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Introdução

A bomba de água pode ser considerada como a máquina mais antiga feita pela
humanidade. Desde os tempos da anteriores a revolução industrial, as bombas já eram objeto
de estudo. Isto pode ser afirmado pois as primeiras máquinas térmicas, sistema no qual
energia térmica provida da queima de uma gera trabalho por meio de um ciclo
termodinâmico, eram utilizadas para retirar água das minas de carvão, ou seja, bombas de
água. Antes do uso de máquinas, este trabalho era desenvolvido com uso de força animal,
mais especificamente com o uso de cavalos para esta tarefa, mas com a invenção de James
Watt isto mudou. A invenção era basicamente uma bomba de água movida a carvão a qual
possuía um sistema de autocontrole de potência.

Atualmente é difícil conceber uma indústria que não possua um processo dependente
de uma bomba, seja para vencer perda de carga e/ou controlar processos. A exemplos disso
podemos analisar; o sistema hematopoiético dos seres que depende de uma bomba,
vulgarmente conhecida como coração; veículos como carros, moto, tratores, etc. os quais
possuem bombas para impelir o combustível; aspiradores de pó; filtros caseiros, comercias e
industriais; piscinas de banho com sistema de tratamento; indústrias de que possuam pelos
menos uma etapa em que seja necessário mover de forma forçada um fluído.

Sabendo disso, percebe-se que a compreensão sobre as bombas se faz necessária


devido à grande presença deste equipamento na vida da pessoa, seja de forme direta ou
indireta. Portanto, a descrição da forma como uma bomba de se comporta junto com o
sistema no qual ela atual é fundamental.

Para descrever o conjunto é necessário compreender como cada elemento se


comporta. De forma sucinta, sabe-se o momento linear dos corpos se conserva quando estes
não são expostos a forças. As partículas de fluídos não podem ser consideradas como isoladas
pois podem interagir com outros elementos dentro do fluido (partículas dispersas e outros
elementos de fluidos adjacentes) e com os corpos que interagem com o escoamento. Dessa
forma, há uma tendência de que o fluido tenha a quantidade de movimento alterada. Para
contornar isto é preciso utilizar de bombas que forneçam uma força que se oponha a esta
força dissipativa. Sendo assim, para um dado sistema, é preciso avaliar o quanto de energia
será absorvida pelas forças dissipativas. Com isto é possível projetar qual será a bomba a ideal
para cada sistema.

Na prática, a bombas são padronizadas, pois não é economicamente viável fabricar


bombas sob medida para cada sistema específico, salvo casos de aplicações especiais. Dessa
forma, dado um sistema, o que se faz é analisar qual a situação de ótimo em que um sistema
deve operar. Com este dado, são calculados parâmetros de operação para o sistema. Estes
parâmetros de operação são utilizados para encontrar a bomba que melhor se enquadre ao
sistema. Após encontrar a melhor bomba para o sistema, é feita uma análise para determinar
se algum parâmetro do sistema ou da bomba podem ser alterados para que o conjunto possa
operar com máxima eficiência.

Objetivos

O principal objetivo deste experimento é determinar a curva de operação de um


sistema e de uma bomba, com isto, determinar o ponto de operação do conjunto. Esta técnica
é amplamente utilizada para avaliar a modelagem de um projeto. As curvas de operação serão
confeccionadas para duas bombas semelhantes. Além disso, também serão analisadas as
curvas relacionadas aos sistemas em série e paralelo de bombas. Outros objetivos são
vivenciar passos comuns a produção de curvas e simulação da coleta de dados.

Materiais

-Instalação experimental; sistema de tubos e bombas que pode ter a configuração


alterada por meio de abertura e fechamento de determinadas válvulas. O sistema pode ser
visto na imagem 1 (Anexos). A instalação é composta por: duas bombas centrífugas de modelo
igual; reservatório de água; válvula de gaveta; acesso para tomada de pressão; válvula globo;
tubo em U preenchido com mercúrio; termômetro do laboratório; rotâmetro White-blue F-
450; tubulações de diâmetro diferentes.

-Cronômetro.

-Trena.

-Proveta de 1 e 2 Litros.

-Béquer de 2 litros.

Método

Em suma, como o objetivo é definir como as curvas do sistema e da bomba se


comportam, é preciso analisar como cada um destes elementos se comportam. Dessa forma,
foi analisada de forma separada como a perda de carga ser comportava em função da vazão,
obtida no rotâmetro, para cada bomba. Este processo também é repetido para cada uma das
configurações de associação em série. Também foi observado como a carga fornecida pelas
bombas e pelas as diferentes associações de bombas se comportavam.

