Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Chércia Machava
Cremildo Alexandre
(Gramatica e Avaliação)
Universidade Púnguè
Chimoio,
2021
2
2º Grupo
Chércia Machava
Cremildo Alexandre
Helena Simão Paulo
Lavinessi Simão Paulo
Samuel Luís Joina
Sulvai Júlio Andissene
Xavier José Domingos
(Gramatica e Avaliação)
Universidade Púnguè
Chimoio,
2021
3
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 5
8. Conclusão .......................................................................................................................... 34
9. Bibliografia........................................................................................................................ 35
5
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Didáctica do Português III, vai abordar assuntos atinentes
que dizem respeito aos Programas do ensino do 2º ciclo e o Programa do Ensino Técnico
Profissional, dando mais ênfase ao ensino da Gramática e a Avaliação neste dois subsistemas
de ensino. A partir destes temas far-se-á uma análise de como é feita a avaliação no ETP e no
ESG, como também como é processo do ensino da gramática neste dois subsistemas de
ensino. Em linhas gerais, um programa significa conjunto de conteúdos que devem ser
ensinados, isto é, o que ensinar em cada uma das matérias ou disciplinas e para cada uma das
classes ou anos de escolaridade de um determinado sistema educativo.
1.1.Objectivos
1.2.Objectivos gerais
Conhecer o programa do ESG e ETP no seu todo e o processo de avaliação e ensino da
gramática nestes dois subsistemas de ensino.
1.3.Objectivos específicos
Descrever os objectivos do ensino da gramática ESG e no ETP;
Comparar o processo de avaliação no ETP e no ESG.
Analisar o ensino da gramática no ETP e no ESG.
1.4.Metodologia
Para a materialização deste trabalho, o grupo recorreu-se à pesquisa bibliográfica.
6
Cassany (1996) define gramática como uma disciplina teórica que se debruça sobre as
regularidades mais importantes dos usos da língua. Diz-nos ainda que o indivíduo que domina
a gramática, para além de possuir conhecimentos teóricos sobre a língua, domina os seus usos
em contexto.
O termo gramática é muito frequente em linguística e didáctica das línguas que encerra várias
acepções, tendo surgido por isso expressões lexicalizadas como gramática interiorizada e
pares de opostos como gramática prescritiva/gramática descritiva, gramática/vocabulário,
gramática tradicional/gramática generativa.
É do nosso entender que uma pessoa tenha que conhecer como é a sociedade na qual se
insere, a sua cultura, para se poder relacionar com os outros e que é a linguagem que reflecte a
forma como as pessoas de uma sociedade e cultura se relacionam. Ora, é a linguagem que
possuímos que nos permite manter uma interacção comunicativa dentro dessa sociedade.
Assim sendo, é importante reflectir sobre por que é que se dá aulas de uma língua a falantes
nativos dessa língua. Travaglia (2007) defende que o ensino da língua materna tem como
objectivo conduzir ao desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos, para que
estes consigam utilizar um maior número de recursos da língua de acordo com a situação
comunicativa em questão. Assim, um dos objectivos do ensino da gramática é que os alunos
aprendam gramática, ou seja, o conhecimento da língua é um fim em si mesmo, devendo a
escola desafiar os alunos a conhecerem aspectos da sua língua.
recursos e mecanismos que dominar. Assim, quanto melhor souber usar a sua língua, melhor
o indivíduo se movimentará dentro da sociedade e mais fácil será a sua relação com os outros.
