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Universidade São Tomás de Moçambique

Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais

João Paulo Salatiel Mondlane Júnior

DESAFIOS DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO


MOÇAMBICANO FACE AO CRIME CIBERNÉTICO: CASO DE
MAPUTO

Maputo, Outubro de 2020


Universidade São Tomás de Moçambique

Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais

João Paulo Salatiel Mondlane Júnior

DESAFIOS DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO


MOÇAMBICANO FACE AO CRIME CIBERNÉTICO: CASO DE
MAPUTO

Supervisor: Antonio Matabele, MSc.

Projecto de Pesquisa a ser apresentado à


Universidade São Tomás de Moçambique,
Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
como requisito para a obtenção do Grau de
Licenciatura em Economia sob supervisão de Msc
Antonio Matabele.

Maputo, Outubro de 2020


Lista de abreviaturas e siglas
ENSCM - Estratégia Nacional de Segurança Cibernética de Moçambique.
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação.
GSI – Gestão de Sistemas de Informação.
SFN – Sistema Financeiro Nacional.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1

1.1. Contextualização ............................................................................................................... 2

1.2. Justificativa........................................................................................................................ 3

1.3. Problema............................................................................................................................ 3

1.4. Hipóteses ........................................................................................................................... 3

1.5. Objectivos.......................................................................................................................... 3

1.5.1. Objectivo geral .......................................................................................................... 3

1.5.2. Objectivos específicos ............................................................................................... 4

1.6. Revisão da literatura .......................................................................................................... 4

1.6.1. Conceitos ................................................................................................................... 4

1.7. Metodologia ...................................................................................................................... 4

1.8. Considerações éticas ......................................................................................................... 5

1.9. Cronograma de actividades ............................................................................................... 5

1.10. Resultados esperados..................................................................................................... 6

1.11. Delimitação do tema ...................................................................................................... 6

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 7


1. INTRODUÇÃO

O presente projecto de pesquisa visa em linhas gerais estabelecer os procedimentos a


seguir com vista a concluir em tempo útil o trabalho de fim de curso.

Ora, muitas coisas podem ser feitas pela Internet. Podemos pagar contas, trocar
mensagens, participar de salas de bate-papo, “baixar” arquivos de música, imagem ou texto,
comprar produtos, solicitar serviços, acessar sites contendo informações sobre todos os
assuntos do conhecimento humano. Em todas essas actividades há o risco de encontrar
alguém que se aproveita da velocidade e da escala em que as trocas de informações ocorrem
na rede para cometer crimes (Nascimento, 2016).

As actividades ilícitas praticadas com a utilização de computadores via internet ainda


não possuem uma denominação definitiva. Assim, são chamadas de cibercrimes, crimes
informáticos, crimes cibernéticos, entre outros. Todavia, todas essas denominações se
referem ao mesmo tipo de crime, ou seja, crimes que utilizam-se de um computador ou de
internet como instrumento para praticar atos ilícitos (Nascimento, 2016).

Entretanto, existem uma multiplicidade de ameaças e riscos que podem prejudicar o bom
funcionamento do Sistema Financeiro Moçambicano o que consequentemente pode
provocar um impacto negativo na economia nacional e no desenvolvimento
socioeconómico do país (Estratégia Nacional de Segurança Cibernética de Moçambique,
[ENSCM] 2016). Em Moçambique, o sistema financeiro é pouco desenvolvido e tem como
base o sector bancário, constituído principalmente por bancos comerciais e de investimento
(que oferecem produtos como depósitos e créditos), bem como as cooperativas de crédito e
micro-finanças (Jossefa, 2011).

É preciso assegurar que o país garanta um ciberespaço seguro e resiliente que seja
utilizado com segurança pelo Governo, sector privado, sociedade civil e demais
instituições (ENSCM, 2016).

Sendo assim, e se o governo não consegue garantir um ciberespaço seguro e resiliente


para o sistema financeiro nacional? Qual será o impacto que poderão advir destes crimes

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cibernéticos? Quais são as fragilidades do Sistema Financeiro Nacional? Até que ponto o
Sistema Financeiro Nacional está preparado para fazer face aos crimes cibernéticos? Há a
necessidade de se fazer o estudo das questões levantadas para se poder aferir e contribuir
em matérias de conhecimento nesta área visto que existe pouca informação.

A presente pesquisa vai procurar trazer à tona sobre os principais desafios que as
instituições financeiras têm de se fazer face as estes crimes, dando a conhecer os principais
impactos na economia nacional, os contrangimentos que advêm destes crimes, as
dificuldades e bem como os resultados obtidos.

