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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFESSOR JOÃO BOOS.

O capitalismo é um sistema econômico e social baseado no direito à propriedade privada, no lucro


e na acumulação de capital.

A palavra capital vem do latim capitale e significa "cabeça", no qual faz alusão às cabeças de gado, ou
seja, uma das medidas de riqueza nos tempos antigos. Atualmente, capital está relacionado
diretamente com o dinheiro ou crédito.

Também conhecido como economia de mercado, o capitalismo opera através das leis da livre
iniciativa, da livre concorrência e das leis da oferta e da procura.

Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do
sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social, a burguesia.

O sistema capitalista se consolidou a partir das revoluções burguesas ocorridas nos séculos XVII e XVIII
e, da revolução industrial, que instituiu um novo modo de produção.

Fases do Capitalismo

O Capitalismo é um sistema econômico que está dividido em três fases:

Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo) – do século XV ao XVIII


Capitalismo Industrial ou Industrialismo – séculos XVIII e XIX

Capitalismo Financeiro ou Monopolista – a partir do século XX

Características do Capitalismo

Segue abaixo as principais características do Capitalismo:

Propriedade privada

Lucro

Trabalho assalariado

Resumo

O sistema capitalista teve início no século XV, com a decadência do sistema feudal. Vale lembrar que
o feudalismo foi uma organização econômica, política, social e cultural baseada na posse da terra, que
dominou a Europa na Idade Média (V ao século XV) após a crise do império romano.

Uma das principais características do sistema feudal era a sociedade estamental, ou seja, dividida em
estamentos (camadas sociais estanques) e destituída de mobilidade social. Nesse sentido, os dois
grandes grupos sociais existentes eram basicamente os senhores feudais e os servos. Acima dos
senhores feudais estavam os Reis e a Igreja.

O senhor feudal administrava os feudos possuindo o poder político local, e portanto, tendo total
autonomia sobre as terras, enquanto os servos trabalhavam nos feudos (grandes extensões de terra).

A produção feudal era autossuficiente posto que se destinava ao consumo local de seus habitantes e
não às trocas comerciais. Observe que a economia feudal era baseada nas trocas de produtos e por
isso, não existiam moedas de circulação.

A decadência do sistema feudal ocorreu por diversos motivos:

Esses fatores levaram a aparição da moeda como valor de troca e, consequentemente, ao surgimento
do sistema capitalista. Essa mudança representou o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.

A aliança entre os reis e da burguesia mercantil foram essenciais para a decadência do sistema feudal,
os quais foram assumindo o controle estatal da economia nacional, com o intuito de fortalecer ainda
mais o poder central e obter os recursos necessários para expandir o comércio.

Capitalismo Comercial ou Mercantil

De tal modo, o controle estatal da economia tornou-se a base do mercantilismo, o qual esteve
baseado nas trocas comerciais com a finalidade de enriquecimento.

Assim, nessa fase inicial, o capitalismo era considerado um pré-capitalismo baseado no sistema
mercantilista. No capitalismo mercantil surge a moeda e além do controle estatal da economia, as
principais características do mercantilismo eram:

Capitalismo Industrial ou Industrialismo

Com a Revolução Industrial do século XVIII, o surgimento da máquina movida à vapor e a expansão
das indústrias, o capitalismo atinge uma nova fase, chamada de Capitalismo Industrial ou
Industrialismo.
As alterações dos sistemas de produção estiveram marcadas pela substituição de produtos
manufaturados para os industrializados, os quais foram tomando conta do cenário mundial por meio
do desenvolvimento do sistema fabril de produção e da explosão demográfica nos grandes centros
urbanos (urbanização).

Em outras palavras, o trabalho manual é, nesse momento, realizado em grandes escalas de produção
donde as máquinas substituem a força do homem.

Essa fase que durou até o século XIX estava baseada no liberalismo econômico (o mercado e a livre
concorrência sem intervenção do Estado economia) e teve como principais características:

Note que a aceleração dos processos industriais trouxe diversos problemas à população, desde
condições precárias de trabalho, com as intensas horas de trabalho, os baixos salários e o aumento do
desemprego, o que mais tarde levaria à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Capitalismo Financeiro ou Monopolista

Já a terceira fase do capitalismo, denominada de Capitalismo Financeiro ou Monopolista, surge no


século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com a expansão da
globalização e o advento da segunda revolução industrial.

Além das Indústrias que dominaram o cenário do capitalismo industrial, nesse momento, o sistema
está fundamentado nas leis dos bancos, das empresas multinacionais e das grandes corporações por
meio do monopólio financeiro.

Sendo assim, as principais características do capitalismo monopolista, que vigora até os dias atuais
são:

Alguns estudiosos acreditam que o capitalismo já entrou numa quarta fase com a expansão das
tecnologias de informação denominada de Capitalismo Informacional ou Cognitivo.

REV INDUSTRIAL

A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações sociais e econômicas que começou
na Inglaterra no século XVIII.
O modo de produção industrial se espalhou por grande parte do hemisfério Norte durante todo o
século XIX e início do século XX. Produzir mercadorias ficou mais barato e acessível, porém trouxe a
desorganização da vida rural e estragos ao meio ambiente.

