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Pedagógica
de Formadores
Título
Formação Pedagógica de Formadores
Autora
Susana Chaves
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da Angola2learn.
© Luanda, 2015
Índice
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMAS, CONTEXTOS E PERFIL 4
1.1 Introdução 4
1.2 Formador: contextos de intervenção 8
1.3 Teorias e processos de aprendizagem 19
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO 24
2.1 Introdução 24
2.2 Comunicação pedagógica 25
2.3 Estilos de comunicação 33
MÓDULO 3
Metodologias e estratégias pedagógicas 40
3.1 Introdução 40
3.2 Métodos e técnicas pedagógicas 41
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO 47
4.1 Introdução 47
4.2 Competências e objectivos operacionais 48
4.3 O plano de acção ou programa de formação 56
MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA 59
5.1 Introdução 59
5.2 Exploração de recursos didácticos 60
5.3 Construção de apresentações multimédia 64
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMAS, CONTEXTOS E PERFIL
Objectivos
•
Caracterizar os sistemas de qualificação com base nas finalidades, no
público-alvo, nas tecnologias utilizadas e no topo da modalidade de formação
pretendida.
1.1 Introdução
• conhecimentos (saberes);
4
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Para os Formandos. Actores na primeira pessoa do processo
formativo, é expectável o ganho imediato do investimento
feito na formação e, no caso de não se atingir os objectivos/
resultados previamente estipulados, tornam-se no maior
perdedor.
5
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Para o próprio Sistema formativo.
Uma vez que o formando e/ou a
organização que solicitou os serviços
formativos não vê o seu problema
resolvido, inevitavelmente causará um
descrédito da formação profissional,
como instrumento válido e indispensável
numa gestão de recursos humanos,
que se revela crucial no ambiente cada
vez mais conturbado das organizações
modernas.
6
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Para o/a Formador/a. Sobre quem recai o
descrédito imediato dos formandos, com
repercussões a posteriori, quer na organização
que solicitou a formação, quer na organização
fornecedora.
7
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
1.2 Formador: contextos de intervenção
8
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Também a organização na qual o formando aplica os seus conhecimentos
e a sociedade em geral beneficiam das vantagens de trabalhadores mais
desenvolvidos e actualizados, bem como de cidadãos mais informados e cultos,
com melhores condições para o ingresso/continuidade no mercado de trabalho.
Difere nas metodologias de ensino, no papel que se atribui aos diversos agentes
e na terminologia utilizada. A formação profissional incentiva o formando a
relatar e a associar vivências suas de modo a retirar delas o maior conhecimento
possível, valorizando os saberes prévios e incutindo a reflexão sobre os mesmos.
O formando desempenha um papel participativo na aprendizagem, sendo comum
a utilização do método activo. No ensino regular, o professor, apesar de também
apelar à participação dos alunos, utiliza mais vulgarmente o método expositivo
em detrimento do activo.
9
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Alguma terminologia…
Aulas Sessões
Leccionar Ministrar
Professor Formador
Aluno Formando
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
A formação profissional deve ser entendida, em termos legais, como
o processo global e permanente que consiste na aprendizagem e no
desenvolvimento de competências que possibilitam a aquisição de
qualificações para um melhor desempenho profissional.
b) A
ssegurar a formação contínua dos trabalhadores da empresa.
e)
Promover a integração socioprofissional do trabalhador pertencente a
grupo com particulares dificuldades de inserção.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Objectivo global da actividade do formador
As funções do formador:
1. Planear/preparar a formação.
2. Desenvolver/animar a formação.
3. Avaliar a formação.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Competências psico-sociais
1.
Saber-estar em situação profissional no posto de trabalho, na empresa/
/organização, no mercado de trabalho, implicando, nomeadamente:
• Assiduidade.
• Pontualidade.
• Aplicação ao trabalho.
• Co-responsabilidade e autonomia.
2.
Possuir capacidade de relacionamento com os outros e consigo próprio,
implicando, nomeadamente:
• Comunicação interpessoal.
• Liderança.
• Estabilidade emocional.
• Tolerância.
• Resistência à frustração.
• Auto-confiança.
• Auto-crítica.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
• Capacidade de resolução de problemas.
• Criatividade.
• Flexibilidade.
