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ELETRÔNICA PARA MECÂNICA


E MECATRÔNICA

CTC UNICAMP
ELETRÔNICA P/ MECÂNICA- CTC- UNICAMP –Carlos David

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INDICE

I – O CAMPO DE APLICAÇÕES DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL 3

II – COMPONENTES DE POTÊNCIA EM ELETRÔNICA INDUSTRIAL 4

1 – RESISTORES

2 – CAPACITORES

3 – COMPONENTES MAGNÉTICOS

3.1-O Indutor

3.2- O transformador

4-OS DIODOS.

5 - O TRANSISTOR BIPOLAR

6 – O TRANSISTOR MOSFET

7 – TIRISISTORES (SCR)

7.1 - SCRs – OPERAÇÕES EM PARALELO (Aumento da corrente)

7.2 - OPERAÇÃO SÉRIE (Aumento da tensão).

8 – OUTROS COMPONENTES.

8.1 – Triac

8.2. Tiristor de desligamento por gatilho (GTO)

8.3 –Transistor bipolar de porta isolada (IGBT)

8.4 – Componentes de proteção

III – CARACTERÍSTICAS DOS CONVERSORES. 13

1 Fonte de potência a tensão constante

2 Regulação com a linha de uma fonte de tensão constante

3 Regulação com a carga

4 Ondulação (Ripple) e Ruído impulso (noise=spike)

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5 Estabilidade (drift)

6 Tempo de estabilização (resposta à transiente)

7 Fator de potência

8 Segurança do operador

9 Segurança dos dispositivos

10 Segurança dos equipamentos

11 Geradores de ruído eletromagnético.

12 Temperaturas máximas de operação

IV - CLASSIFICAÇÃO DOS CONVERSORES 15

1 Conversores de Tensão CA

2 Conversores CC-CC (choppers)

3 Inversores

4 Retificadores

5 Ciclo conversores

V - APLICAÇÕES 17

1-Controle de motores CC

2-Controle de motores AC

3-Contator e relé de estado sólido

4- Aquecimento

5- Regulação de Tensão

6- Inversores Auxiliares (NO – BREAKS)

7- Conexões em paralelo

8- Conexões em série

9- Eletroquímica

10- Transmissão de corrente contínua em alta tensão

11- Fontes chaveadas

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VI – LABORATÓRIO 21

VII - ROTEIRO DE ESTUDOS 32

VIII- ELETRONIC WORKBENCH 39

IX – ALGEBRA BOOLEANA 43

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I – O CAMPO DE APLICAÇÕES DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL

Acionamento de motores AC e DC

Acionamento de velocidade fixa (métodos de partida de motores) e acionamento de motores com velocidade
variável. O controle de máquinas tem aplicações em acionamento de veículos elétricos, híbridos e
acionamento de máquinas industriais. Este controle pode ser feito por variação de tensão média na carga ou
por variação da freqüência de alimentação.

Exemplos de aplicação: metrô, locomotivas, veículos à bateria, laminador contínuo de aço (acionamento de
diversos motores coordenados).
O caso do aço envolve ainda diversos processos: laminadores à quente, a frio, linhas de corte-inspeção-
pintura-decapagem-galvanização e estanhagem, lingotamento contínuo.

Em fábrica de papel usa-se controle à velocidade constante em dosadores, transportadores, misturadores e


bombas. No processo de lavagem da polpa usa-se controle à velocidade variável. O acionamento deve
prever combinação de torque preciso, controle de velocidade e de tensão do papel. Bobinadeira e calandras
fazem parte do processo de acabamento do papel, onde também se requer o controle por velocidade
variável e controle de tensão do papel.

Em mineração o uso se faz em transporte e movimentação de material através de esteiras transportadoras,


moedores e misturadores de matéria-prima, fornos e fornos rotativos.

Em prospecção de petróleo usa-se em perfuratrizes, guincho de elevação de material e bombas.

A indústria petroquímica tem o uso bem limitado devido a riscos de explosão devido a faíscas no motor.

A Eletrônica Industrial é também usada em processos eletrolíticos como fontes de alta tensão e alta
corrente e retificadores no caso de eletrólise de sal, alumínio (redução da bauxita), cobre. Em
eletrodeposição galvânica são usados como fontes de alta corrente.

É usada em transmissão de alta tensão DC através de retificadores de alta tensão e inversores


(melhor aproveitamento dos condutores na passagem de corrente alternada – efeito pelicular).

O aquecimento elétrico pode ser feito por fornos resistivos ( P  R.I 2 ) usando variadores de voltagem
ou por fornos de indução (que usam as perdas no material magnético – dentro da bobina – para aquecê-lo)
ou fornos de fusão por campo eletromagnético (eletron-beam), que usam conversores de freqüência, fontes
de alta tensão e choppers.

Em fontes de alimentação são usados retificadores, osciladores, filtros. As fontes de alimentação


podem ser lineares ou chaveadas sendo amplamente usadas em telecomunicações, para alimentação de
equipamentos em centrais telefônicas, carregadores de bateria, computadores e no-breaks,

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II – COMPONENTES DE POTÊNCIA EM ELETRÔNICA INDUSTRIAL

1. Resistores

São componentes que limitam a corrente através de uma resistência à corrente e onde a tensão alternada
está em fase com a corrente alternada.

V
R ; onde R é dado em Ohms(Ω).
I

A potência por um resistor pode ser expressa pela queda de tensão nos terminais do resistor pela corrente
que passa por ele.

P  V .I ; onde P é dado em Watts(W).

Os resistores de potência são construídos com fios para poderem dissipar o calor.

P  R.I 2 ; ondeR é a resistência em Ohms(Ω)


2
e I é o quadrado da corrente em Ampères(A).

2. Capacitores

Basicamente um capacitor é composto de duas placas e de um dielétrico interposto a elas.

A capacitância é dada por:

o. A
C
d
C = capacitância(F)
εo = permissividade do meio (F/m)
A = área das placas (m2)
d = distância entre a placa (m)

Ao se aplicar uma tensão entre as placas acumula-se carga nessas placas onde:

q  C .V
q = carga (coulombs)
C = capacitância (Farad)
V = tensão entre placas (Volt)

A energia que pode ser armazenada no campo elétrico do capacitor é dada por:

C.V 2
E
2

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E a potência que pode ser transferida pelo capacitor é


E C.V 2
P  f. ; onde f é a freqüência da onda de tensão sobre o capacitor.
t 2

A utilização do capacitor determinará o tipo de capacitor escolhido. Os mais comuns são os de dielétrico;

alumínio
1. eletrolítico 
tântalo

2. poliéster

3. polipropileno

4. cerâmicos

5. óleo

OBS: No caso do eletrolítico o catodo é formado por um fluído condutor (o eletrólito) e não por uma placa. O
anodo é uma fibra de alumínio onde se deposita óxido de alumínio que atua como dielétrico.

Em regime de corrente alternada o capacitor se comporta como uma impedância dependente da freqüência,
quanto maior a freqüência menor a reatância:

1
Xc  ; onde Xc é a reatância capacitiva.
2 . f .C

Então, uma onda elétrica de alta freqüência tem facilidade de passar pelo capacitor (por exemplo, um ruído
de alta freqüência é facilmente colocado para o terra através de um capacitor de filtro). Ao mesmo tempo
uma onda de baixa freqüência tem muita dificuldade de passar pelo capacitor. Pode-se dizer que o capacitor
é um curto-circuito (Z ~ 0) para altas freqüências e um circuito aberto (Z ~ ∞) para as baixas freqüências.

Pode-se demonstrar que a tensão está atrasada em relação à corrente em um capacitor, ou seja, primeiro
deve existir carga (a variação da carga é corrente) para depois haver tensão nos terminais de um capacitor.

3. Componentes Magnéticos

Definições:

 B (Gauss) – Densidade de fluxo magnético ou indução magnética: é o grau da concentração do fluxo


magnético.

 H – Intensidade do campo magnético: é a força que produz o fluxo magnético.

 µ - permeabilidade magnética: é a razão entre o fluxo magnético e a força que o produziu.

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B

H
Está relacionada com a facilidade com que um fluxo magnético pode ser estabelecido em um determinado
núcleo com uma intensidade de campo determinada.

Ciclo de Histerese: é a característica magnética de um núcleo. Mede a variação do fluxo, quando se varia a
intensidade de campo.

