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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO


CURSO DE DESIGN GRÁFICO

Bernardo Cheloni Baião


Kenio Gomes de Sousa
Vinicio Custódio Vitor

DESIGN EDITORIAL APLICADO AO MEIO DIGITAL:


Construção de uma revista eletrônia.

Governador Valadares/MG
2010
BERNARDO CHELONI BAIÃO
KENIO GOMES DE SOUSA
VINICIO CUSTÓDIO VITOR

DESIGN EDITORIAL APLICADO AO MEIO DIGITAL:


Construção de uma revista eletrônica.

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso


para obtenção do grau de bacharel em
Design Gráfico, apresentado à Faculdade
de Artes e Comunicação da Universidade
Vale do Rio Doce.

Orientador: Profª. Ms. Zaira B. Bernardes

Governador Valadares
2010
BERNARDO CHELONI BAIÃO
KENIO GOMES DE SOUSA
VINICIO CUSTÓDIO VITOR

DESIGN EDITORIAL APLICADO AO MEIO DIGITAL:


Construção de uma revista eletrônica.

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso


para obtenção do grau de bacharel em
Design Gráfico, apresentado à Faculdade
de Artes e Comunicação da Universidade
Vale do Rio Doce.

Governador Valadares, ____de___________________de_____.

Banca Examinadora:

_______________________________
Profª. Ms. Zaira Beatriz Bernardes
Universidade vale do Rio Doce

_______________________________
Prof. Maykel Nunes Cordeiro
Universidade Vale do Rio Doce

_______________________________
Prof. Leonardo Gomes de Souza
Universidade Vale do Rio Doce
“Os sonhos não determinam o lugar em
que você vai estar, mas produzem a força
necessária para tirá-lo do lugar em que
está.”
Augusto Cury
5

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 7
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 9
3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 24
3.1 - PESQUISA DE CAMPO ................................................................................... 24
3.1.1 – Formulário de entrevistas .............................................................................. 24
3.1.2 – Análise de projeto gráfico de revistas ............................................................ 26
3.1.3 – Análise de capas de revistas ......................................................................... 32
3.2 - NOME ............................................................................................................... 35
3.3 - MARCA............................................................................................................. 37
3.3.1 - Símbolo .......................................................................................................... 38
3.3.2 – Cores ............................................................................................................. 42
3.3.3 - Tipografia ....................................................................................................... 43
3.4 - MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL ................................................................ 43
3.5 - A REVISTA ....................................................................................................... 49
3.6 - PROJETO GRÁFICO ....................................................................................... 51
3.6.1 A Capa ......................................................................................................... 54
3.6.2 - Vinhetas ......................................................................................................... 55
3.6.2 Cadernos ...................................................................................................... 55
3.6.3 Tipografia ..................................................................................................... 56
3.6.4 - Texto com conteúdo das matérias ................................................................. 57
3.6.5 - Títulos ............................................................................................................ 58
3.6.6 - Sub-títulos ...................................................................................................... 60
3.6.7 - Crédito............................................................................................................ 60
3.6.8 - Vinhetas ......................................................................................................... 61
3.6.9 - Grids............................................................................................................... 61
3.7 CONTEÚDO INTERATIVO ................................................................................. 66
3.8 - ÍNDICE ............................................................................................................. 69
3.9 – ESPAÇOS PUBLICITÁRIOS ........................................................................... 70
3.10 APLICAÇÃO EM MEIO IMPRESSO ............................................................ 71
3.11 PEÇAS PROMOCIONAIS ............................................................................ 71
3.12 DIVULGAÇÃO E MARKETING .................................................................... 74
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 77
6

5. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO UTILIZADO................................................. 79


5.1 - Publicações impressas .................................................................................. 79
5.2 - Publicações eletrônicas ................................................................................ 80
6. ANEXOS ............................................................................................................... 82
6.1 – Fomulários de entrevistas ................................................................................ 82
6.2 - Seleção de possíveis nomes............................................................................. 83
6.3 Revista impressa ................................................................................................. 84
7

1. APRESENTAÇÃO

As formas de comunicação passaram por grandes avanços e mudanças ao


longo da história. Desde o surgimento dos tipos móveis, criados por Gutemberg,
publicações tomaram forma, conceito e se aperfeiçoaram. A sociedade também
sempre conviveu com mudanças e adequações. A descoberta, pelo homem, da
roda, do fogo, da capacidade de poder fazer um objeto voar fizeram com que
fronteiras antes inatingíveis fossem alcançadas. Modos de convivência alterados,
misturas das raças, construção do saber sofreram influencias durante esse tempo e
agora estamos diante da era da internet. Pessoas conectadas, informações sendo
construídas e distribuídas pelas pessoas, novos meios de acesso a informação e ao
entretenimento, novas formas de se relacionar e de se descobrir. È impressionante
verificar como a internet pode influenciar tanto no modo de vida das pessoas
mudando conceitos, hábitos e o estilo de vida das mesmas. Diante deste novo
cenário que a sociedade está inserida novas formas de distribuição da informação
são criadas a cada dia no intuito de suprir a demanda criada pelas mudanças da
sociedade. Rádio, televisão, livros, jornais e revistas influenciaram e influenciam
muito no modo de vida das pessoas e passaram por grandes transformações ao
longo da história. Não bastasse isso, novamente, esses meios são colocados frente
às transformações que a sociedade está passando por conta do advento da internet.
As publicações editoriais são exemplos dessa transformação. Computador, celular,
leitores de publicações digitais estão transformando a forma de acesso a informação
por meio da internet.
A cada dia mais e mais pessoas passam a ter acesso ao computador e à
internet impulsionadas pela facilidade de aquisição e utilidade destes recursos
transformando a informação antes acessível por meio impresso em conteúdo
simplesmente disponibilizado na tela do computador. Por conta disso soluções para
este novo estilo de leitura e busca pela informação se fazem necessários devido as
características e peculiaridades destes suportes.
A elaboração e execução deste projeto se utilizou dos conhecimentos da área
do Design Gráfico focado, principalmente, em suas vertentes como o Design
Editorial e o Design Corporativo de forma a aplicá-los ao meio digital adequando-os
ao contexto e necessidades deste tipo de mídia. Objetivando adequar o projeto
8

gráfico de uma revista para o meio digital, consegue-se facilitar o acesso além de
possibilitar que a informação chegue ao leitor de forma clara e objetiva.
A tela do computador possui inúmeras características e variações como a
resolução de tela, tipo de monitor, proporção da tela, dentre outras. Essas e outras
questões são consideradas neste projeto visando à promoção de um projeto gráfico
que se adéqüe as necessidades especificas que a leitura através da tela exige.
Além do projeto gráfico da revista buscou-se trabalhar também as questões
relacionadas à identidade visual da mesma através da construção da marca e suas
aplicações, além disso, foi trabalhada também a parte de divulgação da revista
tornando, desta forma, um projeto coerente com a proposta.
9

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - Design Gráfico


O termo Design Gráfico é de origem inglesa e muita das vezes acaba tendo
interpretações duvidosas e aplicação a contextos não muito claros. Para André
Villas-Boas, profissional e escritor da área, o termo Design é mais um substantivo do
que um adjetivo levando-se em consideração que o Design não é somente produzir
peças gráficas interessantes, bonitas e de bom gosto. O termo, conforme tradução
do dicionário inglês-português tem relação direta a desígnio, projeto, plano (1988,
pag. 107). Alexandre Wollner (2003), renomado designer gráfico brasileiro, no Guia
ADG Brasil de Prática Profissional do Designer, esclarece que os fundamentos do
Design já eram aplicados desde a Idade Média e que o termo Design passou a ser
utilizado a partir da Revolução Industrial e ganhando o significado que conhecemos
hoje a partir da Segunda Guerra Mundial.

“Os fundamentos do design gráfico existem desde a Idade Média. Embora


ainda não se chamasse assim, já naquela época havia a preocupação de
fazer objetos para comunicar e atingir o homem com mensagens. A palavra
“design” nasceu com a Revolução Industrial, ganhando o significado atual a
partir da Segunda Guerra. O designer é uma pessoa voltada para a
comunicação e a produção de objetos, livros, revistas e de espaços, como
praças, relacionados com o elemento humano.” (ADG BRASIL/SENAC,
2003)

O Design Gráfico, ainda segundo Villas-Boas(1999), é uma área do


conhecimento e prática profissional que trata da organização de elementos textuais
e não-textuais em peças gráficas com objetivo comunicacional, ou seja, o objetivo
final e fundamental de uma peça gráfica é comunicar. Dentro da prática profissional
um dos trabalhos mais rotineiros a que o profissional tem contato é a criação de
identidades visuais, que consiste, entre outras funções, na criação de símbolos e
logotipos. Para Maria Luisa Péon(2001), identidade visual é o que diferencia dos
demais pela singularidade visual do objeto.

“A rigor, qualquer coisa possui identidade visual – ou seja, componentes


que a identificam visualmente. A identidade visual é o que singulariza
visualmente um dado objeto; é o que o diferencia dos demais por seus
elementos visuais.” (PÉON, 2001, pag. 11)
10

Nesse processo de criação da identidade visual o designer exerce um papel


fundamental, pois ele transforma em imagem os conceitos e informações colocando
numa linguagem de fácil compreensão do público. Para Richard Hollis, isso significa
que o designer não cria uma peça para si, mas, sua criação tem que estar
diretamente ligada ao público ao qual aquela peça está vinculada.

“O significado transmitido pelas imagens e pelos sinais alfabéticos tem


pouco a ver com a pessoa que a criou ou escolheu: não expressam as
idéias de seus designers. A mensagem do designer atende às
necessidades do cliente que está pagando por ela. Embora sua forma
possa ser determinada ou modificada pelas preferências estéticas do
designer, a mensagem precisa ser colocada numa linguagem que o público
alvo reconheça e entenda. Este é o primeiro aspecto significativo que
distingue um design gráfico de uma obra de arte (ainda que muitos dos
primeiros pioneiros do design gráfico fossem artistas plásticos). Em segundo
lugar, o designer, ao contrário do artista, projeta tendo em vista a produção
mecânica”. (HOLLIS, 2001, PÁG. 2)

Além de Hollis(2001), Villas Boas(1999) também se refere ao design como


prática comunicacional e ainda afirma que foi para isso que o design surgiu.

“O design gráfico, enquanto tal, necessariamente tem como função


transcrever a mensagem a ser transmitida - seja de qual enfoque for - para
o código simbólico estabelecido, sob pena de não efetivar-se enquanto
prática comunicacional. E, é exatamente por isso que ele surgiu.” (VILLAS-
BOAS, 2001, p.27)

2.2 - Marca
Um exemplo onde vemos a aplicação da prática comunicacional do Design é a
construção de marca, mais especificamente a criação de logotipo. O conceito de
marca, inicialmente, está ligado à função de identificar “produto e serviços por eles
assinalados e diferenciá-los daqueles produzidos pela concorrência” (PINHO, 1996,
p. 11). Esse conceito de marca vem desde a antiguidade onde já se utilizava
diversas formas de se promover as mercadorias. Pinho (1996) cita alguns exemplos
mais comuns de promoção que se utilizava na antiguidade como: “sinetes, selos,
siglas e símbolos” (1996, p11). O Comitê de Definições da American Marketing
Association 1 define marca como sendo:

1
A AMA – American Marketing Association é a maior associação de marketing da América do norte. È uma associação
profissional para indivíduos e organizações envolvidos na prática, ensino e estudo do marketing em todo o mundo.
(www.marketingpower.com%2FAboutAMA&sl=en&tl=pt&hl=&ie=UTF-8. Acessado em 17/04/2010.)
11

“um nome, sinal, símbolo ou desenho, ou uma combinação dos mesmos,


que pretende identificar os bens e serviços de um vendedor ou grupo de
vendedores e diferenciá-los daqueles dos concorrentes” (American
Marketing Association, 1960)

O INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial 2 traz a seguinte definição


para marca:

“...marca, segundo a lei brasileira, é todo sinal distintivo, visualmente


perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros
análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos
mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas.” (INPI –
Instituto Nacional de propriedade Industrial. Disponível em:
<http://www.inpi.gov.br/>, acessado em 11 de abril de 2010)

Existem “várias denominações utilizadas no mercado para marca” (STRUNCK,


2003) e dentro dessas várias denominações encontramos o logotipo que para a
American Marketing Association (1960) o define como “a parte da marca que é
reconhecível como símbolo, desenho ou cores e formato de letras”. Para Gilberto
Strunck(2003), “logotipo é a representação tipográfica da marca” (2003), a forma que
as letras se apresentam levando em consideração seu desenho, a composição e as
cores. Portanto, logotipo é a representação gráfica através do desenho, cores e
tipografia do nome de uma empresa, corporação ou produto demonstrando o
conceito e valores dos mesmos.
Marca é a soma intangível dos atributos de um produto, seu nome, embalagem
e preço, sua história, reputação e a maneira como ele é promovido. A marca
também é definida pelas impressões dos consumidores sobre as pessoas que a
usam: assim como pela sua própria experiência pessoal.
Sendo assim a marca para uma revista 3 é tratada como uma marca de um
produto em si. Considerando-se a revista como formadora de opinião, normalmente
em seu desenvolvimento ocorre uma coletas de dados e análise de marca de
revistas concorrentes diretos e indiretos.

2
O INPI é um órgão federal, criado em 1970 que está vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior e tem por finalidade executar as normas que regulamentam a propriedade industrial em âmbito nacional.
(http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/instituto. Acessado em 17/04/2010)
3
Revista: publicação periódica em que se divulgam, artigos, reportagens, etc, sobre diversos assuntos, ou, ainda, em que se
divulguem trabalhos já apreciados em livros e outras publicações. (Minidicionário da Lingua Portuguesa / Silveira Bueno, 1996)
12

2.3 - Design Editorial


Na área do Design Gráfico existem várias vertentes passíveis de atuação
profissional como pode-se contatar no Guia ADG de Prática Profissional do Designer
Gráfico que indica um amplo universo de possibilidades onde o profissional de
Design pode desenvolver seu trabalho, como: Identidade Corporativa, Design
Editorial, Design Ambiental. Dentre essas possibilidades citadas destacamos o
Design Gráfico Editorial que, dentre outros atributos, assume o papel de dar forma
ao sentido, de dispor as informações na página, otimizando a decodificação pelo
receptor (MARCELI, 2006). Ainda conforme o Guia ADG, dentro do Design Editorial
há a possibilidade de se trabalhar com o projeto gráfico de jornais, revistas e livros
uma vez que é uma atividade antiga que era realizada pelos escribas há milhares de
anos.

“Além de símbolos e logotipos, os designers gráficos são conhecidos por


projetar livros, revistas e jornais. Também no quesito antiguidade, trata-se
de uma atividade ancestral de especialização profissional – afinal de contas,
escribas existem há milhares e milhares de anos.” (ADG BRASIL/SENAC,
2003)

Segundo Marceli(2003), com o avanço da globalização e o aumento da


concorrência, cada dia mais é necessário o uso de ferramentas estratégicas para se
destacar num mercado tão competitivo e o Design acaba se tornando uma
ferramenta importantíssima para a conquista deste objetivo o que acaba abrindo
espaço para atuação dos profissionais de Design.

