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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


TETE

2º Trabalho do Campo
Tema: Conceito e origem da ética social

Estudante:
Código:

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Ética Social

Ano de Frequência:3º ano

Docente: Guilherme da Silva

Tete /Agosto / 2021

i
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor

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Índice
INTRODUÇÃO........................................................................................................................1

Objectivo Gerais:......................................................................................................................1

METODOLOGIA....................................................................................................................1

CAPÍTULO I – A etica social e liberdade...............................................................................2

DEFINIÇÕES DE ÉTICA........................................................................................................3

A ÉTICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO.......................................................................4

CAPÍTULO II – ESTRATÉGIAS PARA MELHOR APLICAÇÃO DA ÉTICA NO


AMBIENTE DE TRABALHO.................................................................................................8

CAPÍTULO III – A RELEVÂNCIA DA ÉTICA NO AMBIENTE DE TRABALHO..........15

CONCLUSÃO........................................................................................................................20

REFERÊNCIAS b ibliografica...............................................................................................21

Unidade N° 01........................................................................................................................22

Unidade N° 02........................................................................................................................22

Tem a ver com o vizinho........................................................................................................23

Unidade N° 03........................................................................................................................23

Unidade N° 04........................................................................................................................24

Unidade N° 05........................................................................................................................24

Unidade N° 06........................................................................................................................25

Unidade N° 08........................................................................................................................27

Unidade N° 09........................................................................................................................28

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INTRODUÇÃO
O tema desse estudo é “Ética nas relações pessoais no ambiente de trabalho”. A situação-
problema elaborada para ser respondida é a seguinte: qual é a relevância da ética no ambiente de
trabalho. Ao longo da história da humanidade, a ética foi entendida como sendo parte integrante
do pensamento filosófico, com os filósofos buscando estabelecer, cada um em sua época,
pressupostos e princípios voltados à compreensão da moral e da ética. Desse modo, é possível
asseverar que a ética é parte significativa em todas as relações evidenciadas entre as pessoas,
quer na sociedade, quer no desempenho das profissões.A evolução dos princípios éticos se deu
acompanhando a evolução da humanidade, revelando carácter único para a conduta humana. É,
pois, através da ética que o ser humano define o que é bom e correto e o que deve assumir, com
vistas ao bem comum.

Objectivo Gerais:
 Analisar a relevância da ética no ambiente de trabalho;
 Analisar conduta ética no trabalho, seguindo padrões e valores tanto da sociedade, quanto
da própria organização;
 Apresentar estratégias para a melhor aplicação da ética no ambiente de trabalho;
demonstrar que não basta apenas estar em constante aperfeiçoamento para conquistar
credibilidade profissional é preciso assumir uma postura ética dentro de uma organização.

METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa utilizada para coleta de dados é bibliográfica, com abordagem do
problema do tipo qualitativa.Em relação à abordagem do problema, entende-se que ela é do tipo
qualitativa, tendo em vista que se tem um objeto de estudo que não comporta quantificação
(RICHARDSON, 2007). Classificar esse estudo como qualitativo tem o seu fundamento na
constatação de um objeto de estudo que não admite redução a números, tratando-se, pois, de
análise de aspectos referentes à relevância da ética nas relações de trabalho.

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CAPÍTULO I – A etica social e liberdade
De acordo com Vásquez (1999), o ser humano é um animal racional, cuja distinção dos demais é
feita pela fala e pela inteligência, sendo, também, definido como um ente material capaz de
interagir o tempo todo com o meio ambiente no qual se encontra inserido, tendo, ainda,
habilidades para transformá-lo, sendo por ele também transformado.

Conforme Alencastro (2010), ocorrem diferentes relações entre variados tipos de pessoas, que
podem se dar por motivos igualmente diversos, tais como, por exemplo, os seguintes: por
escolha, como no caso da religião ou do time de futebol para o qual se vai torcer; por natureza,
no caso das famílias; por imposição, no caso das Forças Armadas, nas quais os homens devem se
alistar aos 18 anos.

Ressalta ainda o autor que existem muitas micro sociedades interligadas em um contexto de uma
sociedade muito maior, que abrange todos os habitantes da terra. Cada indivíduo, porém, bem
como cada microsociedade e a sociedade de um modo geral tem objectivos específicos que, por
vezes, podem sofrer oposição. Para que não se desenvolvam conflitos, é necessário encontrar um
ponto de entendimento para que se possa promover o desenvolvimento da sociedade de um modo
geral (ANDRADE; ALYRIO; BOAS, 2006).

Segundo Alencastro (2010), um indivíduo estabelece os valores a seu próprio respeito e sobre os
outros por meio da convivência social, criando, assim uma dimensão ética, que abrange os
princípios por ele formulados sobre o que é certo e o que é errado, contemplando as ações dele
mesmo e de cada indivíduo a seu redor. Habitualmente, tem-se as ações do indivíduo como
reflexos de suas crenças, embora estas também possam divergir do que se crê e, até mesmo,
daquilo que se deve fazer.

Nesse capítulo, o propósito é tecer considerações gerais sobre a conduta ética no trabalho. Para
tanto, serão, inicialmente, apresentadas definições dadas na literatura para o termo “ética”,

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DEFINIÇÕES DE ÉTICA
Segundo Aranha (2009), as pessoas valoram constantemente as coisas e outras pessoas. Tais
valores, de acordo com a autora, podem ser unitários, lógicos, afectivos, estéticos, religiosos,
econômicose éticos.Para Sá (2005, p. 17), uma definição para o termo ética seria de “ciência da
conduta humana perante o ser e seus semelhantes”.Arruda, Whitaker e Ramos (2003), por sua
vez, defendem que a ética consiste no estudo do comportamento humano no âmbito de uma dada
sociedade, tendo como objectivo o estabelecimento de normas que possam garantir a
convivência pacífica em sociedade e entre elas. Nesse contexto, segundo os autores, a ética seria
o ramo da ciência que busca investigar os valores e códigos morais que subjugam os indivíduos,
abrangendo, também, os comportamentos individuais conforme a moral que é inserida em
determinada sociedade, durante o decurso de um período histórico. É sob esta perspectiva, ainda
segundo os autores, que ética e moral se correlacionam, mas não se confundem.

Para Vásquez (1999), os problemas éticos tem a generalidade como característica. Desse modo,
conforme o autor, é possível dizer aos indivíduos em que consiste um comportamento ético a
partir das normas, revelando-se o comportamento bom como aquele que faz parte do
procedimento moral concreto vigente em sociedade, do qual o indivíduo é adepto. Para esse
autor, diante de um caso concreto, o problema que surge sobre o que fazer é um problema de
ordem prático moral e não se refere a um problema teórico-ético. O carácter ético, conforme
Arruda (2002), somente se mostra quando é estipulado para o indivíduo o que é tido como bom,
destacando o que seria considerada essência do comportamento moral, não importando outras
formas de comportamento humano, tais como de religião, política, artístico, trato social, dentre
outros.

Além das considerações já feitas, que contrapõem ética e moral, é possível, ainda, identificar a
seguinte: a moral possui carácter prático imediato, já que se revela como parte integrante da vida
quotidiana dos indivíduos em sociedade, sendo considerada não somente por se tratar de um
conjunto de normas e regras regentes da existência humana, que dá os direccionamentos sobre o
que fazer e o que deixar de fazer.