3.1 O Indutor

É um dispositivo capaz de armazenar energia em seu enrolamento enquanto há passagem de corrente


elétrica por suas espiras.
Quanto maior o número de espiras maior a indutância, se o núcleo é de material ferromagnético a
permeabilidade aumenta aumentando ainda mais a indutância.
A queda de tensão nos terminais do indutor é proporcional ao produto da variação de corrente no seu
enrolamento pela indutância das espiras:
dI dI
V  L  onde é a variação da corrente pelo tempo gasto para
dt dt
variar a corrente em A/s.
O sinal negativo significa que a corrente está diminuindo a queda de tensão será positiva, no sentido de
tentar aumentar a corrente (Lei de Lenz) e vice-versa.
A reatância indutiva é proporcional à freqüência, ou seja, aumentando-se a freqüência aumenta-se a
impedância, o mesmo é válido em relação à indutância:

X  wL  2. . f .L onde  = 3,14


f= freqüência em Hz
L = indutância em Henries
Isto significa que uma indutância oferece muita oposição à passagem de uma onda de corrente de alta
freqüência (Z~infinito) e pouca oposição à passagem de uma corrente A.C de baixa freqüência. Assim, para
DC (f = O) a reatância indutiva é nula: X (f = O) = 0 só restando a parte resistiva da impedância.
Seguindo-se o mesmo raciocínio do caso do capacitor é que se entende que a corrente está atrasada em
 LdI
relação à tensão nos terminais de um indutor ( V  ).
dt
A energia que pode ser armazenada nos terminais de um indutor é proporcional ao quadrado da corrente
que passa por ele e ao valor da indutância:

(LI ^ 2)
E Onde L é a indutância em Henries
2
1^2 é o quadrado da indutância em A^2

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A variação desta energia no tempo é a potência:


E ( LI ^ 2) f
P  E f  P em Watts (W), E em Joules(J)
t 2
No caso de indutores com núcleo ferromagnético, se aumentarmos a corrente demasiadamente a
permeabilidade magnética tende a diminuir até atingir o valor da permeabilidade do ar, esta diminuição
corresponde a uma diminuição da indutância e dizemos que o indutor está saturado. Caindo a indutância há
aumento de corrente, já que diminui-se a reatância.
3.2- O transformador

Um transformador é um dispositivo capaz de transformar uma corrente e tensão de entrada em outras


tensão e corrente de saída.
Um transformador é composto de dois enrolamentos sobre um núcleo de material ferromagnético: o
enrolamento primário e o secundário. Desconsiderando-se as perdas na resistência do fio de enrolamento e
as perdas por histerese e correntes parasitas (Foucalt) no núcleo ferromagnético, pode-se dizer:
Pp= Vp.Ip= Vs.Is =Ps onde
Vp é a tensão de primário em Volt
Ip é a corrente de primário em Amperes
Vs é a tensão de secundário em Volts
Is é a corrente de secundário em Amperes
A eficiência de um transformador bem projetado chega a ser de 95%, o que indica que no secundário
temos 95% da potência de primário e que foi perdido apenas 5% de potência no processo de transformação.
O número de espiras do secundário pelo numero de espiras do primário chamamos de relação de espiras n
onde:
Ns Vs
n  Onde Ns, Np são o número de espiras do secundário e
Np Vp
do primário respectivamente.
Existem transformadores que acoplam as três fases da rede de energia ao mesmo tempo, os chamados
transformadores trifásicos que são usados para potências mais altas que as dos monofásicos.
4-Os Diodos

São dispositivos compostos por duas partes: o anodo e o catodo. A corrente elétrica flui de anodo
para catado com grande facilidade, quando a polarização é direta na junção anodo-catodo. Quando
a polarização é invertida (ou reversa) há uma grande dificuldade de estabelecimento da corrente
elétrica.
Com o voltímetro polarizado diretamente no diodo Z~0, a corrente limitada pela resistência do
circuito externo, a queda na junção é de 0.7 Volts .Com o voltímetro polarizando inversamente a
junção P-N do diodo Z~infinito e toda a tensão fica aplicada no diodo sem haver corrente
Existem também diodos semicondutores com junção óxido-metálica onde a queda de tensão pela
junção é de somente 0.2V. Estes diodos são chamados diodos Schottky podendo também
trabalhar com altas freqüências de chaveamento semelhantes aos de junção PN ultra-rápidos.
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5 - O Transistor Bipolar

5.1 - Características em chaveamento:


O transistor bipolar controla e amplifica a corrente.
Ic = hfe x I
hfe = ganho de corrente constante, aumenta com a corrente de coletor até Ic = Icr , depois cai.
Depois de saturado e sem limitação de corrente, a tensão entre coletor e emissor é Vce sat = 0,2 V.
Deve-se ter uma corrente de base mínima capaz de manter o transistor na saturação mesmo com variações
de corrente de coletor (se Ic aumenta, Ib aumenta).

5.2 Perdas
Quando funcionando como chave Psat = Vce sat x Ic, além disto tem-se as perdas no ato de ligar (Pon) e no
de desligar(Poff)

5.2.1 Tempos de chaveamento em bipolares e perdas


Os transistores devem ter tempos de chaveamento muito menores que o período de repetição (T) para ter-
se baixa perda no chaveamento, ou seja,

td <<T e tf<< T.
5.2.2 Carga Indutiva
Para carga indutiva, a perda no instante de ligar é desprezível, pois o indutor é uma impedância alta e nos
indutores a corrente está atrasada em relação a tensão, assim Vce atinge Vce sat. sem corrente
considerável no coletor. Então:
Pon  0
No desligamento, a corrente do indutor é constante até que o diodo de circulação reversa possa conduzir. (-
VL > 0,7)
Ic  Vce  off  tf
P off =
2T
OBS: PI>Pr mesmo com Pon~0

6 – O TRANSISTOR MOSFET

6.1 Características gerais:

O Transistor Mosfet de potência tem capacidade de controle de corrente por meio da tensão aplicada entre
os terminais de porta e dreno (gate e source). Aplicando-se uma tensão entre gate e source há passagem
de grande corrente entre dreno e fonte. A corrente de gate é desprezível (nA) devido a alta isolação entre
gate e source. (Zgs é alta).

Os fets possuem também região linear análoga aos bipolares, mas quem controla a corrente de dreno é a
tensão entre gate e source. Nota-se também uma região de saturação do canal de funcionamento resistivo.
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6.2 PERDAS

O valor Rds min. é muito importante, pois é quem determina a perda de potência:

Pdiss  Rds .I d2 .

6.3 Características de operação

Quando existe uma voltagem Vds positiva em um transistor canal N e uma tensão nula aplicada em Vgs, a
corrente que passa pelo fet é de apenas alguns nA. Com uma tensão com Vgs abaixo do joelho o mosfet
está completamente cortado, não adiantando colocar Vgs negativa para bloquear mais. O valor máximo
permitido entre gate e source Vgs é da ordem de 20V, dependendo da especificação do fabricante, para
isso precisa de proteção para que essa tensão não ultrapasse esse valor e danifique o componente.

No estado de condução, o transistor comporta-se como uma resistência ôhmica, podendo fluir corrente no
sentido inverso (de source para dreno) o que só é notado até que atinja a tensão de condução do diodo
reverso entre dreno e fonte (intrínseco do processo de fabricação).

6.4 Comportamento em Chaveamento

Devido a alta isolação de entrada o Fet não necessita de corrente para funcionar; Entretanto cada estado de
operação (corte => condução completa => com canal aberto e com canal estrangulado) causa uma
condução de corrente devido a carga e descarga das capacitâncias de entrada (Cgs).

6.5 Polarização

A melhor maneira de polarizar um fet é com um chaveamento com pulsos, por um circuito de baixa
impedância que permite carregar e descarregar rapidamente as capacitâncias de entrada do fet.

O zener entre gate e source deve ser colocado o mais próximo possível do Fet para evitar problemas com
indutâncias parasitas.

Obs.: A transcondutância não sofre efeitos da temperatura ( 1/4 )da variação do hfe).

6.6 Operação Paralela

A resistência de canal Rdon possui coeficiente de temperatura positivo de aproximadamente 0,7  /ºC, o que
permite a utilização em paralelo com pouco risco de ultrapassar a potência máxima.

7 – TIRISISTORES (SCR)

O nome SCR vem de Silicon Controlled Rectifier (retificador controlado de silício), ou seja, é um dispositivo
que permite passagem de corrente em um único sentido, a partir de um certo instante determinado pelo
pulso de disparo.

A diferença física mais perceptível entre os diodos e os tiristores é um terceiro terminal (além do catodo e do
anodo) chamado de gate (porta) pelo qual se pode controlar o instante em que se inicia a retificação.

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O tiristor só inicia a condução quando se aplica um pulso de corrente no terminal de gate. A corrente de
anodo necessária para iniciar a condução é chamada de corrente de ignição e a corrente mínima de anodo
necessária para permanecer a condução é chamada de corrente de manutenção hold.

A corrente de ignição deve ser maior que a de manutenção para que o tiristor continue conduzindo. A
corrente de ignição típica é o dobro da de manutenção e é a ordem de 1% da corrente máxima de anodo.

A condição de bloqueio é conseguida com a corrente de anodo reduzida até a um valor inferior a corrente de
manutenção durante um certo intervalo de tempo.

