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FORTALEZA
2018
FERNANDO VICTOR GALDINO PONTE
FORTALEZA
2018
A Deus.
Ao meu filho João Victor Lôbo Ponte.
AGRADECIMENTOS
O Governo do Estado do Ceará, com a finalidade de planejar e definir políticas públicas para o
saneamento na zona rural e através da Secretaria das Cidades, Secretaria de Desenvolvimento
agrário e Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), utilizou a ferramenta SIASAR
(Sistema de Informação sobre Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário na Zona Rural),
tendo como território piloto escolhido por meio de critérios técnicos o município de Aracati, o
qual teve seu sistema de saneamento mapeado em nível de comunidade, bem como a qualidade
dos serviços prestados. A presente ferramenta foi desenvolvida pelo Banco Mundial para apoiar
estrategicamente nas decisões de investimentos em obras de saneamento rural em países da
América Latina e que foi proposto para o Brasil, tendo como primeiro Estado o Ceará, devido
aos investimentos já aplicados e também com o propósito de fortalecer as políticas públicas
anteriormente implantadas. O diagnóstico foi desenvolvido através de levantamentos de campo
com auxílio de questionários e preenchidos pelos técnicos da Secretaria das Cidades, Secretaria
de Desenvolvimento Agrário e CAGECE. Além destes, a coleta de dados também contou com
a participação de agentes municipais de saúde, os quais contribuíram com informações sobre o
nível de higiene pessoal nas residências. Após análise dos dados coletados, verificou-se que a
cobertura, para o meio rural, de abastecimento de água é cerca de 67% e esgotamento sanitário
aproximado 88%, percentuais que evidenciam a grande demanda de investimentos a serem
realizados para cobertura total do território, sem perder a qualidade das prestações dos serviços.
A universalização do saneamento, sobretudo da água, ainda é um desafio para o Governo do
Estado do Ceará, porém os investimentos estão sendo empregados para o alcance destas metas,
desta maneira, o sistema de informações SIASAR surge como um bom instrumento de apoio à
decisão dos investimentos e modelo para outros Estados do nordeste brasileiro que também
buscam oferecer serviço de esgotamento sanitário e abastecimento de água de qualidade.
The Government of the State of Ceará, in order to plan and define public policies for sanitation
in rural area and through the Secretariat of Cities, Secretariat of Agrarian Development and
Water and Sewage Company of Ceará (CAGECE), used the SIASAR tool (System of
Information on Water Supply and Sanitary Sewage in Rural Zone), having as pilot territory
chosen by means of technical criteria the county of Aracati, which had its sanitation system
mapped at community level, as well as the quality of services provided. This tool was developed
by the World Bank to strategically support investment decisions in rural sanitation works in
Latin American countries and was proposed to Brazil, with Ceará as the first State, due to
investments already applied and also for the purpose of strengthen public policies previously
implemented. The diagnosis was developed through field surveys using questionnaires filled
by technicians of the Secretariat of Cities, Secretariat of Agrarian Development and CAGECE.
In addition, data collection also counted on the participation of municipal health agents, who
contributed with information on the level of personal hygiene in residences. After analysis of
the collected data, it was verified that the coverage of water supply for rural area is about 67%
and sanitary sewage approximately 88%, percentages that show the great demand of
investments to be made for total coverage of the territory, without losing the quality of provided
services. The universalization of sanitation, especially water, is still a challenge for the
Government of the State of Ceará, however investments are being made to reach these goals
and the SIASAR tool appears as a tool to support the decision of the investments and model for
other states in the Brazilian northeast that also seek to offer sanitary sewage service and quality
water supply.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 28
5 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 48
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
incluindo a definição das políticas públicas a serem adotadas pelo governo; monitoraria a
cobertura, qualidade e sustentabilidade dos serviços de saneamento rural, registraria o
desempenho dos prestadores de assistência técnica, incluindo suas limitações na logística
além de permitir a transferência de dados estatísticos e cruzar com informações de outros
dados setoriais, como por exemplo, dados da saúde, meio ambiente, desenvolvimento
comunitário ou social.
1.2 Objetivos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
prevenção deveria ser amplamente trabalhada, obedecendo, por exemplo, a NBR 7229
(1993) que exige distâncias horizontais mínimas de tanques sépticos para corpos d’água de
qualquer natureza, visto que o custo para o tratamento da água contaminada é relativamente
alto, tendo assim uma medida de controle corretivo.
Já as águas superficiais estão mais vulneráveis à poluição, devido diversos tipos de
vazamentos e derramamentos (CIRILO et al., 2007), sejam eles de origem sanitária ou
industrial, necessitando assim de uma estação de tratamento de água – ETA, a qual tem por
objetivo transformar água bruta em água tratada conforme a legislação vigente (PAZ, 2005).
Apesar dos esforços, a realidade nos países em desenvolvimento ainda é muito
precária. Segundo Mota (2006), uma parcela significativa da população mundial não dispõe
de adequados sistemas de abastecimento de água, sendo obrigado a utilizar-se de soluções
não sanitárias, as quais resultam na incidência de muitas doenças e mortes.
O percentual de pessoas que gozam do benefício do abastecimento com água
desinfetada é desalentador. De acordo com estudo do Trata Brasil (2018), da parcela urbana,
91,9% tem como forma de abastecimento a rede geral e 8,1% são abastecidos por outras
formas. Já na zona rural do País, apenas 27,8% tinha a rede geral como forma de
abastecimento, enquanto 72,2% tem acesso à água por outras formas, como por exemplo
poços rasos individuais, carro-pipa e água da chuva armazenada em cisternas.