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Tal constatação se dá, também, porque ela se faz presente no discurso diário, influenciando as
opiniões e juízos das pessoas. Desse modo, a noção do que seria o imediato surge em razão da
utilização contínua (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2003).

Outro aspecto a se considerar é que a ética abrange, também, o sujeito consciente, sendo, nesse
contexto, o campo ético constituído pelas obrigações e valores formadores do conteúdo das
condutas morais, que são realizadas pelo sujeito moral, que é, a seu turno, principal constituinte
da existência ética. Desse modo, para que exista uma conduta ética “é preciso que exista o agente
consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e
proibido, virtude e vício” (KANT, 1985, p. 66).

A ÉTICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO


Em meados da década de 1970, experimentou-se grande impulso do ensino de ética nas
faculdades de Administração e Negócios dos Estados Unidos da América (EUA). Em pouco
tempo, reunindo vivência profissional e formação académica, passou-se a aplicar os conceitos de
ética à realidade dos negócios, focando na conduta ética profissional e pessoal. Também nessa
época, experimentou-se expansão das empresas multinacionais, em especial, das europeias e
americanas, ao redor do mundo, instalando suas subsidiárias em todos os continentes. Nesse
contexto, choques culturais foram suscitados em função das diferentes formas de se entabular
negócios, que conflituavam com as matrizes das companhias. Todo esse cenário foi propício à
criação dos códigos de ética corporativos(ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2003).

Dentre as ramificações existentes do conceito de ética e sua aplicação nas relações de trabalho,
surge a noção de ética empresarial, que, de acordo com Moreira (2002, p.28), consiste no “[…]
comportamento da empresa – entidade lucrativa – quando ela age de conformidade com os
princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela colectividade”.

Além da ética empresarial, existe, ainda, a ética profissional, que é apresentada por Camargo
(1999, p. 31) como “a aplicação da ética geral no campo das actividades profissionais: a pessoa
tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas
suas actividades de trabalho”. A ética individual, que vige no âmbito da ética profissional,

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apresente um interesse tríplice, composto pelo interesse pelos outros, interesse por si próprio e
interesse pela instituição (ARRUDA, 2010).

Matos (2008) ainda faz mençãoà ética da competência, tratando-se, de acordo com o autor, de
leis não escritas, mas que se apresentam, talvez até por isso, catastroficamente eficientes. São as
seguintes:

• Lei da não criatividade: “Para matar uma sugestão e liquidar de vez com os criativos,
transforme sempre o autor da sugestão em execução da ideia.” (MATOS, 2008, p. 52). Para o
autor, tem-se um resultado infalível, já que quem é pago para inovar e ter as ideias é o chefe,
sugerindo uma gestão com más atitudes e comportamentos;

• Lei da saturação: “Solicite sempre ao autor de uma ideia tantas informações, pareceres e
pesquisas, até que ele “estoure” e se atenha, exclusivamente, às ordens transmitidas” (MATOS,
2008, p. 52). Muitos talentos jovenssão embotados em razão deste expediente burocrático,
representando frustrações de carácter irrecuperável, em função de traumas que são decorrentes
de tentativas malsucedidas;

• Lei dos pequenos grandes problemas: as coisas importantes, para os funcionários considerados
medíocres, não são as relevantes, já que envolvem responsabilidade e comprometimentos
(MATOS, 2008, p. 53). “Para não se envolver em dificuldade, as pessoas tendem a tornar
grandes os pequenos problemas”;

• Lei da protecção às avessas: “Excesso de protecção gera efeitos contrários”, e negativos. De


acordo com Matos (2008), tem-se que a acção exagerada de protecção de vantagens e direitos
resulta em boicote e repressão. Um exemplo que é citado pelo autor é referente às leis de
protecção ao trabalho da mulher, que deram causa a um maior índice de desemprego feminino;

• Lei da acumulação de papéis: “Acumule papel para dar a impressão de muito trabalho,
justificar atrasos e fundamentar solicitações de mais subordinados” (MATOS, 2008, p. 53). Uma
mesa que se mostra entulhada de relatórios, documentos, expedientes e correspondência só pode
significar ineficiência, demonstrando improdutividade e desperdício, bem como incapacidade de

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delegação, direcção, disciplina e hierarquização de responsabilidades, de acção com presteza e
método;

• Lei da queixa permanente: para o autor, tem-se na queixa excelente recurso para a justificativa
da omissão. “Reclame, reclame, para não ter de realizar. Afinal, não há meios, não há pessoal
suficiente, não há tempo disponível, não há…” (MATOS, 2008, p. 54);

• Lei da valorização pela complexidade: “É preciso complicar para valorizar, pois se acredita que
ninguém valoriza as coisas simples” (MATOS, 2008, p. 54). Para o autor, somente o sábio tem
capacidade de valorização da simplicidade. Para ele, são as manifestações complexas, oriundas
dos aparentemente competentes, que irão originar a burocratização infernal;

• Lei do activismo: a agitação histérica se mostra como sendo a mais eloquente manifestação de
esterilidade administrativa. Isso porque ninguém pensa, já que todos se mostram empenhados em
“realizar”. “Corra, corra,corra! Deste modo, todos o acreditarão atarefado” (MATOS, 2008, p.
54);

• Lei da inércia burocrática: deixar as coisas acontecerem, esperando que os outros assumam,
deixando ficar para ver como fica são formas colocadas pelo autor como sendo de alienação
administrativas, factores que comummente geram um processo ineficaz e burocratizante. Para
Matos (2008, p. 54), “Deixe os outros se movimentarem, assim não se arrisca a tropeções e
quedas”;

• Lei das dificuldades desonestas: “Crie dificuldades para vender facilidades. […] este princípio
universalizou-se entre os corruptos. O suborno, como instrumento de conquista administrativa e
de obtenção de favores, é bastante conhecido, em suas formas mais variadas e engenhosas”
(MATOS, 2008, p. 55);

• Lei da atitude agressiva, denominada pelo autor também como “estou trabalhando, não se
aproxime!” (MATOS, 2008, p. 55). É bastante utilizado pelas gerências como desculpa para
poderem se ausentar de suas responsabilidades e, ainda assim, passarem a impressão de
dinamismo em sua actuação, o que justificaria a inacessibilidade. Matos (2008, p. 55) assim

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exemplifica: “Conserve a fisionomia séria, preocupada, gestos neurasténicos, voz irritadiça,
palavras ásperas e inquietação permanente e todos os terão em conta de chefe dinâmico”;

• Lei da solução por crise: deve-se promover crises para não se ter um enfrentamento da
realidade. A administração maquiavélica busca se desviar dos verdadeiros problemas, inventando
crises contemporizadoras. “[…] As dificuldades do desenvolvimento acabam por se transformar
em desenvolvimento de dificuldades”. (MATOS, 2008, p. 55);

• Lei da irresolução por supersimplificação: a simplificação surge, em muitos casos, como forma
de resolução da ansiedade, mas não do problema. Nesse sentido, Matos (2008, p. 55) assim
sustenta:

Simplifique para resolver a ansiedade; deixe o problema resolver-se por si mesmo. […] Quando
o problema é complexo, inquietante, demandando esforços de reflexão e acção exaustiva, há
tendência em supersimplificá-lo.[…] Deste modo, a aparência de solução serve para amenizar a
angústia.

• Lei da embalagem vistosa: pode-se considerar o relatório como sendo a peça símbolo do
sistema burocrático.