Onde trr é o tempo de recuperação reversa (a chave SCR pode ser acionada novamente após este tempo).
Este tempo aumenta com a corrente que está circulando pelo SCR

Pode-se usar um capacitor em série com um resistor entre os terminais de anodo e catodo do SCR para
evitar disparos indesejáveis por ruídos. Este tipo de arranjo chama-se snubber.

7.1 Métodos de comutação dos tiristores

Comutação é a passagem de condução para corte (bloqueio).

1) Comutação natural – diminuição da corrente abaixo de Ihold.


2) Comutação por polarização reversa – o tiristor comuta quando Vak reverte.
Obs.: Cuidado com as cargas indutivas.
3) Comutação por pulso de corrente – um pulso de corrente pelo transistor reduz a corrente no
SCR abaixo de Ih.

7.2 Métodos de disparo dos SCRs

1 – Disparo por pulsos no gatilho (gate);


2 – Disparo por sobretensão entre ânodo e catodo (Vak);
3 – Disparo por dV/dt → gera corrente capaz de disparo;
4 – Disparo por aumento de temperatura → a curva se desloca com a temperatura permitindo um
disparo acidental do SCR por ruídos espúrios no circuito de gate ou por Vak inadequados;
5 – Disparo por luz ou radiação (tiristor acionado por luz)

7.3 Características dos Tiristores

Ih = Ihold = corrente mínima necessária para manter o tiristor em condução


Vbo (break ober) – tensão mínima de disparo entre ânodo e catodo.
Vdrm (direct repetition Max.) – tensão direta máxima entre ânodo e catodo.
Vdsm (direct surge Max.) – tensão direta de surto máxima entre ânodo e catodo.
Vrrm – tensão reversa repetitiva máxima entre ânodo e catodo.
trr - tempo de recuperação reversa (tempo de comutação).
Vrsm – máxima tensão reversa acidental que não danifica o componente.
Idrm – corrente associada a Vdrm.
Igfm – máxima corrente de gate para colocar o SCR em condução.
Igr(Vgrm) – máxima corrente de gate reversa que não danifica o SCR.

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7 SCRs – OPERAÇÕES EM PARALELO (Aumento da corrente)

Características importantes em conversores com alta capacidade de potência e alta corrente usando
dispositivos SCRs em paralelo:

1 – Sensibilidade limiar de condução;


2 – Tempo de atraso (um conduz antes do outros);
3 – Propagação da condução;
4 – Corrente de manutenção;
5 – Tensão no estado de condução;
6 – Resistência térmica;
7 – Indutância do laço.

7.4 CIRCUITO DE DISPARO PARALELO

Circuito de trem de pulsos para gatilhamento.

Assim como nos bipolares o chaveamento rápido depende de carregar rapidamente as capacitâncias de
entrada com um pulso de corrente rápido e para facilitar o corte, baixar a corrente próxima as de hold (trava,
segurança).

O circuito deve ter combinado tempo de subida rápido e circuito de pulso de disparo (trigger) largo.

7.5 OPERAÇÃO SÉRIE (Aumento da tensão)

A operação série de SCRs aumenta a capacidade de bloqueio de tensão reversa; deve-se tomar cuidado
com a equalização e gatilhamento. Equalização de tensão reversa, corrente reversa e de carga reversa
(descarga das junções). As diferenças em tempos de atraso e de capacitâncias para terra também devem
ser consideradas para operação em série.

Equalização da tensão reversa

dv
Equalização com RC para evitar acionamento por entre anodo e catodo
dt

Circuito de gatilhamento

8 – OUTROS COMPONENTES

8.1 – Triac

É um dispositivo constituído como se fossem dois SCR’s colocados em antiparalelo, podendo conduzir nos
dois sentidos.

8.2. Tiristor de desligamento por gatilho (GTO)

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Se o pulso de corrente de gatilhamento for retirado, o GTO deixa de conduzir, o disparo é como no SCR
convencional.

8.3 – Transistor bipolar de porta isolada (IGBT = Insulated Gate Bipolar Transistor)

É um dispositivo que combina as qualidades dos transistores bipolares e Mosfets, ou seja, velocidade de
operação e controle por tensão dos mosfets e baixa perda em saturação e alta capacidade de potência dos
bipolares.

8.4 – Componentes de proteção:

Além dos componentes de potência existem componentes auxiliares como:

 Foto acoplador – permite isolação de fonte primária da fonte secundária;

 Centelhadores à gás – entram em curto quando a tensão sobre seus terminais ultrapassa certo valor,
protegendo o equipamento de tensões elevadas;

 Varistor de óxido metálico – a mesma ação do centelhador, maior precisão;

 PTC – positive temperature coefficient – resistor que aumenta de valor com aumento de temperatura,
limitam a corrente em operação;

 NTC – negative temperature coefficient – o valor da resistência diminui com o aumento da


temperatura, limitam a corrente inicial de carga dos capacitores de retificadores;

 Zener – diodo que quando polarizado reversamente acima de determinada tensão conduz. Assim
protege o componente que ele está ligado de tensões acima da tensão de zener;

 CI’s de controle do chaveamento fazem o controle do ângulo de disparo dos SCR’s, ou controlam o
tempo de condução dos transistores de potência ou ainda a freqüência de repetição destes
transistores de tal forma que se tem controle da tensão ou da potência na carga.

III – CARACTERÍSTICAS DOS CONVERSORES

 Fonte de potência a tensão constante

A fonte regulada atua para manter sua tensão de saída constante a despeito de alterações na carga, na
linha, temperatura, etc.
Então para uma alteração na resistência de carga, a tensão de saída permanece constante enquanto a
corrente de saída varia o necessário para acompanhar aquela alteração. Existe também fonte à corrente
constante e tensão e corrente constantes.

A fonte de potência atua como fonte de tensão constante para valores altos de resistência de carga e como
fonte de corrente constante para valores baixos de resistência de carga.

 Regulação com a linha de uma fonte de tensão constante

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É a alteração do valor do regime de uma tensão D.C. de saída devido a uma alteração na tensão de linha
(entrada) de baixa para alta ou de alta para baixa.

 Regulação com a carga

É a alteração do valor de regime da tensão ou da corrente de saída devido a uma alteração da


resistência de carga de curto-circuito para nominal ou de circuito aberto para nominal.

 Ondulação (Ripple) e Ruído impulso (noise=spike)

A componente residual AC superposta na saída D.C. de uma fonte regulada é chamado de ripple e spike.
Ripple (ondulação) é a componente de baixa freqüência (até KHz) e spike (ruído impulsivo) é a
componente impulsiva de alta freqüência (MHz).

Devem ser especificados em valores RMS (ripple) e pico-a-pico (spike). A banda máxima de medida do
instrumento de medida também deve ser especificada.

 Estabilidade (drift)

Refere-se ao desvio da fonte com carga constante, tensão de entrada constante e temperatura ambiente
constante em um período de tempo (usualmente 8 horas).

 Tempo de estabilização (resposta à transiente)

É o tempo necessário para a saída da fonte retornar dentro de um nível aproximadamente normal após
alteração súbita de carga.

 Fator de potência

É a relação entre a potência dissipada na parte resistiva da carga pela potência total na carga.
Indiretamente é um indicador de quanto a carga é indutiva e de quanta potência está sendo retornada à
rede sem uso (apesar de ser necessária a geração desta potência).

Em sistemas AC usuais onde a tensão e a corrente são senoidais, o fator de potência é definido como o
cosseno do ângulo entre a tensão e a corrente. Em cargas indutivas a corrente se atrasa da tensão dando
um cosseno menor que 1. Quanto mais próximo de zero o cosseno mais indutiva é a carga e mais potência
é “jogada fora”.

 Segurança do operador

Como já foi dito anteriormente é necessário prever operação segura usando-se foto acopladores para isolar
a alta tensão de saída de uma fonte de baixa tensão de entrada, onde o operador estará com o controle do
equipamento. Deve-se prever descarga de capacitores para evitar acumulo de cargas quando em repouso e
choques do operador. Pode-se colocar chaves mecânicas de desligamento automático da fonte, quando se
está aproximando de setores perigosos no equipamento. Pode-se interligar através de indutores os terras
primário e secundário, garantindo-se mesmo potencial para os dois terras e permitindo isolação de ruídos
impulsivos.

 Segurança dos dispositivos


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Existe dispositivos que são sensíveis à eletricidade estática do corpo humano podendo ser danificados
quando tocados com a mão. É conveniente segurá-los estando devidamente conectados a um terra, através
de uma pulseira de aterramento. Os encapsulamentos cerâmicos ou de vidro não devem ser seguros pela
mão, pois a oleosidade da pele impregnada no dispositivo irá criar regiões de alta temperatura que
diminuirão a vida útil do dispositivo. Disjuntor, fusível, termistor (PTC).

