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Universidade Federal da Fronteira Sul

Licenciatura em Matemática

Fundamentos de Matemática III

Professora Lucia Menoncini

Plano de aula: Trigonometria

Acadêmicos: Anderson Piva

Bruna Miecoanski

Gean Ribeiro

Pablo Mucelini

Chapecó, SC, Junho de 2019


Plano de Aula

1. Dados de Identificação

Nível: Ensino Médio;


Série: 2° ano;
Disciplina: Matemática;
Tempo previsto: 5hs aula.

2. Tema: Trigonometria.
2.1 Subtemas: Ciclo e identidades (operações com arcos).

3. Justificativa
Desde a antiguidade desenvolver métodos para medir os mais variados tipos de
distância é uma necessidade extremamente importante para a sociedade humana. Nesse
sentido, várias unidades de medida foram desenvolvidas, no entanto a maioria delas satisfaz
necessidades básicas. Por isso, em contrapartida, existem algumas situações, em que o intuito
é efetuar a medição cujos objetos atrelados não estão diretamente acessíveis. Assim, como
solução eficaz, é demasiadamente significativo compreender outros conceitos matemáticos,
em especial a Trigonometria.
Esmiuçando o âmbito trigonométrico, pode-se perceber que na atual sociedade a
trigonometria incorpora uma vasta gama de aplicações que se estendem para outros
segmentos de conhecimento, como a música, a engenharia, a eletricidade, a mecânica, sendo
uma poderosa ferramenta para a resolução de questões lógicas. Assim, sua utilização vai muito
além do estudo básico de triângulos e circunferências.

4. Objetivos
 Construir o círculo trigonométrico e todos os seus elementos relacionados ao seno,
cosseno e a tangente;
 Realizar a identificação das unidades de medida relacionadas ao ângulo e aos arcos no
círculo trigonométrico;
 Construir um círculo trigonométrico utilizando um software (Geogebra);
 Compreender as relações trigonométricas por meio do uso do círculo trigonométrico;
 Compreender de maneira sucinta a relação fundamental da Trigonometria para o
círculo trigonométrico;
 Demonstrar algumas relações da trigonometria no círculo trigonométrico;
 Aprender a operar com arcos.

5. Conteúdos envolvidos
 Trigonometria no triângulo retângulo;
 Lei dos Senos e Cossenos.
6. Estratégias de ensino abordadas:

6.1 Recursos: Desde materiais básicos como o quadro e pincel, até materiais mais sofisticados
e tecnológicos como o software Geogebra.
6.2 Técnicas de aplicação: Aula teórica expositiva composta de diálogos com os alunos,
buscando sanar ao máximo as dúvidas existentes, utilizando-se ainda recursos como o
software GeoGebra e alguns materiais manipulativos.

7. Procedimentos
A partir deste item apresenta-se de maneira detalhada cada etapa devidamente
organizada de acordo com o cronograma da aula atrelada ao tema pré-estabelecido: a
Trigonometria.

Circunferência

Antes de adentrar em questões mais específicas relacionadas à trigonometria é de


suma significância relembrar o que é uma circunferência, já que a mesma é um elemento
bastante importante na composição do círculo trigonométrico.

Definição: Dados um ponto A de um plano α qualquer e uma distância r, chama-se de


circunferência de centro A e raio r o conjunto de todos os pontos do plano que distam r e A.
Utilizando o GeoGebra pode-se visualizar a representação geométrica de uma
circunferência qualquer:

Arcos e Ângulos

Primeiramente para um melhor entendimento devem-se recordar alguns elementos já


estudados da geometria plana:

 Arco geométrico – é um segmento da circunferência delimitada por dois pontos


geralmente distintos. Caso os dois pontos sejam coincidentes, então tem-se um arco
dito nulo ou um arco de uma volta completa.
 Arco e ângulo central – todo arco de circunferência possui um ângulo central
subentendido.

Arco CD
Ângulo central: AÔC

 Comprimento da circunferência de raio r: C = 2πr.


