Licenciatura em Matemática
Bruna Miecoanski
Gean Ribeiro
Pablo Mucelini
1. Dados de Identificação
2. Tema: Trigonometria.
2.1 Subtemas: Ciclo e identidades (operações com arcos).
3. Justificativa
Desde a antiguidade desenvolver métodos para medir os mais variados tipos de
distância é uma necessidade extremamente importante para a sociedade humana. Nesse
sentido, várias unidades de medida foram desenvolvidas, no entanto a maioria delas satisfaz
necessidades básicas. Por isso, em contrapartida, existem algumas situações, em que o intuito
é efetuar a medição cujos objetos atrelados não estão diretamente acessíveis. Assim, como
solução eficaz, é demasiadamente significativo compreender outros conceitos matemáticos,
em especial a Trigonometria.
Esmiuçando o âmbito trigonométrico, pode-se perceber que na atual sociedade a
trigonometria incorpora uma vasta gama de aplicações que se estendem para outros
segmentos de conhecimento, como a música, a engenharia, a eletricidade, a mecânica, sendo
uma poderosa ferramenta para a resolução de questões lógicas. Assim, sua utilização vai muito
além do estudo básico de triângulos e circunferências.
4. Objetivos
Construir o círculo trigonométrico e todos os seus elementos relacionados ao seno,
cosseno e a tangente;
Realizar a identificação das unidades de medida relacionadas ao ângulo e aos arcos no
círculo trigonométrico;
Construir um círculo trigonométrico utilizando um software (Geogebra);
Compreender as relações trigonométricas por meio do uso do círculo trigonométrico;
Compreender de maneira sucinta a relação fundamental da Trigonometria para o
círculo trigonométrico;
Demonstrar algumas relações da trigonometria no círculo trigonométrico;
Aprender a operar com arcos.
5. Conteúdos envolvidos
Trigonometria no triângulo retângulo;
Lei dos Senos e Cossenos.
6. Estratégias de ensino abordadas:
6.1 Recursos: Desde materiais básicos como o quadro e pincel, até materiais mais sofisticados
e tecnológicos como o software Geogebra.
6.2 Técnicas de aplicação: Aula teórica expositiva composta de diálogos com os alunos,
buscando sanar ao máximo as dúvidas existentes, utilizando-se ainda recursos como o
software GeoGebra e alguns materiais manipulativos.
7. Procedimentos
A partir deste item apresenta-se de maneira detalhada cada etapa devidamente
organizada de acordo com o cronograma da aula atrelada ao tema pré-estabelecido: a
Trigonometria.
Circunferência
Arcos e Ângulos
Arco CD
Ângulo central: AÔC
Como citado anteriormente, as unidades para medir arcos de circunferência são o grau
e o radiano.
Além disso, o grau possui submúltiplos, dos quais vale a pena destacar:
1
Minuto (1’): equivale a do grau;
60
1
Segundo (1’’): equivale a do minuto.
60
Radiano (rad) – um arco cuja medida seja um radiano é um aro cujo comprimento é
igual ao raio da circunferência.
Radiano 0 π π π π 2π π 3π 2π
6 4 3 2 3 2
3π
Exemplo 1: Mostre quanto mede, em graus, um arco de radianos.
4
Para resolver este tipo de questão basta aplicar uma simples regra de três:
Grau Radiano
180 ------------------- π
3π
x --------------------
4
3π
π * x = 180 *
4
540 π
πx =
4
540 π 1
x= *
4 π
540
x=
4
x = 135°
3π
Logo, um arco de medida de rad mede 135°.
4
a) 288° em radianos;
5π
b) rad em graus;
7
c) 150° em radianos;
5π
d) rad em graus.
3
Além disso, o eixo A’A denominado de eixo das abscissas e o eixo das ordenadas B’B
dividem o círculo trigonométrico no que quatro subdivisões, chamadas de quadrantes (QI, QII,
QIII, QIV).
Exemplo 2: Girando 60°, no sentido anti-horário, temos que 60° é naturalmente uma
das medidas associadas ao ponto M. Mas note que estamos nos referindo ao valor ligado
apenas a uma volta dada do circulo trigonométrico. Logo, se girarmos mais uma volta
completa, temos que: 360+60 = 420, assim 420° é outra medida associada ao ponto M. Sendo
que ambas são congruentes.
Define-se assim, que arcos trigonométricos que possuem a mesma extremidade são
denominados de arcos côngruos.
Assim, para generalizar esta situação de congruência, considerando apenas o sentido
anti-horário, pode-se definir que qualquer arco côngruo a um arco de extremidade M é dado
por: M + 2kπ, onde k é um número natural.
