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UNIDADE CURRICULAR:

GEOLOGIA E MECÂNICA DOS Profª Débora Rios

SOLOS
DÉBORA RIBEIRO RIOS
Engenharia Civil – UEFS;
Aluna Regular do Programa de Pós- Graduação em Engenharia Civil e
Ambiental UEFS
Especialista em Docência no Ensino Superior;
Especialista em Planejamento, Gerenciamento e Controle de Obras;
Experiências:
•Escritório de Projetos;
•Obras Condominial;
•Banco Público;
•Prefeituras Municipais;
•Construtoras e Incorporadoras municipais;
Atualmente: Consultoria, Empresa de Projetos
e Docência;
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Proporcionar conhecimentos básicos necessários para a
avaliação geotécnica;

• Proporcionar uma visão da disciplina relacionada com outros


conhecimentos do curso;

• Compreender a geologia e formação básica dos solos;

• Conhecimento sobre os tipos de solo;

• Conhecer os impactos gerados nas obras de engenharia civil


através dos conteúdos ministrados
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Permeabilidade;

2. Percolação;

3. Tensões no solo;

4. Compressibilidade do solo;

5. Cisalhamento do solo;

6. Resistência do solo;

7. Pressão Lateral;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
8. Empuxo;

9. Compactação;
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
• Aulas expositivas;

• Leituras de artigos científicos;

• Discussões em sala de aula;

• Atividades extra classe;


AVALIAÇÃO CONTINUADA
A avaliação contínua está diretamente ligada à realização do trabalho
pedagógico e se concretiza no acompanhamento do processo de
ensino e aprendizagem por várias formas.

Constitui-se de momentos e instrumentos imprescindíveis utilizados


pelo professor para que as metas de compreensão sejam atingidas.

Os estudantes terão dois momentos (A1 e A2), previstos no calendário,


com o objetivo de refletir sobre o seu nível de compreensão das
habilidades de sua área de estudos e competências desenvolvidas na
Unidade Curricular, e a avaliação dos desempenhos ao longo do
semestre (A3).
A NOTA FINAL DO SEMESTRE
SERÁ COMPOSTA POR:
A1 – Avaliação dissertativa em que o aluno demonstrará habilidades
na expressão da linguagem, códigos e signos da área, valendo 30
pontos.

A2 – Avaliação com questões de múltipla escolha em que o aluno


demonstrará habilidades de leitura, interpretação, análise de
informações e estabelecimento de relações, valendo 30 pontos.

A3 – Avaliação de desempenho como resultado do processo


composto por uma variedade de feedbacks para o atingimento das
metas de compreensão e a concretização dos desempenhos parciais
e consequente construção do desempenho final, valendo 40 pontos.
CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO
DA NOTA FINAL E DE
APROVAÇÃO:
A nota final será a soma das notas da A1, A2 e A3
(A1+A2+A3)

Para aprovação, a nota final deverá ser igual ou maior que


70 e a frequência igual ou superior a 75% da Carga
Horária da Unidade Curricular.

Obs: Caso a frequência do aluno seja menor que 75%, ele


estará reprovado, independentemente da nota.
AVALIAÇÃO INTEGRADA
(AI):
O aluno que tiver frequência de 75% ou mais e nota inferior a 70 pontos
poderá realizar a Avaliação Integrada (AI).

A AI valerá 30 pontos e a nota, se maior, substituirá a menor das notas


entre a A1 e a A2.

Caso a nota da AI, por ser maior, substitua a nota da A1 ou da A2, a


soma das três notas (A1+A2+A3) deverá ser 70 pontos ou mais, para a
aprovação.

Se a nota da AI for inferior à nota da A1 e, também, da A2, não haverá


substituição e o aluno estará reprovado na Unidade Curricular.
PROCESSO AVALIATIVO
A1 A2 A3 AI

