Você está na página 1de 17

Cultura Canina e Estilo de Vida

Ano 0 . N° 3

EM DESTAQUE NES TA EDIÇÃO


Essa edição contou com
QUEM FEZ

a participação especial de:


VISITE MEU VISITE MEU
SITE SITE

Ana Corina Cristina Fernandes


Blogueira e Colunista Editora e Tradutora

Ana Corina, mora em Florianópolis, SC, e em Cristina Fernandes mora em São


janeiro de 2007 iniciou o Mãe de Cachorro Paulo, SP, e é tutora da schnauzer Lelê.
Também é Mãe, um blog educativo sobre cães Tradutora e editora, é responsável pela
e gatos, com dicas de alimentação, saúde, edição de alguns livros sobre peludos,
adestramento, guarda responsável e muita entre eles “Entenda seu cão” e “Treine
diversão. seu cão” (Editora Globo), e “Cachorros
falam” (Ediouro).

Como Funciona?

Para mudar de página, Se aparecer o ícone No meio do texto O ícone da foto, indica
simplesmente arraste azul no canto direito você pode encontrar um slideshow, clique
da direita para a inferior, significa que palavras em azul sobre a foto para ver as
esquerda. o texto continua. escuro, são links que outras.
Arraste de baixo para abrem sites externos. A dupla flecha indica
*leitura no momento cima para continuar a que você pode scrollar
somente na vertical. leitura. o conteúdo dentro do
box.

REVISTA Au. 2011


EDITORIAL

Quanto custa?
Tudo tem preço na vida, fazemos
algo abastecidos pela paixão mas
no fim das contas, o tablet custa, a
produção custa, o projeto custa e
o governo não ajuda.

I
nfelizmente nossos governantes ainda carre- para vermos o resultado disso no nosso dia-a-dia.
gam uma mala bem pesada que vem lá de traz, Você sabia que o Brasil é o país mais caro do planeta
quando decidiram proteger a indústria nacio- para comprar um iPad?
nal e assim instauraram a idéia de que tudo que for Enfim, desde o início desse projeto eu aposto que
importado deve custar caríssimo, a idéia era fazer os tablets vão mudar o modo em que acessamos
com que optássemos por uma alternativa nacional, conteúdo prova disso são todas as reações positi-
dando espaço para a nossa indústria crescer e mo- vas que tivemos até hoje. Seguimos em frente, te-
vimentar a economia nacional. O problema é que mos uma grande barreira que é o custo que teremos
essa visão criou mais problemas do que soluções, com a ferramenta que usamos para construir a re-
hoje nossa indústria não dá conta da demanda por vista, que até junho era gratuíta. Talvez seja a hora
estar sucateada e quando pensa em importar novos de montarmos nosso mídia kit e esperarmos por
equipamentos barra de novo nos custos absurdos parceiros que buscam diferencias para nos ajudar a
dos preços aqui no Brasil. Mas não quero fugir mui- manter o projeto vivo.
to do nosso assunto principal, que nesse caso seria Nosso canal de contato está sempre aberto, usem
o acesso aos tablets, na verdade você nem estaria nossa página no Facebook ou pelo email au.revista@
lendo isso senão tivesse um (a não ser que você es- luccaco.com
teja lendo em PDF online). Pois bem, o governo aca-
bou de aprovar a desoneração de impostos sobre os Boa Leitura!
tablets fabricados no Brasil, mas ainda vai demorar Allysson Lucca @all_lucca

EXPEDIENTE
A revista Au. é uma publicação bimestral Maio - Junho 2011

Responsável: Allysson Lucca Nós aceitamos fotos, opiniões, artigos, histórias,


Au. na web: www.facebook.com/Au.Revista poemas, desenhos, fotos do público em geral.
Email: au.revista@luccaco.com Mas não assumimos responsabilidade na falha em
Fotos: iStockPhoto publicar tais materiais assim como na correção de
Projeto gráfico/iPad: Luccaco *be digital possíveis erros no material enviado.
Copyright: Todos os direitos autorais são reservados aos seus
respectivos autores.