“É importante que profissionais em formação ou inseridos num nicho de


mercado superinflado, reconheçam que o mercado para o profissional de
design gráfico, não se restringe mais aos grandes projetos de identidade
visual – provável sinônimo de lucratividade e realização profissional.
Veículos de comunicação fazem uso do design como ferramenta
estratégica, o que abre espaço para os profissionais de design.” (MARCELI,
2003, pag. 08)

2.4 - Revistas
Levando-se em consideração o que Marcelli(2003) esclarece, as revistas
podem ser inseridas no exemplo de veículos de comunicação que utilizam do Design
como ferramenta estratégica, para alcançar seus objetivos através de projetos
gráficos mais complexos e melhor estruturados. As revistas estão presentes na vida
13

das pessoas desde o século XVII, denominadas inicialmente como Magazine 4 , que
era um tipo de publicação com conteúdo variado. A revista, diferentemente de um
jornal 5 , apresenta publicações de artigos além de notícias do cotidiano. Uma revista
é uma publicação periódica de cunho informativo, jornalístico ou de entretenimento
voltado para o público em geral.
Thomaz Souto Corrêa 6 esclarece em artigo publicado no site Curso Abril, da
Editora Abril, que o surgimento das revistas iniciou-se sob a forma de notas de livros
publicadas no primeiro caderno dos jornais. Essas notas, a partir de 1646,
começaram a conter comentários críticos que apareciam com mais freqüência até
serem reunidos em 1650. A primeira revista que se tem conhecimento, que já
adotava o modelo conhecido hoje, é a Edificantes Discussões Mensais de Hamburgo
criada em 1663. A partir de então inúmeros periódicos surgiram com a proposta de
divulgar trabalhos em áreas específicas. Em 1672, na França, surge a Mercúrio
Galante, primeira revista “não séria” que se tem notícia. Em 1693 surge na França a
revista Mercúrio das Senhoras, primeira revista destinada ao público feminino da
história. Desde então o número de revistas na Europa cresceu. Nos Estados Unidos,
em 1741, enquanto Benjamim Franklin preparava o lançamento da primeira revista
do continente que se chamaria General Magazine and Historical Chronicle, Andrew
Bradford, principal concorrente de Benjamim Franklin, lançou com três dias de
antecedência a American Magazine, or Monthly View. Esta última durou três meses
e a de Benjamim durou seis meses.
O Almanaque Abril (1999, Ed. Abril) relata a história das revistas no Brasil que
começa em 1812 quando surge As Variedades ou Ensaios de Literatura, vinculada a
maçonaria e que foi a primeira revista brasileira. Em 1852 surgem as primeiras
revistas culturais e, jornais publicam obras de grandes escritores da época em
folhetins. Na década de 70 surge a Revista Ilustrada com charges políticas que se
tornaram um marco na campanha de libertação dos escravos. Em 1878, a revista O
Besouro publica as primeiras fotos da imprensa brasileira, que retratava crianças
abatidas pela seca do nordeste. Em 1892 surgem os primeiros jornaleiros e as
primeiras bancas de jornal e revista que a partir de então começa a se multiplicar por
todo o Brasil. Em 1924 é criada a cadeia jornalística Diário Associados pelo

4
Magazine é um termo em inglês que traduzido para o português significa revista.
5
Jornal: periódico, diário, escrito em que se relatam os acontecimentos dia a dia. (Minidicionário da Língua Protuguesa /
Silveira Bueno, 1996)
6
é membro do Conselho de Administração, VP do Conselho Editorial e Consultor para Revistas do Grupo Abril.
14

empresário Assis Chateaubriand e em 1928 lançam a revista O Cruzeiro que a partir


de então se tornaria a primeira revista de circulação nacional semanal.
Na década de 30, durante o regime de Estado Novo, Getúlio Vargas institui o
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), onde apenas publicações ligadas
politicamente ao presidente são autorizadas a vincular. Na década de 50, Victor
Civita, funda a Editora Abril, lançando num primeiro momento a revista O Pato
Donald, e posteriormente as revistas Capricho, Manequim, Quatro Rodas, Cláudia e
outras. Enquanto que na década de 50 surge a revista ilustrada Manchete de Adolph
Bloch. Em 66 a revista Realidade, com publicação mensal, é lançada pela Editora
Abril se tornando um marco do jornalismo investigativo e qualidade gráfica. Dois
anos depois aconteceu o lançamento da revista Veja que se tornou a revista de
maior circulação do país. A Editora Três, em 1977, lança a revista semanal de
informações gerais Isto É. As revistas Veja e Isto É, em 1992, denunciaram o
envolvimento do então presidente Fernando Collor em um esquema de corrupção
que terminaria com um processo de impeachment e renúncia de Collor, mostrando
mais uma vez a força dos veículos de comunicação como parte do processo de
formação de opinião pública. Já em 1997 a revista Veja lança sua página na internet
e em 1998 é lançada a revista Época da Editora Globo.
O número de revistas que circulam no Brasil é muito grande o que leva a
concluir que o público consumidor de informação por meio das publicações é
bastante grande. Somente a revista Veja, que é a líder em circulação, possui
mensalmente uma tiragem de mais de 1 milhão de exemplares ( Blog Histórias e
Rankings, 2008). A abertura da globalização permite o livre acesso a publicações de
todo o mundo. O foco são diversos, desde regionais a internacionais, como também
temas que atendem aos mais variados gostos, tendências e movimentos do ser
humano, o que transforma a revista num recurso de informação, conhecimento e
entretenimento de crianças e adultos. Pode-se considerar que a revista faz parte da
vida das pessoas em todo o mundo.

2.5 - Mídia Eletrônica


O avanço tecnológico facilitou o processo de produção gráfica tanto de jornais
como de revistas assim como toda a mídia impressa. Com a evolução para os
processos digitais, o computador veio facilitar a produção de layouts que até o início
15

da década de 90 eram montados manualmente por artefinalistas em pranchas


rígidas com malhas gráficas executando colagens de textos e imagens vindos de
processos de fotocomposição e fototraço. Esta prática demandava muito tempo e
trabalho para a produção onde os layouts eram muitas vezes limitados pela
tecnologia que se dispunha. Assim com os avanços tecnológicos foi possível a
criação de layouts mais complexos em um tempo menor.
Este mesmo avanço tecnológico permitiu o acesso e popularização das
transmissões de conteúdos e mensagens através do que conhecemos hoje como
internet. Desenvolvida pelos norte americanos no ano de 1969. A internet já era
utilizada como instrumento de segurança militar durante a Segunda Guerra Mundial
vindo a ser difundido para o público comum a partir dos anos de 1990. Este sistema
permitiu uma grande transformação nos meios de comunicação mas, mesmo com
todo este avanço tecnológico as revistas impressas não deixaram de existir.

“A Internet que conhecemos como hoje, foi sendo criada ao longo da


década de 80, onde diversas instituições dos EUA e de outros países foram
se interligando, criando uma grande rede, mas ainda sem o cunho
comercial. A pressão para que empresas pudessem também participar da
rede mundial, fez com que no início dos anos 90 fosse aberta para o uso
comercial então, que começou um novo mundo.” (ZEVALLOS, Rubens.
Diretório de artigos Gratuitos. Disponível em <http://www.artigonal.com/ti-
artigos/a-historia-da-internet-737117.html> . Acessado em 01 nov 2010)

Conforme o Guia ADG de Pratica Profissional do Designer Gráfico a mídia


eletrônica é a frente de expansão do trabalho do designer, um novo universo de
linguagem a ser explorado. (ADG BRASIL, 2003). A internet é a tecnologia que teve
o mais rápido crescimento da história da humanidade, perdendo apenas para o
celular, segundo dados Internet World States 7 .

2.6 - Internet
“Apenas uma palavra me ocorre para descrever a internet. Revolução.”
(CESAR, 2008, p. 72). Essa frase dá suporte para entendermos o que a internet
causou na sociedade até o presente momento e a importância que ela exerce na
sociedade contemporânea. “A internet é uma mídia, assim como a televisão, o rádio
e o jornal” (NIEMEYER, 2002, p. 47). Mesmo sendo uma mídia como outras, tão
7
Internet World Stats é um site internacional que possui dados mundiais de uso da internet, população e estatística Internet
Data Market Research, e que abrange mais de 233 países e regiões do mundo.
(</#en|pt|http%3A%2F%2Fwww.internetworldstats.com%2F>, acessado em 09/05/2010)
16

influentes quanto, existe algumas diferenças que valem ressaltar e que Carla
Niemeyer esclarece:

“...na internet, não há censura ou qualquer limitação a informação – e


nenhum custo além daquele referente a produção do original e o da
manutenção da veiculação (hospedagem) – que em geral, é quase
irrelevante.” (NIEMEYER, 2002, pag. 47)

No Brasil, a internet 8 está a cada dia alcançando mais e mais pessoas. Dados
do Ibope/Nielsen 9 de 2009 demonstravam que pouco mais de 17% da população
brasileira tinha acesso a computador com internet em casa o que gira em torno de
67,5 milhões de internautas. Esses dados fizeram do Brasil o quinto país do mundo
com maior número de conexões com internet. Parece pouco para a dimensão
territorial brasileira mais esses números a cada dia somente aumentam. Sem dúvida
a internet revolucionou a forma como as pessoas se comunicam e se relacionam
proporcionando formas diferentes de integração entre as pessoas como nenhuma
outra invenção havia conseguido antes.

“Nem o rádio, nem a televisão, nenhum outro meio foi ou é tão


revolucionário para a comunicação quanto a internet. E olha que estamos
apenas começando. A internet como sabemos, ainda é nova. Sua
massificação, pelo menos aqui no Brasil, não chaga a 20 anos. Mesmo
assim, a revolução é muito, muito poderosa.” (CESAR, 2008, p. 72)

Além de entretenimento e pesquisa, a internet constitui um meio


importantíssimo de informação. Segundo dados levantados pelo Ibope/NetRatings
em junho de 2008 a categoria que apresentava maior crescimento de acesso na
internet foram “notícias e informações” com acréscimo de 8,88% em relação à 2007
tendo uma média de 7,11 visitas por pessoa. Esses números mostram as
possibilidades de atuação do Design na internet como diferencial e meio facilitador
de transmissão de mensagens e informações levando-se em consideração que o
Design também é uma prática comunicacional que facilita a compreensão do

8
Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo TCP/IP que permite
o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços,
incluindo os documentos interligados por meio de hiperligações da World Wide Web, e a infraestrutura para suportar correio
eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos.
(<http://pt.wikipedia.org/wiki/Internethttp://pt.wikipedia.org/wiki/Internet>, acessado em 02/05/2010)
9
O IBOPE Nielsen Online é uma joint-venture entre o IBOPE e a Nielsen, líder mundial em medição de audiência de Internet.
Com o auxílio de um software proprietário, instalado em um painel de internautas representativo da população domiciliar
brasileira com acesso à Web, a empresa detalha o comportamento dos usuários do meio digital.
(<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=PortalIBOPE&pub=T&comp=Grupo+IBOPE&d
b=caldb&docid=8C071AB5DCD38C2183256E890068EDF0> , acessado em 09/05/2010)
17

conteúdo ou ideia no qual um cartaz, um texto, um livro ou até mesmo uma revista
pode estar tentando transmitir, através de seu projeto gráfico.
A internet permite a facilidade de publicação e compartilhamento de imagens,
textos, arquivos e mensagens entre os usuários, dentre os arquivos mais comuns
que são utilizados para publicações o formato PDF é um deles. PDF é uma sigla
para Portable Document Format. É um formato de arquivo criado pela Adobe 10 tendo
como diferencial por ser um formato de arquivo de padrão aberto, multiplataforma,
ou seja, é um formato reconhecível e imprimível em praticamente todos os sistemas
operacionais e além de ser um formato seguro garantindo a integridade das
informações como: texto, cor, imagens, vídeo, 3D, mapas e gráficos que a ele esteja
inserido. (ADOBE. Disponível em: <http://www.adobe.com/products/acrobat/?
promoid=BPDDU>. Acessado em 09 mai 2010)

2.7 - Imagem
Dentro do design, como uma prática comunicacional, podemos citar a
importância da imagem e o poder e fascínio que ela exerce nas pessoas. A imagem
consegue produzir em nós não somente um “maravilhamento que vai da simples
constatação de verossimilhança até a admiração estética mais profunda” (SALLES,
2009, artigo para o site MnemoCine). Somos seres visuais e “as imagens são feitas
para serem vistas” (AUMONT, 2002, p. 80.). As imagens possuem uma função
quando aplicadas em uma revista, não é aleatório e sem sentido o seu uso. Jacques
Aumont(2002), professor e pesquisador, revela que “a produção de imagens jamais
é gratuita” e por isso podemos entender que o uso da imagem está vinculado a
alguma finalidade, seja ela individual ou coletiva. Aumont esclarece ainda que em
todas as sociedades o uso da imagem é muito explorado para fins de “propaganda,
de informação, religiosos e ideológicos” isso nos ajuda a entender o quanto uma
imagem é importante no momento de se transmitir uma mensagem.
A imagem na mídia impressa exerce muita influência em uma peça gráfica.
Durante muito tempo, os desenhos manuais eram muito utilizados para ilustrar
anuncio ou matéria, com a descoberta e avanço das ferramentas de trabalho as
opções se tornaram vastas: ilustração vetorial, fotos, ilustração manual, desenhos
em 3D, entre diversas outras técnicas de representação. O importante aqui é

10
A Adobe Systems é uma companhia norte-americana que desenvolve programas de computador com sede em San Jose,
Califórnia.
18

ressaltar que a função de uma imagem numa revista não é tomar o lugar do texto
mas sim completar. Na mídia digital, se tem outros recursos de utilização de
imagem, além de complementar o texto, pode-se ter imagens animadas valorizando
ainda mais o produto final.
A animação – técnica que permite passar a idéia de movimento através de uma
sequência de imagens, dar vida a objetos estáticos – é mais um dos “frutos” 11 que
surgiram com os avanços tecnológicos e descobertas humanas. A elaboração de
imagens em movimento através das técnicas de stop motion 12 , timelapse 13 ,
fotomontagens, filmagens, desenho animado, entre outras possibilidades, permite
criar um novo campo de interação do objeto com o observador abrindo portas para
novos campos de estudo para as artes gráficas.
Além de exercer fascínio nas pessoas as imagens contém valores que podem
se aplicar em três estágios. Rudolf Arnhein 14 (1969) propõe a seguinte tricotomia de
valores da imagem em relação com o real: valor de representação, valor de símbolo
e valor de signo. No valor de representação “a imagem representativa é a que
representa coisas concretas”, no valor de símbolo é a que “representa coisas
abstratas” e valor de signo é a que “representa um conteúdo cujos caracteres não
são visualmente refletidos por ela”, para esse último podemos citar como exemplo as
placas de sinalização. O valor das imagens está ligado às “produções propriamente
humanas” onde sempre busca-se “estabelecer uma relação com o mundo” seja
simbólico, epistêmico ou estético (AUMONT, 2002).

“O modo simbólico. Inicialmente as imagens serviram de símbolos; para ser


mais exato, de símbolos religiosos, vistos como capazes de dar acesso à
esfera do sagrado pela manifestação mais ou menos direta de uma
presença divina. [ ]
O modo espistêmico. A imagem traz informações (visuais) sobre o mundo,
que pode ser assim conhecido, em alguns de seus aspectos não-visuais.[ ]
O modo estético. A imagem é dedicada a agradar seu espectador, a
oferecer-lhe sensações (aisthesis)específicas. [ ] (AUMONT, 2002, 7ª Ed., p.
80)

11
O termo frutos é utilizado no sentido de produto final que se desenvolveu com o avanço da tecnologia.
12
Stop motion é uma técnica de animação que se baseia na sequência de fotos – quadro a quadro - feitas com o recurso de
uma máquina fotográfica.
13
Time-lapse é uma técnica fotográfica na qual o objeto em foco é fotografado em determinados períodos de tempo.
14
Rudolf Arnhein foi um psicólogo alemão nascido na cidade de Berlim em 15 de julho de 1904 vindo a falecer em 09 de junho
de 2007.
19

2.8 - Tipografia
Além da imagem, dentro de uma revista o texto também merece um destaque
especial no momento do planejamento gráfico da revista. Detalhes como estilo
tipográfico, tamanho do texto, mancha gráfica, leiturabilidade e legibilidade devem
ser levados em conta no momento do planejamento gráfico das páginas. Lucy
Niemeyer(2006) 15 , esclarece que a história da tipografia deve ser contada a partir da
caligrafia. Os livros, antes da invenção dos tipos móveis fundidos por Gutemberg,
eram escritos pelos monges e outros escrivãos, sendo que estes se tornaram
modelos para os livros impressos onde começaram a ser definidos padrões para a
disposição do texto.