 Comprimento e medida de arco: a medida de um arco é dada justamente pela medida
do seu ângulo central, não dependendo assim do tamanho do raio da circunferência
no qual tal arco está contido. As medidas usuais utilizadas para medir arco são o grau e
o radiano.

Unidades para medir ângulos

Como citado anteriormente, as unidades para medir arcos de circunferência são o grau
e o radiano.

 Grau – ao dividir-se uma circunferência em 360 partes congruentes, denomina-se cada


uma dessas partes como um arco de um grau.

Assim, partindo do pressuposto da definição de um arco AB, que vai de A para B no


sentido anti-horário podem-se destacar alguns arcos ditos notáveis:
Arco AB de 90° (um quarto de volta).

Arco AB de 180° (meia volta).

Arco AB de 270° (três quartos de volta).

Arco AB de 360° (uma volta completa, onde A = B).

Além disso, o grau possui submúltiplos, dos quais vale a pena destacar:

1
 Minuto (1’): equivale a do grau;
60
1
 Segundo (1’’): equivale a do minuto.
60
 Radiano (rad) – um arco cuja medida seja um radiano é um aro cujo comprimento é
igual ao raio da circunferência.

Relações entre grau e radiano

Como já visto, o comprimento C de uma circunferência de raio r é igual a: C = 2πr.


Desse modo, associando isso a ideia de que cada raio r corresponde a 1 rad, pode-se
chegar a conclusão de que o arco correspondente a circunferência mede: 2 π r = C = 2 π*1 rad
= 2 π rad.
Assim, diz-se que 360° = 2 π rad ou 180° = π rad.
Abaixo, na tabela que segue têm-se as medidas em grau e em radiano de alguns
ângulos bastante utilizados:

Grau 0 30 45 60 90 120 180 270 360

Radiano 0 π π π π 2π π 3π 2π
6 4 3 2 3 2


Exemplo 1: Mostre quanto mede, em graus, um arco de radianos.
4

Para resolver este tipo de questão basta aplicar uma simples regra de três:

Grau Radiano
180 ------------------- π

x --------------------
4


π * x = 180 *
4

540 π
πx =
4
540 π 1
x= *
4 π
540
x=
4

x = 135°


Logo, um arco de medida de rad mede 135°.
4

Exercício 1: Transforme as medições para a unidade solicitada:

a) 288° em radianos;

b) rad em graus;
7
c) 150° em radianos;

d) rad em graus.
3

Circunferência orientada no plano cartesiano

No contexto atrelado ao plano cartesiano pode-se percorrer a circunferência em dois


sentidos: horário, que por convenção padrão, o sentido anti-horário determina medidas
positivas; e anti-horário, no qual as medidas são negativas, portanto:

Assim, podemos definir o círculo trigonométrico como a circunferência de raio 1


unidade e centro na origem O(0,0) do plano cartesiano. No círculo trigonométrico, a origem de
todos os arcos ocorre no ponto A(1,0). Assim, por exemplo, ao tomar um ponto P, será a partir
do ponto A que será percorrida a circunferência para determinar o arco AP, sendo que P é a
extremidade do arco. Desse modo, partindo no sentido anti-horário, é possível realizar a
associação de cada ponto P da circunferência, a própria medida do arco AP, sempre
respeitando a seguinte propriedade: 0 rad ≤ med(AP) ≤ 2π rad, ou então, 0° ≤ med(AP) ≤ 360°.
π
med(AB) = 90° ou rad;
2
med(AA’) = 180° ou π rad;

med(AB’) = 270° ou rad;
2
med(AA) = 360° ou 2π rad.

Além disso, o eixo A’A denominado de eixo das abscissas e o eixo das ordenadas B’B
dividem o círculo trigonométrico no que quatro subdivisões, chamadas de quadrantes (QI, QII,
QIII, QIV).