 Segurança dos equipamentos

Os componentes do equipamento têm limitação de tensão e de corrente e devem ser previstos circuitos
auxiliares para protegê-los de sobretensão e de sobrecorrente. Em alguns casos para garantir bom
funcionamento, pode-se proteger quanto a sub-tensões.

 Geradores de ruído eletromagnético

O chaveamento de potência gera uma grande quantidade de ruídos. Estes ruídos necessitam ser filtrado
para não prejudicarem o funcionamento de outros equipamentos. Usam-se filtros para retirar estes ruídos.
Os filtros de linha são compostos por arranjos de indutores e capacitores de forma a colocar para terra os
ruídos de alta freqüência. Os principais geradores de ruído são os diodos retificadores, os SCR’s, os
transistores e CI’s digitais. Uma regra prática interessante é que quanto mais rápido o dispositivo ou o
chaveamento, maior o nível de ruído gerado.

 Temperaturas máximas de operação

Os componentes eletrônicos devem operar em temperaturas bem definidas, dependendo do tipo de


componente e do encapsulamento. A faixa de operação dos semicondutores é de, no máximo,
55°C(temperatura externa no encapsulamento). Os indutores e transformadores, geralmente operam até
65°C. Um bom procedimento é colocar dissipadores de calor nos componentes semicondutores para
aumentar o MTTF do componente. Outra boa idéia é mapear termicamente a placa e observar onde estão
as maiores temperaturas, se as temperaturas estão acima das sugeridas é interessante refazer os cálculos
de projeto até que fiquem abaixo do sugerido. Isto aumenta o MTBF do equipamento.

IV - CLASSIFICAÇÃO DOS CONVERSORES

Os conversores podem ser classificados quanto ao tipo de aplicação ou quanto à forma de potência
disponível (CC ou CA) e da forma de potência resultante necessária (CC ou CA):

1. Conversores de Tensão CA (CA-CA)


2. Retificadores Controlados (CA-CC)
3. Conversores CC-CC (choppers)
4. Inversores (CC-CA)
5. Cicloconversores (CA-CA)

- Conversores de Tensão CA

Neste tipo de conversor, a tensão de alimentação é CA senoidal de amplitude fixa. Deseja-se transformá-la
em uma tensão que tem a forma de uma senóide recortada e cujo valor eficaz é controlado através do
ajuste do ângulo de condução dos tiristores colocados em antiparalelo.

Os retificadores podem ser do tipo de meia onda ou de onda completa (um ou dois caminhos).
Podem ser não controlados, onde existe a presença de apenas diodos no retificador, podem ser
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semicontrolados onde existe a presença de diodos e SCR’s, ou então podem ser totalmente controlados,
onde existe a presença apenas de SCR’s.

Os retificadores não controlados e semicontrolados operam unicamente no primeiro quadrante do gráfico


VxI, já o totalmente controlado unidirecional opera no primeiro e quarto quadrantes e o totalmente
controlado bidirecional opera nos quatro quadrantes.
Neste último caso, existe a possibilidade de fluxo bidirecional de potência e é denominado conversor dual.

Conversores CC-CC (choppers)

Quando se dispõe de uma fonte CC e deseja-se CC com possibilidade de variar o valor médio da tensão
aplicada à carga, utiliza-se um conversor CC, também conhecido por “chopper”. Este termo em inglês
significa cortador, sendo aplicado aqui pelo fato da filosofia do conversor CC-CC ser a de cortar e
interromper a tensão da fonte aplicada à carga, de forma a controlar o valor médio da tensão fornecida à
mesma

A figura acima ilustra um circuito simples de um chopper, o valor médio Vo da tensão aplicada à carga pode
ser variado através dos seguintes modos (FALTA FIGURA).
1. t on variável, t off variável e o período T constante, ou seja, modulação por largura de pulso.
2. t on constante, t off variável e o período variável, ou seja, modulação em freqüência.
3. Uma combinação de 1 e 2.

A figura abaixo ilustra os dois primeiros modos de operação. O valor médio da tensão de alimentação pode
ser calculado pela expressão: (FALTA FIGURA)

Vs = Ve . ton/(ton+toff)
Vs = (ton . Ve)/T , pois T = ton+toff

Embora não esteja mostrado na figura de chopper, deve existir um circuito auxiliar que bloqueie o SCR
mediante a aplicação de uma tensão reversa nos seus terminais. Isto é necessário, pois, sendo a fonte CC,
em um circuito resistivo, a corrente nunca cairia a zero, e, sendo um circuito de carga RL, a corrente poderia
não se anular no instante desejado. Para isto são usados os circuitos de comutação, Isto é, aqueles que
bloqueiam o SCR.

Inversores

Os Inversores são circuitos que fornecem tensão CA de freqüência variável, a partir de uma fonte
CC. Freqüentemente esta tensão CC é fornecida por uma ponte retificadora controlada. Assim
poderemos ter além do controle de freqüência, também o controle de amplitude da tensão CA de
saída.

Uma aplicação típica é o acionamento de motores de indução onde deseja-se manter o conjugado
constante, mantendo-se constante a relação de amplitude da tensão/freqüência (V/f). Para se
variar a velocidade do motor varia-se a freqüência e para manter V/f constante varia-se a amplitude
da tensão aplicada proporcionalmente à variação da freqüência.
Exemplos típicos de inversores são, o série ressonante, usados em freqüências elevadas (de
200Hz até 2MHz) em aplicações tais como forno de indução ou em aplicações onde a carga é
constante, pois o circuito deve ser sub-amortecido. Outro tipo de inversor é o com capacitor em
paralelo e o comutado por impulso auxiliar ou por impulso complementar (inversor de McMurray
Bedford) e inversor com fonte de corrente.

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Ciclo conversores

O ciclo conversor converte a tensão CA de uma determinada freqüência, em tensão CA de uma freqüência
mais baixa. Apesar de sua aparente semelhança com uma combinação retificador-inversor, veremos abaixo
que a diferença é que, no ciclo conversor, a conversão é feita diretamente em uma só etapa.

A operação do ciclo conversor depende de uma variação periódica a partir do ponto onde os SCR’s são
disparados. A variação do valor médio da tensão de saída normalmente tem a mesma freqüência que este
sinal.

Grosso modo, pode-se dizer que o ciclo conversor é um duplo retificador controlado, capaz de fornecer
tensão retificada positiva e negativa. Mediante um controle de fase adequado, a saída do ciclo conversor
tem um valor médio variável, produzindo uma tensão CA sincronizada com o sinal aplicado aos circuitos de
disparo.

O ciclo conversor da figura tem dois grupos de SCR’s; Q1 e Q2 formam o grupo positivo, Q2 e Q4 formam o grupo
negativo. (FALTA FIGURA)
Evidentemente a tensão de saída conterá harmônicos da freqüência da alimentação, que poderão ser
eliminados por uma filtragem adequada, por isso a freqüência do ciclo conversor é limitada a 1/3 da
freqüência de alimentação.

Os ciclos conversores têm grandes aplicações em acionamento de motores de potência elevada em baixa
velocidade (de 0 à 20 Hz), em aviões usa-se o sistema de velocidade variável e freqüência fixa que
independente da velocidade das turbinas mantém a freqüência fixa.

V - APLICAÇÕES

-Controle de motores CC

Originalmente, a energia disponível para uso industrial era apenas CC, os motores CC eram grandemente
utilizados.Esta tendência se inverteu com o aparecimento de motores CA e alimentação trifásica onde hoje o
mais comum é o motor de indução.

Desvantagens associadas ao uso de motores CC:

 -Para a mesma potência, os motores CC são os maiores e mais caros que os motores de indução AC
 -Excetuando motores pequenos, há necessidade de controlar o excesso de corrente na partida de
motores CC
 -Os motores CC requerem maior manutenção que os motores de indução, dados o desgaste das
escovas.
 -As escovas faíscam impedindo o uso de motores CC em aplicações onde a presença de gases
combustíveis requer o uso de motores à prova de explosão

Vantagens associadas ao uso de motores CC:

 -Elevado conjugado de partida, ideal para fins de tração elétrica.


 -O controle preciso e contínuo da velocidade por uma ampla faixa de variação
 -Maior simplicidade e menor custo dos sistemas de controle de motores CC em relação aos motores de
indução AC, para obter o mesmo desempenho.
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Controle de motores AC

Vantagens do acionamento AC

 -Grande variedade de motores AC padrões disponíveis


 -Baixa inércia dos motores de indução, resposta dinâmica melhor.
 -Faixa de velocidade permitida.
 -Boa regulação de velocidade (freqüência de saída dos conversores independente da carga)
 -Excelente regulação de velocidade mesmo com a malha aberta.
 -Facilidade de sincronizar o acionamento de múltiplos motores

Contator e relé de estado sólido

O contator é um dispositivo que conecta (liga) ou isola (desliga) uma carga à/ou da fonte.
Pode ser implementada com triac para baixa potência e com dois tiristores em antiparalelo para aplicações
de maior potência.

