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01 - (UEG GO)

O caso de uma Rosa Gomes, escrava do alferes José Gomes de Barros. Muita conhecida
no tempo [...], a escrava diligente havia juntado pecúlio para comprar quatro escravos a
crédito, incluindo uma mãe e filho. No entanto o alferes, seu senhor, não ajustava preço
para a Rosa comprar a própria liberdade, lançando valores fantásticos, irreais. Luís da
Cunha, em ordem pública, interveio na pendenga, forçando José Gomes de Barros a
contratar com justeza a alforria da escrava, apontando-lhe vilmente incorrer em ludibrio
de sua honra e do caráter de alferes da companhia de nobreza por agir erradamente
com a serva.
BERTRAN, Paulo (Org.). Notícia geral da Capitania de Goiás.
Goiânia: UCG/UFG, 1996. p. 23-24.

O fato citado aconteceu em Vila Boa de Goiás, em 1783, durante a administração do


governador Luís da Cunha Menezes. Ele demonstra que, na sociedade goiana do século
XVIII, havia

a) uma concepção de escravidão que permitia ao escravo negro uma considerável


margem de ação econômica.
b) uma concepção de escravidão que se legitimava não apenas na coerção física,
mas também no direito consuetudinário.
c) um modelo de administração pública na qual o governador das capitanias era
uma figura meramente decorativa.
d) um modelo de escravidão marcado pela concepção de que o escravo era
juridicamente similar a um animal de carga.

02 - (UEG GO)
Os processos de colonização da América foram definidos pela necessidade de
incorporação de novas áreas produtivas surgidas com expansão marítima européia. A
mão-de-obra básica para esse tipo de exploração variou de acordo com os interesses das
metrópoles e das condições econômicas em que essas regiões foram encontradas.

Acerca da exploração colonial na América, observa-se o seguinte:

a) para a historiografia tida como oficial, no Norte prevaleceram exclusivamente as


colônias de povoamento, ao passo que, na parte Central e no Sul do continente,
predominou o modelo de exploração baseado na mão-de-obra do escravo africano.
b) as relações dos colonizadores com os nativos foram definidas por trocas
simbólicas que alternaram momentos de harmonia e de enfrentamentos; nas colônias do
Norte, predominou o conflito, enquanto no Brasil, a integração dos indígenas.
c) a Mita e a Encomienda constituíam um sistema eficiente de exploração da mão-
de-obra dos nativos das colônias espanholas na América, baseando-se em experiências
similares dos espanhóis em suas colônias no Oriente.
d) o tráfico do escravo africano foi fundamental para que a monocultura canavieira
fosse efetivada, pois possibilitou que a metrópole obtivesse lucros tanto no comércio
escravista como na produção em larga escala do açúcar.

03 - (UEG GO)
O Brasil, no período que vai de 1500 a 1530, não foi colonizado de maneira efetiva
pelos portugueses, cujas atividades limitavam-se à extração do pau-brasil. Esse período
é denominado pré-colonial. Explique as razões do desinteresse dos portugueses em se
estabelecer no território descoberto.

04 - (UEG GO)
Poucos temas da história brasileira têm sido tão discutidos e investigados como a
escravidão. Um dos assuntos de destaque é a existência de uma “brecha camponesa”,
defendida por autores que destacam a importância do setor dedicado ao mercado interno
na economia brasileira.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2010, p. 125.
(Adaptado).

A “brecha camponesa” que existiu no tempo da escravidão era formada pelos

a) escravos das monoculturas de cana e café que tiveram permissão de trabalhar em


pequenas porções de terras, produzindo para a subsistência e para o mercado.
b) imigrantes europeus, sobretudo italianos, que vieram para o Brasil trabalhar
como pequenos camponeses nas fazendas de café.
c) quilombolas que, por meio da produção coletiva, abasteceram as principais
cidades do Império com a produção de alimentos.
d) indígenas que, sob a proteção das leis indigenistas do Império, recebiam
pequenos lotes individuais para a produção agropecuária.

05 - (UEG GO)
Dentre as rebeliões e distúrbios que surgiram durante o Brasil Colônia, destaca-se a
Guerra dos Mascates (1710-1711), envolvendo as cidades de Recife e Olinda. A causa
desse conflito foi a diferença

a) social entre a nobreza proprietária de terras de Olinda e os comerciantes de


origem portuguesa que habitavam a cidade de Recife.
b) religiosa entre os católicos de Olinda e os protestantes calvinistas que
implementaram práticas capitalistas na cidade de Recife.
c) econômica entre a cidade de Olinda, enriquecida pela produção de açúcar, e a
cidade de Recife, que estava em decadência comercial.
d) étnica entre os habitantes de Olinda, formados por brasileiros, e os habitantes de
Recife, majoritariamente descendentes dos holandeses.

06 - (UEG GO)
Uma das funções básicas do conhecimento histórico é localizar adequadamente os
acontecimentos numa linha temporal. Nesse sentido,

a) coloque os seguintes fatos históricos do Brasil e do mundo, ocorridos na


primeira metade do século XIX, na ordem cronológica correta;
b) faça uma análise da emancipação política do Brasil, utilizando os
acontecimentos do quadro que são pertinentes.

COROAÇÃO DE PEDRO II – CONGRESSO DE VIENA – INDEPENDÊNCIA DO


BRASIL PRIMAVERA DOS POVOS – VINDA DA FAMÍLIA REAL
PORTUGUESA AO BRASIL – PROIBIÇÃO DO TRÁFICO NEGREIRO NO
BRASIL – COROAÇÃO DE NAPOLEÃO BONAPARTE – CONJURAÇÃO
BAIANA – ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I.

07 - (UEG GO)
Observe a gravura a seguir.

Jean Baptiste Debret. Palácio de São Cristóvão, In.


Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. Vol. 3, 1839. Disponível em:
<http://bndigital.bn.br/redememoria/missfrancesa.html>. Acesso em: 11 mar. 2013.

O início do século XIX foi marcado pela transferência da família real portuguesa para o
Brasil, em fuga do conflito entre a França napoleônica e a Inglaterra. A presença da
corte no Rio de Janeiro fez surgir a necessidade de novas intervenções na cidade,
direcionando a antiga colônia para uma modernização segundo padrões europeus. Para
concretizar tal objetivo, em 1816, foram trazidos artistas de profissão, dentro de um
conjunto de ações que ficou conhecido como Missão Francesa. As obras de arte
produzidas nesse período, como a gravura acima, caracterizam-se pelo ideal

a) neogótico, contemplado pela religiosidade e grandiosidade arquitetônica.


b) neoclássico, representado pela objetividade na temática e racionalismo na
composição formal.
c) barroco, observado pela dramaticidade da composição formal e dicotomia
temática.
d) renascentista, notado pela composição formal racional e temática religiosa.

08 - (UEG GO)
Brasileiros [...] para que tantas desconfianças, que não podem trazer à pátria senão
desgraça? Desconfiais de mim? Assentais que poderei ser traidor àquela mesma pátria
que adotei para mim [...] Poderei eu querer atentar contra a Constituição, que vos
ofereci e que convosco jurei?
Proclamação de D. Pedro I ao povo, em 6 de abril de 1831.
In: BONAVIDES, P; VIEIRA, R. A. A. Textos políticos da história do Brasil.
Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, s.d. p. 228.

O texto trata de uma carta aberta do Imperador Pedro I ao povo brasileiro, escrita num
momento de extrema tensão política. Sobre esse fato, responda:

a) Qual cenário político forçou o Imperador D. Pedro I a lançar uma proclamação


em tom tão dramático ao povo brasileiro?
b) Qual decisão tomou D. Pedro I no dia seguinte a essa proclamação e quais seus
desdobramentos imediatos?

09 - (UEG GO)
Pois bem: um senhor estrangeiro, cheio de qualidades, talvez, meteu-se de parceria com
uns rebeldes, para separar uma dessas províncias do bloco bruzundanguense. Isto ao
tempo do Império. Em caminho, em uma de suas correrias, encontrou-se com uma moça
da Bruzundanga que se apaixonou por ele. Segui-o nas suas aventuras e combates contra
a união bruzundanguense.
BARRETO, Lima. Os bruzundangas. São Paulo: Ática, 2008. p. 68.

Há neste fragmento uma referência velada aos acontecimentos históricos brasileiros.


Neste sentido, o movimento separatista ocorrido durante o Segundo Império brasileiro
que contou com a participação de um herói estrangeiro foi:
a) Cabanagem, no Pará.
b) Balaiada, no Maranhão.
c) Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
d) Inconfidência Mineira, em Minas Gerais.

10 - (UEG GO)

VASQUES, Edgar. A lei do cão: e mais alguma coisa. Porto Alegre. L&PM, 1988. p.
38.

A tira corrobora uma posição da historiografia brasileira que sustenta o raciocínio de


que a Abolição dos escravos, em 1888, foi uma medida

a) expressiva social e juridicamente, já que não preconizou nenhuma indenização


pecuniária aos influentes proprietários de escravos.
b) ineficaz politicamente, visto que não conseguiu aumentar a popularidade do
Imperador e evitar o advento da República.
c) irrelevante do ponto de vista econômico, uma vez que os imigrantes europeus
constituíam a mão de obra mais importante nas lavouras.
d) paliativa, do ponto de vista social, já que a Lei de Terras de 1850 não permitia a
emancipação econômica dos negros libertos.

11 - (UEG GO)
Salve duque glorioso e sagrado
Ó Caxias invicto e gentil!
Salve, flor de estadista e soldado!
Salve herói militar do Brasil!
Refrão do Hino a Caxias. In: BITTENCOURT, Circe (Org.).
Dicionário de datas da História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2007. p. 194.
A exaltação da figura do Duque de Caxias por setores do Exército Brasileiro contrasta
com a

a) indiferença do governo republicano que não concedeu ao militar nenhuma


homenagem no calendário cívico nacional.
b) desconstrução de seu papel heroico por uma historiografia crítica que valoriza as
massas em detrimento dos grandes líderes.
c) denúncia formal de crimes de guerra e de genocídios cometidos por Caxias
durante a campanha da Guerra do Paraguai.
d) valorização de sua figura na cultura popular que transformou seu nome em
sinônimo de seriedade e patriotismo.

12 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Segundo os cálculos de José Pereira Rego (1816-1892), importante médico da Corte, a


doença teria acometido, ao todo, cerca de 90.000 pessoas, mais de um terço da
população carioca, estimada, por um relatório do ministério do Império da época, em
266.466 habitantes. Os próprios médicos estavam longe de um consenso sobre a
natureza da febre amarela. De onde vinha? Como se propagava? Era contagiosa?
Infecciosa? Qual era a cura? Como evitar que a cidade fosse atingida por novas
epidemias? Perguntas como estas eram estampadas diariamente nas páginas dos jornais,
que começavam a cobrar, de forma mais agressiva, soluções para o problema.
GONÇALVES, Monique de Siqueira.
Morte anunciada. História Viva. 2 fev.
2009. Disponível em: <http://historiano-
vest.blogspot.com.br/2009/02/morte-a-
nunciada.html>. Acesso em: 8 mar. 2018.

