perda auditiva também tem grande influência
em sua personalidade e comportamento. Quando há uma demora muito grande em buscar
ajuda, o paciente pode desenvolver depressã o profunda e se afastar dos amigos e dos entes
queridos.
O isolamento social contribui para a perda gradual da memó ria, falta de atençã o, dificuldade
em entender e falar e perda de equilíbrio. Todos esses problemas afetam o bem-estar do
indivíduo e podem ser resolvidos com um diagnó stico precoce de surdez, com o uso de
aparelhos auditivos e a compreensão dos que estão ao seu redor.
Quando há suspeitas de que o idoso não está a ouvir corretamente, o primeiro passo é
levá -lo a um médico especialista para uma aná lise. O diagnó stico é feito, normalmente, por um
audiologista — fonoaudió logo — ou um otorrinolaringologista.
Para facilitar a aná lise médica, faça uma lista dos sintomas e de possíveis atividades de risco,
como trabalhos realizados em lugares com ruídos. Apó s alguns testes e exames, o especialista
fará o diagnó stico e oferecerá o melhor tratamento para o quadro.
Nos casos em que a perda já ocorreu há algum tempo, é importante mostrar apoio ao idoso
e acompanhá -lo em suas consultas, além de seguir os próximos passos a serem listados:
O segredo para lidar com um idoso com perda auditiva é a paciência. Lembre-se que
será comum ouvi-lo perguntar “o quê?” vá rias vezes em um diá logo, mas repita a frase
quantas vezes for necessá rio para que ele compreenda, principalmente na fase de adaptaçã o
com o aparelho auditivo.
Porém, nã o é apenas nessa situaçã o que a sua paciência será exigida. As visitas ao médico, por
sua vez, podem gerar resistência em um primeiro momento. Seja firme e mostre como é
importante seguir um tratamento adequado com a ajuda de um profissional.
Há quem diga que gritar ou falar alto demais com pessoas com perda auditiva ajuda na
comunicaçã o. Se você é uma dessas pessoas, pare agora mesmo! Além de nã o ser eficaz, acaba
por dificultar o entendimento. O ideal é falar pausadamente e com calma, olhando bem na face
da pessoa que apresenta o quadro de surdez.
Gesticular também costuma ser bastante eficiente para auxiliar no diá logo, mas evite
exagerar muito nas mímicas e mantenha sempre a conversa o mais natural possível. Formular
frases longas demais e falar com chicletes ou alimento na boca também atrapalha na altura da
comunicaçã o.
Nem sempre estamos com vontade de conversar com alguém, certo? Isso também acontece
com os idosos, principalmente se estiverem a passar pela perda de audiçã o. Embora seja
importante evitar que eles se isolem e deixem de manter um convívio social, é preciso
respeitar o seu espaço e entender que nem sempre é uma boa altura para uma conversa.
Outro caso bastante comum é o idoso sentir-se pouco à vontade em ir a comemoraçõ es,
festas, aniversá rios ou até mesmo lugares que ele costumava frequentar diariamente. Esse
comportamento demonstra que a pessoa se sente triste, incapacitada ou que tem receio de
passar por situaçõ es constrangedoras por nã o ouvir o que foi dito.
Nesses dois casos, é importante nã o forçar o idoso a nada. O que se pode e deve fazer é
incentivá -lo a procurar ajuda para realizar um tratamento adequado e melhorar sua
qualidade de vida.
Para um tratamento eficaz, é indicado que seja feito com uma equipa composta por médico,
fisioterapeuta, psicoterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudió logo, que indicam terapias
específicas para cada paciente, e muitas vezes devem ser feitas por toda vida. Além disso,
existem novidades sobre cuidados com a alimentaçã o e atividades como musicoterapia, que
podem contribuir muito para a melhora dos sintomas.
Assim, algumas estratégias importantes para o tratamento do autismo, seja em casos leves
ou graves, incluem:
Remédios
Apesar de nã o existirem remédios específicos para tratar e curar o autismo, o médico poderá
indicar medicamentos que podem combater sintomas relacionados ao autismo como
agressã o, hiperatividade, compulsividade e dificuldade para lidar com a frustraçã o, como por
exemplo clozapina, risperidona e aripiprazol.
Alimentação
Fonoaudiologia
Musicoterapia
A mú sica ajuda o autista a entender as emoçõ es, aumentando sua interaçã o com o mundo à
sua volta. O objetivo nã o é aprender a cantar ou tocar nenhum instrumento, sendo somente
importante saber ouvir e se expressar através dos sons que os instrumentos podem produzir
e também através de movimentos de dança, por exemplo, num ambiente leve e descontraído.
Psicoterapia
A psicoterapia deve ser guiada pelo psicó logo e pode ser realizada sozinho ou em grupo, com
encontros semanais. Nela pode ser utilizada a terapia comportamental, por exemplo, que pode
ajudar a se vestir sozinho.
Psicomotricidade
Pode ser orientada por um fisioterapeuta especialista e durante as sessõ es podem ser
realizados diversos jogos e brincadeiras que podem ajudar a criança a focar sua atençã o em
apenas uma coisa de cada vez, a amarrar os sapatos, contribuindo para um melhor controle
dos movimentos, combatendo os movimentos repetitivos, que sã o comuns em caso de
autismo.