De acordo com Cassany (1996), saber gramática e conhecer os usos da língua são situações
diferentes, sendo certo que quem domina os usos da língua tem conhecimentos de gramática
que são absolutamente necessários. É importante saber gramática, sendo igualmente
importante saber utilizá-la em contextos reais. Contudo, com frequência ouvimos os alunos
dizerem que a aprendizagem da gramática não tem interesse nem utilidade. Para os
professores, o ensino da gramática também se assume como um processo difícil, quer pelo
desinteresse demonstrado pelos alunos, quer pela observação de resultados nas provas
nacionais (Teixeira, 2014), que nem sempre são os desejados. Correia et al. (2011) afirmam
que, frequentemente, os professores identificam dificuldades nas produções textuais dos seus
alunos, ao nível da sintaxe, da morfologia, da ortografia, conduzindo-nos a reflectir sobre que
metodologias é necessário, então, adoptar, para se alcançar a efectiva aprendizagem dos
alunos e uma melhoria dos resultados.
Consideramos que para se aprender uma língua é necessário reflectir sobre ela, formular
hipóteses e verificar se as mesmas estão corretas de acordo com a constituição e
funcionamento da língua. Cassany (1999, p. 67) atribui à reflexão um papel primordial na
aprendizagem da língua, afirmando que esta “trabalha com representações internas e consiste
no desenvolvimento de novas representações a partir das já existentes”. Por outras palavras,
podemos afirmar que a reflexão permite transformar o conhecimento implícito que já
possuímos em conhecimento explícito.
Todavia, de acordo com Pereira (2000, p. 281), alguns professores podem pensar que os seus
alunos, pelo facto de aplicarem gramática quando falam ou quando escrevem, sabem o
suficiente sobre gramática, não reconhecendo, assim, a importância de dominarem
“determinados saberes declarativos sobre o sistema formal da língua”. Inês Duarte, referida
8
por Silva (2008), defende que a desvalorização do ensino do CEL na disciplina de Português
acarreta consequências graves, pois dificilmente os alunos conseguirão ter um bom
desempenho na compreensão e expressão oral e escrita da sua língua se alguns aspectos não
lhes forem ensinados explicitamente.
Neste sentido, Travaglia (2009) propõe que o ensino da gramática seja orientado para uma
gramática de uso e para uma gramática reflexiva, apoiado também pela gramática teórica e
normativa. Acreditamos igualmente que, conjugando as características destas concepções de
gramática, teremos uma abordagem reflexiva, que se preocupa em compreender como é a
gramática implícita do falante, a partir de evidências linguísticas, não deixando de parte o
conhecimento, também importante, da língua padrão.
Deste modo, propõe-se “trabalhar a gramática numa perspectiva formal mais ampla, na
dimensão do funcionamento textual-discursivo dos elementos da língua” (Travaglia, 2009,
p.109), visto que a utilização da língua faz sentido quando aplicada em determinadas
situações de interação comunicativa, como já referido. Nestas condições, a aprendizagem da
gramática terá mais significado, pois os alunos compreendem que a gramática é a própria
língua em uso. Deverá ser preocupação do professor ensinar gramática seguindo um princípio
de progressão, isto é, trabalhando primeiro os conteúdos mais simples e depois os mais
complexos (Silva, 2008).
Gramática Tradicional
A esta acepção de gramática associa-se também a noção de gramática normativa, uma vez que
o ensino que se fazia da gramática tradicional tinha como pressuposto a transmissão das
regras de bem falar e bem escrever. Neste conceito de gramática está subjacente à oposição
frequente nos manuais escolares entre gramática e vocabulário ou léxico, sendo que a
gramática é assim entendida como o conjunto de regras que dão estrutura aos inventários
abertos de palavras contidas no vocabulário. (Mutsuque, S/d)
9
Gramática Descritiva
Nesta acepção de gramática adopta-se o uso que é feito pelos falantes da língua como critério
e não a regra cristalizada nas gramáticas escolares.
Há também uma separação muito clara entre objectivos de descrição gramatical e juízos
avaliativos de ordem sociocultural ou estética, pelo que todos os textos e discursos são
passíveis de serem estudados e analisados e não apenas o texto literário.
10
Esta noção está associada a uma visão mais moderna e científica do estudo da linguagem,
pelo que a ela se têm vinculado algumas correntes da linguística, sendo por isso possível
encontrar expressões como gramática de valências ou gramática generativa.