A apresentação de um relatório ou projecto terá impacto tanto maior quanto mais volumoso for o
conteúdo, mas rica a aparência, maior abundancia de dados, fórmulas, gráficos e anexos, com a
contrapartida de que não será lido. […] Laurence Peter afirma que “a maior parte das
hierarquias”, nos dias que ocorrem, esta tão sobrecarregada de normas e tradições e tão amarrada
pelas leis administrativas que os funcionários de alto nível não têm que conduzir ninguém a parte
alguma, no sentido de apontar caminhos e dar o ritmo da marcha. Seguem simplesmente seus
antecessores, obedecem aos regulamentos e vão à testa da multidão. Só se pode dizer que eles
lideram se também acharmos que as figuras de proa esculpidas nos barcos é que lideram a
embarcação (MATOS, 2008, p. 56).

Para que o código de ética apresente um bom funcionamento, Arruda, Whitaker e Ramos (2003,
p. 68) destacam que “é preciso fazer com que qualquer funcionário sinta que tem crédito, que

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suas opiniões não são apenas ouvidas, mas também valorizadas e aplicadas sempre que
conveniente”. Sendo assim, para que ele passe a ser parte da cultura da organização é necessário
implementar um sistema de monitoramento. Nesse sentido, é o seguinte trecho extraído da obra
dos autores:

Conforme identificado pro Starke (1999), são cinco as etapas existentes para a evolução moral de
uma empresa: a primeira etapa, de Corporação amoral; a segunda, de Corporação legalista; a
terceira, de Corporação receptiva; a quarta, de Corporação ética que aflora; e a quinta
Corporação ética.

A Corporação amoral, de acordo com Alencastro (2010), busca o sucesso a qualquer custo,
vislumbrando os empregados como sendo meras unidades econômicas produtivas. É o tipo de
Corporação, na escala proposta por Starke (1999), com o menor desenvolvimento, sendo,
também, de acordo com o autor, entidade propícia à violação de valores e normas sociais, já que
busca alcançar o sucesso a todo custo, demonstrando, com isso, total descompromisso com o
meio social.

A Corporação legalista é o contrário da Corporação amoral, pois é apegada à lei, adoptando


códigos de conduta, buscando definir a conduta da corporação, que de acordo Alencastro (2010,
p. 67), “buscam adoptar algumas posturas ‘éticas’ apenas para evitar problemas legais”.

A Corporação receptiva é a que entende as decisões éticas como possíveis de serem do interesse
da companhia em longo prazo. Para este tipo de corporação, segundo Alencastro (2010, p. 67),
interessa em “mostrar-se responsável porque isso é conveniente, não porque é certo. Seus
códigos de conduta começam a tomar forma de códigos de ética”.

CAPÍTULO II – ESTRATÉGIAS PARA MELHOR APLICAÇÃO DA ÉTICA NO


AMBIENTE DE TRABALHO

Nesse capítulo, o propósito é identificar estratégias para se promover melhor aplicação da ética
no ambiente de trabalho.

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Primeiramente, há que se destacar que, conforme disposto por Sá (2005), o indivíduo obtém
realização plena e reconhecimento por meio do desempenho de sua profissão. Isso porque, como
destaca o autor, é pelo seu exercício que ele prova o seu valor, demonstrando habilidade,
capacidade, inteligência e sabedoria, comprovando sua personalidade para vencer obstáculos. É,
pois, através de sua profissão que o homem demonstra utilidade para a comunidade.
Actualmente, contudo, há que se notar, como bem exposto por Srour (2008), a existência de
disputa acirrada por fatia do mercado consumidor, tornando-se esse ritmo de mudança cada dia
mais frenético, fazendo com que a empresa tenha que se adaptar. Em razão disso, deve o
trabalhador seguir o mesmo passo, já que, se não houver essa adaptação, o próprio mercado de
trabalho o manda para fora.

Segundo Sennett (2005), as consequências dessa mudança, bem como o impacto por ela causado
no carácter dos trabalhadores das organizações contemporâneas, traz a possibilidade de
considerar intrínseca relação de questões éticas ao quotidiano. Nesse contexto, o autor aborda
questões pertinentes ao trabalho, à família e aos indivíduos por si mesmos enquanto seres
dotados de poder de decisão e de personalidade e a forma como os valores éticos podem ser
afectados pelos riscos incessantes do capitalismo contemporâneo e pelas mudanças
experimentadas nesse contexto.

Ainda segundo o autor, o mundo do trabalhador actual pode ser contemplado como sendo um
mundo de incertezas, o que contribuiria para que fosse corrompido, assumindo postura de
engano ao acreditar que pode determinar o rumo de sua carreira, quando, verdadeiramente, o
controle de tal situação lhe escapa. É possível, também, considerar tal posicionamento como
tentativa mal/bem-sucedida de adaptação ao meio em que vive (SENNETT, 2005).A primeira
questão a se considerar ao abordar aspectos referentes ao trabalho é que, no ordenamento
jurídico pátrio, ele se mostra como um importante direito fundamental.

Uma concepção do que sejam os direitos fundamentais é tida em Pinto (2009, p. 126), que os
compreende como sendo[…] direitos representativos das liberdades públicas, constituem valores
eternos e universais, que impõem ao Estado fiel observância e amparo irrestrito.

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Constituem os direitos fundamentais legítimas prerrogativas que, em um dado momento
histórico, concretizam as exigências de liberdade, igualdade e dignidade dos seres humanos,
assegurando ao homem uma digna convivência, livre e económica.

Como se pode verificar, para Pinto (2009), os direitos fundamentais se apresentam como uma
reacção da pessoa frente à arbitrariedade na actuação estatal, tendo surgido em defesa das
liberdades individuais dos cidadãos. Constituem-se, pois, conforme Mendes (2011), em direitos
garantidores de uma existência livre, igualitária, justa e solidária, que se mostra tanto na ordem
social, quanto na económica e política. Seu substrato, conforme o autor, é a dignidade da pessoa
humana. Também assim compreende Sarlet (2012), para quem os direitos fundamentais
consistem em “exigências e concretizações do princípio da dignidade da pessoa humana”. Em
resumo, pois, é possível apresentar os direitos fundamentais como exigências para a
concretização do princípio da dignidade da pessoa humana, sobre o qual se abordará mais
detidamente quando se for dispensar tratativas ao Trabalho Seguro.

Desse modo, tratam-se os direitos fundamentais, conforme Masson (2015), de direitos maiores,
que garantem, conforme sistemática constante na Constituição Federal de 1988, a dignidade da
pessoa humana. Desse modo, conforme a autora, se encontrando esses intimamente relacionados
à essência do ser humano, não há razão para o seu afastamento, ou, ainda, para a imposição de
restrições à sua aplicação a determinado grupo de pessoas. Por essa razão, segundo Branco e
Mendes (2014), fez-se constar na Carta de 1988 a identificação expressa daqueles direitos aos
quais todos, sem qualquer distinção, na qualidade de residentes no País, fariam jus, sendo certo
que, de outro lado, deveria o Estado cuidar de garanti-los.

Conforme Piovesan (2013), a denominação dada pela Carta de 1988 aponta para o
estabelecimento de um compromisso do Estado com o cidadão, na medida em que não somente
estipula direitos, mas, também, indica meios que servirão para garantir o seu exercício. Também
Lenza (2012) assim dispõe, ao destacar que os direitos são vantagens e bens prescritos na norma
constitucional, apresentando-se as garantias como instrumentos constitucionalizados através dos
quais se assegura o exercício preventivo de direitos, ou, em actuação repressiva, os repara em
caso de violação.

