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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

FERNANDO VICTOR GALDINO PONTE

DIAGNÓSTICO DO SANEAMENTO DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE


ARACATI - CE

FORTALEZA
2018
FERNANDO VICTOR GALDINO PONTE

DIAGNÓSTICO DE SANEAMENTO DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE


ARACATI - CE

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


banca examinadora como requisito parcial à
obtenção do título de graduado em Engenharia
Civil.
Área de concentração: Saneamento Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Francisco José Freire de


Araújo.

FORTALEZA
2018
A Deus.
Ao meu filho João Victor Lôbo Ponte.
AGRADECIMENTOS

À Coordenação do curso de Engenharia Civil, pelo apoio.


Ao Professor Francisco José Freire de Araújo, por todos os ensinamentos e compreensão
durante a orientação.
Aos colegas da turma de curso, pela parceria e amizade.
Aos meus gestores da CAGECE, Helder Cortez, Otaciana Ribeiro, Sérgio Ponte, Cyntia Pereira,
Cícero Santiago, que compreenderam e apoiaram para que eu conseguisse concluir a faculdade.
Aos colegas da Gerência de Saneamento Rural - GESAR da CAGECE, que trabalham juntos
com o intuito do meu crescimento pessoal e profissional.
A todos os técnicos do Projeto São José/SDA – Secretaria de Desenvolvimento Agrário,
Coordenação de saneamento da Secretaria das Cidades, engenheiros e técnicos da Coordenação
de obras da gerência de saneamento rural da CAGECE e todo corpo de trabalho do SISAR BBJ
que contribuíram para a realização deste trabalho.
Aos meus pais, Fernando Augusto de Melo Ponte e Devarlene da Silva Galdino que me deram
suporte e base para eu obter o conhecimento para que chegasse onde estou e continuar com
determinação.
Ao meu filho João Victor, que é minha maior motivação para buscar mais conhecimento e me
tornar uma melhor pessoa e profissional.
“Milhares viveram sem amor, mas ninguém
jamais viveu sem água. ”
W. H. Auden
RESUMO

O Governo do Estado do Ceará, com a finalidade de planejar e definir políticas públicas para o
saneamento na zona rural e através da Secretaria das Cidades, Secretaria de Desenvolvimento
agrário e Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), utilizou a ferramenta SIASAR
(Sistema de Informação sobre Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário na Zona Rural),
tendo como território piloto escolhido por meio de critérios técnicos o município de Aracati, o
qual teve seu sistema de saneamento mapeado em nível de comunidade, bem como a qualidade
dos serviços prestados. A presente ferramenta foi desenvolvida pelo Banco Mundial para apoiar
estrategicamente nas decisões de investimentos em obras de saneamento rural em países da
América Latina e que foi proposto para o Brasil, tendo como primeiro Estado o Ceará, devido
aos investimentos já aplicados e também com o propósito de fortalecer as políticas públicas
anteriormente implantadas. O diagnóstico foi desenvolvido através de levantamentos de campo
com auxílio de questionários e preenchidos pelos técnicos da Secretaria das Cidades, Secretaria
de Desenvolvimento Agrário e CAGECE. Além destes, a coleta de dados também contou com
a participação de agentes municipais de saúde, os quais contribuíram com informações sobre o
nível de higiene pessoal nas residências. Após análise dos dados coletados, verificou-se que a
cobertura, para o meio rural, de abastecimento de água é cerca de 67% e esgotamento sanitário
aproximado 88%, percentuais que evidenciam a grande demanda de investimentos a serem
realizados para cobertura total do território, sem perder a qualidade das prestações dos serviços.
A universalização do saneamento, sobretudo da água, ainda é um desafio para o Governo do
Estado do Ceará, porém os investimentos estão sendo empregados para o alcance destas metas,
desta maneira, o sistema de informações SIASAR surge como um bom instrumento de apoio à
decisão dos investimentos e modelo para outros Estados do nordeste brasileiro que também
buscam oferecer serviço de esgotamento sanitário e abastecimento de água de qualidade.

Palavras-chave: Saneamento Rural. Diagnóstico. Universalização.


ABSTRACT

The Government of the State of Ceará, in order to plan and define public policies for sanitation
in rural area and through the Secretariat of Cities, Secretariat of Agrarian Development and
Water and Sewage Company of Ceará (CAGECE), used the SIASAR tool (System of
Information on Water Supply and Sanitary Sewage in Rural Zone), having as pilot territory
chosen by means of technical criteria the county of Aracati, which had its sanitation system
mapped at community level, as well as the quality of services provided. This tool was developed
by the World Bank to strategically support investment decisions in rural sanitation works in
Latin American countries and was proposed to Brazil, with Ceará as the first State, due to
investments already applied and also for the purpose of strengthen public policies previously
implemented. The diagnosis was developed through field surveys using questionnaires filled
by technicians of the Secretariat of Cities, Secretariat of Agrarian Development and CAGECE.
In addition, data collection also counted on the participation of municipal health agents, who
contributed with information on the level of personal hygiene in residences. After analysis of
the collected data, it was verified that the coverage of water supply for rural area is about 67%
and sanitary sewage approximately 88%, percentages that show the great demand of
investments to be made for total coverage of the territory, without losing the quality of provided
services. The universalization of sanitation, especially water, is still a challenge for the
Government of the State of Ceará, however investments are being made to reach these goals
and the SIASAR tool appears as a tool to support the decision of the investments and model for
other states in the Brazilian northeast that also seek to offer sanitary sewage service and quality
water supply.

Keywords: Rural Sanitation. Diagnosis. Universalization.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Cobertura da água que a população mundial está bebendo, em 2015.......................17


Figura 2 - Área de atuação dos 8 SISARs.................................................................................24
Figura 3 – Entidades centrais que influenciam a sustentabilidade dos serviços de água e
esgotamento sanitário rurais......................................................................................................25
Figura 4 – Índice de desempenho dos serviços de água e saneamento........................................26
Figura 5 – Sustentabilidade como medida de funcionalidade ao longo do tempo....................27
Figura 6 – Classificação semafórica das comunidades de Honduras........................................27
Figura 7 – Capacitação da equipe que realizou o levantamento de campo...............................29
Figura 8 – Intervalo de classificação SIASAR..........................................................................32
Figura 9 – Distribuição da população de Aracati - CE..............................................................37
Figura 10 – Classificação dos sistemas de água rurais de Aracati.............................................38
Figura 11 – Distribuição dos sistemas por qualidade de água distribuída................................39
Figura 12 – Classificação dos sistemas pelo SIASAR..............................................................40
Figura 13 – Classificação das comunidades com o indicador NSA do SIASAR......................40
Figura 14 – Classificação semafórica dos sistemas de Aracati..................................................41
Figura 15 – Distribuição do esgotamento sanitário da população de Aracati............................41
Figura 16 – Classificação das comunidades com o indicador NSS do SIASAR.......................42
Figura 17 – Classificação dos Prestadores de Serviço com o indicador PSE............................43
Figura 18 – Classificação semafórica dos Prestadores de Serviço em Aracati..........................43
Figura 19 – SISAR BBJ e sua atuação em conjunto com as associações em Aracati................45
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação dos níveis de serviço de abastecimento de água e suas


definições..................................................................................................................................18
Tabela 2 - Dados de serviços do SISAR em cada região do Estado do Ceará, em dezembro 2017
...................................................................................................................................................23
Tabela 3 - Amostragem realizada para coleta de dados do anexo II do questionário de
Comunidade..............................................................................................................................31
Tabela 4 – Apresentação e classificação dos Prestadores de Serviço em Aracati.....................44
Tabela 5 – Município com distância de até 200 Km de Fortaleza.............................................52
Tabela 6 – Relação dos Municípios do Ceará relacionados com número de localidades filiadas
ao SISAR...................................................................................................................................54
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AMS Agente Municipal de Saúde
BAC Bacia do Acaraú e Coreaú
BAJ Bacia do Alto Jaguaribe
BBA Bacia do Banabuiú
BBJ Bacia do Baixo e Médio Jaguaribe
BCL Bacia do Curu e Litoral
BME Bacia Metropolitana
BPA Bacia do Parnaíba
BSA Bacia do Salgado
CAGECE Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará
GESAR Gerência de Saneamento Rural
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR Norma Brasileira Regulamentar
PMA Prefeitura Municipal de Aracati
SAA Sistema de Abastecimento de Água
SISAR Sistema Integrado de Saneamento Rural
SIASAR Sistema de Informação Sobre Água e Esgotamento Sanitário na Zona Rural
SNIS Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
WHO Organização Mundial de Saúde
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

1.1 Justificativa .......................................................................................................... 13

1.2 Objetivos .............................................................................................................. 14

1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 14

1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 15

2.1 Saneamento Ambiental ....................................................................................... 15

2.2 Saneamento e Saúde............................................................................................ 17

2.3 Políticas de Saneamento Básico ......................................................................... 20

2.4 Saneamento Rural ............................................................................................... 21

2.5 Sistema Integrado de Saneamento Rural - SISAR .......................................... 22

2.6 SIASAR ................................................................................................................ 24

3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 28

3.1 Área de Estudo .................................................................................................... 28

3.2 Coleta de Dados ................................................................................................... 28

3.3 População e Amostra .......................................................................................... 30

3.4 Validação de Dados ............................................................................................. 31

3.5 Análise dos Indicadores do SIASAR ................................................................. 32

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 37

4.1 População do Município de Aracati .................................................................. 37

4.2 Cobertura de Abastecimento de Água de Aracati ............................................ 38

4.3 Cobertura de Esgotamento Sanitário de Aracati ............................................. 41

4.4 Prestadores de Serviço que Atuam no Saneamento Rural de Aracati ........... 42

5 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 46

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 48

APÊNDICE A – CRITÉRIOS QUE DEFINIRAM ARACATI COMO MUNICÍPIO


ESTUDADO ............................................................................................................................ 52
ANEXO A – QUESTIONÁRIOS DO SIASAR UTILIZADOS PARA COLETA DE
DADOS .................................................................................................................................... 56
13

1 INTRODUÇÃO

Apesar do alto investimento feito nos últimos anos em saneamento rural, a


universalização dos serviços não é uma realidade próxima, uma vez que a quantificação do
déficit do saneamento rural também não é tarefa fácil.
Em recente levantamento feito pela Secretaria das Cidades sobre a situação do
saneamento na zona rural do Estado, foi constatado que, em vários municípios, quando
analisado o número de famílias abastecidas com SAA, cisternas e barragens, a quantidade
supera o número de famílias da zona rural desses municípios estimado pelo IBGE. Pode-se
concluir que existem muitas localidades beneficiadas com mais de uma fonte de
financiamento, em detrimento de outras com nenhum investimento.
Em relação a esgotamento sanitário, a situação de escassez de dados é ainda pior. O
que se tem são dados do IBGE, que por sua vez são baseados em amostragem, o que também
dificulta a quantificação do déficit em relação a esse serviço. Isso se deve principalmente
ao fato de não haver um banco de dados unificado, consistente e confiável que auxilie na
tomada de decisões e na aplicação das políticas públicas de forma eficiente. Essa situação
acarreta no desperdício do dinheiro público e na impossibilidade de alcançar a
universalização do saneamento. Para isso foi utilizada a plataforma SIASAR para realizar
o levantamento e diagnóstico.
O SIASAR (Sistema de Informações Sobre Água e Esgotamento Sanitário na zona
Rural) é uma ação conjunta iniciada pelos governos de Honduras, Nicarágua e Panamá, cujo
objetivo estratégico é dispor de uma ferramenta de informação básica e atualizada sobre os
serviços de saneamento rural existentes em um país.
O sistema consiste de um banco de dados que compila informações da situação do
saneamento rural de um estado/país/região através de levantamento de dados em campo das
variáveis: comunidade, abastecimento de água, prestador de serviço e prestador de
assistência técnica. Para cada variável existe um questionário que deve ser aplicado nas
localidades rurais.

