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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE

Integrantes do Grupo
Nomes Nº
Elias Mucheche 181585
Inês Manuel 181344
Luiana Belga António 180595
Merciana Daniel 180274
Paula Antunes 172211
Raquel Pereira 191715
Zulmira Neto 181293

Diciplina: Métodos de Intervenção Clínica em Crianças e Adolescentes


Docente: Prof. MSc. Nuno Osvaldo Tiago

ACONSELHAMENTO CENTRADO NO PROBLEMA

INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objectivo de descrever o impacto do Aconselhamento
centrado no problema, e especificar de uma maneita sistematica a contribuição da Psicologia
Clínica e da sauda na area do Aconselhamento.

Esta técnica é utilizada pelo psicológo com o objectivo de ajudar o cliente a tomar
uma decisão, promover mudança de vida e obter autoconhecimento e crescimento pessoal. O
aconselhamento centrado no problema visa ajudar o cliente a resolver os seus problemas de
uma forma eficaz, faseada e colaboradativa juantamente com o conselheiro.

Ainda na mesma tematica abordadremos sobre o transtorno do comportamento


Aditivo, o uso de substâncias psico ativa (álcool).

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1. História do aconselhamento

De acordo com Comin (2014) o aconselhamento originou-se com Frank Parsons, em


1909, com o objetivo de promover ajuda as jovens em processo de escolha da carreira e em
face à emergência de novas profissões e ocupações devido à Revolução Industrial.

Ainda, pra o mesmo autor diz que, o foco do aconselhamento era conhecer as
principais inclinações desses jovens para que eles pudessem ser encaminhados para ocupações
consideradas adequadas a esses perfis profissionais, tanto no cenário escolar como no
organizacional, em uma clara referência à teoria de traço e fator.

Para essa teoria, muito empregada no contexto da orientação escolar e profissional à


época, os indivíduos poderiam ser diferenciados entre si em termos de habilidades físicas,
aptidões e interesses, de modo que essas características estariam mais diretamente
relacionadas a determinadas profissões e ocupações.

Assim, o processo de escolha deveria ser racional, encaminhando as pessoas para as


profissões consideradas ideais a partir do exame dessas características apresentadas por cada
um. Tal teoria alinhava-se aos princípios da psicometria e do positivismo, que priorizava a
adaptação e o ajustamento do indivíduo ao mundo do trabalho, por meio do reconhecimento
das habilidades e competências de cada um e dos processos de aprendizagem, distanciando o
aconselhamento do campo da psicoterapia.

Ainda o mesmo autor acima referido diz que com o campo do aconselhamento se
ampliou, passando a designar uma relação de ajuda na qual o cliente, ou a pessoa em busca de
atendimento, buscava alívio para suas tensões, esclarecimentos para suas dúvidas ou
acompanhamento terapêutico em face de problemáticas enfrentadas em diversos domínios da
vida, como o educacional, o profissional e o emocional, não envolvendo apenas o
fornecimento de informações, a aplicação de testes psicológicos e a orientação considerada
diretiva.

2. Aconselhamento

O aconselhamento é uma técnica muito importante a nível da psicologia e muito


utilizada por esses profissionais no mundo todo.

Para Comin (2014) o aconselhamento trata-se de uma experiência que visa a ajudar
as pessoas a planejar, tomar decisões, lidar com a rotina de pressões e crescer, com a
finalidade de adquirir uma autoconfiança positiva. Pode ser considerada uma relação de ajuda

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que envolve alguém que busca auxílio, alguém disposto a ajudar e apto para essa tarefa, em
uma situação que possibilite esse dar e receber apoio.

É ainda compreendido como um processo interativo, caracterizado por uma relação


única entre conselheiro e cliente, que leva este último a mudanças em uma ou mais das
seguintes áreas:

 Comportamento,
 Construtos pessoais,
 Capacidade para ser bem-sucedido nas situações da vida ou conhecimento,
 Habilidade para a tomada de decisão.

