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LEGENDA....................................................................................................................................2
ABUSO DE PODER POLICIAL.........................................................................................................2
DISPARO DE ARMA DE FOGO POR POLICIAL................................................................................2
ACIDENTE E MORTE DE FAMILIARES............................................................................................2
AMPUTAÇÃO DE MEMBRO..........................................................................................................2
Paraplegia e amputação de membro inferior direito de menor...........................................2
Perda de um braço direito e posterior falecimento por erro médico...................................2
Perda de membro inferior esquerdo de menor...................................................................2
ACIDENTE EM TRANSPORTE COLETIVO........................................................................................2
Lesão leve.............................................................................................................................2
Lesão mais grave..................................................................................................................2
Idosa.....................................................................................................................................2
Incapacidade permanente....................................................................................................2
Autor paraplégico.................................................................................................................2
ACIDENTE EM TRANSPORTE FERROVIÁRIO..................................................................................2
ACIDENTE AÉREO.........................................................................................................................2
ACIDENTE EM ESTABELECIMENTO DE ENSINO.............................................................................2
ALUNO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS – FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO............2
BULLYNG......................................................................................................................................2
ACUSAÇÃO INDEVIDA DE CRIME DE FURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL.......................2
Com revista pessoal do autor...............................................................................................2
Com abordagem de seguranças...........................................................................................2
AGRESSÃO EM BOATE..................................................................................................................2
ATAQUE DE ANIMAL – RESPONSABILIDADE CIVIL DE PROPRIETÁRIOS E POSSUIDORES..............2
ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL................................................................................................2
ATROPELAMENTO EM VIA FÉRREA..............................................................................................2
BRIGA DE VIZINHOS......................................................................................................................2
CONCESSIONÁRIAS (ENERGIA ELÉTRICA E ABASTECIMENTO DE ÁGUA)......................................2
Cobrança por estimativa..........................................................................................................2
Cobrança por estimativa relativa a débito pretérito............................................................2
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA.....................................................................2
Demora para religar.................................................................................................................2
1
42 horas................................................................................................................................2
Durante festas de final de ano (réveillon)............................................................................2
3 a 6 dias..............................................................................................................................2
8 dias....................................................................................................................................2
Mais de um mês...................................................................................................................2
Falta de notificação prévia.......................................................................................................2
CONTAMINAÇÃO EM HOSPITAL...................................................................................................2
Infecção hospitalar durante internação...................................................................................2
HIV............................................................................................................................................2
CORPO ESTRANHO EM ALIMENTO...............................................................................................2
Com ingestão...........................................................................................................................2
Sem ingestão............................................................................................................................2
ERRO MÉDICO..............................................................................................................................2
Erro de diagnóstico e tratamento............................................................................................2
Erro de diagnóstico...............................................................................................................2
Cirurgia de laqueadura tubária e gravidez posterior............................................................2
Alta indevida pelo Hospital com posterior morte.................................................................2
Erro médico no parto...............................................................................................................2
Criança em estado vegetativo..............................................................................................2
Sequelas graves....................................................................................................................2
Erro médico – Morte de parente..............................................................................................2
Morte de genitor:.................................................................................................................2
ERRO EM EXAME LABORATORIAL................................................................................................2
Erro em exame de DNA........................................................................................................2
Falso positivo HIV.................................................................................................................2
Falso positivo - sífilis.............................................................................................................2
Falso positivo – câncer.........................................................................................................2
INADIMPLEMENTO CONTRATUAL................................................................................................2
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA............................................................................................................2
Saques indevidos em conta corrente.......................................................................................2
Devolução indevida de cheque................................................................................................2
Com inscrição indevida nos cadastros restritivos:................................................................2
Cobrança Indevida Em Cartão De Crédito................................................................................2
Cobrança de anuidade sem desbloqueio do cartão.............................................................2
2
Tempo De Espera Em Fila De Banco.........................................................................................2
Travamento De Porta Giratória Em Agência Bancária..............................................................2
40 minutos para conseguir entrar na agência......................................................................2
Escoltado por polícia militar na agência...............................................................................2
DESCARGA ELÉTRICA....................................................................................................................2
Descarga elétrica – morte de animal........................................................................................2
Descarga elétrica – morte de menor........................................................................................2
QUEDA DE ANTENA TELEFÔNICA SOBRE IMÓVEL........................................................................2
PRISÃO ILEGAL/ERRO JUDICIÁRIO................................................................................................2
PROTESTO INDEVIDO...................................................................................................................2
Protesto Indevido – Dívida Quitada..........................................................................................2
Protesto Indevido – Fraude De Terceiros.................................................................................2
Protesto Indevido – Título prescrito.........................................................................................2
Protesto Indevido – Preexistência De Inscrição........................................................................2
Protesto Indevido – Ausência De Prévia Notificação Da Inscrição............................................2
QUEDA EM HOSPITAL...................................................................................................................2
QUEDA EM VIA PÚBLICA..............................................................................................................2
ROMPIMENTO DE NOIVADO........................................................................................................2
TELEFONIA....................................................................................................................................2
Interrupção indevida dos serviços de telefonia e internet.......................................................2
Período de 2 meses de interrupção......................................................................................2
Cobranças indevidas.................................................................................................................2
COMPANHIA DE ÁGUA.................................................................................................................2
Interrupção indevida................................................................................................................2
PLANO DE SAÚDE.........................................................................................................................2
Negativa De Cobertura Em Período De Carência......................................................................2
Negativa De Tratamento/Procedimento..................................................................................2
Stent.....................................................................................................................................2
Implante de marcapasso......................................................................................................2
Tratamento de hemodiálise.................................................................................................2
Reajuste Por Mudança De Faixa Etária.....................................................................................2
Dano Moral Em Ricochete – Demora Na Autorização e Falecimento De Parente....................2
Dano Moral Em Ricochete – Negativa Injustificada De Internação De Parente........................2
ATRASO E CANCELAMENTO DE VÔO............................................................................................2
3
OVERBOOKING.............................................................................................................................2
Com malas extraviadas.........................................................................................................2
DANO AMBIENTAL.......................................................................................................................2
DANO MORAL DO INCAPAZ..........................................................................................................2
LEGENDA
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de abordagem
policial com excesso:
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(RE 634900 AGR). IMPOSIÇÃO DE PENA DISCIPLINAR QUE NÃO É ATO DISCRICIONÁRIO, TENDO
EM VISTA OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE, DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA E CULPABILIDADE, TODOS APLICÁVEIS AO REGIME JURÍDICO DISCIPLINAR (MS
17.981/DF, REL. MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJE 03/03/2016). PENA
ADMINISTRATIVA COM BASE TÃO SOMENTE EM REPRESENTAÇÃO DE PESSOA QUE FORA
CONDUZIDA À DELEGACIA, HAJA VISTA TER SIDO ENCONTRADA EM CASA ABANDONADA,
SENDO CONHECIDA COMO REDUTO DE USUÁRIOS DE DROGAS E GUARDA DE OBJETOS
ROUBADOS. POLICIAIS MILITARES QUE, TENDO PRESTADO APOIO AO AUTOR, FORAM
UNÂNIMES QUANTO À INEXISTÊNCIA DE ABUSO DE PODER NA REALIZAÇÃO DA CONDUÇÃO,
BEM COMO DA PERICULOSIDADE DO LUGAR. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA DE CASSAÇÃO DO
ATO PUNITIVO. QUANTO AO DANO MORAL, NOTE-SE QUE, EM CASOS ANÁLOGOS, A CORTE
NACIONAL JÁ ENTENDEU QUE O DIREITO DE PETICIONAR, DENUNCIAR, RECLAMAR E SE
EXPRIMIR ESBARRA NUMA CONDIÇÃO ÉTICA DE RESPEITO AO PRÓXIMO, NÃO TOLERANDO,
POR CONSEGUINTE, O ABUSO NO USO DE EXPRESSÕES, SENDO INSUSCETÍVEIS DE
ELIMINAÇÃO OS DANOS MATERIAIS E MORAIS DERIVADOS DE UMA PUNIÇÃO INJUSTA OU
DESPROPORCIONAL AO ATO INFRACIONAL COMETIDO (RESP 1248828/AM, RMS 24.584/SP).
SENTENÇA DEVE SER REFORMADA TÃO SOMENTE A FIM DE DAR PARCIAL PROVIMENTO AO
PEDIDO INICIAL PARA CONDENAR O ESTADO AO PAGAMENTO DE DANO MORAL, ESSE
ARBITRADO EM R$ 5.000,00, DEVENDO OS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA SER CALCULADOS
COM BASE NO ÍNDICE OFICIAL DE REMUNERAÇÃO BÁSICA E JUROS APLICADOS À CADERNETA
DE POUPANÇA, NOS TERMOS DA REGRA DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97, COM REDAÇÃO DA LEI
11.960/09, DEIXANDO-SE DE CONDENAR O RÉU A ARCAR COM OS ÔNUS SUCUMBENCIAIS
ANTE A OCORRÊNCIA DO INSTITUTO DA CONFUSÃO. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO A QUE SE
DÁ PARCIAL PROVIMENTO.
Apelação Cível. Indenizatória. Abuso de poder perpetrado por policiais militares. Autor que foi
indevidamente preso e algemado, tendo a abordagem policial excedido os limites da lei e da
razoabilidade. Depoimentos testemunhais que corroboram as alegações autorais de agressão
e excesso no cumprimento do dever policial. Responsabilidade do Estado. Violação da
liberdade e da dignidade da pessoa humana, bens tutelados constitucionalmente. Dano moral
configurado. Quantum indenizatório corretamente fixado em R$ 30.000,00, que se mostra
justo e adequado, atendendo aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Verba
honorária devidamente arbitrada, em consonância com o disposto no art. 20, § 4º do CPC.
Reforma parcial da sentença apenas com relação aos juros moratórios, devendo ser aplicado o
art. 1º -F da Lei 9.494/97, contudo, em sua redação originária, considerando a declaração de
inconstitucionalidade por arrastamento do artigo 5º da Lei n.º 11.960/2009 pelo STF, no
julgamento da ADI 4425/DF. Precedentes do TJRJ e STF. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO,
NOS TERMOS DO ART. 557, § 1º -A, DO CPC. Decisão Monocrática - Data de Julgamento:
21/08/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 08/10/2014 (*)
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0179486-25.2009.8.19.0001 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO -1ª Ementa DES. MARCELO
LIMA BUHATEM - Julgamento: 22/07/2014 - VIGESIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL
Apelação cível. Indenizatória. Autor que teve seu veículo imotivadamente apreendido por
policiais militares. Abordagem policial humilhante e vexatória, havendo abuso de poder.
Sentença de procedência que considerou que o autor foi privado de sua propriedade
injustamente e de maneira humilhante, condenando o Estado réu ao pagamento de R$ 240,30,
atualizado monetariamente e acrescido de juros a partir da citação pelas despesas com a
apreensão do bem, além de indenização por danos morais, no valor de R$ 6.780,00. Recurso
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do Estado que ataca apenas o quantum indenizatório referente ao dano moral. Valor
adequadamente arbitrado, sendo observado o princípio da vedação ao enriquecimento sem
causa e os parâmetros adotados por esta Corte. Sentença integralmente mantida. Recurso a
que se nega seguimento.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de abordagem
policial com excesso: R$ 12.000,00 a 20.000,00.
3. Somente em hipóteses excepcionais, quando estiver evidente que os danos morais foram
fixados em montante irrisório ou exorbitante, é possível a esta Corte rever o valor arbitrado
pelas instâncias ordinárias com esteio nos deslindes fáticos da controvérsia. No caso dos autos,
os danos morais foram fixados em R$ 20.000.00, valor que não extrapola os limites da
razoabilidade.
(AgRg no AREsp 573.939/RR, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 20/08/2015, DJe 31/08/2015)
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1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a revisão dos valores
fixados a título de danos morais somente é possível quando exorbitante ou insignificante, o
que não é o caso dos autos. A verificação da razoabilidade do quantum indenizatório esbarra
no óbice da Súmula 7/STJ.
2. In casu, o Tribunal a quo assentou que o montante devido fora arbitrado pelo juízo de 1°
grau "de modo razoável e proporcional ao constrangimento/humilhação sofrido pelo autor,
em R$ 12.000,00 (doze mil reais)" (fl. 315).
(AgRg no AREsp 729.378/CE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
06/10/2015, DJe 03/02/2016)
I. No que se refere à alegada ofensa aos arts. aos arts. 70, III, e 333, I, do CPC, alterar o
entendimento do Tribunal de origem - que concluiu no sentido de que foram identificados os
policiais integrantes da abordagem policial - ensejaria, inevitavelmente, o reexame fático-
probatório dos autos, procedimento vedado, pela Súmula 7 desta Corte.
II. O Tribunal a quo, soberano na análise do material cognitivo produzido nos autos, entendeu
estarem presentes os requisitos ensejadores da reparação civil, porquanto restou
demonstrado o abuso de poder, por parte dos policiais. Nesse contexto, a inversão do julgado
exigiria, inequivocamente, incursão na seara fático-probatória dos autos, inviável, na via eleita,
a teor do enunciado sumular 7/STJ.
III. No que concerne ao valor arbitrado a título de danos morais, a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça consolidou o entendimento no sentido de que somente pode ser revisto
excepcionalmente, quando irrisório ou exorbitante, em afronta aos princípios da razoabilidade
e da proporcionalidade, sob pena de ofensa ao disposto na Súmula 7 desta Corte.
IV. No caso, o Tribunal a quo, ante as peculiaridades fáticas no caso, manteve o valor fixado em
R$ 15.000,00 (quinze mil reais), a título de reparação por danos morais, quantum que merece
igualmente ser mantido, por consentâneo com os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade e com a jurisprudência do STJ. Conclusão em contrário esbarraria no óbice da
Súmula 7/STJ. Precedentes.
(AgRg no AREsp 419.524/MA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 09/09/2014, DJe 16/09/2014)
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DISPARO DE ARMA DE FOGO POR POLICIAL
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de DISPARO DE
ARMA DE FOGO POR POLICIAL:
Autor atingido por troca de disparos entre policiais militares e bandidos R$ 20.000,00.
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CARACTERIZAÇÃO E ESTIPULAÇÃO DO QUANTUM - SÚMULA DO E. STJ - CICATRIZ A
INFLUENCIAR NO ESPÍRITO DE VAIDADE E AUTOESTIMA DO AUTOR - ARBITRAMENTO
SENTENÇA QUE SE REFORMA EM PARTE. 1. Trata-se de ação indenizatória por danos materiais,
morais e estéticos, movida por vítima de disparos de arma de fogo provocados por policiais, ao
sair de baile. 2. Dinâmica dos fatos: Restou incontroverso nos autos que o autor, no dia
10/07/2010, por volta das 4 h, foi baleado por policiais militares, quando voltava de baile, não
logrando êxito o Estado em apresentar motivo que justificasse tal atitude. Alegação estatal de
que os policiais assim agiram, porque ouviram antes um tiro e acharam que o carro em se
encontrava o autor era suspeito. 3. A responsabilidade civil que se imputa ao Estado por ato
danoso de seus prepostos é objetiva (art. 37, § 6º, CF), impondo-lhe o dever de indenizar se se
verificar dano ao patrimônio de outrem e nexo causal entre o dano e o comportamento do
preposto. 4. Os elementos de convicção existentes nos autos permitem configurar o fato
administrativo, sendo suficientes para a caracterização do nexo de causalidade ensejador da
reparação pelos danos suportados pela vítima. 5. Inegável o dano moral experimentado pelo
autor, que se afigura in re ipsa, sendo de todo presumíveis a dor, angústia e sofrimento deste
ao ser atingido pelas costas por projéteis de arma de fogo, quando saía de festa com os
amigos. Soma-se ter ficado internado e impossibilitado ao trabalho por vários meses,
considerando, ainda, todo período de cuidados e medicação para cicatrização das lesões. 6.
Nesse contexto, deve ser majorada a verba compensatória para o valor de R$ 20.000,00, posto
que mais atente e proporcional às peculiaridades do caso em exame, considerando-se, como já
dito, todos os dissabores experimentados pela parte autora, bem como o risco à sua vida. 7.
Quanto ao dano estético, como se sabe, prevalece o entendimento de que o dano estético é
compensação distinta do dano moral, correspondendo o primeiro a uma alteração morfológica
de formação corporal que agride à visão, causando desagrado e repulsa; e o segundo o
sofrimento mental - dor, aflição e angústia. 8. Aplicação tout court da Súmula 387 do STJ "É
lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral." 9. In casu, restou
configurado o dano estético, passível de ser indenizado, conforme se pode constatar pela
dimensão e aparência das cicatrizes, certamente lhe influenciará no espírito de vaidade e
autoestima, sendo proporcional à sua reparação o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 10.
Majoração da verba fixada a título de indenização por danos morais, reconhecendose o dano
estético. Mantida, no mais, a sentença. DÁ-SE PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DO AUTOR
PARA MAJORAR A VERBA FIXADA A TÍTULO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS E
RECONHECER O DANO ESTÉTICO, E NEGASE PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU. Íntegra do
Acórdão - Data de Julgamento: 03/03/2015 (*)
Apelações cíveis. Danos materiais e moral. Pretende o autor reparação por danos materiais e
moral, alegando conduta dolosa de agente público (policial militar), que no exercício de suas
funções, teria desferido, sem qualquer justificativa legal, disparos de arma de fogo em sua
direção, danificando o veículo que conduzia e acarretando-lhe lesões corporais de natureza
leve. Teoria do risco administrativo. Responsabilidade objetiva do Estado pelos danos causados
a terceiros por seus agentes. Restou comprovado que após abalroamento provocado pelo
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autor em viatura da PMERJ, o policial que se encontrava na condução daquele veiculo teria
exigido que autor, mesmo já tendo se identificado e não havendo vítimas do abalroamento,
permanecesse no local da colisão, e diante da negativa do autor, este teria desferido cinco
disparos de arma de fogo em direção ao veículo por este conduzido danificando o veículo e
lesionando-o, sendo evidente a conduta abusiva do agente público. Estes fatos foram
apurados em sede de processo criminal de que resultou na condenação do agente público
autor dos disparos nos crimes de dano e lesão corporal, a implicar em existência de título
executivo a favor do autor. Clara a existência do dano (lesão corporal e avarias no veículo do
autor) e o nexo causal entre estes e a conduta abusiva do agente público (policial militar)
subordinado ao réu. Dever de indenizar pelos danos efetivamente suportados pelo autor. Deve
ser mantida a condenação do réu a título de dano material ao pagamento de R$1.679,47,
correspondente aos gastos com o reparo do veículo de sua propriedade que estão
devidamente comprovados, cuja validade não foi questionada pelo ente público. Tendo o
autor suportado lesão corporal leve, cabível a reparação por dano moral. No que tange ao
quantum a título de dano moral, o valor de R$ 20.000,00, levando-se em consideração que o
autor é capitão do exército brasileiro, portanto, pessoa treinada para atuar em situações de
conflito, de maior dimensão do que uma simples discussão de trânsito, que ao que tudo indica
foi por ele iniciada. Por fim, devem ser mantidos os honorários de R$ 1.000,00, eis que
arbitrados nos termos do art. 20, §4° do CPC. Sentença mantida. Recursos a que se nega
seguimento, na forma do caput do art. 557 do CPC. Decisão Monocrática - Data de Julgamento:
29/04/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 03/03/2015 (*)
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de DISPARO DE
ARMA DE FOGO POR POLICIAL:
Disparo com morte de filho por policial militar em serviço (confundiu com assaltante): R$
100.000,00.
