UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INTERATIVA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR

CURSO DE GESTÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

CLÁUDIO VARGAS TAVARES - RA 1001810

SOFTWARE DEVELOPER - UM ROTA PARA A EXCELÊNCIA

Pólo de Juiz de Fora

2010
 CLÁUDIO VARGAS TAVARES - RA 1001810

SOFTWARE DEVELOPER - UM ROTA PARA A EXCELÊNCIA

Trabalho Interdisciplinar da disciplina

Projeto Integrado Multidisciplinar III,
apresentado como exigência parcial para
conclusão do 2º Semestre do Curso
Superior de Gestão em Tecnologia da
Informação, da Universidade Paulista -
UNIP Interativa, pólo de Juiz de Fora.

Orientadores: Prof.ª Renata Nogueira

Prof. José Carlos Lorandi
Tutoria eletrônica: Alexandre Aguiar

Pólo de Juiz de Fora

2010
 RESUMO

O Brasil vive um momento impar no cenário de Tecnologia da Informação. Dados

recentes confirmam investimentos no Brasil na cifra de 32 bilhões para o ano
corrente, um crescimento projetado de 7% ao ano, superior a média mundial de
5,8%. O grande desafio será adequar as empresas do ramo a padrões
reconhecidamente internacionais. É o escopo desse trabalho. Preparar a Software
Developer para desafiar seus pares no competitivo mercado de softwares
financeiros. O caminho encontrado é a excelência, expressa num Plano Estratégico
de Gestão e consolidada com a certificação ISO 9000. Mais do que soluções
pontuais para problemas detectados busca-se dar um passo além do imaginado,
rumo à internacionalização da empresa. Esse trabalho foi desenvolvido com a
certeza de que isso é possível.

Palavras-chave: Tecnologia da Informação; Plano Estratégico de Gestão; ISO 9000.

 ABSTRACT

Brazil is experiencing an odd moment in the scenario of Information Technology.

Recent data confirm investments in Brazil in the figure of 32 billion for the current
year, a projected growth of 7% per annum, higher than the world average of 5.8%.
The big challenge will suit the branch companies to recognized international
standards. Is the scope of this work. Prepare the Software Developer to challenge
their peers in the competitive market for financial software. The way out is to
excellence, expressed in the Strategic Plan of Management and consolidated with
the ISO 9000 certification. More than ad hoc solutions to identified problems we seek
to step beyond the imagined, toward the internationalization of the company. This
work was developed with the certainty that this is possible.

Key-words: Information Technology; Strategic Plan of Management; ISO 9000.

 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 01 - 7 passos para a excelência ............................................................. 11

FIGURA 02 - Etapas do plano estratégico ........................................................... 19
FIGURA 03 - Pontos-chaves para um plano de carreira .................................... 20
FIGURA 04 - Como implantar uma auditoria interna ......................................... 22
FIGURA 05 - Profissionalizando o recrutamento.................................................. 24
FIGURA 06 - Impacto da política de Upgrades ........................................................ 26
FIGURA 07 - Simulação dos custos de implantação ........................................ 30
FIGURA 08 - Destino dos investimentos.............................................................. 31
FIGURA 09 - Impacto dos gastos ......................................................................... 31
 LISTA DE TABELAS

TABELA 01 - Análise dos principais pontos fortes e departamentos

beneficiados .............................................................................................................. 9
TABELA 02 - Análise dos principais pontos fracos e áreas afetadas ............ 10
TABELA 03 - Características de infraestrutura da Locaweb ........................... 13
TABELA 04 - Simulação de valores para locação - Cloud Server Pro ........... 14
TABELA 05 - Categorias de Cloud Computing ................................................... 17
TABELA 06 - Plataformas disponíveis na Locaweb .......................................... 17
TABELA 07 - Impacto salarial por tempo dedicado aos 7 passos ................. 29
 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BRIEFING - Conjunto de informações básicas, instruções, diretrizes

DATA CENTER - Centro de Processamento de Dados. Local onde se concentram os
equipamentos de processamento e armazenamento de dados
HOSTING - Serviço de hospedagem de serviços acessados remotamente
HOTSWAP - Capacidade de retirar ou substituir componentes de uma máquina com
ela ligada
IDC - do inglês International Data Corporation. Empresa líder em inteligência de
mercado, consultoria e conferências nos segmentos de Tecnologia da
Informação e Telecomunicações
ISO 9000 - grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão da
qualidade para organizações em geral. ISO vem de International
Organization for Standardization - Organização Internacional para
Normatização
KVM - Chave KVM ("Keyboard, Video, Mouse"). Adaptador que permite ligar dois ou
mais computadores ao mesmo teclado, mouse e monitor.
OPEX - Sigla da expressão inglesa Operational Expenditure (em português,
Despesas Operacionais)
RH - Recursos Humanos
SGBD - Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados
TI - Tecnologia da Informação
XEN - Software livre de virtualização
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 8

2 DO PROBLEMA À SOLUÇÃO ............................................................... 9

2.1 Sete Passos para a Excelência ......................................................... 11
2.2 O problema tecnológico..................................................................... 13

3 CAPITAL HUMANO ............................................................................. 18

3.1 O Plano Estratégico é feito por pessoas............................................ 19
3.2 Recompensando o esforço................................................................ 20
3.3 Auditando pessoas............................................................................ 22
3.4 Terceirizando a seleção .................................................................... 23

4 UMA NOVA ÉTICA .............................................................................. 25

4.1 Responsabilidade Socioambiental..................................................... 27
4.2 Gestão de Imagem e Legado............................................................. 28

5 O CUSTO DA OUSADIA ...................................................................... 29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 32

REFERÊNCIAS ........................................................................................ 34

ANEXO .................................................................................................... 35
 8

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho, resultado da parceria da Consulting com a Software Developer,

busca jogar luz no cenário detectado na empresa cliente, buscando transformar os
pontos fracos detectados, em inúmeras oportunidades de crescimento a caminho da
excelência.

Que fique bem claro que a meta aqui não será oferecer soluções para
problemas pontuais, mas sim elevar o nível da empresa a padrões internacionais
deixando um legado positivo para todos que se envolverem no processo.

Para tal será apresentada, no capítulo 1, a rota a ser percorrida do estágio

atual da empresa até a excelência. Soluções intermediárias serão dadas para sanar
os principais gargalos encontrados na empresa, sem perder de vista o cenário ideal
de qualidade a ser atingido para consolidar a excelência.

A peça chave do modelo apresentado será o capital humano que, na visão da

Consulting, terá que se adequar a nova realidade sugerida antes que esta se
materialize. As soluções para dinamizar e envolver este capital humano serão
detalhadas no capítulo 2.

Finalmente a empresa se enquadra na sociedade como modelo de excelência

e referência. Propostas para este fim serão dadas no capítulo 3 incluindo uma
solução completa de captação. Aqui objetiva-se tratar da nova imagem institucional
da Software Developer.

O analise dos custos encerra este compêndio incluindo a destinação de cada

investimento. Tema do capítulo 4.

Boa leitura.
 9

2 DO PROBLEMA À SOLUÇÃO

Não adianta a empresa ter um excelente corpo funcional ou até mesmo a

mais sofisticada tecnologia se não levar bem a sério o dito popular “o olho do dono é
que engorda o porco”. Na Software Developer isso é fato consumado.

De toda análise feita, cada estudo realizado ficou nítido e claro, a todo o
momento, o quanto a alta direção está distante da base da empresa. Do relatório do
DBA que não chega às mãos do dono, até o gestor de TI que faz aquisições sem um
planejamento vinculado à estratégia da empresa.

Aliás, fica a pergunta: A Software Developer tem uma estratégia? A

Consulting já sabe a resposta. A Software Developer também.

Para não consumir o precioso tempo do leitor que nos dá atenção há de se ir

direto ao assunto. Uma consultoria visa alinhar os pontos fracos da organização à sua
estratégia. Se não há estratégia não há plano de negócios, plano estratégico, nada disso.
E se a Software Developer ainda não achou sua estratégia ela deve seguir o
caminho natural para criá-la.

Qual o caminho? O de qualquer plano de negócios. Detectar os pontos fortes

e fracos que poderão sacudir a empresa a curto e médio prazo. Foi o que a
Consulting fez. Observe:

TABELA 01 - Análise dos principais pontos fortes e departamentos

beneficiados
Administrativo
Compras
Desenvolvimento
Diretoria
PONTOS Financeiro / Contábil
FORTES Marketing
Recursos Humanos
Suporte Técnico
Vendas
Gerência equipada com tecnologia de ponta. x x x x x x x x x
Softwares especialistas para área bancária. Pouca concorrência. x x
Equipe técnica altamente capacitada. x x
Empresa localizada em São Paulo. Próxima às grandes feiras do setor. x x x x
Empresa já conhecida no mercado. x x
Busca de ajuda especializada para solução de seus problemas x x x x x x x x x
 10

TABELA 02 - Análise dos principais pontos fracos e áreas afetadas

Código de Ética Empresarial
Código de Ética Profissional
Comunicação
Desempenho
Direito Civil
PONTOS Direito Constitucional
FRACOS Direito do Trabalho
Higiene
Imagem da Empresa
Segurança do Trabalho
Segurança dos Dados
Servidor de Banco de Dados necessitando troca ou upgrade. x x x
Falta de orçamento imediato para montar um ambiente de teste em UNIX. x x
Sem ambiente de testes não se aperfeiçoa a base de dados nem a produção. x x
Comunicação de alguns funcionários não chega aos níveis superiores. x x x
Bloqueado nos níveis intermediários por motivos pessoais. x x x x
Falta de uma política de comunicação. Dando margem a boatos e intrigas. x x x x x x x
A empresa não recicla o lixo por não se preocupar com sua própria imagem institucional. x x x
O OPEX estimula este comportamento. Não há alinhamento nenhum com a questão social. x x x
Estimulo salarial por políticas trabalhistas ilegais (férias não tiradas).
x x x x x
Mostra o caráter da empresa para o próprio funcionário.
Política de contratação tendenciosa baseada em interesses particulares.
x x x x x
Joga contra a empresa.
Falta de ética com a clientela. Utilização de código particular para múltiplos clientes. x x x
Tabela de preços não é padronizada. x x x
Falta de um planejamento global para a Empresa. x x x x x x x x x

Já foi reportado que o objetivo a ser alcançado é a excelência, que a

Consulting traduz numa só palavra: ISO 9000.

