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Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Editoração
Stela Maria Queiroz Dias
Revisão textual
Érika Fabiana Mendes Salvador
Márcia Regina Pires
Diagramação
Douglas Silva Ribeiro
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Capítulo 2 Transformadores................................................................. 53
2.1 Tensão induzida...................................................................................................... 54
2.2 Fator de acoplamento............................................................................................. 56
2.3 Indutância mútua em função das indutâncias próprias.......................................... 57
2.4 Ligação série de indutores...................................................................................... 58
2.5 Convenção dos pontos........................................................................................... 62
2.6 Transformadores..................................................................................................... 63
2.7 Relação entre tensão do primário e do secundário............................................... 64
2.8 Relação entre corrente do primário e do secundário............................................. 68
2.9 Impedância refletida................................................................................................ 71
2.10 Potência................................................................................................................ 73
2.11 Autotransformadores............................................................................................. 74
2.12 Circuito equivalente de um transformador........................................................... 75
2.13 Parâmetros do circuito equivalente...................................................................... 77
2.13.1 Ensaio a vazio..............................................................................................77
2.13.2 Ensaio em curto-circuito...............................................................................78
2.14 Indutores acoplados e indutância mútua.............................................................. 83
2.15 O núcleo de ferro de um transformador .............................................................. 89
Introdução
Para entender o funcionamento dos dispositivos conversores
de energia, é necessário o estudo da Teoria dos Indutores dos
Circuitos Magnéticos. Mais do que isso, para a compreensão
do funcionamento geral desses dispositivos, é fundamental o
estudo de alguns conceitos e leis advindas de deduções a partir
de experimentos práticos. A operação de grande parcela dos
mecanismos presentes nos setores produtivos industriais pode
ser explicada por intermédio da Teoria do Eletromagnetismo e pela
solução de circuitos magnéticos.
Objetivos
Ao fi nal do estudo deste capítulo, você será capaz de:
• compreender a Teoria dos Indutores e dos circuitos
magnéticos;
• calcular a energia armazenada nos indutores;
• resolver circuitos magnéticos.
Esquema
1.1 Indutor
1.2 Fluxo magnético e o estado de carga do indutor
1.3 Curva característica do indutor
2 UNIUBE
1.1 Indutor
a)
b)
Figura 3: Desenho representativo do funcionamento: (a) motor elétrico (b) gerador elétrico.
λ = ΣΦk (1)
λ = nΦ (2)
EXPERIMENTANDO
Para isso, pegue uma bobina com 300 espiras e coloque sobre um núcleo de
ferro. Aplique uma tensão que a bobina suporta, por exemplo, 50 V contínuos
ou alternados.
Aproxime do núcleo de ferro uma moeda de 1 real. Sinta a força de atração.
Depois troque a bobina de 300 espiras por uma de 900 espiras e aplique a
mesma tensão. Aproxime novamente a moeda de 1 real.
Note que a força de atração aumentou.
De fato, isso acontece devido ao aumento do fluxo, o que implica uma maior
densidade de fluxo (fluxo por área de seção reta) com impacto imediato
sobre a força de atração entre o núcleo de ferro e a moeda.
6 UNIUBE
(3)
(4)
(6)
(8)
λ
Wm
(9)
(10)
(11)
(12)
Assim
(13)
(14)
Assim
(15)
(16)
λ2
Wm
λ1
i1 i2
(17)
UNIUBE 13
(18)
(19)
Exemplo 1
Considere um indutor descrito pelas expressões a seguir, em que o fluxo
é dado em Weber e a corrente em Ampère.
Resolução:
a) Esboço da curva característica do indutor (Quadro 1 e Figura 9).
Coenergia:
Energia
(21)
(22)
Assim
(23)
Portanto
(24)
16 UNIUBE
(25)
(26)
Portanto
(27)
(28)
(29)
Por outro lado, se, para construir o núcleo do indutor, for utilizado algum
material ferromagnético, o fluxo concatenado λ apresentará saturação à
medida que a corrente i, que circula no enrolamento do indutor, crescer.
Sua curva característica será como mostrada na Figura 12.
UNIUBE 17
λ2
λ1
i1 i2
(30)
(31)
(32)
+ −
Figura 19: Uma espira (loop), percorrido por uma corrente elétrica.