3. Princípios para que uma ajuda seja efetiva

Segundo Rogers sitado por Comin (2014) refere que o aconselhamento psicológico é
um campo de atuação que utiliza técnicas generalistas, ou seja, não alinhadas a abordagens
psicológicas específicas, no estabelecimento de uma relação de ajuda considerada efetiva. Os
princípios para que uma ajuda seja efetiva são:

a). Compreensão, que envolve a capacidade de compreender o problema que faz com
que o cliente busque ajuda profissional, em um exercício de profunda investigação acerca
dessa motivação e reflexão para compreensão da problemática apresentada;

b). Mudança no cliente como foco de toda a intervenção, ou seja, quaisquer que
sejam os objetivos trazidos pelo cliente, a assunção dos processos de mudança são indicadores
de que a relação de ajuda está a ser efetiva;

c). A qualidade da relação estabelecida entre profissional e cliente, com foco no bem-
estar daquele que busca ajuda e na possibilidade de que o conselheiro manifeste suas
impressões, desejos e interpretações do modo mais autêntico possível, a fim de priorizar um
relacionamento claro e transparente com seu cliente;

d). Processo sequencial, que se refere à necessidade de que haja um começo, um


meio e um fim da intervenção, o que pode durar um ou mais encontros; estabelecer essa
sequência e cuidar para que ela seja respeitada é tarefa do conselheiro; autorrevelação e
autoconfrontação como recursos que devem ser utilizados pelo cliente com a ajuda do olhar
do conselheiro, ou seja, a ajuda só será efetiva se o cliente puder, em algum momento,
deparar-se com o seu problema e estabelecer, juntamente com o profissional, metas e ações
para promover essas mudanças;

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e). Intensa experiência de trabalho, que significa que o aconselhamento, mesmo
sendo breve, deve ser intenso e envolver um árduo trabalho tanto do profissional como do
cliente no sentido de se atingir os objetivos delineados no início do processo;

f). Conduta ética, que fundamenta toda e qualquer intervenção profissional com seres
humanos. No caso dos psicólogos, deve-se considerar o código de ética profissional, que trata
de diversos elementos da intervenção psicológica, como estabelecimento do contrato de
trabalho, sigilo, confidencialidade e segurança dos dados fornecidos nos atendimentos.

4. Etapas do aconselhamento

Segundo Rogers sitado por Comin (2014) diz que o processo de aconselhamento
possui determinadas etapas nas quais algumas tarefas estão presentes e contribuem para uma
intervenção bem-sucedida. As etapas do aconselhamento, que podem variar segundo algumas
abordagens são:

a) Identificar e analisar problemas específicos;


b) Ampliar a compreensão da pessoa acerca do problema;
c) Avaliar os recursos pessoais existentes e que podem ser desenvolvidos para
resolver o problema;
d) Definição do potencial de mudança dessas condições e atitudes pessoais;
e) Utilização de ações específicas e que podem contribuir para o processo de
mudança e/ou transformação referente ao problema relatado.

5. Aconselhamento centrado no problema

Segundo Rogers sitado por Bennett (2002) diz que o aconselhamento centrado no
problema resulta de uma variedade de quadros teóricos. Tem semelhanças muito fortes com a
terapia humanista na medida em que o seu objectivo fundamental é o de ajudar o cliente a
compreender os problemas e a identificar seus proprios objectivos e as soluções para resolvê-
los.

Como Rogers, considera a qualidade da relação entre conselheiro e o cliente um


elemento fundamental do processo terapêutico. Afirma que os conselheiros devem respeitar e
ser genuinos no relacionamento com os seus clientes, expressar os seus sentimentos e atingir e
mostrar altos niveis de empatia.

Em contraste com Rogers, contudo, aponta que as questões relevantes para o


aconselhamento centrado no problema estão no aqui-e-agora e que o processo de
aconselhamento deveria ser claramente estruturado.

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Segundo Egan identificou três fases através das quais o processo de
aconselhamento deve evoluir:

1) Exprolação e clarificação do problema,


2) Definição de objectivos,
3) Facilitação da acção.

Este processo nem sempre é linear: os clientes podem identificar novos problemas ou
alterar as prioridades à medida que o aconselhamento procegue. Egan afirma que tanto o
cliente como o conselheiro necessita de estar conscientes da fase em que se encontram e que
apenas a conclusão bem sucedida de uma fase permite que as acções empreendidas nas fases
seguintes sejam eficazes.

Egan afirma igualmente que o processo de mudança pode requerer o uso de recursos
ou capacidades que não se encontram naquele momento disponíveis para o individuo. Deste
modo, as fases de aconselhamento podem envolver o ensino de técnicas como o relaxamento
ou de competências de assertividade de modo a facilitar a mudança desejavél.