Isso mesmo. Ao perseguir a certificação ISO 9000 a empresa cria um choque

de gestão que, não só dilui qualquer melindre de natureza pessoal, como dá o tão
esperado salto de qualidade que a empresa precisa para se “internacionalizar”. Esta
é a estratégia ideal para levar a Software Developer do estágio atual até a
excelência. Em linhas gerais uma certificação ISO 9000 exige:

• Padronização de todos os processos-chave da organização, isso irá afetar os

produtos e também os cliente;
• Monitoramento e medição desses processos para assegurar a qualidade dos
produtos/serviços. Para isso se usam indicadores de desempenho;
• A criação e manutenção de registros adequados que possam rastrear com
eficácia cada processo;
• Inspeção de qualidade acompanhada de ações corretivas quando necessário; e
• Revisão sistemática dos processos para garantir sua eficácia.
 11

2.1 Sete Passos para a Excelência

Baseado no cenário atual da empresa, a Consulting elaborou 7 sugestões

para se atingir a certificação ISO 9000 e eliminar os pontos fracos apresentados.
Estes passos não são opcionais, devendo, portanto, ser implantados ao mesmo
tempo, pois são interdependentes.

Os passos serão detalhados durante o trabalho seguindo quatro áreas

específicas: Tecnologia, Capital Humano, Capital Moral e Gestão Financeira.

FIGURA 01 - 7 passos para a excelência

1
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

Como • Eliminar • Elaborar um Pré-

dinamizar a definitivamente a falta de diagnóstico da situação atual da
empresa estratégia empresa
criando • Alinhar a ação • Elaborar os Cenários de
condições para dos envolvidos com as Competitividade que a empresa se
que ela atinja metas da empresa propõe a atingir
Criação do padrões
internacionais • Planejar o • Mobilizar e sensibilizar os
Plano Estratégico da crescimento atores envolvidos
•
Software Developer Criar a prática
de acompanhamento • Elaborar os indicadores
permanente de acompanhamento de cada ação
planejada

• Elaborar um Plano de
Carreira para os funcionários da
empresa

2
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

•
Como estimular
o capital
Criar um
estímulo real para os • Estudar Planos de
humano a funcionários vestirem a Participação bem sucedidos na
atingir as metas camisa área de TI
propostas no • Fidelizar o • Simular junto ao
Plano funcionário à empresa departamento financeiro e contábil
Montar um Plano Estratégico estimulando seu o impacto que o mesmo teria
crescimento profissional •
de Participação • Substituir
Montar comissão
integrada por representante
nos Lucros para práticas trabalhistas sindical
ilegais por um programa • Vincular a participação
os funcionários consistente de ganhos nos lucros ao cronograma
financeiro anual da empresa

3
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

Como atingir, • Padronização • Elaborar a padronização

monitorar e completa da empresa dos processos
corrigir os • Induzir o capital • Elaborar os indicadores
novos cenários humano da própria de desempenho
propostos pelo empresa a criar as novas
Plano • Elaborar as ações
regras corretivas
Montar equipe Estratégico da
• Aumentar a
empresa • Elaborar os registros que
multidisciplinar sinergia da equipe de
trabalho
serão adotados
que irá elaborar a
nova padronização
 12

FIGURA 01 - 7 passos para a excelência - continuação

4
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

•
Como garantir
a mais alta
Elevar o nível
de qualidade vinculado • Elaborar programa de
qualidade dos aos processos treinamento específico para
processos de auditores enfocando cada área da
• Vincular a
forma empresa
responsabilidade dos
duradoura processos ao capital • Elaborar sistema de
Preparar o capital humano pontuação que será usado no
Plano de Participação nos Lucros
humano para ser • Disciplinar o
comportamento • Implementar um
Auditado como profissional dentro da programa de simulações periódico
empresa
exige a certificação

5
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

•
Como eliminar
o empirismo • Acabar com
Criar os novos
parâmetros que serão adotados na
nos processos seleções e promoções seleção
de seleção tendenciosas
• Montar equipe
• Aumentar a multidisciplinar para auditar o
qualidade do profissional resultado das seleções
Terceirizar e auditar contratado diminuindo o
• Selecionar a empresa
custo de treinamento
os processos de • Estimular o
parceira que fará as seleções (que
cumpra os indicadores de
seleção profissional funcionário de carreira ao qualidade exigidos pela ISO 9000)
estudo permanente

6
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

Como dar início • Equacionar o • Escolha da empresa

ao processo de problema da falta de um prestadora de serviços
certificação servidor para testes que • Homologação do contrato
num cenário de seja compatível com o da
orçamento produção • Configuração do servidor
reduzido de testes
Equacionar a falta de • Permitir que • Adequação para acesso
toda a equipe faça remoto
recursos alugando simulações em ambiente
provisoriamente remoto

alguns serviços • Substituir a

necessidade de
tecnológicos endividamento por um
custo mensal menor
• Ter uma
solução temporária que
não apresente custos de
rescisão contratual

7
PRINCÍPIO OBJETIVOS ETAPAS

Como levantar • Resolver os • Pesquisar junto a

recursos para problemas de clientela a demanda por melhorias
financiar todo o modelagem de cada • Criar plano de vantagens
processo software para os clientes que participarem
• Agregar novos (como módulos exclusivos)
recursos aumentando a • Elaborar campanha de
Lançar uma competitividade divulgação
campanha de • Puxar os • Reformular Help Desk da
Upgrades de clientes em carteira para empresa para atender aos novos
o processo oferecendo padrões
todos os produtos grandes vantagens
já desenvolvidos • Aproveitar o
impacto da campanha
para captar novos
clientes
• Permitir a
revisão da política de
preços de produtos e
serviços
• Testar os
novos indicadores
criados para ISO 9000
 13

2.2 O problema tecnológico

O passo 6 da figura 01 foi a solução encontrada para os seguintes problemas

da área tecnológica:

• Servidor de Banco de Dados necessitando troca ou upgrade;

• Falta de orçamento imediato para montar um ambiente de teste em UNIX;
• Sem ambiente de testes não se aperfeiçoa a base de dados nem a produção;
• Comunicação do DBA não chega aos níveis superiores.

Há de se lembrar que a troca ou upgrade do servidor só poderá ocorrer em 2011

em função do orçamento de 2010 já ter sido aplicado. A locação do servidor, além de
impactar menos do que a compra, pode ser feito de imediato a um custo menor. No
servidor locado finalmente poderá ser montado o ambiente de teste em UNIX sem afetar
o ambiente de produção.

A Consulting levantou o orçamento de locação junto a Locaweb em função da

mesma ser líder em hosting no Brasil e na América Latina em 2009, segundo a IDC.
Também foi levado em conta os dados apresentados na Tabela 03. A Locaweb
trabalha com contratos padronizados de 18 meses, mas está aberta a negociações. A
necessidade da Software Developer vai de 4 a 5 meses, mais precisamente até o
próximo período orçamentário.