• Espírito de iniciativa.
• Abertura à mudança.
Competências técnicas
• A
população activa, o mundo do trabalho e os sistemas de formação,
o domínio técnico-científico e/ou tecnológico, objecto de formação.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
• A família profissional da formação, o papel e o perfil do/a formador/a.
2. S
er capaz de adaptar-se a diferentes contextos organizacionais e a diferentes
grupos de formandos.
• A
nalisar o contexto específico das sessões: objectivos, programa, perfis de
entrada e saída, condições de realização da acção.
4.
Ser capaz de conduzir/mediar o processo de formação/aprendizagem em
grupo de formação, nomeadamente:
• Motivar os formandos.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
5. Ser capaz de gerir a progressão na aprendizagem dos formandos.
• P
articipar na avaliação do impacto da formação nos desempenhos
profissionais.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Competências profissionais
O formador
deve:
Informar
(transmitir conhecimentos)
instruir
(desenvolver competências)
incentivar
(fomentar atitudes)
Características de personalidade
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
A par do seu auto-domínio, surge a capacidade de aceitar a crítica e realizar
a auto-crítica e a auto-avaliação procurando constantemente aperfeiçoar-se.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
O sucesso da aprendizagem no contexto da formação profissional, deve ser
sempre aferido aos objectivos da própria formação, sendo necessário que, entre
a entrada no contexto de formação (perfil de entrada) e a saída desse contexto
(perfil de saída), se verifique uma mudança no indivíduo: o aumento, a correcção
ou o aperfeiçoamento de saber-saber (domínio cognitivo), saber ser/ estar (domínio
afectivo) e/ou saber-fazer (domínio psicomotor).
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
O modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios.
1. Necessidade de saber
Os adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que
terão no processo.
2. Autoconceito do aprendiz
Os adultos são responsáveis pelas suas decisões e pelas suas vidas, portanto
querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.
6. Motivação
Os adultos estão mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima,
qualidade de vida, desenvolvimento.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
São várias as teorias da aprendizagem, mas vamos referir apenas as duas mais
conhecidas.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Teoria cognitivista
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 1
O FORMADOR: SISTEMA, CONTEXTOS E PERFIL
Estilos de aprendizagem
Bibliografia
CARDOSO, M. (1997). Manual de Apoio à Formação de Formadores de Formadores. Turim. OIT e IEFP
DOLABELA, F. (1999). Oficina do Empreendedor. Cultura. São Paulo
DUARTE, A. (1996). Uma Nova Formação Profissional Para Um Novo Mercado de Trabalho, Colecção
APRENDER, 26, Lisboa, Edição IEFP
PIRES, A. (1994). As novas competências profissionais, Revista FORMAR (nº 10), Lisboa, Edição IEFP, Abril
de 1994, p. 4-19
Portaria nº 213/11 de 30 de Maio. Diário da República nº 104/11 - I Série. Ministérios das Finanças
e da Administração Pública, da Administração Interna e das Obras públicas, Transportes
e Comunicações. Lisboa
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
Objectivos
2.1 Introdução
24
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
através das suas atitudes e dos seus actos, que eles manifestam comportamentos
operantes até à decisão, afectando a sua própria aprendizagem e a daqueles com
quem estão em comunicação.
Mas para que este intercâmbio seja possível, é necessário que o emissor
seleccione um Canal adequado (comunicação face a face, pelo telefone, por
escrito, via rádio, etc.) e defina a linguagem a utilizar: o Código que permitirá um
entendimento efectivo entre os interlocutores.
Por outro lado, não se pode falar em verdadeira comunicação se não existir
Feedback, ou seja, se não for verificada a compreensão da mensagem pelo
receptor.
Codifi- Descodi-
EmiSsor Canal EmiSsor
cação ficação
Emissor
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
Barreiras à comunicação
Por várias razões, mesmo em condições ideais, o emissor diz apenas 80% do que
pensa dizer, o seu interlocutor escuta apenas cerca de 50% do que o emissor diz,
acabando por assimilar apenas cerca de 40%.
• A
selecção (consciente e inconsciente) que o emissor efectua, das
informações a transmitir ao receptor.
• A
transposição do pensamento do emissor, para linguagem (verbal e não
verbal).