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excepcionalmente, quando irrisório ou exorbitante, em afronta aos princípios da razoabilidade
e da proporcionalidade, sob pena de ofensa ao disposto na Súmula 7 desta Corte.
II. No caso, o Tribunal a quo diminuiu o valor da reparação por danos morais ao montante de
R$ R$ 100.000,00 (cem mil reais), a ser dividido entre os dois autores, em razão do falecimento
de seu filho, em decorrência de disparo de arma de fogo, por policial militar em serviço,
durante abordagem policial, na qual confundiu a vítima com assaltante, quantum que merece
ser mantido, por consentâneo com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade e
com a jurisprudência do STJ. Conclusão em contrário esbarraria no óbice da Súmula 7/STJ.
Precedentes.
III. Esta Corte já se posicionou no sentido de que a valoração da prova refere-se ao valor
jurídico desta, sua admissão ou não, em face da lei que a disciplina, podendo representar,
ainda, contrariedade a princípio ou regra jurídica, no campo probatório, questão unicamente
de direito, passível de exame, nesta Corte.
(AgRg no AREsp 513.793/SC, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 05/08/2014, DJe 18/08/2014)
3. No caso, o recorrente não foi capaz de demonstrar que o valor arbitrado a título de danos
morais (R$ 100.000,00 - cem mil reais para cada uma das agravadas) seria excessivo.
4. "A revisão do valor fixado a título de danos morais para o autor, em razão da morte
ocasionada por disparo de arma de fogo por policial, encontra óbice na Súmula 07/STJ, uma
vez que fora estipulado em razão das peculiaridades do caso concreto, a exemplo, da
capacidade econômica do ofensor e do ofendido, a extensão do dano, o caráter pedagógico da
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indenização." (AgRg no AREsp 292.696/SE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira
Turma DJe 10/4/13).
(AgRg no AREsp 305.302/RJ, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
14/05/2013, DJe 17/05/2013)
2. Os danos morais são revistos apenas quando exorbitantes ou irrisórios, o que não é o caso,
em que fixados em R$ 175.000,00 (cento e setenta e cinco mil reais) para reparação dos danos
morais referentes à genitora do jovem que ficou paraplégico após o disparo de arma de fogo
por policial militar. Incide a Súmula 7/STJ.
(AgRg no REsp 1194008/RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em
23/04/2013, DJe 02/05/2013)
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(AgRg no AREsp 272.640/SE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 23/04/2013, DJe 03/05/2013)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ACIDENTE E
MORTE DE FAMILIARES:
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na data da sentença, reajustando-se de acordo com as variações ulteriores, conforme
entendimento do STF no verbete sumular nº 490. 14- Honorários advocatícios bem fixados em
10% (dez por cento) sobre o valor da condenação. 15- NEGATIVA DE PROVIMENTO DOS
RECURSOS DA RÉ e PROVIMENTO PARCIAL DOS RECURSOS INTERPOSTOS PELOS AUTORES.
15
evento que o vitimou ocorre de forma tão repentina, abrupta e violenta. Decerto, a morte de
um pai, de um filho e de um cônjuge causa sofrimento incomensurável, dor esta que será
suportada por toda a vida, sem chance até mesmo de diminuição. Exsurge, portanto, da
própria gravidade do fato, o dano moral perseguido pelas demandantes. Muito embora a dor
não tenha preço, sendo certo que inexiste valor que possa compensar a angústia sofrida pelas
demandantes, a lesão máxima à integridade física e moral do ser humano merece uma sanção
mais ampla, estabelecendo-se uma proporcionalidade entre a falta e a reparação,
considerando-se as condições pessoais das partes envolvidas e as circunstâncias do fato. A
quantificação da indenização devida a título de compensação por danos morais deve
considerar a gravidade da lesão, sendo, portanto, o valor compatível com a expressão
axiológica do interesse jurídico violado, na perspectiva de restaurar o interesse violado,
obedecidas ainda razoabilidade, proporcionalidade, equidade e justiça, atendendo as funções
punitiva, pedagógica e compensatória. Juiz sentenciante que observou tais aspectos quando
da fixação do quantum indenizatório, de modo que merece mantido o valor de R$ 72.400,00
(setenta e dois mil e quatrocentos reais) a cada um dos autores. Irretocável, portanto, a
sentença recorrida. Recurso a que se nega seguimento.
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APELAÇÕES CÍVEIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. CONCESSIONÁRIA DE TRANSPORTE PÚBLICO.
INDENIZAÇÃO POR MORTE. PENSIONAMENTO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. JUROS DE
MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. Ação indenizatória em virtude de
acidente no qual faleceu Jayme Silva do Nascimento, filho dos 1º e 2º autores e irmão do 3º
demandante. A relação jurídica em exame é regida não só pelas normas do Código de Defesa
do Consumidor, mas também por aquelas que regulam o contrato de transporte, visto que
aperfeiçoado quando se estabeleceu a obrigação de transportar o consumidor de um lugar a
outro, mediante retribuição. A ré não comprovou que os fatos não ocorreram da forma como
relatado e demonstrado na inicial, ônus que lhe competia, por força do disposto no art. 333, II
do Código de Processo Civil, do qual não se desincumbiu. Assim, à míngua da comprovação de
qualquer causa excludente de responsabilidade civil, ônus do causador do dano, inafastável o
dever da ré de indenizar os autores. Pensionamento devido. Entendimento do STJ no sentido
de que "o pensionamento mensal deve ser fixado com base na renda auferida pela vítima no
momento da ocorrência do ato ilícito. Todavia, não comprovado o exercício de atividade
laborativa remunerada, o seu valor deve ser estabelecido em reais, equivalente a um salário
mínimo e pago mensalmente." O valor do pensionamento que deve se ter em conta o
equivalente a 2/3 do salário mínimo até os 25 anos de idade e, a partir daí, reduzido para 1/3
até a data em que a vítima completaria 65 anos, como requerido na inicial. Os danos morais
são incontestes, relevando-se implícitos na própria ofensa - perda de ente querido - que causa
dor e sofrimento intenso nos familiares próximos. A verba reparatória fixada em R$ 100.000,00
(cem mil reais) para os genitores do falecido e o quantum indenizatório de R$ 80.000,00
(oitenta mil reais) para irmão da vítima devem ser mantidos. Termo inicial dos juros de mora
que corresponde à data da citação, enquanto a correção monetária flui a partir do
arbitramento. Ônus de sucumbência devem ser imputados ao réu, diante do acolhimento
integral dos pedidos autorais. A natureza da demanda e o trabalho empreendido pelo patrono
resultam na fixação dos honorários de advogado em 10% sobre o valor da condenação. Art.
557, §1º-A do CPC. PROVIMENTO PARCIAL AOS RECURSOS.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. ACIDENTE DE ÔNIBUS. MORTE E
FERIMENTOS GRAVES EM PARENTES DE TERCEIRO E SEGUNDO GRAUS DO DEMANDANTE.
DANO MORAL RICOCHETE. 1. Trata-se de recurso interposto pelo autor da ação indenizatória
em que se afirmou a responsabilidade civil da concessionária ré pelos danos causados ao
demandante, em decorrência do acidente que vitimou de forma fatal sua tia e deixou a avó da
parte gravemente ferida, além de outros passageiros amigos. 2. O mérito do recurso refere-se,
tão somente, à extensão do dano moral suportado pelo recorrente, que pretende ver
majorada a indenização fixada na sentença e os honorários sucumbenciais. 3. A meu sentir, a
quantia estabelecida na sentença, no patamar de R$10.000,00 (dez mil reais), não deve ser
majorada. O recorrente não estava presente no momento do acidente, tendo experimentado
17
um dano moral apenas indireto, por ricochete, já que as vítimas do acidente não eram seus
parentes próximos, mas, apenas, de segundo e terceiro graus. 4. Outrossim, inexiste
comprovação de que eles estavam efetivamente ligados por vínculos afetivos, de solidariedade
e de amor, além da mera relação de parentesco. Essa demonstração revela-se imprescindível,
pois são muitos os casos de parentes e afins que mal se cumprimentam ao longo da vida. 5.
Como já tive a oportunidade de afirmar em outro voto de minha relatoria, ¿a responsabilidade
civil não pode ser infinita, não sendo cabível que todos aqueles que sofrem com a perda de um
ente, possível de ser querido, sejam indenizados aleatoriamente.¿ 6. Desse modo, entendo
que a quantia arbitrada não deve ser majorada, já tendo sido atendido o caráter
compensatório e punitivo do instituto, observada a repercussão do incidente. 7. Quanto aos
juros legais, assiste razão ao apelante. Os juros de mora incidem desde o fato danoso, uma vez
que se trata de responsabilidade extracontratual, sendo aplicável ao presente caso a Súmula
54 do STJ, a Súmula 129 do TJRJ e o artigo 398 do Código Civil. 8. Por fim, quanto aos
honorários sucumbenciais, a fixação do percentual em patamar mínimo está em consonância
com o disposto no art. 20, §3º do CPC, por não se tratar de causa de elevada complexidade. 9.
Parcial provimento do recurso, com fulcro no art. 557, §1º-A do CPC, tão somente para
reformar a sentença na parte que fixa a incidência dos juros de mora, estabelecendo como
termo inicial do acréscimo legal a data do evento danoso. No mais, fica mantida a sentença tal
como lançada.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de ACIDENTE E
MORTE DE FAMILIARES:
18
responsabilidade dos réus no acidente que vitimou o filho dos autores. A reforma de tal
entendimento esbarra no óbice da Súmula nº 7 do STJ.
2. O valor da indenização fixado pelo Tribunal a quo a título de danos morais, em razão da
morte do filho dos autores, no total de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), não destoa dos
aceitos por esta Corte para casos semelhantes, devendo ser mantido conforme fixado,
porquanto atende ao caráter pedagógico da medida, sem, contudo, ensejar o
enriquecimento ilícito da parte.
(AgRg no AREsp 751.773/SC, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em
26/04/2016, DJe 09/05/2016)
(RCD no REsp 1575303/MT, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 05/04/2016, DJe 12/04/2016)
AMPUTAÇÃO DE MEMBRO
TJRJ
19
AMPUTAÇÃO DE MEMBRO:
Acidente em transporte público (partida enquanto o autor ainda descia dos degraus) -
Amputação de membro inferior esquerdo: possibilidade de dano moral em ricochete
para filhos e esposa: R$ 5.000,00.
20
ponto. Também cabe reformar a forma de aplicação dos juros com relação ao pensionamento,
uma vez que estes devem incidir a partir de quando cada parcela deveria ter sido paga,
mantendo-se a forma de correção monetária estipulada pelo juízo. O fato ocorrido extrapola a
esfera do mero dissabor e aborrecimento cotidianos. Profunda agonia física e grave abalo
emocional. Valor a título de danos morais que não se mostra adequado em comparação a
casos similares de culpa concorrente devendo ser majorado para R$20.000,00 (vinte mil reais),
com correção monetária a contar do julgado e juros moratórios a contar da data do evento.
Danos estéticos cabalmente comprovados através de laudo pericial médico. Possibilidade de
cumulação com a reparação por danos morais, de acordo com o verbete sumular nº 37 do
Superior Tribunal de Justiça. Valor que também merece ser majorado para R$15.000,00
(quinze mil reais), com correção monetária a contar do julgado e juros moratórios a contar da
data do evento. Para finalizar, cabe reformar a sentença com relação à condenação da
seguradora denunciada ao pagamento de honorários sucumbenciais, uma vez que esta não
ofereceu resistência à denunciação. Diante do exposto, CONHEÇO DOS RECURSOS E DOU
PARCIAL PROVIMENTO AO APELO DO RÉU apenas para julgar improcedente o pedido de
constituição de capital garantidor devendo o autor ser incluído na folha de pagamento da
empresa ré; DOU PARCIAL PROVIMENTO AO APELO DA SEGURADORA DENUNCIADA, apenas
para que os juros, com relação à condenação ao pensionamento, incidam a partir de quando
cada parcela deveria ter sido paga e para retirar sua condenação em honorários, pois não
houve resistência de sua parte, E DOU PARCIAL PROVIMENTO À APELAÇÃO DO AUTOR para
majorar os valores a título de danos morais, para R$20.000,00, e estéticos, para R$15.000,00.
Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 25/08/2015 (*)
21
de mora, deverá incidir a partir da data do evento danoso e deverá ser o índice de 6% ao ano
até o dia 29 de junho de 2009, observado, a partir de então, o critério único estatuído pela Lei
n° 11.960/09. A correção monetária deverá ser calculada com base no IPCA e incidirá a partir
da data da prolação da sentença. 9. Recurso do réu a que se dá parcial provimento e recurso
da autora a que se nega seguimento, com fulcro no artigo 557, do Código de Processo Civil. Em
sede de reexame, fixo os parâmetros referentes ao percentual de juros e ao critério para
correção monetária, mantendo-se, no mais, a sentença tal como proferida. Decisão
Monocrática - Data de Julgamento: 26/05/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento:
21/07/2015 (*)
22
0040404-81.2006.8.19.0001 - EMBARGOS INFRINGENTES -1ª Ementa DES. NORMA SUELY -
Julgamento: 06/05/2014 - OITAVA CAMARA CIVEL
STJ
23
Paraplegia e amputação de membro inferior direito de menor: R$ 100.000,00.
3. O reexame fático-probatório dos autos impede a admissão do recurso especial tanto pela
alínea "a" quanto pela alínea "c" do permissivo constitucional.
4. Se nas razões de recurso especial não há sequer a indicação de qual dispositivo legal teria
sido malferido, com a consequente demonstração da eventual ofensa à legislação
infraconstitucional, aplica-se, por analogia, o óbice contido na Súmula nº 284 do Supremo
Tribunal Federal.
(AgRg no REsp 970.644/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 17/12/2013, DJe 14/02/2014)
24
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ACIDENTE DE TRÂNSITO CAUSADO POR AGENTE DO
ESTADO. MENOR. PARAPLEGIA E AMPUTAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR DIREITO. DANOS
MATERIAIS. PENSIONAMENTO. TERMO INICIAL. DATA DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
TERMO AD QUEM. PENSÃO VITALÍCIA. CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL GARANTIDOR.
DESNECESSIDADE. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. VALOR IRRISÓRIO DADA A GRAVIDADE
DAS LESÕES. MAJORAÇÃO. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS EM 5%
SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO.
1. Hipótese em que Willian Coelho ajuizou ação indenizatória em face da Fazenda do Estado de
São Paulo, tendo em vista que, em 11.5.1998, foi vítima de acidente automobilístico
envolvendo viatura da Polícia Militar do Estado de São Paulo conduzida por agente da ré,
causador do dano. Do referido sinistro resultaram graves e irreversíveis lesões para o
recorrente, que, entre outros gravames, sofreu paraplegia e amputação do membro inferior
direito, razão por que postula o deferimento de indenização por dano material,
consubstanciada em pensionamento mensal, bem como a majoração da indenização por dano
moral.
Precedente: REsp 811.193/GO, Rel. Ministro Jorge Scartezzini, Quarta Turma, DJ 6/11/2006).
4. Quanto ao termo ad quem, tendo em vista ser a própria vítima quem reclama o
pensionamento, e, levando-se em conta que a sua lesão, embora parcial, é permanente,
acompanhando-o até o fim dos seus dias, a pensão deve ser vitalícia.
25
CC/2002). Precedente: REsp 819.202/PE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
Turma, DJe 22/9/2008.
8. O Juízo monocrático, atento aos fatos da causa, fixou o valor da indenização por dano moral
em R$ 100.000,00 (cem mil reais), com correção monetária a partir de sua fixação naquela
instância e juros de mora de 6% (seis por cento) ao ano, a fluir desde a data do fato, nos
termos do art. 962 do Código Civil, patamar que reputo razoável, pois, embora não sirva para
reparar de todo o dano, é meio idôneo para minorar a dor e o sofrimento suportado pela
vítima, bem como servir de medida educativa para o agente causador do infortúnio.
1.548 do Código Civil de 1916, afinal, como bem considerou o Juízo monocrático, a verba de
dote não é cabível na hipótese dos autos, porquanto era devida exclusivamente em favor da
mulher em condições de se casar.
10. Considerando-se a sucumbência mínima da parte autora, deve a Fazenda estadual arcar
com a totalidade do pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, ora fixados
em 5% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil.
1. Versam os autos sobre ação de indenização ajuizada em face da União pelos danos moral e
material sofridos pelo genitor dos agravados, com base na responsabilidade civil do estado, em
razão de tratamento médico inadequado, que culminou com a perda do seu braço direito e
posterior falecimento. O evento danoso aconteceu em 24 de junho de 1979, tendo a ação de
ressarcimento sido ajuizada em 1982 e julgada em 2002, perdurando o sofrimento por 20
(vinte) anos. O juízo a quo julgou parcialmente procedente o pleito, condenando a ré ao
pagamento da reparação por danos morais no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) a ser
repartido entre os sucessores da vítima e excluindo o dano material em razão da morte da
vítima. Dessa decisão, a União apresentou recurso apelatório que não foi provido, mantendo-
se os termos da sentença. Em sede de embargos, foi alterado o termo inicial dos juros mora
para a data da citação. No recurso especial, alegou-se o malferimento dos arts. 535, II, e 20, §
4º, do CPC; 1.533 do CC; 5º, incisos LIV e LV, e art. 93, inciso IX, da CF/88. O TRF da 2ª Região
negou seguimento ao apelo extremado por esbarrar em óbices sumulares: a) relativamente à
ofensa aos dispositivos constitucionais, incidência do verbete de n. 126/STJ;
26
b) no que se refere a fixação dos honorários, aplica-se o teor dos enunciados 389/STF e 7/STJ;
e c) por fim, a revisão do quantum indenizatório demandaria reexame de prova (enunciado
7/STJ). O agravo de instrumento lastreou-se no equívoco da aplicação da Súmula 126/STJ, pois
foram interpostos tanto recurso especial quanto recurso extraordinário, além de apontar a
desnecessidade do reexame de provas a fim de verificar o desacerto na fixação dos honorários
advocatícios. Indeferimento do recurso em decisão monocrática desta relatoria por esbarrar
em óbice sumular desta Corte.
4. Não se mostra viável, nesta instância especial, aferir a existência ou não de uma maior ou
menor complexidade na demanda, até mesmo em razão do longo tempo de tramitação do
feito - 20 (vinte) anos. Incidência da Súmula nº 07/STJ.
1. O Superior Tribunal de Justiça admite rever o valor fixado pela Corte de origem a título de
indenização por danos morais apenas excepcionalmente, ou seja, nos casos em que é
manifestamente excessivo ou irrisório.
27
3. De acordo com a Súmula 54/STJ, o termo a quo da incidência de juros de mora em
condenações por danos morais dá-se por ocasião do evento danoso.