TABELA 03 - Características de infraestrutura da Locaweb

ÁREA SERVIÇO
Gerenciamento realizado pelo cliente - Gestão Personalizada
2 Data Centers próprios no Brasil, projetados para atender a rigorosos padrões
Empresa internacionais.
Profissionais certificados em ITIL, SAP, Oracle, Linux, Windows e outras
especializações.
Dual Bus: Fornecimento ininterrupto de energia, com duas entradas independentes,
além da estrutura predial
Infraestrutura No Breaks Redundantes da APC®: Equipamentos de modularidade HotSwap e
Energia gerenciáveis no fornecimento de energia
Múltiplos Geradores de 440KVAs: redundantes, operando conforme demanda dos Data
Centers
Infraestrutura moderna com conexão ininterrupta à Internet
Infraestrutura Links de 40 Gbps e redundância com diversas operadoras de telecomunicações e
Conectividade crescimento contínuo.
Ponto de Troca de Tráfego (PTT) homologado pelo CGI.Br (Comitê Gestor da Internet
no Brasil)
Dados fornecidos pela própria Locaweb.
 14

TABELA 03 - Características de infraestrutura da Locaweb - continuação

ÁREA
Segurança e Monitoramento
Controle Operacional
Segurança e Monitoramento
Segurança Física
Segurança e Monitoramento
Segurança Lógica
Segurança e Monitoramento
Prevenção e extinção de incêndio
Sistema de climatização
Dados fornecidos pela própria Locaweb.
SERVIÇO
Equipe técnica qualificada para gerenciar e monitorar hardware, software e rede 24x7
Diagnóstico e manutenção preventiva de ocorrências técnicas
Intervenções remotas nos servidores, agilizadas por software de gerenciamento via
rede
Monitoramento dos processos agendados de backup
Entrada, circulação e manipulação de equipamentos monitorados por câmeras e
acompanhados pela equipe de segurança
Níveis de acesso diferenciados, controlados por leitores biométricos
Sistema integrado de alarme, monitorado por computador
Realização de tarefas técnicas em ambientes externos à área de localização dos
servidores (sala de KVM e bancada para manutenção)
Sistemas de IPS (Intrusion Prevention System), que identificam e bloqueiam tentativas
de intrusão aos servidores
Firewalls redundantes
Soluções de backup ativo e passivo, de acordo com o nível de gerenciamento escolhido
pelo cliente
Servidores Dedicados operando com RAID (espelhamento)
Sistema inteligente de detecção de fumaça e calor, com rastreamento a laser e
monitoramento iônico do ar
Detecção precoce de fumaça pelo equipamento HSSD, que capta e examina o ar
ambiente
Extinção de incêndio com o gás FM200, que não danifica os equipamentos, não agride
a camada de ozônio e não causa intoxicação
Sistema de refrigeração/climatização ideal para locais com alta densidade de carga
térmica, composto por equipamentos ecologicamente corretos
Equipamentos de climatização de precisão, que controlam umidade e temperatura que
proporcionam condições ideais de HVAC (Heating, Ventilating & Air Conditioning)
Temperatura de 21ºC, com variação máxima de 2ºC, controlada por sensores iônicos

A partir do orçamento foram elaboradas diversas simulações de preços com

tamanhos de HD adicionais variando de 50GB até 1TB e com taxas de transferência
de dados também adicionais variando de 175GB até 500GB. A solução sugerida é
baseada em Cloud Computing pelos motivos apresentados ao final do orçamento.

Fica a disposição da área técnica para analise e crítica, não impedindo que
mais informações sejam solicitadas junto à empresa. Pede-se atenção especial para
os valores em vermelho, pois serão usados para uma rápida simulação matemática.
A tabela 04 contempla o citado.

TABELA 04 - Simulação de valores para locação - Cloud Server Pro

Cloud Server com 2vCPUs - Serviços citados agregados
1 GB
Transferência Mensal (GB) - R$ 25,00/mês a cada 25 GB adicionais
RAM
175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
R$ 10,00/mês a cada 10 GB adicionaisDisco (GB)

50 199,00 224,00 249,00 274,00 299,00 324,00 349,00 374,00 399,00 424,00 449,00 474,00 499,00 524,00

70 219,00 244,00 269,00 294,00 319,00 344,00 369,00 394,00 419,00 444,00 469,0 494,00 519,00 544,00

100 249,00 274,00 299,00 324,00 349,00 374,00 399,00 424,00 449,00 474,00 499,00 524,00 549,00 574,00

150 299,00 324,00 349,00 374,00 399,00 424,00 449,00 474,00 499,00 524,00 549,00 574,00 599,00 624,00

200 349,00 374,00 399,00 424,00 449,00 474,00 499,00 524,00 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00

300 449,00 474,00 499,00 524,00 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00 699,00 724,00 749,00 774,00

400 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00 699,00 724,00 749,00 774,00 799,00 824,00 849,00 874,00

500 649,00 674,00 699,00 724,00 749,00 774,00 799,00 824,00 849,00 874,00 899,0 924,00 949,00 974,00

750 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00

1000 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00
 15

TABELA 04 - Simulação de valores para locação - Cloud Server Pro -

continuação
Cloud Server com 2vCPUs - Serviços citados agregados
2 GB
Transferência Mensal (GB) - R$ 25,00/mês a cada 25 GB adicionais
RAM
175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
R$ 10,00/mês a cada 10 GB adicionaisDisco (GB)

50 349,00 374,00 399,00 424,00 449,00 474,00 499,00 524,00 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00

70 369,00 394,00 419,00 444,00 469,00 494,00 519,00 544,00 569,00 594,00 619,0 644,00 669,00 694,00

100 399,00 424,00 449,00 474,00 499,00 524,0 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00 699,00 724,00

150 449,00 474,00 499,00 524,00 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00 699,00 724,00 749,00 774,00

200 499,00 524,00 549,00 574,00 599,00 624,00 649,00 674,00 699,00 724,00 749,00 774,00 799,00 824,00

300 599,00 624,00 649,00 674,00 699,00 724,00 749,00 774,00 799,00 824,00 849,00 874,00 899,00 924,00

400 699,00 724,00 749,00 774,00 799,00 824,00 849,00 874,00 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00

500 799,00 824,00 849,00 874,00 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00

750 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00

1000 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00 1.499,00 1.524,00 1.549,00 1.574,00 1.599,00 1.624,00

Cloud Server com 2vCPUs - Serviços citados agregados

4 GB
Transferência Mensal (GB) - R$ 25,00/mês a cada 25 GB adicionais
RAM
175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
R$ 10,00/mês a cada 10 GB adicionaisDisco (GB)

50 699,00 724,00 749,00 774,00 799,00 824,00 849,00 874,00 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00

70 719,00 744,00 769,00 794,00 819,00 844,00 869,00 894,00 919,00 944,00 969,0 994,00 1.019,00 1.044,00

100 749,00 774,00 799,00 824,00 849,00 874,0 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00

150 799,00 824,00 849,00 874,00 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00

200 849,00 874,00 899,00 924,00 949,00 974,00 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00

300 949,00 974,00 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00

400 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00

500 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00

750 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00 1.499,00 1.524,00 1.549,00 1.574,00 1.599,00 1.624,00 1.649,00 1.674,00 1.699,00 1.724,00

1000 1.649,00 1.674,00 1.699,00 1.724,00 1.749,00 1.774,00 1.799,00 1.824,00 1.849,00 1.874,00 1.899,00 1.924,00 1.949,00 1.974,00

Cloud Server com 4vCPUs - Serviços citados agregados

6 GB
Transferência Mensal (GB) - R$ 25,00/mês a cada 25 GB adicionais
RAM
175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
R$ 10,00/mês a cada 10 GB adicionaisDisco (GB)

50 999,00 1.024,00 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00

70 1.019,00 1.044,00 1.069,00 1.094,00 1.119,00 1.144,00 1.169,00 1.194,00 1.219,00 1.244,00 1.269,0 1.294,00 1.319,00 1.344,00

100 1.049,00 1.074,00 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00

150 1.099,00 1.124,00 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00

200 1.149,00 1.174,00 1.199,00 1.224,00 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00

300 1.249,00 1.274,00 1.299,00 1.324,00 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00 1.499,00 1.524,00 1.549,00 1.574,00

400 1.349,00 1.374,00 1.399,00 1.424,00 1.449,00 1.474,00 1.499,00 1.524,00 1.549,00 1.574,00 1.599,00 1.624,00 1.649,00 1.674,00

500 1.449,00 1.474,00 1.499,00 1.524,00 1.549,00 1.574,00 1.599,00 1.624,00 1.649,00 1.674,00 1.699,00 1.724,00 1.749,00 1.774,00

750 1.699,00 1.724,00 1.749,00 1.774,00 1.799,00 1.824,00 1.849,00 1.874,00 1.899,00 1.924,00 1.949,00 1.974,00 1.999,00 2.024,00

1000 1.949,00 1.974,00 1.999,00 2.024,00 2.049,00 2.074,00 2.099,00 2.124,00 2.149,00 2.174,00 2.199,00 2.224,00 2.249,00 2.274,00

CLOUD SERVER (Informações da Locaweb):

O Cloud Computing é formado por uma nuvem de capacidade computacional e armazenamento de dados que evita a dependência de um único recurso
físico e, ao mesmo tempo, proporciona escalabilidade para crescer e processamento garantido e isolado para cada cliente. O Cloud Server Pro é uma
solução de Cloud Computing, baseada no sistema Xen, que permite a virtualização dos servidores com alta performance e aloca os recursos
individualmente para cada cliente de forma altamente segura.
Segurança: Os dados são armazenados isoladamente para cada cliente, com total autonomia de gerenciamento remoto através do Painel de Controle
online e Firewall pré-configurado e customizável.
Disponibilidade: Sistema autogerenciado, com prevenção de falhas e realocação automática do servidor entre os componentes da nuvem. SLA de 99,9% de
hardware.
Elasticidade: A nuvem de recursos garante o crescimento contínuo com escalabilidade e disponibilidade na medida certa para seus negócios.
Desempenho: Toda capacidade dos processamentos contratados, disco e memória, serão de uso exclusivo e estarão disponíveis a qualquer momento.
Redução de custos: Ao optar pelo Cloud Computing, evita-se o superdimensionamento de recursos físicos, pagando apenas pelo que usar e eliminando a
necessidade de investir em infraestrutura própria.
Agilidade: Autonomia no gerenciamento de seus recursos contratados, adicionando-os sob demanda, sem a necessidade de reinstalar as aplicações. As
alterações entrarão no ar apenas reiniciando o servidor (reboot).
Preservação do meio ambiente: A computação em nuvem reduz o consumo de energia do Data Center, por economizar energia e gastos com refrigeração

e espaço físico. Com isso, é possível otimizar os modelos de negócios, além de contribuir significativamente para a preservação do meio ambiente.
CUSTOS ADICIONAIS:
Licenças:
• SQL Server 2005 Express: grátis
• SQL Server 2005 Workgroup: R$ 190,00/mês
• SQL Server 2005 Standard: R$ 780,00/mês
16
Sistemas Operacionais:
• Ubuntu Server 10.04 LTS - 32 ou 64 bits: grátis
• Linux CentOS 5.5 - 32 ou 64 bits: grátis
• Linux Debian 5.0 - 32 ou 64 bits: grátis
• Windows Server 2008 R2 Datacenter Edition - 64
bits: R$ 35,00/mês
• Windows 2003 Server Datacenter Edition - 64 bits:
R$ 35,00/mês
• Plesk 9.5 em Linux Debian 5.0 - 64 bits: R$
90,00/mês
 16