REVISTA Au. 2011


CLIQUE E CONHECE A LOJA
ONLINE DA WOOF!
WWW.WOOFBOUTIQUE.COM.BR/LOJA

Curitiba . PR
(41) 30261885
www.woofboutique.com.br

Curtir
ESPECIAL PARA A Au.

Ana Corina
www.maedecachorro.com.br
SITE DO
AUTOR

lealdade (le.al.da.de)
s. f. 1. Qualidade de leal; fidelidade. fi.el - adj. 1. Que guarda fide-
lidade. 2. Que cumpre aquilo a que se obriga. 3. Que tem afei-
ção constante. 4. Exato, pontual. 5. Constante, firme, perseve-
rante.

Q
uem tem a sorte de ter um cão em sua vida em condições de respeito e amor não
precisa ir às páginas dos dicionários para saber o significado das palavras acima.
Conviver com um cachorro é, entre outras deliciosas lições, conhecer a essência
da lealdade.
Céticos e estudiosos teimam em dizer que os cães não passam de grandes oportunistas
cujo relacionamento com os humanos os permitiu sobreviver ao longo de milênios de par-
ceria. Mas quem teve a benção de conquistar o coração de um cachorro sabe que há muito
mais do que puro instinto de sobrevivência e conservação da espécie naquele ser que está
sempre disposto a nos animar e ajudar, naqueles olhos profundos que nos fitam com tanto
amor e devoção.
Prova dessa lealdade que, de tão grande e inabalável, assombra e foge à capacidade huma-
na de compreendê-la é esta edição da Revista Au., que traz belos e emocionantes exemplos
da tão famosa fidelidade canina. Cantada até mesmo pelo grande filósofo e poeta grego,
Homero, que em seu clássico poema Odisseia relata a volta do herói Ulisses a uma casa
onde apenas seu cão o reconhece após dez longos anos de ausência.
Lealdade, teu nome é cachorro! E triste de quem precisa tentar entender esta simples frase
ou que a põe em dúvida. Tenho certeza de que você está aí com um sorriso no canto dos
lábios, rindo por dentro e pensando com um misto de alívio e cumplicidade, “Ainda bem
que sei o que ela significa!”.
Não me alongarei mais no assunto porque a lealdade canina está tão presente nas vidas
dos que convivem, amam, cuidam e verdadeiramente respeitam os cães quanto nas próxi-
mas páginas.

Um forte abraço e até a próxima edição da Revista Au.


Ana Corina

REVISTA Au. 2011


LEALDADE

Bobby
Edinburgo, Escócia
Bobby passou os
próximos 14 anos
guardando o sono
eterno do seu tutor.

B
obby foi um cão terrier de um poli-
cial, chamado John Gray, da cidade
de Edinburgo, Escócia. Eles estavam
sempre juntos e o Bobby fazia muito sucesso
pela quantidade de truques que sabia. Infe-
lizmente, em 15 de fevereiro de 1858, John
morreu de uma tuberculose repentina.
Durante o funeral Bobby permaneceu per-
to do seu falecido amigo e seguiu a procissão
para o cemitério de Greyfriars Kirkyard, local
onde seria enterrado o corpo de John e tam-
bém o lugar que ficou marcado pela lealdade
de Bobby, que passou os próximos 14 anos
guardando o sono eterno do seu tutor.
Inicialmente as pessoas pensavam que
Bobby ficaria cansado e com fome e logo iria
embora. Entretanto, anos começaram a pas-
sar e mesmo durante os rigorosos invernos
da Escócia Bobby permaneceu fiel, guardan-
do o túmulo de John Gray.
Com o passar do tempo Bobby foi se trans-
formando em um lenda local e as pessoas
que admiravam sua lealdade começaram al-
imentá-lo e providenciaram abrigos durante
os invernos. Sua fama cresceu tanto que em
1867 o então Lorde de Edinburgo, sir Wil-
liam Chambers, interviu pessoalmente para
prevenir acidentes e resguardar Bobby, o de-
clarando como propriedade da câmara de
vereadores do município.
Bobby morreu junto ao túmulo de John
em 1872, e como não poderia ser enterrado
a seu lado, a comunidade local decidiu con-
struir uma fonte com uma estátua em sua
homenagem perto do cemitério, onde Bob-
by continua olhando em direção à tumba de
John Gray.

