Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
FACULDADE DE ENGENHARIA
Declaro que a estudante Gizela Roque Zucula entregou no dia ___ / ___ / 20__ as ___
cópias do relatório do seu Trabalho de Licenciatura com a
referência:_________________
O Chefe da Secretaria
________________________________
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula ii
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Agradecimentos
A Deus em primeiro lugar, por me guiar e abençoar ao longo do caminho percorrido até
então.
Ao Engenheiro Jaime Palalane, orientador desta tese, por todo o apoio, atenção,
paciência, empenho e dedicação dispensada a mim e ao trabalho. Por incentivar e
orientar-me no caminho da investigação, contribuindo assim para o meu
desenvolvimento enquanto estudante e futura profissional de Engenharia Civil.
Aos meus irmãos Rachel Zucula, Deolinda Zucula e Roque Zucula Júnior, vai um
”Khanimabo”, por estarem sempre comigo e guiarem os meus passos.
A todos que directa ou indirectamente contribuíram para que eu chegasse aqui, o meu
muito obrigado.
Resumo
Neste âmbito surge o presente trabalho como uma iniciativa que no contexto local
almeja explorar a aplicação da modelação numérica do escoamento em torno de
pilares de pontes como uma ferramenta com potencial para oferecer melhor resultados
das alterações dos escoamentos em tornos de pilares, comparativamente ao uso de
fórmulas empíricas e semi-empíricas generalizadas. Em linha com este objectivo foi
efectuada uma revisão da bibliográfica para se identificar os parâmetros de maior
relevo que descrevem a alteração das características do escoamento devido à
introdução de pilares, tendo sido identificados a sua forma, o seu tamanho, a sua
disposição e a velocidade de escoamento no canal. A revisão bibliográfica serviu
Gizela Zucula iv
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula v
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Abstract
Bridge piers are obstacles inserted in canals flow, usually rivers or other
waterways. When a body is submerged in a fluid flow, there appear forces of interaction
between them, which cause many phenomena of flow
variation/alteration/modification. Examples of the alteration are the separation of the
boundary layer, resulting in the rise of pressure drag; the amount of energy
transformation, which results in variation of pressure and velocity along the column; an
appearance of mat of vortices downstream, resulting in the development of erosion
cavity around the pillar in moving beds; among others.
The localized changes in flow introduced by pillars have major influence on its stability.
For this reason it is important the correct characterization and quantification of the
different phenomena and parameters (for example, their shape and arrangement) which
characterize the changes induced by pillars in the flow, with influence on its stability.
There are different methods to quantify these phenomena: formulas (empirical / semi-
empirical), physical models (experimental), and numerical models. The reality of the
country gives an indication of the more frequent use of empirical formulas and semi-
empirical, some specific to certain situations or derived for simplified cases of the flow
sections. However, there is always the interest to consider the irregularities of the
sections where the flow occurs and the influence of different provisions of pillars. The
establishment or creation of physical models for these studies in our country is difficult,
mainly due to lack of facilities and means for experimental research.
In this context arises the present work as an initiative that in the local context aims to
explore the application of numerical modeling of flow around bridge pillars as a potential
tool to provide better results of changes in flows on lathes pillars, compared to the use
of generalized empirical formulas and semi-empirical. In line with this objective was
carried out a review of the literature to identify the most relevant parameters describing
the change of flow characteristics due to the introduction of pillars. It have been
identified its shape, its size, its layout and speed flow in the channel. The literature
review also served to identify a numerical model to simulate potential changes in flow
characteristics for different provisions of pillars in a watercourse. Of the different models
stood out the OpenFOAM, which possess the solver IHFOAM to model flow in free
Gizela Zucula vi
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
surface, due to the fact that this is an open free source application with open code
access.
In OpenFOAM there were performed thirty-two simulations which sought to vary the
speed and shapes of the sections, subdivided into eight simulations for each pillar
shape, including circular, square, rectangular and oval. Of the eight simulations for each
shape, four simulations were performed for the initial section (A) and the remaining four
for twice the initial section (2A), due to the four variations of speed for each section,
being U1 = 0:14 m/s, U2 = 0:28 m/s, U3 = 0:56 m/s and U4 = 1.12 m/s.
The oval pillar section provides better performance compared to other sections of pillars
in terms of results obtained. OpenFOAM reveals it can be a potential tool for application
to the academic and research purposes, as its results, for example the variation in drag
force, have compatibility with the theory described.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1.1. Objectivos.......................................................................................................... 3
BIBLIOGRAFIA………………………………………………………………...........…………83
Anexos
d) g ..................................................................................................... IV-24
e) RASProperties................................................................................ IV-25
h) alpha1............................................................................................. IV-30
j) k ..................................................................................................... IV-34
m) U ..................................................................................................... IV-40
n) fvSchemes...................................................................................... IV-42
o) fvSolution........................................................................................ IV-45
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2. (A) PILAR FUSELADO, MAIOR ARRASTO DE FORMA; (B) PILAR NÃO FUSELADO, MENOR
ARRASTO DE FORMA ........................................................................................................... 9
FIGURA 11. INFLUÊNCIA DA ÁREA DO OBJECTO NO ARRASTO DE FORMA: (A) MAIOR ARRASTO, (B)
MENOR ARRASTO, EXTRAÍDO DE VILELA JÚNIOR (2010) ....................................................... 18
CIRCULAR ........................................................................................................................ 49
QUADRANGULAR............................................................................................................... 55
RECTANGULAR ................................................................................................................. 62
FIGURA 46. ANDAMENTO DA SUPERFÍCIE LIVRE PARA VELOCIDADES DIFERENTES - PILAR OVAL 68
FIGURA 47. ANDAMENTO DA SUPERFÍCIE LIVRE PARA VELOCIDADES DIFERENTES - FACE
LISTA DE TABELAS
CIRCULAR ........................................................................................................................ 52
QUADRANGULAR............................................................................................................... 58
RECTANGULAR ................................................................................................................. 64
OVAL ............................................................................................................................... 70
CIRCULAR ........................................................................................................................ 73
A – Área da secção
CD – Coeficiente de arrasto
CL – Coeficiente de sustentação
D – Diâmetro
FD – Força de arrasto
FL – Força de sustentação
g – Força de gravidade
GB – Gigabytes
h – Altura de escoamento
I – Intensidade de turbulência
L – Comprimento do pilar
P – Pressão
R – Raio hidráulico
Re – Número de Reynolds
St – Número de Strouhal
t – Tempo
U – Velocidade de escoamento
̅ - Velocidade média
u’ – Velocidade aparente
Uc – Velocidade crítica
x – espaço
– Viscosidade dinâmica
- Variação
– Viscosidade cinemática
1. INTRODUÇÃO
Gizela Zucula 1
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
É neste contexto que surge o presente trabalho, que lança-se ao desafio de se explorar
o uso de modelos numéricos para a modelação das alterações do escoamento em
torno de pilares, e uma melhor caracterização dos fenómenos de aumento de pressão
e força de arrasto, com grande influência na estabilidade hidráulica das pontes. O
mesmo almeja avaliar as potencialidades do uso de modelos numéricos na avaliação
da variação do campo de velocidades e alturas do escoamento para diferentes secções
Gizela Zucula 2
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
e tamanhos de pilares, de forma a indicar quais tipos de pilares que oferecem maior
estabilidade em escoamentos turbulentos, e identificar os parâmetros de forma que
influenciam na variação da velocidade e pressão em torno do pilar.