“Apesar de os calígrafos não serem considerados tipógrafos, a história da


tipografia deve ser iniciada pela caligrafia. Do texto manuscrito ao livro
empreso, um longo caminho foi percorrido. Quando, no século XV,
Gutemberg desenvolveu a impressão com tipos móveis fundidos, no
ocidente, todo conhecimento que se dispunha, sobre forma das letras,
ortografia, organização visual da pagina etc. Vinham dos livros então
disponíveis – e eles eram todos escritos a mão por monges e outros
escrivãos. Dessa forma, o livro começou a ser produzido em serie a partir
do modelo que veio a ser estabelecido pelos que foram manuscritos.
Nesses, já haviam sido ensaiadas variações para, a partir delas, ser
definidos padrões de proporções de pagina, quantidade de texto por pagina,
comprimento de linha, margens etc, que, ate o presente, norteiam boa parte
das publicações.” (LUCY NIEMEYER, 2006, p. 19)

A tipografia exerce muita influencia numa página. “A performance tipográfica


deve revelar a composição interna, não substituí-la (BRINGHURST, 2004, p. 28).
Tipografia é “o elemento fundamental do projeto gráfico” (MARCELI, 2006, p. 31). O
conceito de tipografia é resumidamente a arte e o processo de criação na
composição de um texto, física ou digitalmente. Os tipos surgiram “pela necessidade
de transcrever a língua falada” (NIEMEYER, 2006). A escolha correta da tipografia
visa facilitar a leitura e a compreensão e para isso devem ser considerados sua
capacidade expressiva e os detalhes técnicos. Existem diferenças entre as fontes
sendo algumas mais adequadas para meios digitais e outras para meios impressos.
Dentro do planejamento do projeto gráfico deve-se levar em consideração alguns

15
Lucy Niemeyer é Doutorado em Comunicação e Semiótica, PUC-SP, 2002; Mestrado em Educação, Universidade Federal
Fluminense, 1995; Graduação em Desenho Industrial, Esdi, 1972 (<http://www.esdi.uerj.br/graduacao/professores/lucy.shtml>,
acessado em 09/05/2010)
20

critérios ergonômicos para o uso da tipografia: legibilidade, leiturabilidade e


pregnância. A legibilidade, basicamente, é a qualidade tipográfica de um texto que
visa facilitar a leitura. Para Marceli (2006), legibilidade é “atributo de caracteres alfa
numéricos que possibilita que cada um deles seja identificável dos outros”
(MARCELI, 2006, pag.31). Por sua vez leiturabilidade é “o reconhecimento do
conteúdo da informação quando está representada por caracteres alfa numéricos
agrupados como palavras”. (MARCELI, 2006, pag.31). Com isso pode-se dizer que a
leiturabilidade é a qualidade tipográfica que permite às pessoas reconhecerem e
interpretarem as palavras, as frases. A pregnância, outro fator importante, é o
contraste dado ao texto seja em relação ao fundo ou em relação ao próprio texto
como “variação do corpo, entrelinhamento, peso, inclinação, indentação” (MARCELI,
2006, pag.31) sempre buscando clareza do processo de comunicação da
mensagem.
A tipografia na mídia impressa pode ser utilizada com e sem serifa 16 ,
observando sempre a produção do jornal, revista ou livro pois alguns desses tipos
tendem a fazer impressão com problemas de registro devido ao tamanho ou ao peso
escolhido. Tipicamente, tipografias serifadas são usadas em blocos de textos como
em revistas, jornais e livros impressos, pois as serifas tendem a guiar o olhar através
do texto.

“O ser humano lê palavras ao invés de letras individuais, assim as letras


serifadas parecem juntar-se devido aos seus prolongamentos, unindo as
palavras, por outro lado, os tipos sem serifa costumam ser usados em
títulos e chamadas, pois valorizam cada palavra individualmente e tendem a
ter maior peso e presença para os olhos.” (Wikipedia. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Serifa>. Acessado em 02 mai 2010)

A mídia impressa, há séculos, é uma das ferramentas mais poderosas de


divulgação de massa, segundo a história, o jornal mais antigo de que se tem
conhecimento remonta da década de 50 a.c. Também conhecida como mídia offline,
o qual se refere-se particularmente às matérias. De caráter publicitário ou
jornalístico, o meio impresso pode ser aplicado em diversos veículos de

16
Serifas são, na tipografia, os pequenos traços e prolongamentos que ocorrem no fim das hastes das letras. As famílias
tipográficas sem serifas são conhecidas como sans-serif (do francês "sem serifa"), também chamadas grotescas (de francês
grotesque ou do alemão grotesk). A classificação dos tipos em serifados e não-serifados é considerado o principal sistema de
diferenciação de letras. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Serifa>. Acessado em 19 jun 2010.)
21

comunicação como jornais, revista, tablóides, informativos, anuários , entre outros.


Estes materiais ainda podem ser feitos em diversos papéis, plásticos, adesivos,
variando se em tamanho, cor, acabamento e efeito.
A mídia digital no sentido mais amplo, pode ser definida como o conjunto de
veículos e aparelhos de comunicação baseados em tecnologia digital. Permitindo a
distribuição ou comunicação digital das obras intelectuais.
No caso da tipografia para a mídia eletrônica deve ser observada questões
como a legibilidade e leiturabilidade. No monitor, as características para leitura
requer cuidados redobrados pois a leitura pode ficar comprometida forçando desta
forma a visão prejudicando-a.

2.9 - Design promocional


Uma revista, assim como outros produtos gerados pelo Design Gráfico, depois
de elaborada e projetada precisa ser lançada no mercado, pois é preciso se chegar ao
público para o qual ela foi projetada. Para tanto é necessário o uso de ferramentas
estratégicas essenciais para que se garanta a eficácia da publicação. O marketing é
uma das estratégias mais utilizadas quando se fala em produto e consumidor.
Antônio Roque Costa e Talarico (1996) citam Kotler ao definir marketing:

“O significado de marketing não é mais entendido, simplesmente, como


sinônimo de venda e/ou comunicação. O marketing moderno compreende
um conjunto de atividades empresariais que visa à satisfação das
necessidades e dos desejos de um, ou vários mercados, através da oferta
de produtos e serviços, por meio de um processo de troca.” (Kotler)

Marketing não se restringe somente a forma como o produto se apresenta na


prateleira, mas abrange todo o processo que envolve um produto ou serviço desde
sua concepção até chegar ao consumidor. Ainda segundo os mesmos autores, as
ações de marketing envolvem “desde a preparação e o lançamento de um produto
até o seu eventual declínio”. (1996, pág. 15)
A concepção de produto, segundo o Dicionário Priberam, é aquilo que foi
produzido, obra, efeito de produzir. Dentro do marketing, produto é todo bem
ofertado com o objetivo final de ser consumido satisfazendo a necessidade ou
22

desejo. Tem uma ligação direta com “bem de consumo”. Para Costa e Talarico
produto é:
“O conceito de produto como “bem” orienta-nos para a idéia de produto
físico, como: lâmina de barbear, perfume, automóvel, biscoito, etc. No
entanto, a continuação da definição abre-nos um horizonte mais amplo,
possibilitando-nos entender que tudo o que possa atender a uma
necessidade, ser adquirido, satisfazer a um desejo e ser objeto de troca ,
pode ser considerado um produto.” (COSTA, Antonio Roque e TALARICO,
Edison de Gomes. 1996, pag. 24)

Desta forma, uma revista é um produto, pois visa satisfazer e atender uma
necessidade ou desejo, além de significar objeto de troca.
O marketing, como conhecemos hoje, vem desde a segunda Guerra Mundial
onde as indústrias dos países que participaram da guerra passaram a direcionar sua
produção em bens de consumo para a população (NIEMEYER, 2002). Para Carla
Niemeyer(2002), marketing e produção estão diretamente ligados, enquanto a
produção fornece os produtos, o marketing identifica ou cria os desejos de consumo
(NIEMEYER, 2002). Para Enderson Rafael, marketing não só significa “estudo de
mercado” como também “trata das ações que devem ser implementadas em um
negócio a partir disso” (RAFAEL, 2006).
O material promocional é um exemplo dessas ações. “O material promocional é
quase sempre fundamental no marketing” (NIEMEYER, Carla, 2002). Ainda segundo
Carla Niemeyer o determinante no tipo de abordagem do material promocional é a
natureza do negócio. E é aí que o Design entra codificando esta abordagem e
colocando em prática no material promocional.
“A natureza do negócio e a estratégia de marketing é que vão determinar o
tipo de abordagem do material promocional. Se será informal, inovador ou
tradicional, clássico ou inusitado. O enfoque escolhido é que definirá o tipo
de papel a ser utilizado, a tipografia a ser aplicada, o acabamento, o
enquadramento de fotos, as cores utilizadas, o sistema de distribuição a ser
empregado, e por aí vai.” (NIEMEYER, Carla, 2002, pag. 37)

O material promocional nada mais é do que peças destinadas a distribuição


que vise a promoção comercial de uma empresa, produto ou ideia.

“Se considera material promocional os folhetos, slides, fitas de vídeo,


panfletos, revistas, cartazes, guias, fotografias, mapas ilustrados ou outros
similares que sejam destinados a utilização ou distribuição de forma gratuita
em feiras, exposições, congressos, workshops ou qualquer atividade
turística, cultural, educativa, desportiva, religiosa ou de promoção
comercial.”
(<http://www.mercosur.int/msweb/Normas/normas_web/Resoluciones/PT/94
115.pdf>, acessado em 09/05/2010)
23

Com base no conteúdo apresentado compreende-se que o processo de


aprofundamento nos temas mencionados acima pode ser bastante complexo e
melhor aprofundado. Todavia, a equipe considera que o explanado até o momento
seja o suficiente para que o leitor compreenda o fundamental para acompanhar a
proposta deste projeto. Mais detalhes serão incluídos à medida que as etapas de
desenvolvimento forem caminhando.
24

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 - PESQUISA DE CAMPO

O processo de pesquisa baseia-se na construção de conhecimento a


partir de atividades planejadas, orientadas e desenvolvidas para esse intuito.
Objetivando uma maior fundamentação no momento da produção as
pesquisas de campo são muito úteis, pois permitem medir e avaliar situações
fundamentais ao direcionamento do projeto. Diversas pesquisas foram efetuadas
buscando compreender o universo que abarca a construção de uma revista voltada
para o meio digital.

3.1.1 – Entrevistas
Um dos métodos utilizados foi a coleta de informações via formulário de
entrevistas, o que facilitaria a avaliação e organização dos resultados. Pensando
nisso, foram distribuídas fichas de entrevistas entre estudantes, professores,
empresários e profissionais da área da comunicação visando entender e captar
informações que pudessem ser úteis no momento da produção. Entre os dias
19/07/2010 e 05/08/2010 foi distribuído entre alunos, professores, profissionais da
área de comunicação e empresários, ficha de entrevista para levantamento de
dados que serviriam de apoio para elaboração e conceituação do projeto em
questão. O formulário encontra-se na parte dos anexos deste memorial contendo 10
questões com opções de escolhas das resposta. Foram entrevistadas 100 pessoas
durante esse período. O formulário encontra-se na parte dos anexos deste memorial.
As respostas foram lançadas em planilha onde pôde-se analisar detalhadamente os
resultados da entrevistas.
Pergunta 1: você sabe o que é uma revista digital?
Do total dos entrevistados, 98% das pessoas responderam sim à pergunta
número 1, ou seja, a maior parte das pessoas conhecem ou sabem o que é uma
revista digital.
Pergunta 2: Você utiliza este tipo de revista?
Nesta pergunta, 70% das respostas foram sim, indicando que uma
parcela considerável das pessoas se utiliza, de alguma forma, deste modelo de
revista.
25

Pergunta 3: Você costuma salvar este tipo de revista para acervo


próprio?
O resultado para esta pergunta apontou uma tendência das pessoas em
manter acervo próprio deste tipo de mídia. Dos entrevistados, que disseram sim á
pergunta anterior, 75% responderam que costumam salvar as revistas.
Pergunta 4: Você tem alguma dificuldade em ler este tipo de revista?
Pergunta 5: Caso a resposta a pergunta 4 seja afirmativa, quais as
dificuldades encontradas?
Um dado interessante foi obtido na pergunta 04 onde 80% das pessoas
responderam não sentir dificuldade em ler este tipo de revista. Dos 20% que
responderam sim à pergunta, pôde-se observar uma tendência de cansaço na leitura
por ler diretamente no monitor, pouca ou nenhuma interatividade, arquivos pesados
demais, tipografia muito pequena uma vez que muitas das revistas a que estas
pessoas têm acesso são somente arquivos digitais dos modelos impressos e falta de
movimento no uso das imagens como informado na pergunta 05.
Pergunta 6: Qual revista digital você tem mais acesso?
Na pergunta 06 a maior parte das pessoas respondeu que tem acesso a
revista Computer Arts. Na pesquisa contatamos que essa revista possui versão
digital para Ipad 17 e que o arquivo disponibilizado pela internet, na verdade, é a
versão impressa em formato de arquivo com extensão e-Pub 18 .
Pergunta 7: Você conhece o site ISSUU.COM?
A pergunta número 07 foi formulada para saber se os entrevistados
conheciam o site issu.com. Este site possui um acervo extenso de revistas digitais e
disponibiliza de forma gratuita para os usuários, além disso é possível que o próprio
usuário publique sua própria revista no site. A maioria dos entrevistados não
conhecia este site. Muitos demonstraram curiosidade e ficaram surpresos ao saber
do conteúdo do site.
Pergunta 8: Em uma revista digital onde o assunto principal gira em
torno do tema Design, quais assuntos deve conter?
As respostas obtidas na pergunta 08 serviram de apoio para traçar o
conteúdo da revista. A maior parte dos entrevistados marcou portfólio como assunto

17
Ipad é um tablet criado pela Apple com a função de ser também um leitor de publicações digitais.
18
E-Pub é um formato de arquivo destinado para publicações editoriais digitais geralmente reconhecido pela maioria dos
leitores digitais como o Ipad, por exemplo.
26

que deve conter na revista, seguido de design versus cultura, tecnologia, tipografia,
design corporativo e design social. As outras opções obtiveram resultados muito
similares. É interessante frisar o resultado desta pergunta onde a maioria dos
entrevistados marcou o assunto portfólio o que pode demonstrar um interesse das
pessoas em saber e conhecer sobre as produções que estão sendo feitas, os
estilos, as tendências e inspirações mais utilizadas.
Pergunta 9: Como você avalia a importância de uma revista, que
aborde o assunto Design e que seja editada na região?
A nona pergunta demonstrou uma boa aceitação das pessoas em relação
a edição de uma revista regional que fale de Design.
Pergunta 10: como sugestão de nome para a revista você avalia que
o mesmo deve estar relacionado a que?
Por ultimo os entrevistados demonstraram que design deve ser o tema do
nome da revista e como segunda opção, pela maior indicação, cultura, ou seja, uma
revista que fale de design abordando a realidade regional, para facilitar o
entendimento das pessoas o seu nome deve ter uma relação direta com design e
cultura.
Diante dos resultados obtidos e apresentados, constata-se que o público
entrevistado demonstra uma boa aceitação deste tipo de revista e que já tem
contato, com este estilo de publicação que é distribuída via internet e acaba sendo
“consumida” via tela de computador. Observa-se uma grande tendência e interesse
das pessoas em manter um acervo próprio de revistas digitais para eventuais
consultas. Constatou-se também que a maioria das revistas que são distribuídas não
foram projetadas e produzidas para atender as necessidades de leitura via monitor.