1.1 Justificativa

A implantação de um sistema de informações do porte do SIASAR serviria de apoio


ao planejamento, coordenação e avaliação das ações dos diferentes atores do setor,
14

incluindo a definição das políticas públicas a serem adotadas pelo governo; monitoraria a
cobertura, qualidade e sustentabilidade dos serviços de saneamento rural, registraria o
desempenho dos prestadores de assistência técnica, incluindo suas limitações na logística
além de permitir a transferência de dados estatísticos e cruzar com informações de outros
dados setoriais, como por exemplo, dados da saúde, meio ambiente, desenvolvimento
comunitário ou social.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

O presente estudo visa realizar um diagnóstico do saneamento rural do município de


Aracati – CE, a partir do uso da ferramenta SIASAR, como plano piloto estratégico do
Governo do Estado do Ceará visando a universalização do serviço de abastecimento de água
e esgotamento sanitário.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Quantificar e Qualificar a cobertura de abastecimento de água;


• Quantificar e Qualificar a cobertura de esgotamento sanitário;
• Identificar e Classificar os prestadores de serviço que atuam em Aracati.
15

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Saneamento Ambiental

Brasil (2015), define saneamento ambiental como o conjunto de ações


socioeconômicas por meio de abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária
de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária de uso do solo,
drenagem urbana e o controle de doenças transmissíveis.
O crescimento desordenado das cidades e das indústrias tem trazido graves
consequências ao meio ambiente. Embora o Brasil seja um país privilegiado no que diz
respeito à distribuição de mananciais de água, possuindo um quinto das reservas mundiais
de água potável (DI BERNARDO, 2005), a má utilização e manutenção desses recursos
podem trazer prejuízos inestimáveis a todo o ecossistema.
Da água existente no planeta, 97,5% é salgada e 2,5% doce. Estes 2,5% dividem-se,
de acordo com Santos et al. (2017), de modo que 2/3 está armazenada em geleiras e calotas
polares. Sendo assim, somente 0,007% é encontrada em rios, lagos e na atmosfera, de fácil
acesso para o consumo humano, através de tratamento ou não, para o consumo humano.
Segundo Heller e Pádua (2006) pode-se observar vantagens que são atribuídas ao
aproveitamento das águas subterrâneas em relação às águas superficiais, como por exemplo,
a não variabilidade sazonal, não afetando assim a qualidade e a quantidade da água, que são
perigosamente modificadas em reservatórios superficiais.
As águas subterrâneas apresentam-se geralmente menos poluídas, devido seu
armazenamento no subsolo, que as mantém protegidas dos agentes poluidores da superfície
terrestre, podendo as vezes serem utilizadas sem tratamento (Cirilo et al., 2007), mas para
garantir que essa siga os padrões de potabilidade vigentes, aplica-se apenas uma simples
desinfecção para que a água seja fornecida para as residências com certeza que não foi
contaminada no decorrer da rede de abastecimento. Brasil (2011), ressalta que o processo
denominado ‘simples desinfecção’ não é mais admitido pela Portaria 2914, em se tratando
de águas superficiais (DI BERNARDO, 2003).
Infelizmente, embora os mananciais subterrâneos sejam imprescindíveis para a saúde
e economia das comunidades de pequeno porte, pouca atenção é dada a esse recurso tão
valioso. Segundo Santos (2007) a poluição das águas pode ocorrer de várias formas, sendo
uma delas a infiltração e vazamento de sistemas de tratamento e coletores de esgoto. A
16

prevenção deveria ser amplamente trabalhada, obedecendo, por exemplo, a NBR 7229
(1993) que exige distâncias horizontais mínimas de tanques sépticos para corpos d’água de
qualquer natureza, visto que o custo para o tratamento da água contaminada é relativamente
alto, tendo assim uma medida de controle corretivo.
Já as águas superficiais estão mais vulneráveis à poluição, devido diversos tipos de
vazamentos e derramamentos (CIRILO et al., 2007), sejam eles de origem sanitária ou
industrial, necessitando assim de uma estação de tratamento de água – ETA, a qual tem por
objetivo transformar água bruta em água tratada conforme a legislação vigente (PAZ, 2005).
Apesar dos esforços, a realidade nos países em desenvolvimento ainda é muito
precária. Segundo Mota (2006), uma parcela significativa da população mundial não dispõe
de adequados sistemas de abastecimento de água, sendo obrigado a utilizar-se de soluções
não sanitárias, as quais resultam na incidência de muitas doenças e mortes.
O percentual de pessoas que gozam do benefício do abastecimento com água
desinfetada é desalentador. De acordo com estudo do Trata Brasil (2018), da parcela urbana,
91,9% tem como forma de abastecimento a rede geral e 8,1% são abastecidos por outras
formas. Já na zona rural do País, apenas 27,8% tinha a rede geral como forma de
abastecimento, enquanto 72,2% tem acesso à água por outras formas, como por exemplo
poços rasos individuais, carro-pipa e água da chuva armazenada em cisternas.
Dantas Neto (2013) aborda que a distribuição da água de abastecimento humano em
chafarizes é fator limitante do consumo e somente deve ser aplicada em pequenas
comunidades rurais, nas quais a distância entre a residência mais distante e o chafariz seja
inferior a meio quilômetro, mas a realidade é que grandes centros utilizam dessa forma de
abastecimento ainda hoje e sem nenhum tipo de tratamento adequado.
Segundo SNIS (2016) mais de 100 milhões de Brasileiros não tem acesso à coleta de
esgoto. Já em estudo de Costa e Guilhoto (2014) mais de 23 milhões de pessoas na zona
rural sem coleta ou tratamento de esgoto, o que corresponde a 75% da população rural, isto
sem falar de milhões de pessoas que recebem água cuja qualidade não corresponde às
recomendações da Organização Mundial da Saúde, nem aos padrões nacionais e
internacionais.
Com esses dados, observa-se uma contradição com o que relatam Neves-Silva e Heller
(2016), onde em 2010 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas reconheceu o
acesso à água e ao esgotamento sanitário como um direito humano, com ratificação do
Conselho de Direitos Humanos no mesmo ano e foi escrito um documento que reconhece
17

que todas as pessoas necessitam de acesso à água em quantidade suficiente para beber,
cozinhar, fazer a higiene pessoal e a da casa, além de acesso a serviços de esgoto que não
comprometam sua saúde ou dignidade.
Silva e Esperidião (2017) perceberam por meio das análises realizadas em seus
estudos, que os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário possuem
relação direta com os números de mortalidade infantil, assim como as questões
socioeconômicas.

2.2 Saneamento e Saúde

Dados da WHO e UNICEF (2017) demonstram que em 2015, 5,2 bilhões de pessoas
em todo o mundo têm acesso melhorado à água, representando um aumento na cobertura
global para 71%, como pode ser observado na figura 1, com a definição dos níveis de serviço
na Tabela 1. Em relação ao esgotamento sanitário, os progressos foram menores,
identificando-se aproximadamente 1 bilhão de pessoas ainda defecando ao ar livre. A meta
é que até 2030 as pessoas não defequem a céu aberto e tenham água segura.

Figura 1 - Cobertura da água que a população mundial está bebendo, em 2015

Não Melhorado; Manancial


6% Superficial; 2%

Limitado; 4%

Básico; 17%

Água
Melhorada; 71%

Fonte: Adaptado de WHO e UNICEF (2017)

Nos últimos anos, bilhões de pessoas tiveram acesso a serviços básicos de água e
esgoto, mas não necessariamente um serviço de qualidade com água potável e esgotamento
sanitário seguro. Em muitas casas, instalações de saúde e escolas ainda faltam água e sabão
18

para a lavagem das mãos. Isso coloca todas as pessoas, em especial as crianças pequenas,
com grande risco de contrair doenças como a diarreia. (WHO; UNICEF, 2017)

Tabela 1 - Classificação dos níveis de serviço de abastecimento de água e suas definições.

Nível de Serviço Definição

Beber água de uma fonte de água melhorada, localizada nas


Gerenciado com
instalações, disponível quando necessário e livre de contaminação
segurança
química e fecal
Beber água de uma fonte melhorada desde que o tempo de coleta
Básico não seja mais do que 30 minutos para uma viagem de ida e volta,
incluindo filas

Beber água de uma fonte melhorada, onde o tempo de coleta excede


Limitado
30 minutos para uma ida e volta para coletar água, incluindo filas

Beber água de um poço cavado desprotegido ou de uma mola


Não melhorado
desprotegida

Manancial Beber água diretamente de um rio, represa, lago, riacho, canal ou


Superficial canal de irrigação

Fonte: Adaptado de WHO e UNICEF (2017)

As doenças relacionadas com a água que afetam a saúde do homem são relativamente
muito difundidas e abundantes nas áreas rurais dos países em desenvolvimento. Segundo
Neves-Silva e Heller (2016), o simples ato de lavar as mãos com sabão reduz
substancialmente a prevalência de doenças como a diarreia, responsável pela morte de 760
mil crianças abaixo de cinco anos, a cada ano, em todo mundo. Além de ser elemento
essencial para redução da mortalidade infantil, o acesso à água e ao esgotamento sanitário
diminui doenças tropicais como malária, dengue, Chikungunya e Zica.
Para Vieira (2016) essas foram as doenças de veiculação hídrica notificadas em
Centros de Saúde na região do seu estudo: Doenças diarreicas agudas, leptospirose, malária
e esquistossomose, que assim como a malária são doenças que possuem de alguma forma
relação com água, seja essa forma de habitat do hospedeiro, ou apenas de desenvolvimento.
No Brasil a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, área endêmica
para a doença, mas conforme o Ministério da Saúde orienta as demais regiões apesar do
baixo número de notificações da doença, ela não pode ser negligenciada, pois se observa
19

uma letalidade mais elevada que na região endêmica.


A água bruta, devido à poluição e a falta de proteção dos mananciais, traz vários riscos
à saúde humana. Para Paz (2007), o risco surge quando a água possui a capacidade de
transportar agentes contaminantes, os quais podem causar doenças no homem ou alterar o
desempenho normal das tarefas na comunidade. O tipo de manancial determina o risco que
a tecnologia tem que eliminar ou reduzir até valores padronizados na portaria do Ministério
da Saúde, 2914 (2011). Os riscos podem ser físicos, microbiológicos e químicos (PAZ,
2007).
Em pequenas comunidades não é comum se ter riscos químicos, devido à distância de
indústrias. Já os riscos microbiológicos são comuns, pois uma das problemáticas é a falha
na operação da ETA, quando existe, onde inúmeras vezes deixa-se de aplicar produtos
químicos de desinfecção.
Segundo Bastos 2007, o nordeste do Brasil é a região semiárida mais povoada do
mundo. Cerca de 11 milhões de pessoas que vivem nas áreas rurais não têm acesso à água
potável. Elas precisam percorrer vários quilômetros para encontrar uma fonte de água, que
geralmente não está própria ao consumo humano. A região apresenta altos índices de
mortalidade infantil como resultado da diarreia causada pelo consumo de água contaminada.
Tendo em vista essa problemática, surgiu o conceito de saneamento rural, com aplicação de
técnicas para abastecimento de água e autogestão dos sistemas de adução, tratamento e
distribuição.
Conforme FUNASA (2017), apenas um terço da população rural Brasileira consome
água abastecida por uma rede de distribuição e com qualidade, quando se fala em
esgotamento sanitário esse número só reduz. No Ceará, a falta de infraestrutura e políticas
públicas atuantes ao longo do tempo, tem trazido diversos problemas de abastecimento de
água, principalmente nos núcleos urbanos da zona rural, ocasionando um desequilíbrio na
qualidade de vida dos que habitam essas áreas e contribuindo para um decréscimo
socioeconômico do estado.
Nos estudos de Paiva e Souza (2018), o cálculo do número de internações atribuíveis
às seguintes doenças: cólera, febres tifoide e paratifoide, shiguelose, amebíase, diarreia e
gastroenterite de origem infecciosa presumível, ou seja, ligadas diretamente a ingestão ou
contato com água, indicou que, no Brasil, tomando-se como base os dados de 2013, 57.574
(cerca de 16,3%) das internações por doenças selecionadas (353.666) poderiam ter sido
evitadas, caso as condições de esgotamento sanitário fossem adequadas. Seriam ainda
20

evitados os gastos com o tratamento delas, que no caso deste estudo calculou-se em
R$ 20.372.559,90 (dado valor médio dessas internações de R$ 353,85).
Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, WHO (2014), estima-se que, para
cada dólar investido em saneamento básico e água, o PIB global cresça em 1,5% e sejam
economizados 4,3 dólares em saúde no mundo.