Dantas Neto (2013) aborda que a distribuição da água de abastecimento humano em
chafarizes é fator limitante do consumo e somente deve ser aplicada em pequenas
comunidades rurais, nas quais a distância entre a residência mais distante e o chafariz seja
inferior a meio quilômetro, mas a realidade é que grandes centros utilizam dessa forma de
abastecimento ainda hoje e sem nenhum tipo de tratamento adequado.
Segundo SNIS (2016) mais de 100 milhões de Brasileiros não tem acesso à coleta de
esgoto. Já em estudo de Costa e Guilhoto (2014) mais de 23 milhões de pessoas na zona
rural sem coleta ou tratamento de esgoto, o que corresponde a 75% da população rural, isto
sem falar de milhões de pessoas que recebem água cuja qualidade não corresponde às
recomendações da Organização Mundial da Saúde, nem aos padrões nacionais e
internacionais.
Com esses dados, observa-se uma contradição com o que relatam Neves-Silva e Heller
(2016), onde em 2010 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas reconheceu o
acesso à água e ao esgotamento sanitário como um direito humano, com ratificação do
Conselho de Direitos Humanos no mesmo ano e foi escrito um documento que reconhece
17
que todas as pessoas necessitam de acesso à água em quantidade suficiente para beber,
cozinhar, fazer a higiene pessoal e a da casa, além de acesso a serviços de esgoto que não
comprometam sua saúde ou dignidade.
Silva e Esperidião (2017) perceberam por meio das análises realizadas em seus
estudos, que os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário possuem
relação direta com os números de mortalidade infantil, assim como as questões
socioeconômicas.
Dados da WHO e UNICEF (2017) demonstram que em 2015, 5,2 bilhões de pessoas
em todo o mundo têm acesso melhorado à água, representando um aumento na cobertura
global para 71%, como pode ser observado na figura 1, com a definição dos níveis de serviço
na Tabela 1. Em relação ao esgotamento sanitário, os progressos foram menores,
identificando-se aproximadamente 1 bilhão de pessoas ainda defecando ao ar livre. A meta
é que até 2030 as pessoas não defequem a céu aberto e tenham água segura.
Limitado; 4%
Básico; 17%
Água
Melhorada; 71%
Nos últimos anos, bilhões de pessoas tiveram acesso a serviços básicos de água e
esgoto, mas não necessariamente um serviço de qualidade com água potável e esgotamento
sanitário seguro. Em muitas casas, instalações de saúde e escolas ainda faltam água e sabão
18
para a lavagem das mãos. Isso coloca todas as pessoas, em especial as crianças pequenas,
com grande risco de contrair doenças como a diarreia. (WHO; UNICEF, 2017)
As doenças relacionadas com a água que afetam a saúde do homem são relativamente
muito difundidas e abundantes nas áreas rurais dos países em desenvolvimento. Segundo
Neves-Silva e Heller (2016), o simples ato de lavar as mãos com sabão reduz
substancialmente a prevalência de doenças como a diarreia, responsável pela morte de 760
mil crianças abaixo de cinco anos, a cada ano, em todo mundo. Além de ser elemento
essencial para redução da mortalidade infantil, o acesso à água e ao esgotamento sanitário
diminui doenças tropicais como malária, dengue, Chikungunya e Zica.
Para Vieira (2016) essas foram as doenças de veiculação hídrica notificadas em
Centros de Saúde na região do seu estudo: Doenças diarreicas agudas, leptospirose, malária
e esquistossomose, que assim como a malária são doenças que possuem de alguma forma
relação com água, seja essa forma de habitat do hospedeiro, ou apenas de desenvolvimento.
No Brasil a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, área endêmica
para a doença, mas conforme o Ministério da Saúde orienta as demais regiões apesar do
baixo número de notificações da doença, ela não pode ser negligenciada, pois se observa
19
evitados os gastos com o tratamento delas, que no caso deste estudo calculou-se em
R$ 20.372.559,90 (dado valor médio dessas internações de R$ 353,85).
Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, WHO (2014), estima-se que, para
cada dólar investido em saneamento básico e água, o PIB global cresça em 1,5% e sejam
economizados 4,3 dólares em saúde no mundo.
Conforme previsto pela lei 11.445 (BRASIL, 2007), que institui as diretrizes e a
política federal de saneamento básico, especificamente no artigo 48, destaca-se a garantia
dos meios adequados para o atendimento das populações rurais dispersas, inclusive mediante
a utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais
peculiares. O artigo prevê a implantação de sistemas adequados de tratamento de água e
esgoto e destinação final de resíduos domésticos, levando em consideração as características
econômicas e sociais destas regiões.
Ainda sobre a Lei 11.445, o artigo 49 trata sobre os objetivos e destaca-se o de
proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às populações rurais e de
pequenos núcleos urbanos isolados. O artigo 52 define as bases do Plano Nacional de
Saneamento Básico (PLANSAB) e os planos regionais de Saneamento Básico, em regiões
integradas de desenvolvimento econômico e naquelas em que haja a participação de órgão
federal na prestação de serviço, o qual caracteriza e quantifica o déficit do abastecimento de
água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos. Ou seja, é obrigatório por lei
proporcionar condições de salubridade ambiental as populações rurais e nesse processo a
educação ambiental torna-se uma ferramenta eficaz para a conscientização e para a adoção
de métodos e práticas sustentáveis visando melhorar a qualidade da vida da população
brasileira.
