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Pesnesa Juliasse
Universidade Púnguè
Chimoio
2020
João Elias Niquisse
Pesnesa Juliasse
Universidade Púnguè
Chimoio
2020
Índice
Capitulo I .......................................................................................................................... 6
1. Introdução.................................................................................................................. 6
Capitulo II ......................................................................................................................... 9
Desvantagens .................................................................................................................. 15
Capitulo IV ..................................................................................................................... 23
5. Dimensionamento.................................................................................................... 23
Capitulo V ...................................................................................................................... 32
6. Conclusão ................................................................................................................ 32
1.1.Objectivos:
1.1.1. Objectivo geral:
Dimensionar a instralacao de um sistema eolico autónomo que permite fornecer a
energia necessária ao consumo de uma casa de féria, localizada na zona montanhosa de
Namuli em Gurue.
1.1.2. Objectivos específicos:
Avaliar a viabilidade da instalação de aerogeradores de pequeno porte para casa de
férias no monte Namúli localizada no distrito de Gurué província de Zambézia.
Estimar a potência necessária para fazer o dimensionamento;
Fazer a instalação de um sistema eólico autónomo
1.2.Delimitação do tema.
1.4.Problematização
Para que haja uma geração efetiva da energia eólica é necessário que haja disponibilidade
permanente do vento. A casa localizada no distrito de Gurué que pretendemos dimensionar não
tem acesso a corrente eléctrica da rede pública, falar de energia eólica não é novidade para
alguns, atualmente é uma tendência no cenário mundial, a maior parte da população
moçambicana pouco adquire a essa tecnologia devido a custos relativamente elevados, assim a
pouca massa populacional que tem acesso a essa tecnologia, tem de gastar valores relativamente
elevados para aquisição desse sistema para a sua locomoção. Com esta reflexão surge a seguinte
questão de pesquisa:
Qual é a viabilidade de implementação de projeto de dimensionamento de aerogeradores
de pequeno porte para casa de férias no monte Namúli localizada no distrito de Gurué
província de Zambézia?
1.5.Hipóteses
O uso de um sistema eólico para uma residência facilita acesso a energia eléctrica. Visto
que o seu uso possibilita o melhoramento da vida duma sociedade sem acesso a corrente
eléctrica publica
Talvez o uso de um sistema eólico para uma residência não facilite o acesso a energia
eléctrica nesta zona, visto que para obtenção da energia eólica é necessário que haja
disponibilidade permanente do vento naquela região de Gurué.
1.6.Metodologias
A obtenção da informação para o desenvolvimento deste projeto, foram realizadas pesquisas
bibliográficas técnica especializadas e site conceituados da internet e a análise de outros
projetos relacionados ao dimensionamento de sistema eólica de uma residência com
aerogeradores de pequeno porte.
Capitulo II
Fundamentação teórica
2. Conceitos de energia eólica
Energia eólica A energia eólica é uma energia renovável proveniente do aquecimento não
uniforme do planeta pelos raios solares e pelo movimento de rotação da terra (SÁ et al, 2001).
Esses fenomenos causam a rotação da massa de ar dando origem 21 aos ventos. Por volta de
2% da energia que incide no nosso planeta é transformada em energia cinética dos ventos, o
que representa dezenas de vezes a mais do que a energia solar aproveitada na fotossíntese das
plantas (SÁ et al, 2001).
A energia eólica se destaca como a tecnologia de energia renovável com o maior crescimento
nos últimos anos. Segundo Magalhães (2009): “A energia eólica é a energia obtida pelo
movimento do ar, ou seja, o vento”. Esta energia pode ser aproveitada de várias formas como a
moagem de grãos (sua utilidade mais antiga), bombeamento de água e também a geração de
energia elétrica entre outras aplicações menos conhecidas. A transformação da energia dos
ventos em energia elétrica ocorre através da utilização de equipamentos eletromecânicos cujo
principal é basicamente componente principal é o aero gerador. “Este equipamento é
basicamente composto por uma torre de sustentação, um gerador elétrico e um conjunto de pás
que são responsáveis pela captação do vento e acionamento do gerador elétrico”.