2.3 Políticas de Saneamento Básico

Conforme previsto pela lei 11.445 (BRASIL, 2007), que institui as diretrizes e a
política federal de saneamento básico, especificamente no artigo 48, destaca-se a garantia
dos meios adequados para o atendimento das populações rurais dispersas, inclusive mediante
a utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais
peculiares. O artigo prevê a implantação de sistemas adequados de tratamento de água e
esgoto e destinação final de resíduos domésticos, levando em consideração as características
econômicas e sociais destas regiões.
Ainda sobre a Lei 11.445, o artigo 49 trata sobre os objetivos e destaca-se o de
proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às populações rurais e de
pequenos núcleos urbanos isolados. O artigo 52 define as bases do Plano Nacional de
Saneamento Básico (PLANSAB) e os planos regionais de Saneamento Básico, em regiões
integradas de desenvolvimento econômico e naquelas em que haja a participação de órgão
federal na prestação de serviço, o qual caracteriza e quantifica o déficit do abastecimento de
água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos. Ou seja, é obrigatório por lei
proporcionar condições de salubridade ambiental as populações rurais e nesse processo a
educação ambiental torna-se uma ferramenta eficaz para a conscientização e para a adoção
de métodos e práticas sustentáveis visando melhorar a qualidade da vida da população
brasileira.
Neste contexto, estudo do Trata Brasil (2018), fala da existência de Políticas Estaduais
de Saneamento, as quais, reforçam a importância dos Estados de desenvolver e,
principalmente, coordenar ações de implementação e melhoria dos serviços de saneamento,
que visem à universalização – um dos princípios centrais da Lei n. 11.445/2007. Tais
políticas devem focar na integralidade do território e beneficiar as diversas áreas de cada
Estado, notadamente, levando em consideração o meio rural, que em geral, concentra o
maior déficit de acesso aos serviços de saneamento básico. No Ceará, foi instituída a Política
21

através da Lei Complementar 162/2016.


No Artigo 2 da Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento
Sanitário no Estado do Ceará traz seus objetivos que são promover a universalização dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, a melhoria das condições e a
prestação adequada dos serviços e a aplicação das diretrizes nacionais aos serviços de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário. (CEARÁ, 2016).
Ao traçar diretrizes voltadas à zona rural e pequenas localidades, o Estado do Ceará
demonstra perceber a importância de desenvolver ações de caráter mais específico, já que
essas áreas não recebem a mesma atenção e investimentos que são dados às zonas urbanas.
(TRATA BRASIL, 2018)

2.4 Saneamento Rural

Uma em cada três pessoas usando com segurança serviços gerenciados de água potável
(1,9 bilhão) viviam em áreas rurais. (WHO; UNICEF, 2017)
Apesar dos estudos mundiais, no Brasil e mais especificamente no Ceará, o baixo
conhecimento das características e dos desafios do universo rural torna aparente como o
saneamento rural é invisível. O Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento – SNIS
caracteriza o setor na zona urbana, assim fica claro que é necessário implementar uma
ferramenta como o SIASAR, que permita o conhecimento e planejamento do saneamento na
zona rural.
Segundo Garrido et al. (2016), o governo Brasileiro tem investido, durante várias
décadas, recursos de diversas fontes nacionais e internacionais para melhorar a cobertura de
abastecimento de água e esgotamento sanitário na zona rural. Contudo estudos e pesquisas,
como a realizada pelo Banco Mundial, indicam que apenas a execução de obras de
infraestrutura não é suficiente para garantir a provisão do serviço à população. Em vários
casos, a infraestrutura é implementada, porém é usada incorretamente ou se deteriora devido
à falta de manutenção, levando o governo a ter que investir novamente na mesma localidade,
impedindo que mais famílias sejam beneficiadas.
Garrido et al. (2016) caracteriza que no Brasil existem diversos modelos de gestão
para o saneamento na zona rural, onde classifica como: Modelo de gestão multicomunitária
e unicomunitária. Unicomunitária, a comunidade exerce uma gestão isolada, apenas para si.
Na multicomunitária, a gestão é realizada de forma comum para diversas comunidades
22

dentro de uma abrangência geográfica regional. Foram identificados cinco exemplos:


• Central das Associações Comunitárias para Manutenção de Sistemas de
Abastecimento de Água e Esgotos Sanitários (CENTRAL) na Bahia;
• Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR) no Ceará;
• Serviços de Saneamento Integrado do Norte de Minas (COPANOR), em Minas
Gerais;
• Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR) no Piauí; e
• Consórcio Intermunicipal de Saneamento de Serra do Santana (CONISA) no
Rio Grande do Norte.
Garrido et al. (2016) conclui no mesmo estudo do Banco Mundial que todos os
exemplos de gestão unicomunitária ressentem-se da falta de apoio à gestão e principalmente
de um processo de treinamento permanente que aprimore a gestão local. Em geral, os
exemplos dos modelos multicomunitários apresentaram melhores desempenhos nos aspectos
operacionais do que os modelos de gestão unicomunitária.
No Ceará, os investimentos feitos em saneamento nas áreas rurais e a necessidade de
atenção universal à população que não teve acesso à água potável, determinou a decisão de
executar um modelo de gestão específico para pequenos sistemas rurais, conhecido como
SISAR. (MEJÍA; CASTILLO; VERA, 2016).

2.5 Sistema Integrado de Saneamento Rural - SISAR

Segundo Mejía, Castillo e Vera (2016), o SISAR, Sistema Integrado de Saneamento


Rural, é uma organização não governamental, sem fins econômicos, formada pelas
associações comunitárias que possuem sistemas de abastecimento de água e esgoto,
pertencentes à mesma bacia hidrográfica e as circunvizinhas, ver Figura 2.1. O primeiro
SISAR do Ceará, no Município de Sobral, abrangendo a região norte do Estado, surgiu com
apoio da CAGECE, do Governo do Estado, do Banco KfW, das Prefeituras e comunidades.
A replicação do modelo de gestão teve início em 2001 e foi executada por a empresa
de água CAGECE através da sua Gerência de Saneamento Rural - GESAR. (MEJÍA;
CASTILLO; VERA, 2016).
A sustentabilidade econômica destes sistemas é garantida pela atuação do SISAR
principalmente devido à estruturação tarifária existente. Além disso, a forma de
representação comunitária possibilita a troca de experiências além do fortalecimento das
23

comunidades no que diz respeito à manutenção e acompanhamento da operação das ETAs


construídas.
Segundo Rocha e Salvetti (2017) a estrutura executiva inclui (a) um quadro formado
pelos presidentes das associações filiadas, presentes nos conselhos de administração e fiscal;
(b) uma equipe contratada e paga para gerenciar a equipe administrativa e comercial, bem
como manutenção de sistemas e apoio social à gestão; (c) um residente voluntário por cada
associação local para realizar diariamente operação de sistemas.
A CAGECE fornece treinamentos e suporte de gerenciamento para o SISAR e
forneceu os dados da tabela 2, a qual traz em síntese dados sobre o serviço implementado
pelo SISAR nas regiões, como se divide, em todo o estado do Ceará. Atualmente, cerca de
600 mil pessoas estão sendo beneficiadas com água tratada e distribuída pelo SISAR em
parceria com a comunidade, o equivalente a 28,5% da população rural do Estado do Ceará.
Aproximadamente 1000 localidades estão filiadas ao modelo de gestão.

Tabela 2 - Dados de serviços do SISAR em cada região do Estado do Ceará, em dezembro 2017
SISAR Nº DE Nº DE Nº DE POPULAÇÃO % TOTAL
MUNICÍPIOS LOCALIDADES LIGAÇÕES BENEFICIADA (Lig. e Pop.)
BAC 32 137 31.740 119.977 20,03%
BAJ 17 121 16.755 63.334 10,57%
BBA 22 143 20.277 76.647 13,79%
BBJ 14 69 13.345 50.444 8,42%
BCL 17 93 16.101 60.862 10,16%
BME 16 74 9.037 34.160 5,70%
BPA 16 186 27.210 102.854 17,17%
BSA 21 159 24.029 90.830 15,16%
TOTAL 146* 982 158.494 599.107 100,00%

Fonte: SISAR (2017)

O SISAR representa uma conquista para a sociedade como um todo (usuários e


empresa pública principalmente) sendo, portanto, uma alternativa à privatização dos serviços
de saneamento e proporcionado economia aos cofres públicos para investimentos em outras
comunidades.
O modelo do SISAR dá responsabilidade aos usuários pela manutenção e operação dos
sistemas de abastecimento de água, ficando a cargo da comunidade a oferta de uma água de
boa qualidade e com baixo custo.
24

O sucesso do Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR) no Ceará deve-se em


muito ao apoio do governo estadual e ao incentivo à adesão ao modelo. A
sustentabilidade e a eficiência financeira do modelo são, em parte, asseguradas pelo
apoio tecnológico da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) por meio de
capacitação técnica, inovação tecnológica, manutenção de equipamentos, análise
laboratorial, gestão de perdas e, principalmente, da avaliação de desempenho dos
serviços na busca pela eficiência. (GARRIDO et al., 2016)

Na figura 2, em negrito no mapa do Ceará, identifica-se o Município sede de cada


SISAR, onde fica locada a equipe administrativa, almoxarifado e toda a base para atender as
localidades daquela bacia hidrográfica.

Figura 2 – Área de atuação dos 8 SISARs

Fonte: Rocha e Salvetti (2017)

2.6 SIASAR

O Sistema de Informação de Água e Esgotamento Sanitário na Zona Rural (SIASAR)


é uma plataforma inovadora projetada para monitorar o desenvolvimento e o desempenho
dos serviços de abastecimento de água e esgoto em comunidades rurais. Através desta
ferramenta simples, a coleta e a análise de dados se tornam mais acessíveis, preciso e
comparável entre os países. (RODRIGUEZ; WEISS, 2016)
Desenvolvido em 2011 como resposta à demanda de Governos de Nicarágua,
Honduras e Panamá, que desejavam obter informações setoriais de uma maneira sistemática
25

e confiável. A iniciativa recebeu assistência técnica do Banco Mundial e o apoio da


Cooperação Suíça - Cosude, do Centro Internacional de Água e Saneamento - IRC, Unicef,
AECID, Water for People e BID. (MEJÍA; CASTILLO; VERA, 2016).
Segundo Gil (2013), o SIASAR gera indicadores de desempenho que são agregados
em vários níveis, produz automaticamente rankings e relatórios resumidos que detalham o
desempenho das comunidades, Infraestrutura dos sistemas de abastecimento de água,
prestadores de serviço e prestadores de assistência técnica, com um questionário para cada.
Para cada entidade, mede-se uma série de parâmetros que são processados para indicadores
do desempenho dos serviços de água e saneamento, como pode ser visto na figura 3.

Figura 3 – Entidades centrais que influenciam a sustentabilidade dos serviços de


água e esgotamento sanitário rurais

Fonte: Adaptado de Rodriguez e Weiss (2016)

Seus usuários vão desde a equipe dos municípios até aqueles que tomam decisões
políticas em nível nacional. Cerca de 24 mil comunidades foram validadas em 2016.
(SERRANO, 2017).
Seis dimensões agregadas são definidas para avaliar a água e serviços de saneamento
a partir de pontos de vista diferentes e complementares. Os dados relacionados a cada
elemento da análise são coletados em campo através de questionários específicos pela
entidade responsável do SIASAR em cada país, e depois verificados pelas autoridades
municipais ou nacionais antes de serem publicados no site. Cada elemento de análise
SIASAR fornece vários indicadores: Nível de serviço de água, saneamento comunitário e
nível de higiene, estado de infraestrutura, prestação de serviços, assistência técnica e escolas
26

e centros de saúde. Esses índices parciais buscam manter em foco os aspectos relacionados
à qualidade e sustentabilidade do serviço identificados por todos os países membros.
Finalmente, um último nível é representado por um índice agregado de desempenho
do serviço de água e saneamento. Todos os elementos estão apresentados na figura 4
(SERRANO, 2017).

Figura 4 – Índice de desempenho dos serviços de água e saneamento

Fonte: Adaptado de Rodriguez e Weiss (2016)

Serrano (2017), define os níveis de serviço, através dos indicadores, em classificação


semafórica, também chamado de qualificação ABCD, ver figura 5:
• “A” corresponde a um nível de serviço ótimo. Esta é a pontuação usual em
novas infraestruturas ou serviços, e é o nível apropriado para a população e
deve ser mantida;
• “B” corresponde a um nível aceitável de desempenho, mas existem alguns
problemas. O serviço requer atenção, mas os problemas podem ser resolvidos
pela comunidade;
• “C” significa um nível operacional inadequado que deve ser corrigido ou
reabilitado. Neste caso, a comunidade precisa de apoio externo para resolver o
problema;
• "D" é o pior nível e, neste caso, o serviço não existe ou está sem funcionamento
e precisa de recuperação total. A comunidade precisa de apoio financeiro e
técnico externo. Este nível é indesejável.
No site, essa classificação fica de fácil percepção. São princípios do sistema, a
27

facilidade do uso e transparente a todos. A figura 6 mostra a tela com a marcação das
comunidades de Honduras. Atualmente o SIASAR é composto por: Honduras, Nicarágua,
Panamá, República Dominicana, Costa Rica, Estado de Oaxaca (México), Peru, Bolívia,
Paraguai, Estado do Ceará (Brasil) e Colômbia.