3.1.2 – Análise de projeto gráfico de revistas


Também foi feito levantamento e análise de duas revistas que são
distribuídas através da internet como revistas digitais. Esta seleção serviu de base
para se compreender e comparar o que há de produção no mercado. As revistas
escolhidas são a new Web Pick e o Caderno de Tipografia. Estas duas publicações
são bastante conhecidas da área além de serem referencias de conteúdo.
A revista New Web Pick, é uma publicação internacional criada em 2001 e
sua primeira publicação como revista digital foi lançada em 2004 gerando 1,8
milhões de acessos em sua primeira edição digital. A revista é publicada em inglês,
27

devido a sua difusão mundial com periodicidade mensal e público-alvo com faixa
etária entre 22 a 45 anos. A publicação tem como assunto temas como: publicação
digital, design de produto, design industrial, design de interiores, fotografia,
animação, ilustração, design gráfico e temas afins. A revista é uma publicação
periódica distribuída em duas versões uma versão grátis (free) no qual contém
apenas parte do conteúdo total da versão paga (full) no qual é destinada a
assinantes. A publicação é distribuída na internet em formato executável através do
site www.newwebpick.com.
A publicação apresenta em sua linha editorial uma estrutura geral formada
predominantemente por artigos relacionados a área da “industria criativa”, além de
assuntos relacionados as áreas de comunicação e design o que torna a mesma uma
ótima fonte de referencias visuais já que também apresenta em media 30 novos
designers ao redor do mundo por edição.
O sumário apresenta sempre 10 links para as matérias afins de cada
caderno no qual representa. A revista possui áreas destinadas à publicidade em seu
conteúdo no qual não mantém um padrão entre as edições.
A revista é diagramada em um formato similar ao de uma revista impressa
em seu conteúdo, porém o arquivo disponibilizado é um arquivo executável o que
dificulta a execução em alguns dispositivos e não possuindo a opção para impressão
caso o usuário sinta essa necessidade. O formato do arquivo permite algumas
formas de interatividades básicas e ferramentas no qual ajudam em alguns fatores
sua visualização como o ajuste ao formato do monitor e outras formas de
acessibilidades, porém a mesma age como um cd-room, com introdução de áudio e
outras características únicas que apenas um arquivo executável permite.
Em sua capa podemos notar um padrão de logotipo e fonte e composição
quanto à chamada presente no conteúdo trazendo sempre o nome da revista a
edição em uma vinheta padrão entre as edições, a matéria principal da edição e
mais quatro chamadas para cadernos fixos que se encontram presentes em todas as
edições.
O sumário apresenta sempre os 10 cadernos com suas respectivas
matérias com links para os mesmos.
O conteúdo é dividido em cadernos e reportagens afins a área da
“indústria criativa”. A revista possui cadernos definidos em uma ordem padrão entre
28

as edições. Os anúncios publicitários que se encontram nas publicações estão


presentes entre as matérias e em um caderno especifico apenas para anúncios. O
numero médio de paginas das edições é de 170 paginas na versão free na qual
tivemos acesso.
As paginas de conteúdo da revista possuem uma vinheta superior
contendo um padrão tipográfico com uma fonte serifada em caixa alta com apenas
variação entre bold e regular, contendo nome da revista, numero da publicação, e
caderno no qual o leitor esta situado, há também a presença de um traço vertical
separando o nome da revista para a edição e caderno, a numeração de paginas se
faz presente no rodapé na mesma fonte da vinheta com dois pontos guardando a
numeração.
É respeitada uma guarda nas margens laterais externas, nas margens
superior e na margem presente no rodapé. Nota-se também o uso de uma coluna
por pagina, em alguns momentos a diagramação é trabalhada de forma diferente,
procurando uma composição diferente, porém em sua maioria as linhas são muito
extensas contendo um alto numero de caracteres o que deixa a leitura pesada e
cansativa devido ao grande numero de caracteres por linha.

Tela de uma das páginas da revista Grid da tela

A fonte padrão utilizada para textos corridos é uma fonte sem serifa, em
notas e pequenos textos e títulos é utilizado a mesma fonte do texto corrido
contendo porem algumas variações de corpo e peso.S egundo Heric Dehon as
fontes com serifa em monitores não são muito viáveis pois dependendo do tipo de
características técnicas do tipo como a serifa e variação da espessura dos traços e
29

do monitor no qual ela será exibida a fonte pode vir a apresentar serrilhamento
causando ruídos e cansaço durante a leitura. Já algumas fontes sem serifa são mais
adequadas que outras em mídias digitais devido a um ajuste de hinting automático
presente em fontes especificas para mídias digitais é o que diz Fabio Haag
typedesigner e diretor da Dalton Maag na América do Sul.
Percebe-se também nesta edição de numero 28 que a mesma não
trabalha um padrão quanto às imagens vindo a ocupar momentos páginas inteiras,
momentos parte da matéria ou em alguns momentos a imagem é trabalhada como
background. Nota-se também que os cadernos são separados sempre por duas
paginas na cor preta com o nome da mesma apenas tornando este um padrão.
Os títulos das matérias não possuem um padrão tipográfico nem de
tamanho e em alguns momentos o titulo ocupa toda uma pagina e em outros isso
não ocorre.
Na publicação podemos perceber também elementos de interatividade
como vídeos, links e botões do índice, e outras interatividades como áudio e ajuste
da revista ao formato da tela do computador.
Diante do apresentado da revista digital NewWeb Pick conclui-se que a
mesma se mostra eficiente quanto a interatividade no qual uma mídia digital pode
lhe trazer porém, algumas características em seu projeto gráfico deixam a desejar
quando se trata de leiturabilidade, compatibilidade e usabilidade quando se fala da
grande diversificação de dispositivos digitais no qual não tem extensão para
arquivos do tipo executável, e também que a mesma não permite a seu leitor a
opção de imprimir o seu conteúdo, seu corpo de fonte se mostrou inviável pois a
leitura fica cansativa, lenta e difícil.
O Caderno de Tipografia e Design também foi outra publicação analisada.
É uma publicação portuguesa criada por Paulo Heitlinger, e redigida pelo mesmo
com a abertura para participação de colaboradores. Os cadernos são publicados em
português, e parcialmente também em castelhano, galego ou catalão, dirigem os
seus temas a leitores em Portugal, Brasil, Espanha e América Latina. A publicação
tem como assunto os temas Tipografia, o typeface design, o design gráfico, e a
análise social e cultural dos fenômenos relacionados com a visualização, edição,
publicação e reprodução de textos, símbolos e imagens. Os Cadernos de Tipografia
não professam qualquer orientação nacionalista, chauvinista, partidária, religiosa,
30

misticista ou obscurantista. A revista é uma publicação periódica distribuída


gratuitamente através do site www.tipografos.net/cadernos em formato PDF.
A capa da revista é sempre uma chamada para o tema de maior
importância na publicação. A partir da 4ª edição do periódico sempre se vê presente
o sumario e ficha técnica. O conteúdo é dividido em uma media de 12 artigos e
reportagens afins a área de Design Gráfico. A revista não possui nenhum tipo de
caderno ou seção definindo a localização dos temas, os anúncios publicitários que
se encontram presentes vem sempre na ultima pagina da edição.O numero médio
de paginas a partir das primeiras edições foi aumentando até Alcançar uma media
de 46 paginas por edição. A revista não possui um padrão de logotipo em sua capa,
variando de acordo com o tema apresentado na edição, mantendo sempre presente
na capa o nome da edição o nome da revista e a data.
A revista é diagramada em um formato A4, o que facilita a sua impressão
porem dificulta a leitura em tela pois a fonte fica em corpo pequeno e sobram
espaços laterais em telas widescreen, e quando ampliada para suprir este espaço se
cria uma longa barra de rolagem. A revista possui uma vinheta superior contendo um
padrão de cor em tom de amarelo, onde segue o padrão na ordenação dos textos
(Nome da revista, numero da publicação, data, e página) todas as paginas da revista
respeitam uma guarda padrão no lado esquerdo da pagina protegendo o texto caso
o usuário queira encadernar o impresso. Nota-se também o uso de três colunas
sendo duas de mesma largura e uma terceira mais estreita. As colunas são
utilizadas de diversas formas diferentes mesclando colunas e procurando uma
diagramação diferente, o que em algumas aplicações dificulta a leitura devido o
grande comprimento de linha e eventualmente o grande numero de caracteres por
linha.
31

Capa das edições 01 e 11 do Caderno de Tipografia Tela e grid de uma das páginas do Caderno de Tipografia.

A fonte utilizada na revista é uma fonte padrão serifada para o texto


corrido,em notas e pequenos textos e títulos é utilizado uma fonte sem serifa com
variação apenas de tamanho. As fontes com serifa em monitores não são muito
viáveis pois dependendo da configuração e resolução dos monitores as fontes
podem vir a sofrer distorções e ruídos durante a leitura, já algumas fontes sem serifa
são mais adequadas para as mídias digitais que outras devido a um ajuste de hinting
automático presente em fontes especificas para mídias digitais. Percebemos
também que nesta edição a fonte da matéria principal foi alterada por uma que
representasse o conteúdo da matéria, porem em todo o resto ainda é mantido o
padrão de fontes. A revista possui um padrão cromático de background sempre
branco o que diminui o gasto de tinta, em contrapartida torna o layout mais cansativo
para leitura em monitor. A imagens presente na revista não seguem um padrão de
diagramação, momentos vindo em uma caixa, momentos sangrando a pagina porem
sempre respeitando a margem interna para encadernação. Alem de notável a
presença das imagens pode perceber também que em todo o seu conteúdo há uma
presença maior de textos do que imagens o que facilita na impressão e que também
não deixa a desejar quanto se diz a questão de atração e qualidade das imagens
empregadas.
Conclui-se contudo que a revista digital Caderno de Tipografia e Design
se mostra eficiente quanto a seu projeto gráfico sendo um projeto de fácil
identificação e personalidade, porem em nota-se que deixa a desejar quando
pensado em um meio digital, devido a sua legibilidade em monitores e demais
mídias digitais, já a ausência de interatividade que não está presente foi suprido com
32

uma diagramação de qualidade no qual permite que a mesma seja impressa, o que
projetos interativos não seriam possíveis serem impressos já que não há como
imprimir por exemplo um vídeo.

3.1.3 – Análise de capas de revistas


Uma questão importante dentro do projeto gráfico de uma revista é a
capa. A capa segundo alguns estudiosos é o cartão de visita de uma revista. Cabe a
ela a função de chamar a atenção do leitor. No meio impresso “é a apresentação da
revista nas bancas”, segundo Ribeiro(2003) que também destaca que muitas
pessoas são levadas a adquirir uma revista por conta da atração exercida pela capa
da revista. Por conta disso é apresentado uma análise comparativa de 2 edições de
capas de duas revistas diferentes mas com assuntos idênticos. Optou-se pela revista
ABC Design e a Revista Computer Arts.
A revista ABC Design surgiu em 2001 pelo designer Ericson Straub que
sentia a necessidade de registros em meio impresso da história e os valores do
Design e também algo que pudesse ser objeto de reflexão sobre a importância da
atividade. A revista é composta por artigos e matérias de designers atuantes. A
revista ABC Design é tida como uma dos mais importantes maios de discussão do
Design brasileiro.
A revista Computer Arts, por sua vez, é uma publicação impressa tendo
inicialmente sua versão inglesa sendo também distribuída e editada no Brasil. Seu
conteúdo é bastante diversificado tratando de assuntos relacionados ao Design
Gráfico e arte digital.
As capas escolhidas para análise são das edições número 23 e 33 da
revista ABC Design e as capas das edições 01 e 20 da Computer Arts .
A edição numero 23 é possível observar que é utilizada na capa um estilo
bem livre de ilustração utilizando tipografia que é o assunto principal da revista. A
ilustração é apresentada de forma centralizada na página de forma a conter bastante
destaque. Ainda na capa é possível observar que a marca da revista vem expressa
no canto superior esquerdo da página. Logo após a aplicação da marca é possível
observar a descrição do numero da edição e o valor da revista. Abaixo, no canto
inferior esquerdo, é possível observar o código de barras da revista e mais ao centro
a editora. Vale destacar que a capa desta esdição possui uma margem branca onde
dentro desta margem no canto superior esquedo observa-se a utilização de recursos
33

gráficos sob a forma de uma pequena paleta de cores que faz com que o olha seja
direcionado para este ponto. É interessante ressaltar ainda que este recurso fica
próximo da marca o que leva a concluir que mesmo a ilustração tendo um peso
grande devido sua utilização quase que total da página o leitor sempre será levado a
ver o logotipo da revista por meio deste recurso gráfico utilizado.
A edição número 33 da revista ABC Design possuía algumas
características idênticas da edição 23, porém o uso da margem branca não foi
utilizado, além de conter textos referentes chamadas de matérias. Referente a estes
textos é possível observar ao topo da página de forma centralizada a utilização de
uma chamada para entrevista. Um pouco abaixo encontra-se os meses que se
referem a edição da revista, o ano e o valor. Descendo um pouco mais a página,
temos a marca da revista padronizada nos mesmos moldes apresentados acima
juntamente com a ilustração que é centralizada. Na base da página é possível
encontrar um texto de destaque grande em relação aos outros onde é utilizada a cor
preto com texto em fonte sem serifa e ao lado mais duas chamadas em textos com
corpo de fontes bem menores. È possível obervas nas duas capas a utilização de
formas bastante orgânicas.
A marca da revista é apresentada no mesmo padrão tipográfico, mas
sempre variando sua escala cromática de acordo com o assunto abordado em casa
edição. Outras capas foram observadas e é possível verificar certa alternância na
utilização ou não de textos de chamadas na revista.
34

A capa número 1 da revista Computer Arts possui uma ilustração orgânica


ao centro com com a disposição dos elementos ao redor. É possível obserbar o
logotipo localizado no canto superior esquerdo da página e no lado direito duas
chamadas para matérias internas da revista. Abaixo da marca da revista possui uma
frase de impacto e o site da revista seguido do ano, número e valor da revista.
Aplicado em cima da ilutração do canto direito da página está a marca da editora
que publica a revista. No rodapé da página tem mais duas chamadas para matérias
internas da revista. Uma utilizando texto em um grande tamanho e outro ao lado
direito em menor tamanho com o acompanhamento de uma simples ilutração. A
edição número 20 da revista Computer Arts já apresenta um layout muito diferente
da edição analizada anteriormente. A marca encontra-se no canto superior esquerdo
mas com um redesign que a deixa mais sóbria com a aplicação de um circulo branco
que a deixa destacada dos outros elementos. Dentro deste circulo é possível
observar a presença de uma chamada simples para um artigo acima da marca e
abaixo nomes de alguns colaboradores da revista seguido do site, ano, mês e valor
da revista. As chamadas para as matérias foram reduzidas drasticamente tanto em
quantidade quanto em tamanho deixando a ilustração mais exposta. A ilustração por
sua vez ocupa toda a extensão da página continuando na contra capa da revista.
Outras edições foram buscadas onde pode-se observar uma padronização
semelhante a edição numero 20 da revista.
35

Diante da análise apresentada conclui-se que as revistas procuram de


uma forma ou de outra mesmo com a utilização de ilustração, destacar a marca da
revista mesmo de modo indireto. Além disso , geralmente, as ilustrações tem
sempre a ver com a matéria principal da revista. Outra característica bastantes
peculiar é a presença mínima de textos de chamadas optando por chamar a atenção
do leitor por meio das ilustrações conceituais.
Ainda, como pesquisa efetuada pela equipe foi feito levantamento de
referencial teórico em livros, revistas, vídeos e artigos como aprofundamento dos
estudos e melhor entendimento das fases de produção do projeto.
Também foi feito um levantamento dos nomes de revista existentes, além
de selecionar dentro de uma lista com diversas sugestões de nomes, o nome da
revista. O levantamento inicial de nomes foi feito com base nas publicações
existentes de revistas que circulam no Brasil, com conteúdos sobre Design quanto
outros assuntos.

3.2 - NOME
O nome de uma revista é o cartão de vista da mesma. Ele deve conter
algo que represente alguma coisa para quem compra. Segundo Mário
Persona(2007) esse “algo” pode ser até um “som poético ou agradável”. Ainda
segundo Mário Persona, em entrevista a Revista ForMobile, é importante decidir
antes de tudo que imagem o produto quer passar.