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
• A
mensagem captada pelo receptor, seleccionada através do «filtro»
dos seus quadros de referência e influenciada pelos «ruídos» a que a
comunicação esteja sujeita.
• A
mensagem captada pelo receptor, influenciada pelo valor afectivo da
comunicação para o receptor, e também pelo domínio que este tem do
código utilizado pelo emissor.
• O
que o receptor aplica dos conhecimentos transmitidos ou retransmite
das informações recebidas.
• Quadros de referência
A interpretação das informações é influenciada pelo nosso sistema de
valores e a experiência de vida.
• Audição selectiva
Ouvimos o que queremos ouvir, ou o que somos capazes de ouvir.
A nossa capacidade de apreensão é condicionada pelo contexto físico
e psicológico em que a comunicação decorre.
• Resistência à mudança
Quando a mensagem que querem transmitir-nos interfere com os nossos
padrões habituais de funcionamento ou a nossa forma de pensar, temos
tendência a não a apreender completamente, ou a distorcê-la.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
• Credibilidade do emissor
Avaliamos as mensagens e valorizamo-las ou não, em função do grau
de credibilidade que o emissor nos merece, e da competência que lhe
reconhecemos.
• Adequação da linguagem
Para haver entendimento entre o emissor e receptor, é fundamental que
estes partilhem um código comum, no que respeita à linguagem verbal
e não verbal. Uma das formas seguras de não ser compreendido, é utilizar
palavras ou conceitos que o receptor desconhece.
• Diferenças de estatuto
As diferenças de estatuto familiar, social ou hierárquico, influenciam positiva
ou negativamente a eficácia da comunicação.
• T
ome em consideração o contexto físico e psicológico, e o perfil do seu
interlocutor.
• F
ale para ser ouvido, com clareza e pausadamente e tomando em
consideração os interesses e necessidades do seu interlocutor.
• R
eforce o impacto da mensagem verbal, através do seu comportamento
não verbal.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
• F
acilite a compreensão da mensagem evitando divagar, frisando os pontos-
chave, e reformulando e sintetizando as ideias, sempre que necessário.
• V
erifique a compreensão da mensagem pelo receptor, pedindo e obtendo
feedback.
Para que a comunicação seja efectiva, saber ouvir é tão ou mais importante do
que saber falar.
•
Estabeleça contacto vi-
sual com o Emissor
•
Adopte um comporta-
mento não verbal de re-
ceptividade e interesse
• Ouça até ao fim, antes
de julgar
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
De uma maneira geral, as pessoas captam:
ras
7%
palav
vés das
atra 38%
vocal
da q ualidade
m através
mensage
através da imagem visual
55%
Não esqueça que o que o Emissor comunica não verbalmente é mais facilmente
compreendido pelo Receptor, do que o estrito conteúdo da mensagem verbal.
Apresentação pessoal #1
Adapte a indumentária à audiência e ao
contexto e apresente-se de forma cuidada,
mas sem exageros.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
Contacto visual
#3 Expressão facial
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
#4 Postura e gestão do espaço
#5 Gestos
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
Voz
#6
No essencial a sua voz deve ser capaz
de transmitir emoções e articular as
palavras com clareza. Para isso: pro-
jecte correctamente a voz; assegure-
-se de que é agradavelmente audível;
verifique e corrija a dicção; controle o
débito do discurso (nem demasiado
depressa, nem demasiado devagar);
lembre-se de que um dos principais
segredos de uma voz pausada está na
respiração; mantenha-se de pé, quan-
do tiver que falar durante muito tempo.
Analise o quadro:
Para além dos estilos comunicacionais atrás referidos, devemos ainda contar com
o estilo de liderança que o formador implementa na sua sessão.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
É possível identificar as duas orientações possíveis do líder:
–– O
líder orientado para a tarefa, preocupado com os aspectos estruturais
de resolução das actividades do grupo.
–– Autocrático.
–– Democrático.
–– Liberal.
Estilo autocrático
• O
líder concentra o poder de decisão em relação aos objectivos, conteúdos
e métodos de trabalho.
• É
o pólo emissor e receptor das mensagens, controlando as redes de
comunicação.
• C
ontrola os resultados por feedback individual: assinala os erros e não
reforça sucessos.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
Efeitos no grupo
• C
lima de grupo negativo e nível motivacional
baixo.
