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Rio de Janeiro
JULHO/2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Rio de Janeiro
JULHO/2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________
André Luís da Silva Pinheiro, D.Sc. - Orientador
_______________________________________
Geraldo Motta Azevedo Júnior, D.Sc.
_______________________________________
Antônio José Dias da Silva, M.Sc.
Rio de Janeiro
JULHO/2017
DEDICATÓRIA
RESUMO
ABSTRACT
Before we understand the types of lightning rods and their fundamental functions, it is
indispensable to realize the utility of their appearance, their first purpose, how it was invented
and their basic conceptions of performance. For this, it is necessary to understand what the
lightnings are.
Lightnings are atmospheric phenomenons qualified by the creation of electric currents
with milions of volts of capacity and that reach the surface causing material damages and
deaths. The journey to find the electric nature of the atmospheric discharges and to reach the
admissible rules of protection to heritages, equipments and, principally, people. Up to actual
days there is not a complete prevention, since Franklin first recommended the method of
lightning protection of a building up to the present days, the maximum prevention obtained is
98% of effectiveness.
In this academic work, we will examine the methods of Franklin, Faraday and Captors
and their elements, since they are the only ones based on scientific evidence.
After years of studies, we will be able to creat a memorandum of lightning incidence,
managing to rank and label cities according to the largest number of occurrences of this
phenomenon. These teachings are done by means of what is called the “Índice Ceraúnico”.
In order to protect buildings against lightnings, it is necessary to understand: What are
the fundamental levels of protection according to the type and size of the structure that we will
protect; what are the minimum references needed for the lightning rods to be installed, besides
the thickness of the structure and extension to capture the lightnings in these infrastructures.
All methods necessary to understand the contents or use calculations are in the course
of the topics.
The TCC project is a study of case and analysis of the data obtained through calculations
for SPDA specification of a four-story building.
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Conforme foi relatado pelos cientistas (MUSITANO), uma das principais vertentes da
história que coloca como principal agente na descoberta do fogo as descargas atmosféricas
(VISACRO, 2005). Onde o homem descobriu e passou a ter contato com o fogo através da
observação da incidência destas descargas em árvores e a destruição que a mesma causava,
deixando um rastro de incêndios (SEITO, 2008) nos pontos de contato que essas descargas
mantinham com a superfície do nosso planeta, aterrorizando e criando curiosidade nos nossos
ancestrais.
danificar estruturas e ferir pessoas, como a história nos relata que vem ocorrendo desde os
tempos mais remotos.
Este cuidado é reforçado pela quantidade de raios que anualmente incidem em nosso
país. Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), cerca de 70 milhões de raios
atingem o Brasil anualmente (DE STÉFANI, 2011). Isto ocorre por conta da grande extensão
territorial presente dentro da faixa tropical, contribuindo assim para a formação de grandes
agitações atmosféricas e consequentemente o aparecimento de raios em meio a estas
tempestades.
Nada pode ser feito para impedir a queda de um raio em determinado local ou estrutura,
e mesmo sabendo que os pontos mais altos e de maior área de exposição são os que têm maior
probabilidade de serem atingidos, nada poderá impedir que uma edificação pequena possa ser
atingida, porém nestes casos a probabilidade de incidências em edificações mais baixas é
menor.
1.3. OBJETIVO
1.4. MOTIVAÇÃO
Sendo assim, este trabalho teve como motivação a ideia de auxiliar e orientar um
profissional sobre a realização de um bom SPDA, além dos cuidados necessários que devem
ser tomados na ausência destes sistemas.
De acordo com (DE STÉFANI, 2011), autor do TCC com tema “Metodologia de Projeto
de Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas para Edifício residencial”, da escola de
Engenharia de São Carlos, descreve de forma sucinta o que são descargas atmosféricas e tem
como foco o Sistema contra descargas Atmosféricas, aceitos pela norma (ABNT, 2005).