Neste contexto, estudo do Trata Brasil (2018), fala da existência de Políticas Estaduais
de Saneamento, as quais, reforçam a importância dos Estados de desenvolver e,
principalmente, coordenar ações de implementação e melhoria dos serviços de saneamento,
que visem à universalização – um dos princípios centrais da Lei n. 11.445/2007. Tais
políticas devem focar na integralidade do território e beneficiar as diversas áreas de cada
Estado, notadamente, levando em consideração o meio rural, que em geral, concentra o
maior déficit de acesso aos serviços de saneamento básico. No Ceará, foi instituída a Política
21
Uma em cada três pessoas usando com segurança serviços gerenciados de água potável
(1,9 bilhão) viviam em áreas rurais. (WHO; UNICEF, 2017)
Apesar dos estudos mundiais, no Brasil e mais especificamente no Ceará, o baixo
conhecimento das características e dos desafios do universo rural torna aparente como o
saneamento rural é invisível. O Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento – SNIS
caracteriza o setor na zona urbana, assim fica claro que é necessário implementar uma
ferramenta como o SIASAR, que permita o conhecimento e planejamento do saneamento na
zona rural.
Segundo Garrido et al. (2016), o governo Brasileiro tem investido, durante várias
décadas, recursos de diversas fontes nacionais e internacionais para melhorar a cobertura de
abastecimento de água e esgotamento sanitário na zona rural. Contudo estudos e pesquisas,
como a realizada pelo Banco Mundial, indicam que apenas a execução de obras de
infraestrutura não é suficiente para garantir a provisão do serviço à população. Em vários
casos, a infraestrutura é implementada, porém é usada incorretamente ou se deteriora devido
à falta de manutenção, levando o governo a ter que investir novamente na mesma localidade,
impedindo que mais famílias sejam beneficiadas.
Garrido et al. (2016) caracteriza que no Brasil existem diversos modelos de gestão
para o saneamento na zona rural, onde classifica como: Modelo de gestão multicomunitária
e unicomunitária. Unicomunitária, a comunidade exerce uma gestão isolada, apenas para si.
Na multicomunitária, a gestão é realizada de forma comum para diversas comunidades
22
Tabela 2 - Dados de serviços do SISAR em cada região do Estado do Ceará, em dezembro 2017
SISAR Nº DE Nº DE Nº DE POPULAÇÃO % TOTAL
MUNICÍPIOS LOCALIDADES LIGAÇÕES BENEFICIADA (Lig. e Pop.)
BAC 32 137 31.740 119.977 20,03%
BAJ 17 121 16.755 63.334 10,57%
BBA 22 143 20.277 76.647 13,79%
BBJ 14 69 13.345 50.444 8,42%
BCL 17 93 16.101 60.862 10,16%
BME 16 74 9.037 34.160 5,70%
BPA 16 186 27.210 102.854 17,17%
BSA 21 159 24.029 90.830 15,16%
TOTAL 146* 982 158.494 599.107 100,00%
2.6 SIASAR
Seus usuários vão desde a equipe dos municípios até aqueles que tomam decisões
políticas em nível nacional. Cerca de 24 mil comunidades foram validadas em 2016.
(SERRANO, 2017).
Seis dimensões agregadas são definidas para avaliar a água e serviços de saneamento
a partir de pontos de vista diferentes e complementares. Os dados relacionados a cada
elemento da análise são coletados em campo através de questionários específicos pela
entidade responsável do SIASAR em cada país, e depois verificados pelas autoridades
municipais ou nacionais antes de serem publicados no site. Cada elemento de análise
SIASAR fornece vários indicadores: Nível de serviço de água, saneamento comunitário e
nível de higiene, estado de infraestrutura, prestação de serviços, assistência técnica e escolas
26
e centros de saúde. Esses índices parciais buscam manter em foco os aspectos relacionados
à qualidade e sustentabilidade do serviço identificados por todos os países membros.
Finalmente, um último nível é representado por um índice agregado de desempenho
do serviço de água e saneamento. Todos os elementos estão apresentados na figura 4
(SERRANO, 2017).
facilidade do uso e transparente a todos. A figura 6 mostra a tela com a marcação das
comunidades de Honduras. Atualmente o SIASAR é composto por: Honduras, Nicarágua,
Panamá, República Dominicana, Costa Rica, Estado de Oaxaca (México), Peru, Bolívia,
Paraguai, Estado do Ceará (Brasil) e Colômbia.
3 METODOLOGIA
O estudo foi realizado em Aracati - CE, por ser o Município com distância inferior a
200 km de Fortaleza e maior número de localidades filiadas ao SISAR. Este Município está
inserido no SISAR da Bacia do Baixo e Médio Jaguaribe – SISAR BBJ, com Sede em Russas
- CE.
A definição de escolha deste município seguiu 3 critérios de exclusão e seleção, em
ordem:
1. Estado do Ceará;
2. Com distância da sede Municipal a Fortaleza de até 200 km;
3. Com maior número de localidades filiadas ao SISAR;
Dentre os Municípios que não foram excluídos, foi realizado um filtro para selecionar
o que deveria ter o maior número de localidades filiadas ao SISAR.