• N
ão há expressão dos conflitos que permane-
cem latentes.
• N
ão há lugar para a criatividade e expressão
individual.
Estilo liberal
• O
líder apresenta o conjunto das tarefas mas delega o poder de decisão
ao grupo quanto a métodos de trabalho.
Efeitos no grupo
• P
osteriormente, a comunicação anárquica é substi-
tuída por descontentamento e desmotivação.
• O
grupo corre o risco de se desmembrar e
afastar--se por completo das actividades e
objectivos estipulados.
• P
romove o individualismo e as discussões
pessoais.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
• Produtividade é muito diminuta.
Estilo democrático
• O
poder de decisão não está centrada no líder. O grupo possui uma certa
autonomia na tomada de decisão.
• O
grupo participa na determinação dos objectivos e dos métodos de
trabalho.
• O
líder é objectivo e realista nos seus elogios e críticas e procura ser um
membro reg ular do grupo.
• É
o grupo e cada um dos seus membros que participa no controle dos
resultados.
Efeitos no grupo
• A
produtividade é elevada, embora possa não
atingir os níveis do estilo autoritário.
• E
m compensação, a criatividade é estimula-
da e o grupo consegue encontrar novas fór-
mulas e soluções não aprendidas.
• C
lima socioafectivo é positivo e há motiva-
ção.
• O
grupo torna-se coeso e adquire uma verda-
deira identidade.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
O comportamento de um bom
formador-líder envolve
• planificar;
• informar;
• avaliar;
• motivar;
• orientar.
• interdependentes;
• q
ue adoptam regras, normas e sanções que
regulam o seu comportamento no âmbito do
grupo;
• o
nde cada um coopera para que o grupo atinja o seu
objectivo.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
O formador pode adoptar diferentes estilos de gestão do ambiente pedagógico,
de autoritário a liberal ou a democrático, com diferentes consequências na
produtividade e no clima psicológico do grupo.
Algumas dicas:
2.
Falar de forma simples e concisa. Verificar se todos os termos são
compreendidos pelos formandos.
10. U
sar os meios audiovisuais sempre que possível. Isto favorece a
aprendizagem porque retemos: 20% do que ouvimos, 30% do que vemos,
50% do que vemos e ouvimos.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 2
COMUNICAÇÃO E DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS EM FORMAÇÃO
Bibliografia
BERTO, David K. (1989). O Processo da Comunicação. Martins Pontes: São Paulo
Decreto Lei nº 851/10 de 6 de Setembro. Diário da República nº 173/10 - I Série A. Ministério do Trabalho
e da Solidariedade Social e da Educação. Lisboa
FERREIRA, Paulo da Trindade (2007). Guia do Animador na Formação de Adultos. Coleção Pontos de
Referência. Editorial Presença
FINURAS, P. (2007). Gestão Intercultural: Pessoas e Carreiras na Era da Globalização. Lisboa: Edições
Sílabo
GAGNÉ, M. e DECI, E. (2005). Self-determination theory and work motivation. Journal of Organizational
Behavior. n.º 26. pp. 331-362
HARGIE, Owen (2011). Skilled interpersonal communication: research, theory and practice. 5th edition.
London and New York: Routledge
LIM, D.; HUN, M. e MICHAEL, L. (2006). Influence of trainee characteristics, instructional satisfaction, and
organizational climate on perceived learning and training transfer in Human Re-source Development
Quarterly. vol.17. n.º 1. pp. 85-115
Mão-de-Ferro, A. & Fernandes, U. O Formador e o Grupo. Instituto do Emprego e Formação Profissional
O’CONNOR, Joseph; SEYMOUR, John (2005). Introdução à Programação Neurolinguística: como
entender e influenciar as pessoas. Coleção Psicologia. São Paulo: Editora Summus
Sacadura, Ana. Relação Pedagógica. CNS – Companhia Nacional de Serviços.
SIMÃO, Ana M. Veiga; CAETANO, Ana Paula; FREIRE, Isabel (org.) (2009). Tutoria e Mediação em
Educação. Lisboa: Educa
SIMÃO, Ana M. Veiga e FREIRE, Isabel (2007). A gestão do conflito no processo formativo. Lisboa: IEFP
STUART, R. (2000). Jogos para formadores – desenvolvimento de equipas. Lisboa: Ed. Monitor
KELLER, John M. (2010). Motivational design for learning and performance: the ARCS model approach.