Para realizar as medidas e obter as curvas, primeiro foi preciso modelar o sistema
matematicamente para que ficasse claro como as grandezas medidas deveriam se relacionar
com os dados coletados.

O primeiro passo é preenche o reservatório até que a descarga do sistema fique a 15


centímetros a da linha média do tubo de descarga. Após isso, definiu-se uma dada
configuração para ser testada. Para denotar clareza será tomado como exemplo os passos
realizados para a medição na configuração em série de bombas. O esquema da instalação
pode ser visto na imagem 2:
Para ajustar a configuração do sistema conforme a configuração escolhida é preciso
abrir as válvulas 7, 13, 6 e 16. Também é preciso fechar as válvulas 12 e 1. A tomada de
pressão é posicionada nos pontos 4 e 8. Com isto, é possível operar as duas bombas em série.
A bomba B é acionada depois dos passos anteriores. Para garantir que as medidas de tomada
de pressão sejam adequadas retirou-se o ar do tubo em U por meio da abertura da válvula 24.
Com a pressão sendo medida adequadamente acionou-se a bomba A.

Com o sistema operando de forma permanente são feitas medidas de altura


manométrica, para cada vazão, no tubo em U. A vazão é variada por meio do fechamento
suave da válvula 16. O rotâmetro White-Blue modelo F-450 apresenta uma medida em LPM
(litros por minuto), a qual será convertida posteriormente para fins de cálculos. O sistema é
alterado para uma nova configuração depois de colher várias diferenças de altura no tubo em
U para uma dada vazão. O princípio por detrás das outras medidas é o mesmo.

Resultados e discussões

O primeiro passo é calcular a operação das bombas separadamente. Sendo assim,


primeiro foi calculado a curva da bomba A e do sistema. A primeira estimativa a ser feita é a
carga manométrica entregue pela bomba A. Esta estimativa é feita por meio de um balanço de
energia e massa.

Repetindo a mesma memória de cálculo para os demais dados da bomba A foi obtido
no fim o comportamento da carga manométrica em função da vazão. Os dados foram
consolidados na tabela 1.

Bomba A
Hbomba
HHg [m] Q [m3/s] ∆P [Pa]
[m]
0.221 2.17E-04 24612.23 2.85
0.223 1.99E-04 24857.95 2.86
0.227 1.61E-04 25349.39 2.89
0.231 1.37E-04 25840.83 2.93
0.236 1.07E-04 26455.13 2.99
0.241 3.67E-05 27069.43 3.03
0.246 0.00 27683.73 3.09
Tabela 1: Dados consolidados da Bomba A.

De forma semelhante, os mesmos passos foram repetidos para os dados da bomba B.


Os exemplos de cálculo foram repetidos para estes dados. Os mesmos passos de cálculo foram
refeitos. Os dados consolidados na tabela 2.
Bomba B
H_bomba
HHg [m] Q [m3/s] ∆P [Pa]
[m]
0,227 2,17E-04 25349,39 2,92
0,232 1,80E-04 25963,69 2,97
0,238 1,32E-04 26700,85 3,02
0,241 9,11E-05 27069,43 3,04
0,246 3,87E-05 27683,73 3,10
0,248 1,11E-05 27929,45 3,12
0,25 0,00E+00 28175,17 3,14
Tabela 2: Dados Consolidados da bomba B.

É válido ressaltar que a configuração utilizada para o cálculo da perda de carga nos
experimentos das bombas A e B são semelhantes, dessa forma, não é preciso calcular
novamente a perda de carga, aproveitando valores já calculados.

Com os dados das tabelas 1 e 2 é possível confeccionar os gráficos para a bombas A e B


respectivamente. Para fazer as regressões foram dispensador alguns pontos que apresentaram
grande desvio em relação à tendência. O gráfico 1 representa o comportamento da bomba A.
O gráfico 2 representa o comportamento da bomba B.

3,15

3,10
Carga manométrica [m]

3,05

3,00 y = -1E+06x2 - 967,33x + 3,0947


R² = 0,9956
2,95

2,90

2,85

2,80
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04
Vazão [m3/s]

Ajuste de curva Pontos removidos Polinômio (Ajuste de curva)

Gráfico 1. Ajuste de curva da bomba A.


