BRASILEIRA 8400-2
Primeira edição
26.06.2019
Número de referência
ABNT NBR 8400-2:2019
83 páginas
© ABNT 2019
ABNT NBR 8400-2:2019
© ABNT 2019
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.
ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º
andar 20031-901 - Rio de Janeiro -
RJ Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
Sumário Página
Prefácio............................................................................................................................................. vii
1 Escopo............................................................................................................................... 1
2 Referências normativas....................................................................................................1
3 Simbolos e abreviaturas...................................................................................................3
4 Condições gerais.............................................................................................................. 7
5 Condições específicas................................................................................................................7
5.1 Escolha da qualidade do aço...........................................................................................7
5.1.1 Avaliação dos fatores que influenciam a fratura frágil........................................................7
5.1.2 Determinação do grupo de qualidade do aço requerida..............................................12
5.1.3 Qualidade dos aços........................................................................................................13
5.1.4 Requisitos especiais.......................................................................................................18
5.2 Verificação com relação ao limite elástico...........................................................................18
5.2.1 Elementos estruturais exceto juntas.............................................................................18
5.2.2 Caso de juntas................................................................................................................21
5.3 Verificação de elementos sujeitos à flambagem global....................................................30
5.4 Verificação de elementos sujeitos a flambagem localizada............................................30
5.5 Caso de estruturas sujeitas a deformações significativas.............................................31
5.6 Verificações de elementos sujeitos à fadiga......................................................................32
5.6.1 Número convencional de ciclos e espectro de tensão................................................33
5.6.2 Material utilizado e efeito de entalhe.....................................................................................33
5.6.3 Determinação da tensão máxima σmáx............................................................................................ 33
5.6.4 Relação κ entre as tensões extremas............................................................................33
5.6.5 Verificação de elementos sujeitos à fadiga........................................................................33
5.7 Verificação quanto ao limite de deflexões das estruturas...............................................34
5.8 Estabilidade e segurança contra o movimento causado pela ação do vento............35
5.8.1 Finalidade........................................................................................................................ 35
5.8.2 Estabilidade – Cálculos..................................................................................................35
5.8.3 Estabilidade contra o tombamento para trás em operação.........................................37
5.8.4 Aplicação de cargas de vento........................................................................................37
5.8.5 Base do equipamento.....................................................................................................38
5.8.6 Deformação..................................................................................................................... 38
5.8.7 Resistência ao arrastamento causado pelo vento.......................................................38
Anexo A (normativo) Projeto de juntas utilizando parafusos de alta resistência com torque
controlado....................................................................................................................... 40
A.1 Generalidades................................................................................................................. 40
A.2 Coeficiente de atrito μ...............................................................................................................40
A.3 Aperto do parafuso.........................................................................................................41
A.4 Valor da área resistente dos parafusos........................................................................41
A.5 Especificação dos parafusos..................................................................................................41
Anexo B (informativo) Tensões nas juntas soldadas.....................................................................44
Figuras
Figura 1 – ZA em termos de tensão e soldas...................................................................................9
Figura 2 – Coeficiente de avaliação ZB = f (t).................................................................................10
Figura 3 – Coeficiente de avaliação ZC = f (T)................................................................................12
Figura 4 – Juntas rebitadas............................................................................................................. 22
Figura 5 – Junta com parafusos de tração....................................................................................24
Tabelas
Tabela 1 – Coeficiente ZB em função da espessura......................................................................10
Tabela 2 – Coeficiente ZC em função da temperatura...................................................................11
Tabela 3 – Classificação dos grupos de qualidade em relação à soma dos coeficientes de
avaliação.......................................................................................................................... 12
Tabela 4 – Grupos de qualidade, aços não ligados......................................................................14
Tabela 5 – Grupos de qualidade, aços soldáveis de granulação fina..............................................15
Tabela 6 – Grupos de qualidade, aços de alta resistência temperados e revenidos..................16
Tabela 7 – Grupos de qualidade, aços de alta resistência para trefilamento.................................17
Tabela 8 – Coeficiente de segurança em relação ao limite elástico νE.................................................. 18
Tabela 9 – Valores para σE, σR e σa para aços de construção sem liga metálica de granulação
fina e aços na condição de temperados e revenidos........................................................19
Tabela 10 – Valores de σE, σR e σa para aços com alto limite de escoamento para conformação
a frio e seções ocas........................................................................................................20
Tabela 11 – Coeficientes de segurança κ’ e κ”..............................................................................25
Tabela 12 – Tensão equivalente máxima admissível em soldas (N/mm2)...................................30
Tabela 13 – Coeficientes de segurança na flambagem νV........................................................................... 31
Tabela 14 – Combinações e fatores de carga a serem considerados.........................................36
Tabela 15 – Arrastamento causado pelo vento.............................................................................38
Tabela 16 – Resistência ao deslocamento e coeficientes de atrito..................................................39
Tabela A.1 – Valores de µ............................................................................................................................40
Tabela A.2 – Área resistente à tração dos parafusos...........................................................................41
Tabela A.3 – Tensão de ruptura σR........................................................................................................................ 42
Tabela A.4 – Forças transmissíveis no plano da junta, por parafuso e por superfície de atrito
(Parafusos de 1 000 N/mm2/1 200 N/mm2: σE = 900 N/mm2: σa = 0,8 σE).................43
Tabela C.1 – Valor do coeficiente ω em termos do índice de esbeltez λ para perfis laminados
em aço σE = 240 N/mm2.......................................................................................................................... 48
Tabela C.2 – Valor do coeficiente ω em termos do índice de esbeltez λ para perfis laminados
em aço σE = 355 N/mm2.......................................................................................................................... 49
Tabela C.3 – Valor do coeficiente ω em termos do índice de esbeltez λ para tubos em aço σE =
240 N/mm2.................................................................................................................................................... 50
Tabela C.4 – Valor do coeficiente ω em termos do índice de esbeltez λ
para tubos em aço σE = 355 N/mm2.................................................................................................. 50
Tabela C.5 – Valores dos coeficientes de flambagem Kσ e Kτ para chapas apoiadas em suas
quatro bordas.................................................................................................................. 52
Tabela C.6 – Valores de ρ e tensões críticas reduzidas σvcr , σvcr. c e τvcr (N/mm2).....................53
Tabela D.1 – Valores de σw (N/mm2) de acordo com o grupo de componentes e caso de
construção....................................................................................................................... 60
Tabela D.2 – Valores de τxymáx./τxya em termos de σxmáx./σxa e σymáx./σya.......................................... 64
Tabela D.3 – Qualidade da solda....................................................................................................67
Tabela D.4 – Partes não soldadas..................................................................................................68
Tabela D.5 – Partes soldadas..........................................................................................................69
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT
não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo
precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 8400-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo Equipamentos de Elevação de Carga (CE-004:010.001).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 12.03.2019 a 13.05.2019.
A ABNT NBR 8400-2 é baseada na FEM 1001 (10.1998), Section I – Heavy lifting appliances – Rules
for design of hoisting appliances da Fédération Européenne de la Manutention (FEM).
A ABNT NBR 8400, sob o título geral “Equipamentos de elevação e movimentação de carga –
Regras para projeto”, tem previsão de conter as seguintes partes:
Scope
This Stantard establishes the checking of structural elements to be carried-out for the three loading
cases defined in ABNT NBR 8400-1, and if there is sufficient safety relate to the critical stress,
considering the three possible causes of failure bellow:
It also establishes the checking to be made regarding the stability of the equipment in operation and
out of operation, to ensure sufficient safety margin against tipping and movment, due to the action
of the wind.
— mobile jib cranes on pneumatic or solid rubber tyres, crawler tracks, lorries, trailers and brackets;
— electric hoists;
— pneumatic hoists;
— winches;
— stacker cranes;
1 Escopo
Esta Norma estabelece as verificações a serem realizadas para os diversos elementos estruturais
considerando os três casos de solicitação definidos no ABNT NBR 8400-1, e se existe margem
de segurança suficiente em relação às tensões críticas, considerando as três possíveis causas
de falha descritas a seguir:
— guindastes móveis com lança sobre pneus de borracha sólida ou pneumáticos, esteiras de
lagartas, caminhões e reboques;
— talhas elétricas;
— talhas pneumáticas;
— talhas manuais;
— guinchos;
— empilhadeiras;
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edi-
ções citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido docu-
mento (incluindo emendas).