New York: Springer
39
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
MÓDULO 3
Metodologias e estratégias pedagógicas
Objectivos
3.1 Introdução
40
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
3.2 Métodos e técnicas pedagógicas
Método pedagógico:
• O modo consciente de proceder para alcançar um fim definido.
• Como um meio de transmissão de saberes.
• C
omo um elemento autónomo e fundamental na relação de
formação.
41
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
Um método pedagógico define um conjunto coerente de acções do formador
destinadas a fazer desenvolver nas pessoas a capacidade de aprender novas
habilidades, obter novos conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos.
Implica ordenação de meios e direcção a um fim e consiste na aplicação
coordenada de um conjunto de técnicas e procedimentos.
A. Métodos Pedagógicos
Métodos
interrogativos
Métodos
afirmativos Métodos
icos
Pedagóg Métodos
activos
Método Método
Expositivo Demonstrativo
42
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
1. Métodos afirmativos
2. Método interrogativo
43
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
O formando progride ao seu ritmo, orientado pelo
formador, ao encontro de uma resposta. Trata-se de
um método que, em comparação com os métodos
afirmativos, implica mais a actividade, participação e
iniciativa do formando, muito mais do que a do formador.
3. Método ativo
c)
Auto-formação – este método implica ainda um elevado nível de
responsabilidade e de autonomia por parte do formando no sentido
de ser auto-didacta e de querer desenvolver a capacidade de aprender
a aprender.
44
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
Caracteriza-se por, compreendendo em si todos os outros métodos, centrar a
problemática metodológica na participação activa dos formandos.
Tal posição por parte do formador provoca nos formandos uma nova forma de
estar em formação. Nesta situação, eles:
• discutem;
• encaram os assuntos;
• pesquisam soluções;
e os
80 do
qu e vemos
qu
50 do
si
do o qu
%
er
%
90
d o q ue l e m
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Nível de
Retenção da
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Mensagem
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45
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 3
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
B. Técnicas Pedagógicas
• Estimular a participação.
• Criar um clima psicológico favorável.
• Regular a participação.
• Dirigir a actividade do grupo.
• Resolver possíveis conflitos.
• Resumir as conclusões obtidas.
Brainstorming
1 4 Estudos de caso
técnicas
mais
activas
2 utilizad
as em 5 Simulação/
Trabalho em
o de
grupo e em equipa context /dramatização
o e role playing
formaçã
3 6 Ice BrEakers
Jogos pedagógicos (quebra-gelos)
Bibliografia
BÁRBARA, Luís (2009). Métodos e Técnicas Pedagógicas/Andragógicas. Edição FCA
CARMO, H. e FERREIRA, M. (1998). Metodologia da Investigação, Guia para a autoaprendizagem.
Lisboa: Universidade Aberta
LOPES, L. e PEREIRA, M. (2004). Métodos e Técnicas Pedagógicas. Lisboa: Fundação para a
Divulgação das Tecnologias da Informação
46
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
Objectivos
4.1 Introdução
Uma das funções dos objectivos é fornecer orientação sobre o que avaliar,
o que, entre nós, se mostra particularmente importante, pois temos
em geral má vontade excessiva contra a palavra e tudo o que se
relacione com verificação de resultados.
47
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
4.2 Competências e objectivos operacionais
1.
Em primeiro lugar, os objectivos devem ser específicos.
Isto significa que devem não só ser claros, como bem definidos e
identificados. Significa que devemos conhecer o maior número de detalhes
possível sobre o resultado que pretendemos.
48
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
2. Depois devem ser quantificados, ou seja, devem ser mensuráveis.
Deve ser possível perceber de uma forma rigorosa se nos estamos a aproximar
deles ou não. Devem ser traduzíveis o mais possível em números.
Finalidades
As finalidades são indispensáveis para dar unidade ao conjunto das acções que
integram os projectos de formação, porque elas fornecem directrizes sobre um
determinado sistema de formação.
Meta
É o enunciado que define, de uma maneira geral, as intenções que uma instituição
ou uma organização tem com um determinado programa ou acção de formação.
