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Extensão de Nacala-Porto
Introdução ao Direito
Extensão de Nacala-Porto
Introdução ao Direito
Introdução ................................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................... 8
Introdução
1. Introdução ao Direito
Para abordagem deste trabalho, é imperioso trazer o conceito de Direito. Assim, Direito
conforme Cotrim (2009. p. 4), “é o conjunto de regras obrigatórias que disciplinam a
convivência social humana.”
Já para Furriela e Paesani (2010), é o sistema de regras que instituem poderes e deveres, para
que seja possível garantir os direitos pessoais e do grupo, e em consequência disso, essas
regras são coercivamente impostas pelo poder público ou seja, é o conjunto de regras
coercivamente impostas pelo Estado.
O Direito é mais do que o conjunto de regras impostas pelo Estado, pois não se pode
negar a existência de regras informais que se desenvolvem, paralelamente, em cada
grupo social, suprindo suas necessidades características, em resposta às condutas
reiteradamente praticadas. São os costumes que imperam na ordem internacional e
comercial, regendo importantes e vultosos contratos. Quer seja positivado pelas leis
escritas, quer seja costumeiro ou não escrito, o Direito surge para atender às
necessidades do ser humano, dentro de determinada sociedade, o que lhe atribui as
características de uma ciência social a serviço do homem (p. 6).
Direito Público conforme Ribeiro (2017) é:“conjunto de normas e princípios que regem a
actividade do Estado, a relação deste com os particulares, assim como o actuar recíproco dos
cidadãos.”
O direito público está formado por normas que possuem um grande foco social e
organizacional. Nesse ramo do direito existe uma relação vertical entre o Estado e o
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As leis dentro do direito público são imperativas, ou seja, não existe opção de escolha: todos
estamos sujeitos a elas. Queira ou não, precisamos respeitá-las e, se não o fazemos, sofremos
consequências. Não dá pra dizer “não concordo com o que direito penal diz, então ele não
aplica a mim”, porque dessa maneira todos poderíamos cometer crimes impunemente. Se
todos escolhêssemos quais direitos públicos seguir ou não, a vida em sociedade se tornaria um
caos.
Direito Constitucional: Lei maior do Estado que é superior a todas as demais normas.
Conforme Furriela e Paesani (2010), são normas que estruturam a sociedade, ditam modelos
económicos, políticos e sociais, garantem direitos fundamentais de cada indivíduo e são
moldes para a criação de novas leis.
Direito Administrativo: rege as relações entre a administração pública (ou seja, o governo) e
os administrados (os cidadãos). Envolve temas de interesse público e o bem social comum,
como a conservação de bens públicos, os serviços públicos em geral, o poder da polícia, etc.
Direito Penal: serve para disciplinar as condutas dos membros da sociedade que poderiam
colocar em risco a harmonia e bem-estar de todos. Essas normas se enfocam em proteger
princípios como a vida, a liberdade, a intimidade, a propriedade, e define o que são
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considerados crimes (condutas mais graves) e contravenções (menos graves). Além disso,
também estabelecem como o Estado deveria combater e punir tais actos.
Direito Financeiro: define como o Estado deveria aplicar, administrar e gerenciar os recursos
que recebem por meio da tributação para empregá-los na sociedade.
Estes exemplos são parte dos direitos públicos internos que nos ajudam a organizar a vida em
sociedade dentro do país. Também existem os direitos públicos externos, que tratam das
relações entre diferentes nações. Nesse caso, as normas que organizam as interacções entre
Estados soberanos provém do Direito Internacional Público, que são convenções e tratados
que os chefes de estado assinam em organizações internacionais.
Direito Privado, conforme Ribeiro (2017) “é formado por normas que tem por matéria as
relações existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou
extra patrimoniais. As normas de direito privado encontram-se no direito civil e no direito
comercial”.
Ela ajuda a organizar as relações e interesses entre partes em suas vidas privadas. Nesse caso,
ambas as partes envolvidas estão em condições de igualdade, uma não é superior à
outra. Essas partes podem ser indivíduos ou até mesmo de um lado pode estar uma pessoa e
do outro o Estado. Porém, mesmo se o Estado estiver envolvido, não está em uma posição de
superioridade. No direito privado existe certa liberdade para personalizar a aplicação do
direito porque se tratam de normas dispositivas (e não obrigatórias), (Folter, 2020).
O autor, defende ainda que: “mesmo no direito privado não existe uma liberdade total, porque
na sociedade existem hierarquias naturais que pesam a balança a seu favor” (Folter, 2020).
Ex. 1: Entre uma empresa e um funcionário existe uma diferença de poder: a empresa
possui mais recursos e capacidade de acção que o indivíduo. Nesses casos, é dever do
direito garantir que o lado mais frágil não fique em uma situação vulnerável.
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Ex. 2: Quando a empresa e o funcionário decidem qual será o seu salário, existe
certa liberdade para que negociem e tomem uma decisão. Porém, o pagamento não
poderá ser menor que o salário mínimo e o empregado não poderá trabalhar mais de
44 horas semanais.
Em suma, essas normas existem como mecanismos para fomentar a igualdade entre partes,
colocar o funcionário em pé de igualdade com a empresa e garantir que não exista um abuso
de poder.
O direito privado dá certa liberdade às partes para negociarem, para escolherem como querem
fazer. O Estado vai entrar no direito privado para garantir esse pé de igualdade e impedir que
uma das partes passe a outra para trás (Sávio Coelho, cit. por Folter, 2020).
Direito Civil: princípios que regem as relações entre particulares que possuem condições
iguais. Estabelece direitos e impõe obrigações em temas como os direitos da família e
sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos, propriedade e património, entre
outros.
Direito do Consumidor: está relacionado com o consumo e a defesa dos direitos de uma
pessoa em relação a determinado produto, bem ou serviço.
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Conclusão
Durante a abordagem deste trabalho, percebemos que, o direito público rege as relações e
funções do Estado, regulando e controlando as actividades estatais, com um interesse público
geral em mente. Já o direito privado organiza a interacção entre indivíduos e/ou
organizações na qual um interesse particular é preponderante.
No primeiro caso o interesse público sempre prevalece e existe uma soberania do Estado, e no
direito privados os interesses individuais de pessoas físicas ou jurídicas possuem o mesmo
peso, de maneira horizontal. Enquanto no direito público o Estado só pode fazer o que está
previsto em lei, no direito privado as pessoas só não podem fazer o que está proibido pela lei,
comenta ela, e finaliza explicando que é a partir dessa separação que podemos entender
melhor e garantir a aplicação correta de cada direito:
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Referências bibliográficas
Furriela, M. N. e Paesani, L. M. (2010). Direito para Cursos Jurídicos e não Jurídicos. São
Paulo: Saraiva.