Fase 1: exploração e clarificação do problema

Segundo Egan, sitado por Bennett (2002) refere que o objectivo da primeira fase do
aconselhamento é o de assegurar que tanto o cliente como o terapeuta compreendem os
problemas que o individuo enfrenta. Muitas pessoas que procuram aconselhamento podem
sentir-se tão perturbadas por diversos problemas e pelas sequelas resultantes que são
incapazes de indentificar ou estabelecer prioridades relativamente as questões especifícas que
necessitam resolver.

É essencial que o conselheiro não repita esse erro e que seja dada a devida atenção ao
processo de indentificação do problema. Frequentemente os profissionais de saúde
apresentam soluções standard para problemas standard sem considerarem os problemas
actuais que o individuo enfrenta.

Aos obesos são apresentadas folhas de dieta, às pessoas com artrite é dada
informação estandardizada sobre mobilização dos membros, etc. Frequentemente sem
considerarem as circunstâncias ou a história das pessoas que a recebem.

No caso dos individuos obesos, por exemplo, fornecer uma folha de dieta sugere
implicitamente que o problema é o da ignorância das alterações de dieta necessárias para
perder peso e que a solução é a de dar essa informação. Raramente o problema é tão simples.

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Egan identificou algumas estratégias adequadas a cada fase do processo de
aconselhamento. Na primeira fase, trata-se de estratégias que fundamentalmente promovem a
exploração efectiva dos problemas por parte do cliente e incluem questões directivas, ou
encorajamentos verbais e encorajamentos minímos.

Egan afirma que o uso de questões abertas deve ser maximizado e que qualquer
questão directa deve ser geralmente seguida por um método menos directivo de encorajar a
consideração do problema.

Fase 2: definição de objectivos

Bennett (2002) alude que uma vez compreendidos os problemas que o individuo
enfrenta, o processo de aconselhamento passa para a segunda fase. Nesta fase o conselheiro
ajuda o cliente a identificar como gostaria de alterar a situação.

De notar que o modo como essas alterações podem ser seguidas não é ainda
considerado: o cliente tem simplesmente de indeficar o que necessita ser modificado e como
gostaria que tudo se passasse no futuro.

Este desejo é geralmente expresso como um objectivo ou uma série de objectivos


intermédios, sempre que possivél os objectivos devem ser definidos em termos
comportasmentais, precisos e praticaveis: objectivos viáveis encorajam a mudança na medida
em que promovem a auto-eficâcia; o insucesso pode reduzir a auto-eficâcia e exacerbar o
problema.

Ainda o mesmo autor acima citado diz que o objectivo do conselheiro no inicio desta
fase é levar o cliente de um processo de exploração do problema para o planejamento de
mudanças futuras. De modo a marcar essa mudança de direcção, Egan sugere que seja
estabelecida uma ponte entre essas duas fases. Isto pode ser alcançado fornecendo um
sumário dos problemas que o individuo enfrenta seguido de questões que impliquem uma
nova focalização: de que modo gostaria que as coisas fossem diferentes?

Fase 3: facilitar a acção

Bennett (2002) defende que a fase final da abordagem centrada no problema envolve
o que o cliente pensa acerca de como podem os seus objectivos ser atingidos. Pode ser
necessário considerar uma variedade de estrastégias alternativas, pelo que geralmente é
pedido aos clientes para fazerem um brainstorming sobre várias soluções antes de escolherem
uma estratégia final ou um conjunto de estratégias.

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É importante que o cliente desenvolva as suas proprias estratégias e assuma as
respectivas responsabilidades e que o conselheiro não dé um aconselhamento formal.
Contudo, quando ao cliente não lhe ocorrerem quaisquer ideias, podem ser feitas sugestões de
modo não directivo, por exemplo, através do uso de frases como «uma pessoa que se
encontrava numa situação semelhante tentou....». Será que é uma estratégia que seria útil na
sua situação?

Ainda o mesmo autor acima citado diz que nem todos clientes necessitam completar
o processo de aconselhameto. Alguns deles beneficiam de tal modo das fases 1 e 2 que não
necessitam de mais ajuda. Também podem mudar de fase para fase de modo menos
estruturado do que seria suposto.

No entanto o quadro conceitual de Egan fornece uma abordagem transparente e


simples que é aplicavél a muitos dos problemas que se deparam a quem tem de mudar o seu
comportamento no contexto da saúde e dos problemas de saúde.