2.2.Avaliação
Segundo Pilleti (2004, p.190), avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa
interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças
esperadas no comportamento propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir
sobre alternativas do planeamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
Ainda nesta senda, Pileti (2004, p.190), conclui que a avaliação não é um fim, mas um meio.
Ela é um meio que permite verificar até que ponto os objectivos estão sendo alcançados,
identificando os alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com a
adopção de procedimento que possibilitem sanar as deficiências identificadas.
O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o professor
deve informa-lo sobre os objectivos da avaliação e analisar com ele os resultados alcançados.
A avaliação, sendo um processo continua, não é algo que termine num determinado momento,
embora possa ser estabelecido um tempo para realiza-la.
Segundo Pileti (2004, p.191), existem três tipos de avaliação: avaliação diagnostica, somativa
e formativa.
Avaliação somativa que tem uma função classificatória, isto é, classifica os alunos fim de um
semestre, ano, curso ou unidade, segundo níveis de aproveitamento.
Avaliação formativa que tem uma função controladora. São os seguintes os propósitos da
avaliação formativa:
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
12
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e
para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida. (INDE/MINED, 2010)
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo
em conta a realidade do país.
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
14
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se
a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais
novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na
resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de
modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista
um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade
escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de
situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida. (INDE/MINED, 2010)
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo
na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um
modelo do saber ser, conviver com os outros e bem-fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas
de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e
15
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado.
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês). (INDE/MINED, 2010)
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua
numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer
comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre
factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou
criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no
caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
16
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
Textos Normativos;
Textos Administrativos;
Textos Jornalísticos;
Textos Multiusos;
Textos Literários
Textos de Pesquisa e Organização de Dados.
O tratamento dos conteúdos, neste programa, teve em conta as linhas gerais previstas para o
novo currículo do Ensino Secundário Geral. Privilegia metodologias de ensino e
aprendizagem centradas no aluno e a abordagem de conteúdos é feita em espiral, o que
significa que os diferentes tipos de texto vão sendo retomados ao longo do ano lectivo com
abordagens de nível de complexidade crescente. Por exemplo, os textos expositivos-
explicativos/argumentativos são dados em várias classes, mas a dimensão e o nível de
complexidade são diferentes. (INDE/MINED, 2010)
3.8.Principais Alterações
O Plano Temático apresenta-se sob a forma de uma tabela, constituída por: objectivos
específicos, conteúdos, competências básicas e carga horária. As sugestões metodológicas e
os indicadores de desempenho apresentam-se fora da tabela.
As competências básicas traduzem a capacidade de realizar uma tarefa concreta, isto é, “no
final de cada aula ou unidade temática, o aluno deve ser capaz de revelar novos estágios do
saber, saber ser, estar e fazer, como resultado do processo de ensino aprendizagem”
PCEB:75.
Na 11ª classe, as competências acima descritas serão trabalhadas ao longo de cada unidade e
aula, através do envolvimento dos alunos em actividades concretas de compreensão e
expressão oral e escrita.
Assim, para cada unidade estão definidas competências básicas que revelam os novos estágios
do saber, saber fazer, saber ser e saber estar, que o aluno deve demonstrar como resultado do
processo de ensino aprendizagem.
Este programa sectorial centra se, principalmente na primeira vertente (O Ensino técnico
profissional), incluindo-se, parcialmente a terceira (curso de formação profissional de curta
duração).