O advento da produção em larga escala mecanizada deu início às transformações dos países da Europa
e da América do Norte. Estas nações se transformaram em predominantemente industriais e suas
populações se concentraram cada vez mais nas cidades.
Por isso, a revolução industrial é caracterizada como o processo que levou à substituição das
ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção
doméstico (ou artesanal) pelo sistema fabril.

O motor a vapor foi essencial para aumentar a produção das máquinas e a velocidade dos transportes

Causas da Revolução Industrial

A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento da
riqueza para a burguesia. Isto permitiu a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico
e o alto custo da instalação nas indústrias.

A burguesia europeia, fortalecida e enriquecida, passou a investir na elaboração de projetos para


aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de máquinas para a indústria.

Logo verificou-se que se obtinha maior produtividade e se aumentavam os lucros quando se


empregavam máquinas em grande escala.

Consequências da Revolução Industrial

O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países entre si, no que
diz respeito ao poder econômico e político.

Afinal, nem todos se industrializaram ao mesmo tempo, permanecendo na condição de fornecedores


de matérias primas e produtos agrícolas para os países industrializados.

Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países desenvolvidos
e em desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é avançado é avaliar o quanto ele é
industrializado.

Fases da Revolução Industrial

Foi na Inglaterra que o fenômeno da industrialização começou e por isso a Revolução Industrial Inglesa
foi pioneira. Vários fatores explicam as razões desta primazia.

A Inglaterra, possuía capital, estabilidade política e equipamentos necessários para tomar a dianteira
do avanço da Indústria.

Desde o fim da Idade Média, parte significativa da população se dirigia às cidades devido aos
cercamentos (enclousers) do campo. Sem terra, os camponeses acabavam entrando nas fábricas que
surgiam.

Também tinha colônias na África e na Ásia que garantiam fornecimento de matéria-prima com mão
de obra barata.

Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal
característica foi o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase
todos os setores da vida humana.

Na estrutura socioeconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos
dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou a antiga
organização dos grêmios ou guildas que era o modo de produção utilizado pelos artesãos.
Desta maneira, surgem as primeiras fábricas que abrigam num mesmo espaço muitos operários. Cada
um deverá operar uma máquina específica para realizar sua tarefa.

Mulheres e crianças eram usadas como mão de obra barata nas fábricas inglesas

Devido à baixa remuneração, condições de trabalho e de vida sub-humanas, os operários se


organizam. Desta forma, associaram-se em organizações trabalhistas e sindicatos para reivindicar
melhores jornadas menores e aumento de salários.

A mecanização se estendeu do setor têxtil para a metalurgia, transportes, agricultura, pecuária e todos
os outros setores da economia, inclusive o cultural.

A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem econômica. Ao mesmo


tempo acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária. Era o início de
uma nova época, onde a política, a ideologia e a cultura gravitavam em dois polos: a burguesia
industrial e financeira e o proletariado.

As fábricas empregavam grande número de trabalhadores. Todas essas inovações influenciaram a


aceleração do contato entre culturas e a própria reorganização do espaço e do capitalismo.

Nessa fase, o Estado passou a participar cada vez mais da economia, regulando crises econômicas e o
mercado e criando uma infraestrutura em setores que exigiam muitos investimentos.

Segunda Revolução Industrial

A partir do final do século XIX, o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais
monopolista. Apenas poucas empresas ou países dominavam a produção e o comércio. Era a fase do
capitalismo financeiro ou monopolista, característica marcante da Segunda Revolução Industrial.

Nesta época, o Império Alemão surge como a grande potência industrial. Com a abundância do
minério de ferro e uma cultura militar, os alemães, capitaneados pela Prússia, fazem reformas políticas
e econômicas que vão unificar o país e dotá-lo de uma indústria poderosa.

Desde então, se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando a inovação e o


constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhorar o desempenho industrial.

Terceira Revolução Industrial

O ponto culminante do desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início em meados


do século XX, por volta de 1950, com o desenvolvimento da eletrônica. Esta permitiu o
desenvolvimento da informática e a automação das indústrias.

Deste modo, as indústrias foram dispensando a mão de obra humana e passaram a depender cada
vez mais das máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador intervinha como supervisor ou em
apenas algumas etapas da produção.

Essa fase de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou revolução informática
e tecnológica.

Revolução Industrial no Brasil

A fábrica de Tecelagem São Martinho, em Tatuí (SP), fundada em 1881, foi a maior fábrica de
tecelagem do país
Enquanto na Inglaterra, no século XVIII, acontecia a Revolução Industrial, o Brasil, ainda colônia
portuguesa, estava longe do processo de industrialização.

Após a independência houve apenas iniciativas isoladas em instalar indústrias no Brasil. No começo
do século XX, fábricas têxteis, principalmente, surgiam em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A industrialização no Brasil, contudo, só começou verdadeiramente em 1930, cem anos após a


Revolução Industrial Inglesa.