REVISTA Au. 2011


LEALDADE

Collie
Rosário, Argentina

C
ollie chegou ao cemitério de La Piedade 5 anos atrás, no mesmo dia em que seu tu-
tor foi enterrado. Naquela mesma noite ele decidiu ficar ao lado da tumba e no dia
seguinte, quando os familiares voltaram para tentar levá-lo para casa, o cão resistiu
e ninguém conseguiu capturá-lo. O filho do falecido ainda retornou ao local e tentou pegar
Collie, várias vezes, mas ele sempre conseguia achar um meio de escapar, conta Lombardo,
o zelador do cemitério que trabalha no local há mais de 30 anos e é quem alimenta todos os
dias Collie e cães de rua que escolheram o cemitério como abrigo. De acordo com o zela-
dor esta é a única hora do dia em que Collie demonstra sinais de afeição. Depois do café da
manhã o cão some por horas ou fica junto ao túmulo do seu amigo.

REVISTA Au. 2011


LEALDADE

Clara e Cão anônimo


Cemitério Safed, Israel e Málaga, Espanha

Em 2007 o jornal israelita Maariv publicou


uma história de lealdade que deixou os mo-
radores da região emocionados. Uma cadela
se recusava de deixar a tomba onde seu ami-
go humano, Vladimir Yaronov, foi sepultado
após falecer aos 77 anos de vida.
A cadela logo ganhou um nome dado pelos
funcionários do local, Clara. E mesmo ten-
do sido retirada do lugar por diversas vezes,
sempre deu um jeito de retornar, imaginando
talvez que seu amigo sairia dali pronto para
um passeio.
O caso ganhou notoriedade na comunidade
através de um programa de rádio e hoje as
pessoas cuidam de Clara dando comida e
abrigo, enquanto ela espera, fiel à Vladimir.

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +Em
+ +março
+ +de+2009+ +um++ cão+de+cor
+ clara
+ +apa-
++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +receu
+ + no++ + + +de+Nerja,
cemitério + +em ++ + + pro-
Málaga, ++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +curando
+ + + + ++++++++++++++++
por seu companheiro, um senhor

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +e+que
+ +fora+enterrado
+ + + +no+cemitério
+ + + +da+igreja
estrangeiro que havia morrido recentemente
++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +local,
+ + e+por+ lá+ficou,
+ +junto
+ +a+ele.+Ele
++ +++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +os+horários
+ + + do ++ + + +e,+embora
+ + +saísse
+ +al-+ + + + +
aprendeu

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +gumas
+ + +vezes
+ +durante
+ + +o+dia,+ + + + voltava
+++++++
cemitério
sempre
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +para
+ +junto
+ +de+seu + +amigo
+ +humano
+ + + antes
+++ que+ + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +os+portões
+ + +fossem
+ + +trancados.
+++++++++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +Os
++ + + +acostumaram-se
vizinhos + + + + + +com + +sua+ pre-
++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +sença
+ + +e passaram
+ + + +a +fornecer
+ + +água+ +e +comi-
++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +que
+ +nenhum
da ao + + +deles
animal, + +conseguiu
que + + + +foi+adotar
engordou + +o+fielO+ + + + +
visivelmente.
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +cão,
+ +que++ ++++++++++++++++
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +amigo
+ + +todos
+ +os+dias.
++++++++++++++
continua a voltar para junto de seu

