Você está na página 1de 24

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP

Alimentação em pessoas
semi-dependentes

Classifica-se de pessoas semi-dependentes quando o doente apresenta alguma limitação física que o
impossibilita de efetuar as refeições sozinho, ou tem dificuldades em mastigar e engolir, então além de
supervisionar é necessário apoiar no que o doente precisa como:

❖ Ajudar a cortar os alimentos ou a triturá-los


❖ Auxiliar o doente a alimentar-se
❖ Estimular a hidratação
❖ Dar preferência a pratos coloridos, á temperatura adequada e cheirosos
❖ favorecendo assim a alimentação saudável.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Alimentação em pessoas
dependentes

Classifica-se de pessoa dependente quando este é incapaz de se alimentar sozinho devido a limitações físicas
graves ou mentais, ou usa sonda nasogástrica, sendo assim necessário prestar apoio mais personalizado e ter em
atenção a qualquer facto que ocorra.

Estes doentes podem necessitar de serem alimentados de várias formas como:


❖ Dar alimentos à boca.
❖ Dar alimentação por sonda nasogástrica (chamada de dieta enteral, pode ser feita com quase todo o
tipo de alimentos, no entanto, é importante que os alimentos sejam bem cozinhados, triturados no
liquidificador e, depois, coados para retirar pedaços de fibra que possam acabar entupindo a sonda)

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Alimentação em pessoas
dependentes

❖ Estimular a hidratação
❖ Dar preferência a pratos coloridos, à temperatura adequada e cheirosos, favorecendo
assim a alimentação saudável

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP
Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP
Alimentação em
doentes acamados

Nos doentes acamados a alimentação segue um padrão de normas e cuidados específicos visto estes
estarem debilitados e mesmo com restrições físicas.
Há que ter em conta que o paciente deve de fazer as suas refeições sozinho sempre que possível.

❖ Deve-se colocar a cama em posição semi-fowler


❖ Estimular uma alimentação saudável
❖ Oferecer pequenas quantidades de alimentos e ir ao encontro das preferências
❖ do doente
❖ No caso de existir imobilidade tem de se dar o alimento a boca ou mesmo
❖ alimentá-lo por sonda nasogástrica
❖ Estimular sempre a hidratação
Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP
A higiene é um ramo da medicina que visa a prevenção da doença.
A descoberta de que vários micróbios causam doenças, fez com que a higiene se tornasse fundamental.
A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e das habitações, diminuiu sensivelmente o risco de infeção por
fungos, bactérias e vírus.

A higiene pessoal, cuidado básico para a saúde e bem-estar do ser humano, é uma atividade incorporada na
rotina diária e difere entre culturas e épocas. Entende-se por higiene pessoal a corporal e íntima, a oral e a do
couro cabeludo.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


A higiene pode ser:
Parcial: É aquela que tem em conta os cuidados específicos de cada parte do corpo, frequentemente as regiões com
secreção abundante e maior carência de higiene (cara e boca, mãos, axilas, pés e genitais).
OU
Total: consiste no banho total, completo, desde a higiene ao corpo até ao cortar das unhas e cuidados com o
cabelo.
Na cama OU no chuveiro, consoante as características da pessoa de quem se cuida.
O banho é, normalmente, realizado mais para agradar a quem cuida (senso de responsabilidade) do que para atender a
uma real necessidade ou desejo da pessoa cuidada.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


O banho diário não se baseia tanto em requerimentos clínicos, mas sim em normas culturais. Algumas
delas valorizam o asseio e acreditam que o banho é incompleto se não houver o uso de vários champôs,
sabonetes ou desodorizantes; outras, porém, consideram o banho semanal suficiente, não vendo sentido
em “mascarar” o próprio odor com produtos perfumados.

A frequência do banho depende das necessidades apresentadas pelas pessoas idosas. Em algumas
circunstâncias, pode ser dado apenas, por exemplo, duas vezes por semana. É o caso dos idosos com peles
demasiado secas, dos muito enfraquecidos ou dos que, por problemas de saúde, se cansam facilmente.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Banho no leito