Durante o governo de Getúlio Vargas, a centralização do poder no Estado Novo criou condições para
que se iniciasse o trabalho de coordenação e planejamento econômico. Vargas pôs ênfase na
industrialização por substituição de importações.

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) trouxe uma desaceleração para a industrialização no Brasil,
uma vez que interrompeu as importações de máquinas e equipamentos.

Mesmo assim, o Brasil através de acordos com os Estados Unidos, consegue fundar a Companhia
Siderúrgica Nacional (1941) e a Usiminas (1942).

Após o conflito, o Estado retornaria suas atividades de investidor e impulsionaria a criação de


indústrias como a Petrobras (1953).

Sistemas de produção

Os sistemas de produção referem-se ao modo como empresas e fábricas adotam estratégias para
aumentar os lucros.

Os sistemas de produção de bens, serviços e mercadorias interferem na vida em sociedade

Os sistemas de produção, ou modalidades produtivas, são estratégias tomadas no âmbito da


administração de empresas para organizar a produção ou prestação de serviços. A aplicação de um
modelo ou outro em massa pela sociedade resulta em efeitos diretamente sentidos na economia, na
sociedade e também no espaço geográfico.

Os principais tipos de produção, que se aplicaram completamente nas cadeias produtivas industriais,
mas que podem ser vistos em outras esferas da economia (e até fora dela), são: taylorismo, fordismo
e toyotismo.

Taylorismo: também conhecido como Administração Científica, o Taylorismo é um sistema de


administração de empresas muito aplicado à indústria e que foi elaborado por Frederick W. Taylor
(1856-1915). As premissas desse sistema são: a máxima produtividade através de padrões repetitivos
dos trabalhadores e das máquinas, uma ampla divisão de tarefas, funções repetitivas e otimização do
trabalho para a aplicação de um sistema de produção em massa.

Linha de produção têxtil taylorista

Fordismo: elaborado por Henry Ford (1863-1947), é frequentemente entendido como uma aplicação
do Taylorismo ao sistema de produção fabril das empresas Ford. Apesar de manter as premissas de
Taylor para a produção em massa — esforço repetitivo, distribuição de tarefas e alienação do trabalho
—, o Fordismo apresentava as suas especificidades. A principal delas foi a inserção da esteira na cadeia
produtiva, permitindo com que o produto em fase de confecção chegasse mais rapidamente ao
trabalhador, possibilitando o aumento da produtividade. As chamadas “linhas de montagem” são a
principal herança do fordismo nos dias atuais.

Linha de produção fordista, sem necessidade de locomoção do trabalhador

Com a difusão dos sistemas de produção em massa, sobretudo no início do século XX, a sociedade
industrial passou a acumular uma grande quantidade de produtos em seus estoques, com a intenção
de que as mercadorias ficassem mais baratas e, assim, mais acessíveis. Por outro lado, essa produção
fordista/taylorista foi um dos fatores que desencadearam a crise econômica que culminou na quebra
da Bolsa de Nova York em 1929, que foi notadamente uma crise de superprodução.

Toyotismo: também chamado de sistema de produção flexível, o toyotismo foi criado na década de
1970 por Taiichi Ohno (1912) e Eiji Toyoda (1913-2013) e diretamente aplicado nas linhas de produção
da Toyota. Diante do panorama da crise do petróleo de 1970, das peculiaridades da economia
japonesa e das limitações do fordismo, o toyotismo foi elaborado com base nas seguintes premissas:
a) produção flexível e não mais em massa, mas variando de acordo com a procura; b) maior rapidez
no processo produtivo (just in time); c) o mesmo trabalhador realiza múltiplas funções; d) não
necessidade de estocagem; e) produtos não necessariamente padronizados.

No toyotismo, ocorreu uma flexibilização do trabalho

Com o avanço do toyotismo pelo mundo ao final do século XX e o fortalecimento do sistema


neoliberal, houve diretas consequências, como a desregulamentação progressiva do trabalho, o
enfraquecimento dos sindicatos, a tecnologização da produção e o consequente deslocamento dos
trabalhadores para o setor terciário.

Como podemos notar, as diferentes estratégias de produção reverberam em transformações


fortemente sentidas pelas sociedades, sobretudo no que diz respeito aos padrões de consumo e de
trabalho. Com isso, nota-se que compreender esses sistemas de produção é também conhecer melhor
alguns dos aspectos que produzem e transformam as relações sociais e a dinâmica do espaço
geográfico econômico.

• Industrialização do Mundo.

A industrialização consiste em transformar um determinado espaço geográfico a partir da construção


de indústrias e de empresas direta e indiretamente ligadas a essas indústrias. Esse fenômeno humano
é importante por provocar profundas alterações socioespaciais, tanto acelerando a urbanização e o
êxodo rural quanto alterando drasticamente a maneira de exploração e utilização dos recursos
naturais.

