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ÍNDICE GERAL
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 3
1.1 - CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA PROVÍNCIA DA HUÍLA .................................................... 3
1.2 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E DEMOGRAFIA ...................................................................... 4
2 - SITUAÇÃO PRODUTIVA DA PROVÍNCIA................................................................................................... 4
4 – PROGRAMA DE RECONVESÃO DA ECONOMIA INFORMAL .............................................................. 8
5 – ESTADO DAS EMPRESAS APÓS AS SITUAÇÕES DE CALAMIDADE PÚBLICA .......................... 12
5.1. Efeito da Pandemia na actividade económica das empresas ................................................... 12
6. SITUAÇÃO DO FINANCIAMENTO À ECONOMIA PELA BANCA COMERCIAL ................................. 14
6.1. Fomento da Produção Nacional.......................................................................................................... 16
7. MONITORIA E EMPREGABILIDADE ............................................................................................................18
7.1. Situação do Emprego (Taxa De Desemprego E Empregabilidade Jovem) ............................18
Desafios ................................................................................................................................................................. 21
ÍNDICE DE QUADROS
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
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1 - INTRODUÇÃO
Este documento faz referência a conjuntura económico actual da Província da Huíla, num
contexto de crise económica agudizado pelos efeitos da Covid-19, pandemia que obrigou ao
encerramento da actividade económica durante a vigência do estado de emergência em 2020 e
agora com limitações, devido a situação de calamidade pública. Um olhar especial é dado para
o sector produtivo, especialmente nos ramos de actuação das empresas privadas, especificando-
se o efeito da pandemia na capacidade produtiva dos principais clusters que compõem o tecido
empresarial. São também apresentados alguns aspectos que concorrem como factor de
oportunidade de negócio para a Província nos principais ramos da actividade económica.
Com 79.023 km², a Província da Huíla situa-se na zona sudoeste da República de Angola,
compreendido entre 13º - 17º latitude Sul e 13º - 17º longitude Este, fazendo fronteira com as
seguintes Províncias: Norte: as Províncias de Benguela e Huambo, Sul: a Província do
Cunene; Este: as Províncias do Bié e Cuando Cubango; Oeste: a Província do Namibe e
Benguela.
Sua localização geográfica, representa uma valência importante pois, posiciona-se como uma
plataforma logistica potencial para a região sul, sendo atravesada por uma vasta rede de
estradas de referência nacional das quais se destacam:
A nordeste, a estrada EN 354 que conecta o Lubango ao Huambo, atravessando os Municípios
de Cacula, Caluquembe e Caconda;
A oeste a estrada EN 105 conecta a Província da Huíla com a de Benguela,
atravessando os Municípios da Cacula e de Quilengues. Esta via, a sudeste, é
igualmente responsável pela ligação da Huíla ao Cunene;
A estrada EN 280, a oeste, garante a ligação da Província da Huíla a Província do
Namibe.
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1.2 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E DEMOGRAFIA
Administrativamente, o território da Província da Huíla está dividido em 14 (catorze)
municípios nomeadamente: Lubango, Humpata, Chibia, Gambos, Quipungo, Matala,
Chicomba, Cuvango, Jamba, Chipindo, Caconda, Caluquembe, Cacula e Quilengues, tendo a
cidade do Lubango a capital da Província, e um conjunto de 39 comunas.
Dados da projecção do crecimento demográfico até 2050 publicados pelo INE, projectam a
Província em 2021 com população de 3.090.046 habitantes, sendo que, mais de 60% desta
população reside na zona rural, o que faz da produção agropecuária um sector de extrema
importància para a dinamização socioeconómica. Nesta perspectiva, a intervenção a nível das
administrações Municipais nas vias secundárias e terciárias que constituem as principais rotas
de escoamento da produção local é essencial para o desenvolvimento local.
No domínio agrícola, pela sua característica climática, a Província tem um forte potencial na
produção de Milho, Feijão, Massango, Massambala, Batata-doce, Batata rena, Mandioca,
Abobora, Hortícolas, Carne, Leite e seus derivados, além de frutas e hortícolas, em quantidade
e qualidade suficiente para atender ao mercado nacional e no futuro próximo evoluir para o
mercado internacional.