A citação refere-se à epidemia de febre amarela que assolou a cidade do Rio de Janeiro
em 1850. No contexto da época, acreditava-se que a epidemia era causada

a) pelas picadas de pulgas que viviam em simbiose com os ratos, uma verdadeira
praga urbana na época.
b) pela exalação de miasmas, gases decorrentes da putrefação de corpos e alimentos
em solo urbano.
c) pelos mosquitos Aedes Aegyptis que habitavam os inúmeros córregos e rios que
cortavam a cidade.
d) pelas frequentes miscigenações entre caucasianos e negroides das camadas
populares.
e) pelos vírus hospedeiros das populações indígenas nativas do continente
americano.

13 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

As guerras estrangeiras, como métodos políticos, sempre foram encaradas pelo país
como importunas e até criminosas, e nesse sentido especialmente a Guerra do Paraguai
não deixou de sê-lo; os voluntários que a ela acudiram eram, de fato, muito pouco por
vontade própria.
LIMA, Oliveira. In. HOLANDA, Sérgio B. de. Raízes do Brasil. São Paulo:
Cia das Letras, 1995. p. 177.

O texto citado, do embaixador Oliveira Lima, tematiza a política belicista brasileira e


corrobora a ideia de que

a) o Brasil, secularmente, procura passar uma imagem externa de país pacífico e


respeitoso da autonomia política dos países vizinhos.
b) as guerras externas foram uma estratégia dos governantes a fim de consolidar a
hegemonia imperialista do Brasil na América do Sul.
c) o governo Imperial relutou decisivamente em envolver-se no conflito com o
Paraguai, só o fazendo por causa da pressão popular.
d) a participação do país em guerras estrangeiras, como na I e II Guerras Mundiais,
faz parte do esforço de transformar o Brasil em uma potência militar.
e) as guerras são utilizadas pelos governantes como estratégia política de desviar a
opinião pública interna dos graves problemas sociais do país.

14 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Porém foi logo outorgada


Nova Constituição:
Uma carta diferente
Sem ter tido eleição,
O chamado “Estado Novo”
Sem ter o voto do povo
Na sua elaboração. [...]

Agora os trabalhadores
Pela lei nacional
Tinham um salário mínimo
Com descanso semanal,
Férias e outros direitos,
Embora não tão perfeitas
Porém dando o essencial.
SANTOS, Antônio Teodoro dos.
Vida, tragédia e morte do presidente Getúlio Vargas. 1954. Folheto de cordel.

O poema de cordel citado comenta a Constituição de 1937, redigida às pressas por


Francisco Campos, com o objetivo de dar aparência de legitimidade ao governo de
Getúlio Vargas após o golpe que impôs o Estado Novo. Esse texto constitucional ficou
conhecido como

a) Pai dos Pobres, por criar o salário mínimo e estabelecer diversas leis trabalhistas.
b) Camisa Verde, por apoiar manifestações patrióticas do Movimento Integralista.
c) Polaca, por ter sido inspirado nas constituições da Itália fascista e da Polônia.
d) Carta Nova, por abandonar e tornar nulos os preceitos da Constituição de 1934.
e) Querenista, por fomentar manifestações com o lema “queremos Getúlio”.

15 - (UEG GO)
O governo de Juscelino Kubitschek foi marcado pelas ideias de desenvolvimento e
planejamento. O chamado Plano de Metas tinha como slogan “50 anos em 5”. Destaque
os três principais pontos desse plano e suas consequências para o desenvolvimento
socioeconômico brasileiro.

16 - (UEG GO)
Um dos governos mais fecundos em conflitos políticos da história republicana brasileira
foi o de João Goulart, nos anos 1960. Nesse período, ocorreu o acirramento dos debates
políticos e dos conflitos sociais. É característica desse período:
a) a pequena intervenção das elites econômicas na vida política brasileira, tendo em
vista que o governo Goulart era de teor liberalista.
b) a intensa participação popular na vida política impulsionada, entre outras
manifestações, pelo movimento das Diretas Já.
c) o surgimento de movimentos sociais ligados aos operários do ABC paulista, que
deram origem ao Partido dos Trabalhadores.
d) o aumento da força política popular pelo surgimento das ligas camponesas, que
mais tarde deram origem ao MST.

17 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

É erro de aquele que diz que a família real não há de governar mais o Brasil; se este
mundo fosse absoluto dever-se-ia crer na vossa opinião, mas nada há de absoluto neste
mundo, porque tudo está sujeito à santíssima Providência de Deus.
CONSELHEIRO, Antônio.
Apud NOGUEIRA, A. An-
tônio Conselheiro e Canu-
dos. São Paulo: Atlas,
1997. p. 187.

O texto citado é parte da coleção de escritos do beato Antônio Conselheiro, encontrados


depois da destruição de Canudos. Sua crença no retorno de D. Pedro II ao governo do
Brasil está relacionada a uma antiga tradição portuguesa que apregoava a fatalidade do
retorno de um rei bondoso, dotado de habilidades mágicas, quando o povo mais
precisasse. Esta crença é conhecida como

a) Principado
b) Taumaturgia
c) Monarquismo
d) Salvacionismo
e) Sebastianismo

18 - (UEG GO)
Leia o poema a seguir.

Vou-me embora pra Pasárgada


Manuel Bandeira

Vou-me embora pra


Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra
Pasárgada

Vou-me embora pra


Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma
aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de
Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica


Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d´água.
Pra me contar histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra
Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo


É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a contracepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Pra gente namorar

E quando eu estiver mais


triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que quero
Na cama que escolherei
Vou me embora pra
Pasárgada.
ESTRELA DA VIDA INTEIRA. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 143.

“Vou-me Embora pra Pasárgada” é um dos poemas mais conhecidos de Manuel


Bandeira. Ele expressa uma complexa concepção de temporalidade, na qual o eu lírico
busca evadir da realidade para “Pasárgada,” que expressaria a ideia de

a) um “paraíso perdido”, retomando as imagens e noções de pureza edênicas


vigentes na época medieval.
b) um socialismo utópico, propondo uma reforma social que garantisse um futuro
melhor e igualitário a todos.
c) uma idealização do modelo social monárquico persa, repudiando as tradições
culturais brasileiras.
d) uma mescla do saudosismo da infância com expectativas positivas acerca da
inovação tecnológica.

