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12 hábitos ajudam a manter a família unida

No Dia da Família, saiba como é possível fortalecer o vínculo afetivo com pequenas atitudes

Dia 15 de maio é o Dia Internacional da Família. Crescem os estudos que comprovam como os
familiares interferem na nossa saúde física e mental, independente da idade. Uma pesquisa
publicada no Jornal da Associação Americana do Coração, por exemplo, comprovou que pacientes
da terceira idade se recuperam muito mais rápido de derrame quando acompanhados dos
parentes. Já um outro estudo recente da Universidade de Oregon, nos EUA, indicou que pais com
dificuldades de relacionamento têm mais chances de ter bebês com distúrbios durante o sono.

Manter o vínculo afetivo é uma vantagem e tanto, mas nem sempre é fácil. "Há famílias que se
veem muito, porém as pessoas não são tão próximas, porque tem o componente da afinidade.
Construímos vínculos com as pessoas que nem sempre podem existir nas famílias", explica a
psicóloga Eliana Alves, do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Confira a seguir
alguns ingredientes diários que podem incrementar os laços afetivos e aumentar - de fato - a união

1. Respeite os limites de cada um


Esse é um dos hábitos mais difíceis, pois implica aceitar algumas diferenças. "Cada indivíduo da
família tem seu ritmo, seu jeito de vivenciar as coisas da vida. Tanto os filhos como os pais
desenvolvem essa percepção do 'jeito de cada um'", conta o psiquiatra Paulo Zampieri, Terapeuta
de Casais e Famílias, de São Paulo. Procurar respeitar essas peculiaridades - desde que não
sejam preocupantes - pode ajudar a resolver conflitos familiares de uma forma muito mais fácil.

2. Priorize o bom humor


Procure encarar os conflitos familiares com mais disposição. Muitos deles surgem por motivos
pequenos e são alimentados pelo cansaço e estresse do dia a dia. "Encarar conflitos já é melhor
do que evitá-los e há de ser com bom humor, senão fica sempre parecendo cobrança ou bronca",
aconselha o psiquiatra Paulo Zampieri.

3. Cozinhe em conjunto
A psicóloga Eliana Alves fala que é importante criar espaços que propiciem um vínculo afetivo.
"Vivemos no imperativo da falta do tempo, mas é necessário se preocupar em criar momentos para
conviver com nossos familiares", diz a especialista.
Para driblar essa falta de tempo, os programas conjuntos podem ser tarefas diárias como as
atividades domésticas, que permitem uma troca de experiências. "Atividades lúdicas e domésticas
ajudam todos os membros da família a se apropriarem dos pertences do lar, aprendendo juntos as
tarefas que um dia os filhos também farão", afirma o psiquiatra Paulo Zampieri.

4. Incentive o diálogo
Essa é uma das práticas mais fundamentais. De nada adianta viver unidos sob o mesmo teto se
não há conversa, se as pessoas não compartilham seus sentimentos e experiências de vida. O
diálogo permite saber o que o outro está pensando e sentindo e é a melhor forma de resolver
desentendimentos.

"Os familiares são os maiores parceiros que filhos, pais e avós têm naturalmente na vida", lembra o
psiquiatra Paulo Zampieri, que dá uma boa dica para fortalecer os vínculos por meio do diálogo.
"Peça aos avós que contem como foi a vida deles, como se uniram, o que pensavam da vida. É um
jeito interessante de co-construir a história da família por meio dos protagonistas mais velhos e
permite conhecer como os costumes mudaram", completa.
5. Crie momentos de lazer com todos
Os familiares servem de apoio nas horas difíceis, mas também podem ser ótimas companhias para
momentos de distração e divertimento. O psiquiatra Paulo Zampieri conta que, quando os filhos
são pequenos, fica mais fácil: "É só convidar que todos vão", comenta.
No entanto, quando os filhos crescem e se tornam mais independentes, essas ocasiões ficam cada
vez mais incomuns. "Quando a família cultiva esses hábitos desde cedo, gera a possibilidade de
conservar atividades de lazer em conjunto em etapas mais adultas", completa o especialista.

6. Procure estar disponível


Não precisa ser super-herói: é impossível estar disponível o tempo todo e a família precisa
entender isso, principalmente as crianças. Entretanto, mostrar disponibilidade para conversar e dar
atenção, sempre que possível, é fundamental. De acordo com o psiquiatra Paulo Zampieri, os pais
devem fazer isso de forma declarada. "Conte comigo", "sou seu parceiro" ou "se precisar, estou
aqui" são frases que ajudam os filhos a encontrarem um momento de poder falar.

7. Evite que a rotina agitada e estressante interfira no contato familiar


É nada agradável encontrar uma pessoa em casa com a cara fechada, sem vontade de conversar.
Experimente imaginar que, no momento em que você for passar pela porta de entrada, as
preocupações do trabalho ficarão do lado de fora. A família poderá ser uma excelente forma de
distração!
Em alguns momentos, procure também deixar o trabalho e demais compromissos em segundo
plano. "Tal postura pode indicar valorização do contato, como se a pessoa estivesse dizendo à
família: 'vocês são importantes para mim'", afirma a psicóloga clínica Michelle da Silveira, de São
Paulo.

8. Invista no afeto
Há várias formas de manifestá-lo, vale a sua criatividade de adaptá-las ao tempo e à rotina que
você possui. Não se esqueça também do carinho físico. Um simples abraço proporciona conforto e
uma ligação muito forte. "O afeto pode ser uma forma de aproximação das pessoas. A partir dele,
outros sentimentos fundamentais para as relações serem estabelecidas são formados, como:
respeito, compreensão, tolerância, entre outros", explica a psicóloga Michelle da Silveira.

9. Não espere os finais de semana


Procure se lembrar de estreitar os vínculos sempre. Um telefonema, um email ou mesmo uma
mensagem por celular podem ser demonstrações de afeto que fazem a diferença. "Com maior
tempo de interação, as pessoas poderão se conhecer melhor, agregar pontos positivos da outra
pessoa, descobrir afinidades e, a partir daí, estreitar os laços que podem levar à construção de
vínculos mais estáveis", esclarece a psicóloga Michelle da Silveira.

10. Reconheça os próprios erros


Ninguém na família é perfeito, inclusive os pais. Segundo a psicóloga Michelle da Silveira, assumir
falhas pode implicar em mudança, uma vez que a pessoa refletiu sobre a sua ação e, em uma
próxima situação parecida, tentará agir de forma diferente. "Esse comportamento de flexibilidade
gera confiança na pessoa com a qual se relaciona, pois ela fica com a idéia de que o erro poderá
não se repetir", completa.

11. Crie momentos a sós com cada um


Estimular ocasiões exclusivas entre marido e mulher ou mãe e um dos filhos, entre outras
possibilidades, facilita a comunicação. A psicóloga Michelle da Silveira explica que isso favorece o
conhecimento entre as pessoas e facilita a criação de sentimentos, como intimidade e confiança.

12. Seja um exemplo


Suas pequenas atitudes no âmbito familiar podem gerar admiração pelos parentes. Quando há
essa admiração, a possibilidade de existir vínculos é maior. A psicóloga Michelle da Silveira
explica: "Existe nas relações a intenção comum entre as partes de agregar valores, e só é possível
obter esses valores, em geral, de alguém sobre o qual se nutre admiração".

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