1.1. Objectivos
Gizela Zucula 3
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
1.2. Metodologia
Gizela Zucula 4
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 5
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
A água é uma substância cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogénio
e um de oxigénio. Ocorre na natureza em três estados físicos principais: sólido, gasoso
e líquido (caso de estudo). Como toda e qualquer substância, esta apresenta
propriedades e características próprias, algumas das quais descritas a seguir.
É sabido que a pressão é a relação entre determinada força e sua área de distribuição.
Devido à forças de interacção entre as moléculas, um líquido exerce pressão para
todos os lados de um recipiente e em qualquer corpo que for imerso nele. Se a
Gizela Zucula 6
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
(1)
Gizela Zucula 7
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Laminar -
Transição -
Turbulento -
De acordo com Carvalho (2003), citado em Rodrigues (2012), na dinâmica dos fluidos,
os corpos podem ser classificados quanto à sua forma geométrica como: fuselados
(esbeltos) e não-fuselados. Os corpos não fuselados produzem um alto coeficiente de
arrastamento, que sobretudo, se deve ao deslocamento prematuro da camada limite,
acarretando a formação de uma esteira de grande espessura. As formas fuseladas, ao
contrário, retardam o deslocamento da camada limite, minimizando o coeficiente de
arrastamento e, muitas vezes, produzindo um alto valor do coeficiente de sustentação.
Figura 1.Pilares fuselados e não fuselados (primeiros três à esquerda) extraído de Rodrigues (2012)
Gizela Zucula 8
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 2. (a) Pilar fuselado, maior arrasto de forma; (b) Pilar não fuselado, menor arrasto de forma
Gizela Zucula 9
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
A espessura da camada limite não pode ser observada em um escoamento real. Esta
camada é definida arbitrariamente como o conjunto de pontos nos quais a velocidade é
igual a 99% da velocidade da corrente livre, i.e., da velocidade média do escoamento.
Superfície plana
De acordo com a Figura 3, um fluxo laminar horizontal, com velocidade igual a U∞, ao
passar sobre uma superfície sólida plana (linha grossa), é freado pela força de corte
tangencial exercida pela placa sobre o elemento de fluido (devido ao atrito, a
velocidade do fluído em contacto com a placa é nula). Este elemento de fluido para e
passa a exercer uma força de corte tangencial sobre o elemento de fluido mais
próximo, retardando-o. Os elementos de fluido adjacentes vão sucessivamente
retardando-se, com uma intensidade cada vez mais atenuada, até que a alguma
distância da placa, , na direcção normal ao sentido das forças corte deixa de se fazer
sentir. A partir dessa distância, a velocidade do fluido volta a ser U∞.
Superfície Circular
Gizela Zucula 10
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 4.Escoamento em torno de um cilindro estacionário: a) caso ideal, b) caso real com separação do
escoamento
À medida que o tamanho da zona viscosa reduz, dá-se um aumento dos gradientes de
velocidade, pois as velocidades de escoamento poderão ser mais elevadas, e mais
ainda porque a dimensão transversal da zona viscosa (dimensão transversal do canal)
diminui, aumentando as tensões de corte viscosas junto ao cilindro. O atrito do
escoamento é tal que as linhas já não conseguem contornar o corpo, e nessa altura dá-
se a separação do escoamento, na parte posterior do cilindro (Figura 4b).
Gizela Zucula 11
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 5. Aumento de pressão a montante do pilar devido à estagnação do escoamento, extraído de Ramos
(2012)
[ ( ]
(2)
Os aumentos de pressão são mais elevados junto à superfície livre do que junto ao
fundo.
Gizela Zucula 12
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 13
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 7. Separação do escoamento próximo à superfície em escoamento laminar, extraído de Ramos (2012)
Gizela Zucula 14
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 15
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
(3)
Figura 9.Relação entre os números de Reynolds e Strouhal, (Modificado de Sumer e Fredsoe, 1997)
Gizela Zucula 16
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 10.Direção das componentes da força hidrodinâmica actuante no pilar em planta, extraído de Ramos
(2012)
Coeficiente de arrasto
Força de arrasto, FD, é a força que faz resistência ao movimento de um objecto sólido
através de um líquido ou gás. As forças de arrasto dependem da velocidade do
escoamento, da posição do objecto, da forma geométrica e tamanho do objecto, da
temperatura e da viscosidade do fluido. O coeficiente de arrasto é obtido através da
força longitudinal (de arrasto) que age sobre a estrutura quando esta sofre
deslocamento. A força de arrasto surge devido ao efeito combinado da tensão viscosa
ou de corte na parede e da força de pressão.
(4)
Gizela Zucula 17
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
(5)
Figura 11. Influência da área do objecto no arrasto de forma: (a) maior arrasto, (b) menor arrasto, extraído de
Vilela Júnior (2010)
A posição que um corpo assume em relação ao fluxo do fluido faz o arrasto de forma
variar sensivelmente.
Gizela Zucula 18
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 12. Influência da posição do objecto no arrasto de forma, extraído de Vilela Júnior (2010)
O coeficiente de arrasto total depende muito da geometria e é definido pela adição dos
termos do coeficiente de arrasto de pressão e do coeficiente de arrasto de atrito:
(6)
Rodrigues (2012), cita White (2011), afirmando que para escoamentos cujo número de
Reynolds seja maior ou igual a 104, o coeficiente de arrasto para determinadas formas
de peças pode também ser obtido através da relação entre as dimensões da peça,
largura (L) e diâmetro (D), em análise:
L/D 1 2 3 5 10 20 40 ∞
Tabela 2. Valor de CD para diferentes valores da relação Altura/Diâmetro (L/D) de um cilindro curto
Gizela Zucula 19
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 13. Relação entre o coeficiente de arrasto, CD, e o número de Reynolds, Re, para diferentes tipos de
obstáculos, extraído de Rodrigues (2012)
Figura 14.Relação entre o coeficiente de arrasto e o número de Reynolds para diferentes tipos de obstáculo,
extraído de Ramos (2012)
Para o número de Reynolds entre: 10 4 <Re <105, a relação para o cilindro é igual à
apresentada na Tabela 2.
Gizela Zucula 20
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Coeficiente de sustentação
(7)
Figura 15. Relação entre valores de CL médio em função do número de Reynolds, extraído de Ramos (2012)
Gizela Zucula 21
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
De acordo com Anderson (1995), o início da pesquisa na área de CFD teve origem a
meio do século XX (década de 50). As investigações iniciais foram na área da
Aeronáutica, pois existia uma necessidade de responder a problemas de grande
complexidade, em que caso não fosse possível o auxílio de programas informáticos, a
sua resolução seria impossível. Esta ferramenta permite ainda o estudo de um grande
número de variáveis que traduzem os fenómenos que se querem investigar.