A meta situa-se ao nível dos desempenhos, isto é, do fim de um determinado
programa ou acção de formação, definido através do perfil de saída dos formandos.
Objectivo pedagógico
49
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
Os objectivos pedagógicos podem ser agrupados em dois níveis, que diferem
pelo grau de especificidade do esperado:
1. Objectivos gerais.
1. Objectivos gerais
Descrevem os resultados esperados, e situam-se ao nível das competências a
adquirir pelos formandos no final da formação ou de uma sequência de ensino
aprendizagem.
50
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
No quadro seguinte apresentamos alguns exemplos de verbos operacionais,
em função dos domínios do saber e que podem ser aplicados na definição de
objectivos.
Domínio Exemplos
do saber de verbos
• T
enha presente a função dos objectivos e reveja se são claros para si os
diferentes componentes que devem integrar um objectivo operacional.
• E
vite expressões vagas (como, por exemplo, «principalmente», «de um
modo geral», entre outros).
• D
ê preferência a palavras simples em detrimento das complexas e a
concretas em vez das abstractas.
51
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
• E
screva orações curtas. A compreensão torna-se dificultada quando as
orações têm mais de 20 palavras.
• R
eleia os objectivos que formulou e verifique se se enquadram nas
finalidades e metas da acção de formação.
52
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
Por essa razão, um objectivo é escrito na perspectiva do formando e não do
formador, e exprime-se sempre por um verbo e não por um substantivo.
Objectivo
operacional
53
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
1. Componente comportamento esperado
2. Condições de realização
• A
amplitude do problema a resolver – especificação do grau de
complexidade ou exigência do comportamento a desenvolver.
Exemplo: O formando preparará uma refeição para cem pessoas.
• E
quipamentos ou instrumentos a utilizar – especificação dos meios com
que se efectuará o trabalho.
Exemplo: O formando dactilografará um texto, num processador de texto.
• M
eios ou materiais – especificação dos suportes de trabalho ou auxiliares
eventuais que serão facultados ou recusados.
Exemplo: O formando calculará o volume de um cone, sem consultar
fórmulas.
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MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
• E
xigências ou condições especiais – especificações de circunstâncias
específicas que rodearão a actividade.
Exemplo: O formando soldará uma peça num poste, em situação de
equilíbrio estável.
3. Critérios de sucesso
Compreende:
• Critérios de qualidade.
• Critérios de quantidade.
• Tempo ou rapidez.
• Precisão ou exactidão.
• Percentagens de êxito ou número de respostas certas.
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MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
4.3 O plano de acção ou programa de formação
Programa de formação
programa de formação
População alvo
Perfil, características, necessidades formativas especifica-
das; pré-requisitos necessários; etc.
Duração
Total da acção no tempo; planificação das sessões por dias
da semana e/ou mês; carga horária diária.
Local de realização
Descrição e identificação do local, bem como das condições
necessárias que o mesmo local deva assegurar à partida.
Objectivo geral da acção Definição de objectivo geral.
Conteúdos a desenvolverem
Identificação dos módulos; temas e conteúdos a serem
debatidos.
Objectivos específicos Especificação dos níveis de competências a alcançar.
por cada módulo
Metodologias de formação
Descrição de como as sessões serão dinamizadas e
orientadas, em termos de métodos e técnicas pedagógicas.
Avaliação
Listar os tipos; mecanismos e instrumentos de avaliação
e detalhar a especificidade e finalidade de cada um.
Constituição da equipa
Identificar origem da mesma; áreas de responsabilidade
de formação
envolvidas - coordenador/responsável da formação e
formadores.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
Caso não seja possível anexar tais materiais ao dossiê, pela sua extensão, volume
ou formato, nesse caso deverá ser arquivada uma listagem com o que foi entregue
aos formandos e os locais de consulta ou arquivo disponíveis.
• Actas.
• Certificados.
• Dossiê de custos.
• Financiamentos.
• P
rocesso do formando (ficha de inscrição, documentos legais, curriculum
vitae; documentos de identificação).
• Questionários de motivações.
Folhas de presenças
Folhas de sumários
Cada formador é responsável por elaborar cada sumário sobre as sessões que
dinamiza.