3,20

Carga manométrica [m] 3,15

3,10

3,05 y = -579958x2 - 862,82x + 3,1394


R² = 0,9963
3,00

2,95

2,90
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04
Vazão [m3/s]

Ajuste de curva Pontos removidos Polinômio (Ajuste de curva)

Gráfico 2. Ajuste de curva da bomba B.

O tipo de curva para ajuste foi um polinômio quadrático pois o modelo de Darcy-Weisbach
prevê uma perda de carga no sistema proporcional ao quadrado da velocidade média de
escoamento. Para o caso em questão, essas duas grandezas, velocidade média e vazão, são
separadas por uma constante, a área normal ao escoamento. Com isto, admitiu-se que este
seria o melhor modelo.

Com o comportamento da bomba descrito, faz-se necessário descrever o comportamento do


sistema. Para isto, foi feita a modelagem do sistema considerando o balança do energia e
massa do fluido em escoamento. Como ponto de referência para o balança, tomou-se como
ponto inicial a superfície do líquido no reservatório. Como ponto final foi considerado a saída
após a circulação em toda tubulação.

Para seguir com o cálculo de perda de carga é preciso estimar o comprimento equivalente da
tubulação. O comprimento total é dado pela soma do comprimento total dos tubos acrescido
do comprimento de todos os acidentes. A tabela 3 apresente o comprimento equivalente para
cada elemento na tubulação.
Comprimento equivalente de acessórios
Quantidade na instalação
[m]
Diâmetro de tubulação
Acessórios Total [m]
1” 1,5” 1” 1,5”
Joelho 90° 1,5 3,2 6 0 9
Joelho 45° 0,7 1,3 4 0 2,8
T direto 0,9 2,2 1 2 5,3
T lateral 3,1 7,3 1 1 10,4
União 0,1 0,1 3 0 0,3
Válvula globo 8,2 13,4 1 0 8,2
Válvula gaveta 0,2 0,3 2 2 1
Tabela 3: Comprimento equivalente de acessórios segundo NBR 5626/98
para água fria.

Com os dados da tabela 3 é possível obter o comprimento total equivalente do sistema. Com
isto é possível aplicar o modelo de Fair-Whipple-Hsiao, recomendada pela NBR-5626, para o
cálculo de perda de carga em tubo de diâmetro de 0,5” a 2” operando com água fria; condição
exatamente igual a experimentada.

Primeiro estimou-se o comportamento do sistema operado apenas pela bomba A. Este sistema
possui: na secção de recalque; 0,61 m de tubo 1,5”, 1 válvula de gaveta totalmente aberta, 1 tê
direto; na secção de descarga estão presentes; 1,45m de tubo de 1”, 5 joelhos de 90°, 2 joelhos
de 45°, 1 união, 2 registros gaveta, 1 rotâmetro.

No caso do elemento rotâmetro, foi descoberto que este equipamento pode oferecer uma
queda de pressão máxima de até 2psi (13790Pa), segundo datasheet fornecido pelo fabricante.
Com a estimativa da perda de carga do rotâmetro é possível prosseguir com a modelagem da
perda de carga do sistema.

Com a perda de carga modelada pela última equação acima a juntando com a modelagem do
sistema como um todo, a carga manométrica transferida da bomba para o sistema pode ser
obtida. Os dados para o sistema com a bomba A e B são apresentados nas tabelas 4 e 5.

Bomba A
H_bomba H_sis
HHg [m] Q [m3/s] ∆P [Pa] Iw_t [m]
[m] [m]
0,221 2,17E-04 24612,23 2,85 1,65 1,86
0,223 1,99E-04 24857,95 2,86 1,42 1,62
0,227 1,61E-04 25349,39 2,89 0,98 1,16
0,231 1,37E-04 25840,83 2,93 0,74 0,91
0,236 1,07E-04 26455,13 2,99 0,48 0,64
0,241 3,67E-05 27069,43 3,03 0,074 0,23
0,246 0 27683,73 3,09 0 0,15
Tabela 4: Dados referents ao sistema da bomba A.
Bomba B
H_bomba H_sis
HHg [m] Q [m3/s] ∆P [Pa] Iw_t [m]
[m] [m]
0,227 2,17E-04 25349,39 2,92 1,65 1,86
0,232 1,80E-04 25963,69 2,97 1,19 1,38
0,238 1,32E-04 26700,85 3,02 0,69 0,87
0,241 9,11E-05 27069,43 3,04 0,36 0,52
0,246 3,87E-05 27683,73 3,10 0,081 0,23
0,248 1,11E-05 27929,45 3,12 0,009 0,16
0,25 0 28175,17 3,14 0 0,15
Tabela 5: Dados referents ao sistema da bomba B.