ABNT NBR 8400-1, Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto –
Classificação e cargas sobre estruturas e mecanismos
ABNT NBR ISO 148-1, Materiais metálicos – Ensaio de impacto por pêndulo charpy – Parte 1: Método
de ensaio
steel ISO 2553, Welding and allied processes – Symbolic representation on drawings – Welded
EN 10025-1, Hot rolled products of structural steels – General technical delivery conditions
EN 10025-2, Hot rolled products of structural steels – Technical delivery conditions for non-alloy
structural steels
EN 10025-3, Hot rolled products of structural steels – Technical delivery conditions for normalized/
normalized rolled weldable fine grain structural steels
EN 10023-4, Hot rolled products of structural steels – Technical delivery conditions for thermomechanical
rolled weldable fine grain structural steels
EN 10025-6, Hot rolled products of structural steels – Technical delivery conditions for flat products of
high yield strength structural steels in the quenched and tempered condition
EN 10149-1, Hot rolled flat products made of high yield strength steels for cold forming – Part 1:
General delivery conditions
EN 10149-2, Hot rolled flat products made of high yield strength steels for cold forming – Part 2:
Technical delivery conditions for thermomechanically rolled steels
EN 10149-3, Hot rolled flat products made of high yield strength steels for cold forming – Part 3:
Technical delivery conditions for normalized or normalized rolled steels
EN 10210-1, Hot finished structural hollow sections of non-alloy and fine grain steels – Part 1: Technical
delivery conditions
EN 10219-1, Cold formed welded structural hollow sections of non-alloy and fine grain steels – Part 1:
Technical delivery conditions
3 Simbolos e abreviaturas
Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas:
vi N/mm2 Tensão de flambagem ideal para cilindros circulares de paredes finas
Média aritmética de todas as tensões superiores e inferiores durante a
m N/mm2 duração total do uso
Tensões admissíveis nos ensaios de conformidade à ISO 3800-1
máx. N/mm2 Tensão máxima no cálculo de fadiga para elementos estruturais
mín. N/mm2 Tensão mínima no cálculo de fadiga para elementos estruturais
n N/mm2 Pressão de contato em juntas rebitadas
p N/mm2 Tensão teórica de tração no parafuso devido ao torqueamento
Tensão de tração admissível na verificação à fadiga de elementos
t N/mm2 estruturais
4 Condições gerais
As tensões geradas nos diversos elementos estruturais são determinadas para os três casos de
solici- tação definidos na ABNT NBR 8400-1 e uma verificação é realizada para assegurar que há
segurança suficiente de um coeficiente em relação às tensões críticas, considerando as três
possíveis causas de falha descritas a seguir:
A qualidade do aço utilizado deve ser estabelecida e as propriedades físicas, composição química
e qualidade da solda devem ser garantidas pelo fabricante do material.
As tensões admissíveis para os materiais utilizados são determinadas, conforme prescrito em 5.2, 5.3,
5.4 e 5.6, com referência às tensões críticas para o material.
Estas tensões críticas são aquelas que correspondem ao limite elástico (que, na prática, envolve
esta- belecer a tensão correspondente ao limite crítico para escoamento) ou à tensão crítica de
flambagem global ou localizada ou, no caso de fadiga, a tensão para a qual a probabilidade de
sobrevivência nos ensaios é de 90 %.
As tensões nos elementos estruturais devem ser calculadas com base nos diferentes casos de soli-
citação examinados na ABNT NBR 8400-1, aplicando-se os procedimentos convencionais de cálculo
de resistência dos materiais.
5 Condições específicas
5.1 Escolha da qualidade do aço
As verificações requeridas nas normas de projeto para a segurança da estrutura contra falha por
escoamento, instabilidade e falha por fadiga não garantem a segurança contra fratura frágil.
Para obter segurança suficiente contra fratura frágil, a qualidade do aço deve ser escolhida de
acordo com as condições que influenciam a fratura frágil.
As influências mais importantes sobre a sensibilidade à fratura frágil em estruturas de aço são as
seguintes:
— B: espessura do elemento t;
— C: influência do frio.
5.1.1.1 Influência A: efeito combinado da tensão residual longitudinal com a tensão do peso
próprio
onde
O risco de fratura frágil é aumentado por altas concentrações de tensão, em especial por esforço de
tensão triaxial, como é o caso com sobreposição de soldas. Se elementos com tensão baixa
recebem alívio de tensão após a soldagem (aproximadamente 600 °C a 650 °C), a linha I pode ser
utilizada para todos os tipos de solda.
ou
Coeficiente de avaliação ZA
ou
0
0,5 1,0
G
a
Legenda
para t 5 mm a 20 mm
ZB = 9 t2 / 2 500
para t 20 mm a 100 mm
onde
ZB
6
4
3
1
t (mm)
0 1020 30 40 50 60 70 80 90 100
função da espessura
t t t
ZB ZB ZB
mm mm mm
16 0,9 60 4,3
5 0,10 20 1,45 65 4,55
6 0,15 25 2,0 70 4,8
7 0,20 30 2,5 75 5,0
8 0,25 35 2,9 80 5,2
9 0,30 40 3,2 85 5,4
10 0,40 45 3,5 90 5,6
12 0,50 50 3,8 95 5,8
15 0,80 55 4,0 100 6,0
onde
A temperatura mais baixa no local da instalação do equipamento determina a classificação. Esta tem-
peratura geralmente é mais baixa do que a temperatura operacional.
de T 0 °C a T –30 °C adotar:
ZC = 6 T2 /1 600
ZC = [–2,25 T – 33,75] / 10
onde
Zc
9
1
0
0
T (ºC)
É a soma dos coeficientes de avaliação de 5.1.1 que determina a qualidade mínima requerida para
a estrutura de aço.
Se a soma dos coeficientes de avaliação for maior que 16 ou se a qualidade do aço requerida não
puder ser obtida, medidas especiais são necessárias para obter a qualidade do aço necessária para
a segurança contra fratura frágil que deve ser determinada por especialistas em materiais.
As propriedades dos diferentes tipos de aço frequentemente utilizados são fornecidas nas seguintes
normas:
A qualidade dos aços nestas normas de projeto se refere à propriedade do aço para exibir comporta-
mento dúctil em determinadas temperaturas.
Os aços são divididos em quatro grupos de qualidade. O grupo no qual o aço é classificado é obtido a
partir da resistência ao impacto em um determinado ensaio e a uma determinada temperatura.
TC e T não são comparáveis diretamente, pois o ensaio de impacto de entalhe-V impõe uma condição
mais desfavorável do que a de carregamento do equipamento em serviço ou fora de serviço.
A resistência ao impacto deve ser determinada de acordo com os ensaios de impacto de entalheV, de
acordo com a ABNT NBR ISO 148-1.
Além das condições descritas anteriormente para a escolha da qualidade do aço, os seguintes requi-
sitos devem ser observadas:
a) aços não acalmados ou não desoxidados do grupo de qualidade 1 podem ser utilizados para
estruturas de equipamentos de manuseio de carga somente no caso de perfis laminados e tubos
não excedendo a 6 mm de espessura;
b) elementos com espessura superior a 50 mm não podem ser utilizados para estruturas soldadas
de equipamentos de manuseio de carga, salvo se o fabricante possuir uma ampla experiência
em solda de chapas espessas. A qualidade do aço e seu ensaio, neste caso, devem ser
determinados por especialistas;
c) se as partes forem curvadas a frio com uma relação de raio/espessura da chapa < 10, a
qualidade do aço deve ser adequada para curvatura a frio.
5.2.1.1.1 Caso de aços para os quais a relação entre a tensão de escoamento σE e a tensão
de ruptura σR < 0,7
A tensão calculada σ não pode exceder a tensão máxima admissível σa obtida ao dividir a tensão de
escoamento σE pelo coeficiente νE que depende do caso de solicitação, conforme definido em 5.3.