Transtorno por Uso de Álcool Segundo DSM-V pg491/ 2014

Critérios Diagnósticos

Um padrão problemático de uso de álcool, levando a comprometimento ou sofrimento


clinicamente significativos, manifestado por pelo menos dois dos seguintes critérios,
ocorrendo durante um período de 12 meses:

1. Álcool é frequentemente consumido em maiores quantidades ou por um período mais


longo do que o pretendido.
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou
controlar o uso de álcool.
3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção de álcool, na utilização
de álcool ou na recuperação de seus efeitos.
4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar álcool.
5. O uso de álcool é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou
psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pelo
álcool.

Especificadores

A gravidade do transtorno baseia-se na quantidade de critérios diagnósticos


preenchidos. Para cada indivíduo, as alterações na gravidade do transtorno por uso de álcool
ao longo do tempo também são refletidas pelas reduções na frequência (p. ex., dias de uso por

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mês) e/ou dose (p. ex., quantidade de bebidas consumida por dia) utilizada de álcool,
conforme avaliação do autorrelato do indivíduo, relato de outras pessoas cientes do caso,
observações clínicas e, quando possível, exames biológicos.

Características Diagnósticas

O transtorno por uso de álcool é definido por um agrupamento de sintomas


comportamentais e físicos, os quais podem incluir abstinência, tolerância e fissura. A
abstinência de álcool caracteriza-se por sintomas de abstinência que se desenvolvem
aproximadamente 4 a 12 horas após a redução do consumo que se segue a uma ingestão
prolongada e excessiva de álcool. Como a abstinência de álcool pode ser desagradável e
intensa, os indivíduos podem continuar o consumo apesar de conseqüências adversas,
frequentemente para evitar ou aliviar os sintomas de abstinência. Alguns desses sintomas (p.
ex., problemas com o sono).

Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico

O transtorno por uso de álcool costuma estar associado a problemas semelhantes aos
associados a outras substâncias (p. ex., Cannabis; cocaína; heroína; anfetaminas; sedativos,
hipnóticos ou ansiolíticos). O álcool pode ser usado para aliviar os efeitos indesejados dessas
outras substâncias ou para substituí-las quando não estão disponíveis. Problemas de conduta,
depressão, ansiedade e insônia frequentemente acompanham o consumo intenso e às vezes o
antecedem.

Prevalência

O transtorno por uso de álcool é freqüente. Nos Estados Unidos, estima-se que a
prevalência de 12 meses do transtorno por uso de álcool seja de 4,6% na faixa etária dos 12
aos 17 anos e de 8,5% nos adultos a partir dos 18 anos. As taxas do transtorno são maiores
entre homens adultos (12,4%) do que entre mulheres adultas (4,9%). A prevalência de 12
meses do transtorno entre adultos se reduz na meia-idade, sendo mais alta nos indivíduos dos
18 aos 29 anos (16,2%) e mais baixa naqueles a partir dos 65 anos (1,5%).

Desenvolvimento e Curso

O primeiro episódio de intoxicação por álcool tende a ocorrer no período intermediário


da adolescência. Problemas relacionados ao álcool que não satisfazem todos os critérios para
transtorno por uso, ou problemas isolados, podem ocorrer antes dos 20 anos,

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Fatores de Risco e Prognóstico

 Ambientais. Fatores de risco e prognóstico ambientais podem incluir atitudes culturais


em relação ao consumo e à intoxicação, a disponibilidade de álcool (incluindo o
preço),
 Genéticos e fisiológicos. O transtorno por uso de álcool apresenta um padrão familiar,
sendo que 40 a 60% da variação no risco é explicada por influências genéticas.

Consequências Funcionais do Transtorno por Uso de Álcool

As características diagnósticas do transtorno por uso de álcool destacam as principais


áreas de funcionamento da vida que podem ficar prejudicadas. Entre elas estão a condução de
veículos e a operação de máquinas, a escola e o trabalho, os relacionamentos e a comunicação
interpessoais e a saúde, risco de acidentes, violência e suicídio.

Comorbidade

Transtornos bipolares, esquizofrenia e transtorno da personalidade antissocial estão


associados a aumento acentuado da taxa de transtorno por uso de álcool, e vários transtornos
depressivos e de ansiedade também podem estar relacionados ao transtorno por uso de álcool.
Pelo menos uma parte da associação relatada entre depressão e transtorno por uso de álcool de
moderado a grave pode ser atribuída a sintomas depressivos comórbidos induzidos por álcool
de natureza temporária resultantes dos efeitos agudos de intoxicação ou abstinência.
Intoxicação alcoólica repetida e grave também pode suprimir os mecanismos imunológicos e
predispor os indivíduos a infecções e aumentar o risco de câncer.