O banho no leito, providencia-se quando a pessoa é totalmente dependente ou quando há uma restrição
do exercício. Se o idoso for semi-dependente e seja necessário o banho no leito, deve providenciar-se o
material e auxilia-lo na higiene.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Etapas dos cuidados de higiene a pessoas dependentes
1.º – Preparar todo o material necessário:
❑ Luvas e aventais descartáveis
❑ Esponja
❑ Sabão líquido neutro
❑ Uma bacia com água tépida (se banho na cama)
❑ Toalhas limpas
❑ Creme hidratante e anti alergénico
❑ Escova ou pente para o cabelo
❑ Escova de dentes e pasta dentífrica ou elixir
❑ Fraldas descartáveis, se necessário
❑ Sacos de plástico para o lixo e para a roupa suja
❑ Roupa limpa para o idoso e/ou para a cama
Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP
❑ Fraldas descartáveis, se necessário
❑ Sacos de plástico para o lixo e para a roupa suja
❑ Roupa limpa para o idoso e/ou para a cama

Se o banho é no chuveiro:

➢ Temperar a água, tendo o cuidado de não queimar a pessoa ou provocar desconforto


➢ Começar sempre pela cabeça, em direção aos pés.
➢ Lavar a cabeça, cara e orelhas do idoso.
➢ Seguem-se o pescoço, braços, axilas, costas, pernas e pés, entre os dedos e, por fim,
partes genitais.
➢ Secar o corpo com toalha macia, sem esfregar.
➢ Aplicar creme hidratante no corpo.
➢ Vestir a pessoa e penteá-la.
➢ Não esquecer a lavagem da boca, usando uma escova de dentes ou compressas
embebidas em elixir ou pedir ao idoso para bochechar.
➢ Verificar sempre se não existem secreções, feridas, caspa ou parasitas.
➢ Cortar as unhas, cuidar dos cabelos e toda a aparência do idoso.
Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP
Se o banho é na cama:

➢ Temperar a água, tendo o cuidado de não queimar a pessoa ou provocar desconforto.


➢ O idoso deve ser lavado com uma esponja embebida em água e sabão, ou com um gel de
banho hipoalergénico.
➢ Iniciar a higiene com a limpeza dos olhos, usando uma compressa com água ou soro
fisiológico para cada olho, limpando sempre de dentro para fora, de uma só vez.
➢ De seguida: lavar a cara, as orelhas e a cabeça. A lavagem desta deve ser feita com
regularidade, devendo, contudo, respeitar a vontade do idoso, sempre que possível.
➢ Lavar os braços e o tronco e seguir para as pernas e os pés, secando o corpo à medida
que lava e tapando-o.
➢ Lavar a região genital.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Se o banho é na cama:
➢ Lavar da frente para trás (do meato urinário para orifício vaginal e posteriormente para
a região anal), prestando atenção à sujidade acumulada entre os lábios, utilizando uma mão
para afastar os lábios e outra para lavar.
➢ Mudar a água da bacia após a higiene dos genitais.
➢ Colocar o idoso de lado e proceder à lavagem das costas e nádegas, secando de seguida.
➢ Colocar a roupa lavada e a fralda, fazendo a cama de um lado.
➢ Virar o idoso para o lado seguinte e terminar de fazer cama e de colocar a fralda.
➢ Terminar de vestir o idoso e deixá-lo confortável.
➢ Não esquecer de pentear o cabelo, colocar creme hidratante no corpo e de
lavar a boca da pessoa.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Para o conforto, o técnico auxiliar de saúde deve:
▪ Providenciar para que as necessidades de eliminação urinária e intestinal dos idosos são satisfeitas
transportando e disponibilizando os equipamentos adequados;
▪ Contribuir para a prevenção de úlceras de pressão, cuidando da pele e assegurando um posicionamento
adequado do Idoso;

Regra básica: Utensílios de higiene exclusivos e únicos do utente


▪ Auxiliar na toma dos medicamentos de acordo com as orientações e o plano de medicação estabelecido para
cada Idoso;
▪ Promover a mobilidade do Idoso e a adoção de posturas corretas, tendo em vista a prevenção do sedentarismo
e do imobilismo;

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


▪ Contribuir para a prevenção de acidentes no domicílio, na instituição e no exterior, sugerindo a adoção de
medidas de segurança e a melhoria da organização dos espaços.
▪ Prestar apoio na alimentação dos Idosos, de acordo com as orientações da equipa técnica
▪ Colaborar na organização e na confeção das refeições, respeitando a qualidade do armazenamento e a higiene
dos alimentos e tendo em conta as restrições dietéticas, as necessidades e as preferências do Idoso e as
orientações da equipa técnica;
▪ Efetuar a distribuição das refeições, condicionando-as e transportando-as, respeitando as regras e os
procedimentos de higiene alimentar;
▪ Acompanhar e auxiliar a toma das refeições sempre que a situação de dependência do Idoso o exija.
▪ Estimular a manutenção do relacionamento com os outros, encorajando-o a participar em atividades da vida
diária e de lazer adequadas à situação do Idoso;