Entretanto, o nível de produtividade tem sido muito baixo por diversas razões, mas, que pode
ser significativamente melhorado, com possíveis investimentos na mecanização, correcção e
fertilização dos solos, além da aposta nos sistemas de regadio, dado que a superfície arável
disponível está estimada em mais de 600 mil hectares.
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de degradação das vias secundárias e terciárias nas principais zonas de produção. Apesar das
dificuldades, ainda têm sido observados aumentos paulatinos na produção em anos com boas
taxas de precipitação pluviométrica.
Os produtos como o milho e o massango possuem uma grande utilidade na cadeia de valor da
produção da Cerveja, sendo produzidos em grande escala no triângulo do milho que envolve os
municípios de Caconda, Chicomba, Matala e Quipungo.
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QUADRO 2: INDICADORES DE NÚMERO DE INDÚSTRIAS EXISTENTES
Funcionament Em
TIPO DE UNIDADE INDUSTRIAL Paralisada TOTAL
o Implementação
Bebidas alcoólicas destiladas 1 0 1 2
Bebidas cerveja de malte 1 0 1 2
Bebidas refrigerantes 1 0 0 1
Bebidas água mineral 2 3 0 5
Panificação e Pastelaria 82 7 20 109
Moageiras (farinha) 38 0 31 69
Moageiras (ração animal) 0 2 0 2
Massas e Bolachas 0 2 0 2
Gelo 4 0 0 4
Agro-Indústria 2 2 0 4
Derivados do leite (Lacticínios) 2 1 1 4
Derivados de carne (Salsicharia) 8 4 1 13
Produção de carne (Matadouros) 2 5 0 7
Cigarros 1 0 1 2
Metalúrgicas (Serralharias) 22 1 0 23
Edição e impressão gráfica 4 0 1 5
Produção de tijolo e telha (Cerâmica) 2 4 0 6
Produção de blocos de cimento 19 0 1 20
Central de betão 4 0 0 4
Produção de cimento cola 1 0 0 1
Área lavada (Areeiros) 0 0 1 1
Produção de asfalto 0 0 1 1
Plásticos 3 0 0 3
Recauchutagem 4 0 2 6
Têxtil (Confecção de uniformes
0
diversos) 1 1 2
Produtos químicos (Gás Industrial) 0 0 2 2
Colchões 2 1 0 3
Indústria da madeira (Serração) 2 0 2 4
Indústria da madeira
0
(Marcenaria/Carpintaria - Mobiliário) 14 0 14
Beneficiamento do granito/mármore
3
(Ornamentação) 5 1 9
Beneficiamento do granito/calcário
0
(Britagem) 1 0 1
Cal para fins agrícola 1 0 0 1
Motorizadas 1 0 0 1
Vidros 0 1 0 1
Produção de Chapa de Zinco 0 1 0 1
Indústria diversas 0 0 4 4
Indústria de pasta de papel 0 0 1 1
Britadeiras 6 2 0 8
Outras Indústrias de construção civil 0 0 2 2
TOTAL……………………………. 236 38 76 350
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QUADRO 3: CAPACIDADE PRODUTIVA DAS UNIDADES AGRO-INDUSTRIAIS DA
PROVÍNCIA DA HUÍLA.
Capacidade
Empresas Produto Município
(ton)/ano
Agrikuvango 9.000 Farinha de Milho Cuvango
Nova Cimor, Lda 6.000 Farinha de Milho Matala
Cemake 2.257 Farinha de Milho Caluquembe
Fonte: Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico integrado
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4 – PROGRAMA DE RECONVERSÃO DA ECONOMIA INFORMAL
A par disto, está a ser levado acabo um estudo no mercado do Mutundo que ocupa uma extensão de
84 hectares em parceria com o observatório da Faculdade de economia da Universidade Mandume Ya
Ndemufayo. O referido estudo irá incidir numa primeira fase sobre o Mercado do Mutundo no que diz
respeito a sua caracterização, estrutura organizacional, actividades desenvolvidas, motivação e seus
efeitos a nível da sociedade e da economia.