19 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Na presidência, Campos Sales implementou a chamada “política dos estados” –


concretização peculiar do federalismo – , que ficou conhecida pelo nome de “política
dos governadores”. Com o abandono em que viviam as populações interioranas,
submetidas ao coronelismo e ao banditismo que se graçavam e desgraçavam nos sertões
brasileiros, a soberania dos estados apenas propiciou o fortalecimento e a impunidade
dos velhos oligarcas.
LUSTOSA, Isabel. História de presidentes: a República no Catete (1897-1960).
Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 42.

Durante a chamada República Velha, o presidente que tentou acabar com a “política dos
governadores” foi

a) Rodrigues Alves que se indispôs com as oligarquias por priorizar o investimento


nas obras de remodelação do Rio de Janeiro e não nos estados.
b) Nilo Peçanha que, por representar os interesses dos produtores de açúcar do Rio
de Janeiro, rompeu com a política do café com leite.
c) Afonso Pena que, por meio do Convênio de Taubaté, priorizou a valorização do
café em detrimento dos outros produtos agrícolas.
d) Venceslau Brás que, com a sua proposta de “governar acima dos partidos”,
minou a influência política de São Paulo e Minas.
e) Hermes da Fonseca que, por meio da “política das salvações”, procurou
combater as oligarquias regionais.

20 - (UEG GO)
Observe a charge a seguir.
Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/uploads/overblog/img/
1215630971_ordemeprogresso.jpg>. Acesso em: 9 out. 2015.

A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na atual Bandeira do Brasil. A


sua origem e significado remetem a um contexto marcado

a) pela presença do catolicismo romano nas instituições políticas do Império


Brasileiro e o esforço de preservar a ordem social vigente.
b) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e
uma postura ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
c) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a
sociedade agrária imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
d) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios
sociais e políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.

21 - (UEG GO)
A atividade de mineração no Brasil acabou por contribuir para a instalação de um
sistema de infraestrutura na área de transporte e geração de energia. Nesse sentido, para
a instalação de um grande projeto de extração de minério de ferro pela Vale do Rio
Doce no estado do Pará no início da década de 1980, foi necessária a construção da

a) Ferrovia do Aço e Porto de Santos.


b) Rodovia Belém-Brasília e Hidrelétrica de Belo Monte.
c) Estrada de Ferro Carajás e Usina Hidrelétrica de Tucurui.
d) Rodovia Transamazônica e Usina Hidrelétrica de Balbina.
22 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Brasília, 9 de abril de 1964. Os militares fazem publicar o primeiro ato institucional,


que dá poderes excepcionais ao governo. É a ruptura com o modelo político que, bem
ou mal, vinha desde 1945. Está formalmente instaurado o regime autoritário.
COUTO, R. C. História Indiscre-
ta da Ditadura e da Abertura. Bra-
sil 1964-1985. Rio de Janeiro:
Record, 1999. p. 26.

Após a publicação do 1º ato institucional, os militares procuraram estabelecer uma


fachada de legitimidade ao novo regime. Essa manobra política resultou

a) no chamamento de eleições diretas para dali a um ano, cumprindo a constituição


vigente.
b) na dissolução do congresso e na instauração de um novo parlamento formado
por militares.
c) na elaboração de uma emenda constitucional legitimando o novo governo via
decreto executivo.
d) na eleição do Marechal Castello Branco para presidência da República pelo
congresso nacional.
e) no envio para ONU de uma comissão instruída a garantir que as instituições
nacionais fossem mantidas.

23 - (UEG GO)
A frustração da campanha pelas Diretas-Já não paralisou o processo de construção
democrática vivenciado pela sociedade brasileira. O cenário político, social, cultural e
econômico foi marcado por intensas modificações e, às vezes, por retrocessos para a
sociedade como um todo.

Acerca desse período, responda ao que se pede.

a) Destaque as principais medidas do Plano Cruzado.


b) Discuta o processo da Assembléia Nacional Constituinte.
24 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Uma das mais importantes contribuições dos fenícios ao legado cultural do Oriente
Próximo foi o alfabeto [...]. O alfabeto fenício, composto por 22 letras, todas
consonantais, difundiu-se por todo o Mediterrâneo, influenciando o alfabeto grego, do
qual derivam o latino e quase todos os alfabetos atuais (árabe, hebraico e outros).
AQUINO, R. S. L.; FRANCO, D. A.;
LOPES, O. G. P. C. História das soci-
edades. Rio de Janeiro: Ao livro
Técnico, 1980. p. 127.

A criação do alfabeto fenício representou um considerável avanço quanto à


simplificação da comunicação escrita, tendo sido desenvolvido inicialmente para

a) facilitar o registro das atividades comerciais realizadas pelos fenícios.


b) ajudar na propagação da religião animista praticada na Fenícia.
c) contribuir com a diplomacia na instável região do Mar Mediterrâneo.
d) passar mensagens em código durante os períodos de guerra.
e) difundir a escrita entre as classes menos favorecidas e os escravos.

25 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

No decorrer da História, nenhum poeta, nenhuma personalidade literária ocupou na vida


de seu povo um lugar semelhante. Ele foi o símbolo por excelência deste povo, a
autoridade incontestada dos primeiros tempos de sua história e uma figura decisiva na
criação de seu panteão, assim como o seu poeta preferido, o mais largamente citado.
FINLEY, Moses. T. O mundo
de Ulisses. Lisboa: Presen-
ça, 1965, p. 13.