Aqui cabe um pouco de matemática aplicada. O objetivo é chegar a uma

fórmula para cálculo do valor tendo como coeficiente linear o valor inicial de cada
plano. Sabe-se que a cada 10 GB de acréscimo no tamanho do disco rígido deve-se
aumentar R$ 10,00 na fatura, portanto: 1 Gb de acréscimo em disco = R$ 1,00.

Ao considerar “x” como o tamanho total do disco rígido (na fórmula deve-se
descontar os 50 GB que já vem no plano) é fácil observar que o coeficiente angular
“m” será igual a 1. O mesmo acontece com a transferência mensal de dados. Para
cada 25 GB contratados a mais, o aumento na fatura será de R$ 25,00 ou 1 GB
transferido = R$ 1,00. Aqui “y” representa a transferência mensal total que será
contratada (na fórmula também tem que descontar os 175 GB que já vem no plano) e
seu coeficiente angular “n” também será igual a 1.

O coeficiente linear “a” será o valor inicial de cada plano. A fórmula toma o
seguinte formato: C = m.(x-50) + n.(y-175) + a, sendo C o custo da locação.

Aplicando a fórmula para o primeiro valor em vermelho (na tabela com 1 GB

de RAM), temos: coeficientes angulares m = n = 1; tamanho total do disco
contratado x = 150 GB; valor total da transferência contratada y = 250 GB; valor
inicial do plano a = R$ 199,00. Chega-se ao custo C de R$ 374,00. Observe:

C = m.(x-50) + n.(y-175) + a
C = 1.(150-50) + 1.(250-175) + 199,00 = 100 + 75 + 199,00 = 374,00

Aplicando para o segundo valor em vermelho (agora com 2 GB de RAM), fica:

C = 1.(100-50) + 1.(225-175) + 349,00 = 50 + 50 + 349,00 = 449,00

Para o terceiro valor em vermelho (com 4 GB de RAM), temos:

C = 1.(70-50) + 1.(200-175) + 699,00 = 20 + 25 + 699,00 = 744,00

Finalizando para o quarto valor em vermelho (6 GB de RAM), temos:

C = 1.(50-50) + 1.(175-175) + 999,00 = 0 + 0 + 999,00 = 999,00
 17

Não pode ficar sem comentário a relação que existe entre Cloud Computing,
Banco de Dados e o futuro. Para melhor entender observe as 11 categorias de cloud
computing da Tabela 05:

TABELA 05 - Categorias de Cloud Computing

CATEGORIA DESCRIÇÃO
Armazenamento como serviço Capacidade de utilizar o armazenamento físico em um site remoto.

Capacidade de utilizar os serviços de um banco de dados hospedado remotamente,

compartilhando-o com outros usuários. Funcionaria logicamente como se o banco de
Banco de dados como serviço dados fosse local. Diversos fornecedores oferecem diferentes modelos, mas sua força
está em explorar a tecnologia de banco de dados cujo custo pode chegar a milhares de
dólares em hardware e licenças de software.

Plataforma completa, incluindo desenvolvimento de aplicativos, de interfaces e de banco

Plataforma como serviço de dados, armazenamento, teste e assim por diante, disponíveis para assinantes em
uma plataforma hospedada remotamente.

Capacidade de testar sistemas locais ou fornecidos em nuvem empregando software e

Teste como serviço
serviços de teste hospedados remotamente.

Capacidade de consumir qualquer tipo de informação, hospedada remotamente, por

Informação como serviço
meio de uma interface bem definida.

Processo como serviço Recurso remoto que pode reunir muitos outros, tais como serviços e dados.

Aplicativo como serviço Qualquer aplicativo oferecido sobre a plataforma web para um usuário final, geralmente
(ou software como serviço) usando o navegador.

Capacidade de fornecer uma pilha de integração completa, incluindo interface com

Integração como serviço
aplicativos, mediação semântica, controle de fluxos, design de integração, etc.

Segurança como serviço Capacidade de fornecer serviços de segurança essenciais remotamente via internet.

Gestão/governança como serviço Gerenciamento de tempo de atividade, topologia, utilização de recursos e virtualização.

Em essência, você aluga um servidor físico, que pode usar como lhe convier. Para fins
Infraestrutura como serviço
práticos, ele é o seu data center ou, pelo menos, parte de um data center.

As quatro primeiras categorias estão diretamente ligadas as necessidades da

Software Developer. Temas fundamentais na administração de banco de dados
como recuperação, replicação de dados e simulação de desempenho são de fácil
solução com a utilização de Cloud Computing. As principais ferramentas de
SGBD também já rodam neste ambiente, conforme apresentado na tabela
06. Mais soluções para a área técnica serão apresentadas nas demais
unidades.

TABELA 06 - Plataformas disponíveis na Locaweb

SISTEMA OPERACIONAL Windows Server 2003 Linux CentOS
Ideal para quem utiliza linguagens open
Ideal para quem utiliza linguagens
INDICAÇÃO source como PHP, Ruby on Rails ™,
Microsoft como ASP, ASP.NET, etc.
Python, etc.
MySQL 5.x, SQL Server,
BANCO DE DADOS MySQL 5.x, SQL Server
PostegreSQL 8.3
LINGUAGENS PHP 5 PHP 4 e 5
SUPORTADAS ASP Ruby (Ruby on Rails ™, Merb e outros
ASP.NET 2.0 e 3.5 frameworks)
AJAX.NET Perl/CGI
 18

Perl/CGI WML/WAP
FrontPage 2000/2002 (XP)
 18

3 CAPITAL HUMANO

É aqui que começa a realização do sonho. Todos os sete passos que

sugerimos para se atingir a excelência dependem do capital humano. Se for bem
treinado e estimulado logrará sucesso, caso contrário será fonte de constantes
aborrecimentos.

A proposta é envolver completamente a equipe na elaboração do plano

estratégico, vinculando neste um plano de carreira e um plano de participação nos
lucros da empresa. Desta forma cria-se um ambiente para transformar envolvimento
em comprometimento.

Completa-se o ciclo com a terceirização do processo de seleção visando uma

maior profissionalização na escolha. Isso estimula o funcionário de carreira a
também se profissionalizar melhorando a qualificação geral da equipe. Quem mais
ganha com tudo isso é a própria empresa.

Para que os novos processos tenham a máxima qualidade treina-se o capital

humano para ser auditado constantemente. Com isto estarão preparados para a
evolução continuada e para serem auditados externamente.

Os sub-títulos irão detalhar o que foi citado.

 19

3.1 O Plano Estratégico é feito por pessoas

Quando se fala de Plano Estratégico todas as suas etapas envolvem o capital

humano. Começa com o Pré-diagnóstico que levantará em detalhes a situação da
empresa. Sugere-se um workshop num final de semana ou em duas sextas-feiras
seguidas. Os dados levantados darão a base para a presidência, junto com a gerência,
elaborar os cenários competitivos.

Na seqüência todo o capital humano tem que estar envolvido para elaborar as
ações e seus respectivos indicadores. São essas ações que transformarão o sonho em
realidade.

A figura 02 ilustra, em detalhes, as etapas do Plano Estratégico. Há de se lembrar

que a Consulting é especializada na implantação de planejamentos estratégicos, estando
pronta para auxiliar a Software Developer neste desafio. Fica a pergunta, o que os
funcionários ganharão com este envolvimento?

Veja no próximo subtítulo.

FIGURA 02 - Etapas do plano estratégico

 20

3.2 Recompensando o esforço

Duas atitudes mostram claramente o que uma empresa pensa com relação ao
seu capital humano. Ter um plano de carreira sério e comprometido com o crescimento
de seus funcionários e ter a coragem de participar os lucros. As duas atitudes são o
caminho natural da Software Developer.

