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2019/2
Bibliografia
Essas notas de aulas foram baseadas nas seguintes obras:
1 CARPINETTI, L. C. R.; et al. Controle Estatístico de Qualidade. 2 ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
2 DEVORE, J. L. Probabilidade e estatística para Engenharia e Ciências. São Paulo:
Cengage Learning, 2014.
3 HINES, W.W.; et al. Probabilidade e Estatística na Engenharia. 4. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.
4 LEVINE, D. M.; et al. Estatística - Teoria e Aplicações. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2008.
5 MONTGOMERY, D.C.; RUNGER, G.C. Estatística Aplicada e Probabilidade para
Engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
6 MONTGOMERY, D. C. Introdução ao Controle Estatístico da Qualidade. 7. ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2016.
7 MOORE, D.S. A Estatística Básica e sua Prática. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
8 RIBEIRO Jr., J. I. Métodos Estatísticos Aplicados ao Controle da Qualidade. Viçosa:
Editora UFV, 2013.
9 RYAN, T. R. Estatística Moderna para Engenharia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
10 WALPOLE, R. E.; et al. Probabilidade & Estatística para Engenharia e Ciências. 8.
ed. São Paulo: Pearson, 2009.
Conteúdo Programático
Seção 0 - Introdução
Seção 1 - Gráficos de controle para variáveis
Para subgrupos:
Carta X̄ − R (média - amplitude);
Carta X̄ − S (média - desvio-padrão);
Carta Z (zona);
Para medidas individuais:
Carta I − AM (individual - amplitude móvel);
Carta Z − AM (padronização - amplitude móvel);
Seção 2 - Gráficos de controle para atributos
Carta P (proporção de sucessos);
Carta N P (número de sucessos referentes a P);
Carta P de Laney;
Carta U (sucessos por unidade);
Carta C (total de sucessos referentes a U);
Carta U de Laney;
Conteúdo Programático
Introdução
Objetivo
O objetivo principal do controle estatístico é a eliminação da variabilidade no processo, mesmo
que seja impossível zerá-la, pode-se reduzi-la.
Limites de controle
LSC = µθ + kσθ
LC = µθ
LIC = µθ − kσθ (1)
8 8 pontos em uma corrida (linha) maiores que 1 desvio-padrão da linha central (ambos
os lados).
¯ + A2 r̄
LSC = x̄
¯
LC = x̄
¯ − A2 r̄,
LIC = x̄ (2)
Carta R (amplitude)
A linha central e os limites de controle para este tipo de carta são dados por:
LSC = D4 r̄
LC = r̄
LIC = D3 r̄, (3)
Onde:
¯ é a média global para todas as amostras, isto é, a média das médias amostrais;
x̄
A2 , D3 e D4 são constantes tabeladas, em função do tamanho da amostra (subgrupo);
r̄ é a média das amplitudes de cada amostra.
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Gráficos de controle para variáveis - com subgrupos
Observação 1:
O LIC para um gráfico R pode resultar em um valor negativo. Neste caso, é comum estabe-
lecer o LIC igual a zero.
Observação 2:
É aconselhável analisar a carta R primeiro, antes da carta X̄ − R, uma vez que se a variabili-
dade do processo não for constante ao longo dos subgrupos, os limites de controle calculados
para a carta X̄ − R podem ser mal-interpretados.
Observação 3:
Os dados não precisam ser normais.
Observação 4:
Ao invés de se basear em amplitudes, uma outra abordagem leva em consideração o desvio-
padrão de cada subgrupo, culminando na carta X̄ − S, como se segue.
s̄
¯+3
LSC = x̄ √
C4 n
¯
LC = x̄
s̄
¯−3
LIC = x̄ √ , (4)
C4 n
Carta S (desvio-padrão)
A linha central e os limites de controle para este tipo de carta são dados por:
q
LSC = s̄ + 3s̄(C4 )−1 ( 1 − C42 )
LC = s̄
q
LIC = s̄ − 3s̄(C4 )−1 ( 1 − C42 ), (5)
Onde:
¯ é a média global para todas as amostras, isto é, a média das médias amostrais;
x̄
C4 é uma constante tabelada, em função do tamanho da amostra (subgrupo);
s̄ é a média dos desvios-padrão de cada amostra.
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Gráficos de controle para variáveis - com subgrupos
Observação 1:
O LIC para um gráfico S pode resultar em um valor negativo. Neste caso, é comum estabe-
lecer o LIC igual a zero.