Plotou-se um gráfico com a curva de sistema para o sistema das bombas A e B. A curva do
sistema para a bomba A e B são semelhantes devido ao sistema de tubulações serem
semelhantes. Por isso, as curvas de sistema para os dois casos são parecidas. O gráfico 3 é
referente a bomba A, o gráfico 4 referente a bomba. Os dois são apresentados a seguir.

2,00
1,80
Carga manométrica [m]

1,60
1,40
1,20
1,00 y = 3E+07x2 + 1562x + 0,1415
R² = 0,9999
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04
Vazão [m3/s]

Ajuste de curva do sistema Polinômio (Ajuste de curva do sistema)

Gráfico 3: Ajuste de curva do sistema com a bomba A.


2,00
1,80
Carga manométrica [m] 1,60
1,40
1,20
1,00 y = 3E+07x2 + 1512,7x + 0,1408
R² = 0,9999
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04
Vazão [m3/s]

Ajuste de curva do sistema Polinômio (Ajuste de curva do sistema)

Gráfico 4: Ajuste de curva do sistema com a bomba A.

Com as equações e descrições para cada um dos sistemas, agora faz sobreposição entre os
gráficos da bomba e o gráfico de operação do sistema. Com isto, obtém-se o ponto de
operação de cada um dos sistemas. Os gráficos com os pontos de operação para cada caso são
apresentados a seguir. O gráfico 5 se refere ao sistema com a bomba A, o gráfico 6 se refere ao
sistema com a bomba B.

3,50

3,00
Carga manométrica [m]

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

0,00
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04 3,00E-04
Vazão [m3/s]

Cruva da bomba Curva do sistema Ponto de operação

Gráfico 5: Ponto de operação do sistema A


3,50

Carga manométrica [m] 3,00

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

0,00
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04 3,00E-04
Vazão [m3/s]

Curva da bomba Curva do sistema Ponto de operação

Gráfico 6: Ponto de operação do sistema A

Com o ponto de operação definido a partir da intersecção entre as curvas, extrai-se o


ponto de operação dos sistemas. Os Ponto de operação são apresentados na tabela 6. Nota-se
que não só as curvas das bombas são parecidas, como também os pontos de operação. Isto pode
ser explicado devido à similaridade das bombas e do sistema no qual estas operam.

Vazão [m3/s] Carga manométrica [m]


Sistema da bomba A 2,71E-4 2,76
Sistema da bomba B 2,77E-4 2,86
Tabela 6: Pontos de operação de cada sistema.

Após a obtenção de todos os parâmetros de interesse para as duas bombas


separadamente, agora prossegue-se com a análise para os sistemas compostos pela associação
em série e paralelo das bombas. A primeira análise a ser feita foi a associação em série das
bombas. Os dados colhidos deste arranjo são apresentados na tabela 7.
Associação série
H_bombas
HHg [m] Q [m3/s] ∆P [Pa]
[m]
0,349 2,81E-04 40338,29 4,96
0,355 2,63E-04 41075,45 4,97
0,359 2,54E-04 41566,89 4,99
0,361 2,52E-04 41812,61 5,01
0,364 2,33E-04 42181,19 4,98
0,372 2,23E-04 43164,07 5,05
0,38 2,06E-04 44146,95 5,10
0,391 1,98E-04 45498,41 5,22
0,411 1,77E-04 47955,6 5,42
0,447 1,23E-04 52378,56 5,75
0,474 5,27E-05 55695,78 5,99
0,493 0 58030,11 6,19
Tabela 7: Dados das bombas em série.

Com os dados da tabela 7 é plotado o gráfico do comportamento das bombas em série. Como
feito anteriormente, alguns pontos não mostraram boa adequação ao modelo esperado, sendo
assim, estes pontos foram removidos. O gráfico 7 com os dados da tabela 7 é apresentado a
seguir. Em conjunto ao gráfico também é apresentada a equação ajustada aos pontos.

7,00

6,00
Carga manométrica [m]

5,00 y = -4E+06x2 - 3781,4x + 6,2064


4,00 R² = 0,9847

3,00

2,00

1,00

0,00
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04 3,00E-04
Vazão [m3/s]

Curva das bombas em série Pontos removidos

Gráfico 7: Ajuste dos dados das bombas em série.