Segundo Gonçalves (2007) e Ramos (2012), uma simulação CFD deve ter em conta as
seguintes propriedades:
Consistência: A precisão da solução deve ser tanto maior quanto menor for a
dimensão dos elementos da malha, isto é, devem tender a zero, de
forma a que a função algébrica tenha valor próximo ao da equação diferencial. O
valor da diferença entre a equação discretizada e o valor real chama-se erro de
truncatura.
Gizela Zucula 22
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Os modelos numéricos dos sistemas físicos são precisos devido aos esquemas
matemáticos bastante avançados.
Gizela Zucula 23
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gravidade e electromagnetismo;
( (8)
Gizela Zucula 24
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
(9)
( ( ) ( ̅̅̅̅̅̅̅̅̅) (10)
Gizela Zucula 25
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Uma abordagem mais detalhada sobre os diferentes modelos de turbulência pode ser
encontrada em Simões (2012) e Ramos (2012). Baseado na leitura de ambas
literaturas, os parágrafos seguintes expõem pequena descrição sobre o tema.
Gizela Zucula 26
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 27
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
A aplicação destes modelos deve ser feita para que seja possível representar os
fenómenos físicos de acordo com a realidade do problema em causa.
√̅̅̅̅
(11)
̅
Gizela Zucula 28
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
⁄
(12)
√ ( ) √ (13)
( (14)
(15)
Gizela Zucula 29
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
(16)
(17)
Assim, ⁄ (18)
Gizela Zucula 30
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
De acordo com Blasek (2001) citado por Rodrigues (2012), devido a complexidade
deste processo, após a escolha do método de resolução numérica (introduzido no
ponto anterior), é necessário escolher o método de discretização espacial apropriado
para o corpo em estudo, ou seja, a ferramenta que permite aproximar as equações
governativas por um sistema de equações algébricas para as variáveis do problema
que serão obtidas em localizações discretas no tempo e no espaço. Dos vários
métodos de discretização existentes, os mais comuns são:
O modelo usado nas simulações apresentadas posteriormente faz uso do método dos
volumes finitos, sendo este, por esse motivo descrito a seguir.
Gizela Zucula 31
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Uma característica especial deste método reside no facto de este conservar o fluxo
numérico de uma célula para outra célula vizinha, aplicando o Teorema de Gauss,
tornando-o num método bastante importante para a modelação de problemas onde o
fluxo assume particular relevância (Rodrigues, 2012).
Um método comum para capturar a interface água-ar é o método dos volumes fluidos
(VOF – Volume Of Fluid, designação inglesa), proposto por Hirt e Nicholls (1981). É um
método Euleriano baseado na fracção de volume alpha de uma fase, são utilizadas
funções arcadoras para a reconstrução da superfície livre, que assumem valores de 0 e
1, dependendo da quantidade de fluido em cada célula. A cada passo no tempo, a
superfície livre é reconstruída a partir das funções marcadoras.
3.5. Malhas
Segundo Gonçalves (2007), uma malha computacional não é mais do que uma
representação do domínio físico através de pontos e linhas, com o objectivo de dividir o
domínio em estudo em elementos de dimensão muito mais reduzida. Nos escoamentos
Gizela Zucula 32
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Uma malha não-ortogonal estruturada é caracterizada por cada volume interno ter o
mesmo número de vizinhos e existir uma sequência natural dos mesmos. (Ramos,
2012) Os elementos são dispostos em famílias de linhas, em que membros de uma
determinada família não de cruzam uns com os outros e atravessam cada membro de
outras famílias apenas uma vez. É possível refinar a malha internamente por blocos.
Neste caso toda a malha ocupa a zona ocupada pelo fluido e as superfícies do cilindro
podem ser representadas com precisão.
Gizela Zucula 33
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 34
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
4. PROCEDIMENTO NUMÉRICO
Gizela Zucula 35
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 36
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
A definição de um caso a ser simulado no OpenFoam é feito pela indicação dos dados
da simulação nos ficheiros existentes numa estrutura de pastas específica com três
componentes principais: características do sistema (system), características do meio
(constant) e condições iniciais da simulação (“0“). Em cada componente de forma
devidamente distribuída, existem arquivos que controlam a geração de malhas, os
esquemas de resolução das equações, controle de tempo de simulação, definição de
parâmetros, etc.
Gizela Zucula 37
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
1. Criação da geometria;
2. Geração da malha;
Gizela Zucula 38
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Domínio de cálculo
Gizela Zucula 39
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 20. Domínio de cálculo considerado para a simulação do escoamento em torno de um pilar
Condições de fronteira
Para o pilar cilíndrico aplicou-se a condição que estabelece que todas as componentes
de velocidades na sua superfície são nulas. Nas superfícies laterais do domínio,
considerou-se que o gradiente de velocidade não irá variar, mantendo-se constante.
Gizela Zucula 40
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura19.b Vista 3D da malha empregue como destaque para o refinamento da malha no pilar
Gizela Zucula 41
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Propriedades do fluido
Tempo de concretização
Gizela Zucula 42
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Não existindo uma interface gráfica para o efeito, as instruções para a execução e
leitura dos resultados são dadas a partir da linha de comandos (consola) do Linux. Para
correr a presente simulação foi utilizado a distribuição Linux Ubuntu na sua versão
12.04. Neste sistema operativo foi instalada a versão 2.1.1 do OpenFOAM, e a versão
2.0 do solver IHFOAM. Os comandos executados na consola constam do Anexo III do
presente trabalho.
Nas simulações realizadas, vários parâmetros constituintes de cada uma são comuns a
todas. Desta forma, nesta secção irá se apresentar as características de todas as
simulações realizadas de forma generalizada.
Foram realizadas no total trinta e duas simulações divididas em duas séries. A primeira
série de simulações foi realizada para a área de secção transversal, A, igual à 50.2 cm2
e a segunda série de simulações para pilares com área da secção transversal igual ao
dobro da secção da primeira série, 2A, com o valor de 100.5 cm2.
Gizela Zucula 43
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
A determinação dos valores de velocidade acima apresentados foi feita com base na
assunção da existência de um leito móvel no canal, e assim uma velocidade crítica a
partir da qual o fenómeno de transporte de sedimentos se inicia. As características do
sedimento consideradas são: diâmetro médio das partículas, D50 = 0.86mm; peso
específico do sedimento, = 26 KN/m2; peso específico da água, = 9.81 KN/m2.
Recorrendo-se a Equação 23, determinou-se a velocidade crítica do escoamento, com
o valor de 0.28 m/s.
( )
(19)
Com a realização destas simulações pretende-se estudar de secção para secção, para
os diferentes incrementos de velocidade no canal, e ainda com foco no aumento do
tamanho da secção transversal: a variação do perfil de velocidades em torno do pilar; a
variação e magnitude da força de arrasto; e a variação do perfil do andamento da
superfície livre.