O contator mecânico precisa de um intervalo de tempo para operar que pode se estender de um a até
alguns ciclos. Os dispositivos semicondutores conduzem imediatamente após o disparo ser recebido no
gatilho e por controles apropriados no circuito de disparo, a condução pode ser sincronizada com qualquer
ângulo desejado dentro do ciclo.

Para manter o dispositivo conduzindo, são necessários pulsos de disparo contínuos no gatilho, ou disparar
novamente a cada ciclo, ou seja, a cada passagem por zero da corrente.O desligamento ocorre na corrente
zero, pois os dispositivos semicondutores desligam na primeira passagem por zero, após a retirada dos
pulsos de disparo.

O contator mecânico produz um arco quando os contatos abrem e isto pode ser evitado desligando no zero
da corrente quando a abertura dos mesmos é suficiente para manter o circuito aberto.

A queda de tensão no tiristor (ou triac) em condução resultará em geração de calor, necessitando
resfriamento; entretanto, é possível curto-circuitar o tiristor, colocando um contato mecânico em
paralelo.Apenas no início do chaveamento a corrente passa pelos tiristores, nos outros instantes a chave
mecânica conduz a corrente de carga, evitando perdas excessivas.

As vantagens do contator semicondutor são a velocidade de resposta, a precisão no tempo de


chaveamento, a não necessidade de manutenções de rotina e a ausência de ruídos.
Tudo que foi dito acima para contatores é valido também para relés de estado sólido.

Aquecimento

Uma carga de aquecimento por resistência pode ser controlada para diferentes níveis de potência pelo uso
do triac. Em aplicações onde existem elevados níveis de potência ou de tensão que impedem o uso do triac,
podem ser usados dois tiristores em antiparalelo.

A maioria das cargas de aquecimento tem constantes de tempo térmica de vários segundos ou mais. Neste
caso, ocorrem apenas pequenas variações da temperatura do aquecedor, se o controle permanecer um
determinado número de ciclos desligados ou ligados.

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Com respeito à carga no sistema de alimentação, o controle do ângulo de fase será similar ao retificador
controlado.O controle de ciclo integral não sofre esses problemas, e é melhor para as concessionárias de
energia elétrica que seja feito esse controle.
Em soldagem de pontos, onde passa uma alta corrente, por exemplo, por um segundo, pode-se usar
controle de ciclo integral com tiristores conectados em antiparalelo e refrigerados a água.

Regulação de Tensão

Tiristores e triac’s podem ser usados em várias configurações para controle do nível de tensão em uma
carga CA.

Com cargas indutivas, a continuação da condução além da tensão zero significa que não existe controle
abaixo de um acerto ângulo disparo. O início de um outro disparo só é possível após a extinção da corrente.

Uma aplicação do regulador monofásico ou trifásico consiste em controlar a tensão de entrada para um
transformador, cujo secundário está conectado a um retificador (um diodo alimentando uma carga CC).

Inversores Auxiliares (NO – BREAKS)

Inversores auxiliares são muito usados para fornecer uma alimentação de emergência na freqüência de
rede (50/60Hz), na eventual falta de fonte principal. O tipo de inversor auxiliar (Standby) pode requerer uma
fonte ininterrupta, pois na eventual falta da rede principal, o inversor opera imediatamente sem perder a
forma de onda. No tipo de inversor auxiliar de baixa demanda, uma interrupção na alimentação entre a falta
na rede e o início da fonte de emergência pode ser tolerada por algum tempo.

Numa eventual falta na rede, o inversor será alimentado pela bateria evitando assim qualquer interrupção na
alimentação de carga. As cargas que tipicamente necessitam de fonte interrupta são: computadores, redes
de comunicação e instrumentação, essenciais em determinados processos. A bateria tem uma capacidade
limitada e deverá haver, constantemente, uma carga lenta para manter a sua tensão de flutuação, com uma
carga rápida após qualquer período de descarga.

Inversores auxiliares para alimentação trifásica a quatro fios são construídos a partir de três inversores
monofásicos separados, alimentando o primário de três transformadores monofásicos, com um lado de cada
secundário ligado, formando o neutro para alimentação trifásica. Nessa conexão de inversores
trifásicos, é possível alimentar cargas desequilibradas e manter a tensão equilibrada.

Conexões em paralelo

Em aplicações onde o requisito de corrente de um diodo, excede o valor nominal dos maiores dispositivos, é
necessário conectar um certo número de diodos em paralelo.

O circuito de disparo da combinação paralela deve ter um tempo de subida tão rápido quanto possível, com
os pulsos continuando por um longo período. O rápido tempo de subida garantirá que todos os tiristores
comecem simultaneamente a condução.

Um problema com tiristores em paralelo ocorre se a corrente de carga cair para um baixo nível; um ou mais
tiristores podem desligar se suas correntes caírem abaixo do seu nível de manutenção. Qualquer aumento
subseqüente na corrente poderia, então, sobrecarregar os tiristores restantes. Uma série contínua de pulsos
de disparo no gatilho durante a condução resolveria esse problema.

Conexões em série

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Quando picos de tensão reversa (ou direta) de alguns milhares de volts são exigidos dos dispositivos de
retificação, é necessário conectar diversos tiristores em série para equalizar (dividir) a tensão reversa.

Eletroquímica

A aplicação de eletricidade para instalação eletroquímica requer corrente contínua associada a baixa
tensão. Os processos incluem eletrodeposição, extração e refino de metais por eletrolise; produção de
elementos como cloro e hidrogênio e técnica eletroquímica de eletroerosão.

Eletrodeposição consiste na deposição de um metal em uma peça, imersa em um eletrólito apropriado,


fazendo dela o catodo; o metal depositado é obtido de um anodo feito daquele material. As densidades de
corrente são baixas em eletrodeposição, com grande espaço entre os eletrodos para garantir deposição. A
quantidade de metal depositada é proporcional ao nível de corrente e tempo de sua circulação. A maioria
dos processos de deposição pode tolerar ripple na corrente, portanto, tipicamente, alimentações de três
pulsos podem ser usadas. Os requisitos de tensão são baixos, por exemplo, de 5 a 50v; assim,
normalmente circuitos retificadores de meia onda são usados. O controle de tensão e corrente na carga
pode ser feito por regulação do transformador (mudança de derivação) para um retificador a diodos ou pelo
uso de tiristores.

Extração de metais como alumínio e magnésio por eletrólise requer grandes quantias de potência elétrica.
Alumínio é produzido pela redução de óxido de alumínio (alumina) pela passagem de uma corrente contínua
através de uma cuba eletrolítica (ou vaso) contendo a alumina dissolvida em creólito. O alumínio é
precipitado no catodo de carbono, indo para o fundo da cuba. Normalmente cada cuba requer 5V, mas,
quando cai a concentração de alumina, a tensão necessária pode subir para 30V, para manter o nível da
corrente. Muitas cubas são conectadas em série, de forma que, tipicamente, o retificador fornece 800V e
70kA para uma fila de cubas.

A produção em larga escala de cloro, hidrogênio e soda caustica requer, tipicamente, 50kA a 50V,
necessitando conexões de meia-onda para alta eficiência com saídas de 12 ou 24 pulsos para reduzir os
harmônicos no sistema de alimentação.

Muitos processos eletrolíticos (como o refino do cobre) produzem uma película de hidrogênio no catodo que
aumenta a tensão da cuba. Esse hidrogênio é mais facilmente removido pela inversão freqüente da corrente
por uns poucos segundos. O uso de inversor com tiristores em antiparalelo permite facilmente inverter a
corrente periodicamente. A lógica de controle tem de garantir que a corrente direta normal cessou, com
todos os tiristores diretos bloqueados, antes que os tiristores inversos sejam disparados e vice-versa.

A eletro-erosão é o inverso da eletrodeposição. O material é removido proporcionalmente à densidade de


corrente, que é da ordem de 1 A/mm2, com tensões da ordem de 5 a 20V para manter a corrente. O espaço
é tipicamente 0,2mm com uma taxa de remoção de material de 2mm por minuto. O processo é usado para
materiais duros, difíceis de serem trabalhados por métodos convencionais, pela dificuldade das formas
tridimensionais, ou onde a peça pode ser distorcida ou tencionada durante o processo.

A alimentação CC para equipamentos de eletro-erosão é de baixa tensão, por exemplo, menor que 20V, em
correntes na faixa de kilo-amperes. Para essa aplicação seria usado, um retificador a diodos alimentados a
partir de um transformador regulado. A regulação de tensão poderia ser feita por tiristores em antiparalelo
em cada uma das fases de alimentação para o transformador.