Tabela 9 – Valores para σE, σR e σa para aços de construção sem liga metálica
de granulação fina e aços na condição de temperados e revenidos
Tensão de Tensão de Tensão admissível
Espessura
escoamento ruptura σa
Norma Aço t
σE σR Caso I Caso II Caso III
mm
N/mm2 N/mm2 N/mm2 N/mm2 N/mm2
< 16 235 340 157 177 214
< 40 225 340 150 169 205
< 100 215 340 143 162 195
S235
<150 195 340 130 147 177
< 200 185 320 123 139 168
< 250 175 320 117 132 159
< 16 275 410 183 207 250
EN 10025-2 < 40 265 410 177 199 241
< 63 255 410 170 192 232
< 80 245 410 163 184 223
S275
< 100 235 410 157 177 214
< 150 225 400 150 169 205
< 200 215 380 143 162 195
< 250 205 380 137 154 186
< 16 355 490 237 267 323
S355 < 40 345 490 230 259 314
S355N < 63 335 490 223 252 305
EN 10025-2
e ≤ 80 325 490 217 244 295
e
S355NL ≤ 100 315 490 210 237 286
EN 10025-3 ≤ 150 295 470 197 222 268
aços até
≤ 200 285 450 190 214 259
t ≤ 150
< 250 275 450 183 207 250
≥ 16 460 550 307 346 418
EN 10025-3 e ≤ 40 440 550 293 331 400
EN 10025-4 S460 ≤ 63 430 550 287 323 391
≤ 80 410 550 273 308 373
≤100 400 550 267 301 364
≤ 50 460 550 307 346 418
S460 ≤ 100 440 550 293 331 400
≤150 400 500 267 301 364
≤ 50 690 770 460 519 627
EN 10025-6 S690 ≤ 100 650 760 433 489 591
≤ 150 630 710 420 474 573
≤ 50 890 940 593 669 809
S890
≤ 100 830 880 553 624 755
S960 ≤ 50 960 980 640 722 873
NOTA 1 A tensão de escoamento σE e a tensão admissível σa dos perfis estruturais ocos conformados a quente de acordo com a EN 10210-
1, estão em conformidade com as tensões apresentadas na Tabela 9, t ≤ 65 mm, para as classes 235 a 460.
NOTA 2 A tensão de escoamento σE e a tensão admissível σa dos perfis estruturais ocos soldados e conformados a frio de acordo com a
EN 10219-1, estão em conformidade com as tensões apresentadas na Tabela 9, t ≤ 40 mm, para as classes 235 a 460.
5.2.1.1.2 Casos de aço com tensão de escoamento elevada (σE/σR > 0,7)
Para aços com tensão de escoamento elevada onde a relação σE/σR for maior que 0,7, o uso de
coeficientes νE não garante uma margem de segurança adequada. Neste caso, pode ser realizada
uma verificação, se a tensão σa fornecida pela seguinte equação não for excedida:
E R
a Er Rr
onde
σE r e σR r são essas mesmas tensões para o aço tomado como referência, tendo
respectivamente, 360 N/mm2 e 510 N/mm2;
Com σx, σy e τxy sendo, respectivamente, as duas tensões normais e a tensão de cisalhamento em um
determinado ponto, deve ser verificado:
1) se cada uma das tensões σx e σy é menor que σa e se τxy é menor que τa;
Ao utilizar esta equação, um método simples é tomar os valores máximos de σx, σy e τxy. Contudo,
este cálculo leva a uma tensão equivalente muito alta, nos casos em que é impossível a ocorrência
simultânea das três tensões máximas.
Se desejar um cálculo mais preciso é necessário determinar a combinação prática mais desfavorável
que pode ocorrer. Três verificações devem ser realizadas ao calcular sucessivamente a tensão
equivalente resultante das três combinações descritas a seguir:
Deve-se observar que quando duas das três tensões são aproximadamente do mesmo valor e
maiores do que metade da tensão admissível, a combinação mais desfavorável dos três valores
pode ocorrer em casos de solicitação diferentes daqueles correspondentes ao máximo de cada uma
das três tensões.
Caso especial:
Considerando o efeito da força de aperto, a tensão de cisalhamento calculada não pode exceder:
σ < 0,2 σa
Não devem ser utilizados rebites submetidos à tração, principalmente para os elementos principais.
Todas as juntas devem ter, no mínimo, dois rebites alinhados na direção da força.
5.2.2.2.1 Generalidades
Juntas aparafusadas podem ser submetidas a tensões devido às forças que atuam perpendicular-
mente à junta (unidas por parafusos de tração), devido às forças que atuam paralelamente às super-
fícies das juntas e, também, devido às forças que atuam simultaneamente perpendicular e paralela-
mente à superfície da junta.
5.2.2.2.2.1 Generalidades
Uma junta com parafusos de tração com aperto controlado é uma junta na qual a tensão principal
está na direção do eixo do parafuso ou haste rosqueada e que foi submetida ao efeito do aperto
aplicado na ausência de uma carga externa, o que é recomendado para todas as juntas submetidas
à fadiga.
Cuidados devem ser tomados para assegurar que o parafuso não seja submetido à carga de cisa-
lhamento. Estes parafusos não estão incluídos na categoria de parafusos de alta resistência, porém
podem ser utilizados se atenderem às condições do Anexo A.
Cuidados devem ser tomados para assegurar que os parafusos sejam apertados corretamente e que
o aperto seja permanente (tolerância de ± 10 %). O fator Ω 1,1 é introduzido para considerar as
tolerâncias.
Durante a aplicação do aperto inicial no parafuso, sob o efeito combinado de tração e carga de
torção, a tensão não pode exceder a 80 % do limite elástico, levando em consideração as perdas na
aplicação do aperto inicial.
com
2 d2p pa
b 1,155
dt d2
onde
pa é o passo da rosca;
σb ≤ 0,8 σE
Para a carga admissível F1 atuante sobre a junta, duas verificações devem ser realizadas conforme
a seguir:
1) Sob a carga máxima, considerando o coeficiente de segurança κ e κ’, o limite elástico do
parafuso não pode ser excedido.
determinar:
'1 E2 3 b2
Verificar se:
F1 '1 p
Sb ' b
onde
∆l1 é o encurtamento dos elementos a serem apertados sob a ação da força de aperto;
Para partes montadas, a seção a ser considerada para o cálculo de ∆l1 é dado pela equação:
Seq 0,25 S1 0,1lk 2 D2
t
onde
dt
lk
Para parafusos cujo diâmetro da haste difere consideravelmente do diâmetro da raiz da rosca e onde
houver uma extensão de rosca considerável sobrando na parte submetida à tração, deve ser
realizado um cálculo completo de ∆l2.
2) Sob a carga máxima com aplicação dos coeficientes Ω, κ’ e κ” não pode ocorrer a separação
das partes.
F1 p
1
Sb ' " 1 b
Coeficientes de segurança κ, κ’ e κ”
κ depende da condição da superfície das partes a serem apertadas (superfície usinada κ 1);
Sob o efeito da carga de serviço F1, o esforço de tração real varia entre os seguintes valores:
F1 b
p e p
Sb
Para qualquer outro tipo de parafuso ou método de projeto, o valor σA deve assegurar no mínimo um
nível de segurança equivalente contra fadiga. Qualquer ensaio de conformidade deve ser realizado
de acordo com a ISO 3800-1 conforme as equações a seguir:
m 0,8 RE RE E
A (N/mm2)
148
129
E1
119
112
E2
103
98
E3
90
85
E4
78
75
E5
68
65 E
6
59
56 52 E7
45
E8
dt (mm)
12 42 72
Parafusos comuns de aço-carbono de baixa resistência, como os de classe 5.6, são permitidos
somente para juntas secundárias que não transmitem cargas pesadas. Estes parafusos são
proibidos para juntas submetidas à fadiga.
A tensão calculada τ sobre a haste não pode exceder os valores fornecidos para rebites em 5.2.2.1.1.
Verificar se:
0,65 a
0,6 a
para cisalhamento simples;
0,8 a
para cisalhamento duplo ou múltiplo.
2 3 2
e se
a
a)
a 0,7 E0,2 para execução normal;
b)
a 0,8 E0,2 para uma construção que evite a deformação da rosca do parafuso.
onde σE(0,2) é o limite convencional do escoamento a 0,2 % de alongamento percentual do metal que
constitui o parafuso.
5.2.2.2.3.3 Juntas utilizando parafusos de alta resistência com torque controlado (A.R)
Este tipo de junta é recomendado para montagens submetidas à fadiga e cujas cargas principais
estão paralelas às faces da junta. Elementos unidos por parafusos A.R são submetidos aos
seguintes tipos de cargas:
Neste caso, as cargas tendem a fazer com que as partes em contato deslizem e a força seja
transmitida por atrito. Para determinar a carga admissível por parafuso Ta que pode ser transmitida
por atrito, a força de tração F que existe no parafuso após o aperto deve ser considerada. Esta força
é multiplicada pelo coeficiente de atrito µ das superfícies de contato, e os coeficientes de segurança
νT que são iguais aqueles de 5.2.1.1 são aplicados a esta força limite, ou seja:
A verificação por cálculo das forças perpendiculares à superfície de montagem deve ser realizada de
acordo com 5.2.2.2.1.
Se a junta aparafusada for submetida a um momento externo M, a carga de tração deve ser determi-
nada no parafuso submetido à carga máxima e, onde aplicável, adicionada à carga de tração
existente devido a N.
