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PREPARATÓRIO

PARA
QOA-AA-AFN
2021
12ª Aula: As Nações
Capítulo IV
Estados Unidos da América

Professor: Vagner Souza


Estados Unidos da América
Estados Unidos da América
Estados Unidos da América

- A fase colonial dos EUA foi basicamente agrícola, no entanto, as primeiras áreas
ocupadas por franceses, ingleses, holandeses e espanhóis, nos atuais territórios
pertencentes aos norte-americanos, não era de grande fertilidade, o que não
permitiu a prosperidade e o acúmulo de reservas.
- Entre as áreas inicialmente ocupadas e as regiões interiores, havia dificuldade
de comunicações, no entanto, o litoral da costa Leste americana tem magníficos
portos e fácil comunicação marítima, a costa tem abundância de pescado e com
os territórios mais setentrionais com grandes florestas.
- Assim, nessa parte da América os colonos ingleses orientaram-se, desde o
início, para o mar, tornando-se pescadores, marinheiros, construtores de navios
e mercadores marítimos.
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- As dificuldades de comunicações internas também favoreceram as


comunicações marítimas internas (cabotagem) entre as 13 colônias, mas ao
mesmo tempo as mantiveram relativamente isoladas entre si, criando um
sistema de interdependência.
- A oferta de matérias-primas (madeiras) juntamente com as facilidades
marítimas, criaram uma próspera indústria de construções navais. Cidades
como Boston, Portland, Filadélfia, Baltimore e Charleston tornaram-se
importantes portos marítimos coloniais com estaleiros, que ainda faziam
comércio entre si, com as colônias americanas de outras nações e com vastas
áreas na África e Europa.
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- As características naturais foram de modo gradual e naturalmente conduzindo a


formação espacial econômica americana. As colônias mais ao Norte, com a
indústria da pesca e da construção naval, foram se tornando mais
industrializadas, mais tipicamente de desenvolvimento, enquanto que as do Sul
desenvolveram-se mais agrícolas, destinando sua produção para exportação,
portanto, de exploração.
- Em meados do século XVII, os navios das colônias, carregando produtos
coloniais e guarnecidos por marinheiros americanos, frequentavam os
principais portos da Europa e das Índias Ocidentais, então uma importante
região comercial. Cerca de mil navios da colônia trafegavam nos Domínios
Britânicos.
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- Ao longo de todo o período colonial, a partir do século XVII, a grande causa de


irritação dos colonos contra a metrópole eram as Leis de Navegação.
- O famoso “Ato de Navegação“, posto em vigor por Cromwell, criou dificuldades
para as colônias inglesas para importação e exportação de mercadorias.
Estabeleceu um forte pacto colonial e taxou o processo colonial americano.
- Para superar os entraves criados pela Inglaterra, os colonos começaram a
fabricarem objetos manufaturados, ao que a Inglaterra respondeu interditando
a produção industrial nas colônias, exceto da construção naval.
- O governo britânico procedia dessa forma baseado no princípio, então admitido
por todas as nações europeias, de que as colônias existiam para enriquecer a
Mãe-Pátria. Esse princípio levava a subordinação dos interesses coloniais aos
interesses da metrópole.
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- As leis exclusivistas motivaram a insatisfação dos colonos com o domínio da