O ensino técnico profissional prepara os alunos para a transmissão da escola para o mundo de
trabalho, através do desenvolvimento de conhecimento e de competências para um
desempenho adequado nas várias profissões. O desenvolvimento desta vertente é crucial para
uma economia em crescimento, que solicita competências cada vez mais complexas
especializadas. Isto implica a criação de um ETP de qualidade, que responda com graduados
competentes e suficientes às diversas necessidades de sector produtivo. (REGULAMENTO
DO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL, 2011)
4.3.Estratégia actual
No ano 2006 foi inicio de reforma da Educação Profissional, com o objectivo principal de
tomar o subsistema mais capacitado para as necessidades de mercado de trabalho,
principalmente através de׃
A reforma institucional do sistema, potenciando a inclusão de vários intervenientes,
incluindo o sector produtivo.
O envolvimento de currículo baseado em padrões reconhecidos de competências
A melhoria das condições das instituições para uma resposta mas eficaz e eficiente,
em termos de funcionamento.
A criação de uma comissão internacional da reforma da educação profissional
(CIREP) e da comissão executiva da reforma profissional (COREP) para a gestão e
acompanhamento, numa perspectiva multissectorial.
A reforma do sistema começou em 2006 através de programa integrada da reforma da
Educação profissional (PIREP) projecto-piloto primeira fase da reforma, com enfoque
no ETP (nível médio), monitorado e controlado pela CIREP e COREP.
Os primeiros quatro anos de duração da reforma resultaram na elaboração de diferentes
instrumentos que visam assegurar a qualidade e a relevância do ensino técnico profissional, ao
nível médio.
Estas acções são orientadas com base no Quadro Nacional de qualificação profissional (com
cinco níveis) no modelo para o desenho de padrões de competência e Desenvolvimento do
currículo no sistema de garantia de qualidade do sistema de educação profissional, no sistema
de acumulação e transferência de créditos e no registo e acreditação de qualificações.
(REGULAMENTO DO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL, 2011)
26
Para a educação profissional a avaliação não deve ser diferente do que se espera para outras
modalidades, a sua singularidade está nas formas de execução, nos métodos de aplicação já
que há uma diversidade maior de situações que requerem observação do desempenho do
aluno, pois nesse segmento envolve-se a relação teoria e prática.
De acordo com Machado (2008, p. 18) “o professor da educação profissional deve ser capaz
de permitir que seus alunos compreendam, de forma reflexiva e crítica os mundos de trabalho,
dos objectos e dos sistemas tecnológicos dentro dos quais estes evoluem”.
O aluno do ensino profissionalizante precisa ser preparado e avaliado para uma actuação
crítica e eficaz no contexto social, com noções de ética e cidadania tanto quanto com as
noções de sua profissão. Para Hadji (2002, p. 26) “não se trata de conhecer por conhecer, de
interpretar para saber, mas de compreender para agir”
A avaliação para os alunos do ensino profissionalizante dirá mais do que uma nota ou
conceito, se ele foi aprovado ou reprovado, mas precisará ser vista como processo
preparatório para o ingresso no mundo do trabalho onde além dos conteúdos, esse futuro
profissional deverá dominar também aspectos psicoprofissionais pertinentes ao mercado de
trabalho.
a) Diagnóstica;
b) Formativa;
c) Sumativa e
d) Aferida.
a) Avaliação Diagnóstica
1. A avaliação diagnóstica permite constatar se o aluno possui ou não os pré-requisitos
ou seja, conhecimentos, capacidades habilidades e altitudes imprescindíveis para
novas aprendizagens.
2. Esta avaliação realiza-se geralmente no início de novas abordagens e possibilita
detectar problemas, solucionando-os de forma a garantir a aprendizagem dos alunos.
27
b) Avaliação Formativa
1. A avaliação formativa realiza-se ao longo de todo o processo, ajudando o aluno a
orientar o seu estudo, assim como o professor a realizar a sua actividade docente.
2. A avaliação formativa possibilita aplicar medidas educativas de orientação e
superação das dificuldades do aluno, contribuído para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem e o sucesso do aluno.
c) Avaliação Sumativa
1. A avaliação sumativa visa classificar o aluno no fim de uma sequência de ensino,
podendo esta sequência ser, uma unidade, um conjunto de unidades, um programa no
seu conjunto, uma classe ou um ano.