1) que para o parafuso com a tensão mais elevada, a soma das forças de tração devido às
cargas N e M permanece inferior à força de tração admissível conforme definido em
5.2.2.2.2;
2) que a carga média que é transmitida pelo atrito é menor que o valor descrito a seguir:
F N m
T
T
Para elementos submetidos à compressão, a tensão é calculada sobre a seção bruta (área do corte
transversal com furos não deduzidos).
1) Primeiro caso: parafusos colocados em uma fileira única, perpendicular à direção da carga.
As seguintes condições devem ser verificadas:
— 60 % da carga total sobre a seção líquida (área da seção transversal com os furos
deduzidos).
A seção mais carregada correspondendo à fileira 1 para o elemento A (ver Figura 7) deve ser analisada
e as duas condições seguintes verificadas:
— na seção líquida, a carga a ser considerada corresponde à soma das cargas atribuídas às
fileiras 2 e 3 (ou seja 2/3 da carga total) somada a 60 % da carga atribuída à fileira 1 (ou seja 1/3
da carga total).
12 3
A
Figura 7 – Junta aparafusada com várias fileiras
No caso de haver somente duas fileiras de parafusos, a carga a ser considerada na seção liquida é
de 80 % da carga total.
Isto pressupõe que a carga está igualmente dividida entre todos os parafusos e que o número de
fileiras de parafusos é pequeno, pois se houverem muitas fileiras, os últimos parafusos carregam pouca
carga. Portanto, é recomendado que se utilize até duas fileiras de parafusos, ou, excepcionalmente,
três.
Deve-se enfatizar que os cálculos descritos anteriormente para verificar a adequação de juntas com
parafusos de alta resistência são válidos somente para juntas produzidas de acordo com a prática
aceita que requer torque controlado dos parafusos e preparação das superfícies de contato para
obter coeficientes de atrito adequados.
Nas juntas soldadas, pressupõe-se que o metal depositado tenha no mínimo características tão boas
quanto o metal-base.
Deve-se verificar se a tensão desenvolvida, nos casos de tração e compressão longitudinal, não
excede as tensões admissíveis σa fornecidas em 5.2.1.1. Para cisalhamento nas soldas, a tensão
admissível τa é fornecida pela seguinte equação:
a
a 2
Entretanto, para determinados tipos de solicitação, especialmente tensões transversais nas soldas,
a tensão equivalente máxima admissível é reduzida.
A Tabela 12 resume os valores que não podem ser excedidos para determinados aços de acordo com
o tipo de solicitação.
Em princípio, as partes que possam sofrer flambagem global devem ser projetadas com a mesma
margem de segurança que a adotada em relação ao limite elástico; em outras palavras, tendo deter-
minado a tensão crítica de flambagem, a tensão máxima admissível é a tensão crítica dividida pelo
coeficiente apropriado (1,5 ou 1,33 ou 1,1) especificado em 5.2.1.1.
A escolha de um método de cálculo prático é do fabricante que deve declarar a origem do método
escolhido.
NOTA O Anexo C mostra como aplicar vários métodos clássicos de cálculo de acordo com os requisitos
descritos em 5.3.
largura da chapa são expostas a um risco maior de flambagem do que as chapas sob tensão que
variam de compressão para tração ao longo da largura da chapa.
Neste caso, as tensões nos elementos podem não ser proporcionais às forças aplicadas devido à
deformação da estrutura como resultado da aplicação destas forças.
Este é o caso, por exemplo, com a tensão produzida na coluna de um guindaste (ilustrado
esquemati- camente na Figura 8), onde está claro que o momento na coluna não é proporcional às
forças aplica- das devido às deformações que aumentam seu braço de momento.
a) primeiramente realizar as verificações requeridas em 5.2, 5.3 e 5.4 calculando a tensão
resultante dos vários casos de carregamento e verificando se existe uma margem de
segurança suficiente
b) uma verificação adicional também é realizada calculando a tensão resultante da aplicação das
cargas multiplicadas pelo coeficiente ν do caso de carga examinado e levando em consideração
as deformações resultantes da aplicação destas cargas majoradas e verificando se as tensões
calculadas dessa forma permanecem inferiores à tensão-limite de escoamento e de flambagem
global e localizada.
Entretanto, para levar em consideração o fato de que as cargas variáveis SV (solicitações devido à
elevação da carga multiplicadas por ψ, para o vento e movimentos horizontais) são mais perigosas
que a carga constante devido ao peso próprio SG, uma verificação pode ser realizada na prática,
considerando os dois casos seguintes:
1) Quando os efeitos do peso próprio SG e da carga variável SV levam à deformação em direções
opostas:
2) Quando o peso próprio e a carga variável levam a deformações na mesma direção:
ν' = 1 + (ν – 1) r
b) material utilizado e o efeito de entalhe no ponto que está sendo avaliado;
Estes dois parâmetros são definidos unicamente pelo grupo em que está classificado o elemento da
estrutura conforme a ABNT NBR 8400-1, 5.1.4 (classificação dos componentes em grupos).
O Anexo D fornece a classificação de diversas juntas de acordo com o seu grau de concentração de
tensão (ou efeito de entalhe).
A tensão máxima, σmáx., é a tensão mais alta em valor absoluto (ou seja, pode ser de tração ou
compressão) que ocorre no elemento no caso de solicitação I referido na ABNT NBR 8400-1, 5.3.1 ,
sem aplicação de coeficiente de majoração Mx.
A relação pode variar de acordo com os ciclos operacionais, porém está a favor da segurança
quando se determina esta relação κ, considerando os valores extremos que podem ocorrer durante
possíveis operações no caso de solicitação I.
Se σmáx. e σmín. são os valores algébricos destas tensões extremas, sendo σmáx. a tensão extrema de
maior valor absoluto, a relação κ pode ser escrita como:
mín. mín.
ou no cisalhamento
máx. máx.
Esta relação, que varia de +1 a –1, é positiva se as tensões extremas forem no mesmo sentido
(tensões pulsantes) e negativa quando as tensões extremas forem de direção oposta (tensões
alternantes).
Utilizando os parâmetros definidos em 5.5.1 a 5.5.4, a adequação dos elementos estruturais e das
juntas sujeitas à fadiga é assegurada ao verificar se a tensão σmáx., conforme definido em 5.5.3, não
é maior que a tensão admissível à fadiga dos elementos sob avaliação.
Esta tensão admissível à fadiga origina-se da tensão crítica, definida como sendo a tensão que,
com base nos ensaios realizados em corpos de prova, corresponde a 90 % de probabilidade de
sobrevivência, a qual um coeficiente de segurança de 4/3 é aplicado da seguinte maneira:
A determinação destas tensões admissíveis, com relação a todas estas avaliações, é um problema
complexo e geralmente é aconselhável consultar livros especializados sobre o assunto.
O Anexo D fornece indicações práticas, com base nos resultados de pesquisa nesta área, sobre a
determinação de tensões admissíveis para os aços de tensão de ruptura de 370 N/mm2 a 520
N/mm2, de acordo com os vários grupos nos quais os componentes estão classificados e os efeitos
de entalhe dos principais tipos de juntas utilizadas na fabricação de equipamentos de elevação.
Embora uma grande deflexão indevida possa afetar de maneira adversa as vigas da estrutura devido
ao perigo do movimento das juntas, nenhum efeito adverso deve ser preocupante no caso de vigas
de alma cheia ou tipo caixa.
Na prática, a amplitude da deflexão dever ser limitada somente no ponto de vista de conveniência da
operação, uma vez que oscilações verticais da carga podem ser problemáticas em alguns casos.
Entretanto, as seguintes proporções para as vigas principais tipo caixa do equipamento devem ser
consideradas:
p/h ≤ 25;
p/b ≤ 80 para sistemas com controle de aceleração e variação contínua da velocidade “stepless”
para a translação.
onde
p é o vão;
Para pórticos com balanços laterais, a relação p/b deve ser aplicada tomando para o valor de p a
soma do vão com os balanços laterais, a menos que as pernas possam garantir um efeito
enrijecedor adequado.
h
b
NOTA A ISO 22986, Cranes – Stiffness – Bridge and gantry cranes, traz recomendações de deflexões
e frequências naturais em equipamentos de elevação de carga que podem ser utilizadas como orientação,
na ausência de uma imposição nas especificações dos clientes.
As vigas principais dos equipamentos devem ser projetadas com uma contraflecha cujo valor deve
ser igual à deflexão ocasionada pelo peso próprio das vigas mais 50 % da soma do peso próprio do
carro e da carga máxima. Fica a critério do fabricante a aplicação da contraflecha nos seguintes
casos:
a) quando o valor calculado for inferior a 5 mm ou 1/2000 do vão (o que for maior);
5.8.1 Finalidade
Esses requisitos especificam as condições a serem atendidas na verificação pelo cálculo da estabi-
lidade dos equipamentos que estão sujeitos ao tombamento e arrastamento, assumindo que estes
estejam apoiados em um caminho de rolamento firme e nivelado.