1.1. Contextualização
A importância das instituições financeiras para o desenvolvimento económico e social
vem ganhando espaço no sentido de que a ampliação do acesso aos mesmos gera impactos
positivos na vida das populações de baixo rendimento. Contudo, a questão dos crimes
cibernéticos têm ganho contornos preocupantes para o Governo, sector privado, a sociedade
civil e demais instituições.
A tecnologia da informação revolucionou a maneira como vivemos e fazemos negócios.
A convergência de tecnologias para ambientes inteligentes e ecossistemas integrados nos
deixou vulneráveis. Isto tem sido acompanhado por uma ameaça crescente que não conhece
limites: ameaças cibernéticas. Dado a sua característica transfronteiriça, nenhuma nação
soberana ou corporação multinacional pode assegurar a segurança cibernética sozinho,
exigindo uma abordagem conjunta, tanto dentro do país como a nível internacional
(ENSCM, 2016).
Moçambique tem estado a dar passos largos para criar um ambiente em que o cidadão
tenha um acesso crescente as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e aos
serviços associados. Acções a diferentes níveis tem contribuído para um crescente acesso a
Internet e desenvolvimento de um ambiente em que as TIC são consideradas um instrumento
que contribui para uma melhor prestação de serviço tanto a nível do Governo bem como a
nível do sector privado. O crescente acesso aos serviços das TIC, incluindo a Internet, é
também acompanhado de crescentes vulnerabilidades a que o cidadão está sujeito e com
isto também o crescimento dos crimes cibernéticos. O governo de Moçambique está também
plenamente consciente da ameaça e dos efeitos negativos do crime cibernético sobre a sua
nação e por isso tem sido feito esforços para garantir que hajam instrumentos que possam

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proteger o cidadão e penalizar os que cometem estes crimes com recurso as Tecnologias de
Informação (ENSCM, 2016).
1.2. Justificativa
Depois de ter uma cadeira ligada a gestão de sistemas de informação e tecnologias, na
cadeira de GSI pra ser preciso, despertou-me o interesse pelas TICs. De certo modo já
acompanhava o que acontecia com o Sistema Financeiro Nacional e subentendia que era
vulnerável, daí a escolha pelo tema. Portanto, julgo que este tema é importante para os
economistas e a sociedade no geral, pelo facto de ser fundamental que uma nação tenha um
sistema financeiro robusto o suficiente para fazer frente aos crimes informáticos e para de
tal maneira contribuir significativamente no processo de desenvolvimento sócioeconómico
do país.
O SFN tem sido alvo de ataques cibernéticos e há a necessidade de se conhecer os
principais desafios que as instituições financeiras têm para enfrentar este mal. Crime
cibernético é uma actividade criminosa que tem como alvo ou faz uso de um computador,
uma rede de computadores ou um dispositivo conectado em rede, sendo que, o sistema
financeiro compreende a um conjunto de instituições que têm como o seu instrumento
principal o computador conectado a uma rede.
1.3. Problema
O termo ciberespaço descreve sistemas e serviços conectados, directa ou indirectamente
à Internet, telecomunicações e redes de computadores. A vida moderna depende do
desempenho oportuno, adequado e confidencial do ciberespaço (Gomes, 2011). Assim, a
segurança cibernética é importante para todas as nações, porque se esforça para garantir que
o espaço cibernético continue a funcionar quando e como esperado mesmo sob ataque.
Portanto, o SFN como em muitos países em vias de desenvolvimento é fraco, o que torna
vulnerável a ataques cibernéticos.

1.4. Hipóteses

H0: os crimes cibernéticos geram impactos negativos no Sistema Financeiro Nacional.

H1: não há qualquer dificuldade no Sistema Financeiro Nacional para fazer face aos crimes
cibernéticos.

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo geral

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 Avaliar os principais desafios das instituições financeiras para fazer face aos crimes
cibernéticos.
1.5.2. Objectivos específicos
 Analisar os constrangimentos que advêm dos crimes cibernéticos para as instituições
financeiras nacionais;
 Comparar os diferentes sistemas financeiros dos países em vias de desenvolvimento
com o sistema financeiro nacional;
 Apresentar os principais impactos dos crimes cibernéticos para economia nacional.
1.6. Revisão da literatura
1.6.1. Conceitos

Crime Cibernético é uma actividade criminosa que tem como alvo ou faz uso de um
computador, uma rede de computadores ou um dispositivo conectado em rede (ENSCM,
2016).