“...é importante que o fabricante decida primeiro que imagem pretende


passar para seus clientes. Sofisticação, inovação, conforto, praticidade,
juventude, tradição etc., são imagens que um nome pode criar na mente de
quem compra.” (http://www.mariopersona.com.br/entrevista_revista-
formobile_nomes-produtos.html. Acessado em 05 set 2010)

Outro ponto esclarecido por Persona é sobre escolhas de nomes errados


para produtos, pois pode criar no consumidor uma imagem negativa antes mesmo
do contato com o produto. Ressaltou ainda que é importante que “o nome do
produto evoque lembranças e associações” do lado de quem compra.
No portal PEGN-Pequenas Empresas Grandes Negócios encontra-se
uma publicação feita por Daniel Heise(2010) com dicas de como escolher o nome de
uma empresa dentre os diversos detalhes técnicos ligados a área de marketing e
publicidade encontra-se:
36

“Acredito que seja melhor facilitar a vida dos seus clientes-alvo


e tentar colocar no nome da empresa alguma indicação do que ela faz.
Nomes muito criativos, abstratos e palavras inventadas, são para quem tem,
ou terá recursos para ensinar ao mercado o que aquele nome representa.
Também acho importante que o nome possa dar uma ideia dos atributos
principais do negócio, novamente facilitando a vida dos futuros clientes e de
quem precisará entender o que sua empresa faz. Alguns detalhes menores
também ajudam: nomes curtos e simples costumam facilitar, enquanto que
nomes complexos, com muitas letras e até números, tendem a dificultar.”(
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI161845-17673,00-
OMO+ESCOLHER+O+NOME+DE+UMA+EMPRESA.html. Acessado em 05
set 2010)

Kotler(2004) seleciona alguns itens importantes que devem ser verificados


e que se encontram como qualidades desejáveis de uma marca como: sugerir algo a
respeito dos benefícios do produto, sugerir qualidade do produto, facilidade de
pronuncia, facilidade de reconhecimento e lembrança (nomes curtos ajudam), deve
ser inconfundível, não representar significados pejorativos em outras culturas.
Levando em consideração as referências buscadas e na pesquisa de
campo efetuada , procuramos, através do nome da revista passar o conceito
principal da mesma. Através da pesquisa efetuada constatamos que a maioria dos
entrevistados indicaram como tema para o nome da revista que o mesmo esteja
vinculado a design, ou seja, uma revista que fale de design deve ter o seu nome
relacionado a Design. Isso vai de encontro com o que diz os autores citados acima:
o nome deve estar relacionado com o produto. A partir da obtenção do resultado da
pesquisa a equipe elaborou um brainstorm 19 com vários nomes relacionados a área
do Design para uma seleção do mais viável e que se adequasse tanto a proposta do
projeto quanto aos resultados obtidos através das pesquisas e entrevista realizadas.
Cerca de 100 nomes foram listados como consta nos anexos. Dentre eles
destacamos os seguintes, após uma pré seleção que buscou atribuir valores dos
nomes relacionando-os à proposta da revista. São eles: Up Design, Oitis, Rough,
Pocar, Ciclo e Traço. Os nomes listados possuem relação com o Design e a cultura
local da região. O nome escolhido foi rough(lê-se râf). A palavra rough é um adjetivo
que vem do inglês que significa rude, grosseiro, áspero. No Design Gráfico esta
palavra é associada aos primeiros rabiscos da idéia de um projeto sendo sinônimo

19
O brainstorm (literalmente: "tempestade cerebral" em inglês) ou tempestade de ideias, mais que uma técnica de dinâmica
de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo - criatividade
em equipe - colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados. (Braisnstorming. Wikipedia. Disponível em <
HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/brainstorming>. Acessado em 05 set 2010)
37

de rascunho. A palavra rough, no uso informal, ganha uma leitura e escrita


“abrasileirada” tornando-se desta forma escrita e falada como rafe. Rafe é uma
palavra de leitura rápida e forte, com som agradável. Ainda possui característica de
ser uma palavra curta, o que para alguns estudiosos isso facilita o reconhecimento
pelas pessoas e difusão da marca. O rafe ou rough no Design Gráfico é bastante
utilizado entre os profissionais, pois é uma forma de esboçar as idéias iniciais de um
projeto sem compromisso estético a partir de traços “grosseiros” sem acabamento. A
equipe optou para que o nome da revista tivesse o nome na forma “abrasileirada”,
pois isso facilita ainda mais a identificação das pessoas para com o produto uma vez
que o nome vem escrito da mesma forma com que é falada. Outra característica do
nome é que ele vem no plural: rafes. Isso se deve ao fato da revista conter diversos
temas que são tratados internamente, ou seja, a revista trabalha em cima de vários
cadernos que abordam assuntos diferentes e devido a essa multiplicidade de
assuntos da área o plural se faz necessário e se torna adequado para a revista. O
nome rafes também demonstra a característica do projeto inicial da revista que é
trabalhar assuntos de design valorizando a cultura regional onde a revista foi
elaborada. Da mesma forma que rafes são os primeiros traços de um projeto para
posteriormente serem trabalhados e amadurecidos a revista também nasce com
esse intuito de ser trabalhada e amadurecida a cada edição. A imagem que a revista
quer passar é de inovação não esquecendo o lado técnico e seriedade que uma
revista deve passar. Os meios digitais vieram para facilitar a vida das pessoas e
novas formas de difusão de informações são disponibilizadas a cada dia. Para que
cada forma seja realmente útil para as pessoas primeiramente ela deve ser pensada,
trabalhada, projetada e o início de um projeto bem elaborado sempre começa pelos
roughs ou rafes.

3.3 - MARCA
Levando em consideração o contexto da revista que tem o intuito de
divulgar a produção local do Design Gráfico, o seu conteúdo que visa abordar temas
relacionados ao Design Gráfico, marketing e cultura regional de artes gráficas,
buscou-se elaborar um logotipo que abordasse visualmente estes conceitos além de
atribuir valores estéticos para a mesma. A partir das pesquisas levantadas através
dos formulários de entrevistas, livros, internet e a definição do nome da revista,
38

partiu-se para a elaboração do logotipo da revista. É comum em todo projeto, o


cumprimento de algumas etapas que são de grande importância no resultado final
do produto. Na área de comunicação, em especial a comunicação gráfica, uma
dessas etapas é a elaboração do “ rough” que é um tipo rascunho permitindo uma
maior clareza no esboço das idéias além de ajudar a facilitar a definição de detalhes
para a produção e finalização.
A partir da definição do nome Rafes para a revista por meio das
pesquisas apresentadas anteriormente a equipe pôde partir para a elaboração do
projeto gráfico do logotipo da revista. Rafes que é um anglicismo 20 da palavra rough,
em outras palavras é a pronuncia e escrita da leitura da palavra rough para o
português, valorizando a cultura regional e profissional do Design Gráfico e
atribuindo valores emocionais por meio do nome da revista uma vez que o rough(ou
rafe) é uma etapa crucial que acompanha todo e qualquer projeto gráfico que os
profissionais de comunicação utilizam.

3.3.1 - Símbolo
O logotipo criado possui característica mista composto de um símbolo e
logotipo. O Símbolo por sua vez está apoiado no conceito do próprio nome da
revista.

20
anglicismo e um vicio de linguagem onde a língua inglesa é introduzida a outra língua.
39

Logotipo finalizado

Nele buscou-se expressar o conceito do rough onde temos o desenho do


“erre” como um rascunho apresentado somente em linha de traço bem grosseiro e
sem acabamento.

Traço
40

Além deste traço mais rústico, pode-se observar também a presença de


traços comumente utilizados no desenho técnico. Estes traços possuem
características bem peculiares que são uma reta na horizontal e outra na vertical
trazendo movimento em todas as direções, sendo um aspecto de dimensionar como
que determinando medidas da forma gerando dinamismo e demonstrando que o
Design possui expressividade, criatividade, estado da arte, mas também
conhecimento técnico preciso. Isto também reflete na proposta do conteúdo gráfico e
editorial da revista que é ser uma publicação atual, expressiva e criativa sem deixar
de lado o sentido técnico.

Retas características do desenho tecnico

Segundo o livro Dicionário dos Símbolos é atribuído ao número quatro um


forte simbolismo de universalidade.

“Desde as épocas vizinhas da pré-história, o 4 foi utilizado para


significar o sólido, o tangível, o sensível [...]. Na bíblia, e especialmente no
Apocalipse, este número sugere ainda a ideia de universalidade.”
(CHEVALIER, Jean. 2007, pag 759. 21ª Ed.)

Além disso ao número dois também é atribuído valor simbólico de


esforço, combate, movimento e progresso.

“O número dois simboliza o dualismo, sobre o qual repousa toda


dialética, todo esforço, todo combate, todo movimento, todo progresso. Mas
a divisão é o princípio da multiplicaçãobem como o da síntese.
(CHEVALIER, Jean. 2007, pag 759. 21ª Ed.)

Apoiado nestes conceitos as quatro retas carregam consigo a


representação da universalidade que uma revista busca abarcar. Especificamente da
41

revista Rafes o universo do mundo do Design Gráfico. Essas quatro retas possuem
um característica entre si: duas retas encontram-se na vertical e duas na horizontal.
As duas formas em que as retas são apresentadas possuem uma simbologia de
esforço no sentido de que é uma revista que está sendo lançada com uma nova
proposta no mercado, combate no sentido de se firmar num mundo tão globalizado
onde a disputa por novidades é constate, movimento por ser uma revista que não
quer “parar no tempo” e que procura acompanhar as tendências regionais e divulgá-
las e, por ultimo, progresso no sentido se tornar uma revista competitiva, agradável,
moderna e melhor a cada dia.
Estas quatro retas são distribuídas de duas formas: vertical e horizontal. A
linha vertical tem como simbologia a ascensão e o progresso, pois passa a idéia de
subida, crescimento. A revista Rafes nasce com esse intuito de crescimento a cada
dia. A linha horizontal por sua vez passa a idéia de continuidade, caminho a seguir
além claro de ter sido colocada uma acima e outra logo abaixo da letra “erre”
passando a idéia de suporte, ou seja, a trilha que deve ser seguida ou o caminho a
ser seguido pela revista que é de crescimento e progresso. Ao fundo das linhas e do
“erre” desenhado com traço temos um “erre” aplicado como “background”. Esse
“erre” possui característica de ser digital, ou seja, finalizado, mostrando com isso
outra principal etapa de uma criação que é a finalização. Portanto a marca Rafes
abrange em seu conceito desde a pesquisa, o conceito , o rough e a finalização de
um projeto para com isso chegar a um produto final de qualidade. A marca também
vem representar visualmente o conceito do projeto gráfico da revista que é ser um
meio de comunicação e informação da área do Design Gráfico sem perder sua
característica técnica e científica. A sobreposição dos “erres” fora de registro, tem a
intenção de trazer movimento e dinamismo à marca. Além disso, a utilização do
estilo caixa baixa (minúsculo) tem em sua forma um movimento diagonal de
ascensão, apresentado de forma sutil promovendo expressão de movimento e
expansão para a proposta.
42

Sobreposição dos R’s.

3.3.2 – Cores

Além dos traços e formas que compõe a marca a cor possui um enorme
valor estético, simbólico e funcional.

“O primeiro caráter do simbolismo das cores é a sua universalidade,


não só geográfica, mas também em todos os níveis do ser e do
conhecimento...” (CHEVALIER, Jean. 2007, pag 346. 21ª Ed.)

Foi escolhido a cor amarela que transmite o calor, luz, que esta associada
a prosperidade, e também é uma cor energética, ativa que transmite otimismo, além
de ser uma cor quente e tem forte associação com uma das principais
características da região, como o calor e a prosperidade. Esta cor está expressa no
“erre” que foi utilizado de fundo. A cor amarela também está associada a riqueza
tendo forte ligação simbólica com o ouro, sendo um dos principais valores que a
revista preza que é a divulgação da riqueza cultural do Design na região.
Outra cor que pode ser notada na marca é o preto. O preto é uma cor que
passa a sensação de seriedade para a marca. Esta cor tem forte ligação com o
projeto ainda no rascunho ou no rough que geralmente são feitos a lápis. O amarelo
e o preto geram um bom contraste de cores tornando-os atrativos visualmente.
43

3.3.3 - Tipografia

No logotipo foi utilizada a fonte Calibri que é uma fonte sem serifa. A fonte
Calibri foi escolhida por possuir algumas características que se adéquam à proposta
do projeto como contornos arredondados que demonstram uma melhor
diferenciação entre o “erre” do símbolo e o logotipo, uma fonte criada
exclusivamente para meios digitais além de possuir um bom contraste valorizando
ainda mais a marca e possuindo boa legibilidade.
A fonte Calibri é apresentada no logotipo em caixa alta 21 como forma de
oferecer contraste em relação ao “erre” apresentado no símbolo além de possibilitar
um maior peso visual à marca.

Disposição da tipografia

3.4 - MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

A construção do projeto gráfico da revista Rafes envolve não somente a


estrutura gráfica da revista, mas abrange também a parte de padronização da
aplicação da marca da revista. A marca será o cartão de visitas da revista permitindo
o reconhecimento pelas pessoas que a ela tiverem acesso. Para tanto, o manual de
identidade visual da marca tem o intuito de demonstrar de forma simples e objetiva a
normalização e padronização da aplicação da marca.

Apresentação
Este manual indica e orienta as aplicações da marca da Revista Rafes. Nele estão todas as
recomendações de aplicação da marca, suas combinações e também restrições. O manual foi
desenvolvido para que a comunicação visual da Revista Rafes tenha um padrão de utilização.

Aplicando sempre as regras contidas neste Manual a Revista Rafes torna sua indentidade visual
padronizada, agregando força e seriedade a marca.

A marca da revista Rafes, é composta por símbolo e logotipo.


21
Caixa alta é um termo técnico da área do Design Gráfico e da Tipografia utilizado para se fazer referencia textos escritos
Abaixo encontra-se
todos em maiúsculo. a marca da revista Rafes bem como suas aplicações.
44

Padrão cromático
As cores que são utilizadas na marca são preto e amarelo. A escala cromática é descrita
ao lado de acordo com os meios que for aplicada.
O padrão CMYK e Pantone são utilizados como referencia quando a marca for aplicada
em meios impressos. O padrão RGB serve de referencia quando a aplicação e
visualização acontecer em telas.
É imprescindível que aconteça a utilização da escala cromática de forma fiel a
apresentada.
45

Padrão tipográfico
São três as famílias tipográficas utilizadas neste projeto gráfico da revista Rafes.
A fonte Arial será padronizada para utilização no corpo das matérias da revista.
A fonte Calibri será utilizada no logotipo da marca.
A fonte Century Gothic será utilizada em títulos, vinhetas, subtítulos e créditos da
revista.

Usos incorretos
Para o bom uso e divulgação da marca deve-se evitar a alteração da marca seja por meio de
alteração de posição, achatamentos, alteração de cor, tipografias ou outros elementos que
possam desconfigurar o padrão aqui adotado.
46

Grade de construção
As Construções geométricas das identidades visuais servem como referência para a
marcação de ampliações, dos seus elementos onde não seja possível a reprodução
através de meios eletrônicos.

Redução
Para se manter a legibilidade da marca é importante observar ao tamanho
mínimo que a marca deve ser apresentada. Ao lado são apresentados as
reduções máximas que devem ser adotadas.
47

Área de proteção
Este espaço refere-se a área livre que deve haver ao redor da marca auxiliando
melhor destaque, legibilidade e reconhecimento da marca. Como referencia a atura
e largura “X” compreende ½ da linha horizontal que fica abaixo do símbolo.
48

Aplicação em tons de cinza e fundos variados


Quando a marca for aplicada em situação que não haja a possibilidade de aplicação em
policromia a mesma deverá ser apresentada da como apresentado ao lado.