Quando for requerido que o equipamento opere em uma superfície inclinada, o fabricante deve levar
em consideração as condições especificadas.
5.8.2.1 Estabilidade
Um equipamento é considerado estável quando a soma algébrica dos momentos de estabilização for
maior ou igual à soma dos momentos de tombamento.
5.8.2.2 Cálculos
Os cálculos devem ser realizados para verificar a estabilidade do equipamento calculando a soma
dos momentos de tombamento e de estabilização, utilizando as cargas multiplicadas pelo fator de
carga fornecido na Tabela 14.
Para equipamentos projetados para transladar com cargas, as forças induzidas pela variação
máxima vertical permissível no caminho de rolamento, conforme especificado pelo fabricante, devem
ser levadas em consideração, além de outras cargas especificadas na condição II da Tabela 14.
Quando requerido, os efeitos de excitação apropriados para o local ou zona em particular devem ser
considerados como uma condição adicional de carregamento, por exemplo, abalo sísmico.
Nos cálculos mostrados na Tabela 14, devem ser consideradas as cargas induzidas pela massa do
equipamento e de seus componentes, incluindo todos os dispositivos de içamento que são partes
permanentes do equipamento em sua condição de trabalho.
Para o caso de colisão (por exemplo, impacto no batente), os cálculos de estabilidade devem ser
baseados nas considerações dinâmicas.
Tabela 14 (conclusão)
Fator de carga a
Condição Carregamento
ser considerado
Cargas induzidas pelo peso
1,0
próprio
P2
5.8.4.1 Em operação
As forças do vento em operação devem sempre ser aplicadas nas direções menos favoráveis.
As forças do vento fora de operação também devem ser aplicadas nas direções menos favoráveis.
5.8.6 Deformação
A resistência ao arrastamento causado pelo vento pode ser comprovada pelo cálculo de todos os equi-
pamentos sobre trilhos que operam em áreas abertas sob as condições da Tabela 15.
Quando garras de trilho ou dispositivos similares forem necessários para evitar arrastamento do
equipamento fora do serviço, o manual do operador deve advertir que estes devem ser aplicados
quando o limite do vento em serviço for atingido.
Anexo A
(normativo)
A.1 Generalidades
Em 5.2.2.2.3.3 são estabelecidos os requisitos gerais a serem observados para a execução de
juntas com parafusos de alta resistência.
Este Anexo fornece algumas instruções sobre a preparação das superfícies a serem unidas,
coeficien- tes de atrito obtidos e os métodos de aperto.
A preparação mínima antes da união consiste em remover todo vestígio de poeira, ferrugem, óleo e
tinta escovando vigorosamente a superfície com uma escova metálica limpa. As manchas de óleo
devem ser removidas com limpeza por chamas ou com a aplicação de produtos químicos
apropriados (por exemplo, tetracloreto de carbono).
Uma preparação mais cuidadosa aumenta o coeficiente de atrito. Isto pode ser por jateamento,
decapagem ou limpeza por chama de oxiacetileno realizada não mais que 5h antes do aperto.
A escovação deve ser realizada somente antes da união.
O valor da tensão induzida no parafuso deve atingir o valor determinado pelo cálculo.
Esta tensão, resultante do aperto, pode ser medida pelo cálculo do torque a ser aplicado ao parafuso
e fornecida pela seguinte equação:
Ma = 1,10 C d F
onde
C é um coeficiente que depende da forma da rosca, coeficiente de atrito nas roscas e entre a
porca e a arruela.
Para parafusos com roscas métricas e arruelas no estado de fornecimento (levemente oleadas, sem
ferrugem ou poeira):
C 0,18
A tensão de ruptura σR deve ser maior que os valores fornecidos na Tabela A.3.
A Tabela A.4 fornece, por parafuso e por superfície de atrito, os valores das forças transmissíveis no
plano paralelo ao da junta, para parafusos de 1 000 N/mm2 a 1 200 N/mm2 com limite elástico de
σE 900 N/mm2 para vários coeficientes de atrito, para os aços EN 10025 S235/S275/S355/
ASTM A36/ASTM A 572 GR 50 ou equivalente.
Para aplicar estes valores, o número de superfícies de atrito efetivas, conforme indicado na Figura A.1,
deve ser determinado.
1 superfície de atrito m = 1
2 superfícies de atrito m = 2
3 superfícies de atrito m = 3
Quando métodos especiais não são adotados para evitar o arrancamento da rosca, deve-se considerar
σa 0,7 σE, e, portanto, estes valores devem ser divididos por 1,14.
Tabela A.4 – Forças transmissíveis no plano da junta, por parafuso e por superfície de atrito
(Parafusos de 1 000 N/mm2/1 200 N/mm2: σE = 900 N/mm2: σa = 0,8 σE)
Superfícies preparadas Superfícies especialmente
normalmente preparadas
Aços Aços
Diâmetro Área EN 10025 S235/S275/S355 EN 10025 S235/S275/S355
Força de Torque
do resistente
tração a aplicado ASTM A36/ASTM A 572 GR 50 ASTM A36/ASTM A 572 GR 50
parafuso à tração
kN N.m ou equivalente ou equivalente
mm mm2
µ 0,30 µ 0,50
Anexo B
(informativo)
Este anexo fornece indicações gerais para o projeto de equipamentos de elevação de carga, conforme
a seguir:
a) todos os métodos de cálculo pressupõem a necessidade de uma junta executada apropriada-
mente, ou seja, uma solda com penetração correta e forma adequada para que a junção entre
componentes a serem unidos e o cordão de solda fiquem livres de descontinuidade ou mudança
brusca de secção, bem como crateras ou entalhes devido a mordeduras;
O projeto da solda deve ser adaptado às forças a serem transmitidas e literatura especializada também
deve ser consultada.
Deve-se observar que a resistência de uma junta soldada melhora significativamente se a superfície
da solda passar por acabamento por esmerilhamento cuidadoso.
c) as tensões admissíveis nas soldas são aquelas determinadas em 5.2.2.3 e a tensão de
comparação σcp no caso de tensões combinadas (de tração ou compressão) σ e a tensão de
cisalhamento τ são fornecidas pela seguinte equação:
cp 2 2 2
No caso de envolver tensões duplas σx e σy e a tensão de cisalhamento τxy, a seguinte equação deve
ser aplicada:
cp 2x 2yx y 2 2xy
Garganta
Prestar atenção ao fato de que as falhas por fadiga em juntas soldadas raramente ocorrem no
próprio cordão da solda, mas, geralmente, ao lado da mesma no metal-base.
As tensões σmín. e σmáx. para os cálculos de resistência à fadiga para o metal-base ao lado do cordão
da solda podem, em geral, ser calculadas utilizando os métodos clássicos de resistência dos
materiais.
Para verificar a resistência à fadiga da solda, geralmente basta confirmar se a solda é capaz de
trans- mitir as mesmas cargas que o metal-base.
Este critério não é obrigatório quando as partes unidas forem superdimensionadas em relação às
forças realmente transmitidas. Quando este for o caso, basta dimensionar o cordão de solda de
acordo com essas forças, contanto que seja realizada uma verificação à fadiga de acordo com o
Anexo D.
Seja qual for o caso, enfatiza-se que o tamanho da solda deve invariavelmente ser proporcional à
espessura das partes unidas.
Em determinados casos de união com solda, especialmente quando houver uma carga transversal
(ou seja, perpendicular ao cordão de solda), as tensões admissíveis devem ser reduzidas (ver
5.2.2.3).
© ABNT 2019 - Todos os direitos reservados 45
ABNT NBR 8400-2:2019
Anexo C
(informativo)
O objetivo deste Anexo não é adotar uma posição específica sobre a verificação em relação à flam-
bagem global e localizada de elementos estruturais, deixando a critério do fabricante a escolha do
método de cálculo, cuja origem deve ser justificada.
Os valores de ω são fornecidos nas tabelas descritas abaixo, como uma função do índice de esbeltez λ:
Os comprimentos de flambagem Lfb para o cálculo do índice de esbeltez λ são determinados através
da seguinte equação:
Lfb= K L (Os valores de K para diferentes condições de vínculos são fornecidos na Figura C.1).
Tipo de fixação
(a forma flambada é
mostrada pela linha
tracejada)
onde
ou efetuar o cálculo preciso em termos das deformações sofridas pela barra sob o efeito da flexão e
compressão combinadas, por integração ou por aproximações sucessivas.