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Conforme Piovesan (2013), os direitos fundamentais que foram positivados no texto da Carta de
1988 têm influência nítida dos tratados internacionais, especialmente do Pacto Internacional dos
Direitos Civis e Políticos, e do Pacto Internacional sobre Direitos Económicos, Sociais e
Culturais, que prevê em seu artigo 4º, dentre os princípios a serem seguidos nas relações
internacionais, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, o direito à
autodeterminação e a concessão de asilo político.

De acordo com Lenza (2012), é comum a subdivisão dos direitos fundamentais em dimensões ou
gerações. Elenca, pois, três dimensões.

Os direitos de primeira dimensão são os direitos relacionados às liberdade políticas e civis do


indivíduo. Demandam, conforme Piovesan (2013), uma actuação negativa por parte do Estado, o
que os caracterizaria como direitos de oposição ou resistência ao poder estatal.

Para Branco (2014), a primeira dimensão dos direitos fundamentais abrange os direitos referidos
nas Revoluções francesa e americana. São assim denominados porque se apresentam,
historicamente, como os primeiros direitos fundamentais do homem a serem positivados. Detém,
em sua essência, uma pretensão universalista, na medida em que são considerados indispensáveis
para todos os homens.

Pretendia-se, sobretudo, fixar uma esfera de autonomia pessoal refractária às expansões do


Poder. Daí esses direitos traduzirem-se em postulados de abstenção dos governantes, criando
obrigações de não fazer, de não intervir sobre aspectos da vida pessoal de cada indivíduo. […]
Referem-se a liberdades individuais, como a de consciência, de reunião, e à inviolabilidade de
domicílio. São direitos em que não desponta a preocupação com desigualdades sociais. O
paradigma de titular desses direitos é o homem individualmente considerado. Por isso, a
liberdade sindical e o direito de greve – considerados, então, factores desarticuladores do livre
encontro de indivíduos autónomos – não eram tolerados no Estado de Direito liberal. A
preocupação em manter a propriedade servia de parâmetro e de limite para a identificação dos
direitos fundamentais, notando-se pouca tolerância para as pretensões que lhe fossem colidentes
(BRANCO, 2014, p. 168).

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Importante contribuição é a dada por Lenza (2012), que sustenta que os direitos fundamentais de
1ª dimensão marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito. Segundo o
autor, verifica-se em sua identificação demasiado respeito às liberdades individuais, destacando
clara perspectiva de absenteísmo do Estado.

O reconhecimento dos direitos fundamentais de primeira dimensão surge com maior evidência
nas primeiras constituições escritas. Alguns documentos históricos que marcaram a emergência e
configuração daqueles que vieram a ser nominados direitos humanos de primeira dimensão entre
os séculos XVII e XIX, merecendo destaquem os seguintes: Magna Carta de 1215, assinada pelo
rei “João Sem Terra”. Os direitos de segunda dimensão surgiram com a Revolução Industrial na
metade do século XIX. Correspondem a direitos colectivos que, ao contrário dos identificados na
primeira dimensão, ensejam actuação positiva por parte do Estado. Encontram-se nessa
dimensão, pois, os direitos económicos, sociais e culturais, cujo objectivo é reduzir as
desigualdades sociais em razão da protecção de indivíduos que estão em posição de fragilidade
(PIOVESAN, 2013). Nesse mesmo sentido dispõe Branco (2014), para quem os direitos de
segunda dimensão não correspondem a uma pretensa abstenção do Estado; ao contrário, eles o
chamam ao cumprimento de prestações positivas. Entendeu-se que não bastava liberdade e
propriedade, havia a necessidade de uma igualdade formal (perante a lei), e mais tarde uma
igualdade real (material). É por meio deles, pois, que se intenta estabelecer uma liberdade igual e
real para todos, a ser efectivada por meio de acçãocorrectiva dos Poderes Públicos.

Historicamente, os documentos que apontam para uma evidência de tais direitos, além dos
direitos colectivos, culturais e económicos, Lenza (2012) indica os seguintes: em 1917, a
Constituição do México; em 1919, a Constituição de Weimar, na Alemanha, e o Tratado de
Versalhes; e em 1934, a Constituição de 1934, no Brasil. Trata-se, conforme Masson (2015), de
um importante momento histórico, na medida em que marca o nascimento do Estado Social, com
a assunção de responsabilidades perante a colectividade, expressas nos deveres assumidos, no
Brasil, no texto da Carta Maior de 1934, inaugurando um novo cenário. O seu grande marco,
contudo, como já delineado, se deu com a Constituição Federal de 1988, que promoveu uma
redemocratização do sistema jurídico e político pátrio.

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Já os direitos de terceira dimensão surgiram após a Segunda Guerra Mundial. Revelam direitos
de natureza universal, que correspondem à fraternidade, o terceiro ideal da Revolução Francesa,
abrangendo, em seu sentido, o direito a um meio ambiente equilibrado e à paz mundial
(PIOVESAN, 2013). Tratam-se, na perspectiva de Lenza (2012), de direitos transindividuais,
pois transcendem os interesses de cada pessoa para atingir a gênese de sua criação – qual seja, a
que tange à protecção do ser humano. Vê-se, pois, destacada consideração à universalidade e ao
humanismo.

Conforme Branco (2014), a distinção em dimensões dos direitos fundamentais foi estabelecida
somente com o propósito de se situar, nos diferentes momentos históricos, os direitos que surgira
como resposta da ordem jurídica às reivindicações sociais. Assim, ressalta, não se deve
considerar que, surgindo uma nova dimensão de direitos fundamentais, os da dimensão anterior
são suplantados. Ao contrário, sustenta o autor, eles permanecem válidos em conjunto com os
direitos reconhecidos em uma nova dimensão, ainda que estes sofram o influxo de concepções
sociais e jurídicas que prevalecem nestes novos momentos. A essência, portanto, permanece,
embora possam experimentar uma adaptação e às novidades constitucionais.

Uma concepção para o termo “trabalho”, trazida por Ramos Filho (2010), é de atividade
essencialmente humana que, estando relacionada como fator de produção de riqueza, contribui
para a hierarquização da sociedade, organizando a distribuição de direitos, de renda, de papéis e
de proteções sociais a serem desempenhados no convívio social em cada sociedade
historicamente considerada. Do ponto de vista capitalista, destaca o autor que a força de trabalho
é tida como mercadoria, proporcionando, desse modo, a acumulação pela mais-valia.

Em relação ao aspecto da dignidade do trabalho, sustenta Padilha (2011) que, em oposição ao


caráter depreciativo que acompanhou o trabalho, como visto, no decorrer da história da
humanidade, tendo tido o seu início, como se verá, com a escravidão, na visão grega, e como
forma de punição pelos pecados na visão católica, tem-se o protestante, que, embora também
religioso, passa a difundir a ideia de que o trabalho enobrece, garantindo, com isso, ao
capitalismo um terreno fértil ao seu desenvolvimento, já que, por esta nova perspectiva, “[…] o
homem começa a fincar os seus pés na energia que brota de seu próprio labor, na força de

13
produção que introduz de modo novo todos os níveis de suas formas de existir” (PADILHA,
2011, p. 231).

