Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CIDADE DE FORTALEZA/CEARÁ
DA TEMPESTIVIDADE
preconizados pela referida legislação. Nesse caso, verifica-se que o prazo fatal para a
interposição da presente defesa encerra-se na data de 21/06/2019.
1. DOS FATOS
Assim, insta consignar que a norma regente preestabelece a conduta a ser ado-
tada que, na hipótese dos Autos, que deveria ser a concessão de prazo para a adequa -
ção de eventuais irregularidades, exigindo a dupla visita, nos termos da redação, a se-
guir transcritos, verbis:
Nesse sentido colacionamos o julgado a seguir que trata sobre o tema, in litteris:
Entretanto, devemos apontar que o Auditor Fiscal deve observar o artigo 627 da
Consolidação das Leis do Trabalho e a Portaria Ministerial n. 3.158/71, artigo 4º. anexo
I, item 3, que dispõem que deverá ser observado o critério da “dupla visita” antes da
lavratura da multa administrativa.
Portanto, a não observância desta regra pela fiscalização do MTE acarreta a nu-
lidade do auto de infração e da aplicação de multa, se houver. Nesta linha de raciocínio
decidiu o TST:
AO ILMO SENHOR SUPERINTENDENTE DA REGIONAL DO TRABALHO DA
CIDADE DE FORTALEZA/CEARÁ
Assim sendo o agente responsável pela fiscalização em sua primeira visita, ob-
servando as irregularidades de baixo e médio risco, não poderá autuar de imediato a
empresa enquadrada como ME e EPP, devendo apenas indicar e orientar a empresa
sobre a regularização da situação indicada. Apenas em uma segunda visita posterior,
realizada pelo Fiscal, caso se apure a manutenção das ocorrências irregulares é que
poderá ser lavrado auto de infração para aplicação das penalidades cabíveis .
das aos que estão submetidos aos procedimentos administrativos regidos pela matéria
descrita no referido Diploma Legal.
Ao fixar tão somente o limite mínimo e máximo para as multas, a Lei implicita -
mente conferiu competência discricionária ao MTE para, em cada caso concreto, valo-
rar a conduta do infrator e aplicar o valor de multa proporcional à infração cometida,
respeitado, porém, o limite ali previsto.
Noutras palavras significa dizer que qualquer penalidade a ser aplicada, exige
que sua fixação seja realizada com base em determinados critérios, com destaque para
os que se segue: Nenhum dano ou risco ao interesse público ficou evidenciado;
Não ficou evidenciada qualquer beneficio ou lucro exorbitante à legítima expecta-
AO ILMO SENHOR SUPERINTENDENTE DA REGIONAL DO TRABALHO DA
CIDADE DE FORTALEZA/CEARÁ
Ademais, não há, no presente caso, qualquer evidência que possa ser interpre-
tada como má-fé da empresa, exigindo por parte da Administração Pública uma avalia-
ção razoável, conforme ensina a nobre doutrinadora Maria Silvia Zanella Di Pietro:
“Mesmo quando o ilegal seja praticado, é preciso verificar se hou-
ve culpa ou dolo, se houve um mínimo de má-fé que revele real-
mente a presença de um comportamento desonesto” (In Direito Ad-
ministrativo, 12ª ed., p.675)
3. DOS PEDIDOS
3.1. Que seja a presente DEFESA recebida, processada e ao final julgada proceden-
te em todos os seus termos para o fito de:
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.