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
REVISTA Au. 2011
LEALDADE

Fido
Borgo San Lorenzo, Itália

E
m uma típica vila italiana, no fim da para Fido, que continuou a esperar o retorno
década de 30, um jovem homem de seu amado tutor todo fim da tarde.
chamado Carlo adotou um cão sem Ao ouvir o menor ruído de aproximação
raça definida e deu-lhe o nome de Fido. Toda do trem, o cão, tenso e esperançoso, espe-
manhã, Fido acompanhava seu amigo até a rava que ele chegasse à estação, onde ia de
estação de trem, a 2km de casa. vagão em vagão com sua cauda abanando,
Carlo trabalhava como carpintareiro em cheirando tudo e todos em busca de Carlo.
uma cidade próxima, retornando para casa Mas o trem partia e as pessoas também. E
por volta das 17:30. Ao chegar na estação, após esperar mais um pouco, Fido retornava
lá estava Fido, sozinho, triste e com o rabo entre as pernas
esperando pelo para a casa onde os pais de Carlo também
trem, todos os mantinham viva a esperança de rever o fil-
dias. Após pu- ho com vida. Mas Carlo nunca retornou, foi
lar e latir para mais uma das vítimas da segunda grande
demonstrar a guerra. Meses e anos passaram, mas Fido
alegria do re-
encontro, o cão O prefeito da cidade homenageou a
corria feliz por
lealdade de Fido em 1957 com uma
todo o caminho
medalha de ouro e um monumento
de volta ao lar.
A rotina dos
perto da estação.
amigos foi in-
terrompida em nunca perdeu a esperança e nos primeiros
1943, durante a anos da década de 50, mesmo com dificul-
segunda guerra dades de locomoção e doente, o cão com
mundia, quan- artrite continuava a esperar. Apesar da dor
do Carlo acabou para se locomover e da perda de forças, Fido
sendo morto manteve sua rotina, convencido do retorno
em um ataque de seu tutor. A estrada antes percorrida em
aliado, em um 15 minutos agora levava longas 2 horas para
dia de trabalho ser vencida e o cão chegava em casa com-
normal. A inter- pletamente exausto. Até que em uma tarde
rupção aconte- de inverno com ventos fortes e neve, Fido
ceu apenas para deu seus últimos passos na estrada tão con-
ele, mas não hecida por ele.

REVISTA Au. 2011


LEALDADE

Hachiko
Tokyo, Japão

Q
uem hoje não conhece o leal Ha-
chiko, um akita japonês? A história
conta que em 1924 um professor de
agricultura chamado Hidesamuro Ueno levou
seu cão para Tokio. Lá, Hachiko aprendeu a
acompanhar seu amigo até a estação de trem
todos os dias de manhã quando o professor
saía para o trabalho. E de tarde quando Hidesa-
muro retornava, lá estava Hachiko esperando. sobre a lealdade do cão. Uma dessas histórias
Hidesamuro faleceu em 1925 enquanto es- foi publicada no maior jornal de Tokyo. e com
tava no trabalho e Hachiko, após diversas fu- o tempo Hachiko ficou conhecido e várias
gas para manter sua rotina à espera do pro- histórias, artigos e até poemas foram escritos
fessor Ueno, ficou sem família e abandonado contando seu drama.
na estação de trem. Foi então que as pessoas Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de
começaram a notar um dos maiores exem- bronze de Hachiko, esculpida pelo renomado
plos de lealdade que o homem já viu. Pelos escultor Tern Ando, foi erguida na estação de
próximos 11 anos após a morte do professor, Shibuya, com um poema gravado em um car-
Hachiko continuou indo até a estação na hora taz intitulado “Linhas para um cão leal”.
em que o trem de seu amigo chegava, quan- Até Holywood se rendeu à essa fascinante
do então cheirava e procurava por seu amigo, prova de amor e produziu um filme com o as-
mas nada de Hidesamuro. tro Richard Gere. O filme adapta a história aos
A rotina do cão foi notada por um dos ex- nossos tempos, mas ainda mostra o amor in-
alunos do professor Ueno, que a enviou a um condicional e exemplo de lealdade que esse
jornalista que então publicou diversas notas cão nos deixou.

