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Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta

Curso Técnico em Segurança do Trabalho:

A Mostra de Trabalhos do Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta

Turma 1º semestre 2011

TEMA: Orientações Legais de Como Proceder em Caso de Acidente de Trabalho.

Equipe de professores: Eneas Jung


Peterson D. Kuhn
Jheyssy S. Carvalho

Grupo 01: Adriana Kummer Nº 02


Aline Daiane Franzmann Nº 04
Jean Carlo Pommrenke Nº 16
Paula Kramatscheck Nº 25
Valmir Schork Nº 31

Marechal Cândido Rondon


19/04/2011
1- Levantamento Bibliográfico
Quando ocorre ao trabalhador urbano ou rural, com exceção dos domésticos,
deverá ser comunicado à Previdência Social para fins de concessão dos benefícios
previdenciários decorrentes do evento, os quais serão concedidos aos segurados,
de acordo com o enquadramento que cada caso permita e normas estabelecidas
para aquisição dos mesmos.
Acidentes do trabalho são aqueles que acontecem no exercício do trabalho
prestados à empresa e que provocam lesões corporais ou perturbações funcionais, que
possam resultar em morte, perda ou em redução, permanente ou temporária, das
capacidades físicas ou mentais do trabalhador.
Os acidentes do trabalho são classificados em três tipos, a saber:
a) acidente típico (tipo 1), é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa;
b) doença profissional ou do trabalho (tipo 2);
1.c) acidente de trajeto (tipo 3), é aquele que ocorre no percurso do local de
residência para o de trabalho, desse para aquele, ou de um para outro local de trabalho
habitual, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o
percurso do referido trajeto. FONTE: Fiscosoft – 03/04/2008.
Diante disto, será utilizada como base bibliográfica, publicações de artigo,
internet, e livros com assuntos correlatos ao tema discutido.

1.1-Comunicação do Acidente do Trabalho


A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o
1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite
máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências.
Da comunicação receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, duas
vias para o INSS, a Delegacia Regional do Trabalho, o Sistema único de Saúde (SUS),
o sindicato a que corresponda a categoria do trabalhador, bem como uma via deverá
permanecer arquivada na empresa.
Na falta do cumprimento do disposto acima, caberá ao setor de benefícios do
INSS comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança da
multa devida.
A comunicação do acidente se faz também à autoridade policial, quando o fato
causar a morte do segurado.
As Comunicações de Acidente do Trabalho feitas perante o INSS devem se
referir às seguintes ocorrências:
a) CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença ocupacional ou
óbito imediato;
b) b) CAT reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente
do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho, caso o mesmo já
tenha retomado suas atividades profissionais; e
c) CAT comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou
doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial.
Se a empresa não emitir a CAT, o próprio trabalhador pode procurar assistência
do INSS ou solicitar ao Sindicato que expeça este documento.
Onde reclamar: Caso você sofra acidente de trabalho e não for assistido
adequadamente por sua empresa, você pode recorrer ao Ministério do Trabalho e ou a
Delegacia Regional do Trabalho para que as providências sejam tomadas.
Pedido de indenizações: O tempo máximo para solicitar indenização por
acidente de trabalho é de 5 anos. O período é contado a partir da data em que foi
caracterizado o acidente ou a doença ocupacional. Após este período, há prescrição do
prazo e a indenização não será paga.

1.2 - TODO ACIDENTE DEVE SER REGISTRADO


Conforme as alíneas “h” e “i” do item 4.12 da NR-4, é de competência dos
profissionais do SESMT, analisar e registrar todos os acidentes e doenças
ocupacionais. Registrar mensalmente os resultados dos Acidentes do Trabalho e das
Doenças Ocupacionais conforme os Quadros III, IV, V e VI e, anualmente informar à
DRT.
A empresa não se exime de sua responsabilidade pela comunicação do acidente
feita pelos terceiros acima citados. Os sindicatos e as entidades de classe poderão
acompanhar a cobrança das multas (pela não emissão da CAT) pela previdência
social.
O Acidente de trabalho pode ser caracterizado:
1. Administrativamente, pelo Setor de benefício do INSS;
2. Tecnicamente, pela perícia médica do INSS, que estabelecerá o nexo de
causa e efeito entre: acidente e a lesão, a doença e o trabalho, a causa mortis e o
acidente.