Portanto, se α e β são medidas associadas a arcos côngruos, indica-se α β e lê-se: α é
côngruo a β. Logo, com base no exemplo anterior temos que 60° 420°.
Pelo fato de os triângulos NOE e MOF serem congruentes, os ângulos NÔE e MÔF são
côngruos. E, portanto, o arco AN mede 180° - 60° = 120°;
Do mesmo modo, os triângulos QOF e MOF são congruentes, e por consequência os
ângulos QÔF e MÔF tem a mesma medida. Logo, o arco AQ mede 360° - 60° = 300°.
Além disso, o arco AP mede 180° + 60° = 240°. Isso pelo fato de os ângulos PÔE e MÔF
terem a mesma medida, já que são opostos pelo vértice.
3π
Exercício 2: Determine os arcos simétricos aos arcos de medida 30°, e 120°.
2
Com base no entendimento já adquirido nas relações de seno e cosseno dos ângulos
agudos de um triângulo retângulo, é possível estender esses conceitos para um arco
trigonométrico. Para isso, parte-se da ideia de considerar um arco trigonométrico AM de
medida α, sendo 0 < α < 90°.
-1 ≤ cos x ≤ 1
-1 ≤ sen x ≤ 1
Seno 1 √2 √3
2 2 2
Cosseno √3 √2 1
2 2 2
sen 150° =
1
cos 150° = -
√3 Exemplo 4:
2 2
Encontrar seno e cosseno de 225°.
sen 225° = -
√2 cos 225° = -
√2
2 2
sen 330° = -
1
cos 225° =
√3
2 2
sen² α + cos² α = 1
Dem:
Para que a demonstração seja a mais simples e direta possível considera-se apenas o
caso em que a extremidade do arco de medida α pertença ao 1° quadrante. E com isso,
generaliza-se para os demais quadrantes.
Seja α a medida de um arco com extremidade no 1° quadrante, de acordo com a
figura:
Observe que as projeções do seno e cosseno de α formam um triângulo retângulo
OMP. Assim pode-se aplicar o teorema de Pitágoras:
sen² α + cos² α = 1
Tangente de um arco
Note que o ponto M não pode coincidir com B e B’ pelo fato de o prolongamento dos
raios OB e OB’ não interceptarem o eixo das tangentes. Desse modo diz-se que não existe
tangente de arcos com extremidades nesses pontos, ou seja, considerando o intervalo [0,2π]
do circulo trigonométrico, não existe tangente de 90° e 270°.
Do mesmo modo como corre com o seno e o cosseno, pode-se reduzir ao 1° quadrante
a tangente de ângulos cujos arcos não pertençam ao primeiro quadrante. Para isto, pode-se
utilizar a tabela com os valores da tangente dos arcos notáveis como uma maneira para
auxiliar:
Seno 1 √2 √3
2 2 2
Cosseno √3 √2 1
2 2 2
Tangente √3 1 √3
3
sen 225 °
tan 225° =
cos 225 °
sen 225° = -
√2 cos 225° = -
√2
2 2
Logo:
sen 225 °
tan 225° =
cos 225 °
−√ 2
2
tan225 °=
−√ 2
2
tan 225° = 1
Adição de arcos
sen (a+b)
tg (a + b) =
cos( a+b)
Assim:
tg a+tg b
tg(a+b) =
1−tg a∗tg b
tg a−tg b
tg(a-b) =
1+ tga∗tg a
Logo:
sen 2a = 2 ・ sen a ・ cos a
Logo:
Aplicando a mesma ideia utilizada acima com seno e o cosseno do arco duplo pode-se
deduzir a fórmula da tg 2a:
tg a+tg a
tg 2a = tg(a+a) =
1−tg a∗tg a
Logo:
2∗tg a π kπ π
tg 2a = 2 , a≠ + , e a + kπ, k
1−t g a 4 2 2
1
8 Lista de Exercícios
Os exercícios deverão ser iniciados em aula e posteriormente finalizados em casa caso seja
necessário.
a) sen 105°;
b) cos 15°;
c) tg 75°.
3. Sendo sen 75° = sen(30°+45°), verifique qual das alternativas abaixo é a correta para o
seu valor:
a) √3
b)
√6 +√ 2
4
c)
√2+ √3
4
9 Referências bibliográficas
BARROSO, Juliane Matsubara; Conexões com a Matemática, vol. 2. 1ª ed. São Paulo:
Moderna, 2010.
DANTE, Luiz Roberto; Matemática, volume único. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2005.
PAIVA, Manoel; Matemática Paiva: vol.2. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.