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Universidade Católica de Moçambique

Extensão de Nacala-Porto

Introdução ao Direito

Estudantes: Mariana Martins Gucurreia

Pedro Gouveia Pascoal Paipe

Joaquim Marcos Alfredo

Amelia Goncalves Carlos

Hilario Jose Saul chirindra

Nampula, Outubro de 2020


Universidade Católica de Moçambique

Extensão de Nacala-Porto

Introdução ao Direito

Estudantes: Mariana Martins Gucurreia

Pedro Gouveia Pascoal Paipe

Joaquim Marcos Alfredo

Amelia Goncalves Carlos

Hilario jose Saul chirindra

Curso: Licenciatura em Direito


Disciplina: Ciência Política Pensamento Iluminista
Ano de Frequência: Iº

Nampula, Outubro de 2020


Índice

Introdução ................................................................................................................................... 3

1. Introdução ao Direito .............................................................................................................. 4

1.1. Direito público e direito privado ........................................................................................ 4

1.1.1. Direito público .................................................................................................................. 4

1.1.2. Direito Privado ................................................................................................................. 6

Conclusão ................................................................................................................................... 8

Referências bibliográficas .......................................................................................................... 9


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Introdução

O presente trabalho é da cadeira de Ciência Política e aborda sobre: Ciência Política


Pensamento Iluminista.

Este trabalho tem como objectivo: estudar o direito público e privado.

Quanto aos procedimentos metodológicos, o trabalho é bibliográfico, visto que na sua


abordagem se baseou nas consultas bibliográficas, constituído por livros, os módulos, artigos
científicos, páginas de internet que serviram de recursos essenciais na recolha de dados
prévios sobre o tema.

E no que tange a estrutura, este trabalho encontra-se organizado de seguinte forma:

 A introdução, onde se apresenta o tema e o objectivo;


 O desenvolvimento, onde se centra a abordagem geral do tema; e
 O desenlace ou a conclusão, aqui constam as considerações finais deste trabalho.
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1. Introdução ao Direito

Para abordagem deste trabalho, é imperioso trazer o conceito de Direito. Assim, Direito
conforme Cotrim (2009. p. 4), “é o conjunto de regras obrigatórias que disciplinam a
convivência social humana.”

Já para Furriela e Paesani (2010), é o sistema de regras que instituem poderes e deveres, para
que seja possível garantir os direitos pessoais e do grupo, e em consequência disso, essas
regras são coercivamente impostas pelo poder público ou seja, é o conjunto de regras
coercivamente impostas pelo Estado.

Conforme Cotrim (2009),

O Direito é mais do que o conjunto de regras impostas pelo Estado, pois não se pode
negar a existência de regras informais que se desenvolvem, paralelamente, em cada
grupo social, suprindo suas necessidades características, em resposta às condutas
reiteradamente praticadas. São os costumes que imperam na ordem internacional e
comercial, regendo importantes e vultosos contratos. Quer seja positivado pelas leis
escritas, quer seja costumeiro ou não escrito, o Direito surge para atender às
necessidades do ser humano, dentro de determinada sociedade, o que lhe atribui as
características de uma ciência social a serviço do homem (p. 6).

A finalidade de direito é de favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos


sociais, que é uma das bases do progresso da sociedade. O Direito propõe-se a promover os
alicerces da convivência pacífica e promissora. Essa é a finalidade do conjunto de normas
jurídicas impostas pela sociedade a si mesma, através do Estado, para manter a ordem e
coordenar os interesses individuais e colectivos.

1.1. Direito público e direito privado

1.1.1. Direito público

Direito Público conforme Ribeiro (2017) é:“conjunto de normas e princípios que regem a
actividade do Estado, a relação deste com os particulares, assim como o actuar recíproco dos
cidadãos.”

De acordo com Folter (2020),

O direito público está formado por normas que possuem um grande foco social e
organizacional. Nesse ramo do direito existe uma relação vertical entre o Estado e o
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indivíduo, ou seja há uma hierarquia na qual o Estado é superior ao indivíduo porque


representa os interesses da colectividade contra interesses individuais. Nesse caso, o
Estado possui esse status superior porque está velando pelos direitos de todos, já que
representa os interesses do povo, e os interesses colectivos sempre pesam mais que os
individuais.

As leis dentro do direito público são imperativas, ou seja, não existe opção de escolha: todos
estamos sujeitos a elas. Queira ou não, precisamos respeitá-las e, se não o fazemos, sofremos
consequências. Não dá pra dizer “não concordo com o que direito penal diz, então ele não
aplica a mim”, porque dessa maneira todos poderíamos cometer crimes impunemente. Se
todos escolhêssemos quais direitos públicos seguir ou não, a vida em sociedade se tornaria um
caos.

De acordo com Folter (2020), o Direito Público se divide em:

a) O Direito Público Interno: rege os interesses estatais e sociais. Suas normas


encontram-se no direito constitucional, administrativo, processual, tributário, penal e
eleitoral.
b) Direito Público Externo: Tem a função de tratar das relações internacionais entre
Estados soberanos, as normas utilizadas para tanto são as de Direito Internacional
Público, ou seja, convenções e tratados que os chefes de estado firmam com
organizações internacionais.

Quando a aplicação, o direito público direcciona-se a:

Direito Constitucional: Lei maior do Estado que é superior a todas as demais normas.
Conforme Furriela e Paesani (2010), são normas que estruturam a sociedade, ditam modelos
económicos, políticos e sociais, garantem direitos fundamentais de cada indivíduo e são
moldes para a criação de novas leis.