O plano de carreira é de tal importância para o crescimento do funcionário e da

empresa que o mesmo é item obrigatório no Plano Estratégico. Deve ser levado em
conta não só uma política de ganhos, mas, principalmente, uma política de treinamento
permanente. A excelência também deve ser perseguida pelo funcionário no seu
crescimento pessoal, cabendo a empresa induzi-lo. O roteiro da figura 03 esclarece os
pontos-chaves que devem ser observados na elaboração de um plano de carreira
coerente. Observe:

FIGURA 03 - Pontos-chaves para um plano de carreira

1 DESCOBRIR O QUE O FUNCIONÁRIO GOSTA E O QUE NÃO GOSTA

Ex.: Não adianta alocá-lo em programação se ele gosta de infra-estrutura.

2 TRANSFERIR O FUNCIONÁRIO PARA A ÁREA DE ATUAÇÃO IDEAL

Ex.: Na área de infra-estrutura ele pode fazer carreira em administração ou projeto de redes.
O que seria melhor para o funcionário e para a empresa?

3 PENSAR O TIPO DE FORMAÇÃO

É melhor uma graduação, caso ele não tenha, ou uma certificação profissional?
O custo da formação deve ser dividido entre a empresa, a principal beneficiária, e o
funcionário para que ele dê o devido valor ao investimento. Equilibra o comprometimento de
ambas as partes.

4 CURSOS DE COMPLEMENTAÇÃO
Para mantê-lo atualizado e especializado.
Os cursos devem estar encadeados com os projetos da empresa.

5 PROGRAMA DE GANHOS GRADATIVOS

Considerando o tempo de empresa do funcionário e o desempenho nos projetos.

6 CRIAR UM MANUAL DE CARGOS, COMPETÊNCIAS E NORMAS DE REMUNERAÇÃO

Onde estará sinalizada a descrição atualizada de cada cargo, que competências serão
exigidas para ocupá-los, procedimentos a serem seguidos na remuneração e valores
norteadores do mesmo.

7 CRIAR UM MANUAL DE CARREIRAS E PROMOÇÕES

Esclarecendo os planos de progressão profissional e procedimentos a serem cumpridos nas
situações de promoção.
 21

Quanto a participação nos lucros o tema se constitui um instrumento moderno de

estimulo funcional independente das polêmicas que costuma causar. Regulamentada
pela lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000 (podendo ser consultada no
Anexo A) a lei prevê que o benefício será objeto de negociação entre
empresa e empregados, através de uma comissão escolhida por ambas as
partes. Também é prevista a participação do sindicato da categoria.

Nessa negociação, as partes irão definir os critérios para aferição do

benefício, periodicidade de pagamento e principalmente se o pagamento
será feito com base em índices de produtividade, qualidade ou lucratividade
da empresa ou com base em metas e resultados.

Quanto à periodicidade, a lei veda o pagamento em períodos menores que seis

meses ou em mais do que duas vezes num ano. Na Software Developer o choque de
gestão produzido pelo Plano Estratégico e pela ISO 9000 muda o estágio do funcionário
de envolvimento para comprometimento total. A participação nos resultados é a
contrapartida ética que a empresa deve dar para equilibrar este novo cenário.

Enquadrado como justiça distributiva, tanto o plano de carreira quanto a

participação nos lucros premiam o funcionário segundo seus méritos e habilidades
conquistados pelo próprio esforço. Põe uma pá de cal nos pontos fracos abaixo:

• Comunicação de alguns funcionários não chega aos níveis superiores;

• Bloqueado nos níveis intermediários por motivos pessoais;
• Falta de uma política de comunicação dando margem a boatos e intrigas;
• Estímulo salarial por políticas trabalhistas ilegais.

O estímulo salarial passa a vir do plano de carreira e da participação dos lucros

substituindo políticas trabalhistas equivocadas. Problemas de comunicação também são
eliminados, pois todos os processos são redesenhados pelo plano estratégico e cada
funcionário passa a perseguir seus indicadores e metas visando sua própria progressão
funcional, tema do próximo subtítulo.
 22

3.3 Auditando pessoas

Não é fácil ser auditado, isso é fato constatado. É preciso um tempo para que
novos hábitos sejam incorporados nas rotinas diárias substituindo vícios do passado. Daí
a importância de um sistema de indicadores e pontuação para que o próprio funcionário
se auditore. Uma vez que o hábito se incorpore, aí sim ele estará pronto para ser
auditado por terceiros como a ISO 9000 exige. O padrão convencionalmente adotado
para auditoria interna é tema da Figura 04 apresentada a seguir.

FIGURA 04 - Como implantar uma auditoria interna

1 Auditoria Interna é formada por um quadro de funcionários que terão como função avaliar
se os processos auditados estão seguindo os procedimentos estabelecidos pela norma
ISO.

2 Cada funcionário deve avaliar um setor independente do que ele atua, ou seja nunca
deverá auditar seu próprio setor, a fim de tornar transparente este processo.

3 Todos os envolvidos deverão ser avisados antecipadamente sobre a data da auditoria e o

foco da mesma.

4 Deverá existir um funcionário, denominado auditor líder, sendo este representante da

direção nos assuntos de qualidade. O mesmo deverá realizar a reunião inicial e definir a
participação de cada auditor além de realizar o acompanhamento e elaboração das
avaliações sobre os resultados.

5 Ao ser realizada a auditoria deverá ser considerado NÃO CONFORMIDADE critérios que
não atendam as especificações do produto e ou serviço, e ou não atendam os
procedimentos internos da empresa, baseados na NORMA ISO.

6 Todas as não conformidades devem ser registradas em documento padronizado, porém

devem ser avaliadas junto ao setor ou responsável, verificando realmente a procedência.

7 Após concluída esta etapa deve ser dado uma data para AÇÃO CORRETIVA e após esta
data, verificar se o que foi definido como ação corretiva foi eficaz e se realmente foi
implantado, após esta conclusão se fecha a não conformidade, lembrando sempre que o
fato dela não ter sido detectada, que significa que ela não exista.

8 As auditorias internas devem acontecer em datas especificas, não ultrapassando 6

meses, dependendo do tamanho da empresa e da sua real necessidade.

9 Deve-se criar um calendário anual, e o mesmo deve seguir a risca os fundamentos dos
procedimentos internos e ter como base o atendimento a NORMA ISO 9001.

10 Auditorias internas são a base para o desenvolvimento da melhoria continua da

qualidade. O ideal é que cada auditor seja treinado em curso específico de auditoria
interna e tenha conhecimentos básicos nos processos em que irá atuar.

A Consulting também sugere a implantação de um programa periódico de

simulações (em torno de duas vezes por ano), onde os indicadores são medidos em
situações limite. Tal prática ajuda a aflorar situações de não conformidade sem produzir
estresse nas atividades diárias da empresa.
 23

3.4 Terceirizando a seleção

Um dos pontos de maior polêmica no levantamento que a Consulting realizou foi,

sem dúvida, a forma como a Software Developer seleciona seu capital humano. Por
falta de uma visão mais ampla de recursos humanos e da própria legislação o processo
atual fere diversas leis e princípios éticos em vigência, alguns deles citados abaixo:

• Artigo 3º, inciso IV, da Constituição Federal, que diz promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou outras formas de
discriminação;
• Artigo 5º, inciso VIII, também da Constituição Federal, que diz que ninguém
será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
• Artigo 1º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que altera o artigo 1º e
20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que diz que praticar, induzir ou incitar a
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional
incorre em pena de um a três anos e multa;

A Consulting acredita firmemente que, diante deste cenário, o recrutamento tem

que ser feito fora da empresa. A intimidade da mesma não deve afetar o processo de
seleção e os funcionários de carreira não são os mais indicados para conduzir o
processo. O corpo técnico orienta o processo, mas a seleção tem que ser profissional.

Um procedimento bem comum em empresas que buscam a ISO 9000 é trabalhar

com parceiros que estão no mesmo processo, ou seja, empresas que já monitoram suas
“não conformidades”. A terceirizada não foge a regra afinal ela terá que ser auditada por
um corpo técnico da própria Software Developer. Nada mais natural que as empresas se
comuniquem na “mesma língua”. Uma equipe multidisciplinar deverá ser composta para
acompanhar os trabalhos de seleção da terceirizada.

A figura 05 mostra os elementos principais que devem ser levados em conta na

relação entre a terceirizada e a Software Developer durante a seleção. A numeração
 24

indica a seqüência natural do processo. Se o roteiro for seguido, certamente a empresa

fará uma excelente escolha. O processo deve ser transparente e ético onde todos
ganham: candidatos, terceirizada, empresa e o profissional contratado.

FIGURA 05 - Profissionalizando o recrutamento

Etapa CONHECER A EMPRESA
1 PREPARAÇÃO
Competência
Antes de iniciar o recrutamento a terceirizada terá que ter total conhecimento:
TERCEIRIZADA • das exigências de cada cargo,
• conhecer o trabalho de cada área contratante,
• conhecer a atividade de cada colaborador,
• conhecer como as áreas se relacionam.