Figura 5 – Sustentabilidade como medida de funcionalidade ao longo do tempo

Fonte: Adaptado de Rodriguez e Weiss (2016)

Figura 6 – Classificação semafórica das comunidades de Honduras

Fonte: SIASAR (2018)


28

3 METODOLOGIA

3.1 Área de Estudo

O estudo foi realizado em Aracati - CE, por ser o Município com distância inferior a
200 km de Fortaleza e maior número de localidades filiadas ao SISAR. Este Município está
inserido no SISAR da Bacia do Baixo e Médio Jaguaribe – SISAR BBJ, com Sede em Russas
- CE.
A definição de escolha deste município seguiu 3 critérios de exclusão e seleção, em
ordem:
1. Estado do Ceará;
2. Com distância da sede Municipal a Fortaleza de até 200 km;
3. Com maior número de localidades filiadas ao SISAR;
Dentre os Municípios que não foram excluídos, foi realizado um filtro para selecionar
o que deveria ter o maior número de localidades filiadas ao SISAR.
A sua proximidade da Capital Cearense foi importante para a redução nos custos de
logística, gerenciamento e execução das ações para a realização da pesquisa de campo, assim
como ter localidades filiadas ao SISAR visou obter mais informações concretas sobre o
abastecimento de água na zona rural deste Município.
Pode-se observar nas tabelas do apêndice A, a utilização dos critérios de exclusão e
seleção do Município de Aracati, para aplicação dos questionários e identificação dos dados
de abastecimento de água e esgotamento sanitário, utilizando a ferramenta do SIASAR.

3.2 Coleta de Dados

Foi realizada reunião no município com o gestor e seus secretários de saúde, educação,
infraestrutura, chefe de gabinete, meio ambiente e agricultura. Como produto da reunião,
foram solicitados dados que o município já tinha em relação a número e nomes das
localidades rurais e distritos, e relação de agentes municipais de saúde - AMS e escolas do
município.
Após essa etapa, capacitou-se os colaboradores que apoiaram na realização das
atividades, principalmente das agentes de saúde que aplicaram o anexo II do questionário de
comunidade. Durante a capacitação, pediu-se que as AMS avisassem a população que os
29

técnicos iriam visitar as casas, fardados, evitando que a comunidade recebesse visitas de
outras pessoas que não fossem os que iriam realizar os questionários do SIASAR.
Os demais questionários foram levantados por colaboradores da Secretaria das
Cidades, Secretaria do Desenvolvimento Agrário, CAGECE e SISAR, que também
receberam capacitação de consultores do Banco Mundial, como pode ser visto na figura 7.
Foi feito um planejamento das visitas através de divisões por distritos, onde foi
dimensionado o tempo do levantamento dos questionários nas localidades.

Figura 7 – Capacitação da equipe que realizou o levantamento de campo.

Fonte: Autor (2016)

As comunidades foram visitadas preliminarmente para receber explicações sobre o que


seria realizado, o que é o sistema de informação e qual a importância da sua implantação.
Procurou-se não gerar expectativa sobre projetos ou obras e foi ressaltado que o SIASAR é
uma ferramenta de gestão, o qual norteará decisões sobre futuros investimentos. Neste
momento eram identificados os líderes das comunidades, se existia associação e agente de
saúde.
Durante a visita preliminar eram solicitadas a presença dos líderes da comunidade, do
agente de saúde, do diretor ou professor da escola (caso existisse), do operador do sistema e
da pessoa que cuida da contabilidade da associação no dia do levantamento. Caso a
30

comunidade tivesse sistema de abastecimento de água, era identificado o prestador de


serviço, para que também se fizesse visita prévia e coletasse as informações antes da visita
de levantamento de dados na comunidade.
Os materiais utilizados durante o levantamento em campo: GPS, comparador de cloro
com ortotolidina, questionários e instruções impressos em papel. Foram levantados os
questionários de Sistema, Comunidade e Prestador de Serviço. Já o de Prestador de
Assistência Técnica não foi realizado durante o estudo piloto em Aracati. Todos os
questionários aplicados estão apresentados no anexo do presente trabalho.
Em todas as localidades seguiu-se a sequência de coleta de dados dos questionários:
Primeiramente, onde existia SAA, o questionário aplicado era o de sistema e para isso alguns
procedimentos eram necessários, tais como: coleta de coordenadas de cada ponto solicitado
no questionário, desenho de croqui, representando todos os elementos existentes, como por
exemplo: a captação, adutora de água bruta, estação de tratamento de água, reservatórios e
rede de distribuição, e comprovar todos os elementos, pois foi o levantador quem determinou
o estado dos sistemas.
Após coletadas as informações do sistema, aplicou-se o questionário da comunidade
em reunião com a presença da diretoria da associação, agente comunitária de saúde e
coordenadora da escola, assim como realização de visitas em postos de saúde e escolas.
O terceiro questionário é o do prestador de serviço, o qual teve preenchimento de
alguns campos antes da visita e validado na localidade, visando ganho de tempo e de maior
confiança na resposta. Comprovava-se todos os dados informados pelo prestador.
Em localidades com a gestão do SISAR, o questionário teve informações tanto da
associação, quanto do SISAR. Essa diferença foi observada no questionário. Nos demais
casos de prestação de serviço, manteve-se o levantamento apenas em uma entidade.

3.3 População e Amostra

O estudo contemplou toda a área geográfica do Município de Aracati, onde foram


levantadas as comunidades rurais e seus distritos, mesmo sendo considerados pelo IBGE
como urbanos, exceto o Distrito sede.
Foram levantadas Comunidades, Sistemas de Abastecimento de Água (Sistemas
completos com redes de distribuição e Sistemas simplificados com distribuição através de
pontos públicos de água e Prestadores de Serviço. Prestador de Assistência Técnica ainda é
31

um tema que será discutido pelo Comitê Estadual Cearense do SIASAR, para posterior
levantamento.
O único questionário que foi realizado individualmente na casa dos moradores daquela
localidade, conforme já mencionado anteriormente, foi o anexo II do questionário de
comunidade, o qual foi aplicado pelas agentes de saúde que levantaram os dados em uma
determinada quantidade de domicílios de acordo com tabela 3.

Tabela 3 - Amostragem realizada para coleta de dados do anexo II do questionário de


Comunidade.
Amostra de Amostra de Amostra de precisão
precisão média precisão baixa muito baixa
Número de (erro estimado de (erro estimado de (opção de mínimos, não
domicílios na 10%) 15%) recomendada)
comunidades Número de Número de Número de
domicílios a % domicílios a % domicílios a %
serem visitados serem visitados serem visitados
0 - 10 10 100,00 8 80,00 2 20,00
11- 20 17 85,00 13 65,00 3 15,00
21 - 30 20 66,67 15 50,00 3 10,00
31 - 50 28 56,00 18 36,00 4 8,00
51 - 100 35 35,00 20 20,00 5 5,00
101 - 200 41 20,50 22 11,00 10 5,00
201 - 300 43 14,33 22 7,33% 15 5,00
301 ou mais 46 11,50 23 5,75% 20 5,00

Fonte: Adaptado de SIASAR (2017)

3.4 Validação de Dados

O termo validação, refere-se à revisão dos dados para verificar se eles estão completos
e corretos no sistema e, em caso afirmativo, informar a equipe de TI responsável para
prosseguir com os cálculos e gerar relatórios. Portanto, esta atividade foi realizada após os
dados coletados serem inseridos no sistema pela equipe de campo.
Para o trabalho realizado em Aracati, isso foi feito de maneira diferente, primeiro as
informações foram processadas no sistema e, em seguida, os dados inseridos foram
verificados para identificar se havia alguma inconsistência como resultado de erros humanos
ou perguntas mal interpretadas ou, para identificar dados perdidos devido a uma má
32

transferência de informações entre o questionário em papel para o banco de dados.


Requejo-castro et al. (2017), considera o processo de validação, como crucial para
garantir a qualidade dos dados.

3.5 Análise dos Indicadores do SIASAR

O SIASAR identifica quatro objetos de monitoramento. Para cada, existe um conjunto


de indicadores que foram definidos como o principal instrumento para medir o desempenho
dos serviços de água e saneamento. Desta forma, é possível compor uma primeira análise do
estado de cada elemento. Para o cálculo é necessário que os dados estejam corretamente
preenchidos nos questionários. Todos as fórmulas dos indicadores, apresentadas a seguir,
podem ser encontrados no Modelo Conceitual, o qual está na versão 10.5. (SIASAR, 2017)
O modelo conceitual SIASAR 2.0 adota sua metodologia característica de
classificação de resultados usando diferentes intervalos, conforme mostrado na figura 8.

Figura 8 – Intervalo de classificação SIASAR.

Fonte: Adaptado de SIASAR (2017)

Índice de Desempenho dos Serviços de Água e Saneamento - IAS

i,j=1
1⁄
IAS = ∏ xj pj = (NASH ∗ ISSA) 2
i,j=0

O indicador “geral” do SIASAR é o índice de desempenho dos serviços de água e


saneamento (IAS), o qual dá uma primeira visão do serviço no nível de comunidade,
combinando em um único valor as múltiplas dimensões das quais dependem a
sustentabilidade e a qualidade do serviço. Para isso, são agregados geometricamente os
principais índices de nível de serviço de água e nível de serviço de saneamento e higiene.
Como apresentado anteriormente, todos esses índices parciais são, por sua vez, compostos
33

de vários indicadores ou variáveis que serão apresentados neste capítulo.

Índice de Nível de Serviço de Água, Saneamento e Higiene - NASH

i,j=1
1⁄
NASH = ∏ xj pj = (NSA ∗ NSH) 2
i,j=0

Indicador que agrega o índice de nível de serviço de água e índice de nível de serviço
de saneamento e higiene, apresentados a seguir.

Índice de Nível de Serviço de Água - NSA

i,j=1
(ACC + CON + EST + CAL)
NSA = ∑ xi . pj =
4
i,j=0

Onde:
• ACC - Acessibilidade
• COM - Continuidade
• EST - Sazonalidade
• CAL - Qualidade
As informações necessárias provêm principalmente do questionário do sistema,
embora também integre algum indicador da comunidade.
A acessibilidade necessita de informações como: número de casas totais na
comunidade, quantas não tem abastecimento de nenhum sistema e a distância que as pessoas
percorrem para ter água. A cobertura é definida pela razão entre o número de residências que
acessam uma fonte melhorada de água e o número total na comunidade. As moradias que
não tenham acesso por meio de ligação de água domiciliar, farão com que a comunidade
tenha seu indicador penalizado por meio de um fator corretivo de acessibilidade.
Horas trabalhadas por dia é o dado mais importante para o cálculo da continuidade, já
para a sazonalidade, necessita-se da vazão do SAA e se o manancial atende durante o período
de chuva e o período seco do ano.
Parâmetros físico-químicos e bacteriológicos atendendo a legislação vigente no pais,
são importantes para a composição do índice de qualidade.
34

Índice de Nível de Serviço de Saneamento e Higiene - NSH

i,j=1
(NSS + HPE + HHO + HCO)
NSS = ∑ xi . pj =
4
i,j=0

Onde:
• NSS - Nível de Serviço de Saneamento
• HPE - Higiene Pessoal
• HHO – Higiene Doméstica
• HCO - Higiene Comunitária
A informação necessária provém da entidade comunidade. É importante enfatizar que
a informação pode vir de três tipos de fontes: através de uma pesquisa geral na comunidade,
uma espécie de censo, buscando informações em cada casa ou uma amostra representativa
da comunidade, através de um estudo estatístico prévio. Em todos os casos, as mesmas
funções de utilidade se aplicam.
Os dados utilizados para aplicação deste indicador são: manejo de água melhorada
dentro das residências, assim como também a quantidade de casas com saneamento
melhorado tipo 1, onde se isola o excremento de qualquer possibilidade de contato humano
e a Limpeza é com água (automática ou manual) à rede de esgoto, fossa séptica ou latrina de
fossa. Tipo 2, onde também se isola do contato humano, mas sem o uso de água. Não
melhorada, é lançado de forma não segura à rua, quintal, terreno, esgoto a céu aberto, vala
ou corpo hídrico.