Abaixo encontram-se algumas possibilidades de aplicação da marca em fundos


coloridos que não sejam padrão institucional.
49

3.5 - A REVISTA
A revista Rafes nasce com a proposta de ser uma revista digital específica
para ser lida por meio da tela do computador com a opção de impressão pelo
usuário. Com base nas pesquisas levantadas através do formulário de entrevista
pôde-se observar que boa parte das pessoas entrevistadas acessa algum tipo de
publicação distribuído de forma digital mantendo arquivos destas publicações. Além
disso, constatou-se que a maior parte das pessoas conhece ou tem acesso com
certa freqüência a este tipo de publicação mesmo muitos deles não terem sido
projetados, especificamente para leitura através da tela. Por conta disso percebeu-
se a necessidade de criação de uma revista que fosse projetada e distribuída
especificamente para leitura através do monitor além claro de disponibilizá-la de
forma que permitisse ao usuário a opção de impressão da revista. A revista Rafes
tem muito a acrescentar no mercado editorial onde o mesmo ultimamente passa por
grandes transformações com o advento do leitores de publicações digitais, também
conhecidos com e-books. Pensar uma publicação digital voltada para leitura em tela
é uma tarefa que requer atenção a muitos detalhes, ainda mais que este novo estilo
de leitura de livros e revistas está sendo ainda inserido na sociedade. Mesmo sendo
uma novidade para muitos é de se considerar que este novo estilo de leitura através
da tela vem sendo bem aceito pela sociedade gerando um campo de atuação
bastante promissor para a revista. No mercado editorial regional a revista Rafes
surge como único meio de publicação que aborda temas relacionados ao Design
Gráfico distribuído em meio digital, mas vale considerar que no mercado nacional
existem outras revistas que já se estabeleceram nesse sentido e a cada dia buscam
novas formas de chegar até seu consumidor. O assunto principal a ser abordado
pela revista Rafes é o Design Gráfico, bem como todos os assuntos relacionados a
área buscando valorizar sempre a produção regional além de apresentar também as
novidades que circulam nos grandes centros.
A revista Rafes cumprindo esse intuito de informação e divulgação de
produção regional representa um tipo de publicação técnica e de variedades voltada
para o público que se encontra na faixa etária entre 18 a 55 anos. A faixa etária é
bastante ampla, porém a revista com seu propósito de fortalecer o Design Gráfico
regional, esclarecer a respeito de suas possibilidades, apresentar ao empresariado o
50

potencial que o Design possui, e ao mesmo tempo servir de veículo para comunicar
os projetos locais, eventos, dentre outros conteúdos, permite que atenda a um leque
bastante ampliado de leitores. O perfil do público-alvo são pessoas que, geralmente
possuem nível de escolaridade a partir do ensino médio completo, são pessoas
jovens, com costumes bem peculiares da vida urbana. A profissão destas pessoas
está geralmente associada à área da comunicação como jornalistas, publicitários
bem como designers. Além destes profissionais a revista também é direcionada para
empresários de diversos setores da economia visando divulgação da profissão para
esses profissionais.
Inicialmente, é proposta para a revista Rafes uma freqüência de
distribuição trimestral obtendo ao final de 1 ano, quatro edições. Essa freqüência na
distribuição da revista se faz necessário mediante as características do conteúdo da
revista que é Design Gráfico e por conta disso tem-se um espaço de tempo
satisfatório para a diagramação da revista além de se conseguir matérias e
conteúdos.
A distribuição da revista acontecerá por meio da internet através da
disponibilização do arquivo em site próprio que poderá ser criado para a revista.
Deixa-se em aberto a possibilidade de criação de site para disponibilização do
conteúdo da revista que não é objeto de estudo do projeto em questão. Não há
como prever o alcance da revista por meio deste tipo de distribuição podendo atingir
a todo o território nacional e também mundial. Contudo, a equipe reconhece que
pode haver controle da distribuição por meio da contagem de downloads feitos pelos
usuários e que podem servir de base futuramente para se conseguir patrocínios,
venda de anúncios, índice de aceitação, dentre outras questões.
Os conceitos que a revista trabalhará podem ser resumidos em 04
palavras: profissional, técnico, artístico e atualidade. Profissional porque está
amparado em divulgar a profissão do Design Gráfico com base na produção regional
e novidades da área. Técnico, pois utilizará também em sua grade editorial artigos
de profissionais da área além de discutir novidades e apresentar novas propostas
relacionadas à profissão. Artístico por valorizar a cultura da arte que tanto tem a
contribuir para a profissão além de contribuir também para a revista no sentido de
informação e estética, também. E atualidade porque a revista se ampara no principio
51

de abranger idéias novas que visem favorecer a forma como o leitor se interage com
a revista principalmente se tratando de uma publicação para meio digital.
Vale ressaltar aqui a abordagem territorial que compreende a revista
Rafes. Todo seu conteúdo e projeto gráfico sendo pensado como uma forma
representar a cultura local da profissão valorizando o profissional. Com isso a revista
possibilita aos profissionais da região o que muitos estudiosos chamam de
“sensação de pertencimento”.

3.6 - PROJETO GRÁFICO


A revista Rafes, como qualquer outra publicação, busca levar informação
ao leitor proporcionando-lhe uma leitura confortável, facilidade no manuseio e
localização de assuntos e instigar interesse não somente em conteúdo como
também na sua forma estética.

“Cada página da revista deve atrair a atenção do leitor não


apenas pelo teor do assunto, mas também pela clareza do tipos[...] e pela
harmonia do conjunto gráfico.
Os elementos de composição das páginas devem manter uma
arquitetura gráfica e estética própria, visando a um equilíbrio harmonioso,
em que ilustrações e textos estejam perfeitamente entrosados, o que
despertará o prazer pela leitura e interesse pelo assunto exposto.”
(RIBEIRO, Milton. Planejamento Visual Gráfico. 2003. Pag 441)

Uma publicação editorial com conteúdo informativo, seja ela jornal ou


revista, mesmo sendo para um público diversificado com uma proposta original e
diversificada deve seguir alguns critérios já estabelecidos que auxiliam em sua
composição e estrutura. Capa, cadernos, vinhetas, títulos, subtítulos, fontes,
imagens, créditos, legendas, publicidade tudo isso facilita o entendimento do leitor e
permite uma melhor interação além de uma organização de conteúdo e forma que
por sua vez possibilita uma unidade estética para a revista. No caso da revista Rafes
que é voltada para leitura em monitor outras funcionalidades foram inclusas com o
intuito de facilitar a navegação do leitor como por exemplo: links e botões.
Ao projeto gráfico, com as definições de estrutura organizacional gera a
ordem dos conteúdos e forma, define a apresentação dos itens, cria o sentido de
Constancia, de unidade que são determinantes em uma peça gráfica, seja para o
meio impresso ou digital.
52

Além disso, é preciso considerar que a definição do projeto gráfico é o


que vem nortear o trabalho de quem irá diagramar cada edição de forma a manter
continuidade da publicação com o mesmo estilo e linguagem, garantindo uma
unidade visual. Além disso, ajuda a reforçar a confiança e credibilidade do leitor que
22
é poupado de “surpresas” a cada página lida ou navegada como é o caso. Abaixo
seguem os detalhamentos do projeto gráfico da revista visando dar mais
credibilidade à publicação, facilidade de leitura e unidade estética e de conteúdo das
informações.
Pensar em tecnologia digital é se embrenhar dentro de um universo vasto
de opções como por exemplo: computador, internet, TV digital, celulares, leitores de
publicações eletrônicas. Pensar projetos para esses instrumentos é um outro campo
que requer estudos focados para essas mídias. Apesar de serem meios midiáticos
distintos entre si acabam, por vezes, ganhando não somente “status” de simples
executores de tarefas e meios de comunicação, mas abarcam também a função de
meios de informação possuindo algo em comum para exibição da mesma: a tela. A
sociedade está cada vez mais envolta da necessidade de se informar. Pesquisas já
realizadas demonstram um elevado crescimento de pessoas que obtém acesso ás
informações em meios diversificados, como a internet por exemplo. Segundo dados
do Ibope, divulgados no corrente ano, foi registrado que em 2009 a parcela de 44%
da população urbana possui conexão com a internet, sendo que 34% acessa
diariamente a internet. Outro dado interessante que vale ressaltar é o aumento do
número de conexões móveis que saltou de 233 mil para quase 1 milhão e meio em
apenas um ano. Comprovando mais uma vez que o hábito das pessoas vem
mudando consideravelmente levando-se em consideração os somente 16 anos de
internet no Brasil. Com base nisso percebe-se que há uma necessidade cada vez
maior de projetos que visem contribuir para uma melhor interação homem-máquina.
Entende-se por interação a abrangência de conceitos ergonômicos inclusive em
relação à forma com que a mensagem é transmitida. Faz parte deste contexto a
tipografia que exerce forte influência na forma que a mensagem é transmitida ao
receptor. Diferentemente dos suportes impressos, a visualização e leitura em telas
requer certos cuidados e atenção a detalhes importantes que podem influenciar
diretamente na forma de transmissão da mensagem. Nielsen (2007), através de

22
Supresa é utilizada no sentido de mudança repentina de layout sem nenhuma conexão entra as páginas como se cada
página fosse feita por uma pessoa diferente.
53

seus trabalhos e pesquisas feitas no campo do design de websites, tem muito a


contribuir nas questões relativa à usabilidade que visa desta forma aprimorar a cada
dia uma navegação mais fácil e rápida. Apesar de Nielsen ter seu campo de
pesquisa e trabalho voltado para websites, seus conceitos são aproveitados para
este projeto no sentido de soluções para exibição em telas uma vez que a web
assim como uma revista está ancorada na combinação de texto e imagem. Dentre
as características das pesquisas efetuadas por Nielsen, Samir Ghaziri(2009) cita em
seu artigo sobre leitura em ciberespaço algumas que são aplicadas a este projeto
como: a) o texto deve conter palavras-chave destacadas; b)presença de subtítulos
significativos para atrair a atenção do leitor; c)estruturação do texto na forma da
pirâmide invertida, permitindo ao leitor interromper a leitura sem prejuízos da
informação; d)diminuição da quantidade de palavras em relação a uma publicação
impressa tradicional.
Ainda aproveitando as contribuições de Nielsen, é importante ressaltar
que um de seus estudos revela que a maioria dos usuários simplesmente não lêem
na tela. Segundo o estudo esses usuários utilizam um “sobrevôo” na tela em busca
de palavras ou sentenças que possam atrair sua atenção.
Outras características para projetos de leitura e visualização são
referentes a alinhamento do texto, número de caracteres por linha, estilos, tamanho
da fonte e entrelinha. No site da empresa Avellar e Duarte Consultoria e Design 23 é
possível encontrar algumas citações referente aos assuntos destacados. Além disso,
no site Portal do Marketing 24 também é possível encontrar algumas considerações
referentes a projetos voltados a essa especificidade como por exemplo: textos
alinhados à esquerda são mais fáceis de ler em tela do que textos centralizados ou
alinhados à direita; para trabalhos com diversas colunas uma média ideal é de 40 a
50 caracteres por linha; uso de estilos diferenciados de fonte como negrito (bold),
normal, itálico aumenta contraste principalmente em títulos e subtítulos.

23
A Avellar e Duarte Consultoria e Design é uma agência web localizada no bairro do Cosme Velho, Rio de Janeiro. Seu
escopo de atuação inclui desde o planejamento do projeto até a sua realização e publicação, procurando a valorização das
especificidades de cada produto, de forma que se reflita na sua qualidade e na experiência dos clientes finais. (QUEM SOMOS.
Avellar e Duarte. Disponível em <http://www.avellareduarte.com.br/quemsomos/quemsomos.htm>. Acessado em 05 out 2010)
24
Portal do Marketing é um site da web destinado ao estudo do marketing disponibilizando conteúdos relacionados ao
marketing, email Marketing, Online Marketing, Web Marketing, Internet Marketing, Administração de empresas, Liderança,
Psicologia, Vendas, consultoria, negócios e empresas. (PORTAL DO MARKETING. Disponível em
<http://www.portaldomarketing.com.br/>. Acessado em 05 out 2010)
54

3.6.1 A Capa
Segundo Ribeiro(2003), “capa é a apresentação da revista”. Por conta
disso, à capa deve-se dar total atenção no momento de sua elaboração. É através
da capa que o leitor mantem o primeiro contato com a revista. Por conta disso,
análises gráficas de capas de revistas foram feitas possibilitando um melhor
entendimento da contrução desta peça. Inicialmente a capa contem o mesmo
tamanho da revista que é de 1280 pixel X 800 pixel. Além disso a capa contem a
aplicação da do logotipo da revista. Por padrão o logotipo deve vir sempre do lado
esquerdo da tela. Acompanhado do logotipo deve vir a identificação do exemplar
padronizado em: trimestre/01/2010. Ao lado esquerdo da página deve vir o índice da
revista com as chamadas para as matérias. Este índice deverá conter links que
permitam ao usuário clicar e direcioná-lo para a página correspondente. Alem disso
o botão avançar página deverá conter na capa possibilitando ao usuário iniciar a
navegação na revista. O logotipo poderá ser utilizado nas versões horizontal e
vertical conforme a necessidade do layout conforme a cada edição da revista.
Além das características apresentadas acima, a capa em suas primeiras
edições, deve vir acompanhada de um pequeno manual de instruções que visa
orientar os leitores sobre como navegar pelas páginas. Este manual deve apresentar
os principais ícones e botões que consta na revista permitindo ao leitor e usuário
uma melhor experiência com a revista. O manual de instruções deve vir sempre do
lado esquerdo abaixo do logotipo da revista protegido dentro de um box. Caso venha
a se acrescentar mais ícones ou botões o mesmo processo deve se repetir.
55

3.6.2 - Vinhetas
A vinheta de identificação dos cadernos deve ser apresentada em fonte
Century Gothic tamanho 33 pontos para melhor identificação do usuário. O estilo das
vinhetas deve seguir ao padrão apresentado no item 3.6.9.

3.6.2 Cadernos
Os cadernos exercem uma função ímpar dentro de uma revista. Cabe aos
cadernos a divisão básica de uma revista para melhor orientação do leitor e uma
melhor distribuição de conteúdos de acordo com os assuntos abordados. Para tanto,
mediante pesquisa efetuada através de formulário de entrevista a revista passa a ser
composta, inicialmente por 06 cadernos que abrangem os seguintes assuntos:
portfólio, design&cultura&sociedade, tecnologia, variedades, design corporativo,
agenda.
Estes cadernos foram selecionados mediante as opções descritas pelos
entrevistados. Observa-se aqui um grande interesse das pessoas não somente pelo
Design em si, mas como o Design interfere e se relaciona, principalmente, com a
sociedade.
Dentro de cada caderno pode-se trabalhar diversos assuntos que tenham
alguma relação com os mesmos. Para facilitar a distribuição de conteúdo cada
caderno foi subdividido da seguinte forma:
• Portfolio: entrevista, mostra de trabalhos, case de projetos.
• Design & Cultura & Sociedade: artigos de profissionais, reportagem culturais,
Design Social, sustentabildade, cases.
• Tecnologia: novidades tecnológicas de softwares e hardwares, dicas.
• Variedades: tipografia, discussões de temas polêmicos, reportagens.
• Design corporativo: reportagem, entrevistas, artigos.
• Agenda: eventos, concursos, reportagens com cobertura de eventos.
Com essa distribuição, torna-se fácil a captação e distribuição de
conteúdo dentro da revista. Esta subdivisão serve somente de referência o que não
impede de acrescentar ou retirar cadernos e suas subdivisões conforme a
necessidade e demanda não só do público como de matérias.
Visando facilitar ainda mais a localização por parte do leitor, buscou-se
padronizar as cores de cada caderno. Essas cores farão parte do padrão da vinheta
56

do caderno além de serem utilizadas também nos botões dos respectivos cadernos.
Isso facilita ao leitor distinguir em qual seção ele se encontra através da cor. As
cores escolhidas foram distribuídas entre os cadernos com base em pesquisas feitas
e ficou distribuído da seguinte forma:
• Design & Cultura – vermelho – R: 216 / G: 0 / B: 0
• Variedades – roxo – R: 85 / G: 29 / B: 73
• Design Corporativo – azul – R: 39 / G: 114 / B: 255
• Portfólio – amarelo – R: 255 / G: 222 / B: 0
• Agenda – laranja – R: 245 / G: 130 / B: 39
• Tecnologia – verde – R: 98 / G: 175 / B: 6

3.6.3 Tipografia
Levando em consideração as referencias levantadas, o projeto gráfico da
revista Rafes é constituída por duas famílias tipográficas básicas que são: Arial e
Century Gothic. A escolha destas fontes foi feita levando-se em consideração alguns
critérios dentre eles legibilidade, forma, praticidade de uso, ergonomia,
aplicabilidade. A fonte Arial foi escolhida para compor o projeto gráfico da revista
ficando reservada para aplicação em textos extensos, ou seja, na matérias. A sua
escolha baseou-se em alguns detalhes importantes. A Arial foi criada nos anos 80
pela Monotype da Inglaterra para a Microsoft 25 . À época a Microsoft precisava de
uma fonte compatível metricamente com a Helvética quando houvesse migração de
arquivos entre computadores Mac 26 e PC sem perda ou alteração na diagramação.
Durante o processo de construção da fonte Arial, a Monotype dedicou tempo na
implementação do hinting 27 . Devido a isso a Arial tem um melhor desempenho em
monitores inclusive em tamanhos de textos menores como 08 pontos. Outro ponto
que influenciou na escolha da fonte Arial foi o estudo de tamanhos de fontes. A fonte
Arial apresenta bom desempenho em tamanhos diferentes de corpo. Segundo o site
da empresa Avellar e Duarte, estudos sobre uso de tipografia na tela, mostram que
fontes em tamanho 12 são lidas com mais rapidez do que em tamanhos menores e a