Dando continuidade à análise, é feito o tratamento de dados para obter o


comportamento do sistema. Repetindo esta mesma memória de cálculo para todos os dados é
obtido a tabela 8. Esta tabela apresenta a demanda de carga do sistema em série.
Associação série
HHg [m] Q [m3/s] Pressão [Pa] H_bombas [m] Iw_t [m] H_sis [m]
0,349 2,81E-04 40338,29 4,96 4,091 4,35

0,355 2,63E-04 41075,45 4,97 3,643 3,89

0,359 2,54E-04 41566,89 4,99 3,428 3,66

0,361 2,52E-04 41812,61 5,01 3,381 3,62

0,364 2,33E-04 42181,19 4,98 2,948 3,17

0,372 2,23E-04 43164,07 5,05 2,730 2,95

0,38 2,06E-04 44146,95 5,10 2,376 2,58

0,391 1,98E-04 45498,41 5,22 2,217 2,42

0,411 1,77E-04 47955,60 5,42 1,822 2,01

0,447 1,23E-04 52378,56 5,75 0,964 1,13

0,474 5,27E-05 55695,78 5,99 0,219 0,37


0,493 0,00 58030,11 6,19 0 0,15
Tabela 8: Dados do comportamento do Sistema em série.

Com os dados da tabela 8 plotou-se o gráfico 8, o qual demonstra a curva de comportamento


do sistema em série.

5,00
4,50
Carga manométrica [m]

4,00
3,50
3,00
2,50
y = 4E+07x2 + 3032,7x + 0,1267
2,00
R² = 0,9999
1,50
1,00
0,50
0,00
0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025 0,0003
Vazão [m3/s]

Ajuste do sistema em série Polinômio (Ajuste do sistema em série)

Gráfico 8: Comportamento da carga manométrica do sistema em série.

No sistema em série, com a curva das bombas definida junto com a curva do sistema, é
possível determinar o ponto de operação, o qual é localizado na intersecção entre as curvas
dos gráficos 7 e 8. Realizando a plotagem de adequadamente obtém-se o gráfico 9, cujo
apresenta o ponto de operação.
Ajuste de curva do sistema em série
Carga manométrica [m] 7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025 0,0003 0,00035
Vazão [m3/s]

Ajuste do sistema em série Curva das bombas Ponto de operação do sistema

Gráfico 9: Ponto de operação para o arranjo de bombas em série

Agora é tratado o sistema constituído pelas bombas em paralelo. Os dados das


bombas em paralelo são apresentados na tabela 9. Um ponto interessante que deve ser
ressaltado é que a diferença da cota da altura neste arranjo é maior que nos outros, pois o
ponto de tomada de pressão é diferente.

Outro ponto que deve ser ressaltado é que se usa a associação de bomba em paralelo
em sistema em que se deseja maior vazão. A associação em série é utilizada quando é
necessário vencer maiores cargas manométricas.

Associação paralelo
3
HHg [m] Q [m /s] Pressão [Pa] H_bombas [m]
0,189 2,18E-04 20289,99 2,43
0,192 2,16E-04 20658,56 2,47
0,194 2,08E-04 20904,28 2,49
0,197 1,99E-04 21272,86 2,52
0,199 1,90E-04 21518,58 2,54
0,205 1,72E-04 22255,74 2,61
0,215 1,34E-04 23484,34 2,73
0,224 1,30E-04 24590,07 2,84
0,229 1,08E-04 25204,37 2,90
0,237 1,38E-05 26187,25 2,98
0,24 0,00E+00 26555,83 3,02
Tabela 9: Dados da associação em paralelo das bombas.
Com os dados da tabela 9 é possível plotar o comportamento da associação em
paralelo das bombas. O gráfico do plote é apresentado a seguir no gráfico 10.

3,10

3,00
Carga manométrica [m]

2,90
y = -1E+07x2 + 705,53x + 2,9998
2,80 R² = 0,9911

2,70

2,60

2,50
0,00E+00 5,00E-05 1,00E-04 1,50E-04 2,00E-04 2,50E-04
Vazão [m3/s]

Curva dados das bombas em paralelo Ponto removidos

Gráfico 10: Comportamento das bombas arranjadas em paralelo.

Dando prosseguimento a análise, agora é preciso analisar como a carga requerida por este
sistema se comporta quando a vazão varia. Igualmente aos outros sistemas, primeiro modela-
se o sistema para que seja possível obter as relações de como a grandezas se comportarão.
Após a modelagem, o sistema é resolvido.