Gizela Zucula 44
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 45
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 46
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 22.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial para um pilar
circular
Umax (m/s)
U (m/s) A 2A Dif. (%)
0.14 1.72 1.88 8.48
0.28 1.86 2.07 10.09
0.56 2.17 2.35 7.61
1.12 2.96 2.98 0.50
Tabela 5.Velocidades máximas - secção circular
Gizela Zucula 47
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
1.5
Velocidade (m/s)
0.5
-0.5
20 30 40 50 60 70 80 90 100
X (cm)
U=0.14 m/s U=0.28 m/s U=0.56 m/s U=1.12 m/s
Figura 23.Perfil de velocidades no eixo central longitudinal do canal para os diferentes valores de velocidade
inicial para o pilar circular
Gizela Zucula 48
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
2.5
Velocidade (m/s)
1.5
0.5
0
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 U = 0.28 U = 0.56 U = 1.12
Figura 24.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial na face lateral do
pilar circular
0.989
% Altura
0.969
0.949
0.929
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Pode-se ter melhor visualização do descrito acima e em linha contínua se, se observar
o gráfico da Figura 26 que representa o andamento da superfície livre lido na face
Gizela Zucula 49
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
0.86
% Altura
0.76
0.66
0.56
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Figura 26.Andamento da superfície livre para diferentes valores de velocidade inicial - face lateral - pilar
circular
5.1.3. Pressão
Gizela Zucula 50
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
54600
Pressão (N/m2)
54200
54400 54000
54200 53800
53600
54000
53400
53800
53200
53600 53000
28 33 38 43 48 53 58 63 68 28 33 38 43 48 53 58 63 68
Series1 Series2 Series1 Series2
Series3 Series4 Series3 Series4
Series5 Series6 Series5 Series6
X (cm) X (cm)
Legenda: Series1: Z = 0.1 cm; Series2: Z = 1 cm; Series3: Z = 2 cm; Series4: Z = 3 cm; Series5: Z = 4 cm;
Series6: Z = 5 cm.
Pressão (N/m2)
53000 47000
52000 44000
51000 41000
38000
50000
35000
49000
32000
48000
28 38 48 58 68 29000
28 38 48 58 68
X (cm)
X (cm)
Series1 Series2 Series3 Series4 Series1 Series2 Series3 Series4
Legenda: Series1: U = 0.14 m/s; Series2: U = 0.28 m/s; Series3: U = 0.56 m/s; Series4: U = 1.12 m/s.
Gizela Zucula 51
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
U (m/s)
Parâmetro 0.14 0.28 0.56 1.12
A Força de 0.221 0.22 0.217 0.211
2A arrasto (KN) 0.312 0.311 0.308 0.3
A Coeficiente 5.634 1.401 0.346 0.084
2A de arrasto (-) 5.623 1.4 0.347 0.085
Tabela 6. Força e coeficiente de arrasto para as diferentes simulações - pilar circular
5.2.1. Velocidade
Gizela Zucula 52
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 29.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial – pilar quadrangular
Umax (m/s)
U (m/s) A 2A Dif. (%)
0.14 1.77 2.217 20.1624
0.28 1.92 2.381 19.3616
0.56 2.229 3.073 27.465
1.12 2.847 3.041 6.37948
Tabela 7. Velocidades máximas - secção quadrangular
Gizela Zucula 53
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
0.8
0.5
0.2
-0.1
-0.4
-0.7
-1
20 30 40 50 60 70 80 90 100
X (cm)
U=0.14 m/s U=0.28 m/s U=0.56 m/s U=1.12 m/s
Figura 30. Perfil de velocidades no eixo central longitudinal do canal para os diferentes valores de
velocidade inicial - pilar quadrangular
Na face lateral do pilar pode-se notar uma diferença nas regiões de perturbação. A
energia de pressão é consumida na face de montante, as partículas de água perdem
energia para descrever a trajectória inicial, ou seja, a energia de pressão converte-se
em energia cinética, resultando na formação de camadas de corte na face lateral e
consequente separação da camada limite. Por conseguinte, as partículas desaceleram
junto a face lateral e de jusante, como pode-se notar na Figura 31.
Gizela Zucula 54
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
1.3
Velocidade (m/s)
0.8
0.3
-0.2
-0.7
20 30 40 50 60 70 80 90 100
X (cm)
U=0.14 m/s U=0.28 m/s U=0.56 m/s U=1.12 m/s
Figura 31. Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial - face lateral do
pilar quadrangular
0.97
0.93
% Altura
0.89
0.85
0.81
0.77
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Figura 32. Andamento da superfície livre para velocidades diferentes - pilar quadrangular
Gizela Zucula 55
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Pode-se ter melhor visão do descrito acima e em linha contínua se, se observar o
gráfico da Figura 33, que representa o andamento da superfície livre lido na face lateral
do pilar.
0.9
% Altura
0.8
0.7
0.6
0.5
0 20 40 60 80 100 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Figura 33.Andamento da superfície livre para velocidades diferentes - face lateral - pilar quadrangular
5.2.3. Pressão
Gizela Zucula 56
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
55000
54500
Pressão (kN/m2)
54500
Pressão (KN/m2)
54000
54000
53500
53500
53000
53000
52500 52500
28 38 48 58 68 28 38 48 58 68
X (cm) X (cm)
Series1 Series2 Series3 Series1 Series2 Series3
Series4 Series5 Series6 Series4 Series5 Series6
Figura 34.Valores de pressão para diferentes níveis de profundidade do escoamento - pilar quadrangular.
Legenda: Series1: Z = 0.1 cm; Series2: Z = 1 cm; Series3: Z = 2 cm; Series4: Z = 3 cm; Series5: Z = 4 cm;
Series6: Z = 5 cm.
Gizela Zucula 57
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Pressão (KN/m2)
Pressão (KN/m2)
51000 43000
49000 40000
47000 37000
45000 34000
43000 31000
41000 28000
39000 25000
28 38 48 58 68 28 38 48 58 68
X (cm) X (cm)
Series1 Series2 Series3 Series4 Series1 Series2 Series3 Series4
Legenda: Series1: U = 0.14 m/s; Series2: U = 0.28 m/s; Series3: U = 0.56 m/s; Series4: U = 1.12 m/s;
U (m/s)
Parâmetro 0.14 0.28 0.56 1.12
A Força de 0.196 0.195 0.193 0.187
2A arrasto (KN) 0.277 0.276 0.269 0.267
A Coeficiente 5.635 1.400 0.346 0.084
2A de arrasto (-) 5.642 1.405 0.342 0.085
Tabela 8.Força e coeficiente de arrasto para as diferentes simulações - pilar quadrangular
Gizela Zucula 58
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
5.3.1. Velocidade
Figura 36.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial – pilar rectangular
Gizela Zucula 59
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Umax (m/s)
U (m/s) A 2A Dif. (%)
0.14 1.682 2.005 16.10973
0.28 1.884 2.203 14.48025
0.56 2.196 2.536 13.40694
1.12 2.957 3.472 14.83295
Tabela 9. Velocidades máximas - secção rectangular
1.4
Velocidade (m/s)
0.9
0.4
-0.1
-0.6
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 U = 0.28 U = 0.56 U = 1.12
Figura 37.Perfil de velocidades no eixo central longitudinal do canal para os diferentes valores de velocidade
inicial - pilar rectangular
Gizela Zucula 60
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Na face lateral (ver Figura 38) nota-se a subida de velocidade nas arestas de montante
do pilar, com desaceleração das partículas na face lateral. Existe uma descida notável
do valor da velocidade no ponto de abcissa 45.6 logo após o pico devido às
transformações de energia e a separação da camada limite.