Atualmente, o cenário socioeconômico vislumbrado contempla um misto que favorece a


competitividade: a ocorrência da globalização, o largo uso de tecnologias, a valorização do
conhecimento, o reconhecimento de direitos trabalhistas, e a identificação de novas formas de
gestão, como a gestão por competências. Várias foram as mudanças experimentadas ao longo do
tempo que promoveram, a seu modo, considerável impacto nas empresas as empresas
(CHIAVENATO, 2014). Destes, para este estudo, o que mais interessa é o reconhecimento de
direitos trabalhistas, que inclui análise da importância da manutenção de um ambiente laboral
sadio e equilibrado, dado o valor que o trabalho tem para o homem.

Hoje, vários são os direitos trabalhistas concedidos ao trabalhador, direitosestes que, se hoje são
realidade, é certo, também, que foram conquistados a duras penas, tendo levado razoável período
de tempo para que os ideais se tornassem realidade. Deste modo, hoje é garantido ao trabalhador
o pagamento de salário, que não pode ser inferior ao salário mínimo do país; a limitação da
jornada de trabalho a 8 horas diárias, com o pagamento das horas que a excederem, até o limite
de 2 horas; o intervalo intrajornada e entre as jornadas de trabalho, dentre inúmerosoutros
(MARTINS, 2016).

Ao longo dos anos, as organizações buscam alternativas capazes de impulsionar seus


colaboradores à realização de tarefas conforme deles se espera. Estratégias voltadas também à
melhor aplicação da ética no ambiente de trabalho vêm surgindo ao longo dos anos. Dentre as
várias existentes, estão os códigos de ética, que delimitam as ações da empresa e dos
colaboradores em seu âmbito.

De acordo com Nash (1990), diretores de grandes empresas têm nos padrões pessoais de conduta
um ativo importante, com valor tão alto quanto um bem econômico ou, ainda, quanto a sua
clientela. Os padrões de conduta e de ética seguidas na organização, segundo o autor, integram o
capital intelectual, que está, a cada dia mais, conforme Tachizawa (2007), ganhando espaço junto
à sociedade e às empresas, passando a ser considerado até mais valioso do que o capital
financeiro, tradicional. Com isso, a reunião dos conceitos de capital intelectual ao uso correto de

14
um código de ética pode conduzir a uma melhor interação entre os colaboradores, colegas de
trabalho, em função do fato de que a todos são atribuídos deveres e direitos, criando, assim, um
clima de respeito mútuo entre eles.

Nesse mesmo sentido, dispõem Azevedo e Costa (2006) que a aplicação de preceitos éticos no
desempenho de atividades por um profissional irá depender da forma como se põe em prática a
ética em sua conduta social diária.Para os autores, “não podemos esquecer que antes de um
código de ética profissional, existe um código de ética pessoal” (AZEVEDO; COSTA, 2006, p.
31). Sá (2005)alerta, ainda, para o impacto causado na conduta humana pelos efeitos da
ambiência institucional, embora, conforme o autor, não seja possível excluir a vontade ética do
sujeito.

Desse modo, de uma forma geral, tem-se nos códigos de ética empresariais verdadeiros modelos
de direcionamento para os colaboradores e para a própria empresa, na medida em que, segundo
Moreira (2002), se apresenta como um padrão de conduta a ser seguido por pessoas que possuem
diferentes experiências e visões aplicadas às atividades empresariais complexas. Perante o
mercado, ele ainda pode servir como mostra da intenção da empresa. Em razão disso, segundo.

Tendo sido feitas tais considerações, será o capítulo seguinte destinado a analisar a relevância da
ética nas relações de trabalho.

CAPÍTULO III – A RELEVÂNCIA DA ÉTICA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Nesse capítulo, o propósito é analisar a relevância da ética no ambiente de trabalho,


considerando tudo o que até aqui fora apresentado, bem como lançando novos olhares sobre a
temática.De acordo com o que consta no inciso XXII do artigo 7º da Constituição Federal, todos
os trabalhadores urbanos e rurais têm direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio
da implantação de normas de higiene, saúde e segurança (BRASIL, 1988). Ressalte-se, porém,
que, de acordo com Silva (2015), o meio ambiente do trabalho não se resume ao local de
trabalho em si. Ao contrário, ele o engloba também, sendo, entretanto, muito mais abrangente do
que o local de trabalho que, para Nascimento (2013), consiste no espaço físico no qual o serviço

15
será habitualmente prestado, demonstrando sua importância em diversos aspectos. Assim, ele
deve:

a) Observar as normas sobre meio ambiente do trabalho;

b) É elemento complementar e indiciário da relação de emprego, relativo e não absoluto, porque


a empresa poderá ter vários tipos de trabalhadores — autónomos, eventuais, temporários etc.;

c) É determinado pelo empregador como decorrência do seu poder de direcção e de organização,


salvo quando, por contrato, tratar-se de serviços externos ou de locais variados;

d) Pode ser modificado pelo empregador, desde que não acarrete necessariamente a mudança do
domicílio do empregado, a não ser quando se tratar de transferências definitivas, que dependem
da anuência do empregado.

Dessa forma, em resumo, pode-se conceituar meio ambiente do trabalho como sendo aquele livre
de riscos a ele inerentes, mediante a implementação de normas de saúde, higiene e segurança.
Sua protecção deve ocorrer para atendimento à norma constitucional vigente, que traz, como já
dito, que é direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos
concernentes ao trabalho, por meio da implementação de normas de higiene, saúde e segurança.
Assim, se é direito, várias complicações podem ser acarretadas junto aos órgãos fiscalizadores do
trabalho para as empresas que não mantiverem a necessária observância.

Além da norma constitucional, existem, ainda, outras normas que trazem importantes
regulamentações acerca da segurança e medicina do trabalho. São as Normas Regulamentadoras,
que são editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no desempenho de suas funções
como órgão de âmbito nacional com competência normativa em matéria de medicina e segurança
do trabalho).

Cumpre destacar, porém, que não se pode resumir o meio ambiente do trabalho ao local de
trabalho em si. Isto porque, segundo Nascimento (2013), apesar de englobá-lo também, ele
abrange todo o espaço físico no qual o serviço será habitualmente prestado, demonstrando sua

16
importância em diversos aspectos. Nesta perspectiva, conforme o autor, o meio ambiente de
trabalho:

a) Deve observar as normas sobre meio ambiente do trabalho;

b) É elemento complementar e indiciário da relação de emprego, relativo e não absoluto, porque


a empresa poderá ter vários tipos de trabalhadores – autónomos, eventuais, temporários etc.;

c) É determinado pelo empregador como decorrência do seu poder de direcção e de organização,


salvo quando, por contrato, tratar-se de serviços externos ou de locais variados;

d) Pode ser modificado pelo empregador, desde que não acarrete necessariamente a mudança do
domicílio do empregado, a não ser quando se tratar de transferências definitivas, que dependem
da anuência do empregado.

Desse modo, conforme Rocha (2002, p. 30), é possível definir o meio ambiente de trabalho como
sendo “a ambiência na qual se desenvolvem as atividades do trabalho humano”, podendo,
inclusive, de estender “ao próprio local de moradia ou ao ambiente urbano”. Neste mesmo
sentido, pronuncia-se Mancuso (2014), para quem ele representa o[…] “habitat” laboral, isto é,
tudo que envolve e condiciona, direta e indiretamente, o local onde o homem obtém os meios
para prover o quanto necessário para a sua sobrevivência e desenvolvimento, em equilíbrio com
o ecossistema (MANCUSO, 2014, p. 59).