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Transmissão de corrente contínua em alta tensão

Uma aplicação que requer associações de tiristores de alta-tensão nos conversores é a transmissão de
corrente contínua em alta tensão (HVDC:high-voltage, direct-current).
Linhas de transmissão CC são muito mais econômicas que linhas de transmissão CA, mas facilidade com
que a tensão CA pode ser alterada em nível por transformadores, aliada facilidade com que a tensão CA
pode ser alterada em nível por transformadores, aliada a considerações sobre gerador e motor, faz o
sistema CA trifásico o melhor de todos, tanto técnica quanto economicamente. Entretanto, para transmissão
de potencia via terrestre ou submarina em grandes distâncias, é econômico interligar dois sistemas CA por
meio de uma linha de transmissão HVDC.

Fontes chaveadas

Em faixas de potência de baixa para média, por exemplo, acima de 50W, é sempre necessário que uma
fonte CC de alimentação não contenha ondulação (ripple) CA e ainda possa ser controlada em amplitude.
Para essa aplicação são usados circuitos de fontes chaveadas.
A fonte chaveada é essencialmente, um conversor CC para CC com controle de amplitude da tensão de
saída. Como todo equipamento de eletrônica de potência, os dispositivos semicondutores são usados em
modo de chaveamento para maximizar a eficiência. Se os transistores de potência são utilizados como
dispositivos de chaveamento, a freqüência de trabalho é limitada a aproximadamente 40 kHz. Usando
Mosfet de potência essa freqüência pode ser aumentada para até 2MHz , dando considerável economia no
tamanho dos componentes. Pela introdução de um transformador na interface de alta freqüência entre os
dois elementos CC da fonte e da carga, é possível mudar o nível da tensão e dar o isolamento sempre
necessário em equipamentos eletrônicos. Além disso, é possível ter dois ou mais secundários de forma a
permitir diversos níveis de tensões CC de saída.
Existem numerosos circuitos com configurações diferentes para fontes chaveadas, porém as duas formas
básicas são conhecidas como conversor abaixador (step-down ou buck ou forward) e conversor elevador
(step-up, boost ou flyback). Os outros conversores são combinações das duas formas básicas.

As perdas podem ser consideravelmente minimizadas por arranjo de dispositivos de chaveamento para
operar em um circuito ressonante, de forma que a corrente ou a tensão oscile para zero naturalmente no
instante do chaveamento. Os méritos relativos do chaveamento em corrente zero e tensão zero,dependem
do tipo de carga, níveis de tensão e corrente e da freqüência de chaveamento.
As fontes chaveadas tem diversas aplicações desde alimentação de computadores até sistemas de
telecomunicações. Elas são usadas normalmente onde se tem variação de carga ou de tensão de entrada e
a tensão de saída deve permanece.
.

VI - ROTEIROS DE ESTUDOS PARA ELETRÔNICA

1) Qual a potência dissipada em uma lâmpada de 100W e 110V? Qual a resistência desta lâmpada? Qual
a corrente RMS que passa pela lâmpada?

2) Qual a potência dissipada em uma lâmpada de 200W e 110V? Qual a resistência desta lâmpada? Qual
a corrente RMS que passa pela lâmpada?

3) Um capacitor de 1 uF oferece qual reatância funcionando na freqüência de


a) 1 Hz b) 1 kHz c) 1MHz

4) Quais potências passam pelo capacitor de 1 uF caso a tensão da bateria em série com uma chave
comutadora seja de 10 V nas freqüências abaixo:

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a) 1 Hz b) 1 kHz c) 1MHz

5) Qual a reatância de um indutor de 1mH na freqüência de


a) 1 Hz b) 1kHz c) 1MHz

Obs- XL= 2.Pi. f.L

6) Quais as potências transformadas no indutor e freqüências do exercício anterior se a corrente é de 1A?

Obs. P= ½ f.L.(I)^2

7) Considere o circuito abaixo contendo uma fonte DC de 10 V, um indutor de 1mH, um resistor de 10


Ohms e uma chave aberto/fechado todos em série.
a) Qual a máxima tensão nos terminais do indutor?
b) Qual a máxima corrente pelo indutor? .
c) Quanto tempo leva para o indutor armazenar a máxima energia?
d) Qual a máxima energia armazenada pelo indutor?

8) Um transformador tem entrada 110 e saída 12 Volts com potência de saída de 100W .
a) Qual a corrente de secundário?
b) Qual a corrente de primário , considerando transformador ideal?
c) Considerando 10% de perdas, qual a potência de entrada e a corrente de primário?

9) ASSOCIE A PRIMEIRA COLUNA COM A SEGUNDA COLUNA


a) Resistor de fio ( )Corrente de coletor beta x corr.base
b) Capacitor eletrolítico ( ) Corte , linear e saturação
c) Diodos retificadores ( )Ig= 0, Comportamento resistivo facil
d) Transistor bipolar ( )Capacidade de dissipar alta potência
e) Transformador abaixador ( )Tensão de saída menor que entrada
f) Reg. de operação transist. ( )Alta capacidade de armazenamento
g) Transistor mosfet ( )Dissipa p=0,7xid

10) RESPONDA SUCINTAMENTE (3 A 4 LINHAS)

a) Onde a eletrônica aplicada pode ajudá-lo em sua carreira como técnico mecânico?
b) Quais as vantagens de transistores sobre relés?
c) Quais são os principais componentes de proteção, citar e explicar.
d) O que são scrs?
e) Quais as principais aplicações de fibras ópticas?

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11) UM TRANSFORMADOR DE 60HZ, 100W, 100 VAC DE ENTRADA É USADO PARA ALIMENTAR UM
EQUIPAMENTO DE 10VAC.
a) Qual a corrente de primário do transformador? Considere trafo ideal.
b) Qual a corrente de secundário?
c) Qual deve ser a indutância mínima de primário?
d) Se o rendimento é de 95%, qual a potência perdida?

12) DADO O CIRCUITO ABAIXO E SUA FORMA DE ONDA RESPONDA:


a) Qual a tensão máxima pelo capacitor?
b) Qual o valor do capacitor?
c) SE Foperacão = 1MHz, qual a potência que passa pelo capacitor?

13) DADAS A FORMA DE ONDA, EXPLIQUE:

Vs (V)

141V .........................................................................................

t (s)

8,3ms 16,6ms

a) Que tipo de conversor tem essa forma de saída? Explique.


b) Qual a freqüência dessa forma de onda? Explique.
c) Faça um

14) DADA AS FORMAS DE ONDA ABAIXO RESPONDA

Vs (V)
283V ..................................................................................................

t (s)

8,3ms 16,6ms

a) Que tipo de conversor tem essa forma de onda como saída? Explique.
b) Qual a freqüência dessa forma de onda? Explique.
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c) Qual deve ser a tensão reversa do dispositivo que transformou essa onda? Explique.

15) Associe a primeira coluna com a segunda:

a) Conversor DC DC ( ) Fonte auxiliar de energia (no break)


b) Conversor AC AC ( ) Possui regulação com a linha
c) Controle de fase ( ) Controle de velocidade de motor AC
d) Inversor DC AC ( ) Controle de velocidade de motor DC
e) Fonte chaveada ( ) Controle de potência de fornos
f) Regulação ( ) Histerese, Foulcalt
g) Proteções ( ) Possibilita variar a potência na carga
h) Núcleos magnéticos ( ) Capacidade de suportar variações
i) PWM ( ) Modulação por largura de pulso
j) Chaveamento eletrônico ( ) Do operador e do equipamento

16) ASSOCIE A PRIMEIRA COLUNA COM A SEGUNDA


a) LED. ( ) Controla potência CC na carga pelo ângulo de condução
b) Fotodetector. ( ) Controlador de potência para carga AC
c) IGBT. ( ) SCR acionado por luz
d) Mosfet . ( ) Acionamento por tensão
e) Tiristor ou Scr. ( ) Transistor bipolar de porta isolada
f) Triac. ( ) Diodo emissor de luz transforma elétron em fóton
g) GTO. ( ) Transforma fótons em corrente eletrônica

1) Filtros Passa baixas. ( ) Elimina ruídos indesejáveis


2) Regulação. ( ) Variação das características do conversor
3) Ripple ou ondulação. ( ) Variação da tensão de saída em baixa freq.
4) Spike ou ruído impulsivo. ( ) Pulseira de aterramento,dissipadores de calor
5) Blindagem. ( ) Tensão de saída invariável no tempo
6) Segurança dos dispositivos. ( ) Impede irradiação de ruídos indesejáveis
a) Geradores de ruído. ( ) Conversor AC- CC para potências, maiores
b) Conversor AC AC. ( )Transformadores e fotoacopladores
c) Retificador de onda completa. ( ) Chaveadores de corrente, necessitam blindagem
d) Capacitores e indutores de saída. ( ) Filtro passa baixas para retirar ruidos da saída
e) Choppers. ( ) Controla potência de carga AC com fonte CC
f) Inversores ou alternadores. ( ) Controla potência de carga CC com fonte CC
g) Isolação e desacoplamento. ( ) Alimenta carga AC controlando potência

1) Álgebra Booleana. ( ) Tendência de compactação de produtos(maior valor agregado)


2) CI s ( ) Controladores lógicos Programáveis
3) CLPs ( ) Circuitos integrando diversas funções (Microeletrônica
4) Escala de produção ( ) Fundamentos da eletrônica digital por lógica binária (0 e 1)
5) Miniaturização ( ) Processos produtivos envolvendo mecânica de precisão
6) Micro e Nanotecnol. ( ) Produção seriada de componentes permite menor custo

17) RESPONDA SUCINTAMENTE (3 A 5 LINHAS)

a) O que é regulação com a carga? Explique.


b) O que se faz para prover segurança ao operador?
c) Quais são os principais geradores de ruído e como amenizá-los?
d) Quais são os principais tipos de conversores e para que servem?
e) Como se classificam os retificadores quanto ao controle?