λ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
20 1,06 1,06 1,07 1,07 1,08 1,08 1,09 1,09 1,10 1,11
30 1,11 1,12 1,12 1,13 1,14 1,15 1,15 1,16 1,17 1,18
40 1,19 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23 1,24 1,25 1,26 1,27
50 1,28 1,30 1,31 1,32 1,33 1,35 1,36 1,37 1,39 1,40
60 1,41 1,43 1,44 1,46 1,48 1,49 1,51 1,53 1,54 1,56
70 1,58 1,60 1,62 1,64 1,66 1,68 1,70 1,72 1,74 1,77
80 1,79 1,81 1,83 1,86 1,88 1,91 1,93 1,95 1,98 2,01
90 2,05 2,10 2,14 2,19 2,24 2,29 2,33 2,38 2,43 2,48
100 2,53 2,58 2,64 2,69 2,74 2,79 2,85 2,90 2,95 3,01
110 3,06 3,12 3,18 3,23 3,29 3,35 3,41 3,47 3,53 3,59
120 3,65 3,71 3,77 3,83 3,89 3,96 4,02 4,09 4,15 4,22
130 4,28 4,35 4,41 4,48 4,55 4,62 4,69 4,75 4,82 4,89
140 4,96 5,04 5,11 5,18 5,25 5,33 5,40 5,47 5,55 5,62
150 5,70 5,78 5,85 5,93 6,01 6,09 6,16 6,24 6,32 6,40
160 6,48 6,57 6,65 6,73 6,81 6,90 6,98 7,06 7,15 7,21
170 7,32 7,41 7,49 7,58 7,67 7,76 7,85 7,94 8,03 8,12
180 8,21 8,30 8,39 8,48 8,58 8,67 8,76 8,86 8,95 9,05
190 9,14 9,24 9,34 9,44 9,53 9,63 9,73 9,83 9,93 10,03
200 10,13 10,23 10,34 10,44 10,54 10,65 10,75 10,85 10,96 11,06
210 11,17 11,28 11,38 11,49 11,60 11,71 11,82 11,93 12,04 12,15
220 12,26 12,37 12,48 12,60 12,71 12,82 12,94 13,05 13,17 13,28
230 13,40 13,52 13,63 13,75 13,87 13,99 14,11 14,23 14,35 14,47
240 14,59 14,71 14,83 14,96 15,08 15,20 15,33 15,45 15,58 15,71
250 15,83
Do ponto de vista teórico, a tensão crítica de flambagem σvcr é estimada como um múltiplo da tensão
de Euler fornecida pela seguinte equação:
E 2E e b2
R
12 1 2
representando a tensão crítica de flambagem de uma chapa de espessura e, tendo uma largura igual
a b, sendo esta a dimensão da chapa medida na direção perpendicular às tensões de compressão
(ver Figura C.2).
b
a
Para aços normais nos quais E 210 000 N/mm2 e η 0,3, a tensão Euler torna-se:
A tensão crítica de flambagem σvcr deve ser um múltiplo deste valor de onde para o caso de
compressão:
K E (N/mm2)
cr R
Os valores de Kσ e Kτ são fornecidos a seguir para alguns casos simples (ver Tabela C.5).
2 3 2
cr.c 2 2
1
3
4
cr 4 cr
cr
NOTA As equações mostradas anteriormente que fornecem as tensões críticas σvcr e σvcr . c são aplicadas
somente quando os valores determinados dessa forma estiverem abaixo do limite de proporcionalidade (ou
seja, 190 N/mm2 para aço com σE 240 N/mm2 e 290 N/mm2 para aço com σE 355 N/mm2).
Para os demais aços estruturais, quando não conhecidos, utilizar a seguinte relação para o limite de
proporcionalidade:
σP = 0,76 σE
Para aços estruturais com valores de tensão de escoamento intermediários ou superiores aos da
Tabela C.6, a tensão crítica reduzida pode ser obtida da expressão descrita a seguir:
cr.c 2
E
cr.cR 2
0,183 6E 2 cr.c
Tabela C.5 – Valores dos coeficientes de flambagem Kσ e Kτ para chapas apoiadas
em suas quatro bordas
N° Caso α=a/b Kσ ou Kτ
1 α>1 1 2
α<1 K
b
a=α ∙b
Compressão não uniforme
K 8,4
1
α>1 1
2 2 = ψ ∙ 1 α<1
b
2 = ψ ∙ 1 a = α ∙ b 2
ψ < –1
Flexão com compressão preponderante –1 < Ψ < 0
Kσ (1 + ψ) K’ – ψ K” + 10 ψ (1 + ψ) onde
1 K’ valor de Kσ para ψ 0 no caso n° 2
4
b
5 α<1
a=α ∙b K 4 5,34
2
Tabela C.6 – Valores de ρ e tensões críticas reduzidas σvcr , σvcr. c e τvcr (N/mm2)
σvcr σvcr.R σvcr σvcr.R
ou τvcr ou τvcr.R ou τvcr ou τvcr.R
ρ ρ
σvcr.c calculada σvcr.cR reduzida σvcr.c calculada σvcr.cR reduzida
calculada reduzida calculada reduzida
Aço com σE = 240 N/mm2 Aço com σE = 355 N/mm2
190 110 1,00 190 110 290 168 1,00 290 168
200 116 0,97 194 113 300 173 0,98 294 169
210 121 0,94 197 114 310 179 0,96 297 172
220 127 0,91 200 116 320 185 0,94 300 174
230 133 0,88 202 117 330 191 0,92 303 175
240 139 0,85 204 118 340 196 0,90 306 176
250 145 0,82 206 119 350 202 0,88 308 177
260 150 0,80 208 120 360 208 0,86 309 178
280 162 0,76 212 122 380 220 0,82 312 180
300 173 0,72 215 124 400 231 0,79 316 182
340 197 0,65 221 128 440 254 0,73 322 185
As tensões são determinadas para cada caso de solicitação, de acordo com o definido em 5.4; em
seguida uma verificação é realizada para assegurar que essas tensões calculadas não excedam as
tensões admissíveis determinadas, conforme indicado anteriormente.
cp 2 3 2
ou seja, σvcr c / σcp > νv
Tomar o caso de uma viga de chapas de aço com σE 240 N/mm2, com um vão de 10 m, altura de
1,5 m, uma espessura de alma de 0,010 m, uma carga uniformemente distribuída de 162 kN/m e
diafragmas distanciados de 1,25 m.
M 0,400 × 0,020 m
1,500 × 0,010 m
0,66 0,84
1,500 m
G
0,625 m
A B
fletor em MN:
162 0,6252
M f 810 0,625 474,7 kNm
2
Tensão de cisalhamento:
810 103 162 0,625 103
10 1500 47 N mm2
0,22
0,28 0,79
1,25
0,83 1
1,5
sendo Kσ = (1 + ψ) K’ – ψ K” + 10 ψ (1 + ψ)
Na qual
2,1 2,1
1 2 1
2
K' 0,83 7,9
e 1,1 0,83 0 1,1
K”
23,9
onde
Tensão de Euler:
10 2
E 189 800 e b2 189 800 8,4 N mm
R
1500
Cisalhamento:
5,34
K 4 4 5,34
11,75
2 0,832
e
K E 11,75 8,4 99 N mm2
cr R
cr c
282 3,472 2
1 0,79 28 2 3 0,79 28 47
4 158,5 4
99
158,5
cr c 168 N mm2
Conclusão:
A tensão de comparação no caso de tração (ou compressão) combinada com cisalhamento é fornecida
em 5.2.1.3.
Este valor é menor que a tensão crítica de flambagem definida em 5.3 para o caso de solicitação I.
Naturalmente, uma verificação deve ser realizada para assegurar que as tensões de flambagem
admissíveis não são excedidas nos casos de solicitação II e III.
Tubos circulares com parede fina como, por exemplo, tubos grandes que são submetidos à compressão
central ou axial excêntrica, devem ser verificados para flambagem local se:
t E
25
r E
onde
t é a espessura da parede;
Com um espaçamento máximo de 10r, reforços transversais devem ser providenciados cujo
momento de inércia deve ser no mínimo:
r t 3r
I 2t
a) disposição central do reforço F (Figura C.4, centro de gravidade da seção do reforço no plano
mediano da espessura de parede);
Z
l = lZ
b) disposição excêntrica do reforço F (Figura C.5, centro de gravidade da seção F2 do reforço fora
do plano mediano da parede 1).