Nascimento (20113), por sua vez, destaca que a expressão abarca tudo aquilo que designa,
segundo ele, o complexo máquina-trabalho. Assim, estariam inseridos no conceito de meio
ambiente do trabalho os seguintes elementos:

[…] As edificações do estabelecimento, equipamentos de protecção individual, iluminação,


conforto térmico, instalações eléctricas, condições de salubridade ou insalubridade, de
periculosidade ou não, meios de prevenção à fadiga, outras medidas de protecção ao trabalhador,
jornadas de trabalho e horas extras, intervalos, descansos, férias, movimentação, armazenagem e

17
manuseio de materiais que formam o conjunto de condições de trabalho etc. (NASCIMENTO,
2013, p. 846).

Desse modo, o meio ambiente do trabalho é o habitat laboral no qual o trabalhador passa a maior
parte de sua vida produtiva para prover o necessário ao seu desenvolvimento e sobrevivência
própria e de sua família através do exercício de seu labor. As disposições contidas na Carta
Magna dizem respeito à saúde e segurança dos trabalhadores, devendo o seu empregador tomar
as medidas cabíveis para protegê-lo de toda forma de poluição e/ou degradação do meio
ambiente de trabalho. Tem-se, pois, a presença da noção de equilíbrio do ambiente de labor,
sendo esta uma responsabilidade imposta ao empregador (PADILHA, 2011). Em
complementação, cite-se Silva (2015), para quem o equilíbrio no ambiente laboral está baseado
na salubridade do meio, bem como na ausência de agentes que possam comprometer a
incolumidade físico-psíquica do trabalhador, independente de serem adultos, crianças ou
adolescentes; homens ou mulheres; servidores públicos, celetistas ou autónomos. Em resumo,
pois, o equilíbrio no meio ambiente de trabalho é noção que se aplica a qualquer trabalhador em
seu habitat laboral.

Pela perspectiva da Constituição de 1988, como visto, é possível conceituá-lo como sendo o
ambiente livre de riscos a ele inerentes, o que se obtém com a implementação de normas de
saúde, higiene e segurança. Tal protecção conferida ao ambiente laboral representa, segundo
Silva (2015), a defesa da humanização do trabalho, não se restringindo à preocupação com
concepções económicas envolvidas no desempenho da actividade laboral, estando, por outro
lado, atento à finalidade do trabalho como espaço de construção da identidade, do bem-estar e da
dignidade do trabalhador.

Saúde e trabalho são temas que se interrelacionam, na medida em que ambos integram o meio
ambiente de trabalho, no qual o trabalhador desempenha as suas atividades, sendo também
aquele em que passa a maior parte de sua vida. Desse modo, é possível asseverar que o trabalho
ocupa lugar de grande destaque na vida do indivíduo, na medida em que é nele que o trabalhador
busca o seu sustento, sendo, também, objeto de valorização, satisfação e realização como ser
humano provido de capacidade intelectual e útil à sociedade (GUIMARÃES, 2005).

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Também é válido relembrar que o trabalho é extremamente relevante para a sociedade
capitalista, por se por meio dele que a geração de riquezas se torna possível, favorecendo o
desenvolvimento económico do país. É desta concepção que para Marx (2002, p. 21) o apresenta
como “criador de valor-de-uso”, que o torna indispensável à existência da sociedade humana.

De toda forma, o que se deve considerar é que estas variáveis interferem directamente na
motivação do trabalhador, impactando a sua satisfação no trabalho e, consequentemente, a sua
produtividade, motivo pelo qual merecem ser bem trabalhadas caso se queira um aumento de
produtividade e de assiduidade, na medida em que o absenteísmo é um dos efeitos da
insatisfação no trabalho (MORIN, 2001). Pode-se também destacar, conforme indicado por
Dejours (2012), que o impacto da organização do trabalho sobre o indivíduo faz emergir, em
determinadas condições, um sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre a sua história
individual, portadora de esperanças, projectos e desejos, e a de uma organização do trabalho que
o ignora.

Conforme disposto por Sá (2005),o indivíduo obtém realização plena e reconhecimento por meio
do desempenho de sua profissão. Isso porque, como destaca o autor, é pelo seu exercício que ele
prova o seu valor, demonstrando habilidade, capacidade, inteligência e sabedoria, comprovando
sua personalidade para vencer obstáculos. É, pois, através de sua profissão que o homem
demonstra utilidade para a comunidade.

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CONCLUSÃO
Conclui-se como dito ao início, o objectivo desse estudo era analisar a relevância da ética no
ambiente de trabalho. A situação-problema que se buscou responder foi a seguinte: qual é a
relevância da ética no ambiente de trabalho. Os resultados obtidos demonstram que falar em
ética nas relações de trabalho somente tem sentido quando se segue em busca de novos caminhos
no relacionamento humano, que primem o contrato e entendimento em sociedade. Ou seja, a
ética nas relações de trabalho somente tem sentido a se fazer menção ao relacionamento
interpessoal e sua importância para o desenvolvimento das organizações.Diante de tal quadro,
pode-se concluir que a ética é relevante no ambiente de trabalho na medida em que apresenta a
todos atitudes e comportamentos a serem adoptados em prol de uma óptima convivência social,
sendo comum, nas organizações contemporâneas, a adopção de códigos de ética, a serem
seguidos por todos na empresa, que dão tal delineamento às relações interpessoais firmadas no
ambiente profissional.

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REFERÊNCIAS b ibliografica
ALENCASTRO, M. S. C. Ética empresarial na prática: liderança, gestão e responsabilidade
corporativa. Curitiba: Ibpex, 2010.

ANDRADE, R. O. B. de; ALYRIO, R. D.; BOAS, A. A. V. Cultura e ética na negociação


Internacional. São Paulo: Atlas, 2006.

ARANHA, M. L. de A. Introdução à Filosofia Código de ética: . Volume Único. São Paulo:


Moderna, 2009.

ARRUDA, M. C. C. de. um instrumento que agrega valor. São Paulo: Negócio Editora, 2002.

______; WHITAKER, M. do C.; RAMOS, J. M. R. Fundamentos de ética empresarial e


económica. São Paulo: Atlas, 2003.

AZEVEDO, I.; COSTA, S. I. da.Secretária um guia prático. 6. Ed. São Paulo: Senac, 2006.

BRANCO, P. G. G. Direitos fundamentais. In; MENDES, G. F. Curso de Direito Constitucional.


9. ed. rev.eactual. São Paulo: Saraiva, 2014.

CAMARGO, M. Fundamentos de ética geral e profissional. Petrópolis: Vozes, 1999.

LENZA, P. Direito constitucional esquematizado. 16. Ed. rev., actual. eampl. São Paulo: Saraiva,
2012.

LISBOA, L. P.; etal. Ética geral e profissional e contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997.

21
Unidade N° 01
1- O facto ético consiste ou filosofia moral éo estudo do conjunto de valores morais de um
grupo ou indivíduo. A palavra "ética" vem do grego ethos e significa carácter,
disposição, costume, hábito, sendo sinónima de "moral", do latim mos, mores (que serviu
de tradução para o termo grego mais antigo, significando também costume, hábito).
2- O facto ético observa o comportamento, Relações da ética e outras ciências humanas e
Ética e Metafísica.
3- O principal factor que esta na origem dos diferentes tipos de éticas

A ética, enquanto disciplina teórica, estuda os códigos de valores que determinam o


comportamento e influenciam a tomada de decisões num determinado contexto. Estes códigos
têm por base um conjunto tendencialmente consensual de princípios morais, que determinam o
que deve ou não deve ser feito em função do que é considerado certo ou errado por determinada
comunidade.