2. A classificação certifica as competências adquiridas pelo aluno.
d) Avaliação Aferida
1. A avaliação aferida destina-se a recolher dados sobre o desenvolvimento do currículo,
verificar o nível de desenvolvimento de competência dos alunos, definidas para o
respectivo ano ou classe, com o propósito de contribuir para a tomada de decisões no
sentido de melhorar a qualidade das aprendizagens.
2. A avaliação aferida é utilizada no momento em que se pretende avaliar o sistema de
ensino, a nível nacional, regional, visando, em especial, os respectivos resultados
curriculares e procedimentos adoptados, segundo padrões comuns, no domínio das
competências.
3. A avaliação aferida não tem efeito sobre a progressão escolar dos alunos e pode ter
lugar em qualquer momento do ano lectivo sendo da responsabilidade dos organismos
competentes do ministério que superintende a aérea da educação a elaboração das
respectivas provas.
4. A informação sobre o resultado do desempenho dos alunos a nível nacional, regional,
de escola e de turma deve ser fornecida à escola.
a) Natureza da disciplina;
b) Objectivos e conteúdos a avaliar;
c) Quantidade de alunos na turma ou grupo;
d) Quantidade de pessoal docente e seu nível científico e técnico;
e) Metodologias de ensino aplicadas.
3. As ACS’s são realizadas individualmente ou em grupos pelos alunos, devendo ter em conta
o trabalho já realizado na turma.
2. A avaliação parcial AP deve ser antecedida por um número mínimo de duas ACS’s.
4. É aconselhável utilizar várias formas de AP, em vez de exercícios escritos como forma
única.
5. O número de avaliações parciais é o mesmo para todos os alunos da turma de acordo com
as orientações para a avaliação, contidas no programa.
No fim de uma unidade didáctica, semestre ou ano lectivo, recorre‐se à avaliação sumativa
para verificar o nível que o aluno atingiu no fim de uma etapa de ensino aprendizagem.
c) Produção escrita
Na expressão criativa, oral ou escrita, a avaliação visa verificar e ajudar o aluno a desenvolver
as seguintes competências:
De forma progressiva, é esperado que, de ciclo para ciclo, a consciência metalinguística dos
alunos se desenvolva, de forma progressiva, de modo a alcançar um conhecimento reflexivo
da língua materna. Entende-se, portanto, que a análise e reflexão sobre a língua se assumem
como aspectos fundamentais para desenvolver a consciência linguística dos alunos, de modo a
transformar o seu conhecimento implícito sobre a língua num conhecimento explícito.
Entretanto, no Ensino Técnico Profissional, sendo a língua uma prática social, uma forma do
sujeito interagir e interferir no mundo que o cerca, ela é fundamental para que o aluno gere
conhecimentos, interaja com a realidade, emancipe-se enquanto sujeito, torne-se um produtor
de ciência e tecnologia.
dos géneros na situação discursiva em que eles são produzidos, ou seja, no ambiente de
trabalho.
No ensino da gramatica na Educação Profissional, tem-se o foco nos géneros textuais ligados
ao ambiente de trabalho. Os géneros são a materialização da língua, são a forma natural pelo a
qual usamos a língua para nos comunicar, nas situações formais e informais, orais e escritas.
“Cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados,
sendo isso que denominamos de géneros do discurso”. (BAKHTIN, 1992, p. 262). Géneros
discursivos e géneros textuais serão usados como sinónimos neste texto.
Sendo assim, o ensino de Língua Portuguesa, relacionado com a gramatica e com a educação
profissional, contribui para a prática pedagógica de várias instituições de ensino profissional
do país.