1.5
Velocidade (m/s)
1.1
0.7
0.3
-0.1
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 U = 0.28 U = 0.56 U = 1.12
Figura 38.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial - face lateral do
pilar rectangular
Gizela Zucula 61
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
0.97
0.94
% Altura
0.91
0.88
0.85
0.82
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Pode-se ter melhor visualização do descrito acima e em linha contínua se, se observar
o gráfico da Figura 40 que representa o andamento da superfície livre lido na face
lateral do pilar.
0.92
% Altura
0.82
0.72
0.62
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Figura 40. Andamento da superfície livre para velocidades diferentes - face lateral - pilar rectangular
5.3.3. Pressão
Gizela Zucula 62
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
54400 54150
Pressão (KN/m2)
54200
53950
54000
53750
53800
53550
53600
53350
53400
53200 53150
53000 52950
28 38 48 58 68 28 38 48 58 68
X (cm) X (cm)
Series1 Series2 Series3 Series1 Series2 Series3
Series4 Series5 Series6 Series4 Series5 Series6
Legenda: Series1: Z = 0.1 cm; Series2: Z = 1 cm; Series3: Z = 2 cm; Series4: Z = 3 cm; Series5: Z = 4 cm;
Series6: Z = 5 cm.
Gizela Zucula 63
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Pressão (KN/m2)
Pressão (KN/m2)
50000 47000
44000
47000 41000
38000
44000
35000
41000 32000
28 38 48 58 68 28 38 48 58 68
X (cm) X (cm)
Series1 Series2 Series1 Series2 Series3 Series4
Legenda: Series1: U = 0.14 m/s; Series2: U = 0.28 m/s; Series3: U = 0.56 m/s; Series4: U = 1.12 m/s;
U (m/s)
Parâmetro 0.14 0.28 0.56 1.12
A Força de 0.138 0.137 0.136 0.132
2A arrasto (KN) 0.198 0.197 0.195 0.190
A Coeficiente 5.611 1.394 0.346 0.084
2A de arrasto (-) 5.631 1.400 0.347 0.084
Tabela 10. Força e coeficiente de arrasto para as diferentes simulações - pilar rectangular
Gizela Zucula 64
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Neste subcapítulo são apresentados os resultados obtidos para o pilar de secção oval.
É feita a avaliação da alteração do campo de velocidades, pressões, e do andamento
da superfície livre, resultantes da variação de velocidades iniciais do escoamento e da
área da secção transversal do pilar.
5.4.1. Velocidade
Figura 43.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial – pilar oval
Gizela Zucula 65
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
1.5
1
0.5
0
-0.5
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
Figura 44.Perfil de velocidades no eixo central longitudinal do canal para os diferentes valores de velocidade
inicial - pilar oval
Na face lateral (Figura 45), nota-se a subida de velocidade junto da região de montante
do pilar. Existe uma descida notável no ponto de abcissa 48 logo após o pico devido a
separação da camada limite.
Gizela Zucula 66
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
1.5
Velocidade (m/s)
0.5
0
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 U = 0.28 U = 0.56 U = 1.12
Figura 45.Variação no campo de velocidade para diferentes valores de velocidade inicial - face lateral do
pilar oval
Umax (m/s)
U (m/s) A 2A Dif. (%)
0.14 1.461 1.557 6.166
0.28 1.593 1.677 5.009
0.56 1.868 1.988 6.036
1.12 2.495 2.536 1.617
Tabela 11. Velocidades máximas - secção oval
Gizela Zucula 67
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
0.95
0.9
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Figura 46. Andamento da superfície livre para velocidades diferentes - pilar oval
Pode-se ter melhor visualização do descrito acima e em linha contínua se, se observar
o gráfico da Figura 47 que representa o andamento da superfície livre lido na face
lateral do pilar.
0.96
% Altura
0.86
0.76
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
X (cm)
U = 0.14 m/s U = 0.28 m/s U = 0.56 m/s U = 1.12 m/s
Figura 47. Andamento da superfície livre para velocidades diferentes - face lateral - pilar oval
5.4.3. Pressão
Gizela Zucula 68
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Pressão (KN/m2)
54500 54300
54300 54200
54100
54100
54000
53900 53900
53700 53800
53500 53700
28 38 48 58 68 28 38 48 58 68
X (cm) X (cm)
Series1 Series2 Series3 Series1 Series2 Series3
Legenda: Series1: Z = 0.1 cm; Series2: Z = 1 cm; Series3: Z = 2 cm; Series4: Z = 3 cm; Series5: Z = 4 cm;
Series6: Z = 5 cm.
Gizela Zucula 69
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
51000
Pressão (KN/m2)
53000
52000 49000
51000 47000
50000 45000
49000 43000
48000 41000
47000 39000
28 38 48 58 68 28 38 48 58 68
X (cm) X (cm)
Series1 Series2 Series3 Series4 Series1 Series2 Series3 Series4
Legenda: Series1: U = 0.14 m/s; Series2: U = 0.28 m/s; Series3: U = 0.56 m/s; Series4: U = 1.12 m/s;
U (m/s)
Parâmetro 0.14 0.28 0.56 1.13
A Força de 0.138 0.137 0.136 0.132
2A arrasto (KN) 0.193 0.192 0.191 0.187
A Coeficiente 5.631 1.400 0.346 0.084
2A de arrasto (-) 5.635 1.401 0.347 0.085
Tabela 12.Força e coeficiente de arrasto para as diferentes simulações - pilar oval
Gizela Zucula 70
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
No presente capítulo apresenta-se uma breve análise dos resultados obtidos das
simulações das diferentes secções de pilares, começando por se apresentar os
critérios da validação do modelo que vem afirmar a fiabilidade dos resultados obtidos.
Em seguida apresenta-se uma inter-comparação dos resultados, acompanhada de uma
verificação teórica do seu comportamento. É avaliada também a possibilidade de
exploração mais aprofundada da ferramenta de modelação numérica no contexto local.
Gizela Zucula 71
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
numérico (malha) foi gerado com base em malhas geradas em outros trabalhos,
como referido no capítulo 4.
Não se tendo resultados lidos de modelos físicos, optou-se pela validação por meio da
análise de sensibilidade/tendência dos resultados, através da comparação entre a
tendência da simulação e a teoria. A análise de sensibilidade/tendência do modelo não
dá a certeza de sua aplicabilidade em representação de escalas reais, mas indica uma
linha positiva de possibilidade e potencial de uso deste como uma ferramenta de
investigação e ensino.