Unidade N° 02
1- As duas características principais do moral ético são:

Ética relativo a Liberdade: o Bem é em relação aos actos livres humanos, aqui podemos notar
a liberdade, os valores morais a apresentarem-se no agir para a liberdade do individuo.

O acto moral e pessoal: o ético é um aspecto humano. A moralidade encontra-se no individuo


não no seu acto a exercer certo algo.

2- As dimensões do facto ético

Defina o que é certo e errado


Todos os princípios nos quais a ética se baseia visam gerar um tipo de guia, através do qual os
comportamentos correctos e os incorrectos são estabelecidos. A ética não pretende oferecer
respostas absolutamente corretas para situações específicas, mas busca ser um contexto que nos
permita reconhecer, com mais racionalidade, boas e más acções, dependendo do bem-estar que
produz em indivíduos e sociedades.

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Tem a ver com o vizinho
Os princípios da ética estão associados à possibilidade de viver em paz e ao reconhecimento do
outro; portanto, são directrizes pelas quais outras pessoas são consideradas, e busca gerar um
ambiente de bem-estar e justiça.

3- Distinguir Materialista (Hume) e Positivista (Comte)

Na segunda metade do século XIX, surge o Positivismo de Comte (1798-1857). Para Augusto
Comte, o Positivismo é a última etapa da humanidade, que se elevou do ‘estágio teológico’, no
qual tudo se explicava de maneira mágica, e do ‘estágio metafísico’, em que a explicação se
contentava com palavras. A base teórica do positivismo apresenta três pontos: 1) Todo
conhecimento do mundo material decorre dos dados ‘positivos’ da experiência, e é somente a
eles que o investigador deve se ater; 2) existe um âmbito puramente formal, no qual se
relacionam as ideias, que é o da lógica pura e o da matemática; e 3) todo conhecimento dito
‘transcendente’ – a metafísica, a teologia e a especulação acrítica – que se situe além de qualquer
possibilidade de verificação prática, deverá ser descarta.

Unidade N° 03
1- Um facto ético consciente
A consciência ética tem a opinião de que o certo e o errado têm que ser bem definidor
nos conceitos da sociedade, não existindo meio termo para estes conceitos.
2- A Abulia e elevar a livre vontade de agir podemos superar

Chouchord diz: qualquer individuo pode incentivar a livre vontade de agir, atrás de:

- Exercício paulatino e consistente de acto de responsabilidade;

- Criar hábitos de agir sozinho;

- Treino continuo da vontade de fazer as coisas e;

- Questionar os actos no agir.

23
3- O acto voluntário humano

Os actosvoluntário humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência dum juízo de


consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou maus.» ( Catecismo, 1749). «A actuação
é moralmente boa quando as escolhas da liberdade estejam em conformidade com o verdadeiro
bem do homem e expressam assim a ordenação voluntária para o seu fim.

Unidade N° 04
1- Relação vontade e liberdade
A liberdade significa o poder de fazer ou ter algo, a vontade significa o desejo de ter ou
fazer aquele algo no entanto nem sempre é possível faze-lo afinal querer não é poder.
2- Ético devemos assumir sempre a responsabilidade nos nossos actos
As responsabilidades são mecanismos de aprendizagem (disciplina, assertividade) e
treino para uma postura moral. Conforme se assume responsabilidades adquire-se
maturidade de vida e satisfação a cada cumprimento delas e novos compromissos
aparecerão.
3- Conceito de liberdade

Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria
vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de
ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada
cidadão. Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do ser humano, o poder
de ter autonomia e espontaneidade.

Unidade N° 05
1- Conceito de liberdade segundo Escolástica e analistas actuais

Para compreender esta distinção é preciso retomar o conceito aristotélico de natureza, este que
permite dizer que "a justiça natural tem a mesma força em todos os lugares", não sendo mera
"aparência" ou opinião. Concebendo a natureza como algo que tem em si mesmo o seu "princípio
de movimento", Aristóteles distingue-a daquilo que é artificial por ser capaz de realizar-se, de
actualizar sua potencialidade, conferindo à matéria sua "forma perfeita". A natureza é, portanto,
teleológica, buscando o fim que lhe é próprio (não devendo, pois, ser entendida como o que é
original ou primitivo). 

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2- As leis, a aplicação trás para a liberdade humana

A concepção de liberdade como direito natural, na obra de Hobbes, completa-se com a


justificação do dever de obediência ao soberano e, concomitantemente, com a dedução das leis
naturais. Nosso problema consistia, então, em indagar se, para Hobbes, o soberano, como
"súbdito de Deus", deve também obediência às leis de natureza, e nossas constatações apontavam
para uma resposta positiva.

Na medida em que participam de uma racionalidade inerente à política - racionalidade implicada


na própria estrutura representativa do pacto político - tanto os súbditos quanto o soberano devem
obediência às leis de Deus. Como nota o próprio autor, as leis da natureza são leis morais, regras
ou preceitos da razão, e expressam fundamentalmente um princípio de vida, amparadas que são
logicamente na primeira lei da natureza, que concerne à autoconservação.

3- A implicação da liberdade do agir do homem que consiste na ameaça ou


insinuação de ameaça ou honestidade contra o subordinado, com fundamento em
sexismo chama-se o assédio sexual.

Unidade N° 06
1- O conhecimento como um valor ético e social

A ideia de valor ético possui ligação com o conceito de valor moral. Os valores éticos são guias
que impõem como devem actuar as pessoas, ao passo que os valores morais constituem o
indivíduo como ser humano. As duas noções, de todas as formas, tendem a confundir-se e
inclusivamente a combinar-se de acordo com o autor.É importante que não haja essa confusão
entre valores éticos com valores morais. Esse último se constitui num conjunto de regras, normas
e leis que servem para orientar as pessoas dentro de uma sociedade a fim de que saibam julgar o
que é certo e o que é errado.
Enquanto que os valores éticos se traduzem em algo mais reflexivo, no que diz respeito a
pensamentos considerados certos ou errados por uma sociedade ou mesmo por uma pessoa.Os
valores éticos são essenciais para que o homem conviva numa sociedade sem que haja danos a
outras pessoas. Logo, esses valores contribuem para que a sociedade possa funcionar de modo
adequado.

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2- As características do Autodomínio

As principais características são:O autodomínio, é arte de nos controlarmos, de conseguirmos


resistir à vontade de dizer aquela “fofoca”, de reagir com raiva na hora de uma discussão, de não
ceder às “tentações”, que podem ser prejudiciais para nós e/ou para os outros.

3- Distinguindo a conduta assertiva da agressiva

No comportamento assertivo, a pessoa diz sim quando quer dizer sim e diz não quando quer
dizer não. Porém, a forma com que a comunicação é feita não agride, é feita para ser
compreendida. A pessoa reconhece valor nas pessoas e se responsabiliza pelos seus
comportamentos.