1.3 - DA FICHA DE INVESTIGAÇÃO


É um estudo de caso, envolvendo o acidente onde deverá conter, identificação
da empresa, identificação do acidente (local, horário, do acidentado, do tempo de
experiência do acidentado, da descrição do acidente, das testemunhas, do
Encarregado da Seção onde ocorreu o acidente, etc.), a causa identificada e as ações
corretivas para evitar acidentes semelhantes, conclusão da CIPA e espaço para
assinatura dos envolvidos.

1.4 - BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

São benefícios monetários concedidos aos segurados, visando atender e suprir


suas necessidades básicas durante o período em que esta impossibilitado de trabalhar,
impedindo assim que o mesmo fique a margem dos riscos sócias, provenientes da
insegurança e instabilidade geradas pela falta de trabalho e consecutivamente falta de
garantias financeiras.
Existem uma série de diferentes benefícios que serão listados e descritos nos
próximos itens deste referido estudo.
1.4.1 Auxílio-doença
Beneficio fornecido ao segurado que, cumprido o período de carência
exigido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, e ficar incapacitado para a
realização das atividades de seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos.
Durante os primeiros quinze dias consecutivos do afastamento da
atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o
seu salário integral.
A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu
cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze
dias, devendo encaminhar o segurado empregado a perícia médica da Previdência
Social quando a incapacidade ultrapassar os quinze dias.
O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua
atividade habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional para o
exercício de outra atividade.
Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho
de nova atividade, que permita sua subsistência ou quando considerado irrecuperável,
for aposentado por invalidez.
O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela
empresa como licenciado.
1.4.2 AUXÍLIO ACIDENTE
Beneficio concedido, como indenização, ao segurando quando, após a
consolidação das decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas
que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
O auxílio-doença será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo
acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. O recebimento de
salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará a
continuidade do recebimento do auxílio-doença.
1.4.3 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Benefício fornecido, uma vez que cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício da atividade, que
propicia-lhe a subsistência, e será paga enquanto permanecer nesta condição.
A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação mediante
exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas
expensas, ser acompanhado de médico de sua confiança.
Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e
definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado
empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, ou a partir da
entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrer
mais de trinta dias.
O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente a atividade terá sua
aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data de retorno.
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por
invalidez, será observado o seguinte procedimento:
1. quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do
início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem
interrupção, o benefício cessará de imediato para o segurado empregado que tiver
direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na
forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de
capacidade fornecido pela Previdência Social.
2. quando a recuperação for parcial, ou ocorrer dentro de 5 (cinco) anos,
contados da data da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda
sem interrupção, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de
trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem
prejuízo da volta a atividade.
Destacasse que o beneficiário, empregado em gozo de uma das prestações,
acima citadas, tem direito ao abono anual, equivalente ao 13 salário.
1.4.4 - PENSÃO POR MORTE
Auxilio monetário fornecido seja por acidente típico, seja por doença
ocupacional, resultante de morte, aos dependentes do segurado.
1.4.5 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo de doze
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção do auxílio-acidente.
Em se tratando de contrato por prazo determinado, a rescisão contratual poderá
ser efetuada no término do prazo ajustado, não havendo que se falar em estabilidade.
Ressalta-se que se o empregado se afasta apenas por até 15 (quinze) dias da
empresa, não há concessão do auxílio-doença e não haverá garantia de emprego.
A garantia de emprego de doze meses só é assegurada após a cessação do
auxílio-doença. Caso o empregado se afaste com periodicidade para tratamento
médico, com percepção de auxílio-doença acidentário, será computada a garantia de
doze meses a partir do retorno do empregado ao trabalho, isto é, quando da cessação
definitiva do auxílio-doença acidentário.
Destaca-se, também, que o contrato de trabalho do empregado encontra-se
interrompido até o décimo quinto dia e suspenso a partir do décimo sexto dia ao do
acidente.