ASSISTA O TRAILER
DO VIDEO ORIGINAL
DO FILME HACHIKO

REVISTA Au. 2011


LEALDADE

Canelo
Cádiz, Espanha

C
anelo foi o cão de um homem que viveu e por 12 anos ficou esperando que por ela saísse
em Cádiz, na Espanha no fim da década seu amigo. Nem mesmo fome e frio o fizeram
de 80. Ele seguia seu amigo pelas ruas desistir. A demonstração de lealdade chamou
da cidade durante o dia todo. Uma vez por se- atenção da comunidade local, que começou a
mana os dois iam juntos até o hospital Puerta cuidar dele trazendo comida e água e inclusive
del Mar, onde o amigo de Canelo fazia diálise impedindo que fosse recolhido pelo controle de
devido a complicações no rim. Como no hospi- animais do município, que recolhia e sacrificava
tal não entravam animais, o cão ficava na porta cães de rua.
esperando a saída do seu companheiro e depois A espera de Canelo perdurou até sua morte,
da diálise feita, os dois retornavam à rotina. em dezembro de 2002, quando foi atropelado
Um dia, o tutor de Canelo teve complicações nas cercanias do hospital. Sua história é bem
durante o tratamento a acabou morrendo no conhecida na região e para homenagear Cane-
hospital. Mais uma vez, vemos o início de uma lo e sua fidelidade, a população deu seu nome
história emocionante. a uma rua, onde foi feita uma placa em sua ho-
Canelo nunca mais saiu da porta do hospital menagem.

HOMENAGEM AO
CANELO EM VIDEO

REVISTA Au. 2011


Declare seu amor
Os produtos da grife Mãe de Cachorro são exclusivos e
originais, desenvolvidos com qualidade e bom gosto para
alegrar a vida de quem gosta de cães e gatos.

Avental Infantil Cãozinho Camiseta Unissex Eu Amo Cães


Jardineiro

COMPRAR COMPRAR

Veja mais produtos na nossa loja online


www.lojamaedecachorro.com.br

Curtir
LIVROS

A amorosa lealdade cotidiana


por Cristina Fernandes

S
abemos que nossos cães nos amam e sividade de lado. Em Bom Menino. Junto, o
são fiéis mesmo quando fazemos algo labrador Beau passa a amar os filhos de seus
que os incomoda. Um exemplo típico é tutores que, depois de crescidos, entravam na
quando entra um elemento novo na família casa dos pais “tão entusiasmados com as suas
Se você nunca viveu essa situação, na certa já próprias vidas que, [...], simplesmente passa-
ouviu alguém dizendo algo como: “A Brigite vam por cima de Beau quando iam de cá para
demorou a aceitar o meu segundo marido!” lá. E, mesmo assim, o rabo de Beau batucava
ou “Quando as gêmeas nasceram, o Zipo ficou sobre o chão [...].”
esquisito por um tempo”. Em Flush, que romanceia a vida do cocker
A explicação é simples. Brigite e Zipo eram da poetisa inglesa Elizabeth Barrett Browning,
os queridinhos da casa, mas quando a família depois de algumas birras e aventuras – inclu-
aumentou com a chegada de marido, filhos -- sive sequestro! -- o cãozinho aceita o marido
ou de outro peludo -- tiveram de aprender a dela e, mais tarde o filho do casal. É uma bela
dividir o amor de seus tutores com os recém- amostra do amor e da lealdade que nasceu
chegados. no coração de Flush desde que viu sua tu-
No início eles fazem cena, se comportam tora pela primeira vez: “Entre os dois existia
mal. Depois, por amor e lealdade, abrem es- o maior abismo que pode separar um ser do
paço e aceitam o homem que faz sua tutora outro. [...] Ela era uma mulher. ele, um cão.
sorrir mais, ou viram fãs das crianças, e a har- [...] Um encarava o outro. Então, de um salto,
monia volta ao lar. Flush subiu no sofá e se acomodou no lugar
Na literatura há bons exemplos dessa le- em que permaneceria para todo o sempre –
aldade amorosa que deixa ciúme e posses- sobre a manta aos pés da Senhorita Barrett.”

Serviço

Flush - Memórias Bom menino.


de Um Cão Junto
Virginia Woolf Anna Quindlen
L&PM Editores Larousse
edição de bolso 2008
2004 88 páginas
152 páginas

R$ 14,00 R$ 33,50
COMPRAR COMPRAR

REVISTA Au. 2011


inspirado no Guia de Raças do Mãe de Cachorro

AKITA
O Akita Inu é bonito, calmo, nobre, limpo (fácil de ensinar a usar o
banheiro) e quieto (raramente late), então é compreensível que ele
seja visto com um animal de estimação desejável.
Entretanto... O Akita Inu tem uma personalidade dominante e com-
plexa que faz dele um desafio para ser criado/educado.