(33)
UNIUBE 27
em que:
Exemplo I
Determine a densidade de fluxo B em Teslas para a peça da Figura 23.
Solução:
Exemplo II
De acordo com a Figura 23, se a densidade de fluxo for 1,8 T e a área da
seção reta for 0,5 pol², determine o fluxo magnético no interior da peça.
Solução:
Portanto
(34)
1.11.3.1 Relutância
(38)
(39)
(40)
em que,:
• é o comprimento do elemento em metros (m);
• é a permeabilidade do material em que é a
permeabilidade relativa do material (adimensional) e é a
permeabilidade magnética do vácuo ( );
• A é a seção transversal (área) do circuito em metros quadrados (m²).
34 UNIUBE
(41)
(43)
(44)
(46)
(47)
Assim,
(48)
UNIUBE 37
(49)
(50)
CURIOSIDADE
(51)
(52)
(53)
(54)
38 UNIUBE
(55)
Então,
ℛ (56)
i
+
V FMM
Grandeza elétrica
Grandeza magnética
correspondente
Ø (fluxo magnético) i (corrente elétrica)
µ (permeabilidade) σ (condutividade)
(relutância) (resistência)
P= (permeância) (resistência)
UNIUBE 39
(força eletromotriz)
(força magnetomotriz)
Fonte: Adaptado de Nasar (1984, p.6).
IMPORTANTE!
E, por último, fazendo uma analogia com a lei das correntes de Kirchhoff para
circuitos elétricos, pode‑se afirmar que, em uma bifurcação de um circuito
magnético, a soma dos fluxos que chegam se iguala com a soma dos fluxos
que dela saem.
Exemplo 2
Resolução:
Relutância
=>
Fluxo magnético
Força magnetomotriz
=> Ae
UNIUBE 41
=>
i = 454 ma
Exemplo 3
n = 784 espiras,
,
Resolução:
a) Grandezas magnéticas e circuito magnético (Figura 34).
UNIUBE 43
Figura 34: Circuito elétrico análogo equivalente para o circuito com dois materiais.
c) Fluxo concatenado λ:
(58)
Outro efeito que ocorre sobre o núcleo de ferro dos dispositivos conversores
de energia são as perdas por histerese. A cada ciclo de variação da corrente
no enrolamento do indutor, a energia é absorvida da fonte de alimentação e
devolvida. (Figura 35)
B
(59)
(60)
RELEMBRANDO
, (relutância),
, ,
Exemplo 4
Resolução:
Exemplo 5
Dados:
Resolução:
Relutância:
Força magnetomotriz:
50 UNIUBE
Resumo
Neste capítulo, foram abordados os conceitos básicos relacionados à
Teoria do Magnetismo, Eletromagnetismo e dos Circuitos Magnéticos.
Foram apresentadas as perdas nos indutores, operando em corrente
alternada, e os meios de diminuí-las, ou seja, minimizá-las. Outrossim, foi
UNIUBE 51
Referências
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos elétricos. 10. ed. São Paulo:
Pearson Education, 2009.
Introdução
O transformador é um dispositivo de grande utilidade nos
sistemas elétricos, com a fi nalidade de transmitir energia entre
um circuito onde está presente a fonte de energia e o outro onde
se encontra a carga. A rigor, não se trata de um dispositivo de
conversão de energia propriamente dito, já que se tem energia
elétrica na entrada e na saída do dispositivo. Porém é de grande
importância no trabalho de intercâmbio de energia, principalmente
na função de elevar ou abaixar níveis de tensão. Isso faz com que
esse dispositivo deva ser bem estudado e compreendido pelos
engenheiros das mais diferentes áreas, pois se aplica aos mais
diferentes setores, como telecomunicações, eletrônicos e sistemas
de potência.
Objetivos
Ao fi nal do estudo deste capítulo, espera-se que você seja capaz de:
• utilizar os conceitos de indutores magneticamente acoplados;
• compreender a teoria de funcionamento dos transformadores;
• calcular grandezas elétricas em transformador monofásico;
• obter o circuito equivalente de transformador.