Assim dado um Arco AP qualquer, tem-se:

Quadrante Medida em Grau Medida em Radiano

P  QI 0° ≤ med(AP) ≤ 90° 0 rad ≤ med(AP) ≤ π/2 rad

P  QII 90° ≤ med(AP) ≤ 180° π/2 rad ≤ med(AP) ≤ π rad

P  QIII 180° ≤ med(AP) ≤ 270° π rad ≤ med(AP) ≤ 3π/2 rad


P  QIV 270° ≤ med(AP) ≤ 360° 3π/2 rad ≤ med(AP) ≤ 2π rad
Congruência de Arcos

Seja M um ponto qualquer de uma circunferência trigonométrica, partindo do ponto A


podem-se ter infinitas medidas associadas a este ponto.

Exemplo 2: Girando 60°, no sentido anti-horário, temos que 60° é naturalmente uma
das medidas associadas ao ponto M. Mas note que estamos nos referindo ao valor ligado
apenas a uma volta dada do circulo trigonométrico. Logo, se girarmos mais uma volta
completa, temos que: 360+60 = 420, assim 420° é outra medida associada ao ponto M. Sendo
que ambas são congruentes.

Define-se assim, que arcos trigonométricos que possuem a mesma extremidade são
denominados de arcos côngruos.
Assim, para generalizar esta situação de congruência, considerando apenas o sentido
anti-horário, pode-se definir que qualquer arco côngruo a um arco de extremidade M é dado
por: M + 2kπ, onde k é um número natural.
Portanto, se α e β são medidas associadas a arcos côngruos, indica-se α  β e lê-se: α é
côngruo a β. Logo, com base no exemplo anterior temos que 60°  420°.

Simetria no círculo trigonométrico


É de imensa utilidade dominar as operações que relacionam as medidas de arcos
trigonométricos com extremidades simétricas em relação a um dos eixos coordenados ou à
origem do plano cartesiano, para mais adiante calcular o seno, cosseno, tangente, e outras
relações trigonométricas desses arcos.
Partindo deste pressuposto, suponha, por exemplo, que o ponto M, representado no
círculo trigonométrico abaixo, associado à medida 60°. Agora, por M, traçasse três retas, a
primeira perpendicular ao eixo das abcissas, a segunda perpendicular ao eixo das ordenadas, e
a última pela origem do plano. Essas três retas interceptam o círculo nos pontos Q, N e P,
respectivamente.

Chamam-se os pontos N, P e Q de simétricos ou correspondentes do ponto M, no qual


podem-se determinar as medidas x atreladas a esses pontos:

Desse modo, por meio da congruência de triângulos, pode-se concluir que:

 Pelo fato de os triângulos NOE e MOF serem congruentes, os ângulos NÔE e MÔF são
côngruos. E, portanto, o arco AN mede 180° - 60° = 120°;
 Do mesmo modo, os triângulos QOF e MOF são congruentes, e por consequência os
ângulos QÔF e MÔF tem a mesma medida. Logo, o arco AQ mede 360° - 60° = 300°.
Além disso, o arco AP mede 180° + 60° = 240°. Isso pelo fato de os ângulos PÔE e MÔF
terem a mesma medida, já que são opostos pelo vértice.

Generalizando esses resultados tem-se:


Exercício 2: Determine os arcos simétricos aos arcos de medida 30°, e 120°.
2

Seno e cosseno de um arco

Com base no entendimento já adquirido nas relações de seno e cosseno dos ângulos
agudos de um triângulo retângulo, é possível estender esses conceitos para um arco
trigonométrico. Para isso, parte-se da ideia de considerar um arco trigonométrico AM de
medida α, sendo 0 < α < 90°.

Como por definição do círculo trigonométrico, o raio da circunferência do mesmo


mede 1 e a medida do ângulo central MÔA é a medida do arco AM, em grau, temos no
triângulo retângulo da OMP da figura:

 cos α = OP/1 = OP;


 sen α = PM/1 = PM.

Logo, o cos α é a própria abcissa do ponto M e o sen α é a ordenada do ponto M.