Gizela Zucula 72
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Figura 50.Variação no campo de velocidade para as diferentes secções de pilar e Uo = 1.12 m/s
Com o aumento da velocidade verificou-se que a força de arrasto diminui. Este facto é
ilustrado pela Tabela 13. Esta tendência está em linha com o descrito na teoria
afirmando-se que um aumento de velocidade provoca uma diminuição da pressão por
transferência da energia de pressão para a energia cinética, relatado em Pinho
(2002,cap.10);
Uinicial A 2A
U1 = 0.14 m/s 0.221 0.312
Gizela Zucula 73
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Maiores variações são observadas quando a velocidade inicial passa de 0.56 m/s para
1.12 m/s, que podem ser explicadas pelo grau de turbulência superior, de uma em
relação a outra, tornando o gradiente de velocidade muito maior que o gradiente de
pressão.
As maiores variações dos valores de velocidade máxima são observados para o pilar
de secção quadrada, enquanto que, o pilar de secção oval apresenta menor variação.
Figura 51. Variação da velocidade máxima, com o aumento da secção transversal do pilar – secção quadrada
Gizela Zucula 74
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Umáx. (m/s)
Uinicial A 2A
Gizela Zucula 75
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Umáx (m/s)
Circular Quadrada Rectangular Oval
Uinicial A 2A A 2A A 2A A 2A
U1 = 0.14 m/s 1.72 1.88 1.77 2.22 1.68 2.01 1.46 1.56
U2 = 0.28 m/s 1.86 2.07 1.92 2.38 1.88 2.2 1.59 1.68
U3 = 0.56 m/s 2.17 2.35 2.23 3.07 2.2 2.54 1.87 1.99
U4 = 1.12 m/s 2.96 2.98 2.85 3.04 2.96 3.47 2.49 2.54
Tabela 15.Velocidades máximas para simulações de diferentes secções e velocidades iniciais
Gizela Zucula 76
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Não estando o solver a total disposição para exploração, alguns pesquisadores, optam
por estudar os fenómenos de alteração do escoamento em torno do pilar para o cenário
de antes da ocorrência da erosão e para o cenário pós erosão, comparando
posteriormente os valores de coeficiente de arrasto obtidos em cada cenário. Para essa
análise é necessário que se parta da utilização de um modelo físico, onde após
determinado tempo aumenta-se a escala de turbulência e o fundo é erodido, modela-se
o cenário pós erosão para a malha com a cavidade de erosão igual a formada no
modelo físico e em seguida efectua-se a modelação numérica.
No método acima, o modelo não determina a altura da fossa de erosão mas, permite
medir o grau de estabilidade do pilar antes da erosão e após a ocorrência da erosão.
Gizela Zucula 77
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
[ ] (19)
⁄
O uso de modelos numéricos em escala industrial muitas vezes exige grandes recursos
computacionais, de tempo e humanos. Para escoamentos turbulentos este apresenta
Gizela Zucula 78
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Gizela Zucula 79
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.1. Conclusão
Gizela Zucula 80
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Foi ainda possível observar que, a separação da camada limite é maior para corpos
rombudos (secção circular e quadrada), enquanto que, em corpos esbeltos (secção
oval) as partículas do escoamento descrevem melhor o objecto e a separação do
escoamento é reduzida. A força de arrasto aumenta com o aumento do tamanho da
secção transversal, e diminui com o aumento da velocidade inicial do escoamento. A
força de arrasto é menor para o pilar de secção oval, o que lhe confere, deste modo,
maior estabilidade hidráulica.
Importa primeiro referir que um dos principais objectivos desta pesquisa era o de
estudar os fenómenos erosivos em torno do pilar. Contudo, porque o estágio de
desenvolvimento dos solvers para modelação do transporte de sedimentos se encontra
na sua fase inicial, tal não foi possível, pois, a documentação e assistência para o uso
de tais solvers é ainda muito limitada. Para que tal seja possível recomenda-se a
Gizela Zucula 81
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Portanto, importa referir que a pesquisa foi limitada aos seguintes pontos:
Sendo assim e tendo em conta ao trabalho desenvolvido até então, propõe-se uma
série de trabalhos a desenvolver, nomeadamente:
Gizela Zucula 82
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
BIBLIOGRAFIA
Referências Bibliográficas
5. Baykal, C., Sumer, B. M., Fuhrman, N. G., Jacobsen, N.G., Fredsoe, J. 2015 -
Numerical investigation of flow and scour around a vertical cylinder,
Phil.Trans.R.Soc.A373: 20140104;
6. BETA - Engenharia, Gestão e Ambiente, Lda. 2011 - Nova ponte de Tete sobre o
rio Zambeze e acessos imediatos, Relatório do Estudo de Impacto Ambiental,
Volume II;
10. http://coral.ufsm.br/aerodesign/Biblioteca/pdf/documentos/escoam.pdf, 15 de
Dezembro de 2015;
Gizela Zucula 83
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
12. Hydraulic Engineering Circular No. 18. 2012 - Evaluating Scour at Bridges, U.S.
Department of Transportation, Federal Highway Administration, Fifht Edition;
13. Mangiavacchi, N., Nonato,L. G., Ferreira, V. G., Estacio, K.C. 2006 - Um método
o
meshless para simulação de escoamento de fluidos em cavidades de moldes, 16
POSMEC, Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia
Mecânica;
17. Roulund, A. 2004 - Numerical and experimental investigation of flow and scour
around a circular pile, Engineering, Cambridge University, United Kingdom:
Cambridge University Press, pp. 351-401;
20. Tseng, M., Yen, C., Song, C. 2000 - International Journal for Numerical Methods in
Fluids;AWQ
Gizela Zucula 84
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Bibliografia Complementar
3. http://fem.unicamp.br/~franklin/EM524/aula_em524_pdf/aula-17.pf, Escoamento
Externo, 20 de Junho de 2016;
5. http://web.ccead.puc-
rio.br/condigital/mvsl/museu%20virtual/curiosidades%20e%20descobertas/Massas
_e_Volumes/pdf_CD/CD_massas_e_volumes_iguais.pdf, 13 de Junho de 2016;
6. http://www.cpaqv.org/biomecanica/mecanicafluidos01.pdf, 21 de Dezembro de
2015;
12. Smith, H., Foster, D. 2005 - Modeling of Flow Around a Cylinder Over a Scoured
Bed, Journal of Waterway, Port, Coastal, and Ocean Engineering;
13. Huang, W., Yang, Q., Xiao, H. 2008 - CFD modeling of scale effects on turbulence
flow and scour around bridge piers, Elsevier, United States, p. 1050-1058;
Gizela Zucula 85
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
18. Pfleger, F., Rapp, C., Manhart, M. 2010 - Experimental investigation on the
sediment movement in the vicinity of a cylindrical bridge pier, Technische
Universitat Munchen, German;
19. Ramos, P., Pêgo, J., Maia, R. 2012 - Modelação Numérica do Escoamento em
torno de um Pilar. 7a Jornada de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente;
20. Rapp, C., Eder, K., Stilla, U. 2011 - 3D determination of the scour evolution around
a bridge pier by photogrammetric means, Germany;
Gizela Zucula 86
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Anexos
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Coeficientes de arrasto para objectos tridimensionais, Re = 10^5 (Cd Baseado na área frontal)
Subdirectório constant
Subdirectório 0
2. File – Open – Select folder – Select file (VTK file da simulação) – Apply
3. Para ver na tela as animações, os gráficos, a malha, variação com o tempo, etc.,
seguem-se as indicações que constam no manual do utilizador do paraview, bem
como nos tutoriais disponíveis para o usuário.