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De acordo com (PINHEIRO, 2013), autor do TCC com tema “Sistema de Aterramento
em baixa Tensão”, da escola Politécnica Departamento de Engenharia Elétrica, descreve que
os objetivos principais de seu trabalho são: fornecer informações suficientes para que se faça
um bom aterramento elétrico, além de auxiliar nas melhorias necessárias de um sistema já
existente, desmistificar alguns conceitos e expor algumas aplicações equivocadas a respeito do
tema. Como maneira de realização do trabalho, o mesmo apresentou de maneira teórica uma
breve revisão conceitual dos assuntos abordados, apresentando em sequência, os resultados da
implementação prática de um aterramento elétrico e onde o mesmo deve ser aplicado.
Criados com o intuito de proteger pessoas, animais e materiais, os sistemas SPDA, têm
seu conceito voltado para a proteção destes, contra possíveis falhas de um determinado sistema.
Essas falhas podem ser, pequenas fugas de corrente até a queda de descargas atmosféricas em
edificações habitadas e com presença de materiais ou equipamentos que necessitam ser
protegidos contra esses surtos, além de proteger estas edificações de incêndios ocasionados por
estas falhas.
A proteção da vida de seres vivos, é a maior preocupação de fato, para isso o sistema
visa evitar a exposição dos mesmos a potenciais elétricos perigosos, para que, quando estes por
ventura venham a ocorrer, possam estar devidamente protegidos. Em segundo plano, a presença
na instalação de um bom aterramento, evita que falhas elétricas possam causar prejuízos a bens
materiais, danificando estruturas, equipamentos, edificações e objetos de uso, como um livro e
itens pessoais, resultando assim em perdas financeiras. Este trabalho vem evidenciar a
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obrigação e o desempenho do sistema SPDA, que traz uma ponderação nas consequências que
rodeiam o meio ambiente, as comunidades, as entidades, comunidade cientifica e pesquisadora.
1.7. METODOLOGIA
Com base na norma (ABNT, 2005) e através de matérias como apostila, livros, trabalhos
de conclusão de curso entre outros materiais de apoio, será possível analisar e prever a
localização para instalação dos para-raios, dimensionamento das malhas de aterramento,
vertentes de cabos condutores, uso de captores e estruturas do próprio edifício em questão, com
descidas naturais.
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Descrito por (ROMERO, 2007) como fenômenos elétricos de grande extensão e ampla
amplitude, originários na presença de diversas partículas eletrificadas presentes na atmosfera.
Este acontecimento também conhecido como raio, já era conhecido pelos povos mais antigos,
que, além disso, as reverenciavam, atribuindo sua ocorrência a desejos próprios de figuras
divinas, reverenciadas durante a antiguidade.
Conforme dados do INPE, o Brasil lidera o ranking mundial de ocorrências de raios por
anos, com cerca de 70 milhões de ocorrências registradas em todo o território nacional (DE
STÉFANI, 2011).
A primavera e o verão, as estações mais quentes do ano, são também uma temporada de
alerta para o povo brasileiro. Isso porque 90% dos 70 milhões de raios que caem no Brasil são
apontados neste período. O País é líder mundial na ocorrência deste acontecimento, que
provocou a morte de 1.790 pessoas entre 2000 e 2014, segundo o Grupo de Eletricidade
Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A cada 50 mortes
por raio no mundo, uma acontece no Brasil.
Para se ter uma ideia, a descarga gerada por um relâmpago tem a força mil vezes maior
que a corrente elétrica que passa por um fio de chuveiro elétrico. As temperaturas de um raio
podem chegar a 30 mil graus Celsius, cinco vezes mais elevada que a da superfície do Sol.
"A maioria delas (mortes) acontece em campos abertos, como áreas de agricultura,
campos de futebol e na praia, principalmente por correntes indiretas dos raios, que vêm pelo
chão. O perigo não é só o raio em si, mas a corrente elétrica que pode ser descarregada no
solo", explicou o coordenador do ELAT, Osmar Pinto Junior.
A prevenção continua sendo o principal meio para evitar mortes provocadas por raios.
A prevenção continua sendo o principal meio para evitar mortes provocadas por raios. Durante
as tempestades, devem-se evitar locais altos, sentar embaixo de árvores ou deitar no chão. A
pessoa também deve manter distância de locais com poças de água e objetos que possam
conduzir a eletricidade, como linhas de energia e cercas de arame farpado.