Quando se aborda a questão da industrialização mundial, fala-se de um processo que se manifestou


de forma extremamente desigual pelo globo. Enquanto os países de industrialização clássica
desenvolveram-se tecnologicamente a partir de meados do século XVIII e ao longo do século XIX, os
países de industrialização tardia vivenciaram esse fenômeno apenas a partir do século XX, enquanto
alguns deles ainda sequer podem ser considerados como territórios industrializados.

A Inglaterra foi o país que primeiro se desenvolveu nesse sentido, na chamada Primeira Revolução
Industrial. Antes disso ocorrer, eram conhecidos apenas o artesanato e a manufatura, não existindo
um processo produtivo sistematizado e guiado pela presença de maquinários, como ocorre nas
fábricas.

Na Primeira Revolução Industrial, as técnicas baseavam-se na operação da máquina a vapor, cuja fonte
de energia principal era o carvão. Essa etapa ocorreu na Europa e provocou profundas alterações no
espaço das cidades, que passaram a crescer de forma acelerada em virtude da grande oferta de
empregos e da mecanização do campo, que foi um dos fatores que provocaram o êxodo rural
(migração em massa da população do campo para as cidades).

Na Segunda Revolução Industrial, a tecnologia conheceu um novo ciclo de inovação, e o petróleo


tornou-se a principal fonte de energia, algo que ocorre até hoje, mesmo com as inovações industriais
posteriores. A mão de obra passou a ser mais qualificada, uma vez que as formas de produção se
tornaram mais complexas, com maquinários movidos a energia elétrica e com um maior grau de
complexidade. Nesse período também foi dominante o modelo de produção fordista, caracterizado
pelo trabalho repetitivo nas fábricas e uma produção em grandes quantidades.

A partir da segunda metade do século XX, o mundo conheceu uma nova etapa: a Terceira Revolução
Industrial ou Revolução técnico-científica informacional. Esse processo de desenvolvimento ainda se
encontra em curso e é responsável pela informatização das sociedades e pelo desenvolvimento dos
transportes, comunicação, biotecnologia e informação. Com isso, as chamadas multinacionais ou
empresas globais conseguiram se disseminar pelo mundo, propiciando a industrialização de países
subdesenvolvidos, que, antes disso, produziam apenas matérias-primas para as nações desenvolvidas.
Nesse contexto, fala-se do encurtamento das distâncias e da aceleração das atividades, naquilo que
se denominou por compressão espaço-tempo. Com isso, o fordismo foi substituído pelo toyotismo em
que não há mais a produção em massa, e sim conforme a demanda pelas mercadorias. Além disso, o
trabalho deixou de ser repetitivo, mas sim flexibilizado, com um mesmo empregado desempenhando
várias funções ao longo da cadeia produtiva.

Como reflexo do desenvolvimento industrial, percebemos que os países considerados desenvolvidos


são justamente aqueles que primeiro se industrializaram. Com isso, seus espaços geográficos sociais,
apesar de ainda apresentarem contradições e desigualdades, são mais modernos em relação aos
países periféricos ou em desenvolvimento. Além disso, mesmo com as grandes multinacionais se
espalhando por todo o mundo, são os países ricos que abrigam suas sedes – sobretudo as chamadas
Cidades Globais, como Nova York e Londres – e dominam as principais formas de tecnologia.

• Tipos de indústria

As indústrias fazem parte da humanidade desde a Primeira Revolução Industrial que teve início no
final do século XVIII e começo do século XIX na Inglaterra. Desde aquela época até os dias atuais essa
atividade econômica passou por uma enorme evolução tecnológica, além das mudanças quanto aos
tipos de mercadorias produzidas.

A indústria está incumbida de transformar a matéria-prima em um produto com a finalidade de ser


comercializado para pessoas ou outras indústrias, isso ocorre com a indispensável participação da
força de trabalho humana, incluindo as máquinas e a energia.

A atividade econômica em questão recebe inúmeras classificações, porém podem ser divididas
basicamente em dois tipos: indústria de base e de bens de consumo.
Indústria de base

São aquelas que atuam na transformação de matéria-prima bruta em matéria-prima para outras
indústrias, com esse aspecto temos o exemplo das indústrias siderúrgicas, de mineração, química e
petroquímica.

Indústria de bens de consumo

Nessa categoria industrial o objetivo é a produção direcionada ao consumidor final, para a fabricação
de mercadorias que atenda esse mercado é preciso utilizar matéria-prima oriunda da indústria de
base. Esse tipo de indústria divide-se em:

• Indústria de bens duráveis: responsável pela produção de mercadorias de grande vida útil, ou seja,
longa durabilidade, como automóveis e eletrodomésticos.
• Indústria de bens semi-duráveis: produzem artigos que oferecem uma vida útil média, como roupas,
calçados, celulares entre outros.

• Indústria de bens não-duráveis: encarregada pela produção de bens perecíveis, cuja durabilidade é
rápida, como o ramo de alimentos e medicamentos.
• Tipos de industrialização
A industrialização das sociedades proporciona profundas alterações no espaço geográfico. Graças a
ela, novos elementos passam a fazer parte da vida das pessoas, das cidades e do campo, eleva-se a
demanda por energia e o consumo médio da população, além de intensificar ou acelerar o processo
de urbanização. Desse modo, é notória a inferência de que as indústrias constituem um dos mais
importantes atores de produção e transformação do espaço.

