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Montando a dissertação

Esse é um estudo sobre como montar cada parte da produção


de um texto;
• Veja sobre tipos de introdução, desenvolvimento e conclusão;
• Bons estudos ;)
Montando a dissertação

PARTE 1
A INTRODUÇÃO
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1. Elaboração da frase-núcleo:
a) definição: abre-se o parágrafo com uma frase que defina o
objeto/objetos a serem apreciados:

Tema: sedentarismo: o grande mal do século?

“Sedentário é quando se tem um indivíduo que não pratica atividades físicas no


seu cotidiano. Doenças como obesidade, diabetes, aumento do colesterol e problemas
cardíacos são algumas das que podem aparecer como consequência deste mau
hábito…”
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1. Elaboração da frase-núcleo:
b) divisão ou discriminação: dá segurança ao autor, permitindo
direcionamento e fixando os aspectos que serão explorados no
decorrer do texto:

Tema: a ascensão da classe C no Brasil.

“Discute-se a forma de uma nova classe de brasileiros, a conhecida classe C.


Sabe-se, porém, que essa ascensão não é feita no ponto social. Entre as razões que
justificam essa certeza, incluem-se a falta de aquisição cultural dessa população, o
preconceito por parte da elite e, inclusive, a ausência de desejo de se igualar aos ricos
tradicionais.”
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1. Elaboração da frase-núcleo:
c) alusão histórica: referência a fatos históricos ou alusão a obras,
autores que marcaram uma geração ou período:

“Em 18 de setembro de 1950, dia em que a televisão brasileira foi ao ar


pela primeira vez, iniciou-se um novo período da cultura no país. Aos
poucos, a esse meio de comunicação consolidou-se com elementos de
divulgação das artes e da produção de conhecimento.”
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1. Elaboração da frase-núcleo:
d) interrogação: uma boa forma de prender a atenção do leitor,
porque o empurra para a leitura das linhas seguintes. Nesse caso, o
compromisso do autor é resolver a pergunta:

“Pauta de boa parte das discussões entre brasileiros, a diminuição da


maioridade penal levanta polêmica. Diz-se que ela pode ser a solução para os
altos índices de delinquência juvenil atuais. No entanto, será que é a melhor
medida a ser tomada? Não haveria outras propostas mais dignas e duradouras
para o controle da violência no Brasil?”
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PARTE 2
O DESENVOLVIMENTO
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2. Desenvolvendo:
a) enumeração: o autor ordena uma série de aspectos que ilustram e
comprovam a assertiva inicial:

“Sedentário é quando se tem um indivíduo que não pratica atividades físicas no


seu cotidiano. Doenças como obesidade, diabetes, aumento do colesterol e problemas
cardíacos são algumas das que podem aparecer como consequência deste mau
hábito…”

ARG 1: obesidade...
ARG 2: diabetes...
ARG 3: colesterol...
ARG 4: problemas cardíacos...
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2. Desenvolvendo:
b) ideia análise: desdobra-se a reflexão sobre as informações
abordadas – retomada do tema, da ideia inicial ou argumento
apresentado na introdução:

A qualidade de vida no campo


“É de conhecimento geral que a qualidade de vida nas regiões rurais é, em alguns aspectos,
superior à da zona urbana. Isso porque no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles, há
maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados, além do mais, as pessoas dispõem de
maior tempo para estabelecer relações humanas mais profundas e duradouras.”

ARG 1: sem agito da cidade;


ARG 2: alimentos adequados;
ARG 3: relações pessoais mais profundas.
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2. Desenvolvendo:
b) ideia análise:
Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrópole é intenso. O espírito de
concorrência, a busca de se obter uma melhor colocação profissional, enfim, a conquista de
novos espaços lança o habitante urbano em meio a um turbilhão de constantes solicitações.
Esse ritmo intenso torna a vida bastante agitada, ao contrário do que se poderia dizer dos
moradores da zona rural.
Além disso, nas áreas campestres há maior quantidade de alimentos saudáveis. Em
contrapartida, o homem da cidade costuma receber gêneros alimentícios colhidos antes do
tempo de maturação, para garantir maior durabilidade durante o período de transporte e
comercialização.
Ainda convém a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas rurais. Ela difere da
convivência habitual estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das grandes
cidades, pelos fatores já expostos, de pouco tempo dispõem para “alimentar” relações
humanas mais profundas.
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2. Desenvolvendo:
c) Resposta à interrogação: o desenvolvimento será utilizado como
espaço de resposta à(s) pergunta(s) feitas na introdução:

[...] No entanto, será que é a melhor medida a ser tomada? Não haveria
outras propostas mais dignas e duradouras para o controle da violência no
Brasil?” [...]
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PARTE 3
A CONCLUSÃO
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3. Concluindo:
a) síntese: resumo dos aspectos abordados no texto. Acontece uma
retomada de maneira simplificada:

[...] Por isso tudo entendemos que a zona rural propicia a seus
habitantes maiores possibilidades de viver com tranquilidade. Somente
resta esperar que as dificuldades que afligem os habitantes
metropolitanos não venham a se agravar com o passar do tempo.
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3. Concluindo:
b) Solução proposta: são dadas sugestões para resolução do
problema:

[...] Sendo, portanto, a corrupção um fator socialmente construído, entende-


se que a necessidade de uma mudança de postura frente aos acontecimentos
da nação: como eleitores, as pessoas devem ser mais atentas às atitudes de
políticos, fiscalizando gastos públicos e exigindo o cumprimento de promessas;
e, como cidadãos, devem prezar pelo bem de todos, não sonegando impostos
nem fazendo uso de uma posição social para ascensão e privilégio próprios.
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3. Concluindo:
c) pergunta: é apenas retórica, pois ela foi respondida ao longo do
texto:

[...] Tendo em vista que a corrupção nada mais é que um fator socialmente
construído, não restam dúvidas de que ela pode e deve ser evitada. Assim,
o Brasil poderá se orgulhar de ser uma nação justa e que preza pela
igualdade. O esforço é grande, mas vale a pena, e deve partir de toda a
sociedade o mais rápido possível. Por que não começar agora?”
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DICAS EXTRAS
Montando a dissertação
• Não introduza uma ideia nova;
• Não faça conclusões apelativas ou genéricas, pautadas em juízo
de valor;
• Fuja de clichês: “Concluindo... Pode-se concluir... Em resumo...
Terminando... Eu acho...”;
• Quando da necessidade de solução, deve ser uma viável;
• Não seja prolixo – hora de ser o contrário.

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