Observação 2:
É aconselhável analisar a carta S primeiro, antes da carta X̄−S, uma vez que se a variabilidade
do processo não for constante ao longo dos subgrupos, os limites de controle calculados para
a carta X̄ − S podem ser mal-interpretados.
Observação 3:
Os dados não precisam ser normais.
Observação 1:
Observando as cartas X̄ − R, percebemos que os pontos 1, 6, 14, 15, 17, 21 e 22 ultrapassam
os limites de controle. Supondo que essas causas especiais possam ser sanadas, devemos
revisar os limites de controle uma vez, eliminando esses pontos e procedendo com os cálculos
novamente, agora sem eles. Assim, teremos:
Observação 2:
Mesmo eliminando-se algumas amostras, o processo permanece fora de controle estatístico.
Novas melhorias são aconselhadas.
Conclusões:
A partir da carta X̄ − R, pode-se constatar que o processo está fora de controle estatístico e
que melhorias são indicadas.
Toda vez que melhorias forem feitas no processo, os limites de controle devem ser revistos.
Observação 1:
Observando as cartas X̄ − S, percebemos que os pontos 1, 6, 14, 15, 17, 21 e 22 ultrapassam
os limites de controle. Supondo que essas causas especiais possam ser sanadas, devemos
revisar os limites de controle uma vez, eliminando esses pontos e procedendo com os cálculos
novamente, agora sem eles. Assim, teremos:
Observação 2:
Mesmo eliminando-se algumas amostras, o processo permanece fora de controle estatístico.
Novas melhorias são aconselhadas.
Conclusões:
A partir da carta X̄ − S, pode-se constatar que o processo está fora de controle estatístico e
que melhorias são indicadas.
Toda vez que melhorias forem feitas no processo, os limites de controle devem ser revistos.
Fonte: Minitab 18
A carta Z atribui pesos aos pontos representados graficamente com base na região, localizados
¯ ).
a 1, 2 ou 3σ a partir da linha central (X̄
Os pesos consecutivos dos pontos do gráfico localizados no mesmo lado da linha central são
somados a uma pontuação acumulada.
Quando a pontuação acumulada é igual ou superior a 8, então o processo pode ser considerado
fora de controle.
Cartas Z podem ser usadas para os dados nos subgrupos com tamanhos de subgrupo igual
ou diferente ou com observações individuais.
Na carta Z, plota-se os pontos no gráfico de acordo com a região a que pertence a média
do subgrupo i, isto é, X̄i . Atribui-se o rótulo ao ponto indicando o peso da região a que
pertence.
Os pontos que possuem soma acumulada ≥ 8 fazem o processo estar fora de controle estatís-
tico. Em um primeiro momento, podemos eliminar esses pontos e refazer os cálculos, como
procedemos nas cartas X̄ − R e X̄ − S. Essa etapa será omitida aqui.
am
LSC = x̄ + 3
D2
LC = x̄
am
LIC = x̄ − 3 , (6)
D2
LSC = D4 am
LC = am
LIC = D3 am = 0, (7)
Onde:
x̄ é a média global para todas as amostras;
D2 , D3 e D4 são constantes tabeladas, em função do tamanho da amostra, que nesse
caso é 2;
ami = |xi − xi−1 |;
am1 = 0;
am é a média das amplitudes móveis de cada amostra.
Observação 1:
As amplitudes móveis são correlacionadas e essa correlação pode frequentemente induzir um
padrão na carta AM . Já as medidas individuais são não correlacionadas e por isso, qualquer
comportamento atípico na carta I deve ser investigado.
Observação 2:
O gráfico de medidas individuais I é pouco sensível a pequenas mudanças na média do
processo, ou seja, pode mascarar a falta de controle em certas situações! Uma alternativa é
considerar as cartas ponderadas no tempo (CUSUM e EWMA), que serão apresentadas mais
a frente.
Observação 3:
Os dados devem ser razoavelmente normais.
Carta Z (padronização)
A linha central e os limites de controle para este tipo de carta são dados por:
LSC = + 3
LC = 0
LIC = − 3 (8)
xi −µ̂
Nesta carta, plotam-se os valores de Zi = σ̂
.
LSC = + 3, 686
LC = am = 1, 128
LIC = 0 (9)
Exemplo 4
Em certo processo, são coletadas medidas de espessura de três tipos de produtos, ao longo
de cinco ensaios, conforme pode ser verificado nos dados da tabela abaixo:
Observando-se as cartas acima, percebe-se que o processo está sob controle estatístico.