Ao longo do tempo, a humanidade conheceu três processos distintos de modelos industriais pelos
quais os diferentes países e localidade vivenciaram. Essas tipificações estão relacionadas a fatores
econômicos e políticos relacionados ao desenvolvimento das nações pelo mundo. Os principais
tipos, no que se refere ao modelo, são: industrialização clássica, planificada e tardia.

A industrialização clássica é característica dos países desenvolvidos, ocorrendo ao longo da I


Revolução Industrial naqueles que eram considerados os principais centros econômicos e políticos
do planeta. Seu início se deu na Inglaterra e se disseminou por outras partes do mundo, como a
França, os Estados Unidos e o Japão.

De início, essa industrialização provocou uma série de problemas urbanos, principalmente aqueles
relacionados à marginalidade da classe trabalhadora que, até então, não dispunha de muitos direitos
trabalhistas. Atualmente, os países que passaram por esse tipo de industrialização são os principais
precursores de novas tecnologias e inovações no campo produtivo.

A industrialização planificada ocorreu nos países do antigo “segundo mundo” socialista durante o
século XX. Corresponde às economias de estado, como nas repúblicas que integraram a União
Soviética, além de China, Cuba e outras nações.

Nesses países – que em algumas perspectivas não são consideradas socialistas, mas “capitalistas de
Estado” - as instituições financeiras e industriais, bem como os meios e instrumentos nelas utilizados
são de propriedade estatal, não havendo propriedade privada. Nesses países, a industrialização
também se deu de forma acentuada, interligando as diferentes regiões em uma elevada
interdependência de serviços e infraestrutura, além de apresentar um êxodo rural um pouco mais
controlado em função das reformas sociais aplicadas no meio agrário.

Já a industrialização tardia ou periférica encontra-se em curso em muitos países e é predominante


em economias subdesenvolvidas ou emergentes. Esses países começaram a dinamizar as suas
práticas industriais apenas na segunda metade do século XX em diante (alguns deles ainda nem
iniciaram esse processo de forma mais intensificada), o que justifica, em partes, o atraso tecnológico
por eles vivenciados.

Esse tipo de industrialização, diferentemente dos outros dois, não ocorre pela ação das indústrias
nacionais e sim pela iniciativa privada estrangeira, geralmente representada por grandes
corporações multinacionais. Por esse motivo, não há avanços em uma produção tecnológica, cujo
conhecimento e desenvolvimento se faz pelo capital estrangeiro oriundo dos países desenvolvidos.

Os efeitos desse processo foi uma urbanização extremamente acelerada e um êxodo rural
descontrolado em função do processo de mecanização do campo, que substituiu, em grande parte,
os trabalhadores rurais por máquinas. A consequência é o inchamento das cidades e a manifestação
de inúmeras contradições sociais, como as favelas e outras moradias precárias, além de inúmeros
problemas de caráter socioambientais urbanos
Industrialização brasileira
O processo de industrialização brasileiro é considerado tardio, quando comparado à industrialização
dos países capitalistas centrais. Ela teve início somente no século XX, quase 200 anos depois da
industrialização na Europa.

Foi somente na terceira fase da industrialização do Brasil que o governo e classe burguesa fizeram
maciços investimentos no setor, adquirindo maquinários e melhorando o setor de transportes e
energia, fator esse que tornou o país competitivo e apto para receber indústrias mundiais,
integrando-se ao sistema capitalista global.

Atualmente, o país encontra-se totalmente industrializado, participando de todos os tipos de


indústrias, com economia global forte e caminhando para uma independência tecnológica e
econômica

Características da industrialização no Brasil

O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram sua industrialização de forma tardia, no século
XX, ou seja, bastante atrasada em relação aos pioneiros da industrialização, que iniciaram esse
processo ainda no século XVIII.

Dentre os fatores que explicam essa situação, podemos considerar o fator histórico como sendo o
mais influente, pois, na ocasião do início da industrialização, o Brasil era colônia de Portugal e
estabeleceu durante o período colonial uma forte parceria comercial com a Inglaterra, que foi o
primeiro país a se industrializar. Dessa forma, o Brasil passou a fornecer matéria-prima e produtos
agropecuários para seu parceiro, que, na contramão do processo, industrializou-se fortemente ainda
no século XVIII. Em 1785, porém, a colônia foi proibida de produzir produtos manufaturados, dessa
forma, o que restou para o país foi continuar com a sua economia agropecuária.

Ao se industrializar, o que ocorreu somente na década de 1930, a indústria encontrava-se


concentrada na Região Sudeste. Ela só foi descentralizada, indo para as demais regiões, na década
de 1970 em diante.

Atualmente, o Brasil é um dos países mais industrializados do mundo, com economia global forte e
intensa participação capitalista global. Desde a década de 1990 é visto como um dos melhores países
para se investir e instalar indústrias do mundo.