DISSERTATIVA MÚLTIPLA ESCOLHA FORMATIVA INTEGRADA

LINGUAGEM, CÓDIGOS E INTERPRETAÇÃO, AVALIAÇÃO DOS


SIGNOS DA ÁREA LEITURA E ANÁLISE SUBSTITUIÇÃO DE NOTA
DESEMPENHOS

30 30 40 30

Substitui A1 ou
100 pontos
A2
70
Para aprovação, a nota final deverá ser igual ou maior que
e a frequência igual ou superior a 75% da Carga Horária da
Unidade Curricular.
BIBLIOGRAFIA
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações:
fundamentos. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações:
exercícios e problemas resolvidos. 7.ed.Rio de Janeiro: LTC, 2020. v.3.
E-book.
CHIOSSI, Nivaldo. Geologia de engenharia. 3.ed. Oficina de Textos,
2013. E-book.
Atos fraudulentos em
avaliações e atividades
acadêmicas estão sujeitos
às punições previstas no
regimento e/ou nas
instruções das avaliações.
PERMEABILIDADE DE ÁGUA NO Profª Débora Rios
SOLO
PERMEABILIDADE
❑ Propriedade do solo que indica a facilidade com que um
fluido poderá passar através de seus poros;

❑ Medida de sua capacidade em permitir o fluxo de um fluido


através dele.

Submetida a diferença de
potencial, a água desloca-se
no seu interior

Quanto mais compacto mais


difícil a passagem de água
PERMEABILIDADE
❑ A condutividade hidráulica é expressa, de forma geral, em
cm/s ou m/s no SI;

❑ Depende de vários fatores: viscosidade do fluido, distribuição


e tamanho dos poros, distribuição granulométrica, índice de
vazios;
PERMEABILIDADE
Valores Típicos
Permeabilidade Tipo de solo k a 20 ºC (cm/s)
Alta Pedregulho > 10-1
Média Areia grossa 10-1
Média Areia média 10-2
Média Areia fina 10-3
Média Areia argilosa 10-5
Baixa Siltes 10-4 a 10-7
Baixa Argilas 10-3 a 10-5
Muito Baixa Argilas 10-6 a 10-7
Baixíssima Argilas <10-7

OBS.: Bentonita k = 10-11


PERMEABILIDADE
❑ Os problemas mais graves em obras geotécnicas são
relacionadas a presença de água no solo;

❑ Importância na Engenharia:

◼ Cálculo de vazões: estimativa da quantidade de água que


infiltra numa escavação;

◼ Análise de recalques: diminuição do índice de vazios, que


ocorre pela expulsão da água;
PERMEABILIDADE
◼ Estudos de estabilidade: depende da pressão neutra,
tensões provocadas pela água;

◼ Obras de Drenagem;

◼ Rebaixamento de lençol;
UM POUCO DA HISTÓRIA

❑ Lei de Darcy (1850): Executou uma experiência para


estudar o fluxo de água através de solos, variando o
comprimento da amostra, a pressão de água no topo e no
fundo da amostra;

❑ Então, ele publicou uma equação para a percolação de


água:
𝑣 = 𝑘 .𝑖
PERMEABILIDADE
Permeâmetro
> solo
< permeabilidade

> água
> Velocidade e vazão

A vazão é inversamente
proporcional a L, porém
proporcional a z

𝑍
Q=
𝐿
PERMEABILIDADE
◼ Lei de Darcy:
❑ Percolação de água através

de um solo sob a ação da


gravidade;
PERMEABILIDADE
◼ Lei de Darcy:
◼ Q = vazão;

◼ A = área do permeâmetro;

◼ k = coeficiente de
permeabilidade;
◼ h = carga hidráulica que dissipa
na percolação; v = ki v=
Q
◼ L = trajetória de percolação
onde h A
se dissipa “h”; i=
◼ i = gradiente hidráulico;
l Q =kiA
◼ v = velocidade de percolação.
PERMEABILIDADE
◼ Métodos para medir a permeabilidade:

A partir da curva granulométrica


Métodos Indiretos
A partir do ensaio de adensamento

Permeâmetro de carga constante


Métodos Diretos Permeâmetro de carga variável
Ensaios In situ
PERMEABILIDADE
◼ Permeâmetro de Carga Constante
❑Indicado para solos de
elevada permeabilidade;
❑Mantém a carga , durante

certo tempo, a água percolada


é colhida e seu volume medido;
❑ NBR 13292 (ABNT, 1995):
Solo – Determinação do
coeficiente de permeabili dade
de solos granulares à carga
constante.
PERMEÂMETRO
DE CARGA
CONSTANTE
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio de Carga Constante
v = ki Q V
v= Q= V = volume
t = tempo
h A t
i=
l Q =kiA

V V L
=kiA k=
t A h t
PERMEABILIDADE
◼ ENSAIO DE CARGA CONSTANTE
❑ Preparo da amostra;
❑ Saturação do CP;
❑ Estabelecer fluxo laminar, Q= cte ou conhecida;
v=ki;
❑ Impor gradiente hidráulico e medir volume ao
longo do tempo.
Calcular o coeficiente de permeabilidade.

