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Para Libâneo a educação deveria servir como um instrumento de luta para a compreensão e

transformação dos conceitos sociais. Valorizava o uso de um conhecimento que possibilitasse a


liberdade intelectual e política para as que as pessoas dessem real significado à informação,
julgando-a criticamente e tomando decisões mais livres e acertadas. Assim, ele propõe quatro
pilares básicos para a escola de hoje, que juntos formam uma unidade, depende um da realização
dos outros. O primeiro deles é o de preparar os alunos para o processo produtivo e para a vida na
sociedade atual, investindo na formação geral, isto é, no domínio de instrumentos básicos
conhecimentos, conceitos, habilidades, valores, atitudes que propiciem uma visão de conjunto
das coisas, capacidade de tomar decisões, de fazer análises globalizantes de interpretar
informações, de trabalhar em equipes interdisciplinares etc. Em segundo lugar, auxiliar os alunos
nas competências do pensar autônomo, crítico e criativo, para que estes possam desenvolver a
capacidade de aprender, de desenvolver os próprios meios de pensamento, de buscar
informações. O terceiro é a formação para a cidadania crítica e participativa, onde escolas criem
espaços de participação dos alunos dentro e fora da sala de aula de forma organizada onde estes
possam praticar democracia, iniciativa, liderança e responsabilidade. O quarto objetivo é a
formação ética. É urgente que os diretores, coordenadores e professores entendam que a
educação moral é uma necessidade premente da escola atual e que eles precisam constantemente
investir na capacitação efetiva para empregos reais e na formação do sujeito político socialmente
responsável. Ele acreditava na reforma educacional como objeto de transformação e crescimento
e por isso mesmo ficou conhecido como um dos maiores pensadores do nosso país, contribuinte
importantíssimo na defesa intransigente da consolidação de uma escola pública de qualidade em
nosso País. O autor traz uma orientação de pedagogia Crítico-social, apreciando o individualismo
de cada um, com a intenção de transformação do indivíduo para que estejam capazes diante de
qualquer situação perante a sociedade. É abordado que a escola é um ambiente de ensino e
aprendizado, visto que o conhecimento é difundido para o encontro das camadas populares, pois
se trata de um meio de socialização e é na instituição de ensino que existe a contribuição para a
democratização.

 Para o autor o conceito de escola é definido em um local onde se encontra o conhecimento para
buscar ensinamentos e bons envolvimentos entre os indivíduos. Esse ambiente criado
especificamente para o aprendizado dos alunos, pois é na escola que se faz um cidadão e nessa
instituição de ensino que se caracteriza a colaboração para a democratização, ajudando a cumprir
a sua função e consequentemente leva o cidadão a ser um aprendente, com o intuito de construir
conhecimentos. A instituição escolar deve ser um ambiente de transformação de relações sociais,
não de reprodução da sociedade como ela é. Deve-se constituir, portanto, num ambiente que
promova a mediação entre o aluno e o mundo da cultura construída socialmente, visando
transmissão e apropriação ativas do conhecimento e habilidades com atuação crítica e analítica
sobre o modo de produção predominante na sociedade.
Na visão do autor a concepção de ensino está relacionada no encontro do aluno com o
conhecimento geral, provocado pelo professor. O discente como receptivo do ambiente em que
vivência passa a absorver os conteúdos envolvidos. A área pedagógica tem a responsabilidade de
participar na concordância dialética na prioridade da atividade do discente, na obtenção do saber
transferido pelo docente. Libâneo deixa claro que o ensino é uma relação entre sujeito e objeto
de informação, com isso resulta em um processo educativo. As atividades de ensino envolve no
conceito do autor a prática social, no qual o profissional de educação deve está comprometido no
que diz respeito às condições socioculturais, além de propiciar o envolvimento do aluno com os
conteúdos e afirmar os resultados desse encontro. O professor tem que fazer com que os alunos
se interessem, descubram situações que conquiste cada indivíduo para que eles tenham empenho
pelo ensino. Buscando cada vez mais domínio do conteúdo que é ensinado, utilizando métodos
criativos para transmiti-los.
 Para Libâneo o modo que existe de ensino na escola pública é um método decaído que não
compromete as camadas populares. O ato educativo é um momento de interação social onde
pode se perceber de forma clara para onde convergem fatores econômicos sociais e psicológicos.
As condições econômicas, sociais biológicas e psicológicas uma vez que expressam
circunstancias da realidade social e global, são mediações entre o social/individual e
individual/social e que dificultam e/ou favorecem o acesso dos alunos ao saber escolar.

"Empenhem-se no domínio das formas que possam garantir às camadas populares o ingresso na
cultura letrada, vale dizer, apropriação dos conhecimentos sistematizados. E, no interior das
escolas, lembrem-se sempre de que o papel próprio de vocês será provê-las de organização tal
que cada criança, cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, não veja
frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos incorporando-os como
instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às sua lutas
no seio da sociedade". (SAVIANI,1985)

 Segundo Libâneo o processo de aprendizagem consiste num ato dialético, onde o professor atua
como mediador entre as experiências sociais concretas que tem o aluno e o saber novo que tem a
escola a lhe ensinar. Ocorre, então, a contraposição entre o conhecimento que traz o aluno ao
novo conhecimento que este adquire, gerando assim um saber mais evoluído e fundamentado em
suas experiências sociais, por este motivo, o processo torna-se significativo, motivador e mais
interessante para o aluno.

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