(AgRg no AREsp 123.239/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em
27/03/2012, DJe 23/04/2012)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ACIDENTE
NO INTERIOR DE COLETIVO QUE GEROU QUEDA E LESÕES AO USUÁRIO: R$4.000,00 a
R$6.000,00.
28
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO QUE SE RECONHECE. DANO MORAL IN RE IPSA. VERBA
ARBITRADA EM R$ 6.000,00 QUE NÃO MERECE REDUÇÃO. AUTORA QUE DEU ENTRADA EM
HOSPITAL PÚBLICO, PARA REALIZAÇÃO DE SUTURA COM CINCO PONTOS NO SUPERCILHO
ESQUERDO. VERBA QUE ATENDE ÀS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO, AOS PRINCÍPIOS
DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE, E AOS PARÂMETROS DESTA CORTE.
PRECEDENTES. JUROS MORATÓRIOS SOBRE A VERBA INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS
ADEQUADAMENTE FIXADOS DESDE A CITAÇÃO, POR SER A RELAÇÃO ENTRE AS PARTES DE
NATUREZA CONTRATUAL. PRETENSÃO DE COMPENSAÇÃO DE EVENTUAIS VALORES RECEBIDOS
PELA AUTORA A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO DO SEGURO DPVAT QUE SE RECHAÇA. AUSÊNCIA DE
FORMULAÇÃO DE PEDIDO CONTRAPOSTO, TAMPOUCO HAVENDO PROVA DO RECEBIMENTO
DA INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA PELA DEMANDANTE. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA
IDENTIFICADA, DIANTE DA IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E ESTÉTICOS. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO, NA FORMA DO ART. 557, § 1°-
A DO CPC. Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 07/01/2015 (*)
Apelação Cível. Ação de indenização ajuizada pelo rito sumário. Acidente envolvendo coletivo
em que estava a autora, sendo certo que esta pretende a condenação da concessionária ao
pagamento de danos materiais e morais. Ré que sustenta que a autora se absteve de
comprovar a sua qualidade de passageira, bem assim que inexistem provas do dano e do nexo
causal. Laudo pericial afirmando a existência de nexo causal e que a autora ficou afastada de
suas funções pelo prazo de três dias. Prova documental, consistente do Registro de Ocorrência
policial, em que o preposto da ré, motorista do coletivo, informa que a autora sofreu queda no
interior do ônibus diante de uma freada brusca do mesmo. Sentença que julgou parcialmente
os pedidos para condenar a ré ao pagamento de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) pelos danos
morais, corrigidos monetariamente a contar do julgado, e acrescidos de juros de 1% ao mês a
contar do evento danoso. Condenou-a, ainda, ao reembolso das despesas processuais
adiantadas pela autora, acrescidas de juros e correção monetária a contar do desembolso,
pagamento das eventuais despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 20%
sobre o valor da condenação. Inconformismo da ré, pretendendo a reforma do julgado para
exclusão ou diminuição do quantum dos danos morais, bem assim a compensação destes com
os valores recebidos a título de DPVAT. Pretende, por fim, a fixação dos juros a contar da
citação e o reconhecimento da sucumbência recíproca. Danos morais in re ipsa, considerando
a responsabilidade das concessionárias de serviços públicos (art. 37,§6º da CRFB e 14 do CDC),
sendo certo que os danos morais exsurgem da própria conduta ofensiva. Quantum fixado
(quatro mil reais) em observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, assim
como às peculiaridades do caso concreto, mormente levando-se em conta os transtornos e
constrangimentos ocasionados pela queda da autora do interior do coletivo. Pleito de
compensação dos danos morais com o seguro DPVAT que não merece prosperar, vez que não
há comprovação de que a autora tenha recebido tais valores, além de serem verbas de
natureza distinta. Sucumbência recíproca de deve ser reconhecida, nos termos do artigo 21, do
CPC, eis que ¿Havendo pedido de indenizaçao por danos morais e por danos materiais, o
29
acolhimento de um deles, com a rejeiçao do outro, configura sucumbência recíproca¿ (STJ ¿ 2ª
Seção ED no Resp 319.124, DJU 17/12/04; STJ 3ª Turma REsp 255.998) Recurso a que se dá
parcial provimento na forma do §1º-A do art. 557 do CPC Decisão Monocrática - Data de
Julgamento: 09/08/2013 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 25/09/2013 (*)
Lesão mais grave (caso de fratura de clavícula que evoluiu para peritendinite):
R$ 80.000,00.
30
0045855-58.2009.8.19.0203 - APELACAO -1ª Ementa DES. SANDRA CARDINALI - Julgamento:
21/05/2015 - VIGESIMA SEXTA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de ACIDENTE
NO INTERIOR DE COLETIVO QUE GEROU QUEDA E LESÕES AO USUÁRIO: R$4.000,00.
31
1. É possível, em agravo regimental, a comprovação da tempestividade do recurso especial em
decorrência de feriado local ou de suspensão de expediente forense no Tribunal de origem.
4. A revisão de indenização por danos morais só é viável em recurso especial quando o valor
fixado nas instâncias locais for exorbitante ou ínfimo. Salvo essas hipóteses, incide a Súmula n.
7 do STJ, impedindo o conhecimento do recurso.
(AgRg no AREsp 412.464/RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 24/11/2015, DJe 27/11/2015)
Idosa
Com lesões físicas graves, hospitalizada por longo período, além de cirurgia: R$ 23.000,00.
1. No presente caso, houve prova efetiva do dano causado, pois a agravada, pessoa idosa,
sofreu lesões físicas graves, permanecendo hospitalizada por longo período (mais de dois
meses), tendo sofrido fraturas e sido submetida à intervenção cirúrgica (e-STJ, fl. 135), em
razão da queda sofrida ao descer do ônibus causada pelo motorista da empresa.
2. Em relação ao nexo causal, as instâncias ordinárias concluíram, a partir das provas dos
autos, estar devidamente comprovado.
3. O valor arbitrado na origem a título de reparação moral - R$ 23.000,00 (vinte e três mil
reais) - respeita os parâmetros de proporcionalidade e de razoabilidade, sendo, portanto,
caso de aplicação do enunciado n. 7 da Súmula desta Corte Superior.
32
5. Agravo regimental improvido.
(AgRg nos EDcl no AREsp 693.899/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 15/12/2015, DJe 03/02/2016)
Fratura de tíbia direita com perda real de uso do membro inferior direito em 10%: R$
12.000,00.
1. Não se constata a alegada violação ao art. 535 do CPC, na medida em que a eg. Corte de
origem dirimiu, fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas. De fato, inexiste
omissão, contradição ou obscuridade no aresto recorrido, porquanto o Tribunal local,
malgrado não ter acolhido os argumentos suscitados pela parte recorrente, manifestou-se
expressamente acerca dos temas necessários à integral solução da lide.
2. O valor estabelecido a título de dano moral pelas instâncias ordinárias pode ser revisto nas
hipóteses em que a condenação se revelar irrisória ou exorbitante, distanciando-se dos
padrões de razoabilidade, o que não se evidencia no presente caso, em que a indenização
fixada em R$ 12.000,00 (doze mil reais) revela-se consentânea com o grau das lesões sofridas
no acidente de trânsito (fratura de tíbia direita com perda real de uso do membro inferior
direito em 10%).
(AgRg no AREsp 682.219/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
28/04/2015, DJe 19/05/2015)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO
MATERIAL E MORAL - QUEDA DE PASSAGEIRA NO INTERIOR. DE COLETIVO POR CONTA DE
FRENAGEM BRUSCA E REPENTINA - COMPROVAÇÃO DE LESÃO FÍSICA DE CARÁTER
PERMANENTE QUE INCAPACITOU A PASSAGEIRA DE EXERCER A SUA ATIVIDADE
PROFISSIONAL REMUNERADA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO
RECLAMO.INSURGÊNCIA DA RÉ.
33
necessidade de exame de elementos de ordem fática, cabendo sua revisão apenas em casos
de manifesta excessividade ou irrisoriedade do valor arbitrado.
(AgRg no AREsp 764.254/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
16/02/2016, DJe 23/02/2016)
Indenização por dano moral: R$ 36.200,00 (trinta e seis mil e duzentos reais).
3. A regra prevista no art. 950, parágrafo único, do CC, que permite o pagamento da pensão
mensal de uma só vez, não deve ser interpretada como direito absoluto da parte, podendo o
magistrado avaliar, em cada caso concreto, sobre a conveniência de sua aplicação, a fim de
evitar, de um lado, que a satisfação do crédito do beneficiário fique ameaçada e, de outro, que
haja risco de o devedor ser levado à ruína. Na espécie, a fim de assegurar o efetivo pagamento
34
das prestações mensais estipuladas, faz-se necessária a constituição de capital ou caução
fidejussória para esse fim, nos termos da Súmula 313 deste Tribunal.
4. Nos casos de responsabilidade contratual, o termo inicial para a incidência dos juros de
mora é a data da citação.
(REsp 1349968/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
14/04/2015, DJe 04/05/2015)
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em virtude de acidente em
transporte férreo: R$ 18.000,00.
Atropelamento em linha férrea: R$ 40.000,00 para pai da vítima e R$ 25.000,00 para irmã.
Vítima que foi lançada para fora da composição férrea, ficando em coma e se submetendo a
cirurgias e tratamentos penosos, com o afastamento de suas atividades habituais: R$
90.000,00.
35
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 766.873/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
15/12/2015, DJe 01/02/2016)
3. No caso vertente, entende-se que o valor da indenização por danos morais, arbitrado em R$
5.000,00 (cinco mil reais), não é exorbitante nem desproporcional aos danos sofridos pela
parte agravada, que, além da lesão corporal, ficou afastada das suas atividades habituais.
(AgRg no AREsp 799.187/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
17/03/2016, DJe 13/04/2016)
36
CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 07/STJ. PENSIONAMENTO. JURISPRUDÊNCIA. SÚMULA
83/STJ. DANOS MORAIS. R$ 40.000,00 PARA COMPENSAR O PAI DA VÍTIMA. R$ 25.000,00
PARA COMPENSAR A IRMÃ DO FALECIDO. VALOR NÃO EXCESSIVO. REVOLVIMENTO DO
PATAMAR FIXADO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 07/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. DECISÃO
MONOCRÁTICA. PARADIGMA. INAPTIDÃO. NÃO INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL TIDO POR
INTERPRETADO DE FORMA DIVERGENTE POR OUTRO TRIBUNAL. SÚMULA 284/STF. AUSÊNCIA
DE COTEJO ANALÍTICO. AGRAVO DESPROVIDO.
(AgRg no AREsp 734.752/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 07/04/2016, DJe 12/04/2016)
(AgRg no AREsp 696.128/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado
em 09/06/2015, DJe 16/06/2015)
1. Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte Superior, "como destinatário final da
prova, cabe ao magistrado, respeitando os limites adotados pelo Código de Processo Civil, a
interpretação da produção probatória, necessária à formação do seu convencimento" (AgRg
no AREsp 723.446/RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
20/8/2015, DJe de 26/8/2015).
37
2. A Corte de origem, mediante o exame dos elementos informativos da demanda, entendeu
que ficou comprovada a condição de passageiro do agravado. Infirmar as conclusões do
julgado demandaria o revolvimento do suporte fático-probatório dos autos, o que encontra
vedação na Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça.
(AgRg no AREsp 727.800/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
01/12/2015, DJe 16/12/2015)
TJRJ
Queda de filho em trem trafegando com portas abertas com resultado morte: R$ 50.000,00.
Queda de passageiro que trafegava em trem com portas abertas e amputação da perna
direita: R$ 80.000,00.
38
quo no momento do óbito, até a data em que o falecido completaria 74 anos. Constituição de
capital, de acordo com o art. 475-Q do CPC e Súmula nº 313 do STJ. Dano moral. Evento
danoso ocorrido no ano de 1990. Demanda ajuizada próximo ao termo final da prescrição
vintenária. Verba arbitrada pelo Magistrado de piso em R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Cifra
aquém do razoável e proporcional para a hipótese, mesmo considerados os efeitos
arrefecedores do tempo. Majoração ao patamar de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em
observância aos vetores preventivo-pedagógico e punitivo-reparador que informam a espécie
indenizatória. Precedentes do STJ e desta Egrégia Corte de Justiça. Procedência total dos
pedidos. Sucumbência integral pela concessionária/Ré. Reforma parcial da sentença.
Provimento ao 1º recurso, na forma do art. 557, §1º-A, do CPC. Negativa de seguimento ao 2º
Apelo, com fundamento no art. 557, caput, do CPC." INEXISTÊNCIA DE NOVO ARGUMENTO
CAPAZ DE ALTERAR O JULGADO RELATORIAL. DESPROVIMENTO DOS AGRAVOS INTERNOS.
0230221-23.2013.8.19.0001 - APELACAO
JDS. DES. ISABELA PESSANHA CHAGAS - Julgamento: 12/02/2016 - VIGESIMA QUINTA CAMARA
CIVEL CONSUMIDOR
AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PARCIAL
PROVIMENTO AO RECURSO DA RÉ PARA JULGAR IMPROCEDENTE O DANO ESTÉTICO E PARCIAL
PROVIMENTO AO RECURSO DO AUTOR PARA MAJORAR OS DANOS MORAIS PARA R$
30.000,00, MANTENDO OS DEMAIS TERMOS DA SENTENÇA. INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTO
NOVO CAPAZ DE ALTERAR A DECISÃO ATACADA, NOS SEGUINTES TERMOS: Apelação Cível.
Ação de Responsabilidade Civil. Trata-se de ação na qual alega o autor que no dia 24/05/2012,
às 06:30 horas, se encontrava na composição férrea administrada pela concessionária ré e que,
por estar superlotada, acabou ficando de frente para a porta do trem. Alega que, enquanto a
composição circulava entre as estações de Imbariê-RJ e Parada Morabi - RJ, a porta se abriu
inesperadamente, o lançando para fora do trem, batendo com a face nos trilhos da ferrovia.
Afirma que foi socorrido pelos outros passageiros e que passou por procedimento cirúrgico.
Sustenta que sofreu gravíssimas lesões em sua boca, com a perda de vários dentes,
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afundamento do osso face nasal e lesões pelo corpo, afetando diretamente sua imagem.
Inicialmente verifico não restarem dúvidas de que o autor se encontrava na condição de
passageiro da empresa ré. Nesse mesmo sentido não restam dúvidas quanto a ocorrência do
acidente, sendo que o mesmo restou incontroverso nos autos. Em que pese as alegações
recursais da ré, verifica-se que a mesma não logrou êxito em comprovar que a culpa pelo
acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, o que excluiria o seu dever de indenizar. Danos
morais configurados que merecem ser majorados para R$ 30.000,00. Danos estéticos não
comprovados. Termo inicial para contagem dos juros a partir da data do evento. Recursos
conhecidos e providos parcialmente.
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arbitramento de pensionamento vitalício mensal de 50% sobre os vencimentos que recebia à
época do acidente. Ademais, a perícia apurou incapacidade total temporária por 120 dias,
razão pela qual o Autor deverá ser indenizado por esse período de forma integral com base no
que auferia à época. Do mesmo modo, não assiste razão à Ré ao afirmar que ao Autor não
possível receber pensionamento pela Ré uma vez que já recebe benefício da Previdência
Social. A indenização previdenciária é diversa e independente da contemplada no direito
comum, inclusive porque têm elas origens distintas: uma, sustentada pelo direito acidentário;
a outra, pelo direito comum, uma não excluindo a outra (Enunciado n. 229/STF), podendo,
inclusive, cumularem-se. No que concerne ao pedido de indenização por dano moral, por
certo, nenhuma indenização pecuniária pode desfazer o ocorrido. Contudo, deve trazer algum
conforto à vítima e inibir o causador dos danos de praticar condutas semelhantes. Nesse
ponto, o valor originalmente fixado a título de danos morais em R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais) merece majoração para R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), que se mostra proporcional ao
dano sofrido. Por outro lado, não merece reparo a condenação quanto aos danos estéticos,
também arbitrados em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). A perícia foi categórica ao estipular
que o Autor apresenta dano estético de grau muito acentuado, estando inserido no de maior
gravidade pelo expert. Melhor sorte não assiste ao pedido da Seguradora para reconhecer
violação contratual pela Concessionária e, consequentemente, julgar improcedente a lide
secundária. Trata-se de nítida inovação em sede recursal, vedada no ordenamento jurídico.
Ademais, o CDC ao permitir o chamamento ao processo da seguradora visa beneficiar o
consumidor, assegurando maior efetividade. Assim, as alegações da Seguradora não merecem
acolhimento, na medida em que eventual violação contratual pela Segurada nos termos do
pactuado deverá ser analisado em ação própria. Por fim, em relação aos honorários
advocatícios fixados em face da Seguradora, merece pequeno reparo a sentença. Isto porque
em ações de indenização com pedido de pensionamento, "o percentual fixado de honorários
advocatícios deverá incidir sobre o valor dos danos morais, acrescido das prestações de pensão
vencidas e doze das vincendas", segundo entendimento do Eg. STJ no AREsp 790912, Rel.Min.
Luis Felipe Salomão. DESPROVIMENTO DO RECURSO DA RÉ. PROVIMENTO PARCIAL DOS
RECURSOS DO AUTOR E DA SEGURADORA.
ACIDENTE AÉREO
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ACIDENTE
AÉREO: R$ 100.000,00 a R$ 190.000,00.