Períodos do processo de industrialização no Brasil

Primeiro período

O primeiro período do processo de industrialização brasileira ocorreu de 1500 a 1808. Nesse


momento não se falava em indústria no país, pois o Brasil era colônia de Portugal. De certo modo,
fazia-se restrição ao processo industrial, e a produção existente na época era tradicional, com uso da
mão de obra.

Segundo período

O segundo período ocorreu de 1808 a 1930, quando houve a implantação de algumas indústrias no
país. Essas indústrias deveriam seguir algumas regras, como o protecionismo econômico, instaurado
em 1828, o qual determinava que todos os produtos vindos de fora do país, especialmente
Inglaterra e Portugal, sofreriam um acréscimo de valor, em 15% e 16%, respectivamente, tarifa que
dificultava a importação comercial e favorecia o desenvolvimento da indústria brasileira.

Mais tarde, em 1844, o valor da tarifa para produtos importados subiu para 60% e, nesse momento,
foi criada a Lei Alves Branco. Dessa forma, investir no setor industrial era algo interessante e bem-
visto pela classe burguesa do Brasil.

Naquele mesmo momento, observou-se um declínio da principal atividade econômica do país (a


produção cafeeira) e ocorreram fortes investimentos na produção industrial, isto é, em maquinários,
transportes e portos no Brasil, favorecendo assim o avanço da industrialização brasileira. As
primeiras indústrias do país estavam ligadas à extração mineral, produção de calçados, tecidos e
alimentos.

Terceiro período

No terceiro período, que ocorreu de 1930 a 1955, foram observados maciços investimentos no setor
industrial, oriundos tanto de iniciativas privadas quanto do governo brasileiro, na tentativa de
alavancar o setor. Foram realizados avanços no setor de transportes, com aberturas de ferrovias e
rodovias. Observou-se também o desenvolvimento do setor energético no Brasil e de logística. Foi
instalada a Companhia Siderúrgica Nacional, entre 1942 e 1947, que contribuiu para a oferta de
matéria-prima para a indústria no país. Em 1953, foi criada a Petrobras, maior empresa estatal do
setor energético petroleiro do Brasil.

O Brasil, nesse período, viu-se preparado para o amplo desenvolvimento industrial e para os maciços
investimentos no setor. Diversas políticas públicas foram criadas para promover o desenvolvimento
econômico nacional rumo a uma industrialização completa e eficiente.

Quarto período

O quarto período acontece desde 1955 até os dias atuais. Foi marcado pelos projetos políticos
instalados no governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que promoveu uma intensa
abertura econômica do país para as empresas multinacionais, ampliando fortemente a abertura de
novas empresas, dos mais variados tipos, incentivando o consumo, o consumismo e a
competitividade tanto interna quanto externa.

O Brasil, a partir daí, pôde conhecer o mercado de consumo externo e integrar-se aos processos de
exportação e comércio global. Alguns setores industriais não sofreram tantos investimentos, como o
de tecnologia de ponta, o que tornou o Brasil um país dependente econômica e tecnologicamente
de outras economias globais.

Industrialização brasileira

O processo de industrialização brasileiro é considerado tardio, quando comparado à industrialização


dos países capitalistas centrais. Ela teve início somente no século XX, quase 200 anos depois da
industrialização na Europa.

Foi somente na terceira fase da industrialização do Brasil que o governo e classe burguesa fizeram
maciços investimentos no setor, adquirindo maquinários e melhorando o setor de transportes e
energia, fator esse que tornou o país competitivo e apto para receber indústrias mundiais,
integrando-se ao sistema capitalista global.
Atualmente, o país encontra-se totalmente industrializado, participando de todos os tipos de
indústrias, com economia global forte e caminhando para uma independência tecnológica e
econômica.

Características da industrialização no Brasil

O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram sua industrialização de forma tardia, no século
XX, ou seja, bastante atrasada em relação aos pioneiros da industrialização, que iniciaram esse
processo ainda no século XVIII.

Dentre os fatores que explicam essa situação, podemos considerar o fator histórico como sendo o
mais influente, pois, na ocasião do início da industrialização, o Brasil era colônia de Portugal e
estabeleceu durante o período colonial uma forte parceria comercial com a Inglaterra, que foi o
primeiro país a se industrializar. Dessa forma, o Brasil passou a fornecer matéria-prima e produtos
agropecuários para seu parceiro, que, na contramão do processo, industrializou-se fortemente ainda
no século XVIII. Em 1785, porém, a colônia foi proibida de produzir produtos manufaturados, dessa
forma, o que restou para o país foi continuar com a sua economia agropecuária.

Ao se industrializar, o que ocorreu somente na década de 1930, a indústria encontrava-se


concentrada na Região Sudeste. Ela só foi descentralizada, indo para as demais regiões, na década
de 1970 em diante.

Atualmente, o Brasil é um dos países mais industrializados do mundo, com economia global forte e
intensa participação capitalista global. Desde a década de 1990 é visto como um dos melhores países
para se investir e instalar indústrias do mundo.