O mesmo tem como objectivo principal, avaliar o nível de informalidade na Província da Huíla
relacionada com as suas duas dimensões (produção e trabalho), sua complexidade e suas
abordagens, em matéria de:
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intervenientes;
O estudo deve ainda incluir a auscultação dos intervenientes do Mercado do Mutundo
sobre o quadro legal em vigor, incluindo as vantagens e obstáculos que a legislação
coloca no exercício das actividades económicas e na contratação de trabalhadores;
Foram realizados 1200 inquéritos aleatórios aos vendedores do mercado. Para além dos
inquéritos foram realizadas entrevistas dentro e fora do mercado. Do total de 1200 inquéritos
foram já lançados no software de análise estatística (SPSS) cerca de 170 inquéritos (14%) dos
quais foi feita uma pré-análise com os seguintes resultados:
Os vendedores maioritariamente são jovens com idade compreendidas entre 26 a 30 anos, isto
justifica-se pelo facto da falta de oferta trabalho e a procura do auto emprego.
GRÁFICO 1: IDADE
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Quanto ao género é possível perceber que maior parte dos vendedores do mercado do Mutundo
são mulheres representando 50, 60% como se pode observar no gráfico 2. Em relação ao nível
académico e tipo de negócio, é perceptível através dos dados preliminares que 37, 60% dos
vendedores possuem o ensino médio representando o maior nível de escolaridade dos mesmos,
sendo que 57, 60% dos vendedores têm o negócio pessoal conforme gráficos 3 e 4.
GRÁFICO 2: GÉNERO
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71,20% dos inquiridos não têm ainda os seus negócios formalizados. Contrariamente, 93,50%
possuem o bilhete de identidade e 94,70% dos vendedores pagam regularmente as taxas
cobradas pela administração do mercado, conforme gráficos 5, 6, 7, 8 e 9.
Obs.: Como acima aludido estes são dados preliminares representando apenas 14% da
amostra, não sendo por isso representativo da população dos vendedores do mercado
do Mutundo, mas foi para se ter uma ideia inicial da tendência dos resultados finais do
estudo.
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GRÁFICO 9: PAGAMENTO DE TAXAS
Dar nota que até ao momento, alguns trabalhos de apoio a formalização foram já realizados,
desde a identificação de agentes com documentos em falta ou mesmo sem nenhum que ainda se
encontram na informalidade.
Vários constrangimentos foram observados neste período e alguns agudizados, tais como a
redução da produção nas unidades industriais, a escassez da matéria-prima, principalmente para
aquelas que dependem das importações, a falta de poder aquisitivo por parte da população.
Contrariamente no subsector de rochas ornamentais verificou-se um aumento na taxa de
exportação de blocos de granito, conforme gráfico 10.
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GRÁFICO 10: INDICADORES SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO EXTERNA (EXPORTAÇÃO DE
GRANITO BRUTO)
38359,56 39789,613
33424,65
M3
Em relação ao sector do comércio, manteve-se equilibrado uma vez que durante o período de
2019 a 2021 foram surgindo vários pedidos de licenciamento da actividade comercial desde
comércio a grosso, retalhista e prestação de serviços. A maior tendência recai para o comércio a
retalho representando 52,43% do universo total das empresas licenciadas. Dar nota que estas
actividades comerciais são realizadas na sua maioria por cidadãos de nacionalidade Eritreia e
Mauritaniana.
Grossista
971 Retalhista
822
739 Prest.Serviços
673
Subtoal
390 430
369
317 291
263
129 151
47 93
32
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Apesar das dificuldades económicas que as empresas enfrentam, desde Outubro de 2019 a
Dezembro de 2021, o Departamento Provincial do INAPEM certificou cerca de 146 novas
empresas e a renovação de certificados de outras 130 Microempresas.