Definição: Dado um arco trigonométrico AM de medida , chamam-se cosseno e seno
de  a abscissa e a ordenada do ponto M, respectivamente.

Por este motivo em especifico, quando referir-se a uma circunferência trigonométrica


pode-se denominar o eixo x como o eixo dos cossenos e o eixo y como o eixo dos senos.
Além disso, ainda como consequência do raio da circunferência ser unitário, tem-se
que para qualquer arco de medida x ocorre:

-1 ≤ cos x ≤ 1
-1 ≤ sen x ≤ 1

Estudo de Sinal e Crescimento/Decrescimento da função Seno

Como já visto, o seno de um arco trigonométrico é a ordenada da extremidade desse


arco. E como por definição os pontos de ordenadas positivas pertencem ao 1° e 2° quadrantes,
do mesmo modo, os pontos de ordenadas negativos são os de 3° e 4° quadrantes. Logo se tem
as seguintes variações para a função seno no círculo trigonométrico:

Estudo de Sinal e Crescimento/Decrescimento da função Cosseno


Analogamente, o cosseno de um arco trigonométrico é a abcissa da extremidade desse
arco. Desse modo, os pontos de abcissas positivas são os do 1° e 4° quadrantes, enquanto que
as negativas são do 2° e 3° quadrantes.

Redução ao 1° quadrante do seno e cosseno

Considerando as operações envolvendo o seno e o cosseno de um ângulo qualquer,


torna-se demasiadamente importante compreender e dominar a técnica de redução ao 1°
quadrante quando os ângulos envolvidos pertencerem aos outros quadrantes, já pelo fato de
que todos os ângulos notáveis (30°, 45°, 60°) pertencem a o mesmo, o que acaba simplificando
significativamente o procedimento.
Para mostrar isto na prática de maneira básica pode-se utilizar justamente a tabela
com o valor do seno e do cosseno dos arcos notáveis.

Grau ou radianos 30° 45° 60°

Seno 1 √2 √3
2 2 2

Cosseno √3 √2 1
2 2 2

Exemplo 3: Encontrar seno e cosseno de 120°.

A extremidade M do arco de 120° pertence ao segundo quadrante. Traçando por M a


perpendicular ao eixo dos senos, obtêm-se o ponto P, correspondente de M no 1° quadrante,
conforme a figura abaixo.
Observe que os pontos P e M têm ordenadas iguais, mas abscissas opostas. Logo:

sen 150° = sen 30° e cos 150° = - cos 30°

sen 150° =
1
cos 150° = -
√3 Exemplo 4:
2 2
Encontrar seno e cosseno de 225°.

A extremidade R do arco de 225° pertence ao terceiro quadrante. Traçando por R um


segmento que passa pelo centro O da circunferência obtêm-se o ponto Q, correspondente de
R no 1° quadrante, conforme a figura abaixo.

Observe que os pontos Q e R têm ordenadas e abscissas opostas. Assim:

sen 225° = - sen 45° e cos 225° = - cos 45°

sen 225° = -
√2 cos 225° = -
√2
2 2

Exemplo 5: Encontrar seno e cosseno de 330°.

A extremidade N do arco de 330° pertence ao quarto quadrante. Traçando por N a


perpendicular ao eixo dos cossenos, obtêm-se o ponto S, correspondente de N no 1°
quadrante, conforme a figura abaixo.
Os pontos N e S têm abscissas iguais e ordenadas opostas. Assim:

sen 330° = - sen 30° e cos 330° = cos 30°

sen 330° = -
1
cos 225° =
√3
2 2

Exercício 3: Encontre seno e cosseno de 120°.

Relação fundamental da Trigonometria

Seja α a medida de um dado arco trigonométrico, a seguinte relação sempre é válida:

sen² α + cos² α = 1

Tal relação é de suma importância, sendo conhecida como a relação fundamental da


trigonometria.