Dentre todas as ideias que visam demonstrar como ocorre o processo de eletrificação da
nuvem, as mais aceitas são: Teoria da Precipitação e Teoria da Convenção. Basicamente as
duas ideias chegam a mesma conclusão, onde a nuvem, em sua porção inferior se carrega
negativamente, enquanto que na sua porção superior, ocorre o acúmulo de cargas positivas. A
partir de agora, iremos convencionar que esta disposição, ocorre em cerca de 100% das vezes.
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As chamadas descargas entre nuvens, são denominadas assim pois ocorrem entre centro
de cargas eletricamente opostos presentes em nuvens diferentes. A exemplo da descarga intra-
nuvem, este tipo de descarga não atinge o solo, não despertando assim interesse do projetista
do sistema de proteção, porém existem relatos e registros de que durante a ocorrência deste tipo
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de descarga, a mesma atingiu estruturas de aviões que estariam no caminho entre uma nuvem e
outra (VISACRO, 2005).
As chamadas descargas nuvem-ar, são denominadas assim pois tem como origem uma
nuvem, entretanto não chegam a atingir o solo ou outra nuvem, podendo ser denominadas
também como descargas nuvem e estratosfera (POTIER, 2010), podendo ser assim chamadas
pois percorrem grande percurso conectando a nuvem a um ponto da estratosfera (VISACRO,
2005). Estas descargas ocorrem, pois na estratosfera existem os chamados bolsões de cargas,
que se forma ao redor das nuvens de tempestades e seriam responsáveis por este tipo de
descargas (LIMA, 2005). Apesar de o tipo nuvem-ar ter um papel importante no circuito elétrico
global (VISACRO, 2005), este tipo de descarga e pouco identificado por um observador, pois
o efeito visual acaba sendo atenuado pela nuvem e os campos gerados chegam a superfície da
terra com pouca intensidade.
As chamadas descargas nuvem-solo são denominadas assim, pois, como o nome sugere
ocorrem entre nuvem e solo. Sendo este o modelo de descarga que gera maior quantidade de
estudos e curiosidades, pois são as descargas que mais apresentam riscos a sociedade, tendo em
vista o alto poder destrutivo que a mesma apresenta. De todos os tipos existentes, as descargas
nuvem-solo representam 30% do total (ROMERO, 2007)
Diante da observação deste fenômeno, se percebe que de maneira geral, o raio tende a
ser direcionado a atingir pontos mais altos de uma determinada localidade, como exemplos
podem citar: montanhas, árvores, prédio, etc. Porém deve-se preocupar ao estar no nível do
solo também, pois ao buscar abrigo durante uma tempestade pode-se estar propenso a ser
atingidos pela corrente que será dissipada pelo solo. Como exemplo pode citar: ao nos
escondermos sob uma árvore durante uma tempestade, estamos nos abrigando em um ponto
de contato com raio em potencial, enquanto ao nos escondermos dentro de um carro acabamos
por estarmos abrigado e salvo dos efeitos elétricos, pois os pneus isolam o veículo do solo,
criando assim um péssimo caminho para o raio.
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O Brasil surge na posição 191, e o local com mais raios está localizado ao
noroeste de Manaus, próximo do Rio Negro. Apesar disso, quando se somam todos os
raios sobre o território nacional, o Brasil é o país com mais raios no mundo, conveniente
a sua dimensão continental e por estar nos trópicos. "Só no Brasil temos, em média,
aproximadamente 110 milhões de raios totais por ano" (ALBRECHT, GOODMAN, et
al., 2016).
Ensinamentos sobre a frequência dos raios que atingem determinada região chegam a
um indicador definido como Índice Ceraúnico (IC). Ao tracejar linhas em um mapa, ligando
os pontos de igual intensidade, formam-se Índices Isoceraúnicos. De acordo com os dados
históricos de uma estipulada região, os comprovativos tornam-se mais precisos. As leituras
são feitas considerando as incidências de trovoadas para raios de 20km.
Captação:
Descidas:
Anéis de Cintamento:
Aterramento:
Item necessário a todas as instalações elétricas, que tem como objetivo a segurança das
pessoas e pleno funcionamento do sistema elétrico ao qual esteja conectado. Existem hoje,
várias normas que abordam este tema: NR-10 e normas do Ministério do Trabalho e Emprego,
que exigem a presença de aterramento em todas as instalações elétricas.