O regime de ventos nas zonas costeiras apresenta-se bastante estável ao longo do ano com maior
intensidade nos meses de Setembro a Novembro.
Nas zonas de montanha o clima é tropical de altitude. Nas zonas de montanha interiores, em
particular na província de Tete, os ventos apresentam uma maior oscilação sazonal com uma
redução mais significativa no período de Dezembro a Março.O maior potencial eólico verifica-
se nas províncias de Maputo, Tete, litoral de Sofala, Inhambane e de Gaza
O primeiro mapeamento do potencial eólico para Moçambique foi realizado a partir do modelo
de Mesoscala MM5, com base nos dados globais do Projecto Reanalysis NCE
A energia eólica, também conhecida como energia dos ventos, consiste na energia cinética
existente no deslocamento de massas de ar. Tal deslocamento é produzido pelas diferenças na
pressão atmosférica, isto é, o sol ao transferir maior energia para as regiões em que seus raios
são perpendiculares promove uma maior temperatura no trópico do Equador em relação aos
polos. Esse maior aquecimento no Equador promove o deslocamento das massas de ar mais
frias dos polos para o Equador, gerando assim o vento. O vento é influenciado por diversos
aspectos naturais como latitude, altitude, características topográficas e rugosidade do solo. A
vegetação e o relevo, por exemplo, podem diminuir ou aumentar a velocidade do vento e criar
turbulência ao redor dele. Desta forma, percebe-se que a velocidade do vento é extremamente
sensível a diversos fatores e como a geração de energia eólica é proporcional ao cubo da
velocidade do vento, para a instalação de uma turbina eólica é de extrema importância a
realização de um estudo do vento no local. A transformação da energia eólica em energia
elétrica ocorre através da conversão da energia cinética contida nas massas de ar atmosférico
em energia elétrica com o auxílio dos aerogeradores. Os aerogeradores, ou turbinas eólicas, são
compostos por pás que estão acopladas a um eixo central. A força do vento faz com que as pás
girem, fazendo o eixo do gerador girar, desse modo a energia cinética do vento é transformada
em energia mecânica. Esta é depois convertida em eletricidade num gerador ligado ao eixo do
rotor, onde estão inseridas as pás. Esta energia elétrica, por sua vez, é enviada por cabos que
descem pelo interior da torre e se conectam a uma rede elétrica ou a um banco de baterias no
caso de sistemas autônomos.
:
As turbinas de pequeno porte que serão utilizadas no dimensionamento, podem ser classificadas
de acordo com a ANEEL, em micro e minigeradores eólicos, que são sistemas de geração
elétrica a partir da força dos ventos com potência suficiente para produzir eletricidade para o
abastecimento de pequenos consumidores, como casas e comércios. Segundo a Resolução
Normativa REN 687-2015, os microgeradores são sistemas com potência igual ou de até 75 kW
e, minigeradores, acima de 75 kW e até 5 MW. A maioria das turbinas de pequeno porte são de
eixo horizontal, no entanto as turbinas de eixo vertical estão ganhando força no mercado de
pequeno porte. As turbinas de pequeno porte são, em geral, trifásicas e geram em corrente
alternada. Necessitam normalmente de uma velocidade mínima de vento de 4 m/s. Dentre os
fabricantes de turbinas de eixo horizontal de pequeno porte, estão Southwest Windpower,
Superwind, Fortis Windenergy, Ampair Microwind, Aircon, Bergey Windpower Co, Aerofortis
e Enersud. A turbina Skystream 3.7 do fabricante Southwest Windpower é capaz de gerar até
2,4 kW a 13 m/s, e a turbina Superwind 350 do fabricante Superwind é capaz de gerar 350 W
a 12,5 m/s.
Figura 2: Turbinas Skystream, Superwind 350 e Whisper 500
Desvantagens
O mau mapeamento dos estudos, ou seja, previsão e mediação dos ventos locais não são
fontes precisas;
Custo alto;
Poluição sonora;
Poluição visual.
Viabilidades:
Topografia;
Altitude;
Condições climáticas;
Custos de mão-de-obra;
Material.
Capitulo III
3. Revisão Teórica
Segue neste capítulo uma revisão teórica para melhor compreensão do funcionamento dos
aerogeradores.