Etapa DEFINIR:
2 PREPARAÇÃO
Competência
Os conhecimentos, habilidades e atitudes imprescindíveis e os desejáveis para o profissional.
SOFTWARE DEVELOPER

Etapa VERIFICAR:
3 PREPARAÇÃO
Competência
Quais os instrumentos possíveis para apurar as características acima nos candidatos.
TERCEIRIZADA

Etapa VERIFICAR:
4 PREPARAÇÃO
Competência
Quais os canais mais adequados para o recrutamento, levando em conta os custos.
TERCEIRIZADA

Etapa INICIAR A DIVULGAÇÃO DA VAGA

5 SELEÇÃO
Competência
Pelos canais escolhidos.
TERCEIRIZADA

Etapa FAZER CRITERIOSA SELEÇÃO DO MATERIAL RECEBIDO

6 SELEÇÃO
Competência
Não concentrar a análise apenas na experiência profissional, mas procurar identificar
TERCEIRIZADA características compatíveis com o passo 2

Etapa DAR UM FEEDBACK

7 SELEÇÃO
Competência
Agradecer o interesse daqueles que não puderam ser aproveitados e convocar os demais para
TERCEIRIZADA uma entrevista coletiva.

Etapa ENTREVISTA COLETIVA

8 SELEÇÃO
Competência
Hora de aplicar testes convenientes e aprofundar a análise de cada profissional, deixando de
TERCEIRIZADA lado análises subjetivas e focando na busca do profissional mais adequado.

Etapa SEGUNDA SELEÇÃO

9 SELEÇÃO
Competência
Cruzar o resultado dos testes escritos com a análise comportamental listando os candidatos por
TERCEIRIZADA ordem de desempenho.

Etapa NOVO FEEDBACK

10 SELEÇÃO
Competência
Agradecer o interesse daqueles que não foram aproveitados na entrevista coletiva e convocar os
TERCEIRIZADA demais para uma entrevista individual.

Etapa ENTREVISTA INDIVIDUAL

11 SELEÇÃO
Competência
Optar por uma entrevista estruturada com as mesmas perguntas para todos os candidatos para
TERCEIRIZADA que possam ser mensuradas e qualificadas.

Etapa INTERAÇÃO DA CONTRATADA COM A SOFTWARE DEVELOPER

12 SELEÇÃO
Competência
Ao final das entrevistas, as empresas trocam idéias dos pontos positivos e negativos de cada
SOFTWARE DEVELOPER candidato e, tendo sempre por base as características necessárias para a vaga, decidir a melhor
TERCEIRIZADA aquisição para a empresa. Um briefing completo dos candidatos aptos para a vaga é passado a
Software Developer.

Etapa ENTREVISTA NA SOFTWARE DEVELOPER

13 SELEÇÃO
Competência
Após a triagem profissional cabe a Software Developer avaliar qual candidato melhor se adéqua
SOFTWARE DEVELOPER a realidade da empresa.

Etapa FEEDBACK FINAL

14 SELEÇÃO
Competência
Feito pela contratada para os que não atingiram a vaga. Encaminhar o selecionado para a
TERCEIRIZADA contratação.
 25

4 UMA NOVA ÉTICA

As soluções apresentadas até o momento trabalham, com profundidade, o

ambiente interno da empresa. Neste capítulo vamos tratar do ambiente externo cuja
importância é muito maior, pois é dele que advêm as ameaças e oportunidades além
dos recursos que sustentam a empresa, razão direta do seu sucesso ou fracasso.

Algumas aberrações foram detectadas na relação cliente-empresa no que preza a

lei e a ética. Da falta de uma tabela de preços unificada até o uso ilegal do código-fonte
de um determinado cliente, fato similar a pirataria. A lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de
1998 que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programas de
computador, vem mostrar onde a empresa está falhando:

• Artigo 2º, parágrafo 2º, que assegura a tutela dos direitos relativos a programa
de computador pelo prazo de cinqüenta anos;
• Artigo 2º, parágrafo 5º, desta mesma lei, que garante o direito exclusivo de
autorizar ou proibir o aluguel comercial, não sendo esse direito exaurível pela venda,
licença ou outra forma de transferência da cópia do programa;
• Artigo 4º, ao afirmar que pertencerão exclusivamente ao empregador,
contratante de serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de
computador;
• Artigo 12, parágrafo 2º, que finaliza com reclusão de 1 a 4 anos e multa para
quem vende, expõe à venda, introduz no país, adquire, oculta ou tem em depósito, para
fins de comércio, original ou cópia de programa de computador, produzido com violação
de direito autoral.

Visando uma solução definitiva para o problema e também já pensando na

capitalização imediata da empresa foi proposto uma campanha de upgrades de todos os
softwares da Software Developer. Essa estratégia permite solucionar várias questões ao
mesmo tempo além de resolver este problema ético. A figura 06 demonstra melhor o
impacto causado pela solução proposta em algumas áreas da empresa incluindo o
cliente final.
 26

FIGURA 06 - Impacto da política de Upgrades

Esta solução se enquadra perfeitamente na legislação dando oportunidade da

empresa resgatar sua ética e sinalizar para seu capital humano os novos rumos que
serão adotados no trato com a clientela. Reforça também o novo legado que a empresa
se propõe a construir. Tema tratado mais a frente.
 27

4.1 Responsabilidade Socioambiental

Imagine uma empresa com Plano Estratégico implantado e com a certificação ISO
9000. Como você acha que essa empresa deve tratar o próprio lixo? Como ela deveria se
relacionar com a sociedade? Não precisa falar muito. Nossa mente já faz a conexão
naturalmente.

É lógico que a Software Developer deve ter um projeto socioambiental ou

humanitário. Aquele antigo problema do lixo não reciclado com as bênçãos do OPEX
pode ser resolvido aqui. A proposta é uma parceria com uma associação de catadores de
papel. O lixo será reciclado na coleta pelos próprios funcionários seguindo a norma
padrão que trata de reciclados. Em seguida será doado para uma associação com fins de
inserção social. Uma lista para consulta está disponível no anexo B. Cabe a empresa
estimular o voluntariado junto ao seu capital humano.

A coordenação do Programa de Coleta Seletiva e Solidária da Cidade de São

Paulo, calcula entre 4 mil e 5 mil os catadores autônomos da capital, sendo que 1,2 mil
estão organizados em 70 grupos e 2 cooperativas. Mas o que realmente espanta é saber
que, do total de lixo coletado na capital (15 mil toneladas), apenas 4 toneladas (0,03%)
são recolhidas de forma seletiva. Há quem diga que o desperdício é na casa de R$ 300
milhões por ano. A indústria de alumínio garante que nos aterros da capital são
enterrados, a cada ano, US$ 500 milhões só em recipientes que poderiam ser reciclados.

Não há dúvida que a Software Developer terá que abrir a carteira, mas o ganho de
credibilidade compensa. Nada impede que a ação seja projetada para a dotação
orçamentária de 2011, porém é tema de relevância que deve constar no plano
estratégico da empresa sendo, portanto, planejado ainda em 2010.
 28

4.2 Gestão da Imagem e Legado

O retorno financeiro proporcionado pelas ações sugeridas é difícil de ser

mensurado. Um modelo de impacto no custo será apresentado no próximo capítulo, mas
é apenas uma simulação. Porém, o ganho de imagem que uma empresa com ISO 9000
tem pode ser ainda mais importante que qualquer receita. A auto-estima do capital
humano em geral será positivamente afetada. O sucesso das medidas posicionará a
Software Developer em um degrau superior em termos de imagem institucional.

A regra é clara. Boa imagem, bons contratos. Como o ganho de imagem está
vinculado a gestão da imagem e da comunicação projetos socioambientais passam a ter
uma importância ainda maior. A gestão da imagem também está relacionada ao legado.
A imagem será positiva se houver a percepção por parte da sociedade e dos clientes que
a Software Developer está deixando um legado importante para toda a comunidade.

Pode-se dizer que há três tipos de legado: o físico, o social e o institucional. O

legado físico, como o nome diz, é a infraestrutura física e tecnológica que tende a crescer
com o sucesso da empresa. Influencia diretamente a psicologia do capital humano.

O legado social tem várias formas: a melhoria da auto-estima do funcionário, os

ganhos com educação e capacitação, a inclusão social gerada pelos projetos sociais,
programas de voluntariado implantados são alguns exemplos. E o legado institucional é
aquele proporcionado pela experiência de gestão acumulada na implantação do plano
estratégico e da ISO 9000. É o ganho em coordenação, em organização e também em
experiência em prol de um objetivo comum.

Se estes 3 legados estiverem presentes na memória de todos os envolvidos a

gestão da imagem se consolidou.
 29

5 O CUSTO DA OUSADIA

Aqui se procurou levantar o impacto financeiro que as sugestões oferecidas

poderão causar. Não se trata de simular um novo balanço ou fluxo de caixa, pois isso
só pode ser feito em conjunto com a empresa. Optou-se por apresentar uma simulação
de custos que serão agregados no orçamento da empresa, em função das mudanças.