A sua proximidade da Capital Cearense foi importante para a redução nos custos de
logística, gerenciamento e execução das ações para a realização da pesquisa de campo, assim
como ter localidades filiadas ao SISAR visou obter mais informações concretas sobre o
abastecimento de água na zona rural deste Município.
Pode-se observar nas tabelas do apêndice A, a utilização dos critérios de exclusão e
seleção do Município de Aracati, para aplicação dos questionários e identificação dos dados
de abastecimento de água e esgotamento sanitário, utilizando a ferramenta do SIASAR.
Foi realizada reunião no município com o gestor e seus secretários de saúde, educação,
infraestrutura, chefe de gabinete, meio ambiente e agricultura. Como produto da reunião,
foram solicitados dados que o município já tinha em relação a número e nomes das
localidades rurais e distritos, e relação de agentes municipais de saúde - AMS e escolas do
município.
Após essa etapa, capacitou-se os colaboradores que apoiaram na realização das
atividades, principalmente das agentes de saúde que aplicaram o anexo II do questionário de
comunidade. Durante a capacitação, pediu-se que as AMS avisassem a população que os
29
técnicos iriam visitar as casas, fardados, evitando que a comunidade recebesse visitas de
outras pessoas que não fossem os que iriam realizar os questionários do SIASAR.
Os demais questionários foram levantados por colaboradores da Secretaria das
Cidades, Secretaria do Desenvolvimento Agrário, CAGECE e SISAR, que também
receberam capacitação de consultores do Banco Mundial, como pode ser visto na figura 7.
Foi feito um planejamento das visitas através de divisões por distritos, onde foi
dimensionado o tempo do levantamento dos questionários nas localidades.
um tema que será discutido pelo Comitê Estadual Cearense do SIASAR, para posterior
levantamento.
O único questionário que foi realizado individualmente na casa dos moradores daquela
localidade, conforme já mencionado anteriormente, foi o anexo II do questionário de
comunidade, o qual foi aplicado pelas agentes de saúde que levantaram os dados em uma
determinada quantidade de domicílios de acordo com tabela 3.
O termo validação, refere-se à revisão dos dados para verificar se eles estão completos
e corretos no sistema e, em caso afirmativo, informar a equipe de TI responsável para
prosseguir com os cálculos e gerar relatórios. Portanto, esta atividade foi realizada após os
dados coletados serem inseridos no sistema pela equipe de campo.
Para o trabalho realizado em Aracati, isso foi feito de maneira diferente, primeiro as
informações foram processadas no sistema e, em seguida, os dados inseridos foram
verificados para identificar se havia alguma inconsistência como resultado de erros humanos
ou perguntas mal interpretadas ou, para identificar dados perdidos devido a uma má
32
i,j=1
1⁄
IAS = ∏ xj pj = (NASH ∗ ISSA) 2
i,j=0
i,j=1
1⁄
NASH = ∏ xj pj = (NSA ∗ NSH) 2
i,j=0
Indicador que agrega o índice de nível de serviço de água e índice de nível de serviço
de saneamento e higiene, apresentados a seguir.
i,j=1
(ACC + CON + EST + CAL)
NSA = ∑ xi . pj =
4
i,j=0
Onde:
• ACC - Acessibilidade
• COM - Continuidade
• EST - Sazonalidade
• CAL - Qualidade
As informações necessárias provêm principalmente do questionário do sistema,
embora também integre algum indicador da comunidade.
A acessibilidade necessita de informações como: número de casas totais na
comunidade, quantas não tem abastecimento de nenhum sistema e a distância que as pessoas
percorrem para ter água. A cobertura é definida pela razão entre o número de residências que
acessam uma fonte melhorada de água e o número total na comunidade. As moradias que
não tenham acesso por meio de ligação de água domiciliar, farão com que a comunidade
tenha seu indicador penalizado por meio de um fator corretivo de acessibilidade.
Horas trabalhadas por dia é o dado mais importante para o cálculo da continuidade, já
para a sazonalidade, necessita-se da vazão do SAA e se o manancial atende durante o período
de chuva e o período seco do ano.
Parâmetros físico-químicos e bacteriológicos atendendo a legislação vigente no pais,
são importantes para a composição do índice de qualidade.
34
i,j=1
(NSS + HPE + HHO + HCO)
NSS = ∑ xi . pj =
4
i,j=0
Onde:
• NSS - Nível de Serviço de Saneamento
• HPE - Higiene Pessoal
• HHO – Higiene Doméstica
• HCO - Higiene Comunitária
A informação necessária provém da entidade comunidade. É importante enfatizar que
a informação pode vir de três tipos de fontes: através de uma pesquisa geral na comunidade,
uma espécie de censo, buscando informações em cada casa ou uma amostra representativa
da comunidade, através de um estudo estatístico prévio. Em todos os casos, as mesmas
funções de utilidade se aplicam.
