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14 de novembro de 2021
Poucos meses antes de minha conversão, em 1995, sonhei que eu estava na
praia, olhando para uma carcaça de ônibus que flutuava na água. Em dado
momento, uma onda mais forte a impulsionou e quase me atingiu; escapei por um
triz, correndo para meu pai, que estava em uma parte mais alta da areia. Quando
me converti, entendi que aquele ônibus simbolizava meu antigo caminho errado,
e minha corrida para o pai, a salvação.
Isso tudo é bem conhecido entre os crentes. Mas o que hoje me ocorreu de
modo especial foi que o estudo bíblico direcionado para um tema específico pode
ser expressão de arrependimento. Como assim? Se, como disse John Frame, a
apologética é a “aplicação da Palavra à incredulidade” — não apenas a do outro,
mas em primeiro lugar a minha (Mt 7.3-5) —, todo aquele que se esforça para
compreender a Palavra de Deus está combatendo a própria incredulidade, da qual
primeiro precisou arrepender-se. Sim, porque não nos arrependemos da
incredulidade somente na conversão.
Não as empurre mais para a zona cinza da mente. Não finja que se
contentou com as respostas que tem recebido ao terceirizar sua fé. Se você de fato
é um convertido ao Senhor Jesus, estará partindo da premissa de Romanos 3.4:
“seja sempre Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso”. Arrependa-se da
mentira que seu coração tem lhe contado e busque corrigi-la com a Palavra de
Deus. Provavelmente você vai precisar de muita ajuda — aulas, conversas com
líderes da igreja e irmãos mais maduros, comentários bíblicos, teologias
sistemáticas, consulta a vocábulos gregos… Eu preciso e conto com essa ajuda o
tempo todo. O resultado valerá a pena: uma fé mais sólida e um coração mais
apaixonado por Jesus.
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