O investimento em si é baixo considerando o ganho proposto. Todo o quadro

funcional estará envolvido. Serão muitas horas de mensuração, sensibilização,
mapeamento, planejamento, treinamento para se chegar ao modelo ideal. A Consulting
trabalhou com uma simulação de 20% do tempo útil de cada funcionário dedicado ao
projeto. O impacto deste tempo, em salário, esta apresentado na tabela 07:

TABELA 07 - Impacto salarial por tempo dedicado aos 7 passos

Salário por
Financeiro / Contábil

Recursos Humanos
Desenvolvimento

Suporte Técnico

Tempo
Administrativo

Impostos

Quantidade
Marketing
Compras

dedicado as Total
Diretoria

Vendas

Salário (Simulado
Cargo Mudanças Sub-total
Atual em 72% do
(Simulado Salário) 11.358,00
em 20% do
tempo útil)

Analista 2 3.200,00 640,00 460,80 1.100,80 2 2.201,60

Assistente Administrativo 1 1 1 1 1 800,00 160,00 115,20 275,20 5 1.376,00
Auxiliar Administrativo 1 1 650,00 130,00 93,60 223,60 2 447,20
Consultor Terceirizado 1 2.311,00 462,20 332,80 794,98 1 795,00
Coordenador de Projeto 1 4.172,52 834,50 600,80 1.435,35 1 1.435,35
Programador 4 2.000,00 400,00 288,00 688,00 4 2.752,00
Faxineira 1 590,00 118,00 85,00 202,96 1 203,00
Office-Boy 1 348,00 69,60 50,00 119,71 1 119,70
Secretária 1 1.400,00 280,00 201,60 481,60 1 481,60
Trainee I 1 1 843,00 168,60 121,40 289,99 2 580,00
Trainee II 1 4 562,00 112,40 81,00 193,33 5 966,65
Dos 2 sócios da Software Developer um é administrador respondendo pelas áreas administrativo, compras, financeiro, RH. O outro é da área de TI
respondendo pelas áreas de desenvolvimento e suporte técnico. Ambos são os responsáveis pelas vendas junto ao cliente final. O Marketing é terceirizado.
Fonte dos Salários: http://info.abril.com.br/professional/salarios/ e http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/pesquisa_salarial/index.shtm

O valor encontrado (R$ 11.358,00) corresponde a 20% do tempo mensal da

equipe dedicado ao planejamento. Usando como base 40 horas de trabalho semanais (8
horas/dia vezes 5 dias úteis) chega-se a 8 horas semanais de dedicação ou 32 horas
mês. O custo da equipe por hora será R$ 355,00 (R$ 11.358,00 ÷ 32 horas/mês).
 30

Já a hora de consultoria para São Paulo varia de R$ 20,00 a R$ 300,00.

Consultores mais preparados, nos setores de administração, organização e RH,
cobram de R$ 50 a R$ 80 a hora. Com um pouco mais de experiência e grandes
empresas no currículo, o preço sobe até R$ 130. Consultorias de maior prestígio
atingem R$ 300 por hora. Nesta simulação, trabalharemos com R$ 100,00 a hora.

FIGURA 07 - Simulação dos custos de implantação

Nov-10 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Mar-11 Abr-11 Mai-11 Jun-11 Jul-11
PASSOS AÇÕES COM APORTE
22 DU ¹ 16 DU 21 DU 20 DU 23 DU 21 DU 22 DU 22 DU 21 DU

Criação do Plano Horas mensais de dedicação 3.550,00 3.550,00 3.550,00 3.550,00 3.550,00 3.550,00
1 Estratégico da do capital humano (10 horas) 2
Software
Developer Consultoria especializada 3 1.375,00 1.000,00 1.312,50 1.250,00 1.437,50 1.312,50

Montar um Plano de Horas mensais de dedicação 1.065,00 1.065,00 1.065,00 1.065,00

2 Participação nos do capital humano (3 horas)
Lucros para os
funcionários da Consultoria especializada
empresa 393,75 375,00 431,25 393,75

Montar equipe Horas mensais de dedicação 3.550,00 3.550,00 3.550,00 3.550,00 3.550,00 3.550,00
3 multidisciplinar que do capital humano (10 horas)
irá elaborar a nova
padronização Consultoria especializada 1.375,00 1.000,00 1.312,50 1.250,00 1.437,50 1.312,50

Preparar o capital Horas mensais de dedicação 1.775,00 1.775,00 1.775,00 1.775,00

4 humano para ser do capital humano (5 horas)
auditado
freqüentemente Consultoria especializada
como exige a
certificação 656,25 625,00 718,75 656,25

Terceirizar e auditar Horas mensais de dedicação 1.420,00 1.420,00 1.420,00

5 os processos de do capital humano (4 horas)
seleção profissional
Consultoria especializada 500,00 575,00 525,00

4
Terceirizada 1.200,00 1.200,00 1.200,00

Equacionar a falta Horas mensais de dedicação 2.840,00 2.840,00

6 de recursos do capital humano (8 horas)
alugando
provisoriamente Consultoria especializada 1.100,00 800,00
alguns serviços
tecnológicos Locação Servidor 5 744,00 744,00 744,00 744,00 744,00

Lançar uma Horas mensais de dedicação 1.420,00 1.420,00 1.420,00

7 campanha de do capital humano (4 horas)
Upgrades de todos
os produtos já Consultoria especializada 550,00 400,00 525,00
desenvolvidos
Gastos com divulgação 6 924,00 924,00 924,00 924,00 924,00 924,00

Acompanhamento Horas mensais de dedicação 11.358,00 11.358,00 11.358,00

8 das Ações do capital humano (32 horas)

Consultoria especializada 4.400,00 4.400,00 4.200,00

Gastos Diversos Papelaria, Xerox e 300,00 200,00 100,00 100,00 100,00 100,00 50,00 50,00 50,00
9 Impressos

Outros 7 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00

Tempo de dedicação/mês do capital humano 32 horas 32 horas 32 horas 32 horas 32 horas 32 horas 32 horas 32 horas 32 horas
Total horas de consultoria 44 horas 32 horas 42 horas 40 horas 46 horas 42 horas 44 horas 44 horas 42 horas
TOTAL

Valor mensal do capital humano 11.358,00 11.358,00 11.358,00 11.358,00 11.358,00 11.358,00 11.358,00 11.358,00 11.358,00
Valor mensal da consultoria 4.400,00 3.200,00 4.200,00 4.000,00 4.600,00 4.200,00 4.400,00 4.400,00 4.200,00
TOTAL FINAL 16.210,00 15.654,00 17.478,00 17.278,00 19.078,00 18.678,00 18.084,00 16.884,00 15.760,00
8
Total a ser incluído na dotação orçamentária (Gasto Real) 4.852,00 4.296,00 6.120,00 5.920,00 7.720,00 7.320,00 6.726,00 5.526,00 4.402,00

1
DU = Dias Úteis. Não foram descontados os feriados. Ficam como uma reserva. Em dezembro foi considerado recesso do natal até o ano novo.
2
O valor total do salário calculado na Tabela 05 (R$ 11.358,00) foi dividido proporcionalmente entre os passos em função do nº de horas que cada passo
gastará por mês. A soma de cada coluna referente às horas mensais sempre dará R$ 11.358,00 (do passo 1 até o 8)
3
O valor mensal de consultoria será 2 horas/dia * nº de dias úteis no mês * R$ 100,00. Dividido proporcionalmente em função no nº de horas de cada passo.
4
Simulado em função do valor médio do mercado para São Paulo. Apenas para efeito didático pois este serviço só deve ser contratado quando a empresa for
aumentar o quadro funcional. 3 meses de contrato em função da adequação da terceirizada às novas normas da Software Developer.
5
Para a simulação optou-se pelo plano de 4GB RAM com 70GB de disco e transferência mensal de 200 GB. Sem sistema operacional ou licença (R$ 744,00)
6
Custo só de Gráfica para impressão de um portfólio novo. Diagramação feita pela equipe. Não foi considerado o custo de Agência de Propaganda.
7
Valor reservado para prováveis despesas.
8
Por estar incorporado no salário da equipe o valor de R$ 11.358,00 já está incluído na dotação orçamentária. A diferença será o gasto real.
 31

A figura 07 nos trás a realidade dos custos, simulado é lógico. Num

cronograma de 9 meses observa-se quando cada um dos 8 passos é trabalhado
dentro da empresa e o custo de cada ação, mês a mês. Atenção especial para o
gasto real que é o total final menos o que já está embutido no salário (20% do tempo
de serviço dedicado ao planejamento). Os gráficos da figura 08 e 09 completam o
entendimento.

FIGURA 08 - Destino dos investimentos

Plano Estratégico - 18,69% 28.987,50

Plano Participação nos Lucros - 3,77% 5.853,75

Nova Padronização - 18,69% 28.987,50

Auditoria do Capital Hum ano - 6,29% 9.756,25

Seleção Terceirizada - 6,1 % 9.460,00

Locação Servidor - 7,29% 11.300,00

Campanha Upgrades - 7,27 % 11.279,00

Acompanhamento das Ações - 30,35% 47.074,00

Outros - 1,55% 2.400,00

FIGURA 09 - Impacto dos gastos

160.000,00

140.000,00
GASTO REAL
52.876,00
120.000,00 34,09%

100.000,00
TOTAL
80.000,00
155.098,00
100,00%

60.000,00 EMBUTIDO
NO SALÁRIO
102.222,00
40.000,00 65,91%

20.000,00

0,00
 32

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cada PIM fica mais evidente a capacidade que uma pesquisa científica tem
de mudar o ser humano para melhor. Como no caso da Software Developer o
conhecimento só será validado se colocado em prática. É desejo sincero deste
autor, aplicar um dia, pelo menos algumas das sugestões aqui propostas.

Este apreço se fez aos poucos. Teve início com a Administração de Banco de
Dados, na busca da intimidade existente entre a tão falada “computação em nuvem”
com os SGBD. Pesquisa exaustiva que conduziu a Consulting por saberes nunca
dantes conhecidos. Como se cresce com essas coisas.