Os dados utilizados para aplicação deste indicador são: manejo de água melhorada
dentro das residências, assim como também a quantidade de casas com saneamento
melhorado tipo 1, onde se isola o excremento de qualquer possibilidade de contato humano
e a Limpeza é com água (automática ou manual) à rede de esgoto, fossa séptica ou latrina de
fossa. Tipo 2, onde também se isola do contato humano, mas sem o uso de água. Não
melhorada, é lançado de forma não segura à rua, quintal, terreno, esgoto a céu aberto, vala
ou corpo hídrico.
i,j=1
1⁄
ISSA = ∏ xj pj = (EIA ∗ PSE) 2
i,j=0
i,j=1
(AUT + INF + ZPA + STR)
EIA = ∑ xi . pj =
4
i,j=0
i,j=1
(GOR + GOM + GEF + GAM)
PSE = ∑ xi . pj =
4
i,j=0
i,j=1
(EAG + SHE + CAG + SHS)
ECS = ∑ xi . pj =
4
i,j=0
i,j=1
(SIN + CAP + COB + INT)
PAT = ∑ xi . pj =
4
i,j=0
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo IBGE (2010), o Município de Aracati possui uma população total de 69.159
pessoas, onde 44.035 estão na zona urbana. Dos habitantes considerados como urbanos,
35.950 estão residindo na sede municipal e 8.085 nas sedes dos demais distritos. A zona rural
de Aracati conta com o número de 25.124 habitantes. Como o censo foi realizado em 2010,
o mesmo Instituto faz a projeção que no ano de 2017 a população já estaria totalizando
73.629, representando um crescimento de 6,1%. O número exato da divisão da população
que reside na sede urbana, nos demais distritos e na zona rural só acontece durante o censo,
não podendo fazer uma estimativa mais detalhada. O próximo censo ocorrerá em 2020.
Para fim de cálculo dos resultados desse estudo, foram contabilizados como zona rural
os moradores das sedes dos distritos e suas localidades, totalizando 33.209 pessoas.
60000
50000
40000 35950
33209
30000
20000
10000
0
Censo 2010 Projeção IBGE 2017
Após coleta dos dados, inserção no SIASAR e validação da equipe técnica, ficou
constatado que 66,58% dos moradores da zona rural de Aracati tem acesso a água. Apesar
de ser um número interessante, pensando na universalização do serviço até 2030, mas deve-
se também observar a qualidade da água que a população está recebendo, pois, a
universalização é de água segura.
Na figura 10 é apresentado os tipos de sistemas de abastecimento de água e a
quantidade de cada, que foram encontrados em Aracati, onde o sistema completo tem todas
as etapas, captação, adução, tratamento, reservação, rede de distribuição e ligações
domiciliares. Já o sistema simplificado, conhecido como chafariz, consiste de Captação,
adução, tratamento (em raras exceções), reservação e pontos de água públicos. Dos 76
sistemas contabilizados, 31 são completos, ou seja, cerca de 41% do total.
31
40,79%
59,21%
45
100% dos sistemas simplificados não foi encontrado tratamento de água. Nos sistemas
completos, 22 SAA contemplam o tratamento de água como operação unitária existente, mas
apenas 17 estão em pleno funcionamento, como detalha a figura 11. Traduzindo esse número
em população, 6.842 casas são abastecidas com água tratada, representando cerca de 53%
dos moradores da zona rural.
Somadas as identificadas em “A” e “B”, as quais já estão com um bom serviço de água
ou precisam de pouco investimento do próprio prestador de serviço para resolver qualquer
problemática, temos 39,42% das comunidades.
50
40
A
30 B
C
20
12 D
11
10
0
0
Sistemas
30 27
25 A
20 B
15 C
10
D
7
0
Comunidades
Segundo os dados do SIASAR (2018), cerca de 88% dos moradores da zona rural de
Aracati tem cobertura de esgotamento sanitário, classificado pela Organização Mundial de
Saúde como esgotamento melhorado, seja ele tipo I ou II.
Esgotamento
Melhorado
Esgotamento
(Tipo I e II)
Não Melhorado
88,22%
7,72%
Sem
esgotamento
4,06%
Aqueles que não tem nenhuma infraestrutura de esgoto, somados com os que tem
esgotamento não melhorado (esgoto jogado a céu aberto ou outro local de forma não segura),
existem 11,8% das residências da zona rural de Aracati.
A figura 16 traz o nível de serviço de esgotamento sanitário (NSS) nas comunidades,
indicador que mostra informações de quantas casas tem ou não o acesso ao esgotamento
sanitário e também se utilizam a infraestrutura ou defecam a céu aberto. Assim temos 27
comunidades que ficaram como “A”, 46 estão “B”, 27 com semáforo em “C” e 4 em “D”.
Observou-se no estudo que em cerca de 1.000 casas, pelo menos uma pessoa residente
ainda tem o hábito de realizar a defecação a céu aberto, mesmo algumas tendo a estrutura de
saneamento, seja ela melhorada ou não. 10.846 dos 11.257 dos imóveis que tem esgotamento
melhorado, todas as pessoas daquela casa utilizam o banheiro para defecar, isso corresponde
a 96,35%.
Na população estudada nenhuma casa tem acesso ao esgotamento sanitário com rede
coletora e tratamento. Os domicílios se utilizam de soluções individuais, como por exemplo
os módulos sanitários domiciliares (MSD), com banheiro, fossa séptica e sumidouro, os
quais o Governo do Estado vem implantando.
alguma outra classe, como por exemplo um particular. Na tabela 4 são apresentados todos
os prestadores do saneamento rural que atuam em Aracati, com sua respectiva classe e
classificação dos indicadores do SIASAR.
Na figura 17 podemos quantificar a classificação, onde nenhum prestador atingiu a
pontuação máxima, 8 ficaram “B”, 14 em “C” e 8 estão na pior situação. Na figura 18 fica
distribuído no mapa a classificação semafórica.