Períodos do processo de industrialização no Brasil

Primeiro período

O primeiro período do processo de industrialização brasileira ocorreu de 1500 a 1808. Nesse


momento não se falava em indústria no país, pois o Brasil era colônia de Portugal. De certo modo,
fazia-se restrição ao processo industrial, e a produção existente na época era tradicional, com uso da
mão de obra.

Segundo período

O segundo período ocorreu de 1808 a 1930, quando houve a implantação de algumas indústrias no
país. Essas indústrias deveriam seguir algumas regras, como o protecionismo econômico, instaurado
em 1828, o qual determinava que todos os produtos vindos de fora do país, especialmente
Inglaterra e Portugal, sofreriam um acréscimo de valor, em 15% e 16%, respectivamente, tarifa que
dificultava a importação comercial e favorecia o desenvolvimento da indústria brasileira.

Mais tarde, em 1844, o valor da tarifa para produtos importados subiu para 60% e, nesse momento,
foi criada a Lei Alves Branco. Dessa forma, investir no setor industrial era algo interessante e bem-
visto pela classe burguesa do Brasil.

Naquele mesmo momento, observou-se um declínio da principal atividade econômica do país (a


produção cafeeira) e ocorreram fortes investimentos na produção industrial, isto é, em maquinários,
transportes e portos no Brasil, favorecendo assim o avanço da industrialização brasileira. As
primeiras indústrias do país estavam ligadas à extração mineral, produção de calçados, tecidos e
alimentos.

Terceiro período
No terceiro período, que ocorreu de 1930 a 1955, foram observados maciços investimentos no setor
industrial, oriundos tanto de iniciativas privadas quanto do governo brasileiro, na tentativa de
alavancar o setor. Foram realizados avanços no setor de transportes, com aberturas de ferrovias e
rodovias. Observou-se também o desenvolvimento do setor energético no Brasil e de logística. Foi
instalada a Companhia Siderúrgica Nacional, entre 1942 e 1947, que contribuiu para a oferta de
matéria-prima para a indústria no país. Em 1953, foi criada a Petrobras, maior empresa estatal do
setor energético petroleiro do Brasil.

Sede da Petrobras – Brasil. [2]

O Brasil, nesse período, viu-se preparado para o amplo desenvolvimento industrial e para os maciços
investimentos no setor. Diversas políticas públicas foram criadas para promover o desenvolvimento
econômico nacional rumo a uma industrialização completa e eficiente.

Quarto período

O quarto período acontece desde 1955 até os dias atuais. Foi marcado pelos projetos políticos
instalados no governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que promoveu uma intensa
abertura econômica do país para as empresas multinacionais, ampliando fortemente a abertura de
novas empresas, dos mais variados tipos, incentivando o consumo, o consumismo e a
competitividade tanto internos quanto externo.

O Brasil, a partir daí, pôde conhecer o mercado de consumo externo e integrar-se aos processos de
exportação e comércio global. Alguns setores industriais não sofreram tantos investimentos, como o
de tecnologia de ponta, o que tornou o Brasil um país dependente econômica e tecnologicamente
de outras economias globais.

Na década de 1990, o país experimentou um forte crescimento econômico industrial, o que resultou
no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gradativo aumento da qualidade de vida da
população, bem como aumento do consumo. Esse fenômeno perdura até a atualidade, colocando o
Brasil entre as maiores potências econômicas.

Industrialização atual

Atualmente o país vive um forte crescimento e desenvolvimento industrial, motivado e influenciado


pelo capital externo e pelas multinacionais instaladas em nosso território. Há um forte
desenvolvimento industrial nos diversos tipos de indústrias, desde a indústria de base até as
indústrias de alta tecnologia.

O Brasil é dependente economicamente de outros países, para quem destina sua produção, seja ela
industrial, seja agroindustrial, e também depende das tecnologias produzidas por países
desenvolvidos, o que denota uma fragilidade na economia nacional, pois faltam investimentos em
pesquisa e educação, o que poderia ampliar a produção na área tecnológica e diminuir essa
dependência.

Os desafios que o país enfrenta na atualidade giram em torno de questões como minimizar a
dependência de outras economias e implementar planos governamentais e projetos que viabilizem a
produção de ciência e tecnologia para promover o desenvolvimento industrial.

O Brasil conta com parques industriais sofisticados e competitivos, de maneira descentralizada em


todo o território, com produção de bens de base, intermediários e de ponta. Setores como o
farmacêutico, automobilístico, eletroeletrônico, energético, têxtil, alimentício, entre outros, são
destaques na nossa produção, bem como o agroindustrial.
Resumo

De 1500 a 1808: ausência de atividade industrial, economia brasileira era primária.

De 1808 a 1930: surgem as primeiras atividades industriais com protecionismo econômico.

1844: criação da Lei Alves Branco.

1930: investimentos políticos no setor industrial e privado, com melhorias do setor de transportes.

1942 a 1947: implantação da Companhia Siderúrgica Nacional.