Ai veio a preocupação em por ordem na casa, trilhando o caminho da lei e

puxando o ser humano de volta para a ética, aspiração maior da humana criatura
mesmo escorraçada por tantos exemplos negativos na sociedade. É preciso sempre
incentivar, estimular, treinar e monitorar para conduzir as pessoas para a coerência.
Foi a lição ofertada pela Ética e Legislação Profissional bem aplicadas no plano de
carreira e na participação nos lucros.

Concluiu-se o ciclo do saber com a Matemática Aplicada ao presentear a

equipe técnica com uma nova fórmula para a locação de servidores. Também nos
permitiu calcular o impacto que as transformações trarão ao caixa da empresa.
Merecia mais simulações, mas o tempo sempre zombeteia das boas intenções.

Entre os pontos fortes da solução cabe citar os mais relevantes. A

força que um plano estratégico tem pelo seu choque de gestão que faz
mudanças sem agredir seu capital humano, a importância de converter o
funcionário num “sócio moral” ao repartir os lucros, a sociedade que
precisa de mais empresas cuidando dela em vez de destruí-la, chamar
parceiros qualificados para reforçar o time e finalmente a ISO 9000, que
por si só já diz tudo.

Com tantos pontos fortes se poderiam esquecer os fracos, mas a

ética não nos permite. Faltou uma simulação de banco de dados rodando
 33

em “nuvem”. O consultor de marketing também ficou sem seu

cronograma de ações. Terá que trabalhar um pouco mais. Pelo menos já
se sabe de quem é a culpa. No mais a certeza de que a Consulting está de
prondidão para implantar o plano estratégico e a ISO 9000 na Software
Developer. O primeiro passo já foi dado.
 34

REFERÊNCIAS

11 categorias de cloud computing. Computerworld. Disponível em:

<http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2010/03/03/11-categorias-de-cloud-
computing/>. Acesso em: 20 out. 2010.

ATUM, Cida. Administração de Banco de Dados. 44 f. Apostila do curso Gestão

da Tecnologia da Informação - Universidade Paulista, São Paulo, 2010.

Cooperativa de Catadores da Capital e Região Metropolitana de São Paulo.

LIXO.COM.BR. Disponível em:
<http://www.lixo.com.br/site_antigo/www.lixo.com.br/saopaulo.htm>. Acesso em: 20 out.
2010.

ISO 9000 - Auditoria Interna. Oficina da Net. Disponível em:

<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/492/iso_9000_-_auditoria_interna>. Acesso em:
20 out. 2010.

LEI Nº 9.609 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Presidência da República - Casa

Civil. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9609.htm>. Acesso
em: 20 out. 2010.

LESSA, Gilberto. Ética e Legislação Profissional. 56 f. Apostila do curso Gestão

da Tecnologia da Informação - Universidade Paulista, São Paulo, 2010.

PIRES, Ana Lucia E. Pires et al. Guia de normalização para apresentação de

trabalhos acadêmicos da Universidade Paulista. São Paulo, 2010. Disponível em:
<http://www2.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao.pdf>
Acesso em: 15 jun. 2010.

PIZZO, Ângela Maria. Matemática Aplicada. 60 f. Apostila do curso Gestão da

Tecnologia da Informação - Universidade Paulista, São Paulo, 2010.

Plano de Carreira - Cargos e Remuneração. Centro da Terra Consultoria.

Disponível em: <http://www.empregando.com/pcsa.htm>. Acesso em: 20 out. 2010.

Selecionando pessoas com assertividade. RH.com.br. Disponível em:

<http://www.rh.com.br/Portal/Recrutamento_Selecao/Artigo/4098/selecionando-pessoas-
com-assertividade--parte-i.html>. Acesso em: 20 out. 2010.

Sua Carreira - Pesquisa Salarial. empregos.com.br. Disponível em:

<http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/pesquisa_salarial/index.shtm>.
Acesso em: 20 out. 2010.

Tabela de Salários 2010 - Profissionais de Tecnologia. Ti4Ti - O Seu blog de

Tecnologia. Disponível em: < http://www.ti4ti.com/wordpress/2010/02/tabela-de-
salarios-2010-profissionais-de-tecnologia/>. Acesso em: 20 out. 2010.

ANEXO A - Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000
Participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa
LEI No 10.101, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.
Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a
Medida Provisória nº 1.982-77, de 2000, que o Congresso
Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente,
para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei regula a participação dos trabalhadores nos
lucros ou resultados da empresa como instrumento de
integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à
produtividade, nos termos do art. 7o, inciso XI, da Constituição.
Art. 2o A participação nos lucros ou resultados será objeto de
negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um
dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes
de comum acordo:
I - comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por
um representante indicado pelo sindicato da respectiva
categoria;
II - convenção ou acordo coletivo.
§ 1o Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão
constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos
direitos substantivos da participação e das regras adjetivas,
inclusive mecanismos de aferição das informações
pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da
distribuição, período de vigência e prazos para revisão do
acordo, podendo ser considerados, entre outros, os
seguintes critérios e condições:
I - índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da
empresa;
II - programas de metas, resultados e prazos, pactuados
previamente.
§ 2o O instrumento de acordo celebrado será arquivado na
entidade sindical dos trabalhadores.
§ 3o Não se equipara a empresa, para os fins desta Lei:
I - a pessoa física;
II - a entidade sem fins lucrativos que, cumulativamente:
a) não distribua resultados, a qualquer título, ainda que
indiretamente, a dirigentes, administradores ou
empresas vinculadas;
b) aplique integralmente os seus recursos em sua
atividade institucional e no País;
c) destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao
poder público, em caso de encerramento de suas
atividades;
d) mantenha escrituração contábil capaz de comprovar
a observância dos demais requisitos deste inciso, e das
normas fiscais, comerciais e de direito econômico que
lhe sejam aplicáveis.
Art. 3o A participação de que trata o art. 2o não substitui ou
complementa a remuneração devida a qualquer empregado,
nem constitui base de incidência de qualquer encargo
trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.
§ 1o Para efeito de apuração do lucro real, a pessoa jurídica
poderá deduzir como despesa operacional as participações
atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, nos
termos da presente Lei, dentro do próprio exercício de sua
constituição.
§ 2o É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou
distribuição de valores a título de participação nos lucros ou
resultados da empresa em periodicidade inferior a um
semestre civil, ou mais de duas vezes no mesmo ano civil.
§ 3o Todos os pagamentos efetuados em decorrência de
planos de participação nos lucros ou resultados, mantidos
espontaneamente pela empresa, poderão ser compensados
com as obrigações decorrentes de acordos ou convenções
coletivas de trabalho atinentes à participação nos lucros ou
resultados.
35
§ 4o A periodicidade semestral mínima referida no § 2o
poderá ser alterada pelo Poder Executivo, até 31 de
dezembro de 2000, em função de eventuais impactos nas
receitas tributárias.
§ 5o As participações de que trata este artigo serão
tributadas na fonte, em separado dos demais rendimentos
recebidos no mês, como antecipação do imposto de renda
devido na declaração de rendimentos da pessoa física,
competindo à pessoa jurídica a responsabilidade pela
retenção e pelo recolhimento do imposto.
Art. 4o Caso a negociação visando à participação nos lucros ou
resultados da empresa resulte em impasse, as partes poderão
utilizar-se dos seguintes mecanismos de solução do litígio:
I - mediação;
II - arbitragem de ofertas finais.
§ 1o Considera-se arbitragem de ofertas finais aquela em
que o árbitro deve restringir-se a optar pela proposta
apresentada, em caráter definitivo, por uma das partes.
§ 2o O mediador ou o árbitro será escolhido de comum
acordo entre as partes.
§ 3o Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a
desistência unilateral de qualquer das partes.
§ 4o O laudo arbitral terá força normativa,
independentemente de homologação judicial.
Art. 5o A participação de que trata o art. 1o desta Lei,
relativamente aos trabalhadores em empresas estatais,
observará diretrizes específicas fixadas pelo Poder Executivo.
Parágrafo único. Consideram-se empresas estatais as empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
controladas e demais empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto.
Art. 6o Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades
do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos
termos do art. 30, inciso I, da Constituição. (Redação dada pela
Lei nº 11.603, de 2007)
Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá
coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três
semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas
de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em
negociação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 11.603, de
2007)
Art. 6o-A. É permitido o trabalho em feriados nas atividades do
comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva
de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do
art. 30, inciso I, da Constituição. (Incluído pela Lei nº 11.603, de
2007)
Art. 6o-B. As infrações ao disposto nos arts. 6o e 6o-A desta Lei
serão punidas com a multa prevista no art. 75 da Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o
de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 11.603, de 2007)
Parágrafo único. O processo de fiscalização, de autuação e
de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título
VII da Consolidação das Leis do Trabalho. (Incluído pela Lei
nº 11.603, de 2007)
Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na
Medida Provisória no 1.982-76, de 26 de outubro de 2000.
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Congresso Nacional, em 19 de dezembro de 2000;
179o da Independência e 112o da República.
Senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
Presidente
 ANEXO B
Cooperativas de Catadores da Capital da Região Metropolitana de São Paulo

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