Calcula-se como a carga manométrica demandada pelo sistema se comporta. Aplicou-se a


mesma memória de cálculo para todos os dados. Os dados calculados são apresentados na
tabela 10.

Associação paralelo
HHg Pressão H_bombas Iw_t H_sis
Q [m3/s]
[m] [Pa] [m] [m] [m]
0,189 0,000218 20289,98 2,56 1,21 1,42
0,192 0,000216 20658,56 2,59 1,19 1,40
0,194 0,000208 20904,28 2,60 1,11 1,32
0,197 0,000199 21272,86 2,63 1,03 1,23
0,199 0,00019 21518,58 2,64 0,95 1,15
0,205 0,000172 22255,73 2,69 0,80 0,99
0,215 0,000134 23484,33 2,78 0,52 0,69
0,224 0,00013 24590,07 2,89 0,49 0,66
0,229 0,000108 25204,37 2,93 0,35 0,52
0,237 0,0000138 26187,25 2,98 0,01 0,16
0,24 0 26555,83 3,02 0 0,15
Tabela 10: Dados do comportamento do Sistema em paralelo.
Com os dados da tabela 10 é possível plotar o comportamento do sistema. O gráfico
do comportamento do sistema é apresentado no gráfico 11.

1,60
1,40
Carga manométrica [m]

1,20
1,00
0,80
0,60 y = 2E+07x2 + 1172x + 0,1448
R² = 1
0,40
0,20
0,00
0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025
Vazão [m3/s]

Ajuste do sistema em série Polinômio (Ajuste do sistema em série)

Gráfico 11: Ajuste do comportamento do sistema.

Por fim, determina-se o ponto de operação por meio do prolongamento das retas de
ajuste da bomba e do sistema até que elas se cruzem. Com isto obtém-se o ponto de
operação. O gráfico 12 apresenta o ponto de operação.

3,50

3,00
Carga manométrica [m]

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

0,00
0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025 0,0003 0,00035
Vazão [m3/s]

Curva de operação do sistema Curva de operação das bombas Ponto de operação

Gráfico 12: Ponto de operação do sistema em paralelo.

Os dados de ponto de operação para a associação de bombas são apresentados na


tabela 11.
Vazão [m3/s] Carga manométrica [m]
Série 3,02E-4 4,7
Paralelo 3,01E-4 2,31
Tabela 11: Dados de ponto de operação.

Como pode ser percebido. O sistema em série entregou uma maior vazão e uma maior
carga que os demais. Isto pode ser explicado pelo fato de que a forma como as bombas foram
associadas não causou um grande aumento da perda de carga por atrito, fazendo com que uma
maior parte da carga pudesse ser convertida em energia cinética, o que foi refletido em uma
maior vazão. Esperava-se que a associação em paralelo pudesse entregar a maior vazão, mas
isto não é observado. A causa disto é porque a forma como as bombas foram associadas não
causa uma diminuição apreciável na perda de carga por atrito do sistema, fazendo com que o
aumento no fluxo volumétrico não seja expressivo. Estes dois eventos podem ser facilmente
exemplificados por meio de uma analogia com sistemas elétricos. Caso duas fontes de energia
–bomba A e B- sejam ligadas em série a um mesmo circuito, o qual mantém a resistência dele
constante, terá a corrente – fluxo - aumentada. De forma equivalente, caso as duas fontes sejam
ligadas em paralelo, mas a resistência do circuito não variar, a corrente será a mesma que uma
fonte isolada. Necessariamente, os eventos observados no experimento não seguem
rigorosamente o mesmo mecanismo que um circuito elétrico, mas a analogia norteia o porquê
dos eventos observado.

Conclusão.

Todos os objetivos foram cumpridos com êxito. As bombas e sistema puderam ser avaliados sem
maiores problemas. Pode-se realizar estimativas sobre o sistema e sobre a bomba, o que
culminou em curvas de operação e pontos de operação do conjunto. Foi possível realizar passos
comuns aos que são feitos em projetos que exigem dimensionamento das perdas de carga.

Foi possível observa certos desvios, como o fato do sistema em paralelo não apresentar maior
vazão, mas também foi possível inferir o motivo desses desvios. Foi possível observar uma
redução do ponto de operação no sistema em paralelo, o que é esperado devido a redução da
quantidade de carga que carga bomba deve ceder. Foi observado, também que o sistema em
série apresentou um aumento substancial da carga manométrica em relação a qualquer um dos
outros sistemas. Também foi visto que neste caso, o ponto de operação e mais alto.
Anexos

Imagem 1: Instalação experimental.

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