12
10 A
8 8
8 B
6 C
4 D
2
0
0
Prestadores de Serviço
Outeiro
Quixaba Tábua
dos Paulos Lascada
Santa
Lagoinha
Tereza
Córrego
Lagoa da
dos
Cruz Fernandes
Córrego
Lagoa dos
dos
Porcos Macacos
SISAR
São Chico
BBJ Lagoa das
Pedras
Córrego
Campos
dos
Verdes
Rodrigues
Cacimba
Venâncio
Funda
Cajazeiras Canapum
Lagoa do
Jirau
Juá
Como se observa na figura 19, o Modelo SISAR traz consigo a atuação em conjunto com
19 associações em Aracati, formando assim 19 prestadores distintos, pois será medido não
só o trabalho do SISAR, mas também o da associação que ele está compartilhando o serviço.
Ainda na figura 19, as comunidades estão com a classificação semafórica.
46
5 CONCLUSÕES
Cerca de 67% da população rural do Município de Aracati tem acesso a água, mas
podemos assegurar que apenas pouco mais de 50% consome água segura e isso se deve a
três fatores: ao número de sistemas simplificados utilizados como solução para comunidades
que possuem uma característica para ter a concepção de sistemas completos, sistemas
completos concebidos sem padrões técnicos, não visando uma gestão e por último, SAAs
completos sem a gestão de um prestador de serviço que possa trazer condições técnicas para
o recebimento de uma água de qualidade na comunidade.
Recomenda-se para que haja a universalização do serviço de abastecimento de água
tratada, seja utilizado a concepção de sistemas integrados, onde com apenas um manancial
com segurança hídrica, possa realizar o tratamento em estação com um porte que atenda o
máximo do número de casas, até onde sejam economicamente viáveis para o projeto. As
comunidades mais isoladas e com uma menor densidade populacional, devem assim ser
apresentadas soluções individualizadas ou com sistemas simplificados, mas com uma
capacitação visando a qualidade de água, pois existem vários potenciais de contaminação
bacteriológica quando as soluções de abastecimento de água são individualizadas e sem
gestão.
Aproximadamente 88% dos moradores da zona rural apresentam uma solução melhorada
de esgotamento e uma grande parcela utilizando-os, apesar de ser um número considerado
muito bom visando a universalização, é recomendado que exista uma espécie de capacitação
sobre o benefício para a saúde e ao meio ambiente quando se tem e utiliza, pois ainda existe
uma parcela da população que subutilizam os módulos sanitários e defecam a céu aberto,
por questões culturais.
Em todas as comunidades, a solução usada para atender o esgotamento sanitário nas casas
que possuem o serviço, são individuais. Para a zona rural, onde as casas são mais dispersas,
essa é a concepção mais recomendada para a replicação e universalização, pois o custo de
implantação e de operação são mais viáveis economicamente, quando comparadas aos
sistemas com coleta, transporte em rede e tratamento do esgoto.
Recomenda-se para que o sistema individual proposto e já utilizado seja ainda mais
viável, podendo até trazer um retorno financeiro para os usuários, utilizando as tecnologias
sociais já difundidas pelas universidades e em alguns projetos pilotos do governo, faltando
escalar, como por exemplo a fossa verde e o reuso das águas cinzas para quintais produtivos.
47
REFERÊNCIAS
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áridas. Recife: Editora Universitária Ufpe, 2007. 508 p.
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19, n. Esp., p.51-60, dez. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/esa/v19nspe/1413-
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34, n. 1, p.1-11, 5 fev. 2018.
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52
34 Madalena 186,5
35 Maracanaú 24,6
36 Maranguape 30
37 Morada Nova 161,1
38 Mulungu 110
39 Ocara 95,1
40 Pacajus 49,1
41 Pacatuba 32
42 Pacoti 95
43 Palhano 150,1
44 Palmácia 73
45 Paracuru 88,9
46 Paraipaba 93
47 Paramoti 104,1
48 Pentecoste 103,1
49 Pindoretama 49,3
50 Quixadá 158
51 Redenção 63
52 Russas 160,1
53 São Gonçalo do Amarante 60,1
54 São Luís do Curu 95,6
55 Tejuçuoca 159,7
56 Trairi 124,5
57 Tururu 124,9
58 Umirim 109,5
59 Uruburetama 127,3
Fonte: Autor (2018)
54
LOCALIDADES
DISTÂNCIA DE FORTALEZA
Nº SISAR Km FILIADAS AO
PARA
SISAR
1 BBJ Aracati 148,3 19
2 BBA Quixadá 158 17
3 BBJ Russas 160,1 16
4 BCL Itapipoca 147,3 15
5 BME Beberibe 83,3 14
6 BME Maranguape 30 13
7 BBJ Jaguaruana 173,1 10
8 BME Cascavel 64,3 10
9 BME Pacoti 95 10
10 BCL Irauçuba 168 9
11 BCL Trairi 124,5 9
12 BCL Tururu 124,9 9
13 BBA Capistrano 110,5 7
14 BBA Madalena 186,5 7
15 BCL Paraipaba 93 6
16 BBA Choró 155,7 5
17 BBA Itapiúna 110 5
18 BCL Tejuçuoca 159,7 5
19 BBA Canindé 120,2 4
20 BBA Caridade 100,4 4
21 BBA Ibicuitinga 187,1 4
22 BCL Itapajé 142 4
23 BME Barreira 75,5 4
24 BME Caucaia 15,8 4
25 BME Palmácia 73 4
26 BME Redenção 63 4
27 BBA Ibaretama 134,1 3
28 BBA Ocara 95,1 3
29 BBJ Fortim 132,3 3
30 BCL Paracuru 88,9 3
31 BCL Pentecoste 103,1 3
32 BCL São Luís do Curu 95,6 3
55
Data de Aplicação
Entrevistador
Nome do sistema
Ano de construção
Prestador de serviço
associado
Entidade local menor
[parâmetro nacional]
Entidade local maior
[parâmetro nacional]
Entidade regional
A1 [parâmetro nacional]
Outras divisões
[parâmetro nacional]
Latitude
Longitude
Altitude
Código Sistema
57
A2
A3
Outro (especificar)
A6
60
Fonte ou captação
Nome da fonte
Código da fonte
Tipo de fonte
(e captação, se houver)
[parâmetro regional]
É a fonte principal do sistema?