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decorrência da queda da aeronave de propriedade da empresa ré. 2. Agravo retido
desprovido. 3. A responsabilidade da transportadora por danos causados ao usuário dos
serviços é objetiva, somente podendo ser elidida por motivo de força maior, conforme
dispõem os arts. 734 e 735, do Código Civil. 4. É dever do transportador conduzir seus
passageiros de forma segura, desde o momento da partida até o da chegada, garantindo,
assim, a incolumidade dos usuários. 5. Tal responsabilidade é fundamentada na Teoria do
Risco, presente em todo contrato de transporte, segundo a qual todo aquele que se disponha
a exercer alguma atividade no campo de fornecimento de bens ou serviços responde pelos
fatos e vícios dele decorrentes. 6. No caso, todos os elementos probatórios dos autos
demonstram a presença dos requisitos configuradores da responsabilidade civil da companhia
aérea ré, não havendo como se romper o nexo de causalidade, nem mesmo pela alegação de
força maior ou culpa exclusiva de terceiro. 7. Correta, portanto, a sentença que reconheceu a
responsabilidade civil da companhia ré e a condenou ao pagamento de indenização por danos
materiais e morais, experimentados pelas autoras. 8. É evidente que o acidente ocorrido fugiu
à normalidade dos fatos quotidianos e representou forte abalo psicológico às demandantes,
inclusive porque ensejou a perda irreparável do marido e pai de família, além de todas as
sequelas comprovadamente geradas, de ordem neurológica e psicológica, em razão do
acidente fatal. 9. No entanto, a indenização, eventualmente devida a quem foi atingido pela
conduta ilícita de outrem não visa a propiciar um enriquecimento ao lesado, mas apenas
minimizar o seu sofrimento. A indenização deve ser suficiente para reparar o dano, dentro da
razoabilidade e equidade, sob pena de consubstanciar-se em fonte de enriquecimento sem
causa. 10. Neste contexto, entendo elevado o montante da verba indenizatória fixada em
R$300.000,00 (trezentos mil reais), em favor de cada uma das demandantes, o qual deve ser
reduzido para R$100.000,00 (cem mil reais), por se revelar mais adequado e proporcional às
peculiaridades do caso concreto. 11. Com relação à pensão por morte, a sentença fixou, com
acerto, o pensionamento devido às autoras em valor equivalente a 2/3 da média dos três
meses dos vencimentos anteriores ao óbito, ressaltando que a segunda autora faria jus ao
recebimento até completar 25 anos de idade; e a viúva, até a data em que a vítima
completaria setenta anos de idade. 12. Com efeito, 1/3 dos vencimentos do falecido é o que
presumidamente a vítima gastaria com seu próprio sustento, de modo que o restante deve ser
rateado entre suas dependentes, observados os limites temporais anteriormente
estabelecidos. 13. Não há que se falar em fixação de prazo de um ano para que a viúva possa
se restabelecer no mercado de trabalho, haja vista que a pensão leva em conta a expectativa
de sobrevida da vítima, no momento do óbito, nos termos do que determina o art. 948, II, do
Código Civil. 14. Mas, de fato, a pensão é devida à viúva apenas enquanto esta permanecer no
estado de viuvez e não conviver em união estável com outrem. 15. Não assiste razão ao
apelante quanto à alegada impossibilidade de vinculação do pensionamento ao valor do
salário mínimo, vez que a referida vedação de utilização do salário mínimo como indexador
visa a, tão somente, impedir que ele funcione como indexador da economia e não como
parâmetro para eventuais indenizações. 16. No tocante ao pedido de exclusão das verbas
indenizatórias do cálculo do pensionamento, este também não merece prosperar, porquanto
todas as verbas percebidas pela vítima do acidente, a título remuneratório, devem incidir no
cálculo do pensionamento devido a seus dependentes. 17. Descabimento de compensação da
indenização com eventuais valores recebidos pelas Apeladas, a título de seguro obrigatório ou
contratual, porquanto, além de inexistir comprovação nos autos quanto ao recebimento ou
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mesmo o requerimento dessa indenização pelas apeladas, a indenização fixada a título de
danos morais não foi arbitrada em função de um eventual abalo psicológico decorrente do
acidente, mas sim em razão da gravidade do fato que vitimou fatalmente o marido e pai das
apeladas. 18. Por fim, os juros de mora são devidos a partir da data do evento danoso, por se
tratar de responsabilidade civil extracontratual. Súmula 54 do STJ. 19. Honorários
sucumbenciais mantidos, inclusive sobre as prestações vincendas. 20. Parcial provimento do
recurso para reformar a sentença, em parte, e reduzir o montante da verba indenizatória
fixada a título de danos morais para R$100.000,00 (cem mil reais), em favor de cada uma das
apeladas, e limitar a obrigação de pagamento de pensão vitalícia à viúva apenas enquanto esta
permanecer no estado de viuvez e não conviver em união estável ou casar com outrem.
Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 06/05/2015 Íntegra do Acórdão - Data de
Julgamento: 22/07/2015
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0160144-28.2009.8.19.0001 - APELACAO 1ª Ementa DES. CONCEICAO MOUSNIER -
Julgamento: 20/02/2013 - VIGESIMA CAMARA CIVEL
Ação de responsabilidade civil por danos morais. Falecimento da irmã dos Autores no acidente
do Voo 1907 da empresa aérea Ré, em 29 de setembro de 2006. Sentença julgando
improcedente o pedido inicial. Inconformismo dos Demandantes. Entendimento desta
Relatora quanto à reforma da sentença vergastada. A legitimidade ativa ad causam dos
Autores para pleitearem compensação financeira em razão do falecimento de sua irmã é
evidente, visto que os mesmos foram atingidos pela dor e sofrimento advindos da súbita
morte de sua irmã no notório acidente aéreo. Os irmãos possuem legitimidade para
pleitearem compensação pela morte de outro irmão de forma independente dos pais e
eventuais ascendentes e descendentes da vítima. Nesse caso, trata-se do chamado dano moral
reflexo ou em ricochete, que possui natureza autônoma, devendo ser reconhecido o direito de
cada postulante à percepção de indenização pelos danos morais experimentados de maneira
reflexa. Precedentes do STJ. Ademais, por não se estar diante de questão sucessória, e sim
obrigacional, mostra-se desinfluente a existência de acordo extrajudicial celebrado entre a
empresa aérea Ré e o cônjuge e filhos da vítima do acidente, indenizando-os pelo mesmo
evento danoso descrito na inicial. Danos morais in re ipsa, decorrendo naturalmente do trágico
falecimento da irmã dos Autores no acidente aéreo de conhecimento público, não se podendo
olvidar que o conteúdo probatório encartado aos autos revela a inegável existência de
estreitos laços de afeto entre os Autores e sua falecida irmã. Quantum indenizatório dos danos
morais arbitrado em R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para cada um dos Autores em
atenção aos Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade, às peculiaridades do caso
concreto e à recente e majoritária jurisprudência da Corte Superior de Justiça relativa a casos
análogos. Sentença reformada por se apresentar manifestamente confrontante com a
jurisprudência dominante do STJ. RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO, na forma do Artigo
557, § 1º - A, do CPC. Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 20/02/2013 Íntegra do
Acórdão - Data de Julgamento: 15/05/2013 Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento:
17/07/2013
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ACIDENTE
EM ESTABELECIMENTO DE ENSINO: R$ 8.000,00 a R$ 15.000,00.
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SUPERIOR DIREITO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.CONJUNTO PROBATÓRIO CONSTANTE
DOS AUTOS INCAPAZ DE DEMONSTRAR A ALEGADA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA.LAUDO
PERICIAL EM QUE FOI APURADA INCAPACIDADE TOTAL TEMPORÁRIA DE 31 MESES E PARCIAL
PERMANENTE NO PERCENTUAL DE 46,8%. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS E
ADEQUADAMENTE ARBITRADOS EM R$ 8.000,00 (OITO MIL REAIS).PENSIONAMENTO PELO
PERÍODO DE INCAPACIDADE TOTAL TEMPORÁRIA E PARCIAL PERMANENTE FIXADO EM
CONFORMIDADE COM OS ELEMENTOS CONSTANTES DOS AUTOS E, SOBRETUDO, DO LAUDO
PERICIAL.IMPÕE-SE, CONTUDO, O ACOLHIMENTO DO PEDIDO DA AUTORA RECORRENTE DE
INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA PARCELA REFERENTE A FÉRIAS, CONSIDERANDO-SE QUE A
VÍTIMA EXERCIA ATIVIDADE LABORATIVA COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO À ÉPOCA DO
ACIDENTE. (Resp 1168831/SP, Rel. Ministro Benedito Gonçalves; Resp 877.195/RJ, Rel.
Ministro Jorge Scartezzini). PRIMEIRO RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO,
PARA INCLUIR NA BASE DE CÁLCULO DO PENSIONAMENTO VERBA REFERENTE ÀS FÉRIAS.
SEGUNDO RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
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indenização por dano moral no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Laudo pericial
conclusivo do nexo causal entre o acidente e os ferimentos sofridos pelo autor, atestando,
ainda, sequela que reduz permanentemente sua capacidade laborativa, bem como atrofia e
cicatrizes que configuram dano estético. Responsabilidade objetiva do Estado pela guarda dos
alunos confiados a seus prepostos. Artigo 37, § 6º, da CRFB. Verbas indenizatórias fixadas em
valor condizente com as lesões sofridas pelo autor. Parecer ministerial pela manutenção da
sentença. SENTENÇA QUE SE CONFIRMA.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de ACIDENTE
EM ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
1. É incontroverso no caso que o serviço prestado pela instituição de ensino foi defeituoso,
tendo em vista que o passeio ao parque, que se relacionava à atividade acadêmica a cargo do
colégio, foi realizado sem a previsão de um corpo de funcionários compatível com o número
de alunos que participava da atividade.
5. Face as peculiaridade do caso concreto e os critérios de fixação dos danos morais adotados
por esta Corte, tem-se por razoável a condenação da recorrida ao pagamento de R$ 20.000,00
(vinte mil reais) a título de danos morais.
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6. A não realização do necessário cotejo analítico dos acórdãos, com indicação das
circunstâncias que identifiquem as semelhanças entres o aresto recorrido e os paradigmas
implica o desatendimento de requisitos indispensáveis à comprovação do dissídio
jurisprudencial.
7. Recursos especiais conhecidos em parte e, nesta parte, providos para condenar o réu a
indenizar os danos morais e materiais suportados pelo autor.
(REsp 762.075/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
16/06/2009, DJe 29/06/2009)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EM INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO:
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0002826-20.2004.8.19.0045 - APELACAO -1ª Ementa DES. JACQUELINE MONTENEGRO -
Julgamento: 01/08/2012 - VIGESIMA CAMARA CIVEL
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VERIFICADA. DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. Ementário: 12/2012 - N. 8 - 12/01/2012
Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 28/09/2011 (*) Precedente Citado : TJRJ AC
0000780-48.2008.8.19.0003, Rel. Des. Marcos Alcino de Azevedo Torresjulgado em
09/11/2010.
BULLYING
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de bullying: R$
10.000,00 a R$ 15.000,00.
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REPARATÓRIA QUE MECERE SER MAJORADA PARA R$ 15.000,00. RECURSO DA PARTE AUTORA
A QUE SE DÁ PROVIMENTO.
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ACUSAÇÃO
INDEVIDA DE CRIME DE FURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL:
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0003210-94.2009.8.19.0210 - APELACAO - 1ª Ementa DES. MONICA TOLLEDO DE OLIVEIRA -
Julgamento: 29/03/2011 - QUARTA CAMARA CIVEL
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sofridos, impondo ao ofensor a obrigação de pagamento de certa quantia de dinheiro em favor
do ofendido, pois ao mesmo tempo em que agrava o patrimônio daquele, proporciona a este
uma reparação satisfativa. 8. Evidente o sofrimento, as angústias e as aflições experimentados
pela demandante, em face da injusta acusação de crime de furto, razão pela qual a verba
indenizatória, arbitrada em R$ 10.000,00 (dez mil reais), não enseja redução, por se mostrar
razoável diante das peculiaridades do caso. Precedentes do TJRJ.
AGRESSÃO EM BOATE
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de AGRESSÃO
FÍSICA OCORRIDA EM BOATE: R$ 18.000,00.
Hipótese em que julgada procedente a pretensão indenizatória deduzida pela vítima contra o
autor de agressão física ocorrida em casa de diversões noturna, fixado o valor de R$ 4.000,00
(quatro mil reais) a título de indenização por danos morais (quantia inferior à pleiteada na
inicial).
Apelação da parte ré, na qual alega não configurado o dano moral e, subsidiariamente, pugna
pela redução do quantum indenizatório arbitrado na sentença. Recurso adesivo interposto
pelo autor, voltado à majoração da retrocitada quantia.
Tribunal estadual que não provê o recurso do réu e acolhe parcialmente a insurgência adesiva,
de modo a majorar a indenização para R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).
1. Para fins do artigo 543-C do CPC: O recurso adesivo pode ser interposto pelo autor da
demanda indenizatória, julgada procedente, quando arbitrado, a título de danos morais, valor
inferior ao que era almejado, uma vez configurado o interesse recursal do demandante em ver
majorada a condenação, hipótese caracterizadora de sucumbência material.
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3. Questão remanescente: Pedido de redução do valor fixado a título de indenização por danos
morais. Consoante cediço no STJ, o quantum indenizatório, estabelecido pelas instâncias
ordinárias para reparação do dano moral, pode ser revisto tão-somente nas hipóteses em que
a condenação se revelar irrisória ou exorbitante, distanciando-se dos padrões de
razoabilidade, o que não se evidencia no presente caso, no qual arbitrado o valor de R$
18.000,00 (dezoito mil reais), em razão da injusta agressão física sofrida pelo autor em casa de
diversões noturna. Aplicação da Súmula 7/STJ.
(REsp 1102479/RJ, Rel. Ministro MARCO BUZZI, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/03/2015, DJe
25/05/2015)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ATAQUE DE
ANIMAL e morte de menor: R$ 150.000,00.
Apelação cível. Ação de conhecimento tendo como causa de pedir o dever sucessivo de
indenizar pelo fato da coisa. Ataque de cães no interior de fazenda. Morte de menor
impúbere, filha dos caseiros. Exegese do artigo 736 do Código Civil. Ausência de nulidade
processual por irregularidade nas publicações. Terceiro réu que apenas por figurar como
proprietário do imóvel, não pode ser considerado dono ou responsável pelos animais,
inexistindo qualquer elemento probatório nos autos quanto a possível poder físico dele sobre
os cães, que pertenciam ao primeiro réu, comodatário do imóvel. Poder de comando e ordem
de soltura dos animais que cabia exclusivamente aos dois primeiros réus, inclusive por sua
condição de empregadores dos pais da menor. Dano moral in re ipsa. Consequências do ato
ilícito que são graves, não podendo ser analisadas da mesma forma que as demais situações
comumente enfrentadas por esta Corte Estadual. Gravidade do evento, marcado pela
grosseira falta de cautela com que atuaram os dois primeiros réus no evento danoso. Tragédia
anunciada. Aplicação da função punitiva da responsabilidade civil que justifica a manutenção
da verba indenizatória em R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para cada autor.
Primeiro apelo provido, improvendo-se o segundo recurso. Íntegra do Acórdão - Data de
Julgamento: 11/03/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 15/04/2015
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ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ATRASO NA
ENTREGA DE IMÓVEL:
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partir do julgado que fixou a indenização, nos moldes da Súmula nº 362, do Superior Tribunal
de Justiça, que, in casu, foi a data da sentença. Igualmente, impõe-se a procedência do pedido
de condenação da Ré ao pagamento da cláusula penal compensatória de 0,5% mensal sobre o
valor do imóvel, tal como prevista na Cláusula nº 9ª, §3º (fl. 37 - index 38).
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dos autores, ora agravados, para majorar a verba do dano moral em R$ 10.000,00(dez mil
reais) para cada autor. Ação indenizatória por danos materiais e morais. Promessa de compra
e venda de imóvel em construção. Atraso na entrega do bem. Relação de consumo.
Responsabilidade objetiva. Falha na prestação do serviço. Excludente de caso fortuito/força na
demora da entrega da unidade, sob a alegação de escassez de mão de obra especializada e em
burocracias junto a órgãos públicos, não isenta a recorrente de sua obrigação. Fato alheio à
vontade da parte demandada não comprovado. Atraso injustificado. Teoria do Risco do
Empreendimento. Fortuito interno. Lucros cessantes, a título de aluguel, em virtude da
demora na entrega da unidade imobiliária. Ressarcimento de dano material pelo que a parte
autora deixou de perceber. Possibilidade. Valor que deverá ser apurado em liquidação de
sentença. Precedentes do STJ. Multa contratual pelo atraso devida. Inadimplemento
contratual que ultrapassa o mero aborrecimento. Afronta aos Princípios da Boa-fé Objetiva e
da Confiança. Dano moral in re ipsa. Precedentes jurisprudenciais a justificar a majoração pela
decisão ora impugnada do valor fixado a título de danos morais, o importe de R$10.000,00
para cada autor, que se mantém. Não há que se falar em falta de interesse de agir, por suposta
perda de objeto, em razão da entrega das chaves do imóvel durante o curso do processo, pois,
como bem rejeitada a alegação na sentença a quo, os autores ora agravados perseguem
indenização justamente pelo atraso na entrega da unidade imobiliária e assim, posterior
entrega das chaves, naturalmente, não lhes retira a utilidade do provimento em relação à
pretensão indenizatória formulada, não havendo como prosperar a frágil arguição da
recorrente de falta de interesse de agir. A agravante não trouxe aos autos qualquer argumento
novo apto a ensejar a modificação da decisão ora hostilizada, cujos fundamentos estão em
consonância com a jurisprudência desta Corte. Recurso a que se nega provimento.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de ATRASO NA
ENTREGA DE IMÓVEL: R$10.000,00.
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Noronha, DJe de 25/8/2014), sob pena de incidência do enunciado n. 7 da Súmula desta Corte,
desproporcionalidade esta que não se constata na hipótese, visto que foi fixada a indenização
de R$ 10.000,00 (dez mil reais) com base nas peculiaridades da espécie.
(AgRg no AREsp 780.379/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 10/11/2015, DJe 19/11/2015)
(AgRg no AREsp 828.193/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 05/05/2016, DJe 16/05/2016)
STJ
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ATROPELAMENTO EM VIA FÉRREA: R$40.000,00 para pai e R$25.000,00 para irmão.
(AgRg no AREsp 734.752/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 07/04/2016, DJe 12/04/2016)
BRIGA DE VIZINHOS
TJRJ
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acostados no processo. Assim, na hipótese dos autos a parte autora logrou êxito em
comprovar a prática de ato ilícito, do nexo causal e do dano, restando acertada a decisão de
procedência do pedido inicial, motivo porque não merece reforma nesse ponto. No que tange
ao dano moral, este deve ser este fixado de acordo com o bom senso e o prudente arbítrio do
julgador, sob pena de se tornar injusto e insuportável para o causador do dano. Para fixação
desse valor, deve-se obedecer ao critério da razoabilidade, objetivando o atendimento da sua
dúplice função - compensatória dos sofrimentos infligidos à vítima e inibitória da contumácia
do agressor - sem descambar para o enriquecimento sem causa da vítima. Deve-se considerar,
portanto, para fins de fixação do quantum, a intensidade da lesão, as condições
socioeconômicas do ofendido e de quem deve suportar o pagamento dessa verba
compensatória. É de ser considerado que a imposição dessa verba tem como fundamentos o
princípio da mitigação da dor e do sentido didático da condenação. Sendo assim, fiel ao
princípio da razoabilidade, mostra-se devida a redução do quantum compensatório fixado em
R$20.000,00, para R$5.000,00 (cinco mil), patamar condizente com os precedentes em
hipóteses semelhantes. Recurso a que se dá parcial provimento. Íntegra do Acórdão - Data de
Julgamento: 13/08/2014 (*)
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subjetiva. Em nosso ordenamento jurídico, a cláusula geral da responsabilidade subjetiva está
prevista no artigo 186 c/c o artigo 927 do Código Civil. 4. Não assiste razão ao recorrente ao
sustentar existência de causa excludente de ilicitude, nos termos no art. 188 do Código Civil. 4.
Outrossim, verifica-se estarem presentes os requisitos para a reparação de dano moral, que no
caso em análise mostra-se pertinente, levando-se em conta: i) as lesões físicas sofridas
decorrentes de uma agressão física violenta e desproporcional, mormente em se tratando de
pessoa idosa; ii) a agressão provocou situação de humilhação e desconforto para a vítima, que
ainda convalescia de cirurgia realizada no olho e foi agredido justamente neste local. 5. No
presente caso, não há motivos para rever a sentença vergastada, de modo que deve ser
mantido o valor da indenização, fixado pelo magistrado a quo em R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
CONHEÇO DO RECURSO E NEGO-LHE SEGUIMENTO. Decisão Monocrática - Data de
Julgamento: 18/02/2013 (*)
TJRJ
SÚMULA Nº. 152 DO TJRJ: "A cobrança pelo fornecimento de água, na falta de hidrômetro
ou defeito no seu funcionamento, deve ser feita pela tarifa mínima, sendo vedada a
cobrança por estimativa."