Dem:

Para que a demonstração seja a mais simples e direta possível considera-se apenas o
caso em que a extremidade do arco de medida α pertença ao 1° quadrante. E com isso,
generaliza-se para os demais quadrantes.
Seja α a medida de um arco com extremidade no 1° quadrante, de acordo com a
figura:
Observe que as projeções do seno e cosseno de α formam um triângulo retângulo
OMP. Assim pode-se aplicar o teorema de Pitágoras:

(PM)² + (OP)² = (OM)²

Como já sabe-se que PM = sen α, OP = cos α e OM = 1, pois é o raio da circunferência.


Logo, substituindo, tem-se que

sen² α + cos² α = 1

Tangente de um arco

De maneira análoga ao processo realizado com o seno e o cosseno pode-se estender o


conceito de tangente para o arco trigonométrico por meio da tangente de um ângulo agudo de
um triângulo pitagórico.

Definição: Seja um arco trigonométrico qualquer AM de medida α, cujo ponto M não


pertença ao eixo dos senos, denomina-se tangente de α a ordenada do ponto T, que é a
intersecção da reta OM com o eixo das tangentes.

Note que o ponto M não pode coincidir com B e B’ pelo fato de o prolongamento dos
raios OB e OB’ não interceptarem o eixo das tangentes. Desse modo diz-se que não existe
tangente de arcos com extremidades nesses pontos, ou seja, considerando o intervalo [0,2π]
do circulo trigonométrico, não existe tangente de 90° e 270°.

Estudo de sinal e crescimento/decrescimento da função tangente

A função tangente apresenta como peculiaridade apresentar um comportamento


crescente em todos os quadrantes.
Além disso, se um arco trigonométrico tiver a extremidade no 1° ou 3° quadrante, o
prolongamento do raio que passa por essa extremidade intercepta o eixo das tangentes em
um ponto T de ordenada positiva.
Por outro lado, caso um arco trigonométrico possuir extremidade no 2° ou 4°, o
prolongamento interceptará o eixo das tangentes em um ponto T de ordenada negativa.
Logo, a tangente é positiva para arcos que pertencem ao 1° e 3° quadrante, e negativa
para os arcos pertencentes ao 2° e 4° quadrante. Sendo crescente em todos os quadrantes

A tangente como razão do seno pelo cosseno

Relembrando mais uma vez as relações trigonométricas definidas no triângulo


retângulo, sabe-se que a tangente de um ângulo agudo pertencente ao mesmo pode calculada
por meia da divisão do seno pelo cosseno do próprio. Partindo disto, é possível generalizar
essa propriedade para a tangente de qualquer arco trigonométrico de medida α, cujo cos α ≠
0.
sen α
Assim temos que tg α = .
cos α

Redução ao 1° quadrante da tangente

Do mesmo modo como corre com o seno e o cosseno, pode-se reduzir ao 1° quadrante
a tangente de ângulos cujos arcos não pertençam ao primeiro quadrante. Para isto, pode-se
utilizar a tabela com os valores da tangente dos arcos notáveis como uma maneira para
auxiliar:

Grau ou radianos 30° 45° 60°

Seno 1 √2 √3
2 2 2

Cosseno √3 √2 1
2 2 2

Tangente √3 1 √3
3

Como já aprendeu-se anteriormente nesta aula a redução do seno e do cosseno para o


primeiro quadrante, pode-se combinar esse conhecimento com a ideia de que a tangente é a
razão do seno pelo cosseno para então reduzir a tangente ao primeiro quadrante.
Veja um exemplo abaixo um para melhor entendimento:
Exemplo 6: Reduza a tangente de 225° ao primeiro quadrante.