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f) Quais as vantagens e desvantagens do retificador bifásico de meia onda?


g) Para que se usam capacitores na saída dos retificadores. Explique. Por que não se usa
capacitores nos retificadores de 6 pulsos, explique.

18) SUPONHA QUE VOCE ESTEJA NO PARAGUAI ONDE A FREQÜÊNCIA DA REDE É DE 50 HZ,
100VAC

a) Como deve ser a forma de onda de saída de um retificador de meia onda colocado nessa rede
através de um transformador 1:1. Desenhe o retificador e a forma de onda.
b) Qual deve ser a forma de onda se o retificador for de onda completa? Desenhar a forma de onda
com todos valores pertinentes (Vpico, periodo)
c) Como se mede a corrente no diodo do item (a)) Desenhe
d) Como se coloca a ponta de prova (vivo e terra) no retificador do item (a)) para medir a forma de
onda na saída? Desenhe

19) ESPECIFIQUE OS SCRS NECESSÁRIOS PARA RETIFICADOR CONTROLADO DE

a) Meia onda 20 W 100V de saída DC.


b) Onda completa 2kW 200V de saída DC.
c) Faça os desenhos necessários do circuito e das formas de onda.

20) AS PERGUNTAS ABAIXO SE REFEREM A RETIFICADORES NÃO CONTROLADOS E


CONTROLADOS.

a) Qual cuidado deve se tomar com a montagem do diodo retificador na placa?


b) Em termos de desempenho de circuito retificador o que é mais vantajoso usar um capacitor de
pequeno valor de capacitância ou de grande valor? Explique.
c) Como se deve medir a tensão na carga usando um voltímetro. Desenhe e explique.
d) Como se deve medir a corrente num diodo com um amperímetro? Desenhe e explique.
e) O que se observa na carga de um retificador de meia onda sem capacitor de filtro de saída, desenhe
e explique.

Ve rms= 100 V transformador 1:1 f rede 60 Hz

21) VOCÊ TEM UMA ENTRADA DE 100VAC RMS COM TRANSFORMADOR 1:1 E RETIFICADOR DE
ONDA COMPLETA CARGA DE 1KOHM , 60HZ , SEM CAPACITOR DE FILTRAGEM NA SAÍDA.

1) Qual a tensão de pico da onda retificada?


2) Qual a freqüência da onda retificada?
3) Qual é aproximadamente a corrente média na carga?
4) Qual é aproximadamente a corrente média em cada diodo retificador?
5) Qual a corrente de pico na carga?

22) REFERENCIANDO-SE NA QUESTÃO ANTERIOR.

a) Desenhe a forma de onda de tensão na carga com os valores encontrados.


b) Desenhe a forma de onda de corrente na carga (valores da questão anterior).
c) Como fica a forma de onda da tensão com capacitor de 1000uF em paralelo com a carga?
d) Como fica a forma de onda de corrente com este capacitor?

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23) RESPONDA SUCINTAMENTE 5 A 6 LINHAS.

a) O que é, para que serve um transistor bipolar? Faça um paralelo de um transistor com um relé,
explique. O que é tensão de saturação coletor-emissor de um transistor bipolar? Qual é o valor típico
esperado para esta tensão?
b) Quais são as perdas típicas de um dispositivo semicondutor controlado em chaveamento? Explique.
Qual é maior a perda em chaveamento resistivo ou indutivo? Por que? Explique.
c) O que é transistor Mosfet de potência? Quais as principais diferenças do Mosfet em relação ao
bipolar? Como são as perdas no transistor Mosfet?
d) Por que é mais fácil de se “paralelar” um Mosfet que um bipolar? Explique.

24) RESPONDA SUCINTAMENTE 5 A 6 LINHAS.

a) O que é um tiristor? Qual a diferença entre o Tiristor e o diodo retificador PN?


b) O que é comutação em um tiristor?
c) Quais são os principais tipos de métodos de comutação de um tiristor? Explique.
d) O que é método de disparo de um tiristor?
e) Quais são os principais métodos de disparo? Explique.
f) Para que se usa operação paralela em triacs? E série?
g) O que é e para que serve PTC e NTC, Zener.

25) TENHO UM RETIFICADOR DE TENSÃO DE PICO DE 1000 VOLTS E CORRENTE DE 10 AMPÉRES,


TENHO DOIS TIPOS DE DIODOS RETIFICADORES A MINHA ESCOLHA:

componente A: Vrrm= 200 Volts e I max= 7 A


componente B: Vrrm = 250 Volts e Imax =6 A

a) Qual deve ser o arranjo do componente A? desenhe e explique


b) Qual deve ser o arranjo do componente B? Desenhe e explique
c) Qual dos dois arranjos acima é o mais vantajoso? Supor os dois componentes de mesmo custo.

26) RESPONDA SUCINTAMENTE ( 2 A 4 LINHAS)

a) Por que se deve limiar a corrente dos componentes eletrônicos na carga de capacitores, usando
resistores em série? Explique e desenhe.
b) Desenhe um filtro passa baixa passivo em  ( PI )
c) Para que servem os circuitos integrados?
d) O que é tiristor e onde é usado? Desenhar e explicar

27) RESPONDA SUCINTAMENTE ( 2 A 4 LINHAS)

a) Desenhe o diagrama em blocos de uma Fonte chaveada.


b) Explique cada bloco em uma linha
c) Quais as vantagens da fonte chaveada em relação aos transformadores (abaixadores ou elevadores)
d) Para que serve a realimentação e os circuitos de proteção em fontes chaveadas?
e) Para que serve o foto acoplador em fontes?

28) RESPONDA SUCINTAMENTE (3 A 4 LINHAS)

a) O que é ângulo de disparo, de bloqueio e de condução em um circuito com tiristores? como se


relacionam entre si? Equacione e explique.

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b) O que é curva de histerese? Por que há saturação de um núcleo magnético de um transformador?


Explique.
c) O que acontece com a dimensão dos componentes capacitivos e magnéticos quando aumentamos a
freqüência de operação do circuito, mantendo constante a potência de operação? Equacione e
justifique.
d) Faça uma tabela com as características, diferenças, vantagens e desvantagens entre diodos pn,
transistores bipolares, transistores mosfets e scr’s

29) UM CLIENTE DESEJA UM CONTROLADOR AC/AC COM SCR TENDO AS SEGUINTES


CARACTERÍSTICAS:

TENSÃO DE 1000 V rms


POTÊNCIA DE 10KW

A fábrica no momento só dispõe de scr’s de 600 v de tensão vrrm e de corrente de 7 a de pico.

a) Qual a configuração que deve ser feita usando este scr? Desenhe, justifique e explique.
b) Qual a potência máxima pode ser obtida com esta configuração? Explique e justifique.

30) ASSOCIE A PRIMEIRA COLUNA COM A SEGUNDA:

a) Conversor DC DC ( ) Fonte auxiliar de energia (no break)


b) Conversor AC AC ( ) Fonte DC com regulação com a linha
c) Controle de fase ( ) Controle de velocidade de motor AC
d) Inversor DC AC ( ) Controle de velocidade de motor DC
e) Retificador ( ) Controle de potência de fornos

f) Regulação ( ) Histerese, Foulcalt


g) Proteções ( ) Possibilita variar a potência na carga
h) Núcleos magnéticos ( ) Capacidade de suportar variações
i) PWM ( ) Modulação por largura de pulso
j) Chaveamento eletrônico ( ) Do operador e do equipamento
31) ASSOCIE A PRIMEIRA COLUNA COM A SEGUNDA:

1) Associação paralela ( ) Isola fonte primária da secundária


2) Associação série ( ) Diminui a resistência com temperatura
3) Triac ( ) Aumento da corrente de carga
4) Fotoacoplador ( ) Dois SCRs em antiparalelo
5) NTC ( ) Aumento da tensão

6) Ondulação ( ) SCR, Transistores, diodos


7) Ruído impulsivo ( ) Variação lenta da tensão DC
8) Segurança dos equipamentos ( ) Disjuntor, fusível, termistor, centelhador
9) Segurança do operador ( ) Variação rápida da tensão
10) Geradores de ruído EM ( )Chaves de proteção, disjuntor diferencial

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32) DADA AS FORMAS DE ONDA ABAIXO RESPONDA:

Vs (V)
283V..................................................................................................

t (s)

8,3ms 16,6ms

a) Que tipo de conversor tem essa forma de onda como saída? Explique.
b) Qual a freqüência dessa forma de onda? Explique.
c) Qual dispositivo você pode usar para variar a potência entregue a esta carga? Explique.

