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1. INTROITO
2. CONSIDERAÇÕES FÁTICAS
3. NO MÉRITO
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação indenizatória por danos materiais e morais. Responsabilidade civil. Sentença de
parcial procedência. Recursos de apelação 01 e 02. Insurgência das requeridas.
Construção civil. Perturbação ao sossego. Alegação de exercício regular de um
direito. Não ocorrência. Parte autora que logrou êxito em comprovar suas alegações,
cumprindo o disposto pelo art. 333, inc. I, do código de processo civil. Comprovação
de ruídos excessivos advindos de obra referente à reforma de grande porte realizada
em loja comercial localizada no condomínio que, ainda que misto, é
predominantemente residencial. Ruídos excessivos em horário noturno, feriados e
finais de semana, durante aproximadamente seis meses. Quando ultrapassamos a
fronteira existente entre o nosso direito e o do próximo, violamos um dever moral
consistente na obrigação de respeitar a integridade física e psíquica do nosso vizinho
(clayton reis). Dano moral. Ocorrência. A situação suportada pelos autores supera a
esfera do mero dissabor cotidiano para invadir a seara do efetivo poder judiciário (jwu)
f. 2abalo moral. Dano efetivo considerado in re ipsa. O ruído possui natureza de
agente poluente e causa comprovadamente estresse, distúrbios físicos, mentais e
psicológicos. Quantum indenizatório que não comporta redução. Sentença mantida.
Recursos conhecidos e não providos. Recurso de apelação 03. Insurgência dos
autores. Danos morais. Majoração do quantum indenizatório. Pedido recursal que
merece ser provido. A fixação do valor da indenização deve ser feita pelo julgador,
segundo seu prudente arbítrio, sopesadas as peculiaridades do caso concreto sub
judice. Valorando as circunstâncias que gravitam em torno do caso posto à
julgamento, principalmente em vista do extenso lapso temporal em que o ato ilícito
perdurou e da capacidade financeira das ofensoras e dos ofendidos, deve o quantum
indenizatório ser majorado para R$ 10.000,00 para cada um dos autores. Danos
materiais emergentes. Inocorrência. A contratação de advogado, por si só, não enseja
danos materiais, sob pena de atribuir ilicitude a qualquer pretensão questionada
judicialmente (stj, AGRG no RESP 1229482/ sp). Sentença reformada em parte.
Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJPR; ApCiv 1424753-7; Curitiba; Oitava
Câmara Cível; Relª Desª Themis Furquim Cortes; Julg. 19/11/2015; DJPR 15/12/2015;
Pág. 84)
Nesse sentido:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.
Direito de vizinhança. Poluição sonora. Perturbação constante que só cessava com a
presença da Polícia Militar. Incômodo de grande monta que motivou a saída da autora
do imóvel. Resultado lesivo decorrente da emissão de ruídos sonoros que deve ser
suportado pela ré. Lesão anímica que justifica indenização por dano moral. Recurso
provido. (TJSP; APL 0006198-92.2012.8.26.0047; Ac. 9181044; Assis; Vigésima
Oitava Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Dimas Rubens Fonseca; Julg.
19/02/2016; DJESP 29/02/2016)
3.1. Requerimentos
a) A parte Autora opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc.
VII), razão qual requer a citação da Promovida para comparecer à audiência
designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput);
3.2. Pedidos
b) requer, outrossim, seja deferida por definitivo a tutela de urgência inibitória positiva
de obrigação de não fazer, no sentido de que o Réu seja instado a não produzir
barulhos excessivos em sua residência e/ou dentro do condomínio, principalmente os
provenientes de festas, de aparelhos que emitam ruídos e/ou de conversas,
especialmente no horário entre as 22:00h e às 08:00h;, sob pena de pagamento de
multa diária de R$ 1.000,00(mil reais), consoante a regras do art. 497 c/c art. 537 do
CPC;
Nestes Termos,
Pede Deferimento
Local e data.
ADVOGADO
OAB/XX XX.XXX