3.1.Potência do Vento
A energia cinética de uma massa de ar m em movimento a uma velocidade v,
pode ser obtida através da expressão:
1
𝐸 = 2 𝑚𝑣 2 (1)
A potência é então obtida pela deriva da energia em relação ao tempo para uma velocidade
constante:
𝑑𝐸 1
𝑃= = 2 𝑚𝑣 2 (2)
𝑑𝑡
1
𝑃mec= 2 𝜌𝐴𝑣 3 𝑐p𝜂g𝜂m (6)
𝑉 u= 𝜔𝑅 (8)
Como a velocidade angular, 𝜔, trata-se da razão entre o deslocamento angular pelo intervalo
de tempo do movimento, nota-se que turbinas eólicas de grande porte apresentam baixa
velocidade angular ao contrário das turbinas de pequeno porte que possuem alta velocidade
angular. Assim, turbinas com potência na ordem de kW chegam a velocidades perto de 180 rpm
e turbinas na ordem de MW alcançam velocidades de cerca de 20 rpm [33].
3.4.Solidez do Rotor
Outro parâmetro importante no estudo de turbinas eólicas é a solidez do rotor, que é definida
como a razão entre a área total das pás do rotor da turbina e a área varrida pelas pás.
𝑆.𝑁
𝛺= (9)
𝐴
Onde S é a área da superfície das pás e rotor, N é o número de pás e A é a área varrida pelas
pás.
Sendo assim, quanto maior for a área das pás e do rotor, ou menor for a área varrida pelas pás,
maior será a solidez da turbina. Dessa forma, as turbinas de alta solidez apresentam alto
coeficiente de potência a baixas velocidades de rotação, enquanto que nas turbinas de baixa
solidez ocorre o contrário [33].
3.5.Fator de Capacidade
Para se avaliar o potencial eólico de uma região, utiliza-se o fator de capacidade, que pode ser
interpretado como o percentual de aproveitamento, efetivo ou estimado, do total da potência
máxima instalada. Sendo assim, seu cálculo depende das características do aerogerador
instalado e das características do local.
O fator de capacidade é diretamente influenciado por condições naturais, como o perfil de
velocidade do vento e a turbulência do local. Para se obter um fator de capacidade bom, a
turbulência deve ser baixa, possibilitando a instalação de turbinas maiores com maior potência
de geração. Outras condições favoráveis podem ser atingidas e aumentar o fator de capacidade
médio, como a otimização da curva de potência da turbina. Essa prática faria a turbina operar
por mais tempo em potência ótima, isso significaria produzir energia por mais tempo, com
menor estresse estrutural no equipamento e redução de manutenção. O fator de capacidade (FC)
de um determinado local é definido como a razão entre a energia produzida (ou estimada)
durante um ano, e a energia que seria produzida caso o aerogerador operasse em sua potência
nominal durante 100% do tempo. O FC pode ser escrito como:
𝐸 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝐹𝑐 = 𝑃𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙.𝑇 (10)
Onde:
E elétrica = energia elétrica
P nominal = potência nominal do aerogerador (Watts);
T = período de análise em horas =8760 horas em um ano.
3.6.Curva de Potência
As curvas de potência das turbinas eólicas correspondem a um gráfico que indica a potência
gerada para cada velocidade de vento que o aerogerador é submetido[36]. Sendo possível,
prever a produção de energia de uma turbina eólica sem considerar os detalhes técnicos de seus
vários componentes. A Figura apresenta um exemplo de curva de potência construída para dos
geradores eólicos.
Figura 3: Curvas de potência para dois geradores eólicos
A curva de potência aponta três pontos importantes para análise do desempenho da turbina: a
velocidade de entrada, a velocidade nominal e a velocidade de corte.
Velocidade de entrada (Ve): a velocidade do vento em que a turbina começa a gerar
energia.
Velocidade nominal (Vn): a velocidade do vento em que a turbina eólica atinge sua
energia nominal. Isso, muitas vezes, significa a sua potência máxima
Velocidade de corte superior (Vc): a velocidade do vento em que a turbina eólica
desliga para evitar que a potência do gerador trabalhe em níveis prejudiciais. Nessa
velocidade os controladores de inclinação reclinam as lâminas para permitir que o vento
passe por elas e o cubo do rotor é freado.