Índice de Sustentabilidade dos Serviços de Água - ISSA

i,j=1
1⁄
ISSA = ∏ xj pj = (EIA ∗ PSE) 2
i,j=0

O índice de estudo da infraestrutura de água e o índice de prestador de serviço são


utilizados integrados, detalhados no decorrer do trabalho, gerando o índice de
sustentabilidade dos serviços de água.
35

Índice de Estudo da Infraestrutura de Água - EIA

i,j=1
(AUT + INF + ZPA + STR)
EIA = ∑ xi . pj =
4
i,j=0

• AUT - Autonomia do sistema


• INF - Infraestrutura
• ZPA – Área de Proteção da Captação
• STR - Estado da Infraestrutura do Tratamento de Água
A informação necessária provém principalmente do sistema de abastecimento de água.
A capacidade de armazenamento de água no SAA é o principal dado a ser coletado para
determinar autonomia do sistema. Para o termo da Infraestrutura da equação, é necessário
que o levantador tenha olhar técnico crítico para a captação, adutora, reservação e
distribuição.
Em relação ao estado da infraestrutura de tratamento de água é observado qual a
tecnologia de tratamento utilizada, se está adequada ao SAA, como está o estado da
infraestrutura e por fim se existe desinfecção da água por meio da cloração.

Índice de Prestador de Serviços - PSE

i,j=1
(GOR + GOM + GEF + GAM)
PSE = ∑ xi . pj =
4
i,j=0

• GOR - Gestão Organizacional


• GOM – Gerenciamento de Operação e Manutenção
• GEF - Gestão Econômica e Financeira
• GAM - Gestão Ambiental
A informação necessária vem do prestador de serviços. Portanto, considera-se que é
na escala de prestadores de serviços que o índice parcial e seus componentes e indicadores
são calculados.
Importante nesse índice é a gestão organizacional, econômica e financeira, as
informações necessárias são: a classificação do prestador, se o mesmo está legalizado, a
existência de tarifa, prestação de contas e contabilidade, valores arrecadados com as faturas
e seus custos. Para o gerenciamento operacional e de manutenção é importante destacar se
36

existe recursos, se existe o instrumento de gestão de um SAA, hidrômetros, e realização de


manutenção preventiva e corretiva.

Índice de Escolas e Centros de Saúde - ECS

i,j=1
(EAG + SHE + CAG + SHS)
ECS = ∑ xi . pj =
4
i,j=0

• EAG - Água Potável Melhorada em Escolas


• SHE – Saneamento Melhorado e Higiene em Escolas
• CAG - Água Potável Melhorada em Centros de Saúde
• SHS – Saneamento Melhorado e Higiene em Centros de Saúde
A informação necessária provém da comunidade. O índice levará em conta os quatro
componentes, se houver escolas e centros de saúde, e apenas dois, se houver apenas escolas
ou centros de saúde.
Para o ECS é necessário a informação se a escola e/ou o posto de saúde estão ligados
ao sistema de abastecimento de água, se existe saneamento melhorado, se os profissionais,
alunos e pacientes têm acesso aos banheiros e local para realizar limpeza das mãos.

Índice de Prestador de Assistência Técnica - PAT

i,j=1
(SIN + CAP + COB + INT)
PAT = ∑ xi . pj =
4
i,j=0

• SIN - Sistema de Informação


• CAP - Capacidade Institucional
• COB - Cobertura Comunitária
• INT - Intensidade da Assistência
A informação necessária vem da entidade provedora de assistência técnica (PAT). Para
calcular esse índice e seus componentes em escala comunitária, será necessário procurar um
link entre o PAT e os provedores de serviços, dependendo do tipo de PAT envolvido. Aquelas
comunidades que não tenham um prestador de assistência técnica, esse indicador não
influencia nos demais.
37

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 População do Município de Aracati

Segundo IBGE (2010), o Município de Aracati possui uma população total de 69.159
pessoas, onde 44.035 estão na zona urbana. Dos habitantes considerados como urbanos,
35.950 estão residindo na sede municipal e 8.085 nas sedes dos demais distritos. A zona rural
de Aracati conta com o número de 25.124 habitantes. Como o censo foi realizado em 2010,
o mesmo Instituto faz a projeção que no ano de 2017 a população já estaria totalizando
73.629, representando um crescimento de 6,1%. O número exato da divisão da população
que reside na sede urbana, nos demais distritos e na zona rural só acontece durante o censo,
não podendo fazer uma estimativa mais detalhada. O próximo censo ocorrerá em 2020.
Para fim de cálculo dos resultados desse estudo, foram contabilizados como zona rural
os moradores das sedes dos distritos e suas localidades, totalizando 33.209 pessoas.

Figura 9 – Distribuição da população de Aracati - CE.


80000 73629
69159
70000

60000

50000

40000 35950
33209
30000

20000

10000

0
Censo 2010 Projeção IBGE 2017

Total Sede Urbana Rural

Fonte: Adaptado de IBGE (2017)

Foram levantadas 104 Comunidades, 76 Sistemas de Abastecimento de Água, dentre


eles 31 Sistemas com distribuição de água nas casas e 45 Sistemas simplificados com
distribuição através de pontos públicos de água e 30 Prestadores de Serviço. 1 SAA que
abastece a comunidade de Boca do Forno, no distrito de Barreira dos Vianas, pertence ao
município de Itaiçaba e não foi quantificado, nem qualificado no presente estudo.
38

Durante etapas iniciais do processo de reconhecimento de Aracati, o Município passou


a informação que possuía 148 comunidades em seu território.
Nas localidades, foram contabilizadas um total de 12.760 casas. Usando a média de
3,8 moradores em cada residência na zona rural do Ceará, coletada pelo IBGE (2010), a
população estudada neste trabalho foi de 49.420 pessoas situadas na zona rural, somadas as
sedes dos distritos do Município de Aracati.

4.2 Cobertura de Abastecimento de Água de Aracati

Após coleta dos dados, inserção no SIASAR e validação da equipe técnica, ficou
constatado que 66,58% dos moradores da zona rural de Aracati tem acesso a água. Apesar
de ser um número interessante, pensando na universalização do serviço até 2030, mas deve-
se também observar a qualidade da água que a população está recebendo, pois, a
universalização é de água segura.
Na figura 10 é apresentado os tipos de sistemas de abastecimento de água e a
quantidade de cada, que foram encontrados em Aracati, onde o sistema completo tem todas
as etapas, captação, adução, tratamento, reservação, rede de distribuição e ligações
domiciliares. Já o sistema simplificado, conhecido como chafariz, consiste de Captação,
adução, tratamento (em raras exceções), reservação e pontos de água públicos. Dos 76
sistemas contabilizados, 31 são completos, ou seja, cerca de 41% do total.

Figura 10 – Classificação dos sistemas de água rurais de Aracati.

31

40,79%
59,21%

45

Sistema completo Sistema simplificado

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)


39

100% dos sistemas simplificados não foi encontrado tratamento de água. Nos sistemas
completos, 22 SAA contemplam o tratamento de água como operação unitária existente, mas
apenas 17 estão em pleno funcionamento, como detalha a figura 11. Traduzindo esse número
em população, 6.842 casas são abastecidas com água tratada, representando cerca de 53%
dos moradores da zona rural.

Figura 11 – Distribuição dos SAAs por qualidade de água distribuída.


50
45 45
45
40
Total
35 31
30 Com Tratamento de
25 água
20 17 Com Tratamento de
15 água sem funcionar
9 Sem Tratamento de
10
5 água
5
0 0
0
Sistema completo Sistema simplificado

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

A ferramenta SIASAR faz a classificação semafórica dos sistemas, qualificando-os,


apresentada na figura 12, onde pode ser observado que os sistemas simplificados e os
sistemas sem tratamento têm uma pior classificação. Outro fator que desqualifica os sistemas
simplificados, é a distância que as pessoas precisam percorrer para ter acesso a água.
Ao todo, ficaram 53 sistemas com a classificação “C”, mostrando que é necessário
apoio externo e até financiamento externo para construção de novos SAA. Os 23 sistemas
melhores classificados, como “A” e “B”, tem continuidade no abastecimento, tem ligações
domiciliares com micromedidores e a qualidade da água. O último parâmetro é muito
importante por ser o que se relaciona com a saúde.
Já na figura 13 é apresentado o nível de serviço de água (NSA) nas comunidades,
indicador que se correlaciona com a classificação semafórica dos sistemas de abastecimento
de água. 34 comunidades ficaram como “A”, 7 estão “B”, 27 com semáforo em “C” e 36 em
“D”.
40

Somadas as identificadas em “A” e “B”, as quais já estão com um bom serviço de água
ou precisam de pouco investimento do próprio prestador de serviço para resolver qualquer
problemática, temos 39,42% das comunidades.

Figura 12 – Classificação dos SAAs rurais de Aracati pelo SIASAR.


60
53

50

40
A
30 B
C
20
12 D
11
10

0
0
Sistemas

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

Figura 13 – Classificação das comunidades com o indicador NSA do SIASAR.


40
36
34
35

30 27

25 A
20 B
15 C
10
D
7

0
Comunidades

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

A figura 14 apresenta agora a classificação semafórica dos sistemas de Aracati,


completos e simplificados, no site do SIASAR, como apresentados anteriormente. Essa
41

figura mostra a simplicidade do sistema de informação e o seu objetivo que é de tomada de


decisões a partir de uma visualização dos dados nos mapas apresentados no site.

Figura 14 – Classificação semafórica dos sistemas de Aracati

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

4.3 Cobertura de Esgotamento Sanitário de Aracati

Segundo os dados do SIASAR (2018), cerca de 88% dos moradores da zona rural de
Aracati tem cobertura de esgotamento sanitário, classificado pela Organização Mundial de
Saúde como esgotamento melhorado, seja ele tipo I ou II.

Figura 15 – Distribuição do esgotamento sanitário da população de Aracati

Esgotamento
Melhorado
Esgotamento
(Tipo I e II)
Não Melhorado
88,22%
7,72%

Sem
esgotamento
4,06%

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)


42

Aqueles que não tem nenhuma infraestrutura de esgoto, somados com os que tem
esgotamento não melhorado (esgoto jogado a céu aberto ou outro local de forma não segura),
existem 11,8% das residências da zona rural de Aracati.
A figura 16 traz o nível de serviço de esgotamento sanitário (NSS) nas comunidades,
indicador que mostra informações de quantas casas tem ou não o acesso ao esgotamento
sanitário e também se utilizam a infraestrutura ou defecam a céu aberto. Assim temos 27
comunidades que ficaram como “A”, 46 estão “B”, 27 com semáforo em “C” e 4 em “D”.
Observou-se no estudo que em cerca de 1.000 casas, pelo menos uma pessoa residente
ainda tem o hábito de realizar a defecação a céu aberto, mesmo algumas tendo a estrutura de
saneamento, seja ela melhorada ou não. 10.846 dos 11.257 dos imóveis que tem esgotamento
melhorado, todas as pessoas daquela casa utilizam o banheiro para defecar, isso corresponde
a 96,35%.

Figura 16 – Classificação das comunidades com o indicador NSS do SIASAR


50 46
45
40
35
27 27
A
30
25 B
20
C
15
10 D
4
5
0
Comunidades

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

Na população estudada nenhuma casa tem acesso ao esgotamento sanitário com rede
coletora e tratamento. Os domicílios se utilizam de soluções individuais, como por exemplo
os módulos sanitários domiciliares (MSD), com banheiro, fossa séptica e sumidouro, os
quais o Governo do Estado vem implantando.

4.4 Prestadores de Serviço que Atuam no Saneamento Rural de Aracati

Os prestadores de serviço que atuam no saneamento rural e são classificados pelo


SIASAR, eles podem ser uma associação ou organização comunitária, instituição pública ou
43

alguma outra classe, como por exemplo um particular. Na tabela 4 são apresentados todos
os prestadores do saneamento rural que atuam em Aracati, com sua respectiva classe e
classificação dos indicadores do SIASAR.
Na figura 17 podemos quantificar a classificação, onde nenhum prestador atingiu a
pontuação máxima, 8 ficaram “B”, 14 em “C” e 8 estão na pior situação. Na figura 18 fica
distribuído no mapa a classificação semafórica.