Em nosso caso, se deve certificar de ter um bom aterramento, tendo em vista que se
trata de uma parte fundamental da estrutura do SPDA, já que toda a corrente da descarga será
injetada no sistema de aterramento e dissipada pelo solo (DE SOUZA, RODRIGUES, et al.,
2012).
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O SPDA foi criado com o intuito de proteger a estrutura para o qual foi projetado de
uma incidência direta de raio, servindo assim de ponto de escoamento para a descarga que por
ventura venha a entrar em contato com este sistema, direcionando todo o fluxo de corrente
oriunda deste fenômeno, para o solo, servindo como um caminho de baixa impedância através
de percursos definidos neste sistema de proteção (VISACRO, 2005).
Atualmente, em vigor no Brasil, possuímos a NBR 5419, uma norma brasileira que
rege a regulamentação dos sistemas de proteções contra descargas atmosféricas. Esta norma
possui como base a norma europeia IEC 61024. Segundo a norma brasileira, podemos utilizar
os métodos de Franklin, Eletro geométrico e método de Faraday.
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No ano de 2006, a norma europeia IEC 61024, foi totalmente reformulada, recebendo
nova nomenclatura, tornando-se a parti de então a IEC 62305. Esta norma pode ser dividida
em quatro volumes, sendo eles: princípios gerais, gerenciamento de ricos e danos físicos,
proteção de sistemas elétricos e eletrônicos no interior de estrutura protegidas (POTIER,
2010),
de alvenaria esse risco é menor. Em outras palavras, uma refinaria exige um nível de proteção
maior se comparado a um prédio.
c) Nível III: refere-se às construções de uso comum, tais como os prédios residenciais,
lojas de departamento e indústrias de manufaturados;
d) Nível IV: refere-se às construções onde não é rotineira a presença de pessoas. Essas
construções são feitas de material não inflamável, sendo o produto armazenado nelas de
material não combustível, tais como armazéns de concreto para produtos de construção.
A eficiência global teórica varia entre 80% e 98% dependendo do nível de proteção,
sendo que o nível I apresenta 98%, já o nível II apresenta 95%, enquanto o nível III apresenta
90% e nível IV possui 80% de eficiência. Estes valores são calculados com base nas
estatísticas de valores e parâmetros dos raios e do Modelo Eletromagnético (SILVA, 2012).
O método de captores tem como papel básico receber o impacto direto das descargas
atmosféricas. Os captores são elementos condutores expostos, normalmente na parte mais
elevada da estrutura constituindo pontos preferenciais de incidência de raios.
A (ABNT, 2005) considera que o sistema captor pode ser constituído por hastes, cabos
esticados, condutores em malha e/ou elementos naturais. A norma admite qualquer
combinação entre estes elementos. Os captores podem ser classificados como naturais ou não
naturais, de acordo com sua natureza construtiva.
Os captores não naturais são elementos condutores expostos que não são partes da
estrutura e são instalados para exercerem a função de proteção contra descargas atmosféricas.
Os captores do tipo Franklin, hastes verticais e condutores de cobre nu exposto em forma de
malha são exemplos de captores não naturais.
A (ABNT, 2005) determina que alguns requisitos sejam atendidos para considerar que
um captor seja considerado natural. São elas:
A Tabela 1 mostra o ângulo de proteção que devemos utilizar para estabelecido nível
de proteção e altura do captor. Note que infraestruturas com altura acima de 20m que
precisam bons níveis de proteção não poderá ser aplicado o captor tipo Franklin.
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A implantação deste método, como o nome já diz, consiste da projeção de uma gaiola
ao redor do volume a ser protegido, envolvendo assim a estrutura, sem que qualquer parte
fique de fora desta “gaiola” projetada. Dessa maneira, como já foi explicado pelo próprio
Faraday, todas as descargas elétricas que acertem a gaiola, terão seu fluxo de corrente
direcionados pela própria gaiola, sem que o volume interno a esta malha projetada sofá
qualquer surto ou influência das mesmas. A Figura 7 ilustra a aplicação de um SPDA com o
método de Faraday.
