Você está na página 1de 2

A abordagem inicial dos autores sobre a problemática apresentada é

uma exposição acerca do fato do lixo ser resultado da exploração da natureza


em prol do desenvolvimento econômico, o que gera um grande impacto
ambiental, que pode tomar proporções maiores devido à falta de um
gerenciamento focado na resolução desse desafio.

A seguir discute-se as origens da produção de resíduos sólidos como


consequência da atividade humana a partir da Revolução Industrial quando o
número de indústrias aumentaram, gerando uma grande demanda de matéria-
prima, tendo como coclusão a produção de lixo em grandes quantidades. E a
partir daí, com a globalização, esse problema só passou a extrapolar cada vez
mais até a situação vista atualmente.

Nessa análise histórica, os autores deixam claro como a problemática


enfrentada nos dias de hoje não passa de consequência da atividade humana
descontrolada desde essa época até hoje; além disso, expõem que a
negligência gerencial nos setores ambientais também é um fator que agrava
ainda mais a falta de comprometimento em relação ao cuidado com os
resíduos urbanos e o lixo como um todo. Aliado a isso, está o consumismo que
a sociedade vem experimentando ao longo das gerações, ou seja, quanto mais
se consome, mais matéria-prima precisa ser retirada da natureza e mais
produtos vão sendo descartados na tentativa de seguir as tendências da moda,
as exigências do mercado e a procura por aparelhos mais modernos.

Os autores ainda citam motivos que levaram à atual situação ambiental


como “o aumento da população, associado ao incremento da necessidade de
produção de alimentos e bens de consumo” (pág. 150). Com o respaldo de
Marques (2005), o texto afirma que o ato de gerar resíduos é fato que está
intrínseco à atividade humana pois é dito que, segundo Marques, “não se pode
apontar uma atividade humana que não gere resíduos ou que não interfira de
uma ou de outra forma com as condições do meio.’

No decorrer da introdução, a discussão passa a girar em torno dos


lixões, que surgiram como consequência da falta de descarte apropriado aliado
ao aumento populacional das grandes cidades. Além dos óbvios problemas
ambientais que podem causar, é apresentado também o fator social como um
desses problemas. A justificativa é que os lixões são o único recurso que
muitas famílias mais pobres têm para se alimentar e se sustentar
financeiramente. Portanto, os autores defendem o incentivo da coleta seletiva
do lixo como fonte de renda além de ser um meio para diminuir a ocorrência
dos grandes aterros sanitários como destino final a todo resíduo material que
vem dos centros urbanos.

Com o propósito de enfrentar essa barreira, surgem os modelos de


gestão de resíduos, que buscam diminuir as consequências provenientes do
grande acúmulo do lixo urbano, tais como os impactos ambientais. E é essa a
discussão sobre os modelos de gestão que os autores fazem ao longo desse
capítulo, além de ressaltar a importância da coleta seletiva feita pelos
catadores de lixo.

Você também pode gostar