Poderoso, reservado com estranhos e protetor, o Akita Inu deve ser Como você pode adivinhar, gatos e outros animais pequenos também
acostumado com pessoas desde muito novo para que seus instintos de estão em perigo perto de um Akita. Em geral, é simplesmente mais se-
guarda permaneçam controlados ao invés de indiscriminados. guro manter esta raça como o único animal de estimação.
O problema é que esta raça pode ser difícil de “ler” – eles geralmente Adestrá-lo pode ser um desafio, porque o Akita Inu é agressivo, enér-
não demonstram sinais óbvios de agressividade – e um Akita Inu pode gico e se entedia facilmente, então ele pode usar sua inteligência de
conviver pacificamente com outro cão até que um dia, inesperadamen- maneiras que sirvam seus próprios objetivos.
te e aparentemente “do nada”, um desentendimento menor acontece, Esta raça deve ser tratada com respeito – nada de provocações – mas
ou talvez o outro cão o provoque demais ou se aproxime de sua tigela você deve insistir em ser respeitado também ou ele vai dominar você.
de comida ou brinquedo favorito, e então o Akita pode atacar com uma Akitas não são uma boa escolha para quem nunca teve um cão (princi-
ferocidade insuspeita. Akitas podem ser muitos possessivos com sua palmente grande e poderoso*).
comida – mantenha crianças longe quando estiverem se alimentando. Akitas AMAM neve e frio

Aproxime-se dele somente se: Não chegue perto dele se:


Procura um cão de presença grande, intimadora. Procura um cão dócil e sociável facilmente.

Não faz muito exercício. Quer um cão que seja amigável com outros animais.

Prefere cães que não latem. Não tiver paciência para treiná-lo e explorar sua in-
teligência.
Não vai conviver direto com o cão, Akitas são inde-
pendetes e não se preocupam em ficar sozinhos por Não gosta de pelos, o Akita sempre troca a pelagem.
algum período.
Não quer assumir responsabilidades legais (possibili-
dade de processos, banimento da raça, problemas com
seguros etc.)
FONTE

ABRIR
Associação de Amigos dos Animais de Campinas O SITE

www.aaac.org.br

Nome: EMILIO Nome: LAURA


Sexo: Macho Sexo: Fêmea
Porte: Pequeno Porte: Médio
Idade: 1 Ano Idade: 3 Anos
Pelagem: Longo Pelagem: Curto/Duro

(19) 8122.9709 com Kattya (19) 3251-5895 com Lídia

Nome: PASSI Nome: POLI


Sexo: Macho Sexo: Fêmea
Porte: Médio Porte: Méedio
Idade: 2 Anos Idade: 1 Ano
Pelagem: Curto Pelagem: Curto

(19) 3251-5895 com Lídia (19) 3387-2920 com Cidinha

Nome: RURIC Nome: VICKY (cega)


Sexo: Macho Sexo: Fêmea
Porte: Grande Porte: Grande
Idade: 1 Ano Idade: 4 Anos
Pelagem: Médio Pelagem: Curto

(19) 3242-3627 com Claudia (19) 3242-3627 com Claudia

VOCÊ PODE AJUDAR A AAAC DE VáRIAS MANEIRAS, VEJA COMO E


COMECE HOJE MESMO!

REVISTA Au. 2011


REVISTA Au.

Guia de Parques
www.facebook.com/Au.Revista
SUGERIR
UM PARQUE

CURITIBA SÃO PAULO (1) SÃO PAULO (2) RIO DE JANEIRO

ONDE?
No gramado atrás do Museu Oscar Niemeyer - Rua Manoel Eufrásio, altura do
número 1.500

QUANDO?
De preferência aos sábados e domingos, das 15h às 18h

VER NO MAPA

REVISTA Au. 2011


Até a próxima!
PRECISAMOS DA SUA OPINIÃO E
COLABORAÇÃO PARA DAR CONTINUIDADE
AO PROJETO, ACESSE NOSSA PÁGINA
NO FACEBOOK E MANDE SUGESTÕES,
CRÍTICAS, ETC... É SÓ CLICAR NO
ENDEREÇO ABAIXO.

facebook.com/Au.Revista

www.luccaco.com

Você também pode gostar