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A CONSTRUÇÃO da PESQUISA e do TEXTO de FUNDAMENTAÇÃO para o

TRABALHO de CONCLUSÃO de CURSO (TCC) de ARQUITETURA E URBANISMO

PARTE 1 – DELIMITAÇÃO DO TEMA

Delimitação e recorte de um problema relevante para os campos da arquitetura e do urbanismo.


Estudos e análises da problemática proposta como objeto de projeto ao TCC. Aprofundamento da
compreensão do problema em escalas:

1. GLOBAL: Como o tema vem sendo discutido, definido e tratado em escala mundial?
2. LOCAL: Quais as reais demandas da cidade para onde a proposta está sendo feita? Qual a
pertinência e relevância da proposta no lugar para o qual ela está sendo pensada? A
proposta nasce da observação de um problema real existente na cidade? Como se insere o
“tema” escolhido por mim na realidade urbana na qual eu pretendo inseri-lo?

3. PROCEDIMENTOS:
3.1. Levantamentos e análises de dados sobre o tema estudado na escala global e local
(pesquisas em internet, jornais e revistas – tanto globais como locais - bibliotecas públicas,
levantamentos sobre como o tema é tratado pelo poder público junto a secretarias públicas,
arquivos públicos, legislações urbanas pertinentes, planos diretores, etc. Verificar se e como
as iniciativas privadas intervêm ou são propositivas junto ao meu tema de TCC: fazer
levantamento de ONG´s, associações, sindicatos, cooperativas, etc., que são propositivas e
administram o tipo de equipamento que é meu objeto de TCC? Questionários direcionados
aos administradores e/ou usuários do meu tema de projeto TCC, etc.
PARTE 1 – DELIMITAÇÃO DO TEMA

3.2. Organização, compilação e interpretação de todos os dados coletados – elaboração de


mapas quantitativos e qualitativos sobre a realidade urbana quanto ao meu tema-objeto de
estudo e onde será inserida a proposta de projeto; realização de esquemas gráficos
demonstrativos do perfil do usuário e suas necessidades específicas; etc.

3.3. PROCESSO DE REFLEXÃO E ANÁLISE:

MUNDO CIDADE BAIRRO

3.4. PRODUTOS :

Texto de fundamentação teórica, problematização que deve conter a justificativa para a escolha
do tema, sua relevância e pertinência social no âmbito do contexto urbano para o qual está sendo
proposto, objetivos da proposta e referencial teórico que faz discussão e reflexão sobre a questão
por mim tratada no trabalho.
Exemplos pertinentes.
Mapas, esquemas gráficos e ilustrações.
PARTE 2 – ESTUDOS DO LUGAR

O primeiro passo deve ser fazer um amplo levantamento de áreas pertinentes e potencialmente
adequadas à implantação do tema de projeto que será desenvolvido. Uma “olhada” rápida no
lugar não será suficiente, sendo fundamental compreender a fundo como se desenvolvem as
relações de conexões e contextualizações urbanas na área que será eleita para “abrigar” a
proposta de projeto. É preciso identificar a propriedade do terreno escolhido e investigar os
instrumentos adequados para tornar viável a proposição projetual que será realizada.

É preciso materializar – desenhos, croquis, esquemas, etc. - o levantamento e análise das


relações urbanas que configuram a área em estudo e seu rebatimento nos elementos
constitutivos do espaço:
- Os edifícios do entorno imediato;
- A área em si, suas condições naturais – topografia, sol, ventos, hidrografia, vegetação, etc.;
- Os usos do solo, gabaritos, cheios e vazios;
- O quarteirão;
- As fachadas;
- Hierarquia viária das ruas, caminhos, passagens;
- Os espaços públicos

Realização de análise crítica dos problemas e potencialidades da área escolhida.


PARTE 2 – ESTUDOS DO LUGAR

CONTEÚDO SUGERIDO COMO REFERÊNCIA:


▪ Mapa com localização da área na cidade e principais conexões com o restante da cidade, os
acessos à área;
▪ Mapa demarcando bairro onde está a área de intervenção e bairros adjacentes. Localizar as
principais “centralidades” nesses bairros e as conexões com a área em estudo;
▪ Caracterizar parcelamento e ocupação do solo;
▪ Marcar principais usos do solo, gabaritos, cheios e vazios;
▪ Localizar marcos, referências e principais equipamentos encontrados no entorno;
▪ Mapa demonstrando hierarquia viária e principais pontos facilitadores de acesso ao terreno;
▪ Skyline;
▪ Estudo da área de intervenção, apresentando levantamento de recursos naturais: topografia,
hidrografia, vegetação, percurso solar, principais acessos; barreiras e potencialidades
arquitetônicas, principais visuais do terreno, etc;
▪ Situação da quadra em relação ao traçado urbano.