Figura 17 – Classificação dos Prestadores de Serviço com o indicador PSE


16
14
14

12

10 A
8 8
8 B
6 C
4 D
2
0
0
Prestadores de Serviço

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

Figura 18 – Classificação semafórica dos Prestadores de Serviço em Aracati

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)


44

Tabela 4 – Apresentação e classificação dos Prestadores de Serviço em Aracati


CLASSE NOME DO PRESTADOR DE SERVIÇO PSE
INSTITUIÇÃO CAGECE B
PÚBLICA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACATI D
DEUSIMAR BARBOSA LIMA D
PARTICULAR
FRANCISCO DE ASSIS DE SOUSA D
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA BENEFICENTE DO CAJUEIRO C
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA BENEFICENTE DOS MORADORES DO
C
CONJUNTO HABITACIONAL ALTO DA CHEIA (ACOBEMAC)
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE AROEIRAS D
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA RURAL DE BARREIRA DOS VIANA D
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE CARAÚBAS E ADJACÊNCIAS D
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO ASSENTAMENTO DE UMARI D
ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES
D
DE LAGOA DO PEDRO, TEODÓSIO E LAGOA NOVA
SISAR BBJ/ASS. DOS MORADORES DE QUIXABA DOS PAULOS E
C
ADJACÊNCIAS
SISAR BBJ / ASS. DOS MORADORES DO JIRAU C
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE E CULTURAL DOS
C
MORADORES DO CÓRREGO DOS RODRIGUES E CÓRREGO DA NICA
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DE CANAPUM B
SISAR BBJ / ASSOCIAÇÃO CENTRO COMUNITÁRIO DE SÃO CHICO E
C
ASSOCIAÇÃO ADJACÊNCIAS
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE CAJAZEIRAS -ASCAC B
OU
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA NOSSA SENHORA DA
ORGANIZAÇÃO C
COMUNITÁRIA PIEDADE
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA RENASCER DOS
C
ASSENTADOS DO ASSENTAMENTO CAMPOS VERDES
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DE CÓRREGO DOS FERNANDES B
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DE CÓRREGO DOS MACACOS C
SISAR BBJ/ ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA LAGOINHA E
C
ADJACÊNCIAS
SISAR BBJ / ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE LAGOA DOS
C
ENCANTOS E CRUZ
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DO BEM ESTAR DA LAGOA DO JUÁ C
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA LAGOA DE SANTA
B
TEREZA
SISAR BBJ/ ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE LAGOA DAS
C
PEDRAS E ADJACÊNCIAS
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE TÁBUA LASCADA C
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE VENÂNCIO B
SISAR BBJ/ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO OUTEIRO B
SISAR BBJ / GRUPO COMUNITÁRIO DE LAGOA DOS PORCOS B

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

A Prefeitura Municipal de Aracati detém a titularidade dos serviços de saneamento do


Município, segundo a Lei 11.445/07, mas para a zona urbana, foi delegado o serviço para a
Companhia de Água e Esgoto do Ceará. Como a PMA não tem capacidade técnica para
atender a zona rural, os sistemas completos ficam de responsabilidade das associações
comunitárias, quando existem na localidade.
45

Os prestadores particulares existem pela falta da atuação da Prefeitura Municipal de


Aracati no serviço com os sistemas simplificados, assim esses dois usuários, identificados
na tabela 4, atendem aos moradores da localidade e por consequência tiram dali a sua renda.
A CAGECE é o maior prestador de serviços de saneamento no Estado do Ceará, mas
sua característica é atuar na zona urbana de cada Município. Ao passar do tempo a sede de
Aracati foi crescendo e a população rural se aproximou mais, obtendo acesso aos serviços
do abastecimento de água tratada da Companhia por estar nas circunvizinhanças.
As associações comunitárias organizadas são responsáveis pela prestação de serviço
nas localidades rurais onde a CAGECE não consegue atuar. No Ceará, além da associação
organizada, existe o Modelo de Gestão para o Saneamento Rural que é uma federação de
associações e que atua de forma compartilhada com a associação.

Figura 19 – SISAR BBJ e sua atuação em conjunto com as associações em Aracati.

Outeiro
Quixaba Tábua
dos Paulos Lascada

Santa
Lagoinha
Tereza

Córrego
Lagoa da
dos
Cruz Fernandes

Córrego
Lagoa dos
dos
Porcos Macacos

SISAR
São Chico
BBJ Lagoa das
Pedras

Córrego
Campos
dos
Verdes
Rodrigues

Cacimba
Venâncio
Funda

Cajazeiras Canapum
Lagoa do
Jirau
Juá

Fonte: Adaptado de SIASAR (2018)

Como se observa na figura 19, o Modelo SISAR traz consigo a atuação em conjunto com
19 associações em Aracati, formando assim 19 prestadores distintos, pois será medido não
só o trabalho do SISAR, mas também o da associação que ele está compartilhando o serviço.
Ainda na figura 19, as comunidades estão com a classificação semafórica.
46

5 CONCLUSÕES

Cerca de 67% da população rural do Município de Aracati tem acesso a água, mas
podemos assegurar que apenas pouco mais de 50% consome água segura e isso se deve a
três fatores: ao número de sistemas simplificados utilizados como solução para comunidades
que possuem uma característica para ter a concepção de sistemas completos, sistemas
completos concebidos sem padrões técnicos, não visando uma gestão e por último, SAAs
completos sem a gestão de um prestador de serviço que possa trazer condições técnicas para
o recebimento de uma água de qualidade na comunidade.
Recomenda-se para que haja a universalização do serviço de abastecimento de água
tratada, seja utilizado a concepção de sistemas integrados, onde com apenas um manancial
com segurança hídrica, possa realizar o tratamento em estação com um porte que atenda o
máximo do número de casas, até onde sejam economicamente viáveis para o projeto. As
comunidades mais isoladas e com uma menor densidade populacional, devem assim ser
apresentadas soluções individualizadas ou com sistemas simplificados, mas com uma
capacitação visando a qualidade de água, pois existem vários potenciais de contaminação
bacteriológica quando as soluções de abastecimento de água são individualizadas e sem
gestão.
Aproximadamente 88% dos moradores da zona rural apresentam uma solução melhorada
de esgotamento e uma grande parcela utilizando-os, apesar de ser um número considerado
muito bom visando a universalização, é recomendado que exista uma espécie de capacitação
sobre o benefício para a saúde e ao meio ambiente quando se tem e utiliza, pois ainda existe
uma parcela da população que subutilizam os módulos sanitários e defecam a céu aberto,
por questões culturais.
Em todas as comunidades, a solução usada para atender o esgotamento sanitário nas casas
que possuem o serviço, são individuais. Para a zona rural, onde as casas são mais dispersas,
essa é a concepção mais recomendada para a replicação e universalização, pois o custo de
implantação e de operação são mais viáveis economicamente, quando comparadas aos
sistemas com coleta, transporte em rede e tratamento do esgoto.
Recomenda-se para que o sistema individual proposto e já utilizado seja ainda mais
viável, podendo até trazer um retorno financeiro para os usuários, utilizando as tecnologias
sociais já difundidas pelas universidades e em alguns projetos pilotos do governo, faltando
escalar, como por exemplo a fossa verde e o reuso das águas cinzas para quintais produtivos.
47

O governo do Estado do Ceará e futuramente os demais Estados da Federação ao aderirem


a ferramenta do SIASAR, irão ter um enorme ganho com a utilização do sistema de
informação para diagnosticar a situação real dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário na zona rural de seus Municípios, podendo se planejar para atender
ao objetivo da universalização.
Como ainda hoje não existe nenhuma base de dados sobre saneamento rural em todo o
Brasil, o SIASAR aponta como solução de planejamento para aplicação dos recursos no setor
de abastecimento de água e esgotamento sanitário de maneira eficaz.
Os resultados do trabalho de pesquisa utilizando o SIASAR no município de Aracati-CE
evidenciaram dados estratégicos de planejamento para o Estado do Ceará, sendo possível
revelar dados da situação atual do saneamento rural neste território. Assim, o
desenvolvimento deste serviço nos outros municípios do Estado Cearense visa retratar as
realidades locais, contribuir para as estratégias políticas de saneamento no Brasil, e,
sobretudo, a universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário.
48

REFERÊNCIAS

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52

APÊNDICE A – CRITÉRIOS QUE DEFINIRAM ARACATI COMO MUNICÍPIO


ESTUDADO

Tabela 5 – Município com distância de até 200 Km de Fortaleza


Nº DISTÂNCIA DE FORTALEZA PARA Km
1 Acarape 61
2 Amontada 180,3
3 Apuiarés 128,1
4 Aquiraz 32,3
5 Aracati 148,3
6 Aracoiaba 83
7 Aratuba 128
8 Barreira 75,5
9 Baturité 93
10 Beberibe 83,3
11 Canindé 120,2
12 Capistrano 110,5
13 Caridade 100,4
14 Cascavel 64,3
15 Caucaia 15,8
16 Choró 155,7
17 Chorozinho 64,1
18 Eusébio 25,9
19 Fortim 132,3
20 General Sampaio 143,1
21 Guaiúba 38
22 Guaramiranga 102
23 Horizonte 40,1
24 Ibaretama 134,1
25 Ibicuitinga 187,1
26 Irauçuba 168
27 Itaiçaba 172,3
28 Itaitinga 27,1
29 Itapajé 142
30 Itapipoca 147,3
31 Itapiúna 110
32 Jaguaruana 173,1
33 Limoeiro do Norte 194,1
53

34 Madalena 186,5
35 Maracanaú 24,6
36 Maranguape 30
37 Morada Nova 161,1
38 Mulungu 110
39 Ocara 95,1
40 Pacajus 49,1
41 Pacatuba 32
42 Pacoti 95
43 Palhano 150,1
44 Palmácia 73
45 Paracuru 88,9
46 Paraipaba 93
47 Paramoti 104,1
48 Pentecoste 103,1
49 Pindoretama 49,3
50 Quixadá 158
51 Redenção 63
52 Russas 160,1
53 São Gonçalo do Amarante 60,1
54 São Luís do Curu 95,6
55 Tejuçuoca 159,7
56 Trairi 124,5
57 Tururu 124,9
58 Umirim 109,5
59 Uruburetama 127,3
Fonte: Autor (2018)
54

Tabela 6 – Relação dos Municípios do Ceará relacionados com número de localidades


filiadas ao SISAR

LOCALIDADES
DISTÂNCIA DE FORTALEZA
Nº SISAR Km FILIADAS AO
PARA
SISAR
1 BBJ Aracati 148,3 19
2 BBA Quixadá 158 17
3 BBJ Russas 160,1 16
4 BCL Itapipoca 147,3 15
5 BME Beberibe 83,3 14
6 BME Maranguape 30 13
7 BBJ Jaguaruana 173,1 10
8 BME Cascavel 64,3 10
9 BME Pacoti 95 10
10 BCL Irauçuba 168 9
11 BCL Trairi 124,5 9
12 BCL Tururu 124,9 9
13 BBA Capistrano 110,5 7
14 BBA Madalena 186,5 7
15 BCL Paraipaba 93 6
16 BBA Choró 155,7 5
17 BBA Itapiúna 110 5
18 BCL Tejuçuoca 159,7 5
19 BBA Canindé 120,2 4
20 BBA Caridade 100,4 4
21 BBA Ibicuitinga 187,1 4
22 BCL Itapajé 142 4
23 BME Barreira 75,5 4
24 BME Caucaia 15,8 4
25 BME Palmácia 73 4
26 BME Redenção 63 4
27 BBA Ibaretama 134,1 3
28 BBA Ocara 95,1 3
29 BBJ Fortim 132,3 3
30 BCL Paracuru 88,9 3
31 BCL Pentecoste 103,1 3
32 BCL São Luís do Curu 95,6 3
55

33 BME Aratuba 128 3


34 BCL Paramoti 104,1 2
35 BCL Umirim 109,5 2
36 BCL Uruburetama 127,3 2
37 BME Mulungu 110 2
38 BBA Morada Nova 161,1 1
39 BBJ Itaiçaba 172,3 1
40 BCL General Sampaio 143,1 1
41 BME Aquiraz 32,3 1
42 BME Baturité 93 1
43 BME Guaiúba 38 1
44 BME Horizonte 40,1 1
45 BME Pacajus 49,1 1
Fonte: Autor (2018)
56

ANEXO A – QUESTIONÁRIOS DO SIASAR UTILIZADOS PARA COLETA DE


DADOS
Questionário 1 - Sistema

A INFORMAÇÃO GERAL E ESQUEMA DO SISTEMA

Data de Aplicação

Entrevistador

Nome do sistema

Ano de construção

Prestador de serviço
associado
Entidade local menor
[parâmetro nacional]
Entidade local maior
[parâmetro nacional]
Entidade regional
A1 [parâmetro nacional]
Outras divisões
[parâmetro nacional]

Latitude

Longitude

Altitude

Código Sistema
57

Fontes de financiamento da construção inicial


(relativas ao ano de construção (A1)
Fonte de financiamento Programa específico de Moeda
(instituição, organização, donde provienen los
doação, contribuição, etc.) fondos Valor
[parâmetro
[parâmetro nacional] [parámetro nacional] nacional]]

A2

Valor total de financiamento

Reabilitações ou ampliações do sistema


Tipo de Origem Programa Moeda
Instituição
reabilitação financiamen
executora
Ano ou ampliação to Valor
[parâmetro [parâmetro [parâmetro
[parâmetro [parâmetro
nacional]] nacional] nacional]]
regional nacional]

A3

Monto total de financiamiento


58

Tipo de sistema de abastecimento de água


[parâmetro regional]
(Pode ser seleção múltipla, se cabível)

Sistema por gravidade

A4 Sistema por bombeamento

Poço com bomba manual

Captação de águas pluviais

Outro (especificar)

Há água suficiente nas fontes em função da demanda?