Sabe-se que o arco de 225° pertence ao 3° quadrante, assim utilizando a simetria de


arcos, pode-se encontrar que o arco correspondente ao mesmo 1° quadrante é o de 45 graus,
pois: 180° + 45° = 225°.
Assim a tangente de 225° pode ser obtida pela seguinte razão:

sen 225 °
tan 225° =
cos 225 °

Relembrando a redução do seno e cosseno do 3° para o 1° quadrante tem-se que:

sen 225° = - sen 45 ° e cos 225° = - cos 45 °

sen 225° = -
√2 cos 225° = -
√2
2 2

Logo:

sen 225 °
tan 225° =
cos 225 °

−√ 2
2
tan225 °=
−√ 2
2

tan 225° = 1

Exercício 4: Encontre a tangente de 120° e 330°.

Adição de arcos

Conhecidos os valores do seno, cosseno e da tangente dos ângulos notáveis, têm-se


ferramentas suficientes para obter outros valores das funções circulares realizando operações
de adição e subtração com esses arcos:

cos (a + b) = cos a ・ cos b - sen a ・ sen b


cos (a - b) = cos a ・ cos b + sen a ・ sen b
sen (a + b) = sen a ・ cos b + sen b ・ cos a
sen (a - b) = sen a ・ cos b - sen b ・ cos a

Da soma e diferença de seno e cosseno pode-se obter a soma e a diferença da


tangente, pois:

sen (a+b)
tg (a + b) =
cos( a+b)
Assim:

tg a+tg b
tg(a+b) =
1−tg a∗tg b

tg a−tg b
tg(a-b) =
1+ tga∗tg a

Fórmulas para arcos duplos

Além de operações envolvendo dois arcos diferentes, é significativamente importante


compreender algumas operações que são realizadas sobre um mesmo arco. As deduções
seguintes seguem de maneira direta das fórmulas anteriores.

Seno do arco duplo (sen 2a)

Por meio da formula do seno da soma, tem-se:

sen 2a = sen (a + a) = sen a ・ cos a + sen a ・ cos a

Logo:
sen 2a = 2 ・ sen a ・ cos a

Cosseno do arco duplo

De acordo com a formula do cosseno da soma, tem-se:

cos 2a = cos (a + a) = cos a ・ cos a - sen a ・ sen a

Logo:

cos 2a = cos² a - sen² a

A partir desta fórmula do cosseno de arco duplo, lembrando-se da relação


fundamental trigonométrica, pode-se:

 substituir cos² a por 1 - sen² a, do qual se obtém: cos 2a = 1 - 2 ・ sen² a


 substituir sen² a por 1 - cos² a, obtendo assim: cos 2a = 2 ・ cos² a – 1

Tangente do arco duplo

Aplicando a mesma ideia utilizada acima com seno e o cosseno do arco duplo pode-se
deduzir a fórmula da tg 2a:
tg a+tg a
tg 2a = tg(a+a) =
1−tg a∗tg a

Logo:

2∗tg a π kπ π
tg 2a = 2 , a≠ + , e a + kπ, k  
1−t g a 4 2 2
1

8 Lista de Exercícios

Os exercícios deverão ser iniciados em aula e posteriormente finalizados em casa caso seja
necessário.

1. Assinale V para verdadeiro e F para falso:

a) ( ) Arcos trigonométricos que tem a mesma extremidade são chamados de arcos


côngruos;

b) ( ) O cosseno e o seno de um ângulo qualquer são, respectivamente, a ordenada e a


abcissa do ponto M.

c) ( ) Sen(a+b) = sen a + sen b.

d) ( ) A tangente é positive no 2° e 4° quadrantes e negativa no 1° e 3° quadrantes.

2. Usando as operações com arcos, calcule:

a) sen 105°;
b) cos 15°;
c) tg 75°.

3. Sendo sen 75° = sen(30°+45°), verifique qual das alternativas abaixo é a correta para o
seu valor:

a) √3
b)
√6 +√ 2
4
c)
√2+ √3
4
9 Referências bibliográficas

BARROSO, Juliane Matsubara; Conexões com a Matemática, vol. 2. 1ª ed. São Paulo:
Moderna, 2010.

DANTE, Luiz Roberto; Matemática, volume único. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2005.

PAIVA, Manoel; Matemática Paiva: vol.2. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.

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