Direito Administrativo: rege as relações entre a administração pública (ou seja, o governo) e
os administrados (os cidadãos). Envolve temas de interesse público e o bem social comum,
como a conservação de bens públicos, os serviços públicos em geral, o poder da polícia, etc.

Direito Penal: serve para disciplinar as condutas dos membros da sociedade que poderiam
colocar em risco a harmonia e bem-estar de todos. Essas normas se enfocam em proteger
princípios como a vida, a liberdade, a intimidade, a propriedade, e define o que são
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considerados crimes (condutas mais graves) e contravenções (menos graves). Além disso,
também estabelecem como o Estado deveria combater e punir tais actos.

Direito Tributário: normas que regulamentam as actividades financeiras e a arrecadação de


fundos entre o Estado e os contribuintes (impostos, taxas e contribuições).

Direito Financeiro: define como o Estado deveria aplicar, administrar e gerenciar os recursos
que recebem por meio da tributação para empregá-los na sociedade.

Estes exemplos são parte dos direitos públicos internos que nos ajudam a organizar a vida em
sociedade dentro do país. Também existem os direitos públicos externos, que tratam das
relações entre diferentes nações. Nesse caso, as normas que organizam as interacções entre
Estados soberanos provém do Direito Internacional Público, que são convenções e tratados
que os chefes de estado assinam em organizações internacionais.

1.1.2. Direito Privado

Direito Privado, conforme Ribeiro (2017) “é formado por normas que tem por matéria as
relações existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou
extra patrimoniais. As normas de direito privado encontram-se no direito civil e no direito
comercial”.

Ela ajuda a organizar as relações e interesses entre partes em suas vidas privadas. Nesse caso,
ambas as partes envolvidas estão em condições de igualdade, uma não é superior à
outra. Essas partes podem ser indivíduos ou até mesmo de um lado pode estar uma pessoa e
do outro o Estado. Porém, mesmo se o Estado estiver envolvido, não está em uma posição de
superioridade. No direito privado existe certa liberdade para personalizar a aplicação do
direito porque se tratam de normas dispositivas (e não obrigatórias), (Folter, 2020).

O autor, defende ainda que: “mesmo no direito privado não existe uma liberdade total, porque
na sociedade existem hierarquias naturais que pesam a balança a seu favor” (Folter, 2020).

 Ex. 1: Entre uma empresa e um funcionário existe uma diferença de poder: a empresa
possui mais recursos e capacidade de acção que o indivíduo. Nesses casos, é dever do
direito garantir que o lado mais frágil não fique em uma situação vulnerável.
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 Ex. 2: Quando a empresa e o funcionário decidem qual será o seu salário, existe
certa liberdade para que negociem e tomem uma decisão. Porém, o pagamento não
poderá ser menor que o salário mínimo e o empregado não poderá trabalhar mais de
44 horas semanais.

Em suma, essas normas existem como mecanismos para fomentar a igualdade entre partes,
colocar o funcionário em pé de igualdade com a empresa e garantir que não exista um abuso
de poder.

O direito privado dá certa liberdade às partes para negociarem, para escolherem como querem
fazer. O Estado vai entrar no direito privado para garantir esse pé de igualdade e impedir que
uma das partes passe a outra para trás (Sávio Coelho, cit. por Folter, 2020).

De acordo com Folter (2020), o direito privado é aplicado em:

Direito Civil: princípios que regem as relações entre particulares que possuem condições
iguais. Estabelece direitos e impõe obrigações em temas como os direitos da família e
sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos, propriedade e património, entre
outros.

Direito Empresarial: é o conjunto de regras que organiza as actividades comerciais, desde a


criação e administração de empresas até sua extinção, passando também pelas relações
desenvolvidas na actividade do comércio (relação entre comprador e vendedor, formas de
pagamento, etc.).

Direito do Trabalho: conjunto de normas que rege as relações de trabalho, organizando a


actuação tanto de trabalhadores como empregadores.

Direito do Consumidor: está relacionado com o consumo e a defesa dos direitos de uma
pessoa em relação a determinado produto, bem ou serviço.
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Conclusão

Durante a abordagem deste trabalho, percebemos que, o direito público rege as relações e
funções do Estado, regulando e controlando as actividades estatais, com um interesse público
geral em mente. Já o direito privado organiza a interacção entre indivíduos e/ou
organizações na qual um interesse particular é preponderante.

No primeiro caso o interesse público sempre prevalece e existe uma soberania do Estado, e no
direito privados os interesses individuais de pessoas físicas ou jurídicas possuem o mesmo
peso, de maneira horizontal. Enquanto no direito público o Estado só pode fazer o que está
previsto em lei, no direito privado as pessoas só não podem fazer o que está proibido pela lei,
comenta ela, e finaliza explicando que é a partir dessa separação que podemos entender
melhor e garantir a aplicação correta de cada direito:
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Referências bibliográficas

Cotrim, G. (2009). Instituições de Direito Público e Privado. São Paulo: Saraiva.

Furriela, M. N. e Paesani, L. M. (2010). Direito para Cursos Jurídicos e não Jurídicos. São
Paulo: Saraiva.

Folter, R. (2020). Direito público e direito privado: quais as diferenças? Politize.


https://www.politize.com.br/direito-publico-e-direito-privado/.

Ribeiro, L. C. (2017). Direito Público e Direito Privado. JUS. Recuperado aos 23 de


Outubro de 2020, em: https://jus.com.br/artigos/58750/direito-publico-e-direito-privado.

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