1953: criação da Petrobras.

Década de 1950: implantação de projetos políticos de JK e abertura econômica do Brasil.

1990: elevação do PIB.

Século XXI: crescimento e desenvolvimento industrial.

Concentração e Desconcentração Industrial no


Brasil
O Brasil, ao longo do século XX, conheceu a sequência de concentração e
desconcentração industrial no país.
A Geografia Industrial brasileira está marcada, desde a sua constituição ao longo do século XX, por se
manifestar a partir de uma concentração espacial, em que a maioria das atividades fabris se
desenvolveu na região Sudeste do país. Posteriormente, em função de uma série de fatores, o país
iniciou uma perspectiva inversa, caracterizando uma desconcentração industrial, com migrações de
empresas para o interior dos estados e regiões menos industrializadas.

Concentração Industrial

Durante o período brasileiro do Estado Novo (1937-1945), em resposta à Grande Depressão iniciada
em 1929, iniciaram-se as políticas em favor da implantação de indústrias no país, que se
intensificaram a partir da década de 1950, durante a aplicação do Plano de Metas. Nesse contexto,
instaurou-se no país a chamada industrialização por substituição de importações.

Contudo, a infraestrutura nacional, em função da grande influência da elite cafeeira do Sudeste


brasileiro nos anos anteriores, encontrava-se limitada à região Sudeste do país, o que favoreceu a
formação de um processo de concentração industrial. Além disso, nesse período, a indústria vivia um
período em que se preconizava a produção em massa e as chamadas economias de aglomeração.

Graças a esse contexto, o Sudeste brasileiro, com destaque para a Região Metropolitana de São
Paulo, passou a angariar praticamente todos os recursos naturais, contando, a partir de então, com
uma elevada concentração populacional, ampla mão de obra e mercado consumidor elevado.

Desconcentração Industrial

Essa dinâmica começou a se alterar quando o poder público iniciou uma série de planejamentos a
fim de gerar uma maior democratização no espaço industrial do país. Uma das medidas foi a criação
da Sudam (Superintendência de desenvolvimento da Amazônia), em 1966, e da Sudene
(Superintendência de desenvolvimento do Nordeste), em 1959.

Outra ação foi a autorização do Governo Federal dada aos governos estaduais de promoverem
incentivos fiscais para a presença de indústrias em seus territórios. Com isso, teve início a chamada
Guerra Fiscal ou Guerra dos Lugares, em que as unidades federativas, por meio de isenções de
impostos e outros benefícios, passaram a competir pela manutenção de empresas em suas
localidades, a fim de dinamizar suas economias e elevar a quantidade de empregos.

Soma-se a essas questões políticas o fato de que, com os avanços tecnológicos nos meios de
transporte e comunicações, não eram mais necessárias uma aglomeração industrial e, tampouco, a
proximidade entre indústria e mercado consumidor. Por isso, muitas empresas resolveram migrar
para regiões interioranas e cidades médias, longe dos problemas relacionados às grandes cidades.

Porém, é precipitado afirmar, por exemplo, que cidades como São Paulo deixaram de se
industrializar. Na verdade, o que houve foi uma queda no crescimento do número de empresas no
Sudeste brasileiro, mas trata-se de algo ainda muito tímido e que tende a intensificar-se nos
próximos tempos. Além disso, a capital paulista é um dos exemplos do processo de modernização
produtiva, em que as antigas fábricas vão sendo gradualmente substituídas por frentes tecnológicas
de serviços.

Economia de Santa Catarina


GEOGRAFIA DO BRASIL
A economia diversificada de Santa Catarina coloca o estado como um
dos mais ricos do país.
A economia de Santa Catarina é diversificada, no território são desenvolvidas atividades econômicas
no ramo da indústria, extrativismo (animal, vegetal e mineral), agricultura, pecuária, pesca, turismo.
Santa Catarina é hoje o quinto Estado mais rico do país.
Indústria
O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal-mecânica. Na
agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e
Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na
indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a
Brastemp.
Extrativismo
Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas de Araucárias, além
de obtenção de ervas e produção de papel.
Na extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex, além de jazidas promissoras de
quartzo, argila, cerâmica, bauxita, pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.
Agricultura
Na agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de milho, soja, fumo, mandioca,
feijão, arroz, banana, batata inglesa, além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo,
maçã, uva, aveia e cevada.
Pecuária
Na criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de bovinos, suínos e aves.
Pesca
A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda
representa um importante papel no panorama econômico.
O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.
Turismo
A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o
desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a
arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um
papel fundamental na receita do Estado.
Dados gerais acerca da economia de Santa Catarina
Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55% e prestação de serviços 33,9%.
Volume de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.
Principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais:
Carnes de aves e suínos: 26,1%
Móveis e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores: 8,5%.
Confecções de algodão: 6,8%.
Veículos e peças: 5,8%.
Madeira: 5,1%.
Cerâmica e louças: 4,5%.
Papel e papelão: 3,5%.
Motores elétricos: 3,4%.

Mapas MENTAIS:

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