Equoterapia
A terapia com cavalos é muito ú til para melhorar a reaçã o de endireitamento do corpo,
quando a criança está em cima do animal, a coordenaçã o motora, o controle da respiraçã o e
desenvolver a autoconfiança do autista. As sessõ es geralmente duram entre 30 minutos e 1
hora.
PERDA DE VISÃO:
Perder a visão é como perder a janela que nos mostra o mundo. Muitos idosos têm este
sentimento de que o mundo se está a fechar gradualmente. Perdem capacidade de realizar as
tarefas do dia-a-dia, como preparar uma refeiçã o ou usar o telefone, atividades que outrora
seriam de execuçã o muito fá cil.
Variados estudos mostraram que em idosos que apresentam perda de visão, têm mais
dificuldade em realizar as atividades da vida diá ria (AVD) do que aqueles que sofrem de
outras doenças cró nicas. Seniores com perda de visã o apresentam um nú mero maior de
doenças cró nicas, como diabetes, doença cardíaca, AVC, comparando com os que nã o sofrem
de perda de visã o.
Este maior nú mero de afeçõ es cronicas pode ser o resultado para pró pria perda de visã o, uma
das causas advém da dificuldade em manter uma dieta saudá vel, já que idosos com baixa visã o
têm quatro vezes mais dificuldade em preparar uma refeiçã o. Outras causas provêm dos
idosos com fraca visã o estarem menos propensos a realizar atividades físicas (apenas 59,6%
dos idosos com perda de visã o relatam ser fisicamente ativos em comparaçã o com os 70,2%
dos idosos com visã o normal).
Este facto acaba por nã o ser surpreendente quando se considera que, em comparaçã o aos
idosos com visã o normal, os idosos com perda de visã o estã o até três vezes mais propensos a
ter dificuldade em sair de sua casa e igualmente três vezes mais propensos a desenvolver
dificuldades motoras.
Como resultado, os idosos com deficiência visual têm níveis de depressã o e ansiedade
muito mais altos que idosos com outras afeçõ es cró nicas. Devido ao seu défice visual, estes
seniores têm uma maior tendência em isolar-se, deixam gradualmente de realizar as
A boa notícia é que, com apoio e terapia específica para idosos com deficiências visuais, é
possível devolver a sua independência e quebrar este ciclo. Os médicos podem prescrever
programas de reabilitaçã o que permitiram aos seniores aprender a gerir e lidar com a perda
de visã o, permitindo que estes sejam participantes ativos nas suas comunidades.
Família, amigos e cuidadores profissionais podem ajudar estes seniores em muitas das
suas atividades, como preparaçã o de refeiçõ es, transporte para eventos ou compromissos,
diminuindo assim o seu isolamento permitindo que estes sigam a sua vida normal. Ao
permanecerem ativos e sociais, os idosos com baixa visã o reduzem a hipó tese de sofrer de
depressã o, consequentemente isto vai diminuir os riscos globais de desenvolvimento de
doenças cronicas adicionais.
A comunicação é uma parte essencial da vida humana e a audiçã o é crucial para a boa
comunicaçã o. Nesse sentido, existem algumas dicas que podem ser colocadas em prá tica para
falar com uma pessoa que tem dificuldades na audiçã o. São elas:
O cuidador deve ter uma linguagem clara, pausada e percetível para ser bem compreendido.
Evite falar muito rá pido e, de preferência, nã o fale com comida na boca nem masque chicletes,
pois as palavras soarã o de maneira diferente.
Ao iniciar uma conversa com alguém que tem problemas de audiçã o, deve fazê-lo num
ambiente tranquilo, com poucas distraçõ es visuais e auditivas.
Mesmo que um idoso com perda auditiva nunca tenha estudado a leitura labial, ele pode
adquirir uma grande quantidade de informaçõ es ao visualizar com clareza a cara e a
linguagem corporal do indivíduo que lhe está a dirigir a palavra. Esta é uma das formas mais
eficazes de reduzir todo o tipo de ruído ambiente.
Antes de começar a falar, deve obter a má xima atençã o do seu ouvinte e pode fazê-lo através
do contacto visual. Deve apresentar uma ideia ou um facto de cada vez, para que seja um
diá logo construtivo e nã o um monó logo.
Para ser melhor compreendido, deve repetir as suas ideias principais e utilizar palavras
diferentes. O cuidador como que desempenha o papel de professor e isso faz com que um
idoso se sinta uma parte integrante do diá logo.
Seja paciente
Lidar com uma pessoa com perda de audiçã o é uma tarefa muito á rdua e, como tal, deve
procurar ser uma pessoa positiva e descontraída e deve perguntar se existe algo em que possa
ajudar. Saber que existe alguém que está sempre disposto a ajudar é uma das melhores
recompensas que um idoso pode ter.
Bibliografia e netgrafia
KEROUAC, Suzanne [et al.] – El pensamento enfermeiro. Barcelona: Masson, 1996. ISBN
84-4580365-4.
https://www.tuasaude.com/tratamento-do-autismo/
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/detalhe/
autismo_exige__mais_cuidados_na_velhice.html