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Questões:
1.Diferenciar “obrigação tributária” de “crédito tributário”. A “obrigação tributária”
eo
“crédito tributário” estão contidos na regra-matriz de incidência tributária?
R: A obrigação tributária consiste na ocorrência do fato gerador, no entanto
inexiste cálculo do montante do tributo e identificação formal do sujeito passivo.
Ou seja, a simples ocorrência do fato gerador não é o bastante para obrigar o
contribuinte ao pagamento do tributo. Quanto ao Crédito tributário surgirá com
a realização do procedimento administrativo de lançamento tributário, que irá
verificar a ocorrência do fato gerador, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, localizando e identificando o sujeito passivo. Sua
constituição obedece aos termos do artigo 142 do CTN. Assim que constituído
o credito tributário o tributo torna-se exigível. Sim, ambos estão contidos na
RMIT como sendo o consequente normativo que representa a relação
obrigacional tributária formada pelo credor, devedor e a obrigação prestacional,
sendo assim a determinação de como poderá ocorrer o cumprimento da
obrigação tributaria formada pelos critérios pessoal e quantitativo.
2.Que é crédito tributário? Explicar as teorias declaratória e constitutiva do
crédito
tributário.
R: O crédito tributário consiste no valor que os sujeitos ativos da obrigação
tributária podem exigir dos sujeitos passivos (contribuintes) a partir do
surgimento de um determinado fato gerador. Ele é constituído a partir de três
fatores: a previsão legal, o fato gerador e o lançamento tributário. Consoante a
isso destaca-se os efeitos do lançamento, que verificam a existência de duas
correntes doutrinárias distintas: sendo a primeira integrada pelos
constitutivistas, os quais sustentam ser o lançamento o ato que constitui o
crédito tributário. Quanto à segunda é integrada pelos declarativistas, e para
eles, diferente da primeira, o nascimento da obrigação tributária nasce com a
lei, tal como determina o art. 3˚ do Código Tributário Nacional. Portanto, o
lançamento tributário tem como fim a garantia de liquidez, certeza e
exigibilidade à obrigação tributária, que, todavia, lhe preexistiria. Consoante ao
Código Tributário Nacional, conforme disposto no art. 142, é expresso que o
lançamento constitui o crédito tributário, bem como os arts. 143 e 144 deixam
claro que ele sempre se referirá à legislação e demais condições vigentes na
data de ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. De modo que, de
acordo com o art. 143 e salvo disposição legal em contrário, a base de cálculo
do tributo incidente sobre mercadoria precificada em moeda estrangeira deverá
ser convertida em moeda nacional “ao câmbio do dia da ocorrência do fato
gerador da obrigação”. A exceção referida no §1˚ do art. 144 condiz com sua
aplicação, realizada com finalidade na investigação ou cobrança de tributos
relacionados a fatos geradores pretéritos, novos poderes de fiscalização ou
garantias e privilégios do crédito tributário. Por fim, o Código Tributário
Nacional destaca que, apesar de inicialmente mencionar o lançamento como
constitutivo do crédito tributário, é conciso ao entender que apenas declara
uma obrigação preexistente.
3.Distinguir obrigação tributária e deveres instrumentais. Multa pelo não-
pagamento
caracteriza-se como obrigação tributária? Justifique, analisando criticamente o
art. 113
do CTN.
R: É possível dizer que uma relação tributável é uma relação obrigatória, que
pode ser de natureza primária ou secundária, e é baseada em considerações
monetárias. Para melhor visualizar a situação, temos um dos polos, o devedor,
e o outro, o credor, onde ocorreu um evento gerador. Mediante o entendimento
do mestre Paulo de Barros Carvalho, a obrigação estatutária conhecida como
obrigação principal existe como obrigação autêntica e genuína, levando-se em
consideração a ocorrência de um evento típico previsto em norma. A partir da
análise do artigo 113 do Código Tributário Nacional, temos em seu 1§ a
obrigação principal, a qual vislumbra a situação de cunho pecuniário mediante
o pagamento do tributo ou de multa, o qual se extingue mediante a
integralidade do pagamento. Adiante, no 2§ encontramos a obrigação
acessória, relativa à obrigação de fazer ou não fazer alguma coisa.
Subsequente, no 3§ a hipótese de não cumprimento da obrigação acessória
gera sua conversão em obrigação principal no que tange a penalidade
pecuniária. Diante disso, entendo que a multa não pode ser inserida como
obrigação principal (de tributo), tendo em vista que a obrigação tributária tem
cunho patrimonial condicionado as características previstas no artigo 3º do
CTN.