3.7.Distribuição de Weibull
A distribuição de Weibull é um modelo matemático que através de um fator de forma do vento
e de uma média característica de velocidade descreve o provávelcomportamento do vento ao
longo do ano. Para os ventos, caracteriza-se como uma distribuição de probabilidade de
diferentes velocidades ocorrerem.
Após a medição dos dados eólicos de uma região, calcula-se a média da velocidade do vento e
também um fator sobre o comportamento deste ao longo do tempo. A técnica em questão
associa uma fórmula matemática que aproxima toda a curva, bastando estar de posse desses
dois valores. Ela leva em consideração o desvio padrão das medidas coletadas em campo, sendo
dessa forma, um parâmetro estatístico.
A fórmula utilizada para a criação das curvas de probabilidades de velocidade do vento num
certo local resulta em diferentes formatos de curva. A equação que a distribuição de Weibull
obedece possui dois valores coletados em campo, sendo estes o fator k (fator deforma do vento)
e a velocidade C (velocidade média do vento) e dois valores que são interdependentes, sendo
estes, a velocidade do vento e a frequência com que este ocorre [37].
𝐾 𝐾 𝐾−1 𝐾 −1
𝐹𝑟𝑒𝑞 (𝑉) = 𝐶 (𝐶 ) 𝑒𝑥𝑝 [− ( 𝐶 ) ] (11)
Onde:
V – velocidade do vento;
Freq(V) – frequência que uma determinada velocidade aparece;
C – velocidade média do vento;
k – fator de forma do vento.
4. Aplicação dos Sistemas Elétricos
Existem três aplicações distintas onde os sistemas eólicos podem ser utilizados:
sistemasindependentes ou isolados, sistemas híbridos e sistemas interligados à rede elétrica.
4.1.Sistemas Isolados
Sistemas Isolados Os sistemas isolados de pequeno porte, em geral, utilizam alguma forma de
armazenamento de energia. Este armazenamento pode ser feito através de baterias ou na forma
de energia potencial gravitacional com a finalidade de armazenar a água bombeada em
reservatórios elevados para posterior utilização. Alguns sistemas isolados não necessitam de
armazenamento, como no caso dos sistemas para irrigação onde toda a água bombeada é
diretamente consumida (RAMOS, 2006). Os sistemas que armazenam energia em baterias
necessitam de um dispositivo para controlar a carga e a descarga da bateria. O controlador de
carga tem como principal objetivo não deixar que haja danos ao sistema de bateria por
sobrecargas ou descargas profundas. Para alimentação de equipamentos que operam com
corrente alternada (CA) é necessário a utilização de um inversor. Este inversor pode ser de
estado sólido eletrônico ou rotativo mecânico (RAMOS, 2006).
Figura 4: Diagrama de aerogerador em função da carga utilizada. [CRESESB. “Energia
Eólica Princípios e Tecnologia”.]
4.2.Sistemas Híbridos
Os sistemas híbridos são definidos como aqueles que embora desconectados da rede
convencional, apresentam várias fontes de geração de energia, isto é, além de possuírem o
gerador eólico, esses sistemas operam em conjunto com geradores a diesel ou módulos
fotovoltaicos, entre outros.
A utilização de várias formas de geração de energia elétrica aumenta a complexidade do sistema
e exige a otimização do uso de cada uma das fontes. Sendo necessário realizar um controle de
todas as fontes para que haja máxima eficiência na entrega da energia para os consumidores.
Assim como no sistema isolado, esse sistema necessita da utilização de baterias para
armazenamento da energia. Sendo necessária a utilização de um controlador de carga e
inversores. Em geral, os sistemas híbridos são empregados em sistemas de médio a grande porte
destinados a atender um número maior de usuários.
