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O atrito entre duas superfícies em contato tem sido aproveitado por nossos antepassados
mais remotos para fazer fogo esfregando madeiras. Atualmente o atrito tem uma grande
importância econômica, estimando-se que se prestássemos maior atenção poderíamos
economizar muita energia e recursos econômicos.
Historicamente, o estudo do atrito começa com Leonardo da Vinci que descreveu as leis
que governam o movimento de um bloco retangular que desliza sobre uma superfície
plana, porém este estudo passou desapercebido.
Os metais tendem a unir-se a frio, devido as forças de atração que ligam as moléculas de
uma superfície com as moléculas da outra. Estas uniões tem que romper-se para que o
deslizamento seja produzido. Além disso, existe sempre a penetração dos picos nos
vales. Esta é a origem do atrito estático.
Na figura, a superfície maior do bloco está situada sobre o plano. O desenho mostra
agora que as deformações dos picos em contato são agora menores por que a pressão é
menor. Por tanto, uma área relativamente menor está em contato real por unidade de
superfície do bloco. Como a área aparente em contato do bloco é maior, deduzimos que
a área real total de contato é essencialmente a mesma em ambos os casos.
Agora, as investigações atuais que estudam o atrito em escala atômica demonstram que
a explicação dada anteriormente é muito geral e que a natureza da força de atrito é
muito complexa (Veja o artigo titulado "Atrito em escala atômica" na bibliografia deste
capítulo.
A força normal
A força normal, reação do plano ou força que exerce o plano sobre o bloco depende do
peso do bloco, a inclinação do plano e de outras forças que são exercidas sobre o bloco.
N=mg
Fk=k N
F=Fs
Fs máx=sN
Superfícies em contato k
Aço sobre aço 0.18
Aço sobre gelo (patines) 0.02-0.03
Aço sobre ferro 0.19
Gelo sobre gelo 0.028
Patins de madeira sobre gelo e neve 0.035
Borracha (pneu) sobre terreno firme 0.4-0.6
Correa de couro (seca) sobre metal 0.56
Bronze sobre bronze 0.2
Bronze sobre aço 0.18
Madeira sobre madeira (carvalho) na direção da 0.48
fibra
Fonte: Koshkin N. I., Shirkévich M. G.. Manual de Física Elemental. Editorial Mir
1975.
Superfícies em contato s k
Cobre sobre aço 0.53 0.36
Aço sobre aço 0.74 0.57
Alumínio sobre aço 0.61 0.47
Borracha sobre concreto 1.0 0.8
Madeira sobre madeira 0.25-0.5 0.2
Madeira encerada sobre neve úmida 0.14 0.1
Teflon sobre teflon 0.04 0.04
Articulações sinoviais em humanos 0.01 0.003
F= Fs<sN
F= Fs máx=sN
Se a força F não varia, ponto B, e permanece igual a Fs máx o bloco começa movendo-se
com uma aceleração
a=(F-Fk)/m
No ponto D, a força F aplicada é igual a Fk por que a força resultante sobre o bloco será
zero. O bloco se move com velocidade constante.
No ponto E, se anula a força aplicada F, a força que atua sobre o bloco é - Fk, a
aceleração é negativa e a velocidade decresce até que o bloco para.
Experiência
Um bloco de massa m descansa sobre o plano horizontal, o bloco está unido mediante
um fio inextensível e de peso desprezível que passa por uma polia a um prato sobre o
qual são depositados pesos. Vamos estudar o comportamento do bloco e realizar
medidas do coeficiente estático e cinético.
Fr=Mg
F-Fr=ma
Fr=µ k·N
N=mg
(M+ΔM)g-F=(M+ΔM)a
Atividades
Introduza
Clique no botão esquerdo do mouse quando o ponteiro está sobre uma determinado
peso, mantendo clicado o botão esquerdo do mouse, arrastando o peso até que enganche
debaixo do extremo do fio que passa pela polia, soltando-se o botão esquerdo do mouse.
Para medir o coeficiente temos que nos aproximar ao máximo do possível do valor da
força sN que faz com que o bloco comece a deslizar com o jogo de pesos disponível.
Neste caso, dispomos de um total de 12 pesos, quatro de cada tipo:
25 g
100 g
500 g
Vejamos um exemplo, que nos indica a forma de nos aproximar ao máximo do valor da
força de atrito.
F=(2·500+100+2·25)·10.0/1000 =11.5 N
s=11.5/20=0.575