a) blockMeshDict
/*--------------------------------*- C++ -*----------------------------------*\
| ========= | |
| \\ / F ield | OpenFOAM: The Open Source CFD Toolbox |
| \\ / O peration | Version: 1.7.1 |
| \\ / A nd | Web: www.OpenFOAM.com |
| \\/ M anipulation | |
\*---------------------------------------------------------------------------*/
FoamFile
{
version 2.0;
format ascii;
class dictionary;
object blockMeshDict;
}
// * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * //
convertToMeters 1;
minX 0.00;
maxX 120.00;
minY 0.00;
maxY 60.00;
minZ 0.00;
maxZ 10.00;
Nx 120;
Ny 60;
Nz 40;
/*
6 __________ 2
/| /| X
/ /| /
/ / | /
/ Z / |/
/ 5|_ | / _|
/ / |/ /1
/ |/ /
7 /__________/ /
| 3| /
| | /
| | /
| |/
Y_ _ _ |/__________|/
4 0
*/
vertices
(
($minX $minY $minZ)
($maxX $minY $minZ)
($maxX $minY $maxZ)
($minX $minY $maxZ)
($minX $maxY $minZ)
($maxX $maxY $minZ)
($maxX $maxY $maxZ)
($minX $maxY $maxZ)
);
blocks
(
hex (0 1 5 4 3 2 6 7) ($Nx $Ny $Nz) simpleGrading (1 1 1)
);
edges
(
);
Gizela Zucula A IV-8
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
boundary
(
inlet
{
type patch;
faces
(
(0 4 7 3)
);
}
outlet
{
type patch;
faces
(
(1 5 6 2)
);
}
sideFront
{
type patch;
faces
(
(0 3 2 1)
);
}
sideBack
{
type patch;
faces
(
(4 5 6 7)
);
Gizela Zucula A IV-9
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
}
bottom
{
type wall;
faces
(
(0 1 5 4)
);
}
atmosphere
{
type patch;
faces
(
(3 2 6 7)
);
}
);
mergePatchPairs
(
);
// ************************************************************************* //
b) SnappyHexMeshDict
{
version 2.0;
format ascii;
class dictionary;
object autoHexMeshDict;
}
// * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * //
// Refinement parameters
// ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
// The surface refinement loop might spend lots of iterations refining just a
Gizela Zucula A IV-12
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
// few cells. This setting will cause refinement to stop if <= minimumRefine
// are selected for refinement. Note: it will at least do one iteration
// (unless the number of cells to refine is 0)
minRefinementCells 0;
// Specifies two levels for every surface. The first is the minimum level,
// every cell intersecting a surface gets refined up to the minimum level.
// The second level is the maximum level. Cells that 'see' multiple
// intersections where the intersections make an
// angle > resolveFeatureAngle get refined up to the maximum level.
refinementSurfaces
{
Gizela Zucula A IV-13
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
Pier
{
// Surface-wise min and max refinement level
level (1 1);
}
}
resolveFeatureAngle 30;
// Region-wise refinement
// ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
refinementRegions
{
// Pier
// { // refinement level 2 within 2.0 m
// mode distance; // refinement level 3 within 1.0 m
// levels ((8.0 1)); //(2.0 2)); // (1.0 3)); // levels must be ordered nearest first
// }
// refinementBox
// {
// mode inside; // refinement level 3 within 2.0 m
// levels ((1 1));
Gizela Zucula A IV-14
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
// }
}
// Mesh selection
// ~~~~~~~~~~~~~~
// Feature snapping
// If points get not extruded do nGrow layers of connected faces that are
// also not grown. This helps convergence of the layer addition process
// close to features.
nGrow 0;
// Advanced settings
// Overall max number of layer addition iterations. The mesher will exit
// if it reaches this number of iterations; possibly with an illegal
// mesh.
nLayerIter 50;
//- Max concaveness allowed. Is angle (in degrees) below which concavity
// is allowed. 0 is straight face, <0 would be convex face.
// Set to 180 to disable.
maxConcave 80;
// 1 = regular tet
minTetQuality 1e-9;
//- Minimum face twist. Set to <-1 to disable. dot product of face normal
//- and face centre triangles normal
minTwist 0.05;
//- if >0 : preserve single cells with all points on the surface if the
// resulting volume after snapping (by approximation) is larger than
// minVolCollapseRatio times old volume (i.e. not collapsed to flat cell).
// If <0 : delete always.
//minVolCollapseRatio 0.5;
// Advanced
// Advanced
// ************************************************************************* //
c) setFieldsDict
/*---------------------------------------------------------------------------*\
| ========= | |
| \\ / F ield | OpenFOAM: The Open Source CFD Toolbox |
| \\ / O peration | Version: 1.3 |
| \\ / A nd | Web: http://www.openfoam.org |
| \\/ M anipulation | |
\*---------------------------------------------------------------------------*/
FoamFile
{
version 2.0;
format ascii;
class dictionary;
location "system";
object setFieldsDict;
}
// * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * //
defaultFieldValues
(
volScalarFieldValue alpha1 0
volVectorFieldValue U (0.28 0 0)
);
regions
(
boxToCell
{
box (-1 -100 -1) (200 100 5);
fieldValues
(
volScalarFieldValue alpha1 1
volVectorFieldValue U (0.28 0 0)
Gizela Zucula A IV-22
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
);
faceValues
(
volScalarFaceValue alpha1 1
volVectorFaceValue U (0.28 0 0)
);
}
);
d) g
/*--------------------------------*- C++ -*----------------------------------*\
| ========= | |
| \\ / F ield | OpenFOAM: The Open Source CFD Toolbox |
| \\ / O peration | Version: 1.6 |
| \\ / A nd | Web: www.OpenFOAM.org |
| \\/ M anipulation | |
\*---------------------------------------------------------------------------*/
FoamFile
{
version 2.0;
format ascii;
class uniformDimensionedVectorField;
location "constant";
object g;
}
// * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * //
dimensions [0 1 -2 0 0 0 0];
value ( 0 0 -9.81 );
// ************************************************************************* //
e) RASProperties
RASModel kEpsilon;
turbulence on;
printCoeffs on;
// ************************************************************************* //
f) transportProperties
twoPhase
{
transportModel twoPhase;
phase1 phase1;
phase2 phase2;
}
phase1
{
transportModel Newtonian;
nu nu [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1e-06;
rho rho [ 1 -3 0 0 0 0 0 ] 1000;
CrossPowerLawCoeffs
{
nu0 nu0 [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1e-06;
Gizela Zucula A IV-26
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
BirdCarreauCoeffs
{
nu0 nu0 [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 0.0142515;
nuInf nuInf [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1e-06;