5. Dimensionamento
O dimensionamento do aerogerador leva em consideração as condições locaisde relevo e
estruturas não naturais, como construções e outras instalações, bem como as condições
geográficas, clima, índices de vento, ocorrências de problemas climáticos destrutivos e outros
de natureza semelhante. Tratando-se de produção de energia complementar e emergencial, o
conhecimento da carga a ser suprida e a qualidade do fornecimento de energia pela
concessionária local é fundamental, principalmente os índices de falhas, a capacidade de carga,
a possibilidade prática de conexão entre a geração distribuída e a rede, bem como a qualidade
da energia disponibilizada. Todos estes aspetos são tratados neste capítulo, acompanhados do
estudo analítico do potencial eólico, para determinar o dimensionamento e as especificações do
aerogerador que cumpre o objetivo do projeto.
5.1.Condições Locais
Fonte: INAM
5.1.1. Ventos
Esta seção discute o vetor médio horário de vento (velocidade e direção) em área ampla a 10
metros acima do solo. A sensação de vento em um determinado local é altamente dependente
da topografia local e de outros fatores. A velocidade e a direção do vento em um instante variam
muito mais do que as médias horárias. A velocidade horária média do vento em Gurue (Namuli)
na Zambezia passa por variações sazonais significativas ao longo do ano. A época de mais
ventos no ano dura 3,3 meses, de 19 de agosto a 30 de novembro, com velocidades médias do
vento acima de 15,5 quilômetros por hora. O dia de ventos mais fortes no ano é 10 de outubro,
com 18,5 quilômetros por hora de velocidade média horária do vento.
A época mais calma do ano dura 8,7 meses, de 30 de novembro a 19 de agosto. O dia mais
calmo do ano é 30 de janeiro, com 12,5 quilômetros por hora de velocidade horária média do
vento.
5.1.2. Topografia
A área dentro do perímetro de 3 quilômetros de Quelimane é coberta por pasto (35%), terra
fértil (26%), superfícies artificiais (18%) e água (10%); dentro do perímetro de 16 quilômetros,
por terra fértil (50%) e pasto (32%). Finalmente, dentro do perímetro de 80 quilômetros,
por água (42%) e pasto (26%).
5 4,6 4,6
4
3,4
Fonte: Autor
5.3.Análise de informações e tratamento matemático
Para a utilização das informações registradas é necessário se considerar um perfil de
distribuição dos ventos, a fim de analisar o perfil de geração possível de ser obtido.
A partir dos dados obtidos e do mapa eólico em Gurué (Namúli) foi possível traçar.
Mês Média mensal de
ventos médios
Janeiro 3,4 m ̸ s
Fevereiro 3,4 m ̸ s
Março 3,4 m ̸ s
Abril 3,4 m ̸ s
Maio 3,4 m ̸ s
Junho 3,4 m ̸ s
Julho 3,4 m ̸ s
Agosto 4,6 m ̸ s
Setembro 4,6 m ̸ s
Outubro 5,1 m ̸ s
Novembro 4,6 m ̸ s
Dezembro 4,6 m ̸ s
5.4.Informações Geográficas
Além de informações a respeito das velocidades do vento no decorrer do ano, é necessário
definir as informações sobre o terreno onde se deseja instalar o aerogerador em questão. O local
determinado é uma área de campo aberto, o que favorece a instalação do aerogerador no local.
Fonte: INAM
.
Figura 10: Monte Namúli
Fonte: INAM
O rotor deve ser dimensionado a partir dos dados de velocidade do vento e da potência mecânica
necessária no eixo do gerador elétrico. Deve ser considerado o rendimento total do sistema
eólico-elétrico, pois a potência convertida pelo rotor deve suprir a potência média da carga da
instalação.
Será admitido que toda energia gerada seja armazenada no banco de baterias.
Considerando os rendimentos no sistema da Tabela e a partir da equação obtêm-se a potência
necessária que o aeroderador eólico deverá converter com a velocidade do vento estimada para
o projeto.
𝑃𝑚𝑒𝑑 210
𝑃T= 𝜂𝐺 ⋅𝜂𝐵 ⋅𝜂𝐼 = 0,7.0,85.0,9 = 395 𝑊 (13)
No catálogo online da Baterias Moura, opta-se pelo tipo de bateria Moura Clean modelo
12MF150, pois ela é do tipo estacionária, específica para a reserva de energias alternativas, com
capacidade de carga (CQ) de 150 Ah e um fator de carga de 80%, ou seja, pode ser descarregada
até 80% de sua capacidade sem ser comprometida. A partir da equação calcula-se o número de
baterias necessárias para a instalação.