A citação expressa a importância de Homero para a cultura grega antiga. De acordo com
os historiadores, Homero foi um

a) historiador responsável por publicar a primeira obra histórica da Grécia,


retratando as guerras médicas.
b) personagem de origem indefinida a quem é atribuída a autoria dos textos épicos
Ilíada e Odisseia.
c) dramaturgo que se valeu dos mitos gregos para a produção de dramas teatrais,
como Édipo Rei.
d) filósofo pré-socrático que reuniu e catalogou os mitos gregos na famosa obra As
palavras e os Dias.
e) legislador responsável por codificar as leis e os costumes das cidades de Esparta
e Atenas.

26 - (UEG GO)
Como chamar a guerra que Espártaco iniciou e conduziu? Escravos soldados sob
generais gladiadores, os mais vis comandados pelos piores, se constitui no escárnio
aliado à calamidade.
FLORO. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga.
São Paulo: Contexto, 2009. p. 13.

O texto citado foi escrito pelo historiador romano Floro e trata da revolta dos escravos
liderada pelo gladiador Espártaco contra o poder de Roma. Essa história tão célebre que
inspirou livros, filmes e séries de tevê terminou com

a) o fim da prática escravista em Roma, que não resistiu à pressão dos rebeldes e
dos romanos contrários à escravidão.
b) a derrota do exército romano liderado pelo cônsul Crasso, permitindo a fuga dos
escravos da Península Itálica.
c) a crucificação de milhares de escravos rebeldes ao longo da Via Apia, a estrada
que ligava Roma a Cápua.
d) o crescimento da fé cristã entre os escravos, permitindo uma maior integração
desse grupo na sociedade romana.

27 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Hino a São João Batista no original latino

Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famili tuorum
Solve pollutti
Labii reatum
Sancte Ioanes

Tradução: “Para que teus servos / possam ressoar claramente / a maravilha dos teus
feitos / limpe nossos lábios impuros / Ó São João”.

O monge beneditino Guido d’Arezzo (990-1050) utilizou as sílabas iniciais do Hino a


São João para

a) pregar o dever de submeter-se servilmente à Igreja.


b) apresentar São João como exorcista e pacificador.
c) designar São João como padroeiro dos músicos.
d) anunciar a eleição papal do pontífice João XIV.
e) denominar as notas da escala musical básica.

28 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Tomai o caminho do Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a
a vós mesmos. Essa terra em que, como diz a Escritura: “jorra leite e mel” foi dada por
Deus aos filhos de Israel. Jerusalém é o umbigo do mundo, a terra mais que todas
frutífera, como um novo paraíso dos deleites.
Papa Urbano II. In: HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem.
São Paulo: Zahar, 1979. p. 28.

O texto citado é um trecho do discurso do papa Urbano II no Concílio de Clemont, em


1095, no qual o pontífice defende a necessidade de os europeus partirem em uma
Cruzada rumo ao oriente. Essa expedição militar ficou conhecida como

a) Cruzada dos Reis, fracassada militarmente, mas que estabeleceu acordos


diplomáticos que possibilitaram peregrinações a Jerusalém.
b) Cruzada das Crianças, baseada na crença de que apenas os puros e inocentes, os
“filhos de Israel”, poderiam libertar Jerusalém.
c) Cruzada Comercial, liderada por comerciantes de Veneza, que se desviaram de
Jerusalém e saquearam a cidade de Constantinopla.
d) Cruzada dos Pobres, liderada por líderes messiânicos que pretendiam enriquecer
conquistando os tesouros de Jerusalém.
e) Cruzada dos Nobres, uma campanha bem-sucedida que chegou a fundar em
moldes feudais o Reino Latino de Jerusalém.

29 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir:

Os padres ali [nas missões jesuíticas do Paraguai] têm tudo, e o povo nada; é a obra
prima da razão e da justiça. Quanto a mim, não conheço nada mais divino do que os
padres, que aqui fazem guerra ao rei da Espanha e ao rei de Portugal, e que na Europa
confessam esses reis; que aqui matam espanhóis e em Madri os mandam para o céu: isto
me encanta.
VOLTAIRE. Cândido. Disponível
em: <www.dominiopublico.gov.
br/download/cv000009.pdf>.
Acesso em: 28 set. 2018.

O texto citado é um trecho do conto filosófico “Cândido”, publicado por Voltaire em


1759. Nesse trecho o filósofo

a) analisa a posição ambivalente do Papado na intermediação do acordo que


resultou no Tratado de Tordesilhas.
b) critica a morte de milhões de inocentes que pereceram pela ação do Tribunal da
Santa Inquisição em Madri e Lisboa.
c) defende as controversas medidas levadas a cabo pelo Marques de Pombal que
resultaram na expulsão dos jesuítas do Brasil.
d) ironiza a dubiedade das posições políticas da Igreja Católica, envolvida nas
chamadas guerras jesuíticas e legitimando o absolutismo monárquico.
e) expressa uma concepção ideológica que faz uma simbiose entre a razão e a
religião como forma de garantir o progresso humano.

30 - (UEG GO)
David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação
pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como
elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das
pessoas. Do ponto de vista de um empirista,

a) não existem ideias inatas.


b) não existem ideias abstratas.
c) não existem ideias a posteriori.
d) não existem ideias formadas pela experiência.

31 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir:

Por ter tido educação protestante, nunca achei que 31 de outubro é o dia das bruxas.
Sempre foi o dia em que Lutero, em 1517, começou uma revolução.
LEITÃO, Míriam. Disponível em: <blogs.
oglobo.com/miriam-leitao/post/os-500-anos
-da-reforma-protestante-que-abalou-o
-mundo.html>. Acesso em: 18 ago. 2017.