Pauta
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 4
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
Outros documentos
• preparação;
• desenvolvimento;
Bibliografia
ANDERSON, Lorin W. et all. (2001). A Taxonomy for learning, teaching and assessing: a revision of Bloom’s
taxonomy of educational objectives. New York: Longman
CEITIL, M. (2006). Gestão e desenvolvimento de competências. Edições Sílabo
DIAS, José Manuel (2000). Elaboração de Programas de Formação. Coleção Aprender. Lisboa: IEFP
EUROPEAN
FONTES, Carlos (1990). Planeamento da Formação. Revista Formar. nº 1. pp. 37-43
58
Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
Objectivos
•
Seleccionar, conceber e adequar os meios pedagógico-didácticos, em
suporte multimédia, em função da estratégia pedagógica adoptada.
5.1 Introdução
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MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
No actual mundo da formação, com o aumento da acessibilidade a meios
informáticos, as apresentações multimédia ocupam um lugar de relevo. No entanto,
o formador deve começar por conhecer as características e potencialidades
dos recursos didácticos, em particular dos meios audiovisuais, actualmente
considerados «clássicos», dominando-os e explorando-os, tanto a nível
técnico, como pedagógico.
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Formação Pedagógica de Formadores
MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
Porque devemos recorrer a vários equipamentos/recursos de apoio?
• Aumentar o interesse.
• Chamar a atenção.
• D
iminuir o tempo de formação (a mensagem é apreendida de forma mais
rápida).
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MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
• A
umentar a interactividade (os participantes são directamente envolvidos
na acção).
Recursos didácticos
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MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
cometer erros na escolha, por falta de conhecimento das potencialidades dos
diversos recursos didácticos.
• o tema da apresentação;
• o objectivo da apresentação;
• o
público-alvo a que se destina a formação (idade, sexo, formação,
necessidades, formação);
• a dimensão da audiência;
• os recursos disponíveis;
• o
tempo disponível que o formador tem para a preparação dos seus
materiais.
Procurar
• E
scolher os instrumentos em função dos objectivos e não daquilo que está
na moda.
Evitar
• O
rganizar a sessão em função dos instrumentos a utilizar e não do conteúdo
a transmitir.
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RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
5.3 Construção de apresentações multimédia
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RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
ORGANIZAÇÃO DE POWERPOINT – fontes
• E
scolher um tipo de fonte adequado a uma apresentação multimédia
(Serifado – Não Serifado).
• Evitar fontes que pareçam demasiado leves ou pesadas.
• Utilizar no máximo dois tipos de letra (bold, itálico, sublinhado, cor).
• Letras bem legíveis (tamanho).
• Testar a legibilidade (a 2 metros do monitor).
• Evitar utilizar textos só em maiúsculas.
• Utilizar texto alinhado à esquerda.
• Utilizar combinações de claro-escuro (contraste).
• C
uidado ao utilizar fundos texturados. Tem de haver contraste
suficiente para manter a legibilidade.
• Cuidado ao utilizar texto em cima de fotografias.
• Cuidado ao utilizar gradientes como fundo.
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MÓDULO 5
RECURSOS DIDÁCTICOS E MULTIMÉDIA
Bibliografia
CORREIA, V. (1995). Recursos didácticos. Porto: Companhia Nacional de Serviços
FERREIRA, P. (1999), «Exploração pedagógica de meios ao serviço da animação». In: Guia do animador:
animar uma actividade de formação. Lisboa: Multinova, pp. 205-240
ITTNER, P., DOUDS, A. (1997), Developing and using training aids. In:Train-the-trainer: course book.
Massachusetts: HRD Press, pp.7-1-7-14
SUTHERLAND, R. (1999), «Creating presentation messages that motivate and get results». In: Training`99
conference and expo: conference proceddings, Chicago, January 30 and February 4
1999. Chicago: Lakewood, pp. 295-302. Vol 3 (session 526)
VAN KAVELAAR, E, (1998). Conducting training workshops: a crash course for beginners. San Francisco:
Jossey-Bass Pfeiffer
WILSON, J. (1997). Using support materials effectively. In: Applying successful training techniques. Irvine:
Richard Chang Associates, pp. 55-62
66
Urbanização Nova Vida,
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Município de Belas – Luanda
Tel.: 222 722 149
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