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QUADRO 7: INDICADORES DE CRÉDITOS DESEMBOLSADOS NO ÂMBITO DO ALÍVIO
ECONÓMICO E AVISO 10 DO BNA
Linhas de Valor em milhões Data do
N/O Nome da Empresa Município
Financiamento de Kwanzas Desembolso
Aviso 10 BNA
3 Géneros Cereais Lubango 609 420 000,00 25.09.2020
4 Géneros Cereais Lubango 480 000 000,00 25.09.2020
5 Sul Trading Lubango 3 527 000 000,00 14.10.2020
6 AGRI-MUMBA Cuvango 4 065 990 000,00 31.12.2020
7 Nguendalika Comercial e Ind. 69 680 000,00 13.05.2021
8 Ndayula, Lda Lubango 137 190 000,00 01.02.2021
9 Mucubal Lubango 548.050.000,00 26.01.2022
10 Nova Cimor agrícolas Matala 280.000.000,00 26.01.2022
11 Agrikuvango Cuvango 276 423 000,00 26.08.2020
insumos
Compra
pescas
e das
de
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QUADRO 8: INDICADORES DE CRÉDITOS APROVADOS E POR DESEMBOLSAR NO
ÂMBITO DO AVISO 10 DO BNA E ALÍVIO ECONÓMICO E PAC
Aviso 10 do BNA
6 Organizações António Jacinto 497 000 000,00
7 Firma Florinda Tchim. Colmbi 16 000 000,00
8 Erjaplan, Lda 183 000 000,00
9 Soronel Prestação de Serv. Lda 112 000 000,00
10 Metalo Sul, Lda Lubango 5 695 000 000,00
11 AgriMumba Cuvango 16 500 000 000,00
12 Dinis Alfredo Morais 15 000 000,00
Emadel – Empresas de Madeira,
13 Lubango 50 000 000,00
Lda
PAC FADA
pescas
e das
de
nacionais
pescas
e das
de
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QUADRO 9: INDICADOR DE COOPERATIVAS ASSISTIDAS COM TRACTORES MASSEY
FERGUSON
QUADRO 10: INDICADOR DE COOPERATIVAS ASSISTIDAS COM TRACTORES NO ÂMBITO DOS 104
N/O Designação da Localização/ Área de Ex-Militares Membros da Quantidade
cooperativa Município Cultivo (Ha) Ex-Fapla Ex-Fala Comunidade de Tractores
1 Agostinho Materno Matala 60 14 1 33 1
TOTAL 60 14 1 33 1
NÚMERO DE
TIPO DE FORMAÇÃO
FORMADOS
SOIK 18
AGROPRODESI 33
MYCOOP 25
EMPREENDEDORISMO 68
ADMINISTRAÇÃO 82
CONTABILIDADE BASICA 46
EDUCAÇÃO FISCAL E CIDADANIA 42
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Com o intuito de se prestar maior apoio na divulgação, escoamento da produção e celebração
de contratos de compra futura, o Ministério da Economia e Planeamento adoptou a estratégia
Nacional na criação dos Agentes Munipais de Apoio a Produção (AMAP), que têm feito o
registo e cadastramento dos produtores e seus produtos em todos os município PPN. A
Província da Huíla resgistou até Janeiro de 2022 um total de 9.234 produtores, sendo o
município de Chipindo com o maior número de registos.
2134 2082
983 881 656 500 397 349 280 226 144 137 140 51
7. MONITORIA E EMPREGABILIDADE
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QUADRO 14: INDICADOR DE KITS DE FERRAMENTAS DE TRABALHO RECEBIDOS E
DISTRIBUIDOS/ ENTREGUES POR ESPECIALIDADES
Nº DE KITS
Nº DE KITS
N/O Especialidades STOCK DISTRIBUIDOS/
Recebidos
ENTREGUES
1 Agricultura 59 0 59
2 Canalizador 50 0 50
3 Carpintaria 40 0 40
4 Electricidade 32 0 32
5 Jardineiro 25 0 25
6 Ladrilhador 25 0 25
7 Pedreiro 30 0 30
8 Pintor 22 0 22
9 Serralheiro 38 0 38
10 Soldador 29 0 29
11 Manicure e Pedicure e Unhas de Gel 25 0 25
12 Pastelaria/Cozinha 30 0 30
13 Costureira 29 0 29
14 Barbeiro 22 0 22
15 Cabeleireira 24 0 24
16 Mecânica 1 0 1
17 Moagem 1 0 1
18 Recauchutagem 2 0 2
TOTAL GERAL 484 484 484
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DESAFIOS DO SECTOR
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