54 UNIUBE
Esquema
2.1 Tensão induzida
2.2 Fator de acoplamento
2.3 Indutância mútua em função das indutâncias próprias
2.4 Ligação série de indutores
2.5 Convenção dos pontos
2.6 Transformadores
2.7 Relações entre tensão do primário e do secundário
2.8 Relação entre corrente do primário e do secundário
2.9 Impedância refletida
2.10 Potência
2.11 Autotransformadores
2.12 Circuito equivalente de um transformador
2.13 Parâmetros do circuito equivalente
2.13.1 Ensaio a vazio
2.13.2 Ensaio em curto-circuito
2.14 Indutores acoplados e indutância mútua
2.15 O núcleo de ferro de um transformador
φ11 φ12
(1)
(2)
(3)
(4)
56 UNIUBE
Ou seja,
(5)
EXPERIMENTANDO
(6)
UNIUBE 57
(7)
e
(9)
(10)
(11)
58 UNIUBE
(12)
Assim,
(14)
Então,
(15)
Como (17)
(18)
Então,
(19)
(21)
Então,
(22)
(23)
(24)
60 UNIUBE
(25)
Assim,
(26)
Então,
(27)
UNIUBE 61
(28)
Assim,
(29)
Então,
(30)
(31)
Então,
(32)
(33)
(34)
(35)
62 UNIUBE
Exemplo 1
Dados:
Resolução:
indutor 1
indutor 2
indutor 3
2.6 Transformadores
(36)
(37)
UNIUBE 65
(38)
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
Exemplo 2
Resolução:
CURIOSIDADE
(49)
Mas , assim,
(52)
(53)
(54)
Exemplo 3
Resolução:
a) Corrente no secundário
b) Corrente no primário
c) Tensão no primário
UNIUBE 71
(55)
(56)
IMPORTANTE!
(57)
Exemplo 4
Resolução:
b) Corrente na carga
c) Corrente no primário
2.10 Potência
(58)
2.11 Autotransformadores
Figura 14: Circuito equivalente de um transformador com grandezas refletidas para o primário.
(60)
(61)
UNIUBE 77
(63)
(64)
(65)
(67)
(68)
(71)
Exemplo 5
Resolução:
RELEMBRANDO
(72)
em que:
(73)
em que:
é a indutância mútua.
UNIUBE 85
(74)
(volts, V)
(75)
(volts, V)
(76)
(volts, V)
em que:
(77)
(78)
UNIUBE 87
(79)
(a)
(b)
88 UNIUBE
(c)
Figura 21: Enrolamentos com diferentes coeficientes
de acoplamento.
(80)
(Volts, V)
(81)
(henries, H)
(82)
(henries, H)
(henries, H) (83)
UNIUBE 89
(84)
(volt, V)
(85)
(volts, V)
(86)
(volts, V)
(87)
(88)
(89)
(90)
UNIUBE 91
(92)
portanto
(93)
(94)
Ou
(95)
(96)
Exemplo 1
o lado de baixa tensão tem 200 espiras. Uma tensão de 350V é aplicada
ao lado de alta tensão e uma impedância de carga de 5Ω é ligada ao
lado de baixa tensão.
Calcule:
Resolução:
a)
b)
c)
d)
Exemplo 2
Resolução:
a) e
b)
94 UNIUBE
Exemplo 3
Resolução:
a)
b)
Resumo
Neste capítulo, abordamos os conceitos básicos relacionados à Teoria
dos Transformadores, com itens como fluxo mútuo, indutância mútua,
tensão induzida em uma bobina enrolada sobre um núcleo de ferro.
Tratamos também das relações entre as tensões e correntes do primário
para o secundário, sendo que o fator que interliga essas grandezas do
primário e do secundário está associado à relação de transformação
UNIUBE 95
Referências
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos elétricos. 10. ed. São Paulo:
Pearson Education, 2009.
Introdução
Os equipamentos e máquinas conectados aos sistemas elétricos
de potência consomem grande quantidade de energia em seus
processos de operação e acionamento de cargas. Por essa razão,
são em grande parte dispositivos trifásicos. Sendo assim, são
alimentados por transformadores trifásicos, que adaptam os níveis
de tensão provenientes das linhas de transmissão e distribuição,
que alimentam não só as unidades industriais, como também as
unidades comerciais e residenciais.