Z
1
F 1 , l1
t
F 2 , l2
15 t
2
15 t 2
1
Z
Anexo D
(normativo)
D.1 Generalidades
Deve-se lembrar que a fadiga é uma das causas de falha contempladas em 5.5 e, portanto, a
verificação à fadiga é um adicional em relação ao limite elástico, flambagem global ou flambagem
local.
Em 5.6 estão relacionados os parâmetros que devem ser considerados ao verificar os componentes
estruturais à fadiga.
O objetivo deste Anexo primeiramente é classificar as diversas juntas de acordo com o seu efeito de
entalhe, conforme definido em 5.6.2 e, em seguida, determinar para estes vários efeitos de entalhe e
para cada grupo de classificação do componente, conforme definido na ABNT NBR 8400-1, 5.1.4 ,
as tensões admissíveis à fadiga como uma função do coeficiente κ definido em 5.6.4.
Estas tensões admissíveis à fadiga foram determinadas como resultado dos ensaios realizados em
corpos de prova com diferentes efeitos de entalhe e submetidas a vários espectros de carga. Elas
foram determinadas com base nos valores de tensão que nos ensaios garantiram 90 % de
sobrevivência, incluindo um fator de segurança de 4/3.
Na prática, uma estrutura consiste em elementos que foram soldados, rebitados ou aparafusados e a
experiência mostra que o comportamento de um elemento difere bastante de um ponto para o outro.
A região próxima de uma junta constitui invariavelmente um ponto fraco que estará vulnerável,
conforme o tipo de junta empregado.
Examina-se, desta forma, em primeiro estágio o efeito da fadiga sobre os elementos, distantes de
qualquer junta e nas proximidades imediatas das juntas. Em segundo estágio, examina-se a resistência
à fadiga dos elementos de junta propriamente ditos (cordões de solda, rebites e parafusos).
Para considerar a redução de resistência próxima às juntas, como resultado da presença de furos
ou soldas que produzem alterações de secção, os efeitos dos entalhes ao redor destas juntas, que
caracterizam as concentrações de tensão causadas pela presença de descontinuidades no metal,
são examinados.
Estes efeitos dos entalhes causam uma redução das tensões admissíveis e a extensão depende do
tipo de descontinuidade encontrada, ou seja, do método de montagem utilizado.
Para classificar a importância destes efeitos dos entalhes, as várias formas de construção de juntas
são divididas em categorias conforme descrito a seguir:
Estas juntas estão organizadas por ordem de severidade do efeito do entalhe, aumentando de K0 até
K4, correspondendo às partes estruturais localizadas próximas dos filetes de solda.
A Tabela D.3 fornece algumas indicações para os entalhes, de acordo com a qualidade e a classificação
da solda e de várias juntas que são utilizadas com mais frequência, na construção de equipamentos
de elevação.
Para considerar o número de ciclos e o espectro de tensão, os valores σw foram determinados para
cada grupo de classificação do elemento, o qual leva em consideração estes dois parâmetros.
Para partes não soldadas, os valores σw são idênticos para diversos aços de menor grau de
resistência. Estes valores são mais altos para aços de maior grau de resistência.
Para partes soldadas, os valores σw são considerados idênticos para diversos tipos de aços
estruturais de baixa e média resistência.
E1 249,1 298,0 211,7 253,3 174,4 208,6 (361,9) (323,1) (271,4) 193,1 116,3
E2 224,4 261,7 190,7 222,4 157,1 183,2 (293,8) 262,3 220,3 157,4 94,4
E3 202,2 229,8 171,8 195,3 141,5 160,8 238,4 212,9 178,8 127,7 76,6
E4 182,1 201,8 154,8 171,5 127,5 141,2 193,5 172,8 145,1 103,7 62,2
E5 164,1 177,2 139,5 150,6 114,9 124,0 157,1 140,3 117,8 84,2 50,5
E6 147,8 155,6 125,7 132,3 103,5 108,9 127,5 113,8 95,6 68,3 41,0
E7 133,2 136,6 113,2 116,2 93,2 95,7 103,5 92,4 77,6 55,4 33,3
E8 120,0 120,0 102,0 102,0 84,0 84,0 84,0 75,0 63,0 45,0 27,0
Os valores entre parênteses são maiores que 0,75 vez a tensão de ruptura e são somente valores
teóricos (ver NOTA 2).
a) κ≤0
— para tração:
5
t w
(D.1)
3 2
— para compressão:
c w 2
(D.2)
1
b) κ>0
— para tração:
0
t 1 1 0 (D.3)
1
— para compressão:
c 1,2 t (D.4)
onde
σ0 1,66 σW
σ+1 é a tensão de tração para κ +1 que é a tensão de ruptura σR dividida pelo coeficiente
de segurança 4/3:
σ+1 0,75 σR
Como ilustração, a Figura D.1 mostra curvas fornecendo as tensões admissíveis como uma função da
razão κ para os seguintes casos:
— grupo E6;
— casos de construção W0, W1, W2 para componentes não soldados e casos de construção para
juntas K0 a K4.
As tensões admissíveis foram limitadas a 240 N/mm2, ou seja, a tensão admissível adotada para a
verificação em relação à tensão de ruptura.
σt
(tensão admissível)
N/mm2
σt = 240 N/mm2
250
200
W0
150
W1
K0
K1
W2
100
K2
K3
50
K4
κ
0
–1,0 –0,8 –0,6 –0,4 –0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Figura D.1 – Tensão admissível para aços S355/ASTM A 572 GR 50 (tração, grupo E6)
Para cada grupo de E1 a E8, considera-se a tensão admissível à fadiga na tração do caso W0 dividido
por 3 :
t do caso W0
a
3
D.2.3 Tensões admissíveis para o caso de cargas combinadas na tração (ou
compressão) e cisalhamento
Neste caso, as tensões admissíveis para fadiga para cada carga normal em tração (ou compressão)
σxa e σya e cisalhamento κxya são determinadas assumindo que cada uma atua separadamente
adotando respectivamente os seguintes valores κ de acordo com 5.6.4:
x mín. y mín. xy mín.
x xy xy
x máx. y máx. xy máx.
Nenhuma das tensões máximas calculadas pode exceder o valor admissível de σa ou τa do caso de
solicitação I em relação ao limite elástico (ver 5.2.1.1).
a) se uma das tensões for acentuadamente maior do que as outras duas em um dos casos de
solicitação é suficiente verificar o elemento à fadiga sob a carga correspondente, desprezando o
efeito das outras duas;
b) nos outros casos, além da verificação para cada carga assumida atuar sozinha, recomenda-se
que a seguinte relação seja verificada (Equação D.5):
2
2 xmáx. 2 ymáx. xymáx.
xmáx. máx. (D.5)
1
xa ya xya
onde os valores de tensão σxa, σya e τxya são os resultantes da aplicação das Equações (D.1), (D.2),
(D.3) e (D.4) limitados a 0,75 σR.
Como esta desigualdade constitui uma condição rigorosa, valores ligeiramente maiores que 1 são
aceitáveis, porém neste caso é necessário verificar a seguinte relação:
Em outras palavras:
— executar a verificação combinando os valores máximos σxmáx., σymáx. e τxymáx. e comparando com
as tensões admissíveis σxa, σya e τxya calculadas com base nos valores mais desfavoráveis de κ;
ou
Na Tabela D.2, os valores de σxmáx./σxa são fornecidos na coluna esquerda com a seguinte
convenção: a relação é considerada positiva se σxmáx. e σymáx. possuírem o mesmo sinal e negativa
em caso contrário.
© ABNT 2019 - Todos os direitos reservados 63
ABNT NBR 8400-2:2019
ymáx.
xmáx.
ya
xa
1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0
+1.0 0 0,300 0,400 0,458 0,490 0,500 0,490 0,458 0,400 0,300 0
+0,9 0,300 0,436 0,520 0,575 0,608 0,625 0,625 0,608 0,575 0,520 0,436
+0,8 0,400 0,520 0,600 0,656 0,693 0,714 0,721 0,714 0,693 0,656 0,600
+0,7 0,458 0,575 0,656 0,714 0,755 0,781 0,794 0,781 0,781 0,755 0,714
+0,6 0,490 0,608 0,693 0,755 0,800 0,831 0,849 0,854 0,849 0,831 0,800
+0,5 0,500 0,625 0,714 0,781 0,831 0,866 0,889 0,900 0,900 0,889 0,866
+0,4 0,490 0,625 0,721 0,794 0,849 0,889 0,917 0,933 0,938 0,933 0,917
+0,3 0,458 0,608 0,714 0,794 0,854 0,900 0,933 0,954 0,964 0,964 0,954
+0,2 0,400 0,575 0,693 0,781 0,849 0,900 0,938 0,964 0,980 0,985 0,980
+0,1 0,300 0,520 0,656 0,755 0,831 0,889 0,933 0,964 0,985 0,995 0,995
0 0 0,436 0,600 0,714 0,800 0,866 0,916 0,964 0,980 0,995 1,000
–0,1 0,300 0,520 0,656 0,755 0,831 0,889 0,933 0,964 0,985 0,995
–0,2 0,400 0,575 0,693 0,781 0,849 0,900 0,938 0,964 0,980
–0,3 0,173 0,458 0,608 0,714 0,794 0,854 0,900 0,933 0,954
–0,4 0,265 0,490 0,625 0,721 0,781 0,849 0,889 0,917
–0,5 0,300 0,500 0,625 0,714 0,781 0,831 0,866
–0,6 0,300 0,490 0,608 0,693 0,755 0,800
–0,7 0,265 0,458 0,575 0,656 0,714
–0,8 0,173 0,400 0,520 0,600
–0,9 0,300 0,436
–1,0 0
NOTA Se σxmáx. e σymáx. tiverem sinais opostos (tração ou compressão), ler os valores de τxymáx./τxya
iniciando pelos valores negativos de σxmáx/ σxa.