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Abaixo encontra-se explicado como funciona a simbologia adotada pela ABNT para
representar os esquemas de aterramento existentes, classificando-os em relação a sua
alimentação e das massas em relação à terra:
A segunda letra é utilizada para identificar a situação das carcaças dos equipamentos
em relação à terra:
A terceira letra é utilizada para identificar de que forma foi realizada a ligação do
aterramento a massa do equipamento, usando o aterramento utilizado pela fonte:
Existem diversos tipos de aterramento, que tem por finalidade garantir a melhor
conexão com a terra.
Os principais tipos são: Haste única enterrada, múltiplas hastes dispostas das seguintes
maneiras, em triangulo, em quadrado e em círculos, placas condutoras enterradas, cabos
enterrados com configurações diversas, tais como, estendido em vala, em cruz, em estrela ou
formando uma malha de terra.
Para que seja feita a escolha do tipo de sistema de aterramento a ser utilizado, iremos
utilizar as características do local, o tipo de sistema elétrico a ser aterrado e o custo de
implantação do sistema. A título de conhecimento, a malha de terra é o sistema de aterramento
mais eficiente, porém o mais caro.
Resistividade (Ω m)
Natureza dos Solos
Máxima Mínima
30 - Solos alagadiços e pantanosos
100 20 Lodo
150 10 Húmus
50 - Argilas plásticas
200 100 Argilas compactas
Terra de jardins com 50% de
140 -
umidade
Terra de jardins com 20% de
480 -
umidade
5000 1500 Argila seca
80 - Argila com 40% de umidade
330 - Argila com 20% de umidade
1300 - Areia com 90% de umidade
8000 3000 Areia comum
3000 1500 Solo pedregoso nu
500 300 Solo pedregoso coberto com relva
400 100 Calcários moles
5000 100 Calcários compactos
1000 500 Calcários fissurados
300 50 Xisto
800 - Micaxisto
10000 500 Granito e arenito
Para realizar a medição dos valores de resistividade, deverá ser utilizada medições em
campo. Utilizando para tais, instrumentos como terrômetro, e métodos de prospecção
geoelétricos, como o Método de Wenner.
profundidade e em linha, equidistantes por uma distância d, tendo como objetivo a medição da
resistência do solo.
Onde:
Para impedir a distorção dos resultados, alguns instrumentos como o Megger, possuem
um terminal guarda ligado a um eletrodo, fazendo assim com que os efeitos das correntes
parasitas, que para estes casos tornam-se elevadas, sejam minimizados.
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Equação (1)
Deve-se observar alguns pontos básicos, para que se tenha medições satisfatórias. Tais
como, inserir os eletrodos no solo, com altura aproximada de 20 cm, ou até que apresentem
dificuldades para cravação, ou seja, resistência mecânica do solo, consistente para que exista
uma resistência de contato aceitável; alinhar os eletrodos de maneira que estejam equidistantes
um dos outros; calibrar o equipamento, de maneira a manter o galvanômetro no zero, para cada
espaçamento entre os eletrodos, lembrando-se de ajustar tanto o potenciômetro, quanto o
multiplicador do terrômetro;
1. Composição química
A resistividade do solo pode ser influenciada pela quantidade de ácidos e sais solúveis,
que estão presentes agregados ao solo. Para que possamos reduzir a resistividade do solo,
adicionamos a ele, produtos químicos à base de sair, que na presença da água e combinados
entre si, formam o chamado GEL, produto de grande eficiência na redução da resistividade do
solo, que deverá ficar ao redor do eletrodo enterrado na terra.
2. Umidade
Como ocorre com a resistividade do solo, a resistência da mala de terra, sofre alteração
de acordo com a variação da umidade do solo, principalmente quando este valor cai abaixo de
20%. Para que possamos mitigar este problema, os eletrodos de terra devem estar implantados
a uma profundidade que garanta a umidade necessária em torno deles. Para que possamos
retardar a evaporação da água do solo, devemos utilizar uma camada de brita de 100 a 200 mm
sobre a área da malha construída.
3. Temperatura
A partir de uma malha inicial, deve ser observado se o dimensionado está de acordo
com os valores suportáveis por um ser humano, caso não esteja, é necessário que o projeto
inicial seja modificado e as condições de proteção sejam satisfeitas.
• Aço galvanizado Em geral – Seu uso é restrito, pois, após um período de tempo
determinado, o mesmo sofre corrosão, aumentando assim a resistência de
contato com o solo.