Referência: Uniformização de Jurisprudência nº 2010.018.00003. Julgamento em
04/10/2010.
Relator: Desembargador José Geraldo Antonio. Votação unânime.
Referência: Uniformização de Jurisprudência nº 2010.018.00003. Julgamento em
04/10/2010 - Relator: Desembargador José Geraldo Antonio. Votação unânime.
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Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de COBRANÇA
POR ESTIMATIVA: R$3.000,00 a R$5.000,00.
61
ação na qual reclama o Suplicante de falha na prestação do serviço de abastecimento de água
e da cobrança por estimativa, apesar de existir hidrômetro na unidade consumidora (Index
00010). Aplica-se, em tais casos, a responsabilidade objetiva do prestador de serviço, prevista
no artigo 14 da Lei 8.078/90, dispensando-se o consumidor de demonstrar a culpa do
fornecedor, bastando que comprove o dano e o nexo de causalidade entre este e o defeito na
prestação do serviço. A Concessionária Ré sustenta que não é obrigada a fornecer água 24
horas, e atribuiu a falta de fornecimento do serviço na residência do Autor a provável falta de
cisterna para depósito hidráulico e abastecimento. Todavia, a utilização de carro-pipa para
fornecimento de água a imóvel prescinde de depósito hidráulico para recebê-la e armazená-la,
possibilitando sua utilização posterior ao respectivo abastecimento. Note-se que as telas de
sistema apresentadas pela Demandada não são hábeis a comprovar qualquer excludente de
responsabilidade, vez que produzidas unilateralmente. Acresce que as testemunhas ouvidas
em Juízo foram unânimes em declarar a precariedade dos serviços fornecidos pela Suplicada
(Index 00111). Citada regularmente, a Ré quedou-se inerte, deixando de anexar qualquer
prova relativa a alguma excludente de responsabilidade prevista nos incisos do parágrafo do
artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. Decerto que não se desincumbiu do ônus
probatório que lhe é imposto. Assim, considera-se a verossimilhança do alegado,
evidenciando-se que o serviço foi prestado de forma defeituosa, em especial por violação aos
princípios da eficiência e da continuidade do serviço público, previstos no artigo 22 do Código
de Defesa do Consumidor. No que concerne aos danos morais, verifica-se que o
comportamento da Reclamada se sujeita à compensação pecuniária, porquanto gerou o
rompimento contratual e, paralelamente, violou o princípio da boa-fé objetiva e dos deveres
anexos de cooperação e zelo para com o consumidor. Levando-se em conta as circunstâncias
deste caso, conclui-se que o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), fixado a título de
compensação por danos morais, atende aos Princípios da Razoabilidade e da
Proporcionalidade, não havendo que se falar em redução. Ademais, não sendo
manifestamente desarrazoado o valor arbitrado e não demonstrada objetivamente sua
exasperação ou exiguidade, deve a decisão do Juízo a quo ser prestigiada, conforme a Súmula
nº 343 deste Egrégio Tribunal de Justiça, recentemente editada a este respeito: "A verba
indenizatória do dano moral somente será modificada se não atendidos pela sentença os
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade na fixação do valor da condenação."
STJ
62
1. A análise do recurso especial quanto à violação do art. 535 do CPC denota que a parte
recorrente não logrou êxito em demonstrar objetivamente quais os pontos foram omitidos
pelo acórdão recorrido.
3. Está pacificada nesta Corte a orientação de ser ilegal a cobrança por estimativa de consumo
no caso de inexistência de hidrômetro.
5. O Colegiado de origem consignou, com base no arcabouço probatório dos autos, que o dano
moral foi configurado, bem como fixou seu valor em obediência aos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade. A revisão desse entendimento esbarra no óbice da Súmula
7 do STJ.
(AgRg no REsp 1454019/RJ, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF
3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/2015, DJe 18/12/2015)
TJRJ
63
FORMA DO DISPOSTO NO ARTIGO 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO
INTERNO. IMPROVIMENTO.
SÚMULA Nº. 193 "Breve interrupção na prestação dos serviços essenciais de água, energia
elétrica, telefone e gás por deficiência operacional não constitui dano moral."
REFERÊNCIA: Processo Administrativo nº. 0013662 46.2011.8.19.0000 - Julgamento em
22/11/2010 - Relator: Desembargadora Leila Mariano. Votação Unânime.
Para fins de aplicação da súmula 193 do TJRJ, deve reputar-se breve a interrupção do
serviço essencial de energia elétrica quando não ultrapassar a marca de 4 horas, prazo
conferido pelas normas da agência reguladora para a religação do fornecimento suspenso
(art. 176. §1º da Resolução da Aneel nª 414/2010).
42 horas: R$ 2.000,00.
0012307-30.2015.8.19.0042 – APELACAO
DES. MARCOS ALCINO A TORRES - Julgamento: 27/04/2016 - VIGESIMA SETIMA CAMARA CIVEL
CONSUMIDOR
64
reputar-se "breve" a interrupção do serviço essencial energia elétrica quando não ultrapassar a
marca de 4 (quatro) horas, prazo conferido pelas normas da agência reguladora para a
religação do fornecimento indevidamente suspenso (art. 176, § 1º, da Resolução Aneel nº.
414/2010). 2. Insuficiente, quer para compensação do dano, quer para o efeito punitivo-
pedagógico que o instituto deve ostentar, o assaz comedido arbitramento de indenização no
módico valor de R$ 2.000,00 para a indevida suspensão de energia elétrica pelo período de
quarenta e duas horas, abarcando inclusive o período de festejos de réveillon. 3. Nas
circunstâncias do caso concreto, é razoável e proporcional elevar a fixação da verba
indenizatória para o valor de R$ 10.000,00 para compensar o dano indelevelmente infligido à
parte autora, assim atendendo plenamente à finalidade compensatória (art. 944, caput, do
Código Civil) e levando em consideração a gravidade da culpa da concessionária em deixar de
solucionar administrativamente a matéria, embora oportuna e pertinentemente provocada
pelo usuário (art. 944, § único, contrario sensu, do Código Civil), além de servir de desestímulo
à desídia dos fornecedores na prestação de seus serviços no mercado de consumo desiderato
cujo olvido é tão nocivo ao Direito quanto o enriquecimento sem causa, que tão amiúde se usa
alegar. 4. Desprovimento do recurso principal e provimento do recurso adesivo.
0327853-79.2009.8.19.0004 - APELACAO
JDS. DES. JOAO BATISTA DAMASCENO - Julgamento: 18/04/2016 - VIGESIMA SETIMA CAMARA
CIVEL
65
Apelação. Energia elétrica. Interrupção do serviço por falta de pagamento. Demora excessiva e
injustificada na sua religação, depois de quitado o débito. Dano moral. 1. A licitude inicial do
ato de interrupção do serviço, fundado no inadimplemento de fatura mensal, não afasta a
responsabilidade da concessionária nem convalida o ilícito configurado pela ulterior demora,
injustificada e irrazoável, no restabelecimento da energia, depois de o consumidor
providenciar a quitação do débito. 2. Nos termos do art. 176, incs. I e III, c/c § 2º, inc. I, "a", da
Resolução Aneel nº 414/2010, deve a concessionária observar o prazo 24 horas para religação
normal ou 4 horas para religação de urgência (se o usuário se dispuser a pagar uma taxa mais
elevada para esse serviço mais célere), prazo esse contado da simples comunicação de
pagamento, postergada a devida comprovação para o ato do restabelecimento. No caso dos
autos, o consumidor adimpliu a fatura em aberto no mesmo dia do corte do fornecimento, e
ainda assim, embora enumere quinze protocolos de atendimento realizados no mesmo dia ou
no que seguiu imediatamente (um deles, protocolo presencial na loja da ré), teve de amargar
longos cinco dias de espera, somente findos por força de ordem judicial em tutela antecipada
3. Nestas circunstâncias, afigura-se razoável e proporcional a majoração da verba
compensatória para R$ 6.000,00, seja por força da extensão do dano causado por
incontroversos quatro dias de demora na religação do serviço essencial, seja pela gravidade da
culpa do fornecedor em deixar de solucionar administrativamente a matéria, embora oportuna
e pertinentemente provocado pelo usuário (art. 944, § único, contrario sensu, CC), além de
servir de desestímulo à desídia das concessionárias na prestação de seus serviços no mercado
de consumo, máxime quando essenciais, desiderato cujo olvido é tão nocivo ao Direito quanto
o enriquecimento sem causa, de que tão amiúde se ouve alegar. 4. Desprovimento do apelo
principal; provimento do adesivo. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 24/02/2016
8 dias: R$7.000,00.
66
interrompido no dia 15/12/2012, e somente foi restabelecido oito dias após, em 23/12/2012.
Por outro lado, comprova a Autora que ficou sem energia elétrica, mesmo com todas as suas
contas devidamente pagas, tendo restado demonstrado que várias casas da rua
permaneceram sem o referido serviço no período acima citado, conforme depoimento da
testemunha (index 66). O serviço de energia elétrica é tido por essencial, e deve ser prestado
de forma contínua. Na verdade, os danos morais, no caso em exame, são in re ipsa, porque
inquestionáveis e decorrentes do próprio fato. Dessa forma, levando- se em conta as
circunstâncias do caso concreto, e os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, deve
ser majorado o valor da compensação por danos morais para R$ 7.000,00 (sete mil reais),
atendendo aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Quanto ao valor dos
honorários advocatícios, este deve ser fixado após a ponderação de critérios como o lugar da
prestação do serviço, o zelo profissional, a natureza e a complexidade da demanda, bem como
o tempo de serviço exigido de cada profissional para patrocinar a causa de seus clientes. No
caso em análise, em que a ação não guarda maior complexidade, deve a verba honorária
permanecer no percentual de 10% (dez por cento) sobre a condenação. Íntegra do Acórdão -
Data de Julgamento: 25/02/2016
67
PAGAR A QUANTIA DE R$10.000,00 (DEZ MIL REAIS) A TÍTULO DE DANOS MORAIS.
INCONFORMISMO DE AMBAS AS PARTES. APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTA PELA PARTE AUTORA
VISANDO À MAJORAÇÃO DA VERBA COMPENSATÓRIA. APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTA PELA RÉ,
VISANDO À REFORMA INTEGRAL DO JULGADO E, SUBSIDIARIAMENTE, À REDUÇÃO DO
QUANTUM REPARATÓRIO. VEROSSIMILHANÇA NAS ALEGAÇÕES AUTORAIS. INTERRUPÇÃO
INDEVIDA DO SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA NA UNIDADE DE CONSUMO.
INCIDÊNCIA DO VERBETE SUMULAR Nº 192 DO TJRJ. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. FATO
DO SERVIÇO CARACTERIZADO. DANO MORAL IN RE IPSA. VERBA COMPENSATÓRIA ADEQUADA
AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE, SEM OLVIDAR A NATUREZA
PUNITIVO-PEDAGÓGICA DA CONDENAÇÃO. APLICAÇÃO DO ENUNCIADO JURÍDICO Nº 116 DO
AVISO N.º 55/2012 DO TJERJ. NEGADO SEGUIMENTO A AMBOS OS RECURSO, NA FORMA DO
ART.557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
TJRJ
R$3.000,00 a 4.000,00.
68
APELAÇÃO CÍVEL. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA. INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO SEM
AVISO PRÉVIO. DANOS MORAIS. Sentença de procedência confirmando a tutela antecipada e
fixando indenização no valor de R$4.000,00. Apelação do autor objetivando a majoração do
valor da indenização. Manutenção do valor fixado por ser adequado, razoável e proporcional.
Ausência de desdobramento dos fatos a fundamentar a pretensão de majoração. Sentença
mantida. NEGATIVA DE SEGUIMENTO, na forma do artigo 557, caput do CPC. DES. SONIA DE
FATIMA DIAS - Julgamento: 16/03/2016 - VIGESIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR,
0077893-07.2013.8.19.0067 – APELACAO.
Ação de indenização por dano moral que o Autor teria sofrido em razão da interrupção
indevida do serviço de energia elétrica em sua residência, de 02/05/2014, sem prévio aviso.
Sentença que julgou procedente o pedido, arbitrando em R$ 3.100,00, a indenização por dano
moral, tornando definitiva a decisão que antecipou os efeitos da tutela antecipada que
determinou o restabelecimento do serviço, impondo à Ré, os ônus da sucumbência. Apelação
de ambas as partes. Ré que admitiu a interrupção do serviço, ficando configurada a falha na
prestação do serviço, pois ainda que a interrupção se destinasse a reparos deveria ser
devidamente planejada e informada aos consumidores. Dever de indenizar. Dano moral
configurado. Quantum da condenação que observou critérios de razoabilidade e
proporcionalidade. Honorários advocatícios de sucumbência de 10% sobre o valor da
condenação que foram arbitrados de acordo com o artigo 20, § 3º do CPC, não comportando a
majoração pretendida pelo Autor. Litigância de má-fé do Autor não verificada. Desprovimento
de ambas as apelações.
CONTAMINAÇÃO EM HOSPITAL
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de INFECÇÃO
HOSPITALAR DECORRENTE DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: R$ 10.000,00 a 15.000,00.
69
Ação de Indenização por danos estético, material e moral. Realização de procedimento de
cateterismo cardíaco, vindo a parte autora ser acometida de infecção hospitalar, ocasionando
internação por 21 dias. Sentença parcial, condenando ao pagamento de danos materiais
demonstrados de aquisição e realização de exames, dano estético fixado em R$ 3.000,00 e
dano moral no valor R$ 15.000,00. Apelação da Clínica médica idealizadora do procedimento.
Embargos de Declaração opostos pelo hospital réu. Ausência de ratificação da Apelação da
Clínica após a decisão dos Embargos de Declaração. Aplicação do Verbete nº 418 da Súmula do
Superior Tribunal de Justiça. Precedentes do TJRJ, do STJ e do STF. Recurso manifestamente
inadmissível. Recursos do hospital réu visando a reforma da sentença e da parte autora
postulando a majoração do valor arbitrados. Manutenção da Sentença. Contexto probatório, e
em especial o laudo pericial que demonstra falha na prestação de serviço a infecção somente
restou ultimada em outra Unidade Hospitalar. Diagnóstico da contaminação foram tardios, que
de certo contribuiu para a gravidade da infecção e suas complicações, já que retardou o início
do tratamento, havendo necessidade de internação, em outro ambiente hospitalar. Situação
culminou com o retorno da autora ao hospital com processo infeccioso ativo e com progressão
para as veias do braço, necessitando de tratamento, é certo o nexo de causalidade entre
aquelas falhas e as consequências referidas. Dano moral in re ipsa. Verbas compensatórias
arbitradas no valor de R$ 3.000,00 pelo dano estético e R$ 15.000,00, que se mostram
razoáveis. Conhecimento e desprovimento dos demais Recursos. Íntegra do Acórdão - Data de
Julgamento: 11/12/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 22/01/2015
70
HIV
STJ
2. Na hipótese em tela, foi com base nas provas e nos fatos constantes dos autos que o
Tribunal de origem entendeu que é justo o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), arbitrado a
título de indenização por danos morais, diante de contaminação pelo vírus HIV, em virtude de
transfusão de sangue em tratamento de hemofilia.
Desta forma, a acolhida da pretensão recursal demanda prévio reexame do conjunto fático-
probatório dos autos, o que é vedado ante o óbice preconizado na Súmula 7 deste Tribunal.
(AgRg no AREsp 534.707/CE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 18/09/2014, DJe 24/09/2014)
I. Interposto Agravo Regimental com razões que não impugnam, especificamente, todos os
fundamentos da decisão agravada, mormente no ponto relativo à legitimidade da agravante
para figurar no polo passivo da ação indenizatória, bem como no tocante à adequação dos
71
honorários advocatícios estipulados pela Corte de origem, não prospera o inconformismo, em
face da Súmula 182 desta Corte.
II. Não há falar, na hipótese, em violação ao art. 535 do CPC, porquanto a prestação
jurisdicional foi dada na medida da pretensão deduzida, de vez que o voto condutor do
acórdão recorrido apreciou fundamentadamente, de modo coerente e completo, as questões
necessárias à solução da controvérsia, dando-lhes, contudo, solução jurídica diversa da
pretendida.
III. Em relação ao art. 4º da LICC, o Recurso Especial é manifestamente inadmissível, por falta
de prequestionamento, pelo que incide, na espécie, quanto ao referido ponto, o óbice do
enunciado da Súmula 211/STJ.
VI. Na hipótese, o Tribunal a quo, em face das peculiaridade fáticas do caso, fixou a
indenização, a título de danos morais, no valor de R$ 150.000,000 (cento e cinquenta mil
reais), observando os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, não se mostrando
ele exorbitante, ante o quadro fático delineado no acórdão de origem. Conclusão em contrário
encontra óbice na Súmula 7/STJ.
(AgRg no AREsp 629.147/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 15/03/2016, DJe 17/03/2016)
72
(AgRg no AREsp 810.277/SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 07/04/2016, DJe 15/04/2016)
Com ingestão
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de INGESTÃO
DE ALIMENTO COM PRESENÇA DE CORPO ESTRANHO: R$ 3.000,00.
0067645-74.2010.8.19.0038 – APELACAO
DES. DENISE NICOLL SIMOES - Julgamento: 09/03/2016 - VIGESIMA SEXTA CAMARA CIVEL
CONSUMIDOR
73
valor da reparação originalmente fixado em R$ 3.000,00 (três mil reais), não merece reparo,
posto que se mostra adequado e suficiente para reparar o dano extrapatrimonial sofrido.
RECURSO QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de INGESTÃO
DE ALIMENTO COM PRESENÇA DE CORPO ESTRANHO: R$ 4.000,00.
1. A insurgência contra o valor arbitrado a título de indenização por dano moral esbarra na
vedação prevista na Súmula n. 7 do STJ.
(AgRg no AREsp 735.694/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,
julgado em 17/11/2015, DJe 26/11/2015)
Sem ingestão
TJRJ
74
OBS.: Em casos excepcionais será possível a indenização a título de danos morais. Por
exemplo, em caso de constrangimento em festa de aniversário.
0024470-76.2014.8.19.0042 – APELACAO,
DES. MARIA LUIZA CARVALHO - Julgamento: 28/01/2016 - VIGESIMA SETIMA CAMARA CIVEL
CONSUMIDOR.
0025666-45.2012.8.19.0206 – APELACAO,
DES. MARIA LUIZA CARVALHO - Julgamento: 24/02/2016 - VIGESIMA SETIMA CAMARA CIVEL
CONSUMIDOR.
Agravo Inominado. Apelação. Ação de indenização por dano moral. Aquisição de bombom.