2- Problema

A falta de conhecimento em segurança do trabalho pode vir a potencializar um


simples acidente. A falta de instrução dos colaboradores das empresas e indústrias de
como proceder, caso, ocorra algum tipo de acidente do trabalho, pode abrir margem
para punições legais a empresa, e não recebimento dos auxílios devidos ao
trabalhador.

3- Hipótese
Em caso de acidente do trabalho, é vantajoso para a empresa e também para os
trabalhadores, que se tenha um técnico em segurança do trabalho, para que possa
tomar as medidas legais, corretivas quanto ao problema gerador do acidente, e
acompanhamento do trabalhador.

4- justificativa
O técnico em segurança do trabalho é um profissional gabaritado a orientar
empresa e trabalhador sobre como proceder legalmente na fase de pós-acidente.

5- objetivos
Aprendizado dos alunos sobre assuntos referentes ao tramite legal necessário
após o acontecimento de um acidente no trabalho.
Compartilhamento de conhecimento e interação da escola com a sociedade, ou
seja, socialização do conhecimento.
Demostrar a importância do técnico em segurança do trabalho dentro do setor
de administração de uma empresa.
Orientar trabalhador e empreendedor sobre os aspectos legais que envolvem
desde um simples acidente de trabalho até um acidente fatal.

6- Metodologia
Neste trabalho, será realizado um estudo detalhado dos procedimentos legais a
serem seguidos caso ocorra um acidente dentro do ambiente de trabalho.
Para que isso seja possível será necessária a colaboração dos professores e
alunos envolvidos, na pesquisa que será demandada por conta deste estudo.
A turma será dividida em 05 (cinco) grupos onde irão desenvolver o trabalho,
bem como descrever cada os tramites legais a serem seguidos depois que ocorra um
acidente de trabalho.
Os grupos estão organizados e dispostos provisoriamente com as seguintes
composições:
Grupo 01: Adriana, Aline, Jean, Paula e Valmir.
Grupo 02: Maria Aparecida, Ivete, Simone, Liane e Wiliana.
Grupo 03: Adelar, Ângelo, Ereni, Ildo e Marlus.
Grupo 04: Sandra, Jose, Iria, Roberto e Juliana.
Grupo 05: Evelyn, Cristiane, Melania e Patrick.

Será seguido um cronograma de trabalho conforme o explicitado no item 7


(sete) logo a seguir.
O passo a passo de um pós acidente de trabalho será representado no
fluxograma a seguir:

7- Cronograma
Fase Data 01/04 19/04/11 30/04 Maio 25 e 26/05
Definição do Tema Abordado
x
Entrega do pré-projeto x
Entrega de pesquisa
bibliográfica x
Apresentação das notas
x
Apresentação em sala de
aula (socialização do
conhecimento) x
Impressão dos trabalhos
x
A mostra de trabalhos
x

8- Avaliação
Os cursantes do 1º Semestre de Segurança do Trabalho, serão avaliados com
notas de 0 a 100 em todas as matérias aplicadas neste periodo.
9-Anexos
10- Referencias Bibliográficas

http://www.fiscosoft.com.br/ - Acesso em 03/04/2008 e 28/03/2011

http://www.fundacentro.gov.br/ – Acesso em 28 e 29/03/2011

MARKUS, Flavia: Instruções Básicas da Administração Aplicada a Engenharia


de Segurança do Trabalho com Ênfase a Portaria nº3214 MTb de 08-06-78. Curso de
Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Unioeste Campus de
Cascavel, 2009.

http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp – Acesso em
18/04/2011, 21 Horas e 39 min.

Manual de Legislação Atlas, Segurança e Medicina do Trabalho – Livro das


Normas Regulamentadoras, Edição 2011.

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