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Para o autor o conceito de escola é definido em um local onde se encontra o conhecimento para
buscar ensinamentos e bons envolvimentos entre os indivíduos. Esse ambiente criado
especificamente para o aprendizado dos alunos, pois é na escola que se faz um cidadão e nessa
instituição de ensino que se caracteriza a colaboração para a democratização, ajudando a cumprir
a sua função e consequentemente leva o cidadão a ser um aprendente, com o intuito de construir
conhecimentos. A instituição escolar deve ser um ambiente de transformação de relações sociais,
não de reprodução da sociedade como ela é. Deve-se constituir, portanto, num ambiente que
promova a mediação entre o aluno e o mundo da cultura construída socialmente, visando
transmissão e apropriação ativas do conhecimento e habilidades com atuação crítica e analítica
sobre o modo de produção predominante na sociedade.
Na visão do autor a concepção de ensino está relacionada no encontro do aluno com o
conhecimento geral, provocado pelo professor. O discente como receptivo do ambiente em que
vivência passa a absorver os conteúdos envolvidos. A área pedagógica tem a responsabilidade de
participar na concordância dialética na prioridade da atividade do discente, na obtenção do saber
transferido pelo docente. Libâneo deixa claro que o ensino é uma relação entre sujeito e objeto
de informação, com isso resulta em um processo educativo. As atividades de ensino envolve no
conceito do autor a prática social, no qual o profissional de educação deve está comprometido no
que diz respeito às condições socioculturais, além de propiciar o envolvimento do aluno com os
conteúdos e afirmar os resultados desse encontro. O professor tem que fazer com que os alunos
se interessem, descubram situações que conquiste cada indivíduo para que eles tenham empenho
pelo ensino. Buscando cada vez mais domínio do conteúdo que é ensinado, utilizando métodos
criativos para transmiti-los.
Para Libâneo o modo que existe de ensino na escola pública é um método decaído que não
compromete as camadas populares. O ato educativo é um momento de interação social onde
pode se perceber de forma clara para onde convergem fatores econômicos sociais e psicológicos.
As condições econômicas, sociais biológicas e psicológicas uma vez que expressam
circunstancias da realidade social e global, são mediações entre o social/individual e
individual/social e que dificultam e/ou favorecem o acesso dos alunos ao saber escolar.
"Empenhem-se no domínio das formas que possam garantir às camadas populares o ingresso na
cultura letrada, vale dizer, apropriação dos conhecimentos sistematizados. E, no interior das
escolas, lembrem-se sempre de que o papel próprio de vocês será provê-las de organização tal
que cada criança, cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, não veja
frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos incorporando-os como
instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às sua lutas
no seio da sociedade". (SAVIANI,1985)
Segundo Libâneo o processo de aprendizagem consiste num ato dialético, onde o professor atua
como mediador entre as experiências sociais concretas que tem o aluno e o saber novo que tem a
escola a lhe ensinar. Ocorre, então, a contraposição entre o conhecimento que traz o aluno ao
novo conhecimento que este adquire, gerando assim um saber mais evoluído e fundamentado em
suas experiências sociais, por este motivo, o processo torna-se significativo, motivador e mais
interessante para o aluno.