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


▪ Preparar e desenvolver atividades de animação e entretenimento, adequadas à situação do Idoso,
nomeadamente, proporcionando-lhe momentos de leitura, jogos e convívio;
▪ Acompanhar o Idoso nas suas deslocações em situações de vida diária, de lazer e de saúde.
▪ Adequar os cuidados de higiene e conforto às necessidades e características do doente.
▪ Aplicar as técnicas e os procedimentos relativos aos cuidados básicos de saúde do Idoso.
▪ Utilizar os procedimentos e as técnicas de primeiros socorros em situação de acidente.
▪ Aplicar técnicas adequadas à manutenção da mobilidade do Idoso.
▪ Identificar situações de risco de acidente e as medidas de segurança adequadas.
▪ Adequar as refeições às características e necessidades dos Idosos, tendo em conta o equilíbrio alimentar e as
indicações da equipa técnica.
▪ Aplicar os princípios e as regras de higiene alimentar na armazenagem e conservação dos produtos e no serviço
de refeições.
Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP
Os “pequenos sonos” ou sestas são períodos de repouso normais que aumentam à medida que envelhecemos;

É frequente, os idosos queixarem-se de ter o sono muito leve, de acordar muitas vezes durante a noite, ou ainda,
de não dormir o suficiente.
Quando falamos em repouso, lembramo-nos de sono. Efetivamente, essa é a forma fisiológica que praticamos
diariamente, forçados pela natureza, pois, quando a atividade ultrapassa determinado limite, o sono impõe-se e a
pessoa é forçada a repousar.
O repouso imposto pelo sono é o meio natural do organismo refazer as suas forças e reorganizar os sistemas.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


O sono é uma necessidade humana básica, caracterizada como um estado de inconsciência que pode
ser desperta, período de diminuição mental e da atividade física.

O repouso é um estado de alerta durante o qual há um esforço consciente para reduzir a atividade e a
estimulação mental. Descanso ou relaxamento.

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


Funções do sono e repouso:
❖ Redução da fadiga
❖ Relaxamento dos sentidos
❖ Relaxamento dos músculos
❖ Estabilização dos humores
❖ Melhora do fluxo sanguíneo para o cérebro
❖ Manutenção dos mecanismos detetores de doença do sistema imunológico
❖ Promoção do crescimento e do reparo das células
❖ Melhora na capacidade de aprendizagem e armazenamento na memória

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


❑ Toda a pessoa tem direito ao melhor controlo da dor;
❑ A dor é uma experiência subjetiva, multidimensional, única e dinâmica;
❑ A dor pode existir mesmo na ausência de causas identificadas;
❑ A perceção e a expressão da dor variam na mesma pessoa e de pessoa para pessoa, de acordo com as
características individuais, a história de vida, o processo de saúde/ doença e o contexto onde se
encontra inserida;
❑ A competência para avaliação e controlo da dor exige formação contínua
❑ A avaliação da dor pressupõe a utilização de instrumentos de avaliação;

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


❑ O controlo da dor requer uma abordagem multidisciplinar coordenada;
❑ Os cuidadores principais e a família são parceiros ativos no controlo da dor;
❑ A tomada de decisão sobre o controlo da dor requer a colaboração da pessoa, dos cuidadores e da família
❑ A dor não controlada tem consequências imediatas e a longo prazo pelo que deve ser prevenida;
❑ Os enfermeiros têm o dever ético e legal de advogar uma mudança do plano de tratamento quando o alívio
da dor é inadequado.

A avaliação é fundamental para o controlo da


dor. Recomenda-se reconhecer que a pessoa é
o melhor avaliador da sua própria dor;

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP


❑ Acreditar sempre na pessoa que sente dor;
❑ Privilegiar o autorrelato como fonte de informação da presença de dor na pessoa com capacidades de
comunicação e com funções cognitivas mantidas.

O envolvimento da pessoa no controlo da dor respeita o princípio ético da autonomia.

Assim, recomenda-se:
❖ Ensinar acerca da dor e das medidas de controlo;
❖ Ensinar acerca dos efeitos colaterais da terapêutica analgésica;
❖ Ensinar sobre os mitos que dificultam o controlo da dor

Cuidados na saúde a populações vulneráveis-IEFP

Você também pode gostar