25
Microsoft Corporation é uma empresa multinacional de tecnologia informática dos Estados Unidos da América, que
desenvolve e fabrica licenças e suporta uma ampla gama de produtos software para dispositivos de computador.
26
Mac é a abreviação para Macintosh que por sua vez é os nomes dados aos computadores pessoais fabricados e
comercializados pela Apple Inc.
27
Hinting, termo técnico utilizado para identificar os ajustes matemáticos feitos para aperfeiçoamento de exibição de fontes na
tela, possibilitando uma melhor leitura principalmente em baixas resoluções de tela.
57

Arial é a preferida. Os estudos apresentados no site demonstram que a maior parte


dos usuários preferem fontes do tipo Arial, Courier, Verdana e Geórgia ao invés da
Times.
A fonte Century Gothic foi escolhida para compor a revista Rafes em
pequenos textos como títulos, sub-títulos, créditos, falas de destaque e legendas. A
Century Gothic pertence a uma família de fontes sem serifa também produzida pela
Monotype Studies. Sua classificação pertence ao tipo de sem serifa geométrica pois
apresenta retas e círculos perfeitos. Esta fonte permite dar um maior destaque as
palavras chave importantes na revista e se diferencia, na sua forma, da Arial.
A entrelinha é outra questão muito importante que deve ser levado em
consideração no projeto de uma publicação onde a leitura será feita através da tela.
O espaço entre as linhas torna o texto mais rastreável na tela, segundo o site Avellar
e Duarte. Para projetos de sites geralmente utiliza-se entrelinha com tamanho 50%
maior que o corpo da fonte, ou seja, um texto que utiliza tipografia com corpo 10 a
entrelinha deve ter tamanho de 15 pontos.
Na revista Rafes, com base em todas as questões apresentadas optou-se
por padronizar a diagramação das matérias da seguinte forma:

3.6.4 - Texto com conteúdo das matérias


Será utilizada sempre a fonte Arial em tamanho 12 pontos com entrelinha
de 18 pontos e texto sempre alinhado á esquerda. Esse padrão fará parte de todo
texto de matérias da revista, ou seja, textos extensos. A escolha se deve às
pesquisas realizadas que apontam a fonte Arial como uma fonte adequada para
leituras em monitores apresentando boa legibilidade, além claro de ter sido uma
fonte criada especificamente para fins digitais apresentando, inclusive, ajuste de
hinting.
O corpo da fonte em tamanho 12 foi padronizado por favorecer melhor a
leitura, apresentando um bom desempenho tanto em monitores mais modernos
como, por exemplo, LCD widescreen quanto em monitores CRT (também
conhecidos como monitores de tubo). Com base em pesquisas feitas e apresentadas
anteriormente o corpo 12 de uma fonte para leitura em monitor possibilita uma maior
rapidez na leitura levando em consideração corpos de fontes maiores e menores,
além de ergonomicamente ser o tamanho mais adequado tanto para jovens quanto
idosos lerem permitindo uma maior abrangência de público onde o mesmo te a
58

oportunidade de poder ler de forma satisfatória e saudável a revista sem prejudicar


ou forçar a visão.
A entrelinha de 18 pontos foi escolhida por permitir uma melhor
leiturabilidade para o tamanho de fonte escolhido. Conforme apresentado
anteriormente, para meios digitais entrelinhas 50% maiores que o tamanho do texto
permitem uma melhor fluidez na leitura possibilitando reconhecimento das linhas de
texto pelo usuário, além de possibilitar uma melhor área de respiro entre as linhas
compensando, por exemplo baixas resoluções de telas caso a revista venha a ser
exibida em monitores muito antigos.
O alinhamento do texto à esquerdo permite uma melhor leitura por parte
do usuário além de possibilitar um melhor controle de espaços vazados no bloco de
texto que causam o que, na área, se conhece como “rios”. Este tipo de alinhamento
promove uma versatilidade ao texto tirando a rigidez e seriedade intensa de um
bloco de texto justificado além de possibilitar, visualmente, uma melhor distancia
entre colunas dando a impressão de que estão mais afastadas do que o grid pré-
estabelecido.

Fontes Arial e Century Gotyhic

3.6.5 - Títulos
Para os títulos será reservada a fonte Century Gothic em corpo maior que
50 pontos e entrelinha de pelo menos 05 pontos maior que o corpo do texto e
alinhamento livre desde que obedeça ao espaço que compreende do meio da tela
pra esquerda, ou seja, nunca do lado direito da tela. Este tamanho visa facilitar a
adequação do título de acordo com o estilo da matéria possibilitando destaque além
de ser mais bem reconhecido pelo leitor. De acordo com as pesquisas apresentadas,
o usuário não lê o que está na tela e sim “sobrevoa” com o seu olhar a tela a procura
de palavras-chave que possam despertar seu interesse. Contudo a fonte Century
59

Gothic neste tamanho vem satisfazer os que os estudos de Nielsen(2007)


apresentaram.
Outro motivo para a escolha da fonte Century Gothic para os títulos foi
devido a sua diferenciação da fonte Arial que foi utilizada para textos longos. A
Century Gothic por possuir formas geométricas perfeitas como círculo, por exemplo,
torna-se cansativa para textos muito extenso e ideal para textos curtos. O tamanho
de 50 pontos foi escolhido mediante testes feitos demonstrando ser um tamanho
mínimo razoável para se ocupar a mancha gráfica da revista. A entrelinha também
entra nos mesmo moldes que levaram à escolha do corpo da fonte para o título além
de apresentar uma distancia agradável entre as linhas de texto. Neste caso a
distancia de entrelinhas de 50% maior que o corpo do texto somente se deve
respeitar em textos longos como os da matéria não se aplicando a textos curtos
como os apresentados no titulo.
O alinhamento livre permite ao diagramador uma maior liberdade de
criação sem perder o padrão estético e funcional da revista. O motivo pelo qual se
optou pela não utilização do título no lado direito da tela se deve ao fato do padrão
de leitura ocidental que é da esquerda pra direita e de cima pra baixo. Por conta
disso o título sempre ao lado esquerdo da tela possibilita o reconhecimento imediato
do leitor facilitando-o sobre a leitura do que mais lhe agradar.

Padronização do título e subtítulo


60

3.6.6 - Sub-títulos
Utilizará por padrão a fonte Century Gothic em corpo 18 pontos e
entrelinha 27 pontos com a utilização de versaletes, ou seja, todas as letras em
maiúsculas. Isso possibilita ao leitor uma melhor distinção, tanto por corpo quanto
estilo da fonte, sobre o que é título, subtítulo e texto da matéria da revista. Este
tamanho para o corpo da fonte, mediante testes apresentou ser um tamanho médio
razoável entre o corpo do texto e do título. O motivo do uso do texto inteiro em caixa-
alta (maiúsculo) visa dar destaque ao subtítulo diferenciando-o em estilo das outras
fontes apresentadas.

3.6.7 - Crédito
Os créditos devem vir na fonte Century Gothic em corpo 10 pontos e
entrelinhas de 15 pontos utilizando o estilo versaletes, ou seja, todas as letras em
maiúscula. Este tamanho demonstra ser o ideal pois apresenta legibilidade e
leiturabilidade em tela sem a necessidade de utilização da função ZOOM pelo
computador além de ser um tamanho que não ocupa muito lugar na página
possibilitando sua aplicação em espaços pequenos sem comprometer o visual
estético e ergonômico da revista além, claro, de possibilitar ao leitor uma melhor
distinção entre os elementos que compõem a pagina da revista e assim decidir sobre
o que é mais importante de informação.

Padronização do crédito
61

3.6.8 - Vinhetas
As vinhetas dentro de uma revista possuem a função de auxiliar o leitor a
identificar em que seção se encontra. Com isso a vinheta tem papel de destaque
dentro da revista. No caso as vinhetas foram padronizadas e devem utilizar a
tipografia Century Gothic em corpo 33 pontos na cor branca. Somente o caderno
portfólio será utilizado a tipografia em cor preto devido ao contraste. Os nomes dos
cadernos apresentados nas vinhetas devem seguir ao seguinte estilo:
caderno_subdivisão. Ou seja, o nome do caderno em corpo normal seguido de
underline e seguido do nome da subdivisão em corpo bold(negrito). Exemplo:
variedades_entrevista. Esse padrão de utilização do símbolo “_”(underline) é
usualmente utilizado e reconhecido no meio digital. Geralmente é utilizado para
representar “espaço” entre as palavras.
Caso o nome do caderno seja composto, como no caso do caderno
“design corporativo” as duas palavras virão sem separação sendo apenas
distinguidas pelo uso dos estilos normal e bold. Exemplo: designcorporativo. Por
conta disso a subdivisão perde o estilo bold.
Exemplo: designcorporativo_reportagem

Padronização das vinhetas

3.6.9 - Grids
Grids são formas de ordenar o conteúdo de uma página facilitando ao
usuário a navegação na mesma.
62

“Em primeiro lugar, um grid introduz uma ordem sistemática num


leiaout, diferenciando tipos de informação e facilitando a navegação entre
eles. O grid permite que um designer diagrame rapidamente uam
quantidade enorme de informação[...]porque muitas quetões de design já
foram respondidas ao construir a estrutura do grid” (SAMARA, Timothy.
Grid, Construção e descontrução. 2009. Ed. Cosac Naify. Pag.22)

A utilização de grids é antiga. Segundo Samara (2008) seu


desenvolvimento histórico é muito complexo, mas sua contribuição permeia diversos
campos como, por exemplo, artes, arquitetura entre outros.
Grid significa grade, é um tipo de malha criada e utilizada para demarcar e organizar
proporções entre futuras localizações. Cidades, por exemplo, quando planejadas,
apresentam grid pré-definida, facilitando a distribuição dos elementos pelo espaço.
Construir um grid, basicamente, significa desconstruir o conteúdo de uma
página conforme Samara(2008) esclarece. Espaço tipográfico, alinhamento, intervalo
entre elementos, espaços vazios são alguns detalhes que devem ser analisados
durante o processo de construção do grid, pois desta forma se cria ordem,
estabelece hierarquia e se prioriza importâncias entre os elementos.

“Um grid consiste num conjunto específico de relações de


alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos
num formato. Todo grid possui as mesmas partes básicas, por mais
complexo que seja. Cada parte desempenha uma função específica...”
(SAMARA, Timothy. Grid, Construção e descontrução. 2009. Ed. Cosac
Naify. Pag.24)

Ainda, utilizando os conceitos apresentados por Samara(2008), podemos


observar que existe diversos tipos de grid: retangular, de colunas, modular e
hieráquico. Cada um com suas especificidades e funções. No caso deste projeto
optou-se pelo uso do grid de colunas.

“A informação descontínua se beneficia da organização em colunas


verticais. As colunas podem ser dependentes umas das outras no texto
corrido, independentes para pequenos blocos de texto ou somadas para
formar colunas mais largas; o grid de colunas é muito flexível e pode ser
usado para separar diversos tipos de informação. Por exemplo, algumas
colunas podem ser reservadas para o texto corrido e imagens grandes, e as
legendas podem ficar numa coluna ao lado...” (SAMARA, Timothy. Grid,
Construção e descontrução. 2009. Ed. Cosac Naify. Pag.27)
63

Por conta do que esclarece Samara(2008) optou-se pelo uso deste tipo
de grid por ser simples e que favorece sua utilização no meio digital além de facilitar
a acomodação de textos extensos e permitir uma flexibilidade na disposição dos
elementos sendo eles textos ou imagens.
Ao se utilizar este tipo de grid para uma revista deve-se levar em
consideração diversos outros fatores como, por exemplo, espaçamento entre
colunas e as margens. Usualmente utiliza-se para as margens o dobro do tamanho
da distancia entre colunas por favorecer a direção do olhar para o conteúdo da
página além de esteticamente diminuir a sensação de tensão das bordas e o limite
da página. Essa regra, conforme Samara(2008) expõe, é muito utilizada em meios
impressos e diante de testes feitos ela se aplica muito bem ao projeto aqui
apresentado, ou seja, margens maiores possibilitam um melhor conforto visual.
Outro detalhe que é importante frisar é a largura da coluna. Ainda segundo
Samara(2008) a largura da coluna deve “conter uma capacidade cômoda de
caracteres numa linha de tipos”. Isso se deve ao fato de que colunas muito estreitas
pode haver quebra de palavras e caso a largura seja muito extensa pode influenciar
diretamente na leitura, pois o leitor pode se perder ao começar a ler a próxima linha
de texto. Para se chegar a essa capacidade cômoda de caracteres por linha que
trata Samara, Richard Rutter e Steve Marshall afirmam que:

“...larguras de linha entre 45 e 75 caracteres com serifa em tamanho


médio de texto são consideradas satisfatórias para uma página com uma
única coluna. [...].Para trabalhos com diversas colunas, uma média mais
adequada fica entre 40 e 50 caracteres” (RUTTER, Richard. MARSHALL,
Steve. The Elements of Typographic Style applied to the web. Disponível
em < http://webtypography.net/toc/ >. Acessado em 05 out 2010.)

Utilizando as referencias obtidas, a revista terá as seguintes


características:
O tamanho da página que ocupará a tela será de 1280px X 800px, sendo
que utilizará na diagramação páginas duplas de 640px X 800px. Esse tamanho de
tela é o padrão utilizado por uma grande parcela de monitores de usuários para
visualização de conteúdos na web. Segundo o site Avellar e Dutra este formato
“representa cerca de 17% dos usuários mundiais” e encontra-se em constante
crescimento de utilização. Mesmo não sendo um formato de referencia para
desenvolvimento de sites para web ele se adéqua muito bem ao contexto deste
64

projeto tendo proporções mais horizontais, facilitando a diagramação além de obter


um desempenho satisfatório caso a revista seja visualizada em telas que tenham
outras configurações.
65

Margens de 20 mm topo; 25 mm na base; 15 mm interna; 20 mm externa.


Essas medidas deverão ser convertidas para pixel afim de facilitar o processo de
diagramação. Esse padrão para o tamanho das margens permite uma melhor área
de respiro visual para a mancha gráfica da revista além de permitir aliviar a
sensação de tensão do texto em relação ao limite da tela

Utilizará três colunas com 20px de distancia entre elas em cada página.
Isso possibilita trabalhar o texto dentro dos limites estabelecidos pelos estudiosos.
Caso a diagramação seja trabalhada em apenas uma coluna, haverá uma
acomodação média de 30 caracteres por linha. Caso a diagramação seja feita
utilizando-se de duas colunas haverá uma acomodação média de 65 caracteres por
linha. Essa regra vale obedecendo aos padrões de tipográficos apresentados no
item 3.8.2. Não é recomendada a utilização de 03 colunas para a diagramação da
revista, pois isso dificultaria a leitura tornando-a cansativa além de possibilitar que o
usuário se perca ao iniciar a leitura em uma nova linha.
66

3.7 CONTEÚDO INTERATIVO


A revista Rafes conforme apresentada acima foi projetada para possibilitar
uma melhor leiturabilidade através da tela. Contudo somente estas questões para os
meios digitais não são suficientes. Os meios digitais possuem linguagem bem
peculiares, além de soluções gráficas e projetuais que visem atender a essa
linguagem. Utilização de recursos como botões, links, ícones, vídeos e outros
recursos interativos são comumente utilizados possibilitando ao usuário uma melhor
navegação e interação com o conteúdo apresentado. Muitos dos conteúdos
interativos disponibilizados nos meios digitais podem ser inseridos no formato de
arquivo que a revista será disponibilizada. O formato de arquivo PDF (Portable
Document File) é um formato de arquivo que possui padrão aberto desenvolvido pela
Adobe Systems em 1993. Este formato de arquivo portátil permite o
compartilhamento de documentos eletrônicos garantindo a integridade do conteúdo.
67

Dentro da revista a utilização de botões terá a funcionalidade de auxiliar o


usuário durante a navegação entre as páginas. Para tanto foi utilizado o espaço
reservado no rodapé da página ao lado direito para acomodação dos botões de
“próxima página”, “página anterior” e “índice”. Estes botões são representados pela
letra “erre” do símbolo da marca da revista de forma espelhada e pela letra “i”,
respectivamente. O local onde esses botões são apresentados, no canto inferior
direito da tela, permite o usuário localizá-los de forma rápida, pois é o local de fuga
do olhar em relação à tela, além disso, sua a disposição dos botões de forma
espelhada possibilita ao usuário identificar qual deles é referente à próxima página e
qual é referente à pagina anterior. A letra “i” representada no botão índice permite
que o usuário a qualquer momento vá a pagina de índice escolher uma nova matéria
que queira ler sem a necessidade de navegar página a página até localizar o
conteúdo de seu interesse.

Aplicação e disposição dos botões.

Outra possibilidade que a extensão de arquivo PDF permite é a inserção


de vídeos. Esses vídeos podem ser inseridos em publicidades e matérias da revista
como conteúdo complementar. Podem ser inseridos na revista até 4 vídeos em
68

formato “flv” 28 e não devem ultrapassar a soma total de 10 minutos de vídeo. Essa
restrição visa não deixar o arquivo da revista muito pesado facilitando o acesso das
pessoas a revista. O que cada vídeo deve ocupar na página deve ser de até 1/5 da
página para não comprometer outros elementos. Ao vídeo deve ser incorporado um
ícone padrão na revista que visa orientar o usuário sobre a presença do mesmo.

Icone que deve ser incorporado junto ao vídeo para


facilitar a identificação por parte do usuário.

Aplicação do ícone junto ao vídeo.

Os links são outra forma de linguagem utilizada mo meio digital. Eles


permitem ao usuário navegar em outros conteúdos diminuindo o tempo de procura.
No caso da revista Rafes os links foram inseridos no índice que fica na capa da
28
FLV é o formato de arquivo de vídeo originário do Adobe Flash Player. Este formato tornou-se muito comum na internet em
sites como o YouTube, Google Video, MySpace entre outros.
69

revista e no caderno Agenda. Neste caderno, o usuário ao clicar será levado


direcionado para a página da internet referente ao assunto escolhido. Alem disso,
através do índice na capa o usuário pode escolher o assunto de seu interesse e
clicar sobre o texto correspondente que automaticamente ele será direcionado à
matéria escolhida.
Além desses meios de interatividade é possível dentro da revista
acrescentar outros meios de interatividade para o usuário. Salientamos, no entanto,
que os recursos utilizados de interatividade eram os meios até então disponíveis e
conhecidos pela equipe.
Afim de facilitar o acesso aos usuários as quatro primeiras edições da
revista virá acompanhada de um link que encaminhará o usuário á uma tela onte
será possível obter instruções sobre a navegação da revista. Estas instruções visam
facilitar o entendimento do usuário que tenha acesso pela primeira vez à revista.
Caso haja necessidade este link poderá se estender para mais edições.

3.8 - ÍNDICE
O índice é um meio utilizado de localização de assuntos e matérias
comumente utilizado em revistas como em outras publicações. Na revista ele é
apresentado juntamente com a capa possibilitando ao usuário escolher sobre o que
irá ler logo de início. Todas as matérias são apresentadas neste índice em forma de
pequenos textos e frases visando facilitar a decisão do usuário sobre o que escolher.
A diagramação do índice na capa deve ser feita obedecendo sempre ao lado direito
da tela. O texto deve conter o nome do caderno e uma pequena frase sobre as
matérias.
70

3.9 – ESPAÇOS PUBLICITÁRIOS


A publicidade, como atividade profissional, visa divulgar de forma pública
idéias e conceitos sobre empresas e produtos. Contudo a revista Rafes possui
espaços reservados para a prática publicitária. Fica reservado no intervalo de cada
caderno ou a cada duas matérias a inserção de publicidades. Esta inserção deve
ocupar a tela inteira que é apresentada sendo permitida livre composição dos
elementos na página. Além deste espaços, fica reservado ao final da revista
inserção livre de publicidades podendo as mesmas serem trabalhadas e
comercializadas tanto por páginas inteiras quanto por fração.
71

3.10 APLICAÇÃO EM MEIO IMPRESSO


O projeto gráfico da revista Rafes visa atender e propor solução para
leitura de publicação através do monitor. Através das pesquisas levantadas
percebeu-se que várias pessoas costumam imprimir o conteúdo da revista para
acervo próprio ou consultas. Diante disso a revista Rafes permite a impressão
através de equipamentos de impressão comuns desde que se configure a impressão
em modo paisagem. O formato da página, quando redimensionado automaticamente
pelo software, ocupa perfeitamente a extensão de uma pagina de tamanho A4 sem
prejuízo das questões levantadas sobre leiturabilidade e legibilidade.

3.11 PEÇAS PROMOCIONAIS


A revista Rafes mesmo com todo o projeto gráfico tendo sido pensado
para facilitar a leitura através do monitor com todo seu embasamento técnico e
teórico não é suficiente para que a revista tenha o alcance desejado. Por conta disso
dentro do marketing e da publicidade as peças promocionais exercem função de
destaque possibilitando uma maior divulgação da revista. Para a proposta inicial é a
elaboração de um kit. Seu objetivo é bem focado visando distribuição entre o público
ao qual é alvo da revista. Este kit é apenas uma possibilidade sendo que outras
mídias podem ser desenvolvidas conforme aceitação do público em relação ao
projeto em questão.
72

O kit inicialmente é composto por camisa promocional, pen-drive, pop-


card e caixa promocional.

Camisa em gola polo confeccionada em algodão tendo como estampa o


símbolo da revista utilizando a técnica de sublimação.

Pendrive 4Gb personalizado com a marca da revista.


73

Pop card promocional.

Caixa promocional para acomodação dos demais itens do kit.


74

Mail-marketing para envio a pessoas cadastradas sobre o lançamento da revista.

3.12 DIVULGAÇÃO E MARKETING


Para um maior aprofundamento e sustentação do projeto a equipe se
utilizou dos conceitos do Marketing para estruturação do plano de lançamento e
divulgação da revista. Este assunto é reconhecido pela equipe como passível de
maior aprofundamento e pesquisa, mas acreditou-se ser válido ressaltar algumas
questões relativas a questões de marketing e branding. Os avanços tecnológicos
permitiram ao Design Gráfico avançar a campos de estudo e atuação profissional
antes não explorados. Ao Designer não compete mais a função de ser somente a
pessoa criativa capaz de criar peças gráficas intuitivamente. Segundo
Niemeyer(2002) “as empresas estão atrás de um design que acrescente valor
agregado” garantido resultados para as mesmas. Contudo coube ao Designer
participar ao lado de publicitários das estratégias de marketing que são elaboradas.
O conceito de Marketing que temos hoje provém do pós Segunda Guerra onde as
industrias começaram a investir em bens de consumo em larga escala deixando de
concentrar a produção em armamentos.
O conceito de branding, basicamente, está associado à Gestão de Marcas
que por sua vez é o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca junto ao
mercado. Dentro do marketing ele também é conhecido como place branding que é
75

mais do que plano de comunicação ou marketing é uma estratégia de


desenvolvimento baseada na marca.

“A mais incompreendida e subutilizada ferramenta na típica


abordagem econômica para o sucesso econômico é a identidade da marca.
Se sua cidade não dedica tempo para descobrir que é e tomar iniciativas
para defirnir isso ao mundo, os outros é que vão definir quem você é”
(BALTUCHWHICH, Jonathan. Consultor de brand identity e
desenvolvimento econômico para cidades e governos)

A estruturação do branding baseia-se nas fases de implementação que


passam pela implementação, controle, e pretensões territoriais.
A implementação da revista inicialmente se dará de forma que ela seja
distribuída gratuitamente às pessoas através do envio de e-mails marketing com o
link para que os usuários possam baixar a revista, além disso, a venda de espaços
publicitários é outro meio de se alcançar esse objetivo. Ainda na fase na fase de
implementação, como forma de se alcançar o público alvo e divulgação da revista
um kit com brindes foi produzido com o intuito de divulgar não somente a revista
como também a marca possibilitando uma melhor fixação da marca através de itens
de uso cotidiano pelas pessoas. O kit de brindes é composto por camisa
promocional, pendrive, popcard e caixa promocional. Além do kit o mail-marketing
também é outra forma de divulgação que auxilia na implementação da marca. Outros
recursos também poderão ser utilizados:
• Festa de lançamento do projeto com a presença de empresários e pessoas
ligadas a área da comunicação. A festa pode contar com a utilização de
tendas demonstrando modernidade além de ser uma idéia que se adéqua ao
perfil dos leitores da revista. Além disso o uso de telas sensíveis ao toque
com o uso dos recursos da interatividade promovendo uma maior interação
com os convidados.
• Lançamento de vídeos virais pela internet com o intuito de divulgação “boca a
boca” pelos internautas. Aliás este recurso vem sendo muito utilizado em
estratégias de marketing atualmente;
• Criação de perfil da revista em redes sociais estratégicas, tornando a marca
mais próxima das pessoas;
76

• Criação de site para armazenamento do arquivo da revista além de conter


informações gerais para os usuários
Ainda de acordo com o processo de branding deve levar em consideração
o controle ou a gestão do logotipo. Divulgações periódicas da revista, reestruturação
do plano de marketing, presença da marca em eventos auxilia nesta divulgação a
médio prazo fazendo com que as pessoas não se esqueçam da marca. Ainda temos
neste processo de construção e gestão da marca as pretensões territoriais que se
baseiam no abastecimento de novos meios de divulgação com base nas
repercussões anteriores com suas possíveis adequações.
77

4. CONCLUSÃO

O desenvolvimento deste projeto possibilitou à equipe aprofundar nos


estudos e pesquisas que cercam o Design Editorial e Promocional. O desafio de
elaborar um projeto gráfico de uma revista para o meio digital permitiu-nos descobrir
novas possibilidades de se fazer design, pois são várias as especificidades tanto
técnicas quanto de linguagem. Numa sociedade que vive em constantes mudanças,
principalmente graças aos avanços tecnológicos a tarefa do designer a cada dia é
possibilitar uma melhor interação nas relações humanas de forma a possibilitar uma
melhor experiência do novo.
Há de se considerar como relevantes os conteúdos estudados durante o
percurso acadêmico que tiveram forte influência na concretização do projeto ora
apresentado. Podemos destacar as disciplinas de Tipografia, Composição, Produção
Gráfica, Metodologia de Projeto, Marketing e Mídia e é claro os diversos módulos de
Computação Gráfica e os conteúdos relacionados ao meio digital.
Destacamos aqui a importância da pesquisa envolvida neste projeto que
possibilitou traçar um paralelo das semelhanças e diferenças entre uma publicação
feita para mídia impressa e uma feita para mídia digital. Percebemos que alguns
critérios que são considerados durante a execução de um projeto para mídia digital
não são considerados quando se trata de mídia impressa e vice-versa. Para mída
impressa são observados alguns critérios como formato do papel, tipo de papel,
unidades de medida métrica, tipografia com a presença de serifas, interatividade por
conta de dobras diferenciadas ou mesmo inserção encartes diferenciados e limitação
do alcance uma vez que sua distribuição acarreta custos de transportes. Na mídia
impressa a utilização de medidas é em pixel, possibilidade de interatividade maior
com a inserção de vídeos, animações, botões e links, formato de acordo com a tela
que será exibida, ausência de papel reduzindo custo de produção, alcance maior de
pessoas por sua distribuição via internet não acarretando em custos de produção.
Esses são alguns pontos que destacamos como relevantes encontrados durante a
pesquisa e execução do projeto que permitem entender as diferenças e
similaridades entre os dois tipos de publicações
78

Projetos como este possibilitam atender demanda de mercado cada vez


mais crescente, o que favorece às pessoas obterem informação em novos suportes.
Além disso a linguagem digital permite, a cada dia, o uso de recursos novos que
vem acrescentar e facilitar o modo como a informação é difundida. Contudo,
ressalta-se que a proposta deste projeto não vem excluir qualquer outra forma de
difusão da informação e sim acrescentar, propor novas possibilidades.
Percebemos também o potencial que este projeto nos proporciona,
abrindo possibilidades de trabalho profissional, seja nos lançando como empresários
na área ou fortalecendo nosso portfólio para apresentação a empresas no ramo
editorial, tanto impresso quanto digital.
79

5. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO UTILIZADO

5.1 - Publicações impressas

ASSOCIAÇÃO DOS DESIGNERS GRÁFICOS. O valor do design: guia ADG


Brasil de prática profissional do designer gráfico. 2. ed. São Paulo: Ed. SENAC,
ADG Brasil, 2004.

AZEVEDO, W. O que é design? São Paulo: Brasiliense, 1988.

BARROS FILHO, Clóvis de – Ética na Comunicação: da informação ao


receptor. São Paulo: Moderna, 2001.

COLLARO, Antonio Celso. Projeto Gráfico: Teoria e prática da diagramação. São


Paulo: Summus, 1996.

DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,


1999.

ESCOREL, Ana Luiza. O efeito multiplicador do design. São Paulo: Ed. Senac,
2000.

GUIMARÃES, Luciano. As cores na mídia – a organização da cor-informação no


jornalismo. São Paulo: AnnaBlume, 2003.

HEFTING, Paul. Manual de identidade corporativa. Barcelona: G. Gili. 1991.

HEILBRUNN, Benoît. A logomarca. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, 2002.

HOLLIS, Richard. Design gráfico: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes,
2000.

HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel, 1986.
80

MARCELI, Tathiana. Design de jornais: quase tudo que você precisa saber para
projetar um jornal. Rio de Janeiro: Edit Impress, 2006.

NIEYMEYER, Lucy. Tipografia: uma apresentação, Rio de Janeiro; 2AB, 2002.

PÉON, Maria Luísa. Sistemas de identidade visual. Rio de Janeiro: 2AB Editora
ltda, 2001.

PINHO, J. B. O poder das marcas. São Paulo: Summus, 1996.

SALLES, Filipe. Fotografia, a imagem tempo. 2009. Artigo para Mnemocine.


Disponível em: <http://www.mnemocine.art.br/index.php?option=com_content&view
=article&id=170:fotografia-a-imagem-tempo&catid=61:fototexto&Itemid=68>.
Acessado em 02 mai 2010.

SILVA RAMOS, F. J. Dicionário inglês-português. São Paulo: Ed. FTD, 1988

STRUNCK, G. L. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Rio


de Janeiro: Rio Books, 2001.

STRUNCK, G. Identidade visual: A direção do olhar. Rio de Janeiro: 1989.

VIEIRA, Stalimir. Marca. O que o coração não sente os olhos não vêem. São Paulo:
Loyola, 2002.

VILLAS-BOAS, André. O que é e o que nunca foi design gráfico: the dub remix.
Rio de Janeiro: 2AB, 1999.

5.2 - Publicações eletrônicas

AMA – AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. Marketing power. Disponível em:


<www.marketingpower.com%2FAboutAMA&sl=en&tl=pt&hl=&ie=UTF-8>. Acessado
em 17 abr. 2010.
81

ESDI – ESCOLA SUPERIOR DE DESEHNO INDUSTRIAL. Currilum professora


Lucy Niemeyer. Disponível em:
<http://www.esdi.uerj.br/graduacao/professores/lucy.shtml>. Acessado em: 09 mai.
2010.

INPI – INSTITO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Definicão de


marca. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/>. Acessado em 11 abr. 2010

INPI – INSTITO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. O instituto.


Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/instituto>. Acessado em 17
abr 2010.

INTERNET WORLD STATS. Disponível em:


</#en|pt|http%3A%2F%2Fwww.internetworldstats.com%2F>. Acessado em 09 mai.
2010

WIKIPEDIA. Definição para internet. Disponível em:


<http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet >. Acessado em 02 mai 2010

IBOPE. Dados estatíticos para web. Disponível em:


<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=Port
alIBOPE&pub=T&comp=Grupo+IBOPE&db=caldb&docid=8C071AB5DCD38C21832
56E890068EDF0> . Acessado em 09 mai. 2010)

MERCOSUL. Normas. Disponível em:


<http://www.mercosur.int/msweb/Normas/normas_web/Resoluciones/PT/94115.pdf>.
Acessado em 09 mai. 2010)
82

6. ANEXOS

6.1 – Fomulários de entrevistas


83

6.2 - Seleção de possíveis nomes


84

6.3 Revista impressa


85
86
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88

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