metrópole, e bem cedo, sobretudo depois da Guerra dos Sete Anos (1756-
1763), outras causas vieram aumentar o mal-estar.
- A irritação foi crescendo com o correr dos anos, e por fim, eclodiu a rebelião
aberta. Com a guerra surgiu a necessidade de ser criada uma força naval, mas
os colonos preferiram, na luta no mar, dedicar-se sobretudo à rendosa guerra
de corso.
- A Revolução Americana (1776-1783) viu nascer uma tímida marinha dos
Estados Unidos da América, que contou inicialmente com 13 navios.
- Devido à pequena marinha americana, e a intenção primária de realizar uma
guerra de corso, no mar, a Revolução Americana ficou a cargo da Marinha
francesa.
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- Concluída a aliança com a França, a poderosa frota desse país, reerguida por
Choiseul, foi empregada no serviço da causa patriota americana. Juntou-se a
ela, posteriormente, a Frota espanhola com a declaração de guerra da Espanha
à Inglaterra em 1779. A Inglaterra iria contar, ainda, com um outro inimigo. Pelo
fim de 1780, arrebentou a guerra com a Holanda, e, desde então, foi necessário
à Grã-Bretanha lutar contra três grandes potências europeias, além da América.
- A Grã-Bretanha, vencida, assinou a paz em 1783, mas firmou um acordo com a
manutenção de alguns privilégios britânicos em terras americanas.
- Poucos anos depois do fim da Guerra de independência dos EUA, sua marinha
estava desmobilizada por dissensões internas e disputas políticas.
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- A falta de uma marinha de guerra fez-se sentir em virtude da captura de navios


mercantes americanos. O corso sofrido pelo comércio marítimo dos EUA os
obrigou a reconstruir sua marinha, que teve que atuar tanto no mar do Caribe,
nas Antilhas, como no mar Mediterrâneo, no Norte da África.
- A Revolução Francesa (1789) modificou parâmetros no mundo todo, e foi
seguida diretamente na Europa pelas Guerras Napoleônicas. Após a derrota em
Trafalgar, em 1805, a França decretou o bloqueio Continental contra a Inglaterra
em 1806. Os EUA ficaram em uma situação complicada, pois de uma lado
estavam os laços culturais e políticos firmados com a Inglaterra, do outro, os
laços morais com a nação que havia contribuído com sua Independência.
- Tentando manter a neutralidade, os EUA declinaram economicamente.
Com o fim da guerra em 1815, a Marinha Mercante americana voltou à senda do progresso. Na Nova Inglaterra, a construção naval atingiu elevados índices de perfeição, e de sua

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- Em meio às disputas políticas nos EUA, decidiram


os americanos entrarem em guerra contra a
Inglaterra em 1812, sendo categoricamente
derrotados. Esse momento acabou por ser
denominado de Segunda Guerra de
Independência e levou os EUA a aplicarem
novamente o corso contra a Inglaterra.
- Com o fim da guerra em 1815, a Marinha
Mercante americana voltou à senda do progresso.
Na Nova Inglaterra, a construção naval atingiu
elevados índices de perfeição, e de suas carreiras
saíram os famosos Clippers.
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- A Guerra Civil Americana (1861-65):


- Guerra da Criméia (1853/1854-56);
- As disputas entre N x S;
- A Batalha de Hampton Roads;
- O Monitor e o Virgínia;
- O Submarino Hunley;

- Após a Guerra Civil, o desenvol-


vimento dos EUA os levaram para o
Oeste, e desta forma, o progresso
caminhou sob trilhos na segunda
metade do séc. XIX.
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- As perspectivas de um conflito próximo com a Espanha vieram acelerar o


renascimento da Marinha de Guerra americana, e quando a guerra deflagrou,
em 1898, ela não teve dificuldades em esmagar nas Filipinas e em Cuba, as
frotas obsoletas da Espanha. Daí em diante, a Marinha americana progrediu
continuamente, projetando-se em dois oceanos (Atlântico e Pacífico).

- A entrada do Século XX, com suas disputas industriais e econômicas, trouxe a


Grande Guerra. Iniciada em 1914, os EUA se mantiveram incialmente neutros
no conflito até 1917. Já durante sua neutralidade, seus parques industriais
foram amplamente utilizados em prol dos países formadores da Tríplice
Entente, e após a entrada dos EUA no conflito, todo peso da industrialização
americana foi colocado à disposição contra a Tríplice Aliança.
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- No período entre guerras (1918-1939), a Marinha Mercante americana teve um


pequeno declínio, enquanto sua Marinha de Guerra se manteve em excelente
nível de prontidão.