NOTA 2 Ao consultar a Tabela D.1 de valores de σw, pode-se observar que no grupo E1 e E2, tensões
muito mais altas do que aquelas geralmente permitidas nas estruturas são citadas. Estes valores são na
verdade apenas teóricos obtidos pela extrapolação dos resultados dos ensaios em um grupo mais elevado
(E3 a E8) com casos de entalhe médios e severos (K2, K3 e K4). Portanto, não há necessidade de atribuir
nenhum significado material a estes valores entre parênteses e, considerá-los, poderia em alguns casos
levar à conclusão de que uma construção do tipo K0 ou K1 poderia resistir melhor à fadiga do que um metal
não soldado (caso W0). Esta anomalia aparente ilustra o fato bem conhecido que nem sempre é necessário
efetuar verificações de fadiga para grupos mais baixos com casos de entalhe leves a moderados.
Com relação aos cálculos, deve-se lembrar que estes valores teóricos de σw são utilizados somente
para determinar as tensões admissíveis à fadiga σxa, σya e τxya, para uso na Equação D.5, que
abrange o caso de cargas combinadas.
D.3.1 Soldas
Soldas sujeitas à fadiga, sob cargas de tração e compressão, são verificadas utilizando as mesmas
tensões admissíveis do metal base.
NOTA O limite indicado em 5.2.2.3 para determinados casos específicos de tração transversal e
compressão nos cordões de solda deve ser observado.
O Anexo B fornece algumas indicações para a determinação das tensões no cordão de solda.
As tensões de fadiga por cisalhamento admissíveis nas soldas são determinadas dividindo as
tensões admissíveis na tração para o caso K0 por 2 .
O método exposto anteriormente para elementos estruturais é utilizado ao avaliar o efeito da fadiga
nos cordões de solda submetidos a cargas combinadas variáveis.
A fadiga devido às solicitações de tração variáveis de rebites não precisa ser considerada.
No caso de parafusos submetidos à tração, a verificação deve ser realizada conforme 5.2.2.2.2.
Neste contexto, deve-se observar que parafusos e, ainda mais importante, rebites submetidos à
tração devem ser evitados sempre que possível.
As tensões de cisalhamento admissíveis à fadiga para parafusos e rebites são fixadas multiplicando
as tensões admissíveis em tração para o caso W2 por:
Os tipos de soldas mais comumente utilizados para equipamentos de elevação são as soldas de
topo, soldas de topo de chanfro duplo e soldas de filete, de qualidade comum (Q.C.) ou qualidade
especial (Q.E.), conforme especificado na Tabela D.3.
(Q.C.)
< 3 mm
(Q.C.)
Nas Tabelas a seguir, os vários casos de modos de montagem são classificados em termos da mag-
nitude do efeito de entalhe produzido.
Deve-se observar que, com uma determinada solda, o efeito de entalhe difere de acordo com o tipo
de carga ao qual a junta é submetida.
Por exemplo, uma junta soldada com filete é classificada no caso K0 para cargas de tração ou com-
pressão longitudinal (K0,31) ou cisalhamento longitudinal (K0,51) e nos casos K3 ou K4 para cargas de
tração ou compressão transversal (K3,2 ou K4,4).
Reforço soldado
Chapa da alma à qual os reforços são na alma
unidos perpendicularmente à direção
Alma da viga
K1,21 das forças por meio de sodas de
filetes (Q.E.) que se estendem até os
cantos dos reforços da alma.
Aba inferior
1/3
e
a
chapa (chanfro de 1/3) é unida por
K2,33
solda de filete (Q.E.), o filete de solda
X
é executado na área X com a 0,5e.
e1
K3,33
e2
forças, com solda de filete (Q.E.) na
área indicada quando e1 < 1,5 e2.
e1
K3,34
≤ e2. No caso de um único reforço,
a excentricidade da carga deve ser
levada em consideração.
Elemento principal contínuo aos quais
os reforços são soldados paralelos à
direção das forças. As extremidades
K3,35 das soldas são de filetes (Q.E.) por
uma extensão igual a 10 vezes a
espessura e são esmerilhados para
evitar entalhes.
D
Solda K (Q.C.) unindo partes com
K3,5
tensão de flexão e cisalhamento.
e1
e2
K4,34 (e1 e2). No caso de um único reforço,
a excentricidade da carga deve ser
levada em consideração.
D
Solda de filete (Q.C.) unindo partes
K4,5
com tensão de flexão e cisalhamento.
Elemento contínuo aos quais perfis ou
K4,7 tubos são fixados com solda de filete
(Q.E.).
D.4.1 Aba superior da viga de uma ponte rolante sobre a qual se movimenta um
carro (ver Figura D.2)
Será feita uma verificação combinada à fadiga e limite elástico, conforme sequência de cálculos a
seguir.
— compressão longitudinal:
sendo: κ 0,2.
σymín. 0;
para a qual κ 0.
— tensão equivalente:
σa 160 N/mm2;
Portanto
│σxmáx.│< σa
— verificação à fadiga:
σa (5 / 3) σw 322,5 N/mm2;
│σxmáx.│< │σxa│
σa 160 N/mm2;
│σymáx..│< σa
— verificação à fadiga:
σa 5 / 3 σw 103,7 N/mm2;
│σymáx.│< │σya│
τxymáx. < τa
— verificação à fadiga:
182,1
w 105,1N mm2 (Tabela D.1, componente E4, caso W0);
3
τa τw 105,1 N/mm2;
τxymáx. 40 N/mm2.
│τxymáx.│< τa
portanto, atendida.
Se a espessura das duas soldas for igual à espessura da alma da viga, as tensões σxmáx., σymáx.
e τxymáx. possuem os mesmos valores de D.4.2.1.1.
A tensão de tração e compressão admissíveis são as mesmas de D.4.2.1.1 (no material), em relação
à verificação ao limite elástico e fadiga. Desse modo, podemos deixar de efetuar verificações para os
casos correspondentes para a) e b) de D.4.2.1.1.
As tensões de cisalhamento admissíveis, com relação à verificação ao limite elástico, são obtidas
dividindo as tensões de tração admissíveis por 2 em vez de 3 no caso do material. Portanto, elas são
mais favoráveis do que as utilizadas nos casos c) e d) de D.4.2.1.1.
— cisalhamento na solda:
193,5
xya 136,8 N mm2
2
τxymáx. 40 N/mm2;
do qual
portanto, atendida.
NOTA Se o componente fosse classificado no grupo E6, a tensão σymáx. – 100 N/mm2 seria muito
alta, visto que a tensão admissível à fadiga para o caso K4 e κ 0 é somente:
Os valores das cargas e, portanto, das tensões são assumidas iguais aos do primeiro exemplo.
Como as tensões admissíveis para as verificações ao limite elástico não são afetadas pela mudança
de grupo e nem pelo tipo de solda, os cálculos do primeiro exemplo permanecem válidos para este
caso. Portanto, vamos nos restringir à verificação à fadiga.
σw 127,5 N/mm2;
da Equação 3
t
212,5
212,5 222,0 N mm2 ;
1 1 0,2
270
do qual
do qual
│σymáx.│< │ σya │
τxymáx. ± 40 N/mm2;
do qual
portanto, atendida.
— cisalhamento na solda:
193,5
xya 90,2 N mm2 ;
2
82 © ABNT 2019 - Todos os direitos reservados
ABNT NBR 8400-2:2019
τxymáx. ± 40 N/mm2;
do qual
portanto, atendida.
© ABNT 2019 - Todos os direitos reservados 83