𝑄𝑏𝑏 415 [𝐴.ℎ]
Nbat= 𝐹𝑐.𝐶𝑞 = 080×150𝐴ℎ = 3,45 ≈ 4 ( 15)
Será necessário um total de 4 baterias deste modelo para disponibilizar energia e suprir a carga
por um dia inteiro.
5.8.Dimensionamento de inversores
Considerando que os seguintes eletrodomésticos estarão ligados em sua residência durante um
dia (24h):
O Inversor deve possuir capacidade para suprir a potência instantânea, que seria de 125𝑊 +
90𝑊 + 75𝑊 + 500𝑊 + 1000𝑊 + 90 𝑊 + +120 𝑊 = 2000𝑊, ou seja, um inversor
de 2000W atenderia, mas para garantir sobras um inversor de 3000W seria melhor.
Cada aerogerador possui suas particularidades, seja no formato, estilo de eixo, melhor local
para instalação, desempenho segundo o regime de ventos, dentre outros. Nesse contexto, é
importante verificar qual o desempenho, em termos econômicos,do aerogerador.
Gerar 246
Seguem alguns dados técnicos na com a curva de potência do aerogerador sendo representada
na Figura.
Dados Gerais aerogerador Gerar 246.
Tipo de Turbina HAWT
Potência Nominal 1000 W
Velocidade Nominal 12,5 m/s
Velocidade de Partida 2,0 m/s
Capitulo V
6. Conclusão
No presente trabalho foi realizada uma revisão técnica e teórica que apresentou os tipos de
aerogeradores, ventos abundantes naquela região, topografia, o potencial eólico Moçambicano
e os fatores relevantes para realização do dimensionamento de um aerogerador de pequeno
porte para a casa de férias localizada na zona sope montanhosa em Namúli distrito de Gurué.
A metodologia se baseou na análise das condições de relevo, climáticas e perfil de ventos da
região, para determinar qual turbina teria um desempenho aceitável para a velocidade média
daquele local. Para isso, fez se uma analise da quantidade de energia produzida por cada
aerogerador no perfil de vento da região ao longo de um ano.
Diante desta análise, conclui-se que é viável a instalação de aerogeradores de pequeno porte,
apesar da média dos ventos variem entre 3,4 e 5,1 m/s, sendo ainda considerada baixa para a
geração de energia elétrica naquela região.
Dessa forma, o projeto se mostrou tecnicamente viável e capaz de entregar a energia necessária
para suprir parcialmente a carga da casa de férias localizada naquele ponto do pais.
Por fim, o trabalho se mostrou efetivo naquilo que se propôs fazer. Foi mostrada uma
metodologia para o dimensionamento de aerogeradores voltados a geração de pequeno porte,
aproveitando as condições climáticas favoráveis no local, bem como a energia eólica em
Moçambique e no mundo como um modo geral. O principal resultado do projeto, junto a
necessidade de crescimento tecnológico nacional, ratificam a importância do estudo.
7. Referências bibliograficas
Amarante O.A.C., Brower M., Zack J. e Sá A.L., “Atlas do Potencial Eólico Brasileiro”,
Ministério de Minas e Energia, Brasília, 2001.
Beer, F.P.&e Johnston JR., E.R, Resistência dos Materiais, 1995, 3ª Ed., Editora Makron
Books.
BOSCH, “Catálogo de Alternadores, Motores de Partida e Principais Componente”, 2008/2009.
CARVALHO, P.; Geração Eólica. Fortaleza: Imprensa Universitária, 146f, 2003.
Callister W. D., “Ciência e Engenharia de Materiais - Uma Introdução”, Resolução 2002, 5ª
edição. Editora LTC. Brasil.
CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, “Energia
Eólica – Princípios e Aplicações”.
RAMOS, D. S. et al.; Projeto de geração de energia eólica. 2006. 75f. monogafia (Graduação
em engenharia industrial mecânica) - Universidade Santa Cecília, Santos, São Paulo.