- A Segunda Guerra Mundial elevou os Estados Unidos à primazia incontestável


nos mares. O perigo crescente de um conflito na Europa levou o governo de
Roosevelt a pôr em execução um gigantesco programa naval que já ia bem
adiantado quando ocorreu o ataque a Pearl Harbor.
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Professor: Vagner Souza


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• A HISTÓRIA DA NAVEGAÇÃO:
- Os rios, lagos, mares e oceanos eram obstáculos que os seres humanos do
passado muitas vezes precisavam ultrapassar.
- Ao longo do tempo, o homem foi gradativamente aprendendo a “dominar” os
rios, os lagos, os mares até dominar os oceanos.
- A partir do século XV, os portugueses decidiram “globalizar”, se apropriaram de
instrumentos, desenvolveram outros, evoluíram.
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• OS NAVIOS DE MADEIRA:
- Das caravelas ao galeões.
- Os instrumentos de navegação.

• A VIDA A BORDO DOS NAVIOS VELEIROS:


- A qualidade de vida a bordo dos navios veleiros.
- A qualidade de vida a bordo dos navios mecânicos.
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• OS REFLEXOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA NAVEGAÇÃO:


- O navio a velas: origem, características, porte, emprego, etc.
- O navio a vapor: de Dennis Papin no século XVIII em diante, ou de Robert Fulton
no século XIX em diante? O Clermont.
- Navio de guerra e de comércio, navio de guerra, navio de comércio.
- O homem do mar não determina mais as práticas marítimas.
- Nações Dominantes (centrais) x Nações Dominadas (periferia): Brasil em 1825 a
Marinha Imperial com o Correio Brasiliense e, em 1826, com o Marquês de
Barbacena no Recôncavo Baiano.
- Por que não adotar o vapor?
- A travessia do Atlântico do Sirius e do Great Western.
- A regularidade das viagens e as companhias de navegação.
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- O porte das embarcações foi crescendo.


- Madeira – Ferro – Aço: as necessidades mudam.
- Em 1847 o vapor Dom Afonso fabricado na Inglaterra, com rodas de pás
laterais.
- Em 1850 o Napoléon com hélices.
- A Guerra da Criméia e suas lições: as Lave, Tonnante e Dévastation e o HMS
Agamemnon.
- A Guerra Civil americana e suas lições: a Merrimack ou Virginia, o Monitor e o
Hurley.
- A Guerra do Paraguai e seus aprendizados: a construção naval brasileira.
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- Couraças: defesa x manobrabilidade.


- 1859, o Gloire, em 1860 o Warrior, e a corrida armamentista.
- O Ariete, os torpedos, as minas: a guerra embaixo d’água.
- Os progressos do fim do século: a bifurcação dos projetos navais.
- Os veleiros: dos iates de Carlos II até o Clipper americano.
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• A RODA VAI GIRANDO:


- A Pax Britannica é ameaçada.
- A Primeira Guerra Mundial (1914-1918): o submarino x encouraçado.
- As falhas anfíbias, a Batalha da Jutlândia e as fases da guerra.
- A Primeira Guerra Mundial “brasileira” (1917-1919)
- A Segunda Guerra Mundial (1939-1945): o submarino x porta-aviões.
- Os sucessos anfíbios (Dunquerque, Normandia, ), a Batalha do Atlântico, a
Batalha do Pacífico.
- Depois da Segunda Guerra Mundial, as marinhas de guerra sofreram rápidas
transformações.
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- O primeiro submarino de propulsão nuclear foi o Nautilus, lançado ao mar em


1954. O Nautilus, imitado mais tarde pelo Skate, passou do Atlântico para o
Pacífico sob a calota polar ártica, navegando a maior parte do tempo debaixo
de bancos de gelo e reconhecendo, pela primeira vez, a passagem noroeste, de
enorme importância prática.
- O submarino atômico, com seu enorme potencial de guerra, é visto hoje pela
MB como o futuro.

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