Corpo estranho. Ingestão não comprovada. Relato da exordial incongruente com a declaração
prestada em sede policial. Caso em que não é crível que o autor, mesmo após ter
supostamente ingerido o bombom e experimentado o alegado mal estar horas depois, tenha
oferecido o alimento para sua enteada, ora segunda demandante, sabendo-o que era
impróprio para o consumo. Jurisprudência do STJ no sentido de que a ausência de ingestão de
produto impróprio para o consumo configura, em regra, hipótese de mero dissabor vivenciado
pelo consumidor, o que afasta eventual pretensão indenizatória decorrente de alegado dano
moral. Sentença de improcedência mantida. Ausência de argumento capaz de ilidir os termos
da decisão monocrática. Desprovimento do recurso.
0024287-06.2013.8.19.0054 - APELACAO
75
DES. WILSON DO NASCIMENTO REIS - Julgamento: 12/01/2016 - VIGESIMA QUARTA CAMARA
CIVEL CONSUMIDOR
STJ
1. Interpostos dois recursos pela mesma parte contra a mesma decisão, não se conhece
daquele apresentado em segundo lugar, por força do princípio da unirrecorribilidade e
da preclusão consumativa.
2. Não há dano moral na hipótese de aquisição de gênero alimentício com corpo estranho no
interior da embalagem se não ocorre a ingestão do produto, considerado impróprio para
consumo, visto que referida situação não configura desrespeito à dignidade da pessoa
humana, desprezo à saúde pública ou mesmo descaso para com a segurança alimentar.
76
3. Primeiro agravo regimental desprovido. Segundo agravo regimental não conhecido.
(AgRg no REsp 1537730/MA, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 15/03/2016, DJe 28/03/2016)
1. Inexiste dano moral quando não ocorre a ingestão de produto considerado impróprio para
consumo em virtude da presença de objeto estranho no seu interior, situação que não implica
desrespeito à dignidade da pessoa humana, desprezo à saúde pública ou mesmo descaso para
com a segurança alimentar.
2. Rever os elementos que levaram as instâncias ordinárias a concluir que houve a ingestão de
alimento impróprio para consumo demanda o revolvimento do conjunto fático-probatório dos
autos.
(AgRg no AREsp 662.222/SE, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 01/09/2015, DJe 04/09/2015)
ERRO MÉDICO
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de erro em
diagnóstico e tratamento:
77
Alta indevida pelo Hospital com posterior morte: R$ 300.000,00.
APELAÇÃO CÍVEL. RITO COMUM ORDINÁRIO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL DO NOSOCÔMIO. ERRO NO DIAGNÓSTICO MÉDICO.
CARACTERIZADO DANO MORAL. ARBITRADO NO VALOR DE R$10.000,00, EM CONSONÂNCIA
COM OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. MANUTENÇÃO DA
SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
Apelação Cível. Erro médico. Equívoco no diagnóstico e no tratamento inicial dado à autora
que resultaram em dores prolongadas e redução funcional, conforme atestado pelo Perito do
Juízo. Sentença de procedência, impondo à ré o pagamento de R$ 20.000,00 como
compensação por danos morais sofridos. Recurso da demandada. Alegação de nulidade da
perícia e da sentença. Argumentação de negativa de prestação jurisdicional porque o Juiz a
quo não teria levado em conta o parecer do assistente técnico da apelante. Sustentação da
tese de que o hospital só responde por erro de seu preposto médico se ficar demonstrada a
78
culpa. Alegação de ausência e excesso dos danos morais. A questão relativa à nomeação de
perito, como tudo no estudo do direito, não possui solução exata ou lógica cartesiana,
devendo ser avaliada à luz do caso concreto para que se possa concluir, em um primeiro
momento, se a nomeação do perito violou o artigo 145, § 2º, da Lei Processual Civil, e, em uma
segunda fase, se o perito nomeado se desincumbiu satisfatoriamente de seu múnus. Em se
tratando de perícia médica, a inscrição do Perito do Juízo no CRM já supre as exigências do §
2º do artigo 145 do Código de Processo Civil. Não é necessário que o médico perito seja
especialista em determinada área para poder emitir parecer sobre assuntos das diversas
especialidades, pois os conhecimentos adquiridos nas escolas médicas o habilitam a entender
os procedimentos e condutas de todas as especialidades médicas, mesmo que ele não tenha
sido treinado a realizá-los. Posicionamento explícito do Conselho Federal de Medicina,
veiculado pelo Parecer n° 2.437/2014, de 14 de janeiro de 2014. Precedentes desta Corte de
Justiça. Laudo Pericial irrepreensível tanto sob o aspecto formal quanto na fundamentação
científica. Preliminar de nulidade da pericia e da sentença que se afasta. Negativa de jurisdição
que não se verifica. Sentença devidamente fundamentada, mencionando o Juiz a quo todos os
pressupostos fáticos e argumentos jurídicos que conduziram à sua conclusão final.
Impossibilidade de se considerar o parecer do assistente técnico por se afastar a referida peça
da metodologia científica necessária a tal mister e que pouco mais fez do que questionar o
caráter da recorrida, insinuando que ela simula sintomas com o objetivo de embolsar polpuda
indenização. Jurisprudência Pacífica do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, provada
a culpa do médico-preposto, presume-se a do hospital-preponente. Aplicação do inciso III do
artigo 932 do Código Civil e da Súmula 341 do Supremo Tribunal Federal. Dores prolongadas e
angústia ante a redução funcional que constituem efeitos extrapatrimoniais da lesão ao direito
da recorrida, causando danos morais. Fixação que atendeu precisamente às circunstâncias da
hipótese concreta. Inteligência e incidência dos incisos X e V do artigo 5º da Constituição da
República. Recurso a que se nega provimento. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento:
27/08/2015 (*)
79
necessário, condeno os réus ao pagamento da taxa Judiciária e ao Estado do Rio de Janeiro, o
pagamento das custas judiciais. PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO E NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.
0335709-40.2008.8.19.0001
DES. LUCIA HELENA DO PASSO - Julgamento: 06/07/2015 - VIGESIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL
STJ
1. O Superior Tribunal de Justiça entende que a relação entre médico e paciente é de meio, e
não de fim (exceto nas cirurgias plásticas embelezadoras), o que torna imprescindível para a
responsabilização do profissional a demonstração de ele ter agido com culpa e existir o nexo
de causalidade entre a sua conduta e o dano causado – responsabilidade subjetiva, portanto.
2. Todavia, o acórdão recorrido entendeu que houve responsabilidade da União mediante ter
ocorrido erro médico, por meio de seu agente, pericialmente comprovado, o que afasta
qualquer dúvida sobre a sua responsabilidade em ressarcir os danos materiais e compensar o
dano moral. O valor arbitrado pela sentença proferida pelo juízo singular em R$10.000,00 (dez
80
mil reais) foi majorado – em razão da gravidade do dano sofrido, que acarretou a incapacidade
parcial e permanente do autor, com a perda de parte dos movimentos da perna esquerda,
conforme o Tribunal de origem – para R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
3. Resta nítido que a convicção formada pelo Tribunal de origem decorreu dos elementos
existentes nos autos. Rever a decisão recorrida importaria necessariamente no reexame de
provas, o que é defeso nesta fase recursal, nos termos da Súmula 07/STJ.
O valor arbitrado a título de danos morais pelo Tribunal a quo não se revela exagerado ou
desproporcional às peculiaridades da espécie, não justificando a excepcional intervenção desta
Corte para rever o quantum indenizatório.
(REsp 625.030/DF, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, julgado em
18/05/2004, DJ 13/09/2004, p. 261)
81
2. A reforma do aresto no tocante à comprovação do nexo de causalidade entre a conduta
médica e os danos experimentados pela recorrente, demandaria, necessariamente, o
revolvimento do complexo fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula n.
7/STJ.
3. A revisão da indenização por danos morais só é possível em recurso especial quando o valor
fixado nas instâncias locais for exorbitante ou ínfimo, de modo a afrontar os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. Ausentes tais hipóteses, incide a Súmula n. 7/STJ a
impedir o conhecimento do recurso.
(AgRg nos EDcl no AREsp 328.110/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 19/09/2013, DJe 25/09/2013)
TJRJ
82
concluindo o laudo pericial que há relação de causa e efeito entre a condução do trabalho de
parto e as sequelas encontradas no menor. 3. Há solidariedade passiva dos réus, isso porque,
em se tratando de hospital também credenciado da administradora de plano de saúde, este
integra a cadeia de fornecedores. A alegada ausência de vinculo direto com o médico possui
relevância apenas para a hipótese de eventual ação regressiva. 4. Muito embora a pretensão
indenizatória seja um Direito Personalíssimo daquele que diretamente suportou o prejuízo,
entende-se pela possibilidade de terceiro ser titular de tal reparação, quando o evento tiver
repercutido em sua esfera psíquica também. É o instituto do Dano Reflexo ou Ricochete. 5. O
valor arbitrado na sentença, no entanto, se revelando inadequado à justa reparação,
considerando as circunstancias peculiares do caso. Deve-se registrar que os valores
pertinentes a cada autor e evento devem ser individualizados e, em assim sendo, o quantum
deve ser majorado e proporcional. Para tanto, justo e adequado o valor de R$220.000,00
(duzentos e vinte mil reais), sendo R$100.000,00 para a criança e R$60.000,00 para cada
genitor. 6. A pensão vitalícia é devida, já que as lesões sofridas pelo 1º autor são irreversíveis,
gerando invalidez permanente, cabendo a fixação conforme requerido no apelo autoral. 7.
Insta consignar que o laudo pericial, ao contrário do sustentado no apelo autoral, não o
comprova, apenas faz menção à planilha apresentada pelos próprios autores. Mas, em relação
ao pagamento à ASCE, no valor de R$1.432,50, deve este ser acrescido à condenação. 8. Na
espécie, a fixação dos honorários de sucumbência em 10% (dez por cento) do valor da
condenação não atende aos critérios legais e peculiaridades da causa, inclusive o volume de
trabalho e o tempo despendido, de sorte que se faz necessária a sua majoração, sendo mais
adequado ao caso dos autos o valor equivalente a 15% (quinze por cento). 9. Desprovimento
dos apelos das rés e apelo autoral parcialmente provido. Mantida a sentença em seus demais
termos.
83
acenava para a realização de cesariana. 10- Parto tardio, que acarretou a morte do recém-
nascido por anoxia intrauterina. 11- Laudo aponta a falta de entrosamento entre a equipe
obstétrica e a anestésica, má condução técnica como um todo, com especial acento nos
procedimentos do anestesiologista, sem afastar in totum, má avaliação obstétrica sob o
aspecto temporal quando da propositura do parto por via alta, depois de tentativa do uso de
fórceps. 12- Documentos comprovando que o feto estava com batimentos normais quando se
detectou a discórdia. 13Possibilidade de o atraso ocorrido na analgesia da parturiente, bem
como a decisão pelo parto cesariana ter ocasionado a morte do nascituro. 14Inexistem nos
autos, quaisquer indícios que a gravidez apresentasse fator de risco que ensejasse a morte do
recém-nascido. 15- Omissão nas cautelas exigidas dos profissionais médicos que atenderam a
Autora, diga-se de passagem, sem nenhum entrosamento, a quem cabiam envidar todos os
esforços e meios ao seu alcance para que a saúde da mãe e do nascituro fosse preservada. 16-
O descaso da equipe do hospital foi determinante para a morte do nascituro. 17- Aplicação da
Teoria da Perda da Chance na solução justa da demanda à luz do princípio democrático de
direito e de respeito à dignidade da pessoa humana. 18- Dano moral, que deriva do próprio
fato negligente, isto é, ocorre in re ipsa. 19- Dever de indenizar, nos termos do que estabelece
o art. 37, § 6º da Constituição da República, art. 734, caput c/c art. 927, parágrafo único do
NCC. 20- Quantum indenizatório fixado abaixo daqueles praticados por esta Corte, mas deve
ser mantido em R$100.000,00 (cem mil reais), considerando que a parte Autora não recorreu
postulando pela sua majoração. 21- A condenação obedeceu aos limites do pedido como
determina o art. 460, caput do CPC. 22- Os juros e a correção monetária devem fluir a partir do
julgado que fixou a indenização. 23- DESPROVIMENTO DO RECURSO. Íntegra do Acórdão - Data
de Julgamento: 26/08/2015 (*)
STJ
I. Na hipótese dos autos, a parte autora ajuizou ação de indenização por danos morais e
materiais, com a finalidade de obter reparação, em face dos danos decorrentes de grave lesão
cerebral, ocasionada por negligência e imperícia médica, por ocasião do parto.
84
III. O Tribunal a quo, à luz das provas dos autos, majorou a pensão mensal, para manter o
tratamento da autora, de 4 para 5 salários-mínimos, e majorou, também, o quantum
indenizatório, a título de danos morais, de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para R$ 180.000,00
(cento e oitenta mil reais), valor que, segundo o acórdão recorrido, "se afigura mais coerente
para fins reparatórios, para proporcionar uma compensação justa às partes lesadas, bem como
servir como caráter pedagógico válido, no sentido de coibir condutas semelhantes por parte da
prestadora de serviços". Conclusão em contrário encontra óbice na Súmula 7/STJ.
(AgRg no AREsp 746.902/SC, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/10/2015, DJe 23/10/2015)
(AgRg no REsp 1357637/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 17/03/2016, DJe 31/03/2016)
85
1. O Superior Tribunal de Justiça firmou orientação de que somente é admissível o exame do
valor fixado a título de danos morais em hipóteses excepcionais, quando for verificada a
exorbitância ou a índole irrisória da importância arbitrada, em flagrante ofensa aos princípios
da razoabilidade e da proporcionalidade.
3. Quanto à data inicial dos juros moratórios, por tratarem os autos de caso de
responsabilidade contratual, tem-se que a jurisprudência desta eg. Corte é pacífica ao fixar a
data da citação como termo a quo.
(EDcl nos EDcl no AREsp 706.352/MG, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
em 10/03/2016, DJe 30/03/2016)
1. O valor arbitrado a título de danos morais fora estipulado em razão das peculiaridades do
caso concreto, levando em consideração o grau da lesividade da conduta ofensiva e a
capacidade econômica da parte pagadora, a fim de cumprir dupla finalidade: ressarcimento
do prejuízo imposto ao ora Agravado e punição do causador do dano, evitando-se novas
ocorrências.
2. Discute-se nos autos o valor fixado a título de danos morais, decorrente de erro médico,
firmados na instância ordinária no quantum de R$ 80.000,00, que se mostra compatível com
precedentes do STJ: AgRg no AREsp. 598.315/PE, Rel. Min. ASSUSETE MAGALHÃES, DJe
4.9.2015; e AgRg no AREsp. 570.832/GO, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
28.10.2014.
86
4. Agravo Regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 755.535/CE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 17/03/2016, DJe 01/04/2016)
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. OFENSA AOS ARTS. 165, 458 E 535 DO CPC NÃO
CONFIGURADA. RESPONSABILIDADE CIVIL. FALTA DE TRATAMENTO MÉDICO ADEQUADO.
MORTE DO FILHO. DANO MORAL. NEXO CAUSAL COMPROVADO. REDUÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO E DA VERBA HONORÁRIA. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA
7/STJ.
1. Deve ser rejeitada a alegada violação dos arts. 165, 458, II, e 535, II, do CPC, na medida em
que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide, fundamentando seu proceder de acordo
com os fatos apresentados e com a interpretação dos regramentos legais que entendeu
aplicáveis, demonstrando as razões de seu convencimento.
5. Desse modo, avaliar a extensão do dano, sua repercussão na esfera moral da recorrida, a
capacidade econômica das partes, entre outros fatores considerados pelas instâncias
ordinárias, implicaria afronta ao disposto na Súmula 7/STJ, por demandar a análise do
conjunto fático-probatório dos autos.
6. Esta Corte atua na revisão da verba honorária somente quando esta tratar de valor irrisório
ou exorbitante, o que não se configura neste caso. Assim, o reexame das razões de fato que
conduziram a Corte de origem a tais conclusões significa usurpação da competência das
instâncias ordinárias.
(AgRg no AREsp 777.278/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
19/11/2015, DJe 04/02/2016)
87
TRAÇADO. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 3. ANÁLISE DA
DIVERGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PECULIARIDADES DE CADA CASO CONCRETO. 4. VALOR DA
INDENIZAÇÃO. R$120.000,00. CONSONÂNCIA COM OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. 5. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
1. A recorrente não demonstra de que modo o art. 535 do CPC foi violado pelo acórdão
recorrido. Dessa forma, constata-se que a fundamentação apresentada no recurso se mostra
deficiente, atraindo, assim, a incidência do verbete n. 284 da Súmula do Supremo Tribunal
Federal.
2. É vedado em recurso especial o reexame das circunstâncias fáticas da causa, ante o disposto
no enunciado n. 7 da Súmula do STJ: "A pretensão de simples reexame de provas não enseja
recurso especial." 3. Atacar a conclusão do Tribunal de origem e analisar a inexistência de erro
médico na realização do exame, já assentado como comprovado, pois presentes todos os
requisitos ensejadores da responsabilidade subjetiva - demonstração da culpa na conduta da
recorrente, a existência do dano e o nexo de causalidade -, é impossível neste caso, pois seria
necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é obstado em recurso
especial.
4. A divergência jurisprudencial não foi demonstrada diante da falta do devido cotejo analítico
e, principalmente, pela carência de comprovação da similitude fática entre os julgados
confrontados, de maneira que inviável o inconformismo apontado pela alínea c do permissivo
constitucional.
Inviável, portanto, a intervenção do STJ no tocante ao valor fixado nas instâncias ordinárias.
(AgRg no AREsp 513.918/BA, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 15/12/2015, DJe 03/02/2016)
TJRJ
88
0001535-72.2009.8.19.0024 - APELACAO / REEXAME NECESSARIO DES. JUAREZ FOLHES -
Julgamento: 24/02/2016 - DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL
89
0026790-62.2009.8.19.0208 – APELACAO DES. MARIA LUIZA CARVALHO - Julgamento:
16/03/2016 - VIGESIMA SETIMA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
TJRJ
90
Geral: R$3.000,00 a R$4.000,00.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM REPARAÇÃO POR DANOS
MORAIS. ERRO EM EXAME MÉDICO LABORATORIAL. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO.
DANO MORAL CONFIGURADO. RECURSO DA PARTE RÉ A QUE SE NEGA PROVIMENTO, na
forma do art. 557, caput, do CPC. 1 - É cediço que a relação entre médico e paciente é
contratual e encerra, como regra geral, obrigação de meio, o que significa dizer que o
profissional não se responsabiliza pelo resultado final do procedimento, se obrigando apenas a
empregar todos os meios ao seu alcance para consegui-lo. Assim, se o médico não alcançar o
resultado esperado, mas for diligente nos meios empregados para tanto, não será considerado
inadimplente. Todavia, não se pode olvidar que, em se tratando de exames laboratoriais, a
obrigação assumida pelo laboratório é de resultado, e se este não for obtido, o devedor será
considerado inadimplente e deverá responder pelas perdas e danos sofridas pelo consumidor.