No ano de 2017, completam-se 500 anos da eclosão da Reforma Protestante. Do ponto


de vista histórico, a Reforma pode ser considerada uma revolução

a) estética, pois foi a matriz ideológica da concepção barroca de mundo que se


manifestou nos países ibéricos.
b) política, pois permitiu a centralização monárquica absolutista, ao legitimar a tese
do direito divino dos reis europeus.
c) econômica, pois, com os puritanos, difundiu-se uma nova mentalidade
econômica que gerou o capitalismo.
d) social, pois legitimou as aspirações revolucionárias dos camponeses europeus na
luta contra a aristocracia.
e) intelectual, pois foi difusora do pensamento científico iluminista por meio de
intelectuais protestantes, como é o caso de Voltaire.

32 - (UEG GO)
Observe a charge a seguir.
Chiquinha. Disponível em: <www.historialivre.com/moderna/renascimento.htm>.
Acesso em: 3 mar. 2017.

A charge apresentada ironiza as mudanças estéticas advindas durante o chamado


Renascimento Cultural. Do ponto de vista histórico, a leitura promovida pela charge é

a) incoerente, uma vez que a beleza feminina foi demonizada e perseguida durante
o Renascimento Cultural.
b) coerente, uma vez que nos principais quadros renascentistas predominam
mulheres com formas volumosas.
c) incoerente, uma vez que, por causa da influência católica, era proibida a
representação estética da nudez feminina
d) coerente, uma vez que, influenciados pelo barroco, os artistas passaram a
priorizar a beleza comum das mulheres camponesas.
e) incoerente, uma vez que os artistas renascentistas priorizaram os corpos
musculosos tanto para os homens como para as mulheres.

33 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Lincoln tinha convicções abolicionistas. Mas acima delas estava a necessidade de


manter a União. [...] No meio da guerra o presidente Lincoln decretou a abolição da
escravatura. Mas não pôde ver a vitória. Foi assassinado por um fanático, em 1865, dias
antes da total rendição do sul.
SCHMIDT, M. Nova História da
América. São Paulo: Nova Ge-
ração, 1998. p. 96 - 97.
No contexto da Guerra de Secessão, travada entre os estados do sul agrícola e do norte
industrial dos Estados Unidos, a defesa do abolicionismo pertencia à plataforma política

a) do Partido Democrata
b) do Partido Republicano
c) dos membros da União
d) dos estados Confederados
e) dos políticos independentes

34 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Como seria de prever, pouco tempo depois um general arrojado (convidado a intervir
por alguns membros do Diretório de 1799) dispôs-se a explorar a indispensabilidade e o
prestígio do exército para tomar o poder num golpe de Estado. Napoleão Bonaparte
utilizou a sua base no exército para se firmar (pouco a pouco) [...]. Muito mais
importante, porém, foram as mudanças institucionais verificadas sob a égide de
Napoleão.
SKOPCOL, T. Estado e Revolu-
ções Sociais: análise comparativa
da França, Rússia e China. Lis-
boa: Presença, 1985. p. 209.

A Constituição francesa de 1799, submetida a um plebiscito e aprovada por mais de três


milhões de franceses, concedeu a Napoleão Bonaparte o título de

a) primeiro ministro
b) imperador
c) ditador
d) cônsul
e) rei

35 - (UEG GO)
Os Estados Nacionais Modernos se consolidaram graças a uma eficiente burocracia,
formada por funcionários públicos competentes, responsáveis por assessorar a
administração pública. No entanto, alguns desses funcionários tiveram um destacado
papel, ofuscando até o do líder do país. Entre esses “funcionários da nação”, aquele que
não foi uma escolha pessoal do monarca foi

a) Cardeal de Richelieu, primeiro ministro de Luís XIII, um dos grandes arquitetos


do Absolutismo real na França.
b) Marquês de Pombal, Secretário de Estado do Rei D. José, responsável por
difundir o Iluminismo em Portugal.
c) Winston Churchill, primeiro ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra
Mundial, na monarquia de Jorge VI.
d) Otto von Bismarck, primeiro ministro de Guilherme I, responsável pela
unificação política da Alemanha, no século XIX.
e) José Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro do Reino e Negócios Estrangeiros,
de Pedro I, o artífice da independência do Brasil.

36 - (UEG GO)
Observe a imagem a seguir.

O famoso quadro A morte de Marat, de Jacques-Louis David, produzido no contexto da


Revolução Francesa, é um documento da

a) atuação violenta do Tribunal Revolucionário durante o Terror Jacobino contra os


“inimigos do povo”.
b) execução do rei francês, acusado de traição nacional, decretada pela Assembleia
Revolucionária.
c) estratégia de ascensão política de Napoleão Bonaparte, marcada pelo assassinato
de seus rivais.
d) violência repressora do Absolutismo francês contra as vozes críticas e
contestatórias ao Regime.
e) disputa entre os girondinos e os jacobinos, que culminou na execução do famoso
líder popular.

37 - (UEG GO)
Um bom exemplo de como a indústria estimulou a urbanização pode ser verificado na
própria Inglaterra do século XIX. Em 1800, apenas 25% da população desse país era
urbana. Um século depois, com o crescimento da industrialização, 75% dos ingleses já
moravam nas cidades. Esse processo se reproduziu mundialmente; em alguns países de
forma imediata, e em outros tardiamente.
ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins. Geografia sociedade e cotidiano:
fundamentos, volume I, 3. ed.
São Paulo: Escala Educacional, 2013, p. 256.