(pergunta de caráter qualitativo para fazer aos gestores/líderes da comunidade)
A5 No verão / estação seca Sim Não

No inverno / estação chuvosa Sim Não


59

Esboço do sistema de abastecimento de água


Indicar em um esboço os seguintes elementos, tantos quantos forem necessários mas os
mínimos para descrever o sistema de forma adequada. Cada elemento receberá um código
simples que permitirá identificá-lo com a informação correspondente nas fichas de elementos.
• Captações de água e fonte associada
• Fonte sem infraestrutura de captação
• Linhas de Condução (incluindo estruturas especiais)
• Infraestrutura de Tratamento
• Infraestrutura de Armazenamento
• Rede de Distribuição (a domicílios e serviços comuns), por zonas da comunidade
Indicar o Ponto de cloração no esboço, se houver.

A6
60

B FONTE E CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Fonte ou captação

Nome da fonte

Código da fonte

Tipo de fonte
(e captação, se houver)
[parâmetro regional]
É a fonte principal do sistema?
(somente deve ser uma dentre todas as Sim Não
B1 associadas)
Unidade Data de
Vazão da fonte [parâmetro tomada de
regional] medida
Unidade Data de
Vazão da fonte na
[parâmetro tomada de
estação seca regional] medida

Latitude

Longitude

Altitude

Estado da zona próxima à fonte ou tomada de água do sistema


(ex.: microbacia, área de recarga, área do poço, etc.)
Não se
De acordo o caminho efetuado até a fonte será respondida a próxima Sim Não
aplica
série de perguntas de apreciação, assinalando sim, não ou não se
aplica
Existência de áreas verdes ou zonas florestadas ao redor da fonte
/ tomada de água
Existência de zonas erodidas no entorno da fonte / tomada de
B2 água
Proteção (delimitação com cerca ou outros sistemas) da fonte /
tomada de água
Existência de poluição causada por lixo doméstico ou por águas
servidas ao redor da tomada de água (presença de latrinas,
animais, residências, lixo doméstico, etc.)
Existência de indícios ou risco de contaminação causada por
produtos químicos ou resíduos em torno da tomada de água com
origem em atividades industriais, agrícolas, artesanais, etc.
61

Existe infraestrutura de Captação de Água do


Sim Não
sistema
B3 Existe macro medição
Sim, e Sim, e não
da vazão captada Não
funciona funciona
instalada

Estado físico da infraestrutura de captação de água


Bom Regular Ruim Caído
Infraestrutura de Infraestrutura de Infraestrutura de captação Infraestrutura de
captação de água em captação de água em de água em funcionamento captação de água não
funcionamento com funcionamento, com ou não, com necessidade de está funcionando/
todos os componentes necessidade de investimento para reposição necessidade de
em boa condição física melhorar a de componentes, com Investimentos que
manutenção capacidade de ser ultrapassam a
B4 financiado pela comunidade capacidade financeira
da comunidade

Observações sobre
a captação
62

C LINHA DE CONDUÇÃO

Linha de condução

Código da linha

Unidade
Comprimento da linha [parâmetro
C1 regional]
Diâmetro médio Unidade
(interior) da tubulação [parâmetro
principal regional]

A linha contém estruturas especiais?


Sim Não
(Tanque de pressão, válvulas, etc.)

Estado físico da linha de condução de água


Bom Regular Ruim Caído
Linha de condução de Linha de condução de Linha de condução de Linha de condução de
água em funcionamento água em água em funcionamento água não está
com todos os funcionamento, com ou não, com funcionando/
componentes em boa necessidade de necessidade de necessidade de
condição física melhorar a investimento para Investimentos que
manutenção reposição de ultrapassam a
componentes, com capacidade financeira da
C2 capacidade de ser comunidade
financiado pela
comunidade

Observações sobre a
condução
63

D INFRAESTRUTURA DE TRATAMENTO

Infraestrutura de tratamento
Código da
infraestrutura
Tipo de tratamento
[parâmetro regional]

D1 Funcionamento correto Funciona Não funciona

Latitude

Longitude

Altitude

Estado físico da infraestrutura de tratamento de água


Bom Regular Ruim Caído
Infraestrutura de Infraestrutura de Infraestrutura de tratamento Infraestrutura de
tratamento de água em tratamento de água de água em funcionamento tratamento de água
funcionamento com todos em funcionamento, ou não, com necessidade não está funcionando/
os componentes em boa com necessidade de de investimento para necessidade de
condição física melhorar a reposição de componentes, Investimentos que
manutenção com capacidade de ser ultrapassam a
D2 financiado pela comunidade capacidade financeira
da comunidade

Observações sobre a
infraestrutura
64

E INFRAESTRUTURA DE ARMAZENAMENTO

Infraestrutura de armazenamento
Código da
infraestrutura
Capacidade de Unidade
armazenamento [parâmetr
(volume) o regional]

Com que
E1 frequência se
faz a limpeza?

Latitude

Longitude

Altitude

Estado físico da infraestrutura de armazenamento de água


Bom Regular Ruim Caído
Infraestrutura de Infraestrutura de Infraestrutura de Infraestrutura de
armazenamento de armazenamento de armazenamento de água armazenamento de água
água em água em em funcionamento ou não está funcionando/
funcionamento com funcionamento, com não, com necessidade de necessidade de
todos os necessidade de investimento para Investimentos que
componentes em boa melhorar a reposição de ultrapassam a capacidade
condição física manutenção componentes, com financeira da comunidade
E2 capacidade de ser
financiado pela
comunidade

Observações
sobre a
infraestrutura
65

F REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Rede de distribuição

Código da rede

Número de conexões da rede de distribuição


F1
Número de micromedidores instalados

Número de micromedidores instalados

Horas de funcionamento por dia

Distância média das casas a pontos públicos de tomada de água


Assinalar a que distância aproximada se encontram instalados os pontos públicos de tomada de
água das casas dos usuários.
F2 (poços ou sistemas por gravidade / bombeamento. Não se aplica em sistemas com
abastecimento domiciliar)

Maior que 100 metros Menor que 100 metros

Estado físico da rede de distribuição de água


Bom Regular Ruim Caído
Rede de distribuição de Rede de distribuição Rede de distribuição de Rede de distribuição de
água em funcionamento de água em água em funcionamento água não está
com todos os funcionamento, com ou não, com necessidade funcionando/
componentes em boa necessidade de de investimento para necessidade de
condição física melhorar a reposição de Investimentos que
manutenção componentes, com ultrapassam a
F3 capacidade de ser capacidade financeira da
financiado pela comunidade
comunidade

Observações sobre a
infraestrutura
66

G QUANTIDADE E QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL

Vazão atual do sistema


G1 Unidade
Vazão de água [parâmetro
regional]

Desinfecção com cloro


(ponto cloração antes ou depois do tanque)
G2
Sim, e Sim, mas
Não se realiza
funciona não funciona

Filtragem domiciliar
(referente a existência de prática majoritária)
G3 Sim, de
Sim, mas
não de
maneira Não
maneira
majoritária
majoritária

Qualidade da água

Data da análise Resultado

Quantidade
Cloro (Valores
Unidades
G4 residual permissíveis:
0.5 a 1.0 mg/L)

Coliformes Sim ocorre Não ocorre

Análise
Físico- Sim ocorre Não ocorre
Química
67

Questionário 2 – Prestador de Serviço

A INFORMAÇÃO GERAL E ESQUEMA DO SISTEMA

Data de Aplicação

Entrevistador

Nome do prestador
de serviço
Entidade local
menor
[parâmetro nacional]
Entidade local
maior
[parâmetro nacional]
Entidade regional
[parâmetro nacional]
A1
Outras divisões
[parâmetro nacional]

Latitude

Longitude

Altitude

Código prestador

Associação /
A Organização
comunitária
A2 Classe de prestador
B
Gestão direta por
instituição pública

C Outra (especificar)
68

B INFORMAÇÃO SOBRE ASSOCIAÇÕES OU ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS

Status jurídico e constituição

Data de criação

B1 Está legalizado

Status jurídico do
Em processo de legalização
prestador

Não está legalizado

Diretoria
Data da última eleição dos membros
da Diretoria
B2
Todos os membros da Diretoria estão
Sim Não
nomeados?
Número de reuniões da Diretoria nos
últimos 6 meses
69

Técnicos e representantes da Diretoria

Representantes

Gênero (homem /
Cargo Nome Telefone
mulher)
Diretor Presidente
[parâmetro nacional]
Diretor Secretário
[parâmetro nacional]
Diretor Tesoureiro
[parâmetro nacional]
Diretor Vice-
Presidente
[parâmetro nacional]
B3 Vogal
[parâmetro nacional]
Vogal
[parâmetro nacional]
Vogal
[parâmetro nacional]

Técnicos

Gênero (homem /
Cargo Nome Telefone
mulher)
Operário / Encanador
[parâmetro nacional]
Administrador /
Gerente
[parâmetro nacional]

B4 O prestador tem conta bancária? Sim Não

Prestação de contas

B5 O prestador presta contas? Sim Não

Existe ata da última assembleia de


Sim Não
prestação de contas?
70

C INFORMAÇÃO ECONÔMICA. RECEITAS REGULARES

Esquema de resposta desta seção (em quadrados os blocos de perguntas)

C1 Está definido o tipo de tarifa Sim Não

Tipo e valor da tarifa


Responder apenas se C1 for SIM

C2 Fixa Por consumo

Moeda
Tarifa média mensal [parâmetro
nacional]

A comunidade conhece o mecanismo de pagamento da tarifa e ele é


aplicado de forma regular?
Responder apenas se C1 for SIM

Sim

Por falta de capacitação


C3
Não Por falta de vontade de pagamento da
(pode ser seleção comunidade
múltipla, se cabível) Por indisponibilidade do prestador para cobrar
o serviço
Por outros motivos
(especifique)
71

Tem-se informação sobre a medição da água?


Responder apenas se C3 for SIM
Água produzida
(média mensal, em metros cúbicos)
C4 Sim
Água faturada
(média mensal, em metros cúbicos)

Não

Pagamento, faturamento e receitas


Responder apenas se C3 for SIM

Número de usuários que deveriam pagar conta

Faturamento
C5
(média mensal dos últimos 12 meses, na moeda especificada em C2)

Número de usuários em dia com seus pagamentos ordinários

Receitas por faturamento


(média mensal dos últimos 12 meses, na moeda especificada em C2)

De que forma o sistema é mantido?


Responder apenas se C1 for NÃO e C3 for NÃO, por qualquer dos motivos
(Pode ser seleção múltipla, se cabível)

Não existe sistema ou não se mantém

Aportes extraordinários dos beneficiários


C6
Subsídios do governo central

Subsídios do governo municipal / local

Apoio de organismos privados nacionais /


internacionais

Outros (especifique)
72

D INFORMAÇÃO ECONÔMICA. RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS

Receitas extraordinárias de funcionamento


(Novas conexões, multas, contribuições extraordinárias...)
Valor total do último ano finalizado
(na moeda especificada em C2)
D1 Sim
Valor previsto para o ano em curso
(na moeda especificada em C2)

Não

Houve aportes extraordinários não diretamente relacionados ao serviço de


água?
(por exemplo eventos, feiras, etc., para arrecadar fundos especificamente para água e
saneamento)
Valor total do último ano finalizado
D2 (na moeda especificada em C2)
Sim
Valor previsto para o ano em curso
(na moeda especificada em C2)

Não

Taxa anual de expansão média


D3 (novas conexões por ano)
73

E INFORMAÇÃO ECONÔMICA. DESPESAS

Tipologia de despesas Despesa real Despesa teórica


(média mensal, na (média mensal, na
mesma moeda de C2) mesma moeda de C2)
Administração
• Despesas de papelaria/ material
consumível/ materiais de escritório
• Diárias e despesas de viagem
• Salário pessoal escritório (contador, etc.)
• Aluguéis
Operação
• Salários e remunerações
• Pagamento de serviços públicos (energia
elétrica, comunicação, outros)
• Despesas de tratamento (cloro, etc.)
E1 • Suprimentos diversos (outros insumos,
gasolina, etc.)
Manutenção
• Pequenos reparos que exijam pagamento
de mão de obra não especializada
• Suprimentos para manutenção (preventiva
ou corretiva)
Serviços ambientais e outros
• Reflorestamento
• Limpeza e manutenção da fonte de
captação ou bacia
• Outros

Total
74

F INFORMAÇÃO ECONÔMICA. POUPANÇA

Tem livro de entradas e saídas do dia?