(somente deve ser uma dentre todas as Sim Não
B1 associadas)
Unidade Data de
Vazão da fonte [parâmetro tomada de
regional] medida
Unidade Data de
Vazão da fonte na
[parâmetro tomada de
estação seca regional] medida
Latitude
Longitude
Altitude
Observações sobre
a captação
62
C LINHA DE CONDUÇÃO
Linha de condução
Código da linha
Unidade
Comprimento da linha [parâmetro
C1 regional]
Diâmetro médio Unidade
(interior) da tubulação [parâmetro
principal regional]
Observações sobre a
condução
63
D INFRAESTRUTURA DE TRATAMENTO
Infraestrutura de tratamento
Código da
infraestrutura
Tipo de tratamento
[parâmetro regional]
Latitude
Longitude
Altitude
Observações sobre a
infraestrutura
64
E INFRAESTRUTURA DE ARMAZENAMENTO
Infraestrutura de armazenamento
Código da
infraestrutura
Capacidade de Unidade
armazenamento [parâmetr
(volume) o regional]
Com que
E1 frequência se
faz a limpeza?
Latitude
Longitude
Altitude
Observações
sobre a
infraestrutura
65
F REDE DE DISTRIBUIÇÃO
Rede de distribuição
Código da rede
Observações sobre a
infraestrutura
66
Filtragem domiciliar
(referente a existência de prática majoritária)
G3 Sim, de
Sim, mas
não de
maneira Não
maneira
majoritária
majoritária
Qualidade da água
Quantidade
Cloro (Valores
Unidades
G4 residual permissíveis:
0.5 a 1.0 mg/L)
Análise
Físico- Sim ocorre Não ocorre
Química
67
Data de Aplicação
Entrevistador
Nome do prestador
de serviço
Entidade local
menor
[parâmetro nacional]
Entidade local
maior
[parâmetro nacional]
Entidade regional
[parâmetro nacional]
A1
Outras divisões
[parâmetro nacional]
Latitude
Longitude
Altitude
Código prestador
Associação /
A Organização
comunitária
A2 Classe de prestador
B
Gestão direta por
instituição pública
C Outra (especificar)
68
Data de criação
B1 Está legalizado
Status jurídico do
Em processo de legalização
prestador
Diretoria
Data da última eleição dos membros
da Diretoria
B2
Todos os membros da Diretoria estão
Sim Não
nomeados?
Número de reuniões da Diretoria nos
últimos 6 meses
69
Representantes
Gênero (homem /
Cargo Nome Telefone
mulher)
Diretor Presidente
[parâmetro nacional]
Diretor Secretário
[parâmetro nacional]
Diretor Tesoureiro
[parâmetro nacional]
Diretor Vice-
Presidente
[parâmetro nacional]
B3 Vogal
[parâmetro nacional]
Vogal
[parâmetro nacional]
Vogal
[parâmetro nacional]
Técnicos
Gênero (homem /
Cargo Nome Telefone
mulher)
Operário / Encanador
[parâmetro nacional]
Administrador /
Gerente
[parâmetro nacional]
Prestação de contas
Moeda
Tarifa média mensal [parâmetro
nacional]
Sim
Não
Faturamento
C5
(média mensal dos últimos 12 meses, na moeda especificada em C2)
Outros (especifique)
72
Não
Não
Total
74
Não
Não
Não
75
G OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
G1
Sim, manutenção corretiva nos últimos 12 meses
Não
76
H OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
Não
Aplica, e se
Aplica, e não se
Tipologia de ações corretivas executa ou
Não se executa nem se
executou pelo
Responder apenas se H3 for SIM aplica executou nos
menos nos últimos
últimos 12 meses
12 meses
Promoção da não-utilização de
pesticidas na zona próxima da fonte
ou tomada de água do sistema
H4 Promoção de não lançamento de
águas residuais
Reflorestamento
Substituição de componentes
pertencentes à tomada de água do
sistema (uma vez danificados)
77
Aplica, e se
Aplica, e não se
Tipologia de ações corretivas executa ou
executa nem se
Não se aplica executou pelo
Responder apenas se H3 for SIM executou nos
menos nos
últimos 12 meses
últimos 12 meses
Revisão ou aumento da proteção
legal ou administrativa do terreno
onde se localiza a tomada ou do
recurso hídrico
Vigilância da zona próxima à fonte
ou tomada de água do sistema
Proteção da flora e da fauna da
zona próxima à fonte ou tomada de
água do sistema
Revisão do bom estado da
demarcação e sinalização da zona
próxima à fonte ou tomada de água
do sistema
H5 Revisão do estado do cercado da
obra de tomada ou melhorá-lo
Revisão do estado do cercado da
obra de tomada limpa ou melhorá-lo
Revisão ou substituição periódica
dos componentes pertencentes à
tomada de água do sistema (antes
de ruptura ou dano)
Realização de ações que promovam
o NÃO desmatamento e o
reflorestamento
Proteção de solos
(estabilização de encostas, barreiras
vivas, barreiras mortas, etc.)