Unidade N° 07

1- Conceito da responsabilidade

Responsabilidade é o dever de arcar com as consequências do próprio comportamento ou do


comportamento de outras pessoas. É uma obrigação jurídica concluída a partir do desrespeito de
algum direito, no decurso de uma acção contrária ao ordenamento jurídico. Também pode ser a
competência para se comportar de maneira sensata ou responsável. Responsabilidade não é
somente obrigação, mas também a qualidade de responder por seus actos individual e
socialmente. 

2- A responsabilidade é vista como uma nova estratégias para aumentar e


potencializar o progresso do desenvolvimento porque

O segredo de ser bem-sucedido na profissão não está no acaso, e sim nas estratégias de acção e
nas possibilidades que cada umcria para si mesmo. Quando surgem pedras no caminho, nem
todos estão preparados para removê-las e seguir adiante. E esse processo de superação e
aprendizado precisa ser constante. Para saber quais são os pontos cruciais do desenvolvimento
profissional, continue a leitura deste posto e inspire-se.

3- Os princípios do duplo efeitos da responsabilidade são:

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O princípio do duplo efeito é uma tese da filosofia moral, normalmente atribuída a São Tomás
de Aquino. Ela visa explicar em que circunstâncias são permitidas tomar uma acção tendo ao
mesmo tempo consequências positivas e negativas (ou seja, um duplo efeito). Ela enuncia
diversas condições necessárias para que uma acção possa ser moralmente justificada mesmo
quando comporte um efeito ruim:

 A acção deve ser ela mesmo boa ou moralmente neutra;


 O efeito positivo deve resultar do ato e não do efeito negativo;
 O efeito negativo não deve ter sido directamente desejado, mas deve ter sido previsto e
tolerado;
 O efeito positivo deve ser mais forte que o negativo, ou ainda, ambos devem ser iguais.

Unidade N° 08
1-O Bem é bem em si mesmo e tem o seu valor Viver por seus valores pessoais parece fácil -
pelo menos em teoria. Seus valores, afinal de contas, são simplesmente as coisas que são
importantes para você na vida, por isso deve ser natural viver com eles. E, no entanto, muitos de
nós não vivem consistentemente de acordo com nossos valores. Alguém disse ou fez algo com o
que você discordou, mas você não falou sobre isso e ficou com vergonha depois. 

 Você definiu metas para si mesmo e depois falhou em cumpri-las. 


 Sua vida ou carreira não funcionaram do jeito que você queria. 
 O que você quer geralmente se choca com o que você tem que fazer ou o que é "prático". 
 Você está tão ocupado agradando as outras pessoas que nem sabe quais são seus valores
verdadeiros. 

Se algum destes entrar em ressonância com você, então este tutorial irá ajudá-lo. Nela, você
aprenderá quais são os valores pessoais e por que são importantes.  Então, passaremos por todas
as etapas envolvidas na definição e priorização de seus valores, alterando-os conforme
necessário e vivendo de acordo com eles, para que suas acções estejam alinhadas com seus
valores.

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2 - O sistema moral que defende que a maior Felicidade para pessoa é ter maior
Felicidade para a maior número de pessoas chama-sesistema Moral Utilitarista.

3 - A definição de Bem segundo De financediz que o Bem ético não é uma coisa por si
só mas é uma acção a praticar e este bem torna-se um conhecimento social ( para fazer
parte das pessoas a ser analisado como bem e atribuído qualidade).

Unidade N° 09
1- Definição da consciência humana

Consciência humana é a percepção do eu por si mesmo, este é o conceito mais


conhecido. ... Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da
psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente ou do
pensamento humano.

2- A origem da consciência humana Constantemente, argumenta-se que a noção


de criatividade surgiu na cultura ocidental através do cristianismo e de sua noção de
revelação divina. De acordo com o historiador Daniel Boorstin, "o primeiro conceito
ocidental de criatividade foi a história da criação no Gênesis".O
ser humano emergiu a consciência a partir da evolução de processos celulares,
únicos, independentes, que por si só não é capaz de chegar na dimensão de
uma consciência pensante. A célula é um ser vivo e um conjunto delas forma um ser
consciente.
3- A classificação das consciência A pontuação vai de 3 a 15 e, quanto menor o grau,
mais profundo é o rebaixamento de consciência do paciente, sendo 15 o valor normal
para um paciente alerta, falando, responsivo e não confuso.

Unidade N° 10

A lei diz, mas ele deve ter uma conduta autonomia, madura e responsável, Da mesma forma,
se determinada cultura considera que as pessoas devem vestir-se de algum modo, a pessoa que se
veste de acordo está agindo de forma “moral”; se não, está agindo de forma “imoral”. Assim,
podemos entender que a moral é um conjunto de normas ou valores por meio do qual as pessoas
guiam seu comportamento. Segundo esses valores, suas acções são julgadas. As normas morais

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variam, a depender da cultura e do período histórico, e também podem ser questionadas e
destituídas. Por muitos anos, no Brasil, por exemplo, as mulheres não puderam votar. Enquanto
elas obedeciam silenciosamente, respeitavam a moral da época. À medida que as mulheres
questionaram a moral, isto é, os motivos pelos quais elas não podiam exercer o direito ao voto,
elas promoveram um debate “ético”. Actualmente, as mulheres não apenas podem votar, como
também exercer cargos políticos, ou seja, houve uma mudança de concepção de moralidade.

2 - Os (5) factores que podem influenciar a autonomia e autenticidade

Ele busca, pois, na psicologia o campo experimental, onde possa elaborar sua teoria
construtivista sobre o conhecimento. Piaget defende, energicamente, que não há conhecimentos
(conteúdos) inatos nem estruturas preformadas no sujeito cognoscente - postura anta apriorista -;
mas também, afirma Piaget, a experiência por si só não fornece ao sujeito conhecimentos da
ordem lógico-matemática (postura ante empirista). Os conhecimentos são construídos através
da acção do sujeito cognoscente com o meio e não apenas através do conceito ou
da percepção, como defendiam o apriorismo ou o empirismo, respectivamente.

 Quando mais existir a diversidade de pensar, maior será a dinâmica do pensar do


homem em relação ao seu passado, presente e futuro ( quer dizer que o seu pensar
torna-se dinâmica), sofre mudanças devido a liberdade os seus actos;
 O mundo concreto do pensar, a antiga maneira de pensar tinha uma linha diferente
de actual, o pensar estava ligado ao Divino, na vida actual tudo tem explicação;
 O mundo antropológico do pensar (centralizado no homem) onde o homem
passou ater outra concepção de manipulação dos sentimentos humanos através de
comunicação e outros meios;
 Nos sistemas de valores, há mudança na escala de valores, verifica-se uma estima
reduzida de valores, o que era transcendente e fascinante provocando medo, hoje
a realidade monstra o contrário e ultrapassado;
 Existênciauma nova relação entre problemas e Mistérios. Hoje percebe-se que a
mentalidade moderna muda e realiza os problemas.
3 - Caracterizando as profissões educativas é esta actividade educativa tem
como objectivo explorar o conhecimento sobre as diversas profissões, suas
características e importância na sociedade dentro do ambiente escolar. Com esta

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ficha de actividade, as crianças podem desenvolver conhecimentos sobre a vida
social, fazer uso da linguagem oral, desenvolver o raciocínio lógico e a
coordenação motora, bem como desenvolver sua percepção auditiva e visual.
Você pode trabalhar esta actividade com crianças em idade pré-escolar,
objectivando um processo de ensino e aprendizagem mais divertido e proveitoso.

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