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ENQUADRAMENTO CLÍNICO DO ACONSELHAMENTO CENTRADO NO
PROBLEMA NOS CSOS DE ALCOOL NA ADOLESCÊNCIA

Adolescência e é o periódo do desenvolvimento humano situado entre a puberdade e a


idade adulta. Segundo Dicionário de PSc R. Mesquita, F. Duarte.

Alcoolismo é caracterizado pelo abuso da ingestão de bebidas alcoólicas, ela pode ser
aguda (crises graves mais passageiras) ou crónica. Segundo Dicionário de PSc R. Mesquita,
F. Duarte.

E o consumo de álcool na adolescência passar a ser um problema de saúde pública a


nível mundial, afeta diretamente o organismo e o sistema nervoso. Chacon (2013) completa
dizer que o álcool é uma droga psicotrópica, isto é, atua diretamente no sistema nervoso
central, causando modificações fisiológicas e comportamentais.

O aconselhamento centrado no problema em relação ao alcóolismo envolve cinco


fases: estabelecimento da motivação, identificação dos factores desencadeadores do
comportamento de beber, redução, interrupção e prevenção de recaida.

Entrevista motivacional

Esta técnica consiste em mostrar ao individuo os benefícios de deixar de beber, as


consequências que o álcool provoca no seu organismo e na sua vida social e ajuda-lo a
enxergar as coisas saudavéis, produtivas e com potêncial de crescimento pessoal que ele pode
fazer na sua faixa etária.

A fase do planejmento

Nesta fase do planejamento e da redução gradual da quantidade de bebidas ingeridas


por dia. Nesta fase o terapeuta e o cliente devem identificar os motivos e momentos em que o
mesmo que levam o individuo a consumir álcool. Isto pode ser feito com ajuda de um diário
em que o cliente vai preencher essas informações. Uma vez identificados os motivos e
momentos vai se criar algumas, o proximo passo sera criar estrategias de modo a parar ou
reduzir o consumo de álcool. Podem ser criadas estrategias como: evitar certos lugares e
certas companinhas.

Fase do automonitoramento do comportamento

Esta fase de automonitorar o comportamento e manter a postura empregada na fase


anterior de modos a reduzir cada vez mais a quantidade de bebida ingerida.

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Fase da abstinencia

Nesta fase pode surgir um desconforto devido à vontade de beber e podem até surgir
sintomas fisicos. É fundamental que sejam desenvolvidos comportamentos compensátorios ao
acto de beber, ou seja, o individo deve se empenhar em novas actividades saudavéis que
proporcionem prazer e bem-estar. Tais como: actividades fisicas, desportos, fazer parte de
uma associação ou grupo de ajuda e procurar desenvolver novas habilidades.

A fase do desenvolvimento de estrategias

Esta ultima fase ela desenvolver estrategias para reduzir o risco de recaida. Nesta fase
a questão principal é a de antecipar e desenvolver estratégias que reduzam o risco de recaida e
a reestruturação cognitiva para lidar com as atribuições autoderrotistas após recaidas isoladas.

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CONSIDEREÇOES FINAIS

Feita a pesquisa bibliográfica sobre o aconselhamento centrada no problema o grupo


chegou as considerações de que o aconselhamento é uma técnica que vem sendo usado a
muito, esta técnica é caracterizada como um processo interativo entre conselheiro e cliente
com o objectivo de ajudar o cliente a tomar decisões e a realizar mudanças na sua vida.

O papel do conselheiro é de facilitar este processo que é a mudança do


comportamento distorsido, e establecer ao cliente um ambiente em que experienciem uma
atenção positiva incondicional.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bennett, P. (2002). Introdução Clínica à Psicologia da Saúde. 1ª edição. Lisboa:

Climepsi.

Comin, F. S. (2014). Aconselhamento psicológico e psicoterapia: aproximações e


distanciamentos. Contextos Clínicos. vol. 7, n. 1.

Dicionário de PSc R. Mesquita, F. Duarte Plátano EDITORA, s.A 1º Edição 1996.

Manual Diagnóstico DSM-5, Editora Porto Alegre 2014 American Psychiatnc Association.

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