2 - No caso, constata-se a flagrante contradição entre o resultado do exame realizado pelo
apelante e a análise conclusiva realizada pelo perito nomeado, asseverando a ocorrência de
equívoco por parte dos réus. 3 - Assim, mostrando-se induvidosa a falha da ré apelante diante
de um diagnóstico errado, impondo à autora desnecessário sofrimento, é inegável o dano
moral indenizável. 4 - No que toca ao quantum, é cediço que a indenização por danos morais
deve ser fixada de acordo com os parâmetros impostos pelos princípios da proporcionalidade
e da razoabilidade, observando os critérios que balizam seu arbitramento, como a repercussão
do dano e a possibilidade econômica do ofensor e da vítima, de modo que se atenda ao
caráter preventivo-pedagógico-punitivo da reparação, mas não se permita o enriquecimento
sem causa. 5 Assim, considerando-se a gravidade dos fatos, entendo acertada a indenização
arbitrada em favor da autora em R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais), posto que em
consonância com o entendimento desta E. 27ª Câmara Cível/Consumidor sobre a matéria.
Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 27/08/2015 (*)
91
BUSCAR OUTRO MÉDICO DE SUA CONFIANÇA PARA REALIZAÇÃO DE NOVO EXAME. ALEGAÇÃO
DE ERRO NO SOFTWARE QUE NÃO PODE SER ACOLHIDO POR SE TRATAR DE FORTUITO
INTERNO, RISCO DA PRÓPRIA ATIVIDADE. CORRETA SENTENÇA AO DETERMINAR A
DEVOLUÇÃO DO VALOR GASTO NA REALIZAÇÃO DO MESMO. QUANTO AO DANO MORAL,
DEVE O MESMO SER REDUZIDO PARA R$ 3.000,00 EM ATENÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. RECURSO AUTORAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO,
PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU.
TJRJ
TJRJ
92
CONFIGURADA. EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE NÃO COMPROVADAS. DANO MORAL
QUE SE VERIFICA IN RE IPSA. VERBA COMPENSATÓRIA (R$ 15.000,00) ADEQUADA AOS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE, SEM OLVIDAR A NATUREZA
PUNITIVO-PEDAGÓGICA DA CONDENAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA POR DECISÃO
MONOCRÁTICA DO RELATOR. AGRAVO, COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 557, § 1º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ERROR IN PROCEDENDO OU ERROR IN JUDICANDO
INEXISTENTES. MAUTENÇÃO DA DECISÃO. RECURSO NÃO PROVIDO.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de ERRO EM
EXAME LABORATORIAL – FALSO POSITIVO HIV: R$ 10.000,00.
93
2. No caso, a modificação do entendimento lançado no v. acórdão recorrido, acerca da
existência de vício no resultado do exame, demandaria o reexame do material fático-
probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 7 do STJ.
3. Quanto ao valor fixado a título de indenização por danos morais, esta Corte Superior firmou
orientação de que é admissível o exame do valor fixado a título de danos morais em hipóteses
excepcionais, quando for verificada a exorbitância ou a índole irrisória da importância
arbitrada, em flagrante ofensa aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, o que
não ocorreu no caso em tela, em que foi fixada indenização, no importe de R$ 10.000,00 (dez
mil reais), decorrente dos graves danos psicológicos sofridos pela recorrida em virtude de
diagnóstico equivocado de doença letal.
(AgRg no AREsp 779.117/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
01/12/2015, DJe 16/12/2015)
TJRJ
94
presente caso. O enfoque jurídico dado pelo v. acórdão foi suficientemente claro, não se
vislumbrando omissão ou contradição a serem sanadas, tendo o acórdão impugnado abordado
todos os pontos relevantes para a solução do conflito. Verifica-se imprestável a via declarativa
para o atendimento da pretensão do ora embargante; outrossim, não é demais lembrar que os
declaratórios não se prestam para questionamentos, mas para dirimir omissões, obscuridades
ou contradições, tampouco servem para alterar a decisão, ressalvada a hipótese do
excepcional efeito infringente, que in casu não se ostenta razoável. Precedentes citados: STJ,
EDcl no AgRg no Ag 1221249/BA, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, julgado
em 17/05/2011, DJe 25/05/2011; EDcl nos EDcl no REsp 1115454/RJ, Rel. Ministro Castro
Meira, Segunda Turma, julgado em 02/09/2010, DJe 22/09/2010; EDcl nos EDcl no AgRg no
REsp 1371835/SP, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em
20/02/2014, DJe 28/02/2014. Rejeição dos embargos de declaração.
TJRJ
STJ
95
RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXAME MÉDICO.
BIÓPSIA. FALSO DIAGNÓSTICO NEGATIVO DE CÂNCER. OBRIGAÇÃO DE RESULTADO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL E DANO ESTÉTICO. CUMULAÇÃO.
POSSIBILIDADE. SÚMULA 387/STJ. DECISÃO AGRAVADA, QUE SE MANTÉM POR SEUS
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
3. No caso, o Tribunal de origem, com base no acervo fático-probatório dos autos, de forma
bem fundamentada, delineou a configuração dos dois danos - o moral e o estético.
4. Nos termos da jurisprudência deste Tribunal Superior, consolidada na Súmula 387 do STJ, é
possível a cumulação de danos morais e estéticos.
5. Nesta feita, a agravante, no arrazoado regimental, não deduz argumentação jurídica nova
alguma capaz de alterar a decisão ora agravada, que se mantém, na íntegra, por seus próprios
fundamentos.
(AgRg no REsp 1117146/CE, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
05/09/2013, DJe 22/10/2013)
Obs.: Indenização por dano moral e estético: R$ 50.160,00 (cinquenta mil, cento e sessenta
reais).
INADIMPLEMENTO CONTRATUAL
STJ
96
1. Aplica-se o prazo prescricional quinquenal previsto na Súmula n.
(AgRg no AREsp 337.335/MS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 08/03/2016, DJe 14/03/2016)
Incidência da Súmula 83/STJ. Precedentes. AgRg no REsp 1408540, REsp 1129881/RJ, REsp
876.527/RJ,.
2. Ainda assim, a Corte Estadual com base na análise acurada dos autos concluiu que o
caso vertente afasta-se de hipótese extraordinária autorizadora à indenização por danos
extramateriais, derruir o entendimento exarado implicaria no revolvimento das matéria
fática e probatória da demanda, o que incide no óbice da Súmula 7/STJ, em ambas alíneas.
(AgRg no AREsp 362.136/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
03/03/2016, DJe 14/03/2016)
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
97
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de SAQUES
INDEVIDOS FEITOS EM CONTA CORRENTE: R$5.000,00.
98
deduzidas pelas partes, se suficientemente fundamentada a decisão, de modo que seja
atendido o preceito constitucional (art. 93, inc. IX). Não obstante, não tenham sido
expressamente citados os dispositivos legais, seu conteúdo serviu de base para a decisão, de
modo que a pretensão de prequestionar já está satisfeita. Responsabilidade Objetiva da ré.
Teoria do Risco do Empreendimento. Art. 14 do CDC. Apelante que não comprovou a
regularidade das movimentações bancárias, ônus que lhe competia, a teor do disposto nos
artigos 333, inciso II do Código de Processo Civil e 14, § 3º da Lei 8.078/90. Fraude perpetrada
por terceiro que não tem o condão de afastar a responsabilidade do fornecedor. Falha na
prestação do serviço. Dever de indenizar. Dano material que deverá ser ressarcido com o
pagamento da quantia de R$ 8.700,00, como corretamente contemplado na sentença. Dano
moral configurado, pois, inegavelmente, o débito indevido de valores na conta da Apelada que
acabaram por ensejar saldo devedor e bloqueio, causa ao consumidor aborrecimentos que
superam os do cotidiano. Valor que deve ser mantido em R$ 5.000,00, pois compatível com a
repercussão dos fatos em discussão. Aplicação da Súmula 343 do TJ/RJ. CONHECE-SE DA
APELAÇÃO INTERPOSTA E, NO MÉRITO, NEGA-SE PROVIMENTO AO RECURSO DA RÉ.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de SAQUES
INDEVIDOS FEITOS EM CONTA CORRENTE: R$ 5.000,00 a R$7.000,00.
1. O quantum indenizatório fixado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), apesar do alto grau de
subjetivismo, observa os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, tendo em vista as
peculiaridades do caso concreto.
2. A presente hipótese se refere a indenização por danos morais decorrente de ato ilícito
contratual, devendo ser fixada a data da citação como termo inicial dos juros de mora.
Precedentes.
(AgRg no REsp 1428541/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 18/02/2016, DJe 07/03/2016)
99
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO BANCÁRIO. SAQUES IRREGULARES NA CONTA CORRENTE DO AUTOR.
1.- A convicção a que chegou o Acórdão recorrido, que entendeu pela comprovação do dano
moral indenizável, decorreu da análise do conjunto fático-probatório, sendo que o
acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do mencionado suporte, obstando
a admissibilidade do Especial à luz da Súmula 7 desta Corte.
2.- A intervenção do STJ, Corte de caráter nacional, destinada a firmar interpretação geral do
Direito Federal para todo o país e não para a revisão de questões de interesse individual, no
caso de questionamento do valor fixado para o dano moral, somente é admissível quando o
valor fixado pelo Tribunal de origem, cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre
teratólogico, por irrisório ou abusivo.
4.- O agravante não trouxe nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a
qual se mantém por seus próprios fundamentos.
(AgRg no AREsp 201.211/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em
28/08/2012, DJe 17/09/2012)
Precedentes.
2. Na hipótese dos autos, a indenização por danos morais é decorrente de ato ilícito
contratual, logo, contam-se os juros de mora a partir da citação.
(AgRg no REsp 628.377/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 21/03/2013, DJe 26/03/2013)
100
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
1. Inexiste afronta ao art. 535 do CPC quando o acórdão recorrido analisou todas as questões
pertinentes para a solução da lide, pronunciando-se, de forma clara e suficiente, sobre a
controvérsia estabelecida nos autos.
2. "As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou
delitos praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou
recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -,
porquanto tal responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como
fortuito interno" (REsp n. 1.199.782/PR, Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 24/8/2011, DJe 12/9/2011 - julgado sob a sistemática do art. 543-C do
CPC).
4. O Tribunal de origem, com base nos elementos probatórios dos autos, concluiu que houve
falha na prestação do serviço, motivo pelo qual devida indenização por dano moral. Alterar
esse entendimento é inviável em recurso especial, de acordo com a referida súmula.
5. A análise da insurgência contra o valor arbitrado a título de indenização por danos morais
esbarra na vedação prevista no mesmo enunciado. Apenas em hipóteses excepcionais, quando
manifestamente irrisória ou exorbitante a quantia fixada, é possível a revisão do quantum por
esta Corte, situação não verificada no caso dos autos.
(AgRg no AREsp 745.052/MG, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,
julgado em 19/11/2015, DJe 27/11/2015)
101
Devolução indevida de cheque
TJRJ
102
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. PRECEDENTES DESTA CORTE DE JUSTIÇA ACERCA
DO TEMA. RECURSO A QUE SE NEGOU SEGUIMENTO NA FORMA DO ARTIGO 557, CAPUT, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. REEXAMINADA A QUESTÃO, ESTE ÓRGÃO VERIFICOU QUE NÃO
HÁ QUALQUER MODIFICAÇÃO A SER FEITA NO JULGADO. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO
Ação de indenização por dano moral que a Autora teria sofrido em decorrência da inclusão
indevida de seu nome em cadastros restritivos de crédito, em razão da devolução de cheques,
por ela não emitidos, após o encerramento de sua conta corrente. Sentença que confirmou a
tutela antecipada deferida para determinar a exclusão do nome e CPF da Autora dos cadastros
do SERASA e SPC-CDL, no prazo de cinco dias, sob pena de multa única de R$10.000,00,
condenando o Réu ao pagamento de R$ 10.000,00, à título de indenização por dano moral,
além das despesas processuais e honorários advocatícios de 10% sobre o valor total da
condenação. Apelação do Réu. Responsabilidade objetiva. Apelante que não comprovou a
entrega à Apelada do respectivo talonário de cheques ou a ressalva de sua não devolução
quando do encerramento da conta, ônus que lhe incumbia, com fulcro no artigo 333, inciso II
do Código de Processo Civil e no artigo 14, § 3º da Lei 8078/90, ou, ainda, que os títulos foram
por ela emitidos, sendo certo que as assinaturas apostas nos cheques são distintas da
consumidora. Falha na prestação de serviço. Dano moral configurado. O montante de R$
10.000,00, arbitrado na sentença, deve ser mantido, pois se mostra compatível com a
repercussão advinda da indevida inscrição e manutenção dos dados da Apelada em cadastro
restritivo de crédito. Inteligência do enunciado 116 do Aviso TJ 52/2012. Pedido de majoração
dos honorários advocatícios formulado em contrarrazões que não se conhece porque não
adotada a via recursal adequada. Desprovimento da apelação.
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de DEVOLUÇÃO
INDEVIDA DE CHEQUE: R$10.000,00.
103
CPC. NÃO CARACTERIZAÇÃO. ART. 944 DO CC. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DANOS
RESULTANTES DE INDEVIDA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE. QUANTUM INDENIZATÓRIO
RAZOÁVEL. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Não se constata a alegada violação ao art. 535 do CPC, na medida em que a eg. Corte de
origem dirimiu, fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas. De fato, inexiste
omissão no aresto recorrido, porquanto o Tribunal local, malgrado não ter acolhido os
argumentos suscitados pela parte recorrente, manifestou-se expressamente acerca dos temas
necessários à integral solução da lide.
2. O valor estabelecido pelas instâncias ordinárias a título de indenização por danos morais
pode ser revisto nas hipóteses em que a condenação se revelar irrisória ou exorbitante,
distanciando-se dos padrões de razoabilidade, o que não se evidencia no caso em tela.
3. No caso, o valor da indenização por danos morais, arbitrado em R$ 10.000,00 (dez mil reais),
não é irrisório nem desproporcional aos danos sofridos pelo agravado decorrentes da
devolução indevida de cheque.
(AgRg no AgRg no AREsp 781.148/MT, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
em 16/02/2016, DJe 24/02/2016)
2. Ademais, a revisão do julgado, conforme pretendida, encontra óbice na Súmula 7/STJ, por
demandar o vedado revolvimento de matéria fático-probatória.
(AgRg no AREsp 170.092/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
19/06/2012, DJe 29/06/2012)
104
Cobrança Indevida Em Cartão De Crédito
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de COBRANÇA
INDEVIDA POR CARTÃO DE CRÉDITO: R$ 4.000,00.
Ementa: RICARDO DE ANDRADE OLIVEIRA - CAPITAL 2a. TURMA RECURSAL DOS JUI ESP
CIVEIS Segunda Turma Recursal Cível n°: 1697-30.2014.8.19.0206 Recorrente : WILDNER
BRILHANTE DE ALBUQUERQUE E OUTRA Recorrido : BANCO ITAUCARD S/A VOTO Autores que
reclamam de cobranças indevidas em cartão de crédito. Desnecessidade de realização de
perícia para a solução do feito. Cabia ao réu demonstrar que o cartão foi utilizado pela 2ª
autora, prova esta que não foi feita. Extinção do feito que se afasta, causa madura para
julgamento. Aplicação do art. 515, § 3º do CPC, com análise do mérito diretamente pela Turma
Recursal. Autores que têm direito ao cancelamento do débito existente, além de indenização a
título de dano moral, em valor módico. Sentença que se reforma. Isto posto, VOTO no sentido
de afastar a extinção do feito e, no mérito, dar parcial provimento ao recurso para condenar o
réu a cancelar todo e qualquer débito vinculado aos cartões de finais 3097 e 6192, em vinte
dias a contar de sua intimação em execução, sob pena de pagar em dobro por cobrança que
venha a realizar. Condeno o réu a pagar aos autores, a título de dano moral, o valor total de
R$4.000,00, com juros a contar da citação e correção monetária desde a publicação do
acórdão. Sem honorários. Rio de Janeiro, 30 de junho de 2015. Ricardo de Andrade Oliveira
Juiz Relator. Data de julgamento: 01/04/2016. Data de publicação: 05/04/2016
105
do autor nos cadastros restritivos. Impossibilidade de aferir as afirmações da Empresa Ré que
não produz lastro probatório mínimo para respaldar suas afirmativas. Inteligência do artigo
333, II do CPC. Falha na prestação do serviço. Violação à boa-fé objetiva. Dano Moral
configurado. Súmula 89 do TJRJ. Verba indenizatória arbitrada em valor R$6.000 (seis mil reais)
que somente não será majorada, por ausência de recurso da parte autora. Precedentes do STJ
e desta Corte. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de TEMPO DE
ESPERA EM FILA DE BANCO – APROXIMADAMENTE 2 HORAS: R$2.000,00.
pelação Cível. Consumidor. Ação Indenizatória. Serviços bancários. Tempo de espera em fila de
banco de 1 hora e 38 minutos, quando a lei estipula o máximo de 20 minutos. Sentença que
julgou procedente o pedido. Dano moral arbitrado em R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Inconformismo do banco réu que não merece prosperar. Falha na prestação do serviço. Teoria
do risco administrativo. Violação ao disposto na Lei Estadual nº 4.223/03, que limita o prazo
máximo de espera para atendimento bancário em vinte minutos. Dano moral configurado. A
espera em fila de banco por tempo muito acima do previsto em lei é situação desagradável
geradora de aborrecimento, que atenta contra a dignidade da pessoa humana, com evidente
desgaste emocional e físico daquele que espera atendimento. Verba indenizatória arbitrada
dentro dos parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade e dentro da média dos valores
arbitrados por esta Corte em casos semelhantes. Sentença mantida. APELAÇÃO A QUE SE
NEGA PROVIMENTO. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 03/12/2014 (*)
106
ou estadual, não é hábil a, por si só, provocar sofrimento moral, humilhação, angústia ou abalo
psicológico, ou seja, não constitui, aprioristicamente, afronta ao direito da personalidade. -
Nesse sentir, considerando que a parte autora aguardou por duas horas para realizar uma
simples transação bancária, verifica-se a incidência de um transtorno que ultrapassa o mero
aborrecimento cotidiano, haja vista que a demora na prestação do serviço, na forma ocorrida,
afigura-se injustificada e irrazoável. - Deve-se acrescentar que as provas acostadas aos autos
comprovam que o autor encontrava-se recém-operado, fato este que imporia ao réu a
obrigação de oferecer-lhe um tratamento diferenciado e, efetivamente, prioritário. - À conta
de tais fundamentos, entendo que a situação perquirida traduz a ocorrência de um dano de
ordem moral, passível de reparação. - O quantum indenizatório deve obedecer aos critérios de
proporcionalidade e razoabilidade. Considerando a hipótese fática dos autos, conclui-se que o
montante fixado, de R$ 2.000,00 (dois mil reais), encontra-se consentâneo com os usualmente
arbitrados pela jurisprudência desta Corte, além de estar em conformidade com os princípios
da razoabilidade e da proporcionalidade. - Sentença que se mantém. RECURSO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO, NOS TERMOS DO ARTIGO 557, CAPUT , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Decisão
Monocrática - Data de Julgamento: 18/09/2014 (*)
TJRJ
Mas, se foi pedido que exibisse os bens, cartão de correntista e levantasse a blusa: R$
10.000,00.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AGRAVO RETIDO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
DIREITO DO CONSUMIDOR. - Autor alega que passou por constrangimento quando foi
impedido de entrar em agência bancária em razão do travamento reiterado da porta giratória.