Sistema financeiro: sistema que compreende o conjunto de instituições financeiras


que asseguram, essencialmente, a canalização da poupança para o investimento nos
mercados financeiros, através da compra e venda de produtos financeiros (Gomes, 2011).

Instituições financeiras: instituições cuja função principal é a intermediação


financeira, quer possibilitando transações em mercados organizados, quer fazendo a ponte
de encontro entre as necessidades de poupança e financiamento, numa economia. Estas
instituições encarregam-se de receber as poupanças dos aforradores, transformar e aplicar
as disponibilidades financeiras acumuladas, participar no lançamento de novas emissões de
títulos; adquirir grandes lotes de ações e obrigações, para revender geralmente em lotes
pequenos, intervir no mercado monetário e cambial e prestar outros serviços financeiros,
com vista à obtenção de uma margem de lucro (Gomes, 2011).

1.7. Metodologia
A metodologia de pesquisa é definida como processo de planeamento, onde se define
um conjunto de métodos científicos a serem utilizados no decorrer da pesquisa, pois tais,
conforme Marconi e Lakatos (2009) servem de instrumentos para alcance dos objectivos
propostos, bem como ao atendimento de critérios úteis na confiabilidade da informação.

Existem diferentes formas de classificar as pesquisas, para o presente trabalho fará-


se uma pesquisa numa abordagem qualitativa, por se tratar de um tema meramente ligado
as tecnologias de informação e quantitativa porque terei de fazer um estudo de campo,

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deslocar-me as instituições para obter as possíveis respostas. Segundo Sampiere (2006) o
modo qualitativo é utilizado para descobrir e refinar as questões de pesquisa, sendo
utilizada a colecta de dados sem medição numérica, ou seja, utilizam-se descrições e
observações. Na forma quantitativa, é utilizada a colecta e análise de dados para responder
aos questionamentos da pesquisa e testar as hipóteses levantadas, confiando na medição
numérica, na contagem e no uso constante de estatística para estabelecer os padrões de
comportamento de uma população.

1.8. Considerações éticas


O presente projecto de pesquisa pautou por princípios morais que orientam uma
pesquisa transparente e isenta de constrangimentos que possam dificultar a sua
concretização.

1.9. Cronograma de actividades

Actividades 1º 2º 3º 4º 5º 6º
Mês Mês Mês Mês Mês Mês
Elaboração do
projecto de pesquisa

Submissão e
revisão do projecto

Recolha de
dados e tratamento de
dados
Tratamento de dados
(continuação)

Redacção da
Monografia

Revisão da
Monografia
Submissão e
Defesa da Monografia

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1.10. Resultados esperados
Espera-se que o estudo gere matérias de conhecimentos para disciplinas com relação
ao tema e não só, que também sirva de referência a nível nacional e porquê não também na
diáspora. O tema é bastante abrangente no entanto espera-se a colobaração positiva de todos
os intervenientes deste estudo, que no fim se consiga esclarecer as razões pelas quais as
instituições financeiras não conseguem fazer face aos crimes cibernéticos.
1.11. Delimitação do tema
A delimitação do estudo consiste na especificação e na delimitação geográfica e
espacial do tema. Segundo Cervo (1983), delimitar um tema é escolher um tópico ou parte
a ser focalizado; numa outra perspectiva, pode se considerar que se trata de fixar
circunstâncias de tempo e espaço indicando o quadro histórico e geográfico que delimita o
assunto.
Sendo assim, o trabalho limitar-se-á a estudar Os Crimes Cibernéticos das Instituições
Financeiras da região de Maputo.

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2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ESTRATÉGIA NACIONAL DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA DE
MOÇAMBIQUE. (2016)
 Jossefa, A. L. (2011). Determinantes do Acesso ao Sistema Financeiro: o caso de
Moçambique. (Dissertação de Mestrado, UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA,
Lisboa, Portugal). Acesso em http://www.repository.utl.pt
 Nascimento, N. L. (2016). Crimes Cibernéticos. (Dissertação de Mestrado, Instituto
Municipal de Ensino Superior de Assis). Acesso em http://www.repository.utl.pt
 Gomes, Carlos. (2011). Vocabulário de Termos Económicos e Financeiros. Acesso
em http://www.resistir.info
 Lakatos, Eva Maria & Marconi, Marina de Andrade (2009) Metodologia Científica.2
ed., Atlas, São Paulo.
 SAMPIERI, Roberto Hernández. Metodologia de Pesquisa. 583 p. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006.

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