33) QUAIS AS APLICAÇÕES PRINCIPAIS QUE VOCÊ VÊ, DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL EM


TRANSPORTES, INDÚSTRIAS, SETOR COMERCIAL, CONSTRUÇÃO CIVIL, PETROQUÍMICA E
MINERAÇÃO.

34) DESENHE E EXPLIQUE O DIAGRAMA EM BLOCOS DE UMA FONTE CHAVEADA.

VIII - O EWB- ELETRONIC WORKBENCH

Menu Reference - Lists menus and their commands, including commands for saving, printing and editing
components and for performing analyses.

1 - Sources Parts Bin Describes the types of sources available in Electronics Workbench, including battery,
AC voltage source, Vcc source and FM source
Clock
Ground AM Source
Battery FM Source
DC Current Source Voltage-Controlled Sine Wave Oscillator
AC Voltage Source Voltage-Controlled Triangle Wave Oscillator
AC Current Source Voltage-Controlled Square Wave Oscillator
Voltage-Controlled Voltage Source Controlled One-Shot
Voltage-Controlled Current Source Piecewise Linear Source
Current Controlled Voltage Source Voltage-Controlled Piecewise Linear Source
Current Controlled Current Source Frequency-Shift-Keying Source (FSK Source)
Vcc Source Polynomial Source
Vdd Source Nonlinear Dependent Source

2 - Basic Parts Bin Describes the basic components available in Electronics Workbench, including
resistor, capacitor, relay, switch and transformer.
Connector Relay
Resistor Switch
Capacitor Time-Delay Switch
Inductor Voltage-Controlled Switch
Transformer Current-Controlled Switch

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Pull-up Resistor Variable Capacitor


Potentiometer Variable Inductor
Resistor Pack Coreless Coil
Voltage-Controlled Analog Switch Magnetic Core
Polarized Capacitor Nonlinear Transformer

3 - Diodes Parts Bin Describes the types of diodes available in Electronics Workbench, including diac, triac,
LED and Zener diode.
Diode Shockley Diode
Zener Diode Silicon Controlled Rectifier
LED Diac
Full Wave Bridge Rectifier Triac

4- Transistors Parts Bin Describes the transistor-associated parts in Electronics Workbench, including
NPN transistor, P-channel JFET, N-channel GaAsFet and 3-terminal enhanced P-MOSFET.
NPN Transistor 4-Terminal Depletion P-MOSFET
PNP Transistor 3-Terminal Enhanced N-MOSFET
N-Channel JFET 3-Terminal Enhanced P-MOSFET
P-Channel JFET 4-Terminal Enhanced N-MOSFET
3-Terminal Depletion N-MOSFET 4-Terminal Enhanced P-MOSFET
3-Terminal Depletion P-MOSFET N-Channel GaAsFET
4-Terminal Depletion N-MOSFET P-Channel GaAsFE
5 - Analog ICs Parts Bin Describes the operational amplifiers available in Electronics Workbench,
including 5-terminal opamp, 9-terminal opamp, comparator and phase-locked loop.
3-Terminal Opamp 9-Terminal Opamp
5-Terminal Opamp Comparator
7-Terminal Opamp Phase-Locked Loop

6 - Mixed ICs Parts Bin Describes the analog-to-digital converter, digital-to-analog converter,
monostable and 555 timer.
ADC Monostable
DAC-I 555 Timer
DAC-V

7 - Digital Parts Bin Describes the digital parts available in Electronics Workbench, including half-adder,
flip-flops, multiplexer, shift register and encoder.
Half Adder Demultiplexer ICs
Full Adder Encoder ICs
RS Flip-Flop Arithmetic ICs
JK Flip-Flop with Active High Asynchronous Inputs Counter ICs
JK Flip-Flop with Active Low Asynchronous Inputs Shift Register ICs
D Flip-Flop with Active Low Asynchronous Inputs Flip-Flops ICs
Multiplexer ICs

8 - Indicators Parts Bin Describes the indicators available in Electronics Workbench, including
voltmeter, ammeter, probe, bulb, buzzer, 7-segment display and bargraph.

Voltmeter Decoded 7 Segment Display


Ammeter Buzzer
Bulb Bargraph Display
Probe Decoded Bargraph Display
7-Segment Display

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9- Controls Parts Bin Describes the controls available in Electronics Workbench, including voltage
differentiator, voltage gain block, multiplier, voltage limiter and divider.

10 -Miscellaneous Parts Bin Describes the components that do not fit into any of the other categories,
including fuse, transmission lines, crystal, DC motor, vacuum tube, text box and title block.
Fuse Triode Vacuum
Write Data Boost Converter
Netlist Component Buck Converter
Lossy Transmission Buck-Boost Converter
Lossless Transmission Textbox
Crystal Title Bloc
DC Motor

11 -Instruments Describes the different instruments available in Electronics Workbench, including


digital multimeter, function generator, oscilloscope, logic analyzer and word generator.
Multimeter Word Generator
Function Generator Logic Analyzer
Oscilloscope Logic Converter
Bode Plotter
12 -Simulation Hints - Information on circuit simulation, analysis capabilities of Electronics Workbench and
troubleshooting tips.
13- Models - Models available in Electronics Workbench.
3-Terminal Depletion N-MOSFET Lossy 7-Terminal Opamp P-Channel JFET
Transmission Line 9-Terminal Opamp PNP Bipolar Transistor
3-Terminal Enhancement N-MOSFET N- Crystal Relay
Channel JFET Diac Silicon Controlled Rectifier
3-Terminal Enhancement P-MOSFET Netlist Digital-to-Analog Converter Transformer
Component Diode Triac
3-Terminal Opamp Nonlinear Transformer Full Wave Bridge Rectifier Triode Vacuum Tube
5-Terminal Opamp NPN Bipolar Transistor Lossless Transmission Line Zener Diode

14 - Release Notes - Information specific to this release of Electronics Workbench.


15- Frequently Asked Questions - Answers to common questions and problems.
16 -Technical Support - How to get technical support.

III - ÁLGEBRA BOOLEANA E ELETRÔNICA DIGITAL (voltar)

Níveis podem ser “0” ou “1”. “0” e “1” representam faixas de tensão prédefenidas.

Chave aberta  “0”

Valores Binários

Chave fechada  “1”

Circuitos lógicos ou circuitos digitais são circuitos que operam com apenas unidades distintas analógica de
alto nível. Digital é valor lógico digital números distintos
0 lógico (nível lógico 0) 1lógico (nível lógico1)
Falso Verdadeiro

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Desligado Ligado
Baixo Alto
Não Sim
Chave aberta Chave fechada
Representamos as variáveis lógicas por letras. Por exemplo, A pode representar a entrada e saída de um
circuito digital qualquer:
A=0 ou A=1
1. Adição lógica também chamada adição OR ou simplesmente operação OR. O sinal usado para essa
soma é o sinal (+) o sinal de soma.
2. Multiplexação lógica também chamada de multiplexação AND ou somente AND. O sinal usado para
representa-lo é o ponto de (.). O sinal de multiplexação.
3. Complementação lógica ou inversão também chamada de operação NOT. A barra sobreposta (-)é o
símbolo usado para representar esta operação.
Tabela Verdade:
A maioria dos circuitos lógicos possui diversas entradas e somente uma saída. A tabela verdade nos
mostra como a saída dos circuitos lógicos responde a combinações dos sinais lógicos da entrada.
X=A+B
A B X
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

Obs.:
1. O maior valor que x pode obter é “1, pois se trata de variável boleana.
2. X= A+B “x é igual a A ou B”
Operação OR:
1. A operação OR produz como resultado “1” sempre que qualquer variável de entrada for 1.
2. A operação OR produz como resultado “0” somente se todas as entradas forem “0”.
3. Na operação OR 1+1 = 1; 1+1+1=1 e assim por diante.
Visualização:

A B X
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

A ou B estiverem fechadas (lâmpada acesa)


Operação NOT:
X=A x é igual a A barrado; X é igual ao complemento de A; X é o inverso de A
O nível lógico em X=A é o oposto do sinal lógico em A
A X=A
0 1
1 0

Exemplo: Semáforo

A X=A
Verde vermelho
vermelho verde

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