k k [ 0 0 1 0 0 0 0 ] 99.6;
n n [ 0 0 0 0 0 0 0 ] 0.1003;
}
}
phase2
{
transportModel Newtonian;
nu nu [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1.48e-05;
rho rho [ 1 -3 0 0 0 0 0 ] 1;
CrossPowerLawCoeffs
{
nu0 nu0 [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1e-06;
nuInf nuInf [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1e-06;
m m [ 0 0 1 0 0 0 0 ] 1;
n n [ 0 0 0 0 0 0 0 ] 0;
}
BirdCarreauCoeffs
{
nu0 nu0 [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 0.0142515;
nuInf nuInf [ 0 2 -1 0 0 0 0 ] 1e-06;
k k [ 0 0 1 0 0 0 0 ] 99.6;
n n [ 0 0 0 0 0 0 0 ] 0.1003;
}
Gizela Zucula A IV-27
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
// ************************************************************************* //
g) turbulenceProperties
simulationType RASModel;
// ************************************************************************* //
h) alpha1
dimensions [0 0 0 0 0 0 0];
internalField uniform 0;
boundaryField
{
inlet
{
type IH_Waves_InletAlpha;
waveDictName IHWavesDict;
value uniform 0;
}
outlet
{
type inletOutlet;
inletValue uniform 1;
Gizela Zucula A IV-30
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
value uniform 0;
}
"side.*"
{
type zeroGradient;
}
bottom
{
type zeroGradient;
}
pier
{
type zeroGradient;
}
atmosphere
{
type inletOutlet;
inletValue uniform 0;
value uniform 0;
}
}
// ************************************************************************* //
i) epsilon
dimensions [0 2 -3 0 0 0 0];
boundaryField
{
inlet
{
type zeroGradient;
}
outlet
{
type zeroGradient;
}
"side.*"
{
Gizela Zucula A IV-32
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
type zeroGradient;
}
bottom
{
type epsilonWallFunction;
value uniform 0.0001;
}
pier
{
type epsilonWallFunction;
value uniform 0.0001;
}
atmosphere
{
type inletOutlet;
inletValue uniform 0.0001;
value uniform 0.0001;
}
}
// ************************************************************************* //
j) k
dimensions [0 2 -2 0 0 0 0];
boundaryField
{
inlet
{
type zeroGradient;
}
outlet
{
type zeroGradient;
}
"side.*"
Gizela Zucula A IV-34
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
{
type zeroGradient;
}
bottom
{
type kqRWallFunction;
value uniform 0.0001;
}
pier
{
type kqRWallFunction;
value uniform 0.0001;
}
atmosphere
{
type inletOutlet;
inletValue uniform 0.0001;
value uniform 0.0001;
}
}
// ************************************************************************* //
k) nut
dimensions [0 2 -1 0 0 0 0];
internalField uniform 0;
boundaryField
{
inlet
{
type calculated;
value uniform 0;
}
outlet
{
type calculated;
value uniform 0;
Gizela Zucula A IV-36
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
}
atmosphere
{
type calculated;
value uniform 0;
}
"side.*"
{
type zeroGradient;
}
bottom
{
type nutURoughWallFunction;
value uniform 0;
roughnessHeight 2e-3;
roughnessConstant 0.5;
roughnessFactor 1;
}
pier
{
type nutURoughWallFunction;
value uniform 0;
roughnessHeight 2e-3;
roughnessConstant 0.5;
roughnessFactor 1;
}
}
// ************************************************************************* //
l) p_rgh
dimensions [1 -1 -2 0 0 0 0];
internalField uniform 0;
boundaryField
{
inlet
{
type buoyantPressure;
value uniform 0;
}
outlet
{
type buoyantPressure;
value uniform 0;
}
Gizela Zucula A IV-38
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
"side.*"
{
type buoyantPressure;
value uniform 0;
}
bottom
{
type buoyantPressure;
value uniform 0;
}
pier
{
type buoyantPressure;
value uniform 0;
}
atmosphere
{
type totalPressure;
U U;
phi phi;
rho rho;
psi none;
gamma 1;
p0 uniform 0;
value uniform 0;
}
}
// ************************************************************************* //
m) U
dimensions [0 1 -1 0 0 0 0];
boundaryField
{
inlet
{
type IH_Waves_InletVelocity;
waveDictName IHWavesDict;
value uniform (0.28 0 0);
}
outlet
{
type inletOutlet;
Gizela Zucula A IV-40
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
// ************************************************************************* //
n) fvSchemes
ddtSchemes
{
default Euler;
}
divSchemes
{
divSchemes
{
div(rho*phi,U) Gauss linear;
// div(rho*phi,U) Gauss linearUpwindV grad(U);
div(phi,alpha) Gauss vanLeer;
div(phirb,alpha) Gauss interfaceCompression;
div(phi,k) Gauss upwind;
div(phi,epsilon) Gauss upwind;
div(phi,omega) Gauss upwind;
div(phi,R) Gauss upwind;
div(R) Gauss linear;
div(phi,nuTilda) Gauss upwind;
div((nuEff*dev(T(grad(U))))) Gauss linear;
div((rho*phi|interpolate(porosity)),U) Gauss linear;
}
laplacianSchemes
{
default Gauss linear corrected;
}
interpolationSchemes
{
default linear;
}
snGradSchemes
{
default corrected;
}
fluxRequired
{
default no;
p_rgh;
pcorr;
alpha;
}
// ************************************************************************* //
o) fvSolution
solvers
{
pcorr
{
solver PCG;
preconditioner DIC;
tolerance 1e-10;
relTol 0;
}
p_rgh
{
solver PCG;
preconditioner DIC;
tolerance 1e-07;
Gizela Zucula A IV-45
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
relTol 0.05;
}
p_rghFinal
{
solver PCG;
preconditioner DIC;
tolerance 1e-07;
relTol 0;
}
"(U|k|epsilon|omega)"
{
solver PBiCG;
preconditioner DILU;
tolerance 1e-06;
relTol 0;
}
"(U|k|epsilon|omega)Final"
{
solver PBiCG;
preconditioner DILU;
tolerance 1e-08;
relTol 0;
}
}
PIMPLE
{
momentumPredictor no;
nCorrectors 3;
nNonOrthogonalCorrectors 0;
nAlphaCorr 1;
Gizela Zucula A IV-46
Modelação Numérica do Escoamento em torno de Pilares
nAlphaSubCycles 4;
cAlpha 1;
}
// ************************************************************************* //
p) controlDict
/*---------------------------------------------------------------------------*\
| ========= | |
| \\ / F ield | OpenFOAM: The Open Source CFD Toolbox |
| \\ / O peration | Version: 1.3 |
| \\ / A nd | Web: http://www.openfoam.org |
| \\/ M anipulation | |
\*---------------------------------------------------------------------------*/
FoamFile
{
version 2.0;
format ascii;
location "system";
class dictionary;
object controlDict;
}
// * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * //
application interFoam;
startFrom latestTime;
startTime 0;
stopAt endTime;
endTime 30;
deltaT 0.001;
writeControl adjustableRunTime;
writeInterval .5;
purgeWrite 0;
writeFormat binary;
writePrecision 6;
writeCompression uncompressed;
timeFormat general;
timePrecision 6;
runTimeModifiable yes;
adjustTimeStep yes;
maxCo 1;
maxAlphaCo 1;
maxDeltaT 0.1;
// ************************************************************************* //