Sobre essa relação entre industrialização e urbanização, tem se que:

a) após a Segunda Guerra Mundial acentuou-se o processo de desconcentração


industrial, quando as indústrias abandonaram áreas tradicionais nas grandes cidades e
deslocaram-se para outras localidades.
b) a produção em larga escala resultante do processo de industrialização permitiu a
expansão das atividades agrícolas e uma maior distribuição da população urbana para o
espaço rural.
c) os primeiros núcleos urbanos surgiram em virtude da instalação de pequenas
indústrias, denominadas manufaturas, que necessitavam de grande quantidade de mão
de obra para a produção.
d) o período relativo à industrialização dos países desenvolvidos que ocorreu após a
Segunda Guerra Mundial, chamado Industrialização tardia ou retardatária, não impactou
na urbanização desses países.
e) durante a Segunda Revolução Industrial, várias cidades industriais surgiram
próximas às regiões carboníferas na Inglaterra, Alemanha, Rússia, França e Polônia.

38 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

No dia 11 de novembro de 1918 era assinado o Armistício de Compiègne entre os


Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante na floresta de Compiégne, na
França, com objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra
Mundial.
Disponível em: <www.seuhistory.
com/hoje-na-historia/termina-primei-
ra-guerra-mundial>. Acesso: 8 mar. 2018.

O fim da Primeira Guerra Mundial significou

a) o fortalecimento do nacionalismo pan-eslavista e do poder do império russo.


b) a ascensão de partidos fascistas que tomariam o poder na França e na Espanha.
c) a emancipação das colônias inglesas e francesas no continente africano e na
Ásia.
d) a democratização da Alemanha durante o período denominado República de
Weimar.
e) o advento de um período de estabilidade social e política para a Europa,
denominado Belle Époque.

39 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

No atual estado da técnica militar, precisa-se de uma centena de viaturas e mais de cem
toneladas de obuses para romper de modo certeiro a resistência oferecida em um único
quilômetro, por um único batalhão bem entrincheirado e com cobertura de arame.
SARTRE, Jean-Paul. Diário de uma guerra estranha.
São Paulo: Circulo do Livro, s/d. p. 97.

A Segunda Guerra Mundial foi marcada por grandes batalhas, envolvendo o exército
dos Aliados e do Eixo. Nem sempre a quantidade de armamentos e tropas representava
o fator determinante. Dessas batalhas, aquela em que as condições climáticas foram
decisivas para a vitória militar foi a Batalha

a) de Berlim, na qual os soviéticos derrotaram definitivamente os alemães.


b) de Pearl Harbour, na qual os japoneses atacaram de surpresa uma base norte-
americana.
c) de Stalingrado, na qual o Exército Vermelho conseguiu derrotar a Wehrmacht.
d) da Inglaterra, na qual a Royal Air Force britânica resistiu eficazmente ao poderio
da Luftwaffe.
e) da França, na qual a Blitzkrieg alemã rompeu facilmente a Linha Maginot.
40 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Embora o grande nome da luta pelos direitos civis tenha sido Martin Luther King,
adepto de métodos pacifistas de luta, outros líderes defendiam caminhos mais radicais,
como Malcolm X, membro da seita Muçulmanos Negros, que apregoava uma ação mais
ofensiva e direta contra aqueles que negavam aos negros seus direitos civis, chegando
mesmo a defender ações violentas contra quem os atacasse.
KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas
e processos. São Paulo: Atual, 2000. p.453.

A letra X usada pelos membros do grupo Muçulmanos Negros era uma forma de

a) definir pelo cromossomo X que todos os seres humanos são biologicamente


iguais.
b) representar a “assinatura” dos milhões de negros analfabetos dos Estados
Unidos.
c) lembrar que todos os negros são alvos potenciais da violência branca e de
estado.
d) substituir os sobrenomes dados aos antepassados escravos por seus senhores.
e) negar qualquer possibilidade de armistício entre negros e brancos na América.

41 - (UEG GO)
Leia a frase a seguir.

“Olho por olho e o mundo acabará cego”

A frase icônica é coerente com os conceitos éticos do

a) judaísmo antigo, segundo os preceitos estabelecidos por Moisés, no Pentateuco.


b) antissemitismo da Alemanha nazista, divulgado no livro Mein Kampf, de Adolf
Hitler.
c) direito consuetudinário da antiga Babilônia, registrado no famoso Código de
Hamurabi.
d) código moral vigente no Regime Absolutista, legitimado na obra O príncipe, de
Maquiavel.
e) princípio da não violência, formulado por Mahatma Gandhi, na luta pela
independência indiana.

42 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

Em 1949, os Estados Unidos lideraram uma organização que reuniria os países europeus
do sistema capitalista em um pacto de auxílio militar mútuo. No dia 4 de abril daquele
ano foi criada em Washington a Organização do Atlântico Norte (OTAN). Ficava
estabelecido que os países envolvidos se comprometiam na colaboração militar mútua
em caso de ataques oriundos dos países referentes ao bloco socialista.
Disponível em: <www.infoescola.com/geografia/otan>. Acesso em: 15 mar. 2019.

No contexto geopolítico após o fim da Guerra Fria, a OTAN

a) foi extinta, após a queda do Muro de Berlim, uma vez que o socialismo não mais
representava uma ameaça à Europa.
b) teve ativa participação nos conflitos mundiais contemporâneos, como a invasão
do Afeganistão após o 11 de Setembro.
c) manteve o seu caráter de aliança militar, mas sem a presença dos Estados
Unidos, após a criação da União Europeia.
d) transformou-se numa instituição de regulação de armamentos e atividade
nuclear, após o acidente de Chernobyl.
e) tornou-se uma agência de inteligência, uma vez que perdeu a razão de ser com o
fim da União Soviética em 1991.