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, espera-se que você seja capaz de:
• obter o circuito equivalente simplificado de um transformador;
• obter as relações de tensões do primário de um transformador;
• calcular a regulação de tensão de transformadores;
• calcular o rendimento de transformadores;
• compreender as conexões para os transformadores trifásicos;
• calcular as grandezas elétricas associadas aos
transformadores trifásicos.
UNIUBE 99
Esquema
3.1 Circuito equivalente simplificado
3.2 Transformador com carga resistiva
3.3 Transformador com carga indutiva
3.4 Regulação de tensão em transformadores de potência
3.5 Regulação de tensão com dados do ensaio em curto-circuito
3.6 Cálculo da impedância, resistência e reatância percentuais
com os dados do ensaio em curto-circuito
3.7 Rendimento de transformadores
3.8 Transformadores trifásicos
3.8.1 Tipos de conexões
Exemplo 1
Resolução:
102 UNIUBE
(1)
(2)
Exemplo 2
Pede‑se:
Resolução:
(4)
UNIUBE 107
(5)
Exemplo 3
Resolução:
(7)
EXPERIMENTANDO
(8)
112 UNIUBE
(9)
(11)
CURIOSIDADE
Exemplo 4
Resolução:
Exemplo 5
Resolução:
Exemplo 6
Determine:
• os parâmetros do circuito equivalente simplificado por fase, refletidos
para o secundário do transformador,
• a regulação desse transformador quando ele estiver fornecendo a
corrente nominal com fator de potência em atraso de 0,8 e
• para a mesma condição de carga, com fator de potência 0,8 em
avanço.
Resolução:
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
122 UNIUBE
(20)
(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
Exemplo 7
Resolução:
(26)
(28)
(29)
(30)
(31)
UNIUBE 125
CURIOSIDADE
Exemplo 8
Resolução:
Exemplo 9
Cálculos iniciais:
a) Regulação de tensão:
128 UNIUBE
b) Rendimento do transformador:
Conexão ∆‑∆
(33)
(34)
(35)
Exemplo 10
Resolução:
Tensão de fase no secundário:
Conexão ∆‑Y
Em transformadores na conexão ∆-Y, o enrolamento trifásico do primário
está ligado em triângulo e o enrolamento do secundário em estrela,
conforme mostra a Figura 25.
(37)
UNIUBE 135
(38)
(39)
Exemplo 11
Resolução:
Cálculos iniciais:
Relação de transformação:
Tensão de fase:
Tensão de linha:
UNIUBE 137
Conexão Y-Y
(40)
(41)
Exemplo 12
Resolução:
Conexão Y-Δ
Exemplo 13
Uma rede trifásica de distribuição absorve 6,6 MW, em 13,8 KV, com
fator de potência 0,7 atrasado, de uma subestação na qual se encontra
um transformador abaixador na conexão Y‑∆ (Figura 31). Sabe-se que,
no secundário do transformador, as tensões são
Resolução:
Exemplo 14
Conexão ∆-zigue-zague
Exemplo 15
Resolução:
Autotransformadores trifásicos
(42)
Exemplo 16
Resolução:
Corrente solicitada da rede de alimentação, utilizando o
autotransformador:
UNIUBE 151
RELEMBRANDO
Conexão em estrela:
VL
= L e VF
I F I=
3
Conexão em triângulo:
IL
=VF V=
L e IF
3
Exemplo 17
Uma subestação que interliga uma linha de transmissão com outra
de distribuição possui um transformador trifásico 30 MVA, que, em
determinada situação de carga, absorve 38,36 A da rede de alimentação.
O transformador está conectado em Y‑∆, as tensões do primário são
descritas por:
Pede‑se:
Resolução:
Exemplo 18
Resolução:
a) Potência ativa:
b) Potência reativa:
c) Carregamento percentual:
UNIUBE 155
Resumo
Neste capítulo, foram abordados os conceitos relacionados a circuito
equivalente simplificado e à sua aplicação no cálculo e análise das
tensões no primário de um transformador e, também, para o estudo
da regulação de tensão em transformadores de potência. Estudo esse
de grande importância na análise da operação de transformadores,
principalmente aqueles locados para alimentação de cargas industriais.
Referências
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos elétricos. 8. ed. Rio de
Janeiro: Pearson Education, 2004.