Valor total de entradas no último ano
(na moeda especificada em C2)
F1 Sim
Valor total de saídas no último ano
(na moeda especificada em C2)

Não

Conta com fundos disponíveis?


(em dinheiro ou conta bancária)
Valor total atual
F2 Sim
(na moeda especificada em C2)

Não

¿Dispone de balance contable?


Ativo Circulante
(na moeda especificada em C2)
Ativo Não Circulante
(na moeda especificada em C2)
F3 Sim
Passivo Circulante
(na moeda especificada em C2)
Passivo Não Circulante
(na moeda especificada em C2)

Não
75

G OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

O Prestador está dando atendimento em operação e manutenção do


sistema de Água
(Apenas uma opção possível, respostas excludentes)

Sim, manutenção preventiva nos últimos 12 meses

G1
Sim, manutenção corretiva nos últimos 12 meses

Sim, manutenção preventiva e corretiva nos últimos 12 meses

Não, nos últimos 12 meses

O prestador de serviço conta com recursos (material


de construção, ferramentas, equipamento) para o
G2 desenvolvimento de suas atividades de
Sim Não
manutenção?

Contam com pessoal técnico, operador ou


G3 encanador para a operação e manutenção?
Sim Não

Têm um regulamento para a prestação do serviço?


(Apenas uma opção possível, respostas excludentes)

Sim, e se aplica plenamente

G4 Sim, mas se aplica parcialmente

Sim, mas não se aplica

Não
76

H OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Esquema de resposta desta seção (em quadrados os blocos de perguntas)

Recebem apoio técnico do governo/outras instituições para a operação do


sistema ou outras atividades?
Nome da
H1 Sim
entidade

Não

Monitoramento da higiene comunitária: O


H2 prestador promove saneamento ambiental?
Sim Não

O prestador promove ações de proteção da zona


H3 próxima à fonte ou tomada de água do sistema?
Sim Não

Aplica, e se
Aplica, e não se
Tipologia de ações corretivas executa ou
Não se executa nem se
executou pelo
Responder apenas se H3 for SIM aplica executou nos
menos nos últimos
últimos 12 meses
12 meses
Promoção da não-utilização de
pesticidas na zona próxima da fonte
ou tomada de água do sistema
H4 Promoção de não lançamento de
águas residuais

Reflorestamento

Substituição de componentes
pertencentes à tomada de água do
sistema (uma vez danificados)
77

Aplica, e se
Aplica, e não se
Tipologia de ações corretivas executa ou
executa nem se
Não se aplica executou pelo
Responder apenas se H3 for SIM executou nos
menos nos
últimos 12 meses
últimos 12 meses
Revisão ou aumento da proteção
legal ou administrativa do terreno
onde se localiza a tomada ou do
recurso hídrico
Vigilância da zona próxima à fonte
ou tomada de água do sistema
Proteção da flora e da fauna da
zona próxima à fonte ou tomada de
água do sistema
Revisão do bom estado da
demarcação e sinalização da zona
próxima à fonte ou tomada de água
do sistema
H5 Revisão do estado do cercado da
obra de tomada ou melhorá-lo
Revisão do estado do cercado da
obra de tomada limpa ou melhorá-lo
Revisão ou substituição periódica
dos componentes pertencentes à
tomada de água do sistema (antes
de ruptura ou dano)
Realização de ações que promovam
o NÃO desmatamento e o
reflorestamento
Proteção de solos
(estabilização de encostas, barreiras
vivas, barreiras mortas, etc.)
Revisão e atualização do plano de
contingência (incêndio, desastres
naturais)
78

Questionário 3 – Comunidade

A INFORMAÇÃO GERAL

Data de Aplicação

Entrevistador

Nome da
comunidade
Entidade local menor
[Parâmetro nacional]
Entidade local maior
[parâmetro nacional]
Entidade regional
[parâmetro nacional]
A1 Outras divisões
[parâmetro nacional]

Latitude

Longitude

Altitude

Código Comunidade

População total

Etnia majoritária
[parâmetro nacional]
A2
Idioma predominante
[parâmetro nacional]
Observações sobre o
grupo populacional

Quantidade total de
A3 domicílios
79

Distribuição de domicílios por sistema


Código / Nome do Localização
Código / Nome prestador de (entidade local e Domicílios atendidos por
do sistema serviço regional) cada Sistema-Prestador
[parâmetro nacional]

A4

Sem sistema

Esquema de resposta desta seção (em quadrados os blocos de perguntas)

Escolas

Existe alguma escola na comunidade?

A5 Nome da escola de referência


Não
Local da escola de referência

Sim
80

Esquema de resposta desta seção (em quadrados os blocos de perguntas)

Postos de saúde

Existe algum posto de saúde na comunidade?

Nome do posto de saúde utilizado


A6 majoritariamente pela população
Não
Local do posto de saúde

Sim

Energia e Serviços de comunicação

Energia elétrica Sim Não

Telefonia fixa Sim Não

A7 Telefonia celular Sim Não

Conexão à Internet
Sim Não
(3G ou 4G)
Outras características
da comunidade
[parâmetro nacional]
81

B SANEAMENTO E HIGIENE

Processo utilizado para preencher o formulário

1. Levantamento geral aproximado (entrevistas, controle parcial


dos domicílios)
2. Levantamento amostral utilizando o formulário auxiliar (ver
B1 Anexo II)
3. Levantamento
todas os domicílios da Nº Domicílios
da amostra:
comunidade:

Saneamento.
Saneamento Existência
melhorado. Uso de
da infraestrutura
infraestrutura para os domicílios
PRÓPRIA do domicílio
Quantidade
Quantidade de dedomicílios
domicílios quemembros
cujos TÊM infraestrutura de saneamento
UTILIZAM habitualmente
PRÓPRIA melhorada tipo 1:
infraestrutura de saneamento PRÓPRIA melhorada, tipo 1 ou 2
• Descarga hidráulica (automática ou manual) para a rede de esgoto ou
B3 Quantidade
fossa séptica de domicílios em que TODOS os seus
membros (incluindo
Quantidade idosos,
de domicílios adultos
que TÊM e crianças)
infraestrutura UTILIZAM
de saneamento
PRÓPRIA melhorada tipo 2:
essa
• infraestrutura
Latrina de saneamento
de fossa melhorada com ventilaçãoPRÓPRIA
(VIP) melhorada,
• Latrina de fossa com laje
B2 tipo 1 ou 2 de compostagem
• Latrina/vaso
Quantidade de domicílios que TÊM OUTRA
infraestrutura de saneamento PRÓPRIA do tipo não
melhorada:
• Descarga Hidráulica (automática ou manual) para qualquer outro lugar
(rua, quintal ou terreno, esgoto a céu aberto, vala, dreno aberto ou outro
local)
• Latrina de fossa sem laje ou fossa aberta, de balde ou pendurada
82

Saneamento melhorado. Uso COMPARTILHADO da infraestrutura


Quantidade de domicílios cujos membros UTILIZAM
habitualmente infraestrutura de saneamento
COMPARTILHADA entre vários domicílios, melhorada
B4 tipo 1 ou 2
Quantidade de domicílios em que TODOS os seus
membros (incluindo idosos, adultos e crianças) UTILIZAM
essa infraestrutura de saneamento COMPARTILHADA
entre vários domicílios, melhorada tipo 1 ou 2

Saneamento NÃO melhorado. Uso da infraestrutura


Quantidade de domicílios cujos membros UTILIZAM
habitualmente infraestrutura de saneamento
compartilhada ou própria do tipo não melhorada:
B5
Quantidade de domicílios em que TODOS os seus
membros (incluindo idosos, adultos e crianças)
UTILIZAM essa infraestrutura de saneamento
compartilhada ou própria não melhorada:

Higiene em domicílios
Quantidade de domicílios que contam com instalação básica (com
água e sabão) para lavar as mãos próxima (a menos de 10
metros) da instalação de saneamento
B6 Quantidade de domicílios em que TODOS os seus membros
(incluindo idosos, adultos e crianças) utilizam a instalação de
lavar as mãos sempre
Quantidade de domicílios que armazenam água para beber de
forma segura (em recipientes limpos e bem tapados)

Coleta e tratamento de resíduos


Existe algum tipo de prática de coleta
B7 ou tratamento de resíduos na Sim Não
comunidade?
Quantidade de domicílios que coletam ou tratam os
resíduos domésticos
83

(responder independentemente de a resposta anterior ter sido


SIM ou NÃO)
Qual é a disposição final do lixo mais habitual na
comunidade? (queimado, enterrado, lançado, lançado em um
curso d'água, etc.)
84

C FICHA DE ESCOLA

Será preenchida uma ficha para cada escola existente na comunidade. Preencher apenas se A5 for
SIM.

Escola. Características gerais

Nome da escola

Código da
C1 escola
Nº Total de trabalhadores
Pessoal docente Nº Total de trabalhadoras e
e professores (sexo
e administrativo professoras (sexo feminino)
masculino)
População Número total de alunas Número total de alunos
estudantil (sexo feminino) (sexo masculino)

Escolas. Sistema de água

Funciona sobre a demanda

Funciona mas não absorve


Sim picos de demanda
A escola tem algum sistema
de água associado?
Não funciona
C2
Não

Localização (entidade local e regional)


Código / Nome do sistema*
[parâmetro nacional**]

Observações
85

Escolas. Saneamento e higiene

Para preencher este campo, recomenda-se envolver, na medida do


possível, o professor ou a professora.

Instalação básica
Infraestrutura de Infraestrutura de (com água e
Outra
saneamento saneamento sabão) para lavar
infraestrutura de
melhorada melhorada as mãos a menos
saneamento não
Conta com: de 10 metros da
(Tipo 1) (Tipo 2) melhorada
instalação de
saneamento
Nã Nã Nã Nã
Sim Sim Sim Sim
o o o o


Instalações
para
pessoal
feminino
C3

Instalações
para
pessoal
masculino

Instalações
mistas para
pessoal

Instalações
para alunas
femininas

Instalações
para alunos
masculinos

Instalações
mistas para
alunos
86

D FICHA DE POSTO DE SAÚDE

Será preenchida uma ficha para cada posto de saúde existente na comunidade.
Preencher apenas se A6 for SIM.

Posto de saúde. Características gerais


Nome do posto
de saúde
Código do posto
de saúde
D1 Pessoal de
Nº Total de Nº Total de trabalhadores
saúde e trabalhadoras femininas masculinos
administrativo
Média de
usuários do Número médio diário de Número médio diário de
sistema de pacientes femininos pacientes masculinos
saúde

Postos de saúde. Sistema de água

Funciona sobre a demanda

Funciona mas não absorve


Sim picos de demanda
O posto de saúde tem algum
sistema de água associado?
Não funciona

D2
Não

Código / Nombre del Localização (entidade local e regional)


sistema* [parâmetro nacional**

Observações
87

Posto de saúde. Saneamento e higiene

Para preencher este campo, recomenda-se envolver, na medida do possível,


a administração do Posto de Saúde.

Instalação básica
Infraestrutura de Infraestrutura de (com água e sabão)
saneamento saneamento Outra infraestrutura
para lavar as mãos a
melhorada melhorada de saneamento não
menos de 10 metros
melhorada
Conta com: (Tipo 1) (Tipo 2) da instalação de
saneamento

Nã Nã Nã Nã
Sim Sim Sim Sim
o o o o

D3 Nº Instalações
para pessoal
feminino
Nº Instalações
para pessoal
masculino

Nº Instalações
mistas para
pessoal
Nº Instalações
para pacientes
(mulheres)
Nº Instalações
para pacientes
(homens)
Nº Instalações
mistas para
pacientes
88

E INTERVENÇÕES

Enumerar nos campos a seguir todas as intervenções previstas ou em


andamento..

Intervenções previstas ou em andamento


Neste campo devem ser registradas as intervenções em matéria de água e saneamento que proporcionem
um benefício à comunidade, indicando seu estado no momento em que se fez a enquete

Melhoria de sistema de água

Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição

Novo sistema de água

Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição

E1
Sistema de Saneamento do tipo 1 e 2 melhorado:
• Descarga hidráulica (automática ou manual) à rede de esgoto, ou fossa séptica ou latrina de fossa
• Latrina de fossa melhorada com ventilação (VIP)
• Latrina de fossa com laje
• Latrina/vaso de compostagem
Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição

Sistema de Saneamento do tipo não melhorado:


• Descarga Hidráulica (automática ou manual) para qualquer outro lugar (rua, quintal ou terreno, esgoto
a céu aberto, vala, dreno aberto ou outro local)
• Latrina de fossa sem laje ou fossa aberta, de balde ou pendurada
Fonte /
Comprometido Em projeto Em construção Finalizado
instituição

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