43 - (UEG GO)
Durante as décadas de 1920 a 1940 aconteceu uma experiência política sem precedentes
na história: o aparecimento do totalitarismo, que se deu pelo viés de duas práticas
políticas, o fascismo (Itália) e o nazismo (Alemanha). Hoje assistimos a um certo
ressurgimento do conservadorismo e dos fundamentalismos religioso e político que
tentam recuperar alguns dos aspectos do nazifascismo, tais como:

a) defesa da contradição entre capital e trabalho, que deve ser superada mediante
uma revolução feita pela classe trabalhadora.
b) o nacionalismo, para o qual o fundamental é a nação entendida como unidade
territorial e identidade racial de costumes e tradições.
c) apologia do liberalismo burguês, da livre iniciativa e ao mesmo tempo que
defende um estado forte que centraliza as decisões.
d) defesa do pluripartidarismo contra a ditadura do partido único e a criação
coletiva das leis, que deveriam ser aplicadas por um Estado forte.
e) negação de todo o imperialismo belicista mediante o combate a qualquer
ideologia expansionista, já que o que importa é o bem-estar do povo.

44 - (UEG GO)
Leia o texto a seguir.

A revolução permanente é uma utopia: a guerra permanente é uma realidade. 1914-


1985: Primeira Guerra Mundial, Guerra do Rif, Guerra Civil Espanhola, Segunda
Guerra Mundial, guerras da Indochina, da Coréia, do Vietnã, da Argélia, a chamada
“Guerra Fria”.
VICENT, G; PROST, A. Histó-
ria da Vida Privada. São Paulo:
Cia. das Letras, 1992. p. 201. v. 5.

Após a morte de Lênin houve um racha entre os líderes da Revolução Russa. Como
contraposição à tese da “revolução em um só país”, a concepção de Revolução
Permanente, uma proposta que pretendia transformar o processo revolucionário em ação
incessante e global, foi defendida por

a) Stálin, sucessor de Lênin.


b) Trotsky, líder do exército vermelho.
c) Nicolau II, último czar da Rússia.
d) Gorbatchov, criador da Perestroika.
e) Marx, principal teórico do comunismo.

GABARITO:

1) Gab: A

2) Gab: D

3) Gab:
Os motivos que expliquem o desinteresse dos portugueses são:
 Os altos lucros obtidos pelos portugueses no comércio com as Índias;
 A escassez de capital para ocupação do território por parte da Coroa;
 O fato de não terem sido encontrados, nesse período, metais preciosos na
nova terra.
 A escassez demográfica de Portugal nesse período.

4) Gab: A

5) Gab: A

6) Gab:
a) A ordem cronológica dos fatos históricos citados é:
Coroação de Napoleão Bonaparte.
Vinda da Família real portuguesa ao Brasil.
Congresso de Viena.
Independência do Brasil.
Confederação do Equador.
Abdicação de D. Pedro I.
“Primavera dos Povos”.
Proibição do tráfico negreiro no Brasil.
b) O candidato deverá discorrer sobre a emancipação política do Brasil
relacionando os seguintes fatos:
- conjuração baiana.
- vinda da família real ao Brasil.
O primeiro como exemplo das revoltas e movimentos que precederam a
emancipação política brasileira (revoltas nativistas).
O segundo como marco das transformações das relações coloniais no século
XIX .

7) Gab: B

8) Gab:
a) Espera-se que o candidato possa identificar os seguintes aspectos do cenário
político brasileiro de abril de 1831: o clamor antilusitano da população brasileira,
evidenciado pelo conflito entre brasileiros e portugueses na chamada Noite das
garrafadas; a desconfiança da elite política brasileira em relação às pretensões
absolutistas do Imperador; a substituição de um ministério composto majoritariamente
por brasileiros natos por um formado por pessoas do círculo pessoal do Imperador,
denominado por Ministério dos Marqueses.
b) Espera-se que o candidato possa estabelecer que, no dia 7 de abril de 1831, por
não aceitar as exigências populares referentes ao retorno do Ministério de 20 Março, D.
Pedro I, abdicou-se do trono brasileiro em favor de seu filho infante Pedro de Alcântara.
Devido à pouca idade do príncipe herdeiro, com apenas 5 anos, estabeleceu-se o
chamado período regencial, no qual o poder seria exercido por regentes até a maioridade
do príncipe herdeiro.

9) Gab: C

10) Gab: D

11) Gab: B

12) Gab: B

13) Gab: A

14) Gab: C

15) Gab:
Espera-se que o candidato, numa linguagem clara e dentro dos padrões normativos,
aponte três elementos do Plano de Metas que expliquem o forte desenvolvimento
econômico do período: energia, transporte e indústria de base. Em termos concretos,
foram criadas usinas hidrelétricas (Furnas e Três Marias), implantadas indústrias
automobilísticas, ampliada a produção de petróleo e construídas novas rodovias e
inaugurada a nova capital federal, etc. A consequência desse desenvolvimento
econômico, baseado no capital externo e em fortes gastos públicos, será o aumento da
inflação e da dívida externa brasileira.

16) Gab: D

17) Gab: E

18) Gab: D
19) Gab: E

20) Gab: B

21) Gab: C

22) Gab: D

23) Gab:
a) - Congelamento de preços e salários;
- Mudança da moeda;
- Seguro desemprego;
- Gatilho salarial;
- Extinção da correção monetária
b) - Tensão entre setores progressistas e conservadores termina com o predomínio
dos setores de centro (Centrão);
- Manutenção do presidencialismo
- Fortalecimento do Congresso Nacional
- Voto direto, secreto e universal;
- Liberdade de expressão e reunião;
- Fortalecimento da cidadania (constituição cidadã)
- Ampliação dos direitos trabalhistas.

24) Gab: A

25) Gab: B

26) Gab: C

27) Gab: E

28) Gab: E
29) Gab: D

30) Gab: A

31) Gab: C

32) Gab: B

33) Gab: B

34) Gab: D

35) Gab: C

36) Gab: E

37) Gab: A

38) Gab: D

39) Gab: C

40) Gab: D

41) Gab: E

42) Gab: B

43) Gab: B

44) Gab: B

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