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b) Condutor da malha
Conforme a norma NBR 5410, em solos que possuem características ácidas e sem
proteção mecânica, é recomendável a utilização de um cabo de cobre nu com secção igual ou
maior a 16 mm². Entretanto em solos que tenham natureza alcalina, devemos utilizar cabos de
cobre com secção superior a 25 mm². Entretanto, deve ser observado os valores da corrente de
defeito fase-terra, podendo ser necessário secções superiores.
c) Conexões
• Conectores aparafusados
• Conexão exotérmica
d) Condutor de ligação
Um DPS deverá, de acordo com sua Classe I, II ou III, conforme a norma ABNT NBR
IEC 6164-1, suportar as ondas de descargas atmosféricas normalizadas de acordo com o ensaio
correspondente à sua classe.
• Classe I: tratam-se dos DPS capazes de eliminar os defeitos diretos causadas por
descargas atmosféricas.
• Classe I+II: Tratam-se de DPS que reúnem as características dos DPS classe I e
II em um único equipamento.
Conforme orientado pela norma (ABNT, 2005), o DPS deverá estar localizado próximo
ao ponto de entrada da edificação, ou seja, próximo do ponto em que os condutores elétricos
entram na edificação
Para sua instalação, deve-se realizar a conexão de um de seus terminais ao fio que sai
do disjuntos e o outro terminal a barra de aterramento, representada pelo condutor de proteção
(PE). A Figura 9 ilustra como essas conexões são feitas.
2.10 Regulamentação
A lei municipal, somente irá confirmar o que já está explícito no código de defesa do
consumidor e na NR10, o que pode ser saudável, mas não dispensável.
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Por ser o projeto que irá permitir a distribuição da proteção, por toda estrutura,
ocasionando assim o aumento da eficiência do sistema, quando comparado com os demais
métodos, adotamos a proteção tipo “Gaiola de Faraday” para execução do referido projeto.
Este método, que consiste no envolvimento com uma mala de condutores elétricos nus,
denominada de Malha Captora, em toda a estrutura superior da construção, tendo seu
fechamento sendo todo interligado, criando assim um anel elétrico, onde todos os pontos de
captação estão no mesmo potencial, sendo seguidamente interligada a malha de aterramento,
através da utilização de condutores de cobre, alumínio ou aço, conhecidos como descida,
estando estes condutores espaçados de acordo com o nível de proteção adotado.
• Largura: 20 metros
• Comprimento: 30 metros
• Altura: 12,7 metros
• Construção: Pré-moldada
• Cobertura: Telha Metálica
Com base nestas informações, iremos iniciar o projeto do SPDA. Escolhemos para
projetar o método de Faraday, que utiliza como captor uma malha sobre a estrutura do edifício.
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Primeiramente, iremos definir o nível de proteção a ser adotada. Como rege a norma
NBR 5419, por ser tratar de uma estrutura comum e residencial, o nível de proteção será de
grau III.
Tabela 4 - Espaçamento médio dos condutores de cada descida conforme o nível de proteção.
(20 + 30)
𝑁𝑁º 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝𝑑𝑑𝑝𝑝𝑝𝑝 = 2 . = 5 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝𝑑𝑑𝑝𝑝𝑝𝑝
20
Equação (2)
Teremos então:
Fonte: Autor.
As conexões podem ser feitas da seguinte maneira, entre as barras através de rebites ou
parafusos com rosca mecânica, e entre os cabos de cobre nu, através de conector em X. A Figura
11 demonstra a aplicação de malha de condutores de cobre nu aplicada em cobertura pré-
moldada semelhante ao projeto realizado.
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Deve-se sempre lembrar de jamais realizar a fixação das barras diretamente na parede,
pois, podem vir a ocorrer diversos problemas, conforme relatado abaixo.
• Necessidade de se utilizar uma barra com área maior, para compensar a perda de
seção devido a perfuração para fixação;
É de extrema importância, que nas descidas, existam caixas aéreas com junção de
medição para que seja realizado, sempre que necessária, medição, como mostra a Figura 13.