Revisão e atualização do plano de
contingência (incêndio, desastres
naturais)
78
Questionário 3 – Comunidade
A INFORMAÇÃO GERAL
Data de Aplicação
Entrevistador
Nome da
comunidade
Entidade local menor
[Parâmetro nacional]
Entidade local maior
[parâmetro nacional]
Entidade regional
[parâmetro nacional]
A1 Outras divisões
[parâmetro nacional]
Latitude
Longitude
Altitude
Código Comunidade
População total
Etnia majoritária
[parâmetro nacional]
A2
Idioma predominante
[parâmetro nacional]
Observações sobre o
grupo populacional
Quantidade total de
A3 domicílios
79
A4
Sem sistema
Escolas
Sim
80
Postos de saúde
Sim
Conexão à Internet
Sim Não
(3G ou 4G)
Outras características
da comunidade
[parâmetro nacional]
81
B SANEAMENTO E HIGIENE
Saneamento.
Saneamento Existência
melhorado. Uso de
da infraestrutura
infraestrutura para os domicílios
PRÓPRIA do domicílio
Quantidade
Quantidade de dedomicílios
domicílios quemembros
cujos TÊM infraestrutura de saneamento
UTILIZAM habitualmente
PRÓPRIA melhorada tipo 1:
infraestrutura de saneamento PRÓPRIA melhorada, tipo 1 ou 2
• Descarga hidráulica (automática ou manual) para a rede de esgoto ou
B3 Quantidade
fossa séptica de domicílios em que TODOS os seus
membros (incluindo
Quantidade idosos,
de domicílios adultos
que TÊM e crianças)
infraestrutura UTILIZAM
de saneamento
PRÓPRIA melhorada tipo 2:
essa
• infraestrutura
Latrina de saneamento
de fossa melhorada com ventilaçãoPRÓPRIA
(VIP) melhorada,
• Latrina de fossa com laje
B2 tipo 1 ou 2 de compostagem
• Latrina/vaso
Quantidade de domicílios que TÊM OUTRA
infraestrutura de saneamento PRÓPRIA do tipo não
melhorada:
• Descarga Hidráulica (automática ou manual) para qualquer outro lugar
(rua, quintal ou terreno, esgoto a céu aberto, vala, dreno aberto ou outro
local)
• Latrina de fossa sem laje ou fossa aberta, de balde ou pendurada
82
Higiene em domicílios
Quantidade de domicílios que contam com instalação básica (com
água e sabão) para lavar as mãos próxima (a menos de 10
metros) da instalação de saneamento
B6 Quantidade de domicílios em que TODOS os seus membros
(incluindo idosos, adultos e crianças) utilizam a instalação de
lavar as mãos sempre
Quantidade de domicílios que armazenam água para beber de
forma segura (em recipientes limpos e bem tapados)
C FICHA DE ESCOLA
Será preenchida uma ficha para cada escola existente na comunidade. Preencher apenas se A5 for
SIM.
Nome da escola
Código da
C1 escola
Nº Total de trabalhadores
Pessoal docente Nº Total de trabalhadoras e
e professores (sexo
e administrativo professoras (sexo feminino)
masculino)
População Número total de alunas Número total de alunos
estudantil (sexo feminino) (sexo masculino)
Observações
85
Instalação básica
Infraestrutura de Infraestrutura de (com água e
Outra
saneamento saneamento sabão) para lavar
infraestrutura de
melhorada melhorada as mãos a menos
saneamento não
Conta com: de 10 metros da
(Tipo 1) (Tipo 2) melhorada
instalação de
saneamento
Nã Nã Nã Nã
Sim Sim Sim Sim
o o o o
Nº
Instalações
para
pessoal
feminino
C3
Nº
Instalações
para
pessoal
masculino
Nº
Instalações
mistas para
pessoal
Nº
Instalações
para alunas
femininas
Nº
Instalações
para alunos
masculinos
Nº
Instalações
mistas para
alunos
86
Será preenchida uma ficha para cada posto de saúde existente na comunidade.
Preencher apenas se A6 for SIM.
D2
Não
Observações
87
Instalação básica
Infraestrutura de Infraestrutura de (com água e sabão)
saneamento saneamento Outra infraestrutura
para lavar as mãos a
melhorada melhorada de saneamento não
menos de 10 metros
melhorada
Conta com: (Tipo 1) (Tipo 2) da instalação de
saneamento
Nã Nã Nã Nã
Sim Sim Sim Sim
o o o o
D3 Nº Instalações
para pessoal
feminino
Nº Instalações
para pessoal
masculino
Nº Instalações
mistas para
pessoal
Nº Instalações
para pacientes
(mulheres)
Nº Instalações
para pacientes
(homens)
Nº Instalações
mistas para
pacientes
88
E INTERVENÇÕES
Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição
Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição
E1
Sistema de Saneamento do tipo 1 e 2 melhorado:
• Descarga hidráulica (automática ou manual) à rede de esgoto, ou fossa séptica ou latrina de fossa
• Latrina de fossa melhorada com ventilação (VIP)
• Latrina de fossa com laje
• Latrina/vaso de compostagem
Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição