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MANUAL DE ORIENTAÇÃO

ARRANJO EDUCATIVO LOCAL


Diversidade

Prezada Equipe do Colégio Sesi,

Dando continuidade ao modelo adotado em 2012, apresentamos a Oficina e o Arranjo


Diversidade, foco de atuação do SESI Jovem em 2013.

Entende-se o respeito às diferenças (físicas, de credo, de orientação sexual, econômicas,


raciais, etc.) como uma das condições para a diminuição da violência entre indivíduos e
grupos. É por este motivo que estamos propondo um projeto inovador voltado para o Ensino
Médio, que visa promover uma cultura de paz e de respeito à diversidade por meio do
estímulo à reflexão e ao reconhecimento da Diversidade Humana nas escolas.

Esse trabalho está sendo realizado de forma piloto em Curitiba no colégio SESI Boqueirão, cuja
equipe de professores desenvolveu a Oficina após estudo e análise do tema.

A metodologia específica proposta não seria possível sem o envolvimento e parceria do


Arranjo Educativo Local, que propõe um trabalho diferenciado proporcionando uma maior
interação das pessoas com outras pessoas e com o seu entorno, com o local que ocupam, de
modo que o processo de aprendizagem se dê em diferentes ambientes. Isso vai de encontro à
metodologia do Colégio SESI que, intencionando a preparação do jovem para atuar como
transformador social, encontrou na metodologia do Arranjo Educativo um suporte precioso
para a sistematização de boas práticas de intervenção social.

Atenciosamente,

Equipe GOI, Arranjo Educativo Local e Colégio SESI Boqueirão.

Curitiba, 2013.
ARRANJOS EDUCATIVOS LOCAIS

Arranjos Educativos Locais são ambientes educativos que estimulam o resgate do sentimento
e da prática de uma comunidade sustentável.

Um Arranjo propõe uma maior interação das pessoas com outras pessoas e com o seu
entorno, com o local que ocupam, de modo que o processo de aprendizagem se dê em
diferentes ambientes.

O Arranjo deve ser antes de tudo, espaço inclusivo, aberto para a participação democrática de
diferentes atores e para o desenvolvimento de diferentes práticas educativas que somadas,
promovam a emancipação dos indivíduos em relação ao seu processo individual e coletivo de
aprendizagem com vistas à transformação de comunidades.

São duas as linhas de atuação: Ambientes de Aprendizagem e Ações de Mobilização. O


planejamento e a execução das ações consideram o contexto histórico-cultural local e os
interesses manifestos pela comunidade.
Temas prioritários para a localidade são definidos e abordados em atividades práticas de
educação transformadora orientada ao desenvolvimento humano, convívio social e
sustentabilidade.

A participação de cada ator neste espaço favorece o sentimento de pertença, a ampliação de


redes de cooperação, confiança, autonomia e capital social, além da atuação pelo
desenvolvimento sustentável.

ARRANJO EDUCATIVO LOCAL PARCEIRO DO SESI JOVEM

O SESI-PR atua como proponente da concepção de Arranjos Educativos Locais em diferentes


localidades, a partir do convite de interessados na implantação da metodologia.
A parceria com o projeto SESI Jovem foi estabelecida em 2012 de acordo com uma demanda
identificada nos Colégios SESI, voltada à prevenção ao álcool e outras drogas. Para 2013, a
proposta é trabalhar com o tema Diversidade. Trabalharemos questões relacionadas à
igualdade e respeito, a fim de superar a opressão de alguns seres humanos por outros em
nome das diferenças, sejam elas biológicas, étnicas, sociais, sexuais, gênero, religiosas...

O papel da coordenação do SESI Jovem- Gerência de Operações


Inovadoras consiste em:

• Identificar, juntamente com a coordenação de cada Colégio,


as demandas locais na busca de direcionamento das ações;
• Estimular a participação dos colaboradores do Colégio nas
ações enquanto protagonistas do desenvolvimento;
• Articular parcerias com outros atores mobilizadores;
• Identificar atores que possam se interessar e se envolver nas
ações propostas.
OBJETIVO DO ARRANJO DIVERSIDADE

Propiciar espaços de aprendizagem e reflexão sobre diversidade, buscando o resgate do


sentimento e da prática de relações sociais mais humanizadas.

Objetivos específicos:

 Facilitar aos alunos participantes a identificação de oportunidades de escolhas e suas


consequências.
 Estimular o saber pesquisar, filtrar informações e aprender com elas;
 Motivar a transformação de informações em conhecimentos, de forma coletiva, a
partir de diferentes pontos de vista e disciplinas.
 Facilitar a organização do pensamento: o saber articular e argumentar, expressando
ideias e sentimentos.
 Estimular a identificação e a resolução de problemas.
 Desenvolver as habilidades cotidianas.
 Incentivar o aprender a viver juntos.

FACILITADORES

No Arranjo Educativo Local, profissionais com competências e habilidades específicas em


termos técnicos e emocionais são responsáveis pela condução e facilitação do processo de
aprendizagem.

Para integrar a equipe do Arranjo enquanto facilitador é necessário participar da Formação na


metodologia, Acompanhamentos Continuados e Rodas de Conversas.

O fortalecimento do diálogo entre os facilitadores e a comunidade escolar é fundamental no


alinhamento de práticas, identificação de sonhos, valorização do que os alunos fazem e na
demonstração de cuidado com o que o projeto se propõe. Também é valioso na confirmação
de comportamentos e valores que são trazidos pelos participantes dos Arranjos e que podem
ter um impacto significativo na localidade como um todo.

Para cada Arranjo, são necessários dois facilitadores. Sugere-se formação de grupos com até
25 participantes a fim de propiciar a participação e envolvimento integral de todos.

Competências desejadas

 Trabalho em equipe  Iniciativa e pró-  Empreendedorismo


atividade social
 Cooperação e  Criatividade e  Visão sistêmica para a
envolvimento inovação resolução de conflitos
 Comunicação  Relacionamento  Atuação cidadã
interpessoal
METODOLOGIA

A metodologia desenvolve-se a partir da Formação de Facilitadores.

A formação tem como objetivo facilitar o processo de entendimento e vivência de um


ambiente de aprendizagem.

Na formação, são trabalhadas vivências através de atividades comportamentais, simulações e


cases, além do suporte teórico sobre as bases conceituais da prática do Arranjo.

O processo vivencial de aprendizagem é valorizado. A experiência de cada facilitador, dentro


de sua experiência global compartilhada no espaço/tempo do grupo, servirá como ponto de
partida para aprendizagem de cada um e de todos.

AÇÕES METAS INDICADORES


Formação de facilitadores Conhecer a Participação na Formação com
metodologia do carga horária definida
Arranjo
Mapeamento da estrutura e 01 mapeamento Descritivo do perfil identificado
perfil do colégio. por colégio
Planejar e organizar os Operação eficiente Envio do material em até 05 dias
encontros com os alunos com da proposta úteis antes do encontro
prévia antecedência
Conceber os planejamentos Operação eficiente Planejamento constando os itens
considerando as temáticas da proposta especificados.
mobilizadoras, o objetivo, os
quatro pilares da educação.
Facilitar os encontros com 09 encontros (no -Relatos de cada encontro com
alunos mínimo) percepções

-Lista de presença
Participar das horas coletivas 02 encontros (no Memória das reflexões nas
com o staff do Colégio SESI a fim mínimo) respectivas reuniões.
de alinhar ações e trocar
experiências.
Registrar semanalmente as 01 registro a cada As informações deverão ser
informações do trabalho encontro. disponibilizadas a equipe do
executado. Arranjo Educativo e Coordenação
do Colégio SESI semanalmente.
Reunir-se com representante do Quinzenalmente Participação em
Arranjo para acompanhamento videoconferência ou na reunião
e orientação das atividades. presencial.
RESPONSABILIDADE DOS FACILITADORES

 Valorizar as boas práticas já existentes.


 Incorporar dinâmicas atrativas, lúdicas e interativas, capazes de assegurar o interesse e
valorizar o protagonismo e a cooperação entre os participantes, assim como
convivência voltada para o fortalecimento do capital social.
 Ter clareza do seu papel frente ao grupo. Ser autêntico, coerente, mostrar sua
personalidade a fim de conquistar confiabilidade. Necessita estar concentrado,
dominar os seus próprios preconceitos para não se precipitar frente a qualquer crítica.
 Deve saber ouvir, necessita despir-se dos seus preconceitos e pré-julgamentos.
 Ter pleno domínio da direção e orientação do processo. Deve procurar despertar a
autoestima do grupo, valorizar os seus avanços, mobilizar necessidades e interesses
comuns.
 Conhecer o espaço físico onde irá trabalhar.
 Verificar o funcionamento e manuseio dos equipamentos a serem utilizados durante
as atividades (som, computador, multimídia,...).
 Ter uma diversidade de recursos didáticos e materiais para possibilitar a expressão do
grupo.
 Chegar com antecedência no local de trabalho para preparar o espaço.

RESPONSABILIDADE DA COORDENAÇÃO DO COLÉGIO SESI

Para que o trabalho traga resultados satisfatórios e de efeito duradouro, destaca-se a


importância de um alinhamento entre equipe do Arranjo, coordenação do colégio, alunos e
professores.

Entendemos que cabe a coordenação do Colégio SESI:

 Estabelecer comunicação eficiente e frequente com todos os envolvidos no projeto.


 Gerenciar as condições necessárias para facilitar a participação dos alunos e
colaboradores do Colégio.
 Informações sobre acontecimentos internos e trabalho paralelos que possam
fortalecer ações do Arranjo Diversidade (palestras, reunião de pais...).
 Favorecer encontros de facilitadores com professores a fim de estabelecer vínculo e
integração nas atividades realizadas.
 Acompanhar o trabalho dos facilitadores (conversas agendadas a cada quinze dias são
sugeridas)
 Promover a continuidade de ações voltadas ao tema depois do encerramento do
Arranjo.

Responsabilidade da Equipe do Arranjo Educativo Local

 Compartilhar a metodologia do Arranjo Educativo Local.


 Facilitar uma Formação de Facilitadores.
 Disponibilizar proposta de planejamento destacando que o planejamento dos
encontros será disponibilizado como uma opção de aplicação. Cabe a cada
facilitador, após a identificação do perfil de seu grupo, adaptar para obtenção de
melhores resultados.
 Oferecer suporte aos facilitadores durante a elaboração dos planejamentos e no
decorrer das atividades.
 Receber e analisar os registros semanais disponibilizados pelos facilitadores com
informações dos trabalhos executados.
 Reunir-se com facilitadores a cada quinze dias para acompanhamento e orientação
das atividades. Esse encontro poderá ser presencial ou por videoconferência.
 Valorizar as boas práticas realizadas pelos facilitadores.
 Garantir a aplicação da metodologia do Arranjo Educativo Local.
ANEXOS
Operação

Ambientes de Aprendizagem

As Agendas de Aprendizagem são dividas em três momentos, a partir das temáticas mobilizadoras.
A seguir, alguns elementos que compõem a abordagem de cada momento:

Reconhecimento do Eu
“Eu”

O Reconhecimento do Eu é um movimento constante. Está ligado às atividades da pessoa, seus


valores, sua história de vida, ao futuro, sonhos e expectativas. O objetivo da oferta de situações de
aprendizagem neste momento é promoção da expressão e acolhimento dos desejos e interesses de
cada um, que terão reflexos diretos na autoimagem e na responsabilização por seu próprio
desenvolvimento e do meio.

Fortalecimento de Laços
“Eu com os Outros”

No Fortalecimento de Laços, o foco deve ser o estabelecimento da confiança e da colaboração com o


outro, o que possibilitará o fazer juntos. A identificação dos próprios limites é ponto importante para a
integração social. Também é fundamental o reconhecimento dos saberes individuais, que guardam
suas diferenças, mas são complementares. O convívio social auxilia na tomada de decisões e na
habilidade de avaliar uma situação e extrair conclusões nas melhores escolhas.

Desenvolvimento Sustentável
“Nós No Mundo”

Neste momento é que se inicia o planejamento de movimento de mudança, considerando o


aprofundamento da confiança e da cooperação e o fortalecimento dos laços entre os participantes.

PASSO A PASSO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM:

Apresentação
Refere-se ao primeiro contato do facilitador com o grupo e vice-versa. Também envolve momentos de
acolhida de um novo membro. É o momento de esclarecimento da dinâmica do grupo, a metodologia
a ser apresentada. Também aqui é necessário pesquisar a expectativa dos participantes. Pode-se
lançar mão de técnicas de apresentação e de descontração para promover um clima favorável, a fim
de dar início ao objetivo do dia.

No primeiro encontro, é primordial que se firme o contrato inicial com os participantes, aqui chamado
de “Regras de Convivência”. Essas Regras consistem em estabelecer com o grupo objetivos e regras
específicas, deixando claro o contexto, espaço e a duração daquela Agenda. O sucesso das Agendas
está principalmente no envolvimento do grupo na aceitação e no compromisso proposto pelo
facilitador.
Aquecimento
Introduz o tema “mobilizador” centrado inicialmente no “eu” (nos primeiros 2 encontros). Na
sequência dos encontros desenvolve-se a condução focando na perspectiva “eu com o outro” e “nós
no mundo”. Não se pode esquecer que técnicas devem favorecer um entrosamento entre os
participantes e a integração do grupo.

Aprofundamento
Exploração do tema na essência. Sugere condução para evolução a um propósito grupal de forma
cooperativa, envolvendo a maturação e integração. Envolvem-se negociações e responsabilidades
mútuas. É nesta fase que geralmente surgem conflitos que o facilitador pode identificar e trabalhar
dentro dos limites e especificidades do grupo.

Processamento
Momento de conclusão das atividades, quando se compartilha percepções, sentimentos e sugestões
para andamento dos próximos encontros. O momento final do trabalho deve propiciar que todos os
participantes possam comentar o que sentiram, pensaram e perceberam do trabalho como um todo.

Os 3 Momentos no Ambiente de Aprendizagem

1. Primeiro Momento: Eu

Nesta etapa dos encontros o foco é trabalhar a escuta dos participantes sobre suas escolhas e vivências.
Propõe-se problematizar as seguintes questões: Quem sou eu? Qual é a minha história? Qual é o meu papel?
Com o que e com quem me identifico? O que desejo? Tais proposições serão trabalhadas por meio de dinâmicas,
rodas de conversas e vídeos elencados abaixo.

1.1 Dinâmica do Nome

Objetivo: Promover uma proximidade entre os participantes. Essa dinâmica pode ser proposta no primeiro dia
em que um grupo se encontra. É ótima para gravação dos integrantes das oficinas.

Materiais: Músicas “bregas” digitalizadas;

Desenvolvimento: Em círculo, assentados ou de pé, os participantes se apresentam em 3 etapas:

A) Compõe um gesto enquanto fala o seu nome;


B) Cada participante repete o nome e o gesto de cada integrante que o antecedeu;
C) Cada participante escolhe o gesto que mais gostou e o reproduz ao centro do círculo. A criadora do
movimento ao se identificar tenta pegar o participante que o representa, o qual deve voltar ao seu lugar
anterior para que não seja pego. Contudo se o reprodutor do gesto for pego tem que cantar uma
música “brega” já pré-selecionada e digitalizada pelo facilitador.
Obs: Recomenda-se que tal dinâmica seja realizada por um grupo de 10 participantes.

1.2 Linha do tempo

Objetivo: refletir sobre a história pessoal promovendo um olhar para os fatos que aconteceram no decorrer da
vida e como eles influenciam nossas escolhas atuais.

Materiais: Folha de papel, lápis, canetas.

Desenvolvimento: Cada participante traça uma linha cronológica em um papel. Nesta linha deverão ser
registrados momentos considerados por eles importantes desde o nascimento até o dia de hoje.

Obs: essa mesma atividade pode ser feita oralmente respondendo as seguintes questões: Do que tenho
saudade? Quais são meus prazeres? Quais são meus sonhos?

1.3 Eu em três minutos

Objetivo: Propiciar uma reflexão imediata sobre como me identifico. Quais são as características que se
destacam em mim.

Materiais: Folha de papel, lápis, canetas.

Desenvolvimento: Os participantes tem o tempo de três minutos para se apresentarem em uma folha de papel.
O meio para a apresentação (escrita, ilustrada, etc) fica a escolha do participante.

1.4 "DNA/Herança Genética"

Objetivo: Promover uma autocrítica

Material: 1 Folha A4 para cada participante, Canetas, lápis; música ambiente.

Desenvolvimento: Cada participante divide sua folha em quatro partes sem as destacar. Cada quadro deverá ser
respondido com as questões propostas pelo facilitador.

Quadro 1: Escolha uma pessoa que você se relaciona diariamente. Como você a descreveria em 5
palavras.
Quadro 2: Escolha uma pessoa que você admira. Aponte o que te chama atenção nessa pessoa.
Quadro 3: Pontue três características que não te agradam nas pessoas provocando um afastamento e
um bloqueio de relacionamento.
Quadro 4: O participante, nesse quadro, responde as questões dos quadro anteriores com o foco para o
eu.( As questões são: Como você se descreveria em 5 palavras. Aponte o que te chama atenção em
você. Indique 3 características suas que não te agradam e que dificultam um relacionamento com outras
pessoas)

Obs: Verificar modelo da atividade em anexos.

1.5 Dinâmica: "Para quem você tira o chapéu"?

Objetivo: Reflexão sobre características evidentes nas pessoas

Materiais: 5 cartolas( a cartola pode ser confeccionada com papel cartaz) ou utilizar bonés, chapéus para essa
dinâmica; espelho pequeno, foto de 4 líderes conhecidos pelos participantes; Música animada que dialogue com
os gostos dos participantes;

Procedimento: Dentro da cartola, ou boné, ou chapéu, deve ser pregada as fotos e o espelho de maneira que os
participantes não vejam o material que se encontra no seu interior;

Desenvolvimento: Em círculo, as cartolas (ou chapéus, bonés) passam pelas “cabeças” dos participantes
enquanto a música toca. O faciltitador pausa a música quando achar ideal e os participantes que estiverem com
a cartola olham para que o se encontra no seu interior e, sem dizer o que veem, declaram se tiram ou não o
chapéu, justificando a resposta;

1.6 Deixe-me ser; só não me deixe de amar

Objetivo: Reflexão sobre relacionamentos

Materiais: Tira de papel colante, caneta, música animada que dialogue com as características dos participantes;

Procedimento: Escolher alguns participantes para colocar tiras de papel colante na testa com as seguintes
descrições: ande no mesmo passo que eu, me abrace, pisque, me faça sorrir, respire comigo, me dê as mãos, fuja
de mim;

Desenvolvimento: Os participantes deslocam pelo espaço ao som de uma música. Os participantes sem fita ao
cruzarem os que estão com fita realizam a ação descrita na testa;
Obs: A mesma dinâmica pode ser repetida alterando as ações com tarefas que se assemelham com as anteriores.
O importante é que a atividade trabalhe a exclusão.

1.7 Endereçado para um futuro

Objetivo: Autoanálise de como nossas escolhas incide na nossa vida;

Material: Envelope, sulfite, caneta.

Desenvolvimento: Individualmente, cada participante escreve sobre seu momento atual;


No penúltimo encontro cada participante abre sua carta e compartilha as mudanças que ocorreram em sua vida,
refletindo como a participação nos encontros do Arranjo afeta sua atual condição;

Obs: Os envelopes devem ser guardados pelo facilitador.

1.8 Espelho, espelho meu: quem sou eu?

Objetivo: Refletir em como a rotulação incide em certos padrões de comportamento.

Material: Tira de papel colante, caneta, música animada que dialogue com as características dos participantes.

Procedimento: As tiras de papel colante devem conter, com letras bem visíveis, as palavras SOU SURDO(A) / SOU
PADRE / SOU FRIERA / SOU ENGRAÇADO (A) / SOU SÁBIO / SOU PREPOTENTE / SOU ANTIPÁTICO(A) / SOU
TÍMIDO(A) / SOU CRIANÇA / SOU HOMOSSEXUAL / TENHO SINDROME DE DOWN / SOU MUDO / ADORO FUNK /
SOU “NERD” / SOU POBRE / SOU RICO(A) / SOU IDOSO(A) / SOU ADOLESCENTE / SOU PASTOR / SOU UM
MORADOR DE RUA / SOU HUMILDE / TENHO MEDOS / SOU VAIDOSO(A) / SOU DEPENDENTE QUÍMICO/

Desenvolvimento: Divididos em dois grupos, as tiras de papel colante deverão ser aplicadas nas testas dos
participantes do grupo um, sem que cada um veja o que está escrito nela. Ao som da música, os dois grupos
devem ocupar o espaço caminhando sem nenhuma regra. Ao parar a música sob o comando do facilitador, um
participante do grupo dois deverá formar uma dupla com um participante do grupo um. Esse participante do
grupo dois deverá representar uma ação de como agiria com a pessoa que está descrita na testa.
Roda de conversa: Cada participante deve expressar a sua perspectiva sobre a atividade e de que forma as
rotulações tabelam o nosso comportamento, assim como existência de um pré-conceito sobre cada situação.

Sugestão: Se o grupo estiver em número impar, um dos integrantes do grupo pode controlar o som.
1.9 Sim ou Não?

Objetivo: Promover uma reflexão dos participantes para suas atitudes diárias.

Material: Aparelho de som; Músicas calmas que dialogue com a realidade dos participantes; Perguntas
elaboradas pela facilitadora;

Desenvolvimento: Todos os participantes formam um paredão, um do lado do outro. A facilitadora da oficina


lança perguntas aos participantes. Aquele que obter como resposta SIM, caminha para frente. Aquele que tiver
como resposta NÃO, fica parado. As perguntas devem apresentar um tom reflexivo para que os participantes
repensem e reflitam suas atitudes e escolhas na vida.
Ex: Você, hoje, deu Bom dia para alguma pessoa desconhecida? Você já ajudou um cego? Você se arrepende de
algo que já fez? Você se arrepende de algo que não fez? Você já teve nojo de alguma pessoa que encontrou na
rua ou em qualquer outro lugar?

Obs: A dinâmica acima pode ser desdobrada com o seguinte direcionamento. Ao som de uma música a
facilitadora continua o jogo de perguntas, a qual deve ser respondida apenas quando a música parar. Os
participantes que tiverem como resposta SIM formam um círculo em pé, enquanto os que desejarem responder
NÃO sentam no chão formando uma fila.

#O intervalo entre a pergunta e a reposta direcionada pela pausa da música tem como intuito permitir
que os participantes repensem sua resposta.

1.10 Stop

Objetivo: Trabalhar a compreensão do eu através da reflexão de respostas lúdicas do jogo.

Materiais: Papel e caneta

Desenvolvimento: Os participantes jogarão Stop, contendo perguntas sensibilizadoras. Após o jogo, os


participantes devem criar um Produto Visual/Poético com referência às respostas no jogo Stop. Este produto
será apresentado em uma exposição parta os demais participantes.

Obs: Verificar modelo da atividade em anexos.


1.11 De acordo com o ritmo

Objetivo: Lidar com as mudanças

Material: Seleção de diversas músicas de estilos diferentes.

Desenvolvimento: Coloca-se uma música e os participantes precisam dançar. As músicas vão se alternando
entre os estilos e os participantes precisam mudar repentinamente a forma de dançar.

1.12 O que pior faço; O que melhor faço?

Objetivo: Criar espaço de reflexão sobre os talentos singulares dos participantes.

Materiais: Papel e caneta

Desenvolvimento: Esta atividade será realizada em duas etapas, sendo elas:

1) O Facilitador realiza as perguntas acima aos participantes, e estes respondem um a uma


palavra.

2) Os participantes são convidados a expressar em uma folha de papel as seguintes questões:


O que você entende por talento? Como seu talento contribuir para uma reflexão sobre a diversidade?

2 Segundo Momento: Eu com o outro

Nesta etapa as dinâmicas se organizam em prol de trabalhar a escuta e a reflexão dos participantes para
suas relações. Perguntas como: Quais são as pessoas e os lugares que hoje você escolhe se aproximar? Como a
diversidade está presente no seu cotidiano? Você é disponível para com o outro? Serão direcionadas no decorrer
dos encontros através de dinâmicas e atividades apresentadas a seguir.

2.1 Idas e vindas

Objetivo: Propiciar uma proximidade entre os participantes.

Material: Nenhum.

Desenvolvimento: Em duplas, um de frente ao outro, inicia-se um jogo de diálogos. Um participante faz uma
pergunta ao outro, até que a resposta seja dada o participante que fez a pergunta caminha para frente enquanto
quem responde caminha para trás.
2.2 Quem é o mestre?

Objetivo: Trabalhar a integração entre os participantes.

Material: Nenhum.

Desenvolvimento: Em círculo os participantes devem escolher uma pessoa para ser o adivinhador. Este deve sair
do local. Em seguida os outros devem escolher um mestre para direcionar os movimentos/mímicas. Tudo que o
mestre fizer ou disser, todos devem imitar . O advinhador tem 2 chances para saber quem é o mestre. Se errar
volta e se acertar o mestre vai em seu lugar.
Dando continuidade a essa dinâmica a facilitadora promove uma roda de conversa a partir das seguintes
questões: Quem hoje é o mestre da sua vida? Existe uma pessoa que te inspira e contamina suas escolhas e
atitudes diárias?

2.3 Dança da cadeira cooperativa

Objetivo: Trabalhar a cooperação entre os participantes.

Material: Cadeira, aparelho de som e músicas.

Desenvolvimento: Uma quantidade de cadeiras, relativa ao número de participantes, é distribuída pelo espaço.
Ao som de uma música os participantes deslocam pelo espaço; quando a música parar todos escolhem uma
cadeira para sentar. Em cada nova etapa a facilitadora retira uma cadeira, contudo fica a tarefa de que ninguém
pode ficar sem cadeira. A dinâmica continua até que só reste uma cadeira.

2.4 Tu pega enquanto eu salvo!

Objetivo: Fortalecer a coletividade entre os participantes.


Material: Nenhum.
Procedimento: O jogo se estabelece da seguinte maneira: Temos
 1 pegador;
 o “figas”-- um aperto de mão no tempo máximo de 5 segundos),
Desenvolvimento: O pegador tem como objetivo pegar todos os participantes. A pessoa ao ser pega faz uma
cabana com o corpo tocando os pés e as mãos no chão. Para salvar a pessoa pega, algum colega deve passar por
debaixo da cabana. Caso 4 pessoas do grupo estejam pegas e ninguém conseguir salvar, o pegador escolhe uma
tarefa para que todos os componentes façam juntos.

Obs: A moral dessa dinâmica é fazer com que os participantes entendam que não devem apenas se proteger
contra o pegador, como ajudar os demais participantes.

2.5 ConFigurado

Objetivo: Refletir a criação de julgamentos e rótulos nos nossos convívios diários.

Material: Uma máquina fotográfica; fotos de pessoas de diferentes estilos, folhas de papel em branco.

Desenvolvimento: Em grupo de 4, os participantes definem e caracterizam a pessoa que se apresenta na


imagem recebida. Nome, profissão, sonhos, vícios, aptidões, medos, características, idade. Em seguida a
facilitadora pergunta: Você convidaria essa pessoa para um bate papo? Você moraria com essa pessoa? Você
trocaria de lugar com ela por um dia? Você iria numa festa com essa pessoa? Você deixaria seu animal de
estimação come essa por um dia?

Após as respostas, é lido a biografia de cada pessoa. Fica a facilitadora a tarefa de quebrar tabus estereotipados
de vestimentas, classe social, etnia.

2.6 E se fosse você?

Objetivo: Refletir sobre como nos posicionamos para e com o outro.

Material: Papel A4, caneta, diversos objetos para servirem de obstáculos, vendas, e um objeto qualquer que será
o alvo.

Desenvolvimento: O facilitador distribui pelo espaço os objetos que serão utilizados como obstáculos, e o
objeto-alvo. Cada participante se posiciona em um local diferente do espaço/sala, e na folha A4 descreve uma
maneira de chegar até o objeto-alvo (para maior precisão o participante pode se locomover pelo espaço). Com o
mapa concluído, cada participante escolhe um instrutor para guiar, tendo como referência o mapa por ele
criado. Contudo, nesta etapa da atividade, o autor do mapa precisa estar vendado.

Questionamentos: No final da atividade propõe-se uma roda de conversa a partir das seguintes questões: (a) Se
você soubesse que o mapa seria para o próprio uso, as referências seriam a mesma? (b) Qual foi sua intenção ao
criar o mapa? Dificultar ou facilitar a chegada ao objeto-alvo? (c) Você sentiu confiança ao ser guiado pelo seu
próprio mapa? (d) Pontos fortes e pontos a melhorar?
2.7 O caso da ponte

Objetivo: problematizar nossos julgamentos em relação as atitudes alheias.

Materiais: Folha A4 e caneta.

Desenvolvimento: JOÃO era casado com MARIA e se amavam.

Depois de um tempo, JOÃO começou a chegar cada vez mais tarde em casa. Maria se sentiu abandonada e
procurou PAULO, que morava do outro lado da ponte. Tornaram-se amantes e MARIA voltava para casa sempre
antes do marido chegar.

Um dia, quando voltava, encontrou um BANDIDO atacando as pessoas que passavam pela ponte. Ela correu de
volta para a casa de PAULO e pediu proteção. Ele respondeu que não tinha nada a ver com isso e que o problema
era dela. Ela, então procurou um AMIGO. Este foi com ela até a ponte, mas se acovardou diante do BANDIDO e
não teve coragem de enfrenta-lo. Eles resolveram procurar um BARQUEIRO, mais abaixo no rio. Este aceitou
levá-la por uma quantia enorme em dinheiro, mas nenhum dos dois tinha a quantia. Insistiram e imploraram,
mas o barqueiro foi irredutível. Enfim, voltaram para a ponte e o BANDIDO matou MARIA.

Tarefa: Colocar os 6 personagens em ordem decrescente de culpa, isto é, coloque em número 1 aquele com o
maior grau de responsabilidade pelo que ocorreu, ficando o número 6 como o menor responsável.

2.8 Minha história é a sua também

Objetivo: Refletir como co-participamos das histórias/vivência de cada pessoa.

Materiais: Folha A4 e caneta.

Desenvolvimento: Cada participante recebe uma folha A4 e a divide em 6 partes iguais, sem destacar as
mesmas. O facilitador deixa a tarefa que cada participante pense em um momento em que se sentiu inferior.
Após a reflexão, cada qual inicia a descrever a situação no quadro 1. Seguindo os comandos do facilitador, os
participantes passam as folhas para o participante do lado direito, que deverá continuar a história, seguindo essa
lógica até que o quadro 6 seja preenchido. Ou seja, cada participante fica incumbido de um quadro, sendo o
participante que escreverá a última parte responsável pela criação do título da história.

Obs.: O facilitador deve delimitar um tempo para cada quadro. Ao final, encerrar a atividade com uma roda de
conversa a partir do seguinte questionamento: (a) Qual é o meu papel e como afeto diretamente na história do
outro? (b) O que você achou da sua história? (c) Como foi interferir na história do seu colega?
2.9 3 em 1

Objetivo: Trabalhar as diversas formas de comunicação/expressão.

Materiais: Folha A4 e caneta.

Desenvolvimento: Esta atividade de mímica será realizada em três etapas, sendo elas:

1) Os participantes formam uma fila indiana. O último da fila precisa fazer um desenho qualquer nas costas
do participante da frente, e a mensagem será repassada dessa maneira até chegar ao primeiro da fila,
que devera reproduzir a sua compreensão em um papel ou quadro negro.

2) Formam dois times. Um integrante – tradutor - de cada equipe fica de frente para os demais, enquanto
um dos facilitadores fica atrás da equipe, escrevendo palavras/ações no quadro negro. Estas
palavras/ações deverão ser representadas pelo tradutor através de mímicas ou palavras-chave, para
que a equipe adivinhe as mesmas.

3) Um facilitador fica com um participante dentro da sala e os demais se retiram. O facilitador vai fazer
uma mímica para esse participante e depois sai e entra outro participante na sala. A mensagem precisa
ser repassada para esse participante, e assim segue a sequência do jogo até que o último ao entrar na
sala precisa repassar a mensagem para todos.

2.10 Arquitetos contra o tempo

Objetivo: Trabalhar a compreensão sobre a diversidade de pensamentos, ideias e opiniões.

Materiais: Blocos de montar e cronômetro.

Desenvolvimento: Esta atividade será realizada em duas etapas, sendo elas:

1) Os participantes são separados em pequenos grupos. Nos grupos, fica a tarefa de construir uma casa,
sendo que cada participante tem um tempo estimado de 30 segundos, ao término do tempo outro
participante fica encarregado de continuar a tarefa.

2) Agora, todos os participantes do grupo devem construir uma casa. Cada participante deve colocar uma
peça por rodada, porém, não pode haver um planejamento prévio de como será a casa.

2.11 O que vem na cabeça

Objetivo: Favorecer uma experiência de troca de experiências, de reflexão sobre questões pessoais.

Materiais: nenhum
Desenvolvimento: Formam se dois círculos de pessoas, um dentro do outro.
O círculo de dentro vira-se para fora, fazendo com que as pessoas fiquem frente a frente com o círculo
de fora.
Ao início da dinâmica, a roda de dentro é de ouvintes e a de fora de falantes. O facilitador lança um
pergunta (sobre diversidade) e ao seu comando o grupo de falantes deve responder, olhando para
aquele que está diretamente a sua frente. Os falantes devem falar sem parar, trazendo a tona o que
lhes vier a cabeça sobre o tema. Os ouvintes devem ouvir sem interferir.
Na sequência, o círculo de fora gira, fazendo com que o participante fique frente a frente com a próxima
pessoa do círculo de dentro. Um nova pergunta é lançada e a dinâmica se repete para falantes e
ouvintes. Invertem-se os papéis dos círculos, fazendo com que os ouvintes passem a falar e vice-versa.

3 Terceiro momento: Nós no mundo

Neste momento é criada uma reflexão sobre o posicionamento do coletivo e suas ações no ambiente social. Aqui
as necessidades individuais e grupais são dialogadas de acordo com o meio cultural onde estão localizados. É
nesta etapa que a criatividade é provocada, a fim de construir uma postura politica diante da sociedade.

3.1 Ilhados sim, afogados nunca!

Objetivo: Refletir sobre o trabalho em grupo e a importância de cada um para que o resultado seja positivo.
Materiais: barbante ou giz; tiras de papéis coloridos, sendo: 2 da cor azul; 5 da cor vermelha; e o restante
(de acordo com o número de participantes), deverá ser da cor verde.

Desenvolvimento: Fazer um círculo que não seja muito grande no chão com o barbante ou com o giz. Esta
área é uma ilha e os participantes são nadadores que precisam alcançá-la para serem salvos. O objetivo do jogo é
que todos os participantes cheguem até a ilha. Para isso, as tirar de papel deverão ser distribuídas entre os
participantes, e a chegada à ilha se dará da seguinte maneira: participantes com as tiras azuis serão os primeiros
a entrar na ilha; seguidos dos participantes de estão com as tiras vermelhas e por último os que estão com as
tiras verdes. Os participantes precisam se adequar para que todos estejam dentro da ilha, sendo que nenhuma
parte do corpo pode ficar para fora.

A atividade poderá ser repetida diminuindo o diâmetro do círculo a cada participação.


3.2 Passo por passo dentro do saco

Objetivo: Facilitar a vivência de valores e resolução de desafios. Trabalhar o trabalho em equipe, assim como
a importância do diálogo, e o respeito pelo próximo.

Material: Um saco gigante, confeccionado com tecido utilizado para forro de biquínis e sungas, pode ser
adquirido em lojas de venda de tecido por quilo. Ele vem em formato tubular, então é só medir a altura do saco
que você acha ideal, cortar, costurar e está pronto.
Três objetos.

Desenvolvimento: Todos os participantes precisam entrar no saco, e juntos percorrer um caminho com
obstáculos. Nesse trajeto, eles precisam pegar três objetos, que estarão dispersos pelo local onde a atividade
será realizada.
Os participantes terão um tempo inicial para traçar uma estratégia determinado pelo facilitador, mas deve ser
um tempo curto. A atividade começa quando os participantes começarem a percorrer o trajeto, e só acaba
quando chegarem no ponto final e com os objetos recuperados.

3.3 Painel Grupal

Objetivo: Trabalhar a construção e argumentação de ideias. Ideal como aquecimento para outra atividade
onde os temas propostos serão trabalhados.

Material: Tiras com os temas propostos.

Desenvolvimento: A atividade é desenvolvida em três etapas:

1) Os participantes são divididos em cinco grupos e durante aproximadamente cinco minutos buscam uma
conclusão e um consenso sobre cada um dos temas seguintes (ou eventualmente outros): a) Para
alcançar a paz é essencial...; b) Para que exista lei e ordem é necessário...; c) Para unir todos em torno
de um mesmo objetivo é preciso...; d) Para que toda democracia seja exercida, precisamos...; e)
Somente poderemos crescer, se... – Enquanto os educandos discutem, o educador passa em cada um
dos grupos e atribui a cada componente uma letra do alfabeto de A até E (havendo mais que cinco
educandos em algum grupo, dois terão a mesma letra).
2) O educador desfaz os grupos originais e organiza outros, tomando por base as letras atribuídas. Nesses
novos grupos, os alunos expõem as conclusões a que chegaram na primeira parte da atividade.
3) Abre-se um debate geral para se chegar às conclusões e à visão que os alunos possuem sobre os fatos
discutidos.
3.4 Nó Humano

Objetivo: Trabalho em grupo, cooperação e resolução de problemas.


Jogos Cooperativos

Material: Música.

Desenvolvimento: Forme um círculo, todos de mãos dadas. Oriente cada um para observar bem que está a
seu lado direito e a seu lado esquerdo e frise bem que não pode esquecer, nem trocar!". Peça ao grupo que solte
as mãos e caminhe livremente pela sala, procurando cumprimentar pessoas diferentes daquelas que estavam a
seu lado. Depois de um minuto, peça que parem onde estão.
Peça que cada um procure, sem sair do lugar, dar a mão novamente a quem estava à sua direita e à sua esquerda
(quanto mais confusa for esta parte melhor). No final, você deve ter um amontoado de gente.
Agora a brincadeira começa: o objetivo é, sem soltar as mãos, voltar a ter um círculo no centro da sala. O grupo
deve conversando entre si, determinar quem passa por baixo de que braços, e por cima de outros braços, até
que o círculo fique completo. Podem se formar vários grupos, e fazê-los competir entre si (quem termina mais
rápido, quem termina certo, etc..).
Reflexão
Depois do jogo, proponha uma reflexão: Alguns terão que fazer um esforço maior que outros, mas todos terão
que fazer a sua parte. Esta dinâmica chama a atenção para a mensagem de que, se o trabalho em grupo é
planejado, tudo funciona melhor, e o resultado certamente será positivo.

3.5 Todos até 10

Objetivo: Despertar o grupo para o para um estado coletivo de atenção, baseado nas questões vividas no
encontro.

Material: nenhum.

Desenvolvimento: Forma-se um grande círculo, e como objetivo comum, o grupo tem de contar até dez.
Porém, apenas uma pessoa deve ditar um número por vez. Se duas pessoas falarem juntas, a contagem zera e o
jogo se inicia. O grupo como um todo tem de realizar a tarefa em menos de cinco tentativas.

3.6 Barco a deriva

Objetivo: trabalhar a cooperação e a importante de cada um dentro do coletivo.


Material: Uma folha flipchart ou então tamanho A1.

Desenvolvimento: Considerar o número de participantes. Para cada quatro, utilizar uma folha de flipchart.
Construir uma barca utilizando o número de folhas de flip adequado. Todo o grupo deverá embarcar na barca
que estará localizada em um extremo da sala de trabalho. O desafio do grupo é atravessar a sala sem deixar que
os passageiros sofram algum acidente, caiam da barca. Importante também que não rasguem a folha. O grupo
terá que determinar uma técnica para que juntos, vençam o desafio. Terão um tempo determinado. É possível
dar um tempo para que saiam da barca e definir um meio de chegar ao final. Terminado o tempo, o grupo fará
uma reflexão sobre:
-O que deu certo? O que poderia ter sido diferente?

3.7 Campo Minado

Objetivo: trabalhar o desenvolvimento de estratégias em grupo para situações diversas.

Material: Fita adesiva e bexiga.

Desenvolvimento: Organiza-se um campo minado no chão usando fita adesiva; no meio, coloque balões
e/ou objetos como obstáculos. O grupo ficará em uma das pontas do campo e terá como objetivo final que
TODOS os integrantes atravessem os obstáculos, de olhos vendados, dentro do tempo estipulado. Destacar que
não é permitido tocar nos obstáculos, uma vez tocado ou pisado nas linhas laterais do campo, o grupo sofrerá
consequências (todos pulando 5 vezes, todos em silêncio por 30 segundos, todos cantando...).Considere o grupo
sendo responsável pelo cumprimento do tempo durante as consequências. Inicie o jogo dando um determinado
tempo (varia de acordo o número de participantes). Se não atingirem o objetivo no tempo determinado, dê 5
minutos para elaboração de uma estratégia. Nova tentativa, com o tempo igual ao inicial. Refletir o que deu
certo, o que não deu. Quais as percepções.

3.8 A Teia

Objetivo: Perceber o outro, perceber que estamos conectados, que a TEIA é um todo e suas variações podem
influenciar a vida de cada integrante da mesma, perceber que nem sempre temos respostas, que as pessoas
pensam de maneira diferente, agem de maneira diferente e tudo bem isso acontecer, considerando de certas
condições.
Material: Barbante/ novelo de lã, um personagem para cada participante.

Desenvolvimento: Cada participante receberá um personagem, um papel que deverá desempenhar. Esse
personagem vai pensar em uma dificuldade que possui em relação a diversidade e expor a mesma aos colegas.
Lançada a teia, quem a recebeu deverá incorporar o personagem e expor qual a sua visão sobre a
dificuldade/tema. E assim sucessivamente...Reflexão.

3.9 Fábrica de origami

Objetivo: abordar questões planejamento trabalho em equipe, utilização de recursos disponíveis e jogo de
cintura para a falta de recursos.

Material: Papel sulfite A4 e o molde do origami (cachorro).

Desenvolvimento: Dois voluntários (facilitador de uma agenda de origami), cada lider deverá formar sua
equipe de trabalho. O líder terá um tempo para estudar as orientações sobre a produção do origami enquanto a
equipe conversa sobre como a autonomia, a confiança, a cooperação e a diversidade podem ser trabalhadas no
dia a dia.

Os grupos recebem a orientação de que deverão decidir entre produzir a cabeça do cachorro ou o
cachorro inteiro para a venda desse produto. Obs: Essa matéria prima terá um custo (R$100,00), que
será cobrado após o lucro da venda do produto finalizado.

O comprador só irá adquirir o produto se este estiver em perfeitas condições e sendo exatamente da
mesma medida do molde. Salientando que o custo da cabeça é de R$50,00 e do corpo inteiro é
R$100,00.

Líder deve solicitar a quantidade de matéria-prima que julgar necessária. Equipes se organizam para
inicio das atividades (facilitador já deu suas orientações). Tempo para produção. Compra dos produtos.
Reflexões e percepções: do líder, ao planejar a produção e observar sua equipe. Da equipe, ao refletir
sobre o tema designado e ao participar da produção.

Obs: Verificar modelo da atividade em anexos.

3.10 Cases sobre diversidade

Objetivo: Aquecer o discurso perante a diversidade e o contexto onde esta está inserida.

Material: Matérias de periódicos sobre a diversidade.


Desenvolvimento: Em pequenos grupos, a partir da leituras, se debate sobre: Qual a sua leitura das
reportagens? Pontue algumas situações que lhe chamam atenção. Como você aplicaria esses cases em
um trabalho com os participantes do Arranjo?

3.11 Atividade: Ritmo/Letra/Dança

Objetivo: Adequação sobre diferentes ideias e contextos dentro de uma organização.

Materiais: Papel e caneta, (se possível, instrumentos musicais)

Desenvolvimento: O grupo é divido em três subgrupos. Cada qual fica responsável por criar uma das
três atividades: ritmo, letra e dança. Posteriormente as atividades serão apresentadas individualmente
e, na sequência, unificadas.

3.12 Caça ao tesouro

Objetivo: Propiciar uma vivência lúdica sobre o tema “diversidade”.

Materiais: Papel, tesoura, canetas, envelope, fita adesiva.

Desenvolvimento: Cada participante deve criar um mapa para que outro participante chegue a um
ponto específico. Este mapa deve passar por três lugares diferentes em que cada um deles encontre um
envelope no objetivo final. Desta forma serão três envelopes diferentes que contém as peças de um
mesmo quebra cabeça que será um texto a ser trabalhado sobre a diversidade. O quebra-cabeça será
montado por todo o grupo

Diretrizes

As diretrizes são temas norteadores que deverão ser privilegiados durante o desenvolvimento das
atividades de contra turno, como forma de complementar a Oficina de Aprendizagem e aprofundar as reflexões.

Primeiro Momento: Eu

Objetivo: Destacar a individualidade, características únicas enquanto ser emocional, social, familiar e de
gerações.

 Identidade;
 Individualidade;
 Subjetividade x Objetividade;
 Família;
 Valores.
Reflexões sugeridas:
Identidade é tudo aquilo que é exclusivo de um sujeito (nome, sobrenome, cidade onde nasceu, onde
mora, estado, descendência, religião, cor, orientação sexual etc...) e como reflete na minha história, nos
papéis que desempenho no cotidiano?

Exercer a minha individualidade é ser eu mesmo? Como faço para distinguir criticamente entre o que de
fato é inerente a minha pessoa e o que pode estar sendo imposto para mim? Uma opinião é sempre
subjetiva, mas pode não ser autêntica, e sim fortemente influenciada por terceiros?
Obs.: Subjetividade (refere-se a coisas pertencentes ao sujeito, como gostos, opiniões, sentimentos) x
Objetividade (tem a ver com fatos, com verdades praticamente absolutas).

Qual o meu conceito de família, qual é o modelo da minha família?


Quais os meus valores, quais da minha família, quais eu quero conservar?

2 Segundo Momento: Eu com o outro

Nesta etapa as dinâmicas se organizam em prol de trabalhar a escuta e a reflexão dos participantes para
suas relações. Refletir sobre as semelhanças e diferenças entre as pessoas mais próximas, até que ponto elas se
diferenciam de mim?

Capacidade de receber criticamente os meios de comunicação, a acessar informações, valorizar o


conhecimento e o saber social

 Relações de gênero;
 Orientação sexual;
 Leitura e análise crítica na mídia.

Reflexões sugeridas:
Qual o impacto emocional de um insulto verbal?
Como lidamos com limites, tolerância?
O que sente em relação à diversidade dos estilos de vida de lésbicas, gays e bissexuais e de pessoas com
outros grupos étnicos?
Até onde posso ir à apresentação de opiniões diferentes das minhas?
Como lidar com perspectivas opostas sobre a diversidade no meu grupo?
Como lidar com pais que esperam a escola promova o seu próprio estilo de vida?
Como posso evitar certos estilos de vida quando pessoalmente não os aprovo?
3 Terceiro momento: Nós no mundo

Destacar valores que favorecem a convivencialidade entre todos, indiferente de credo, raça, posição social,
opção sexual etc.

Prioridades que são estabelecidas à partir desses valores – dinheiro, status, poder, bens, estética etc.

 Diversidade cultural
 Tolerância/ Direitos Humanos
 As formas de relações afetivo-sexuais na escola, classe social, raça e credo etc. e suas implicações.

Reflexões sugeridas:

Experimentar as diferentes nuances de se pertencer a uma maioria ou minoria.

Cultura e Diferença entre os sexos – marcam as diferenças.

Aprendendo a ser homem ou mulher, masculino ou feminino como aprendizado social. Contradições debatidas
na escola – oposição ao sexismo.

Uso da palavra para a substituição a violência física para resolução de conflitos.

Gangues, galeras...quadrilhas – repensar práticas que reforçam e reproduzem relações desiguais e hierárquicas
entre meninos e meninas e entre os mais fortes e os mais fracos. As diferenças existem, mas isso não justifica a
superioridade de uns pelos outros.
Dimensões de Aprendizagem

As Dimensões de Aprendizagem do Arranjo Educativo apoiados nos 4 Pilares da Unesco inspiram as


reflexões nos 3 Momentos, trabalhando as temáticas mobilizadoras: Autonomia, confiança e
cooperação.

 Herança Cultural: Conhecer o significado e a origem das tradições e costumes de sua comunidade.
 Comunicação e Expressão: Capacidade de receber criticamente os meios de comunicação, a acessar
informações, valorizar o conhecimento e o saber social, símbolos e códigos. Saber selecionar as
informações significativas, acessá-las e aprender com elas. Lidar com novas situações, obstáculos que
surgem no cotidiano fornecem preciosas oportunidade para o desenvolvimento desta habilidade.
Experimentar situações problemáticas inventadas, hipotéticas, em grupo ou individualmente. Aprender
a analisar as situações, as diversas saídas para o mesmo problema, prever consequências, considerar o
problema em todos os seus aspectos.
 Qualidade de Vida - Aprender a se cuidar, compreender o funcionamento do próprio corpo sem
preconceitos ou tabus e adotar comportamentos adequados para a saúde física e mental. Cuidar da
própria saúde e do bem comum
 Habilidades Cotidianas - exercício da autonomia e da solidariedade, já que favorece o desenvolvimento
de habilidade e o reconhecimento de que, em algumas situações, pode cuidar de si próprio, colaborar
com a família ou com a comunidade.
 Aptidões e Talentos – aptidão de trabalhar em grupo, aptidão de trabalhar em equipe e de decidir em
grupo, aprender a gerir e resolver conflitos, boa articulação verbal, espírito de iniciativa e flexibilidade.
 Habilidades Sociais - Aprender a perceber os outros; relacionar-se com o outro de modo responsável e
justo; a lidar com forma construtivista com suas potencialidades e limites, ser capaz de elaborar
pensamentos autônomos e críticos.
 Inteligência Emocional - Aprender a se conhecer, a conhecer o mundo que o rodeia, a lidar com os
sentimentos e ser capaz de viver a própria intimidade.
 Consciência Planetária - Trabalhar em conjunto sobre projetos motivadores e fora do habitual, as
diferenças e até os conflitos interindividuais tendem a reduzir-se, estimulando a participação em
atividades sociais: renovação de bairros, ações humanitárias, serviços de solidariedade entre gerações.
Gerência

MARIA CRISTHINA DE SOUZA ROCHA

Coordenação

MARIA APARECIDA ZAGO UDENAL

Equipe técnica

JULIANA DE REZENDE PENHAKI

KARIN BRUCKHEIMER

Colaboradores na Organização

DANILO SILVEIRA

GUSTAVO SANTOS SILVA

LUDMILA AGUIAR VELOSO

LOUISE LOPEZ

SILVIA PESSOA TEUBER

Contatos

41 3271-7523

41 3271-7498
Modelo para a atividade 3.9 Fábrica de origami

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