V L
k=
A h t
PERMEABILIDADE
◼ Permeâmetro de Carga Variável
❑Indicado para solos de

baixa permeabilidade pois,


a determinação pelo
permeâmetro de carga
constante é pouco precisa;
❑ NBR 14545 (2000): Solo –
Determinação do coeficien-
te de permeabilidade de
solos argilosos à carga
variável.
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
❑ Preparação da amostra

◼ Indeformada ou reconstituída (compactada)


PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
◼ Preparar a base do permeâmetro (tampa inferior, tela
de arame, camada de areia grossa e anel de borracha)
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
◼ Posicionar a amostra e acoplar o cilindro
metálico
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
◼ Envolver o CP com argila plástica
(bentonita)
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
◼ No topo colocar anel de borracha, areia grossa e
fechar com tampa superior.
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
◼ Efetuar saturação por fluxo
ascendente.
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
❑ Conectar o sistema de aplicação e medição de
cargas hidráulicas na tampa superior;
❑ Iniciar ensaio;

❑ Anotar:

◼ Cargas hidráulicas;

◼ Tempos;

◼ Temperatura da água.

❑Ensaio para 4 valores

idênticos de k
PERMEABILIDADE
◼ Ensaio à carga variável (Método B)
❑ Coeficiente de permeabilidade:
◼ k = coeficiente de permeabilidade (cm/s);
◼ a = área interna da bureta de vidro (cm²);
◼ H = altura inicial do corpo de prova (cm);
◼ A = área inicial da base do corpo de prova (cm²);
◼ Δt= tempo decorrido entre o início e o final de cada leitura (s);
◼ h1 = carga hidráulica no início de cada leitura (cm);
◼ h2 = carga hidráulica no final de cada leitura (cm).

a.H  h1  k 20 = RT  kT
k= .ln  
A.t  h2 
PERMEABILIDADE

Em alguns casos são utilizados os ensaios de


campo, no entanto, a precisão é menor do que os
ensaios em laboratório.
PERMEABILIDADE
◼ Fatores que interferem na permeabilidade
❑ Tamanho e forma dos grãos e distribuição

granulométrica:
◼ Solos de textura mais grossa são mais permeáveis

❑ Compacidade do solo:

◼ Quanto mais fofo, mais permeável

k1 e13 e23
= Correlaciona o k com o
k2 (1+ e1 ) (1+ e2 ) índice de vazios

Equação de Taylor
PERMEABILIDADE
◼ Fatores que interferem na permeabilidade
❑ Grau de Saturação:

◼ A percolação da água não remove todo o ar;

◼ Em solos não saturados, as bolhas de ar


obstruem a passagem do fluxo de água
knãosaturado  ksaturado

❑ Estrutura do solo:
◼ Presença de macroporos em solos residuais

◼ Solos compactados no ramo seco (estrutura


floculada) são mais favoráveis à passagem de
água
PERMEABILIDADE EM TERRENOS ESTRATIFICADOS
◼ Valores diferentes de k devido à
estratificação
❑ Comum em solos sedimentares

Tendência de
❑ Sugestão: k = kv  k h maiores
dimensões das
partículas na
horizontas

Sedimentação
camadas com
permeabilidades
diferentes
PERMEABILIDADE
◼ Fatores que interferem na
permeabilidade
❑ Densidade, viscosidade e

temperatura da água:
◼ Quanto maior a
temperatura, menor
a viscosidade e
maior a
permeabilidade.
T
k20º = kT  = kT  RT
20º
VELOCIDADE DE DESCARGA X REAL
◼ No solo, a água escoa pelos vazios. Pela equação de
Darcy, considera-se a área total

Q = Av = A f v f
A v
vf = v =
Af n
❑ Q = vazão
❑ A = área total
❑ Af = área dos vazios
❑ v = velocidade de descarga da água
❑ vf = velocidade real da água
❑ n = porosidade do solo
SOLO GRANULAR

Areia uniformemente, Hazen (1930) propôs uma


relação:
𝑐𝑚
𝐾 𝑠
= 𝑐𝐷102

c = constante que varia de 1,0 a 1,5


D10 = diâmetro efetivo em mm
SOLO COESIVO

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