Fonte: Minitab 18
Nesta carta, são plotados os valores da proporção de não-conformes para cada amostra, isto
é, de pi .
Observação:
Se p̄ for pequena, o LIC pode se tornar negativo! Se isso ocorrer, faça-o igual a zero.
Observação 1:
Observando a carta P , percebemos que os pontos 1, 2, 3, 6, 7, 8, 11, 12, 13, 15, 17 e 20
ultrapassam os limites de controle. Supondo que essas causas especiais possam ser sanadas,
devemos revisar os limites de controle uma vez, eliminando esses pontos e procedendo com
os cálculos novamente, agora sem eles. Assim, teremos:
Nesta carta, são plotados os números de não-conformes para cada amostra, isto é, de npi .
Observação:
O uso de uma carta N P evita as frações de um gráfico P .
A linha central e os limites de controle para este tipo de carta são dados por:
r
p̄(1 − p̄)
LSC = p̄ + 3σZ ·
n
LC = p̄
r
p̄(1 − p̄)
LIC = p̄ − 3σZ · , (12)
n
Onde:
p̄ é o valor observado da fração média de não-conformes;
(AM )Z
σZ = 1,128
;
Zi = q pi −p̄ .
p̄(1−p̄)
n
Exemplo 7
Considere novamente os dados do exemplo 5. Tais dados representam os defeitos encontrados
em amostras de 500 peças.
Resolução:
Diagnóstico: Stat → Cartas de controle → Cartas de atributos → Carta P de Diagnóstico
A partir destes resultados, percebe-se que o processo possui supersdispersão nos dados. Assim,
a carta mais indicada para verificar se o processo está ou não sob controle estatístico é a carta
P de Laney.
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Gráficos de controle para atributos
Observando a carta P de Laney, percebe-se que o processo está fora de controle estatís-
tico. Em um primeiro momento, podemos eliminar esse ponto e refazer os cálculos, como
procedemos nas cartas anteriores. Essa etapa será omitida aqui.
Nesta carta, são plotados os valores dos números médios de não-conformidades por unidade
para cada amostra, isto é, de ui .
Observação:
Se ū for pequena, o LIC pode se tornar negativo! Se isso ocorrer, faça-o igual a zero.
Nesta carta, são plotados os totais de não-conformes para cada amostra, isto é, de nui .
Observação:
O uso de uma carta C evita as frações de um gráfico U .
A linha central e os limites de controle para este tipo de carta são dados por:
r
ū
LSC = ū + 3σZ ·
n
LC = ū
r
ū
LIC = ū − 3σZ · , (15)
n
Onde:
ū é o valor observado do número médio de não-conformidades por unidade;
(AM )Z
σZ = 1,128
;
Exemplo 10
Os dados a seguir representam o número de defeitos encontrados em amostras de 5 peças.
Resolução:
Diagnóstico: Stat → Cartas de controle → Cartas de atributos → Carta U de Diagnóstico
A partir destes resultados, percebe-se que o processo possui supersdispersão nos dados. Assim,
a carta mais indicada para verificar se o processo está ou não sob controle estatístico é a carta
U de Laney.
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Gráficos de controle para atributos
Observando a carta U de Laney, percebe-se que o processo está fora de controle estatís-
tico. Em um primeiro momento, podemos eliminar esse ponto e refazer os cálculos, como
procedemos nas cartas anteriores. Essa etapa será omitida aqui.
Muitas situações envolvem a verificação do controle estatístico para eventos raros, tais como
explosão de peças, complicações cirúrgicas, etc.
Por serem raros de ocorrer, tais eventos dificultam o uso da carta P ou da carta U , pois seriam
necessárias a coleta de muitas amostras até se ter um número suficiente de observações para
se prever os limites de controle adequados.
A linha central e os limites de controle para este tipo de carta são dados por:
n−1
n
LSC = percentil 0,135% da distribuição Geom(p̂ = )−1
X̄ + 1
n−1
n
LC = mediana da distribuição Geom(p̂ = )−1
X̄ + 1
n−1
n
LIC = percentil 99,865% da distribuição Geom(p̂ = ) − 1, (16)
X̄ + 1
Observando a carta G, percebe-se que o processo está fora de controle estatístico. Perceba
que equipe registrou 5 infecções no dia 26 de outubro!
Resumo:
Fonte: Minitab 18