REFERÊNCIAS:
1. LAMAS, José M. R. G. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. 2ªEd. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2004.
2. SOLÀ-MORALES, Ignasi de. Metrópolis. Editado po Xavier Costa. Barcelona: Gustavo Gigli, 2005.
3. SOLÀ-MORALES, Ignasi de. Intervenciones. Editado po Xavier Costa. Barcelona: Gustavo Gigli, 2006.
4. CENTROS das metrópoles: reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI, Os. São
Paulo: Terceiro Nome: Viva o Centro: Imprensa Oficial do Estado, 2001.
5. PANERAI, Philippe. Análise Urbana. Brasília: Ed. UNB, 2006.
PARTE 3 – ESTUDOS DE CASO OU REFERENCIAIS DE PROJETO

▪ Apropriação do tema;
▪ Entendimento das variações culturais e temporais do edifício analisado com olhos para a
realidade local;
▪ Posicionamento crítico sobre os novos modos de vida e de habitar a cidade;
▪ Estudos sobre exemplos de projetos contemporâneos e de relevância nos estudos de teoria da
arquitetura; entendimento do processo projetivo do edifício estudado.

PARTE 4 – PROGRAMA DE NECESSIDADES

Proposição dos usos e, consequentemente da qualidade de ambiência espaços que deverão ser
configurados na edificação. O programa é a resposta ao problema detectado na etapa anterior.
Lembrar do contexto onde a edificação deverá ser construída. Programa não é reprodução sem
crítica de modelos pré-existentes.

Questões norteadoras:

---- Quais usos são recorrentes nas edificações do mesmo tipo num universo global?

---- Quais as variações podem e ou devem acontecer para ajustar os usos da edificação a
realidade para a qual está sendo proposta?

---- Uma vez listados os usos, como devem ser os espaços (qualificação) para abrigá-los?
PARTE 4 – PROGRAMA DE NECESSIDADES

PRODUTOS:
▪ Listar os usos previstos para o edifício
▪ Relacionar esses usos às atividades que aconteceram em cada espaço
▪ Qualificar os espaços
▪ Representar o layout dos ambientes
▪ Pré-dimensionar os espaços
▪ Apresentar as áreas por setores e área total
▪ Estudos de Fluxogramas e Setorizações da Proposta

PARTE 5 – INTENÇÃO PROJETUAL E PARTIDO ARQUITETÔNICO

Etapa 1: INTENÇÃO PROJETUAL

Como ajustar os usos numa estrutura formal que tenha um sentido de unidade?
Como ordenar os espaços e ambientes de modo a ele produzir uma estrutura edificada
funcional e ao mesmo tempo de agradável ambiência, visualmente instigante?
A resposta a essa questão surge a partir da compreensão e interpretação do contexto, dos
condicionantes, da realidade que envolve o problema/projeto. É uma das possibilidades às
questões que surgem nas etapas anteriores; é uma forma de ordenar e integrar vários elementos
e fenômenos em um todo. O conceito resulta, portanto, das análises, das determinações e das
escolhas entre os caminhos possíveis.
PARTE 5 – INTENÇÃO PROJETUAL E PARTIDO ARQUITETÔNICO

PRODUTO:
Explicação sucinta sobre a identidade e essência do produto projetual. Por que irá adotar
uma determinada forma, um esquema estrutural, determinada materialidade, abrigar
determinados usos? MAIS UMA VEZ O CONTEXTO, O LUGAR E A MANEIRA COMO ELE FOI
INTERPRETADO SERÃO AS JUSTIFICATIVAS PARA AS QUESTÕES ANTERIORES.
Utilizar ideogramas, esquemas e diagramas como maneira gráfica de representar tais
ideias

Etapa 2: IMPLANTAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO

Etapa de apropriação do terreno e transposição das ideias e intenções de proposição projetual


para a estrutura formal arquitetônica e/ou intervenção. IMPLANTAÇÃO É, PRIMORDIALMENTE,
RELAÇÃO COM A CIDADE!! Portanto, esquemas que elucidem quais os fatores
determinaram a locação da edificação – e estruturas construídas propostas – devem
aparecer nos estudos. São esses fatores que validam a proposta.

PARTIDO É VOLUMETRIA. VOLUMETRIA É TRIDIMENSIONAL, MAS UMA VOLUMETRIA JÁ


DELINEADA DE MATERIALIDADE, ESTRUTURAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO E ALGUMAS
DEFINIÇÕES DAS RELAÇÕES INTERIOR/EXTERIOR – ABERTURAS.

Devem ser feitas todas a peças gráficas que possibilitem então a interpretação do espaço
(plantas, cortes, vistas, perspectivas, etc. com zoneamento e setorização geral da proposta
compatível com área pré-dimensionada).

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