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De acordo com a norma (ABNT, 2005), para que uma estrutura metálica, possa ser
considerada captora natural, devendo verificar se a mesma possui alguns dos critérios abaixo,
estabelecidos como características padrões para captores naturais:
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c) Deve ser observado, que o elemento metálico, não poderá ser revestido de material
isolante, não sendo considerado os seguintes revestimentos como isolante: camada
de pintura de proteção, 0,5 mm de asfalto ou 1 mm de PVC;
d) Devemos nos atentar para que a continuidade elétrica entre as partes diversas,
tenham sido executadas de maneira que assegure durabilidade;
Serão utilizadas para descidas, cabo de cobre nu de 35 mm², tendo sido projetadas um
total de 5 descidas, dispostas com aproximadamente, 20 m de espaçamento entre elas, conforme
orientação constante na NBR-5419, para o nível de proteção III. Será utilizado cabo de cobre
nu de 35 mm² em todas as decidas, além de ter sido projetado caixas de inspeção, do tipo
suspensa, em todas as decidas, facilitando desta maneira, a separação dos condutores de descida
com a malha de aterramento. Todas as descidas estão diretamente conectadas há uma haste de
aço cobreada de alta camada de 5/8” x 2400mm.
Desta maneira, iremos utilizar 5 eletrodos de 5/8”, com comprimento de 2,4 m cada,
para cada descida. Estes deverão ser instalados na parte externa do volume a ser protegido,
respeitando a distância de 1m em relação as fundações da estrutura.
A malha de aterramento em volta da edificação deverá ser feita com cabos de 50 mm²
numa profundidade mínima de 500 mm ou 0,5 m conforme item 5.1.3.5.2 da NBR 5419 que
diz que eletrodos de aterramento formados de condutores em anel ou condutores horizontais
radiais devem ser instalados a esta profundidade mínima.
São apresentados nas tabelas 6 e 7 toda descrição dos materiais e orçamento de cada
item envolvido para execução do projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho, foi realizado de maneira detalhada, os passos necessários para realizar o
projeto de um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, quais eram as finalidades
desse projeto.
Ao final foi feito um estudo de caso onde foi possível aplicar e utilizar todo o
embasamento aqui reunido, aplicando-o na prática, através de um projeto.
Dentro do que este trabalho se propôs a apresentar, é possível afirmar que de maneira
clara e objetiva, a maioria dos objetivos traçados foram alcançados. O objetivo principal era
demonstrar os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas existentes e como realizar o
seu dimensionamento.
Não foi possível, neste projeto, adotar métodos que possibilitem a um morador de um
prédio, construir um SPDA, individual e que proteja somente a sua unidade, tendo em vista que
o mesmo deve ser realizado de maneira volumétrica e total do edifício a ser implementado.
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Sendo assim, foi possível através deste trabalho orientar para que práticas inadequadas
de aterramento e dimensionamento de SPDA não sejam mais realizadas por falta de
conhecimento técnico do assunto.
Também como sugestão para trabalhos futuros, especialmente com uma disponibilidade
de tempo maior, seria interessante um projeto semelhante, com um maior número de descidas
e estreitando mais a malha de topo da edificação, tendo uma maior quantidade de cordoalha de
cobre nu e consequentemente aumentando a área de captação, de modo que aumente a
porcentagem de proteção.
Também se sugere que seja feita para o sistema, um plano de manutenção preventiva
anual, e sempre que atingido por uma descarga atmosférica, para verificar eventuais
irregularidades e garantir a eficiência do SPDA.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2008.
POTIER, G. D. C. Física dos raios & Engenharia de segurança. 2. ed. Porto Alegre:
EdPUCRS, 2010.
REICHARDT, K.; TIMM, L. C. Solo, planta e atmosfera: conceitos, processos e
aplicações. São Paulo: Manole, 2004.
ROMERO, F. Avaliação do comportamento dos campos eletromagnéticos gerados
por descargas atmosféricas nuvem-terra. São Paulo: [s.n.], 2007.
SEITO, A. I. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008.
SILVA, A. H. Avaliação da exposição à descargas atmosféricas de uma torre de
destilação de uma refinaria de petróleo utilizando elementos finitos. Fortaleza: [s.n.], 2014.
VISACRO, S. F. Descargas Atmosféricas: Uma abordagem de engenharia. [S.l.]:
Artliber, 2005.