34
8. Conclusão
Durante o desenvolvimento do trabalho viu-se que vários autores abordam sobre o programa
de ensino, mas o grupo focalizou-se na abordagem do MINED/INDE. Durante a abordagem
deste tema de suma importância para futuros professores da língua portuguesa, o grupo teve
uma visão geral sobre o programa de ensino da língua portuguesa da ESG do 2º Ciclo e dos
conteúdos a serem abordados nesta disciplina. É de interesse fundamental os futuros docentes
da língua portuguesa conhecerem a estrutura do programa do ensino para desenvolver as
actividades previstas no programa. Podemos inferir que a educação tem sido, para as
sociedades, um meio pelo qual se transmitem e se conservam os aspectos culturais de um
povo de geração em geração, e também de transmissão de conhecimento científico. Nesse
sentido, a educação é um eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento
das culturas humanas e da ciência. A realidade moçambicana, hoje, chama-nos a refletir sobre
a necessidade de uma educação que possa responder às nossas inquietações, pensando sobre a
questão de como a escola pode contribuir para a formação de seus membros em nossa
sociedade contemporânea. O rumo da educação moçambicana aos nossos dias tende a
caminhar num paradigma centralizado no saber fazer, ou seja, ensino técnico profissional.
9. Bibliografia
BAKHTIN, Mikhail. (1992). Os gêneros do Discurso. In: Estética da comunicação
verbal. São Paulo: Martins Fontes,
CASSANY, D. (1996). Describir el escribir: Cómo se aprende a escribir. Barcelona:
Editorial Paidós.
CORREIA, R. et al. (2011). A importância da aprendizagem gramatical no 1.º ciclo –
o caso da coordenação. In M. Teixeira et al. (Orgs.), Novos Desafios no Ensino do
Português (pp. 82-91). Santarém: Escola Superior de Educação de Santarém.
MACHADO, Lucília Regina de Souza. Diferenciais inovadores na formação de
professores para a educação especial. In: Revista Brasileira de Educação
Profissional e Tecnológica. Brasília: MEC, SETEC, 2008.
HADJI, Charles. A avaliação a serviço dos alunos: utopia ou realidade? In: Pátio.
Porto Alegre: Artmed, jul/ago de 2002.
AFRIMAP. Moçambique: a prestação efetiva de serviços públicos no sector de
educação. África do Sul, 2012.
INDE/MINED – Moçambique. (2010). Português, Programa da 12ª Classe. Edição:
©INDE/MINED – Moçambique
INDE/MINED – Moçambique. (2010). Português, Programa da 11ª Classe,
INDE/MINED ‐ Moçambique.
MUTSUQUE, Jane Alexandre Z. (s/d). Linguistica Geral. Beira.
NADEAU, M., & FISHER, C. (2011). Les connaissances implicites et explicites en
grammaire: quelle importance pour l’enseignement? Quelles conséquences?
Bellaterra Jurnal of Teachong & Learning Language & Literature, 4 (4), pp.1-31.
PEREIRA, M. L. A. (2000). Escrever em Português: Didácticas e Prática. Porto:
Edições ASA.
PILLETI, C. (2004). Didáctica Geral. (23ª ed.) São Paulo: Editora Ática.
REGULAMENTO DO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL, Agosto de 2011
SILVA, M. C. V. (2008). O valor do conhecimento gramatical no ensino
aprendizagem da língua. Saber (e) Educar, 13, 89-106. Disponível em:
http://repositorio.esepf.pt/bitstream/handle/10000/158/SeE_13ValorConhecimento.pdf
?sequence=2.\ Acesso em: 13 Novembro 2021.
TEIXEIRA, M. (2014). Relación entre gramática y escritura en el currículo de Lengua
Portuguesa. Bellaterra Journal of Teaching & Learning Language & Literature, 7 (2),
1-20.
TRAVAGLIA, L. C. (2007). Gramática – Ensino Plural. São Paulo: Cortez Editora.
TRAVAGLIA, L. C. (2009). Gramática e Interação: Uma Proposta para o Ensino da
Gramática. São Paulo: Cortez Editora.