Relação de consumo caracterizada. - Agravo retido não apreciado por violação ao art. 523, §1º,
CPC. Deferimento de inversão do ônus da prova que não afasta o dever do autor de apresentar
um início de prova do direito alegado, o que não ocorreu. - Não comprovação dos fatos
constitutivos do direito afirmado. - Falha na prestação de serviço não caracterizada. - Banco
atuou em exercício regular do direito. Travamento de porta giratória que somente configura
dano moral quando caracterizado o excesso do réu na sua atuação, o que não ocorreu na
hipótese. - Dano moral não configurado. Sentença mantida. RECURSO A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO, NOS TERMOS DO ART.557, “CAPUT”, DO CPC. Decisão Monocrática - Data de
Julgamento: 16/04/2015
107
0156367-30.2012.8.19.0001 – APELAÇÃO CÍVEL – 1ª Ementa DES. MARCELO ANÁTOCLES –
Julgamento: 20/08/2014 – VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR EMENTA:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. TRAVAMENTO DE PORTA GIRATÓRIA. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. APELO DO RÉU. INCONTROVERSO NOS AUTOS O TRAVAMENTO
DA PORTA GIRATÓRIA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. TEORIA DO RISCO DO
EMPREENDIMENTO. AUTOR IMPEDIDO DE ENTRAR NO BANCO, MESMO TENDO SE
DESPOJADO DE SEUS BENS, EXIBIDO CARTÃO DE CORRENTISTA E LEVANTADO A BLUSA PARA
DEMONSTRAR AUSÊNCIA DE OBJETO DE METAL. DANO MORAL “IN RE IPSA”, QUE DECORRE
DA LESÃO À INTEGRIDADE FÍSICA DA PARTE AUTORA. ENTREMENTES, O VALOR FIXADO PARA
COMPENSAÇÃO DEVE SER REDUZIDO DE R$ 20.000,00 (VINTE MIL REAIS) PARA R$ 10.000,00
(DEZ MIL REAIS), EM OBSERVÃNCIA À RAZOABILIDADE E EM CONSONÂNCIA COM A
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SENTENÇA QUE SE REFORMA EM PARTE. PARCIAL
PROVIMENTO DO RECURSO, NA FORMA DO ART 557, §1º-A, DO CPC. Decisão Monocrática -
Data de Julgamento: 20/08/2014 Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 22/10/2014
108
configurados. “Quantum” indenizatório no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), compatível
com a reprovabilidade da conduta ilícita. Sentença que não merece reforma. Precedentes
citados: 0007953-63.2007.8.19.0002 – APELAÇÃO – DES. MÁRIO ASSIS GONCALVES –
Julgamento: 01/04/2013 – TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; 0042378- 08.2010.8.19.0004 –
APELAÇÃO – DES. ROBERTO GUIMARÃES – Julgamento: 20/02/2013 – DÉCIMA PRIMEIRA
CÂMARA CÍVEL. DESPROVIMENTO DO RECURSO. Decisão Monocrática - Data de Julgamento:
19/11/2013
STJ
2. Não caracteriza ato ilícito passível de indenização por dano moral o simples travamento da
porta giratória na passagem de policial militar armado, ainda que fardado.
(REsp 1444573/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Rel. p/ Acórdão Ministro JOÃO
OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/09/2014, DJe 17/09/2014)
DESCARGA ELÉTRICA
Descarga elétrica – morte de animal
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de DESCARGA
ELÉTRICA E MORTE DE ANIMAIS: R$3.000,00.
109
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA EM FACE DA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA.
MORTE DE DUAS VACAS LEITEIRAS ELETROCUTADAS POR FIO DE ALTA TENSÃO. PRETENSÃO DE
INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MATERIAIS, LUCROS CESSANTES E DANOS MORAIS ¿ SENTENÇA
DE PROCEDÊNCIA ¿ MANUTENÇÃO ¿ FICOU COMPROVADO QUE A MORTE DAS VACAS DO
DEMANDANTE, PEQUENO PRODUTOR RURAL, DECORREU DE DESCARGA ELÉTRICA DIANTE DO
FIO QUE SE DESPRENDEU DO POSTE NA LOCALIDADE RURAL ¿ PROVA TESTEMUNHAL E
DOCUMENTAL QUE CORROBORAM OS FATOS NARRADOS NA INICIAL ¿ RESPONSABILIDADE
CIVIL OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA RÉ, DECORRENTE DE OMISSÃO ESPECÍFICA, UMA VEZ
QUE A DEMANDADA TINHA O DEVER DE GARANTIR A SEGURANÇA AOS PEDESTRES E ANIMAIS
QUE ALI CIRCULAM, CONSERVANDO OS POSTES DE ENERGIA ¿ ART. 37, §6º, DA CF ¿ DANO
MATERIAL, VALOR DAS VACAS, E LUCROS CESSANTES CONSISTENTES NOS LITROS DE LEITE
PRODUZIDOS POR DIA, DEVIDAMENTE COMPROVADOS ¿ DANO MORAL FIXADO EM
R$3.000,00 QUE SE ENCONTRA RAZOÁVEL E PROPORCIONAL - RECURSO DESPROVIDO. Íntegra
do Acórdão - Data de Julgamento: 10/12/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento:
11/03/2015
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de DESCARGA
ELÉTRICA E MORTE POR FIO ENERGIZADO SOLTO: R$ 50.000,00 a R$ 150.000,00.
110
descarga elétrica proveniente de fio energizado solto em campo de futebol localizado em área
residencial. 3. Ausente comprovação de prática de ato comissivo ou omissivo por parte da
segunda ré (Light), referente ao evento danoso, sua responsabilidade, in casu, deve ser
afastada. 4. Dano moral configurado, cujo quantum indenizável fixado, R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), encontra-se em consonância com os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. 5. A reciprocidade na sucumbência foi corretamente reconhecida diante da
rejeição do pedido autoral de reparação por dano material (pensionamento). 6. Necessidade
de reparos, de ofício, na sentença no que concerne ao índice de correção monetária. 7. Nego
seguimento a ambos os apelos, na forma do artigo 557, caput, do CPC, e, de ofício, promovo
reparo na sentença apenas para que a correção monetária seja calculada com base na variação
do IPCA, a contar da publicação da sentença. Decisão Monocrática - Data de Julgamento:
03/11/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 26/11/2014 (*)
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de DESCARGA
ELÉTRICA e morte de menor: R$ 150.000,00.
111
1. Na hipótese em exame, aplica-se o Enunciado 2 do Plenário do STJ: "Aos recursos
interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de
2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça." 2. Não se
constata a alegada violação ao art. 535 do CPC, na medida em que a eg. Corte de origem
dirimiu, fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas. De fato, inexiste
omissão no aresto recorrido, porquanto o Tribunal local, malgrado não ter acolhido os
argumentos suscitados pela parte recorrente, manifestou-se expressamente acerca dos temas
necessários à integral solução da lide.
Súmula 7/STJ.
5 In casu, o valor da indenização por danos morais, a ser pago solidariamente pelas
concessionárias, arbitrado em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para cada um dos
pais, não é exorbitante nem desproporcional às peculiaridades do caso concreto, em que
ocorreu a morte, por eletrocussão, do filho dos agravados.
(AgRg no AREsp 735.377/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
05/05/2016, DJe 17/05/2016)
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de QUEDA DE
ANTENA TELEFÔNICA SOBRE IMÓVEL: R$ 25.000,00.
112
1. A revisão de indenização por danos morais só é viável em recurso especial quando o valor
fixado nas instâncias locais for exorbitante ou ínfimo. Salvo essas hipóteses, incide a Súmula n.
7 do STJ, impedindo o conhecimento do recurso.
(AgRg no AREsp 811.444/CE, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 04/02/2016, DJe 18/02/2016)
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ERRO
JUDICIÁRIO/PRISÃO ILEGAL:
Preso ilegalmente – mandado de prisão que deveria ter sido recolhido: R$ 10.000,00.
Ação de Responsabilidade Civil. Autor, preso ilegalmente, em razão de mandado de prisão que
deveria ter sido recolhido. Sentença de procedência, condenando o réu ao pagamento de R$
10.000,00 (dez mil reais), a título de compensação por danos morais. Apelo do réu.
Responsabilidade objetiva do Estado ¿ art. 37, §6º da Constituição Federal. Comprovação do
dano e do nexo de causalidade. Configuração do dano moral, através da angústia, vexame,
constrangimento, vergonha, sentimentos pelos quais passou o autor diante da prisão ilegal.
Verba indenizatória que deve ser fixada, com especial atenção para a extensão do dano, bem
como condições pessoais do ofendido, condições econômicas do réu, tudo em observância aos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Valor indenizatório de R$ 10.000,00 (dez mil
reais) que não desafia alteração, nos termos do art. 557 do CPC, NEGA-SE PROVIMENTO AO
RECURSO, mantidos os demais termos da sentença. Decisão Monocrática - Data de
Julgamento: 03/09/2015 (*)
113
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. PRISÃO CAUTELAR COM DURAÇÃO
DE QUATRO ANOS E SETE MESES. ABSOLVIÇÃO POSTERIOR. DEMORA INJUSTIFICÁVEL
EQUIPARÁVEL A ERRO JUDICIÁRIO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO. 1. Pelo
prisma da dignidade da pessoa humana, devido processo legal e duração razoável do processo,
equipara-se ao erro judiciário manter-se a prisão cautelar de indivíduo, ao final absolvido, por
quatro anos, sete meses e quatro dias. A ilegalidade decorre da própria duração da prisão
cautelar, que, além de não encontrar qualquer justificativa razoável no ordenamento jurídico,
revela, com triste nitidez, o drama da morosidade da Justiça. 2. A jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça somente afasta a responsabilidade civil do Estado se a prisão cautelar, com
posterior absolvição, houver sido realizada dentro dos limites legais, o que não se verificou no
presente caso. 3. Colhe-se da doutrina que "a ampliação da responsabilidade estatal, com
vistas a tutelar a dignidade das pessoas, sua liberdade, integridade física, imagem e honra, não
só para casos de erro judiciário, mas também de cárcere ilegal e, igualmente, para hipóteses
de prisão provisória injusta, embora formalmente legal, é um fenômeno constatável em
nações civilizadas, decorrente do efetivo respeito a esses valores" (Roberto Delmanto Junior -
in "As Modalidades de Prisão Provisória e seu Prazo de Duração - 2ª edição - Renovar - páginas
377/386). 4. Indenização moral que deve ser fixada em observância aos princípios da
razoabilidade e moderação, notadamente quando vencido o Estado que, em última análise, é a
própria sociedade. 5. Provimento parcial do recurso do Autor para condenar a parte ré ao
pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais),
com correção monetária a partir desta data e juros do trânsito em julgado da sentença
absolutória, bem como custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o
valor da condenação. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 08/04/2015 (*) Íntegra do
Acórdão - Data de Julgamento: 19/08/2015
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de ERRO
114
JUDICIÁRIO/PRISÃO ILEGAL: R$ 15.000,00.
PROTESTO INDEVIDO
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de PROTESTO
INDEVIDO DE DÍVIDA JÁ QUITADA: R$8.000,00 a R$12.000,00.
115
fático-probatório, procedimento vedado na estreita via do recurso especial, a teor da Súmula
nº 7/STJ.
(AgRg no AREsp 764.076/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 17/03/2016, DJe 31/03/2016)
116
(AgRg no AREsp 764.076/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 17/03/2016, DJe 31/03/2016)
1. É inviável o recurso especial quando ausente o prequestionamento dos temas insertos nos
dispositivos da legislação federal apontados como violados. Incidência das Súmulas 282 e 256
do STF.
2. Nos termos da jurisprudência do STJ, "nos casos de protesto indevido de título ou inscrição
irregular em cadastros de inadimplentes, o dano moral se configura in re ipsa, isto é, prescinde
de prova, ainda que a prejudicada seja pessoa jurídica" (REsp 1.059.663/MS, Rel. Min. NANCY
ANDRIGHI, DJe de 17/12/2008).
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de PROTESTO
INDEVIDO DE DÍVIDA JÁ QUITADA: R$8.000,00 a R$10.000,00.
117
INICIAL DE INCIDÊNCIA EVENTO DANOSO, EX VI LEGIS, O VERBETE Nº 54 DA SÚMULA DO STJ -
REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA - APELO DA RÉ - PREPARO INTEMPESTIVO - NÃO
CONHECIMENTO. 1. Negativação do nome da empresa Autora no cadastro de maus pagadores,
bem como protestos indevidos de duplicatas referentes à dívida já quitada. 2. Sentença de
parcial procedência do pedido, condenação em danos morais, arbitramento no valor de R$
8.000,00. 3. Apelo da autora pretendendo majorar a verba extrapatrimonial e a incidência dos
juros de mora a contar do evento danoso, e não da citação, como disse a sentença. 4. Dano
moral. Quantum arbitrado em valor razoável e proporcional, tendo observado as
circunstâncias específicas do caso. Observância do caráter pedagógico/punitivo/preventivo da
medida. Valor deR$ 8.000,00 que não importa em enriquecimento sem causa da parte
beneficiada. 5. Juros de mora da verba imaterial. Termo de incidência que flui do evento
danoso, por se tratar de relação jurídica extracontratual. Verbete nº 54 da Súmula do STJ. 6.
Recurso da ré que não se conhece, em razão da intempestividade do preparo. DEIXO DE
CONHECER DO RECURSO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. CONHEÇO E DOU PARCIAL
PROVIMENTO AO RECURSO DA AUTORA, NA FORMA DO ART. 557, § 1º-A, DO CPC.
APELAÇÕES CÍVEIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PROTESTO INDEVIDO. DÍVIDA QUITADA. TUTELA
ANTECIPADA CONCEDIDA PARA BAIXA DO PROTESTO EM NOME DO AUTOR E QUE O RÉU SE
ABSTIVESSE DE INCLUIR O NOME DO AUTOR NOS CADASTROS RESTRITIVOS DE CRÉDITO, SOB
PENA DE POSTERIOR COMINAÇÃO DE MULTA DIÁRIA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO
INICIAL. APELO DE AMBAS AS PARTES. AUTOR QUE COMPROVA ESTAR QUITE COM O
PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES, OBJETO DO PROTESTO. BANCO DEMANDADO QUE NÃO
PROVOU QUALQUER FATO EXTINTIVO, MODIFICATIVO OU IMPEDITIVO DO DIREITO DO
DEMANDANTE, CONFORME EXIGIDO PELO ARTIGO 333, INCISO II, DO CPC. RESPONSABILIDADE
CIVIL OBJETIVA DO BANCO RÉU. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. APLICAÇÃO DO ARTIGO
14, DA LEI 8.078/90 (CDC). DANO MORAL CONFIGURADO IN RE IPSA. VERBA INDENIZATÓRIA
FIXADA EM R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS) QUE DEVE SER MAJORADA PARA R$ 10.000,00 (DEZ
MIL REAIS), OBSERVANDO-SE O VIÉS PREVENTIVO-PEDAGÓGICO-PUNITIVO DA REPARAÇÃO E
OS PRECEDENTES DESTA CORTE DE JUSTIÇA EM HIPÓTESES CONGÊNERES. RECURSO DO RÉU A
QUE SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, DO CPC. APLICAÇÃO DO
118
ENTENDIMENTO PACIFICADO NO ENUNCIADO 65, DO AVISO 100/2011. RECURSO DO AUTOR A
QUE SE DÁ PROVIMENTO, NA FORMA DO ART. 557, §1º-A, DO CPC.
TJRJ
STJ
119
conta-corrente ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de
documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade decorre do risco do
empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno".
2. Está pacificado nesta eg. Corte que a inscrição indevida em cadastro negativo de crédito,
por si só, configura dano in re ipsa.
3. É pacífico o entendimento desta eg. Corte de Justiça de que o valor estabelecido pelas
instâncias ordinárias pode ser revisto nas hipóteses em que a condenação se revelar irrisória
ou exorbitante, distanciando-se dos padrões de razoabilidade, o que não se verifica no
presente caso, em que foi fixado o montante de R$ 10.000,00, a título de danos morais,
decorrente de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes.
(AgRg no AREsp 722.226/MG, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
17/03/2016, DJe 12/04/2016)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de PROTESTO
INDEVIDO EM VIRTUDE DE TÍTULO PRESCRITO: R$ 8.000,00.
120
APELAÇÃO. DIREITO CAMBIAL E DO CONSUMIDOR. PROTESTO DE TÍTULO PRESCRITO.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO CEDENTE E DO CESSIONÁRIO DO TÍTULO. COBRANÇA
ABUSIVA. DANO MORAL. 1. A relação que ora se apresenta é de consumo advindo
responsabilidade objetiva e solidária da ré e da sociedade empresária a quem foi cedido o
suposto crédito, nos termos do parágrafo único do art. 7º do C.D.C. 2. O protesto é ato formal
que busca a prova da inadimplência e do descumprimento de obrigação originada em título,
tal ato obviamente é intentado por aquele que possui o título e tem interesse no recebimento
de seu crédito, tendo portanto estreita relação com as ações cambiárias, aplicando-se ao caso
a norma especial prevista na lei 7.357/85. Na hipótese, entre a emissão do cheque em questão
e o protesto do mesmo decorreram mais de 15 anos esgotados, portanto, os prazos de
apresentação, de execução e da ação de enriquecimento em face do emitente conforme arts.
33 , 59 e 61 da lei 7.357/85 pelo que se mostra tal cheque claramente prescrito. 3. Cumpre
bem notar que o enunciado nº 236 da Súmula desta Corte assim informa: "São destinados a
protesto, na forma da Lei 9.492/1997, títulos e documentos de dívidas não prescritos, ainda
que desprovidos de eficácia executiva". Não demonstra a ora apelante que o alegado endosso
translativo se deu ao tempo em que o título ainda era exequível. 4. O protesto do título já
prescrito - tanto para a ação de execução, quanto para a de enriquecimento e mesmo para a
cobrança fundada exclusivamente no título de crédito - configura forma de cobrança abusiva,
nos termos do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. 5. Inegável que tal protesto
indevido acarreta dano moral na medida em que implica restrições à vida financeira do
consumidor, servindo apenas como constrangimento abusivo ao pagamento, observando-se
aqui o entendimento já consolidado na sumula 89 deste Tribunal. Nestas circunstâncias, justo
e adequado ao caso o valor arbitrado pelo sentenciante de R$8.000,00 que, portanto, deve ser
mantido. 6. Recurso desprovido.
TJRJ
121
em 08/06/2011 e 29/06/2011. - É entendimento desta Corte e do Superior Tribunal de Justiça
que não resta configurado o dano moral na hipótese de preexistência de anotações nos
cadastros restritivos de crédito em nome da demandante, considerando a licitude dessas
outras inscrições. - A 2ª Seção do STJ, sob a orientação de que, embora extraídos de ações
voltadas contra cadastros restritivos, o fundamento dos precedentes da Súmula nº 385 - quem
já é registrado como mau pagador não pode se sentir moralmente ofendido por mais uma
inscrição do nome como inadimplente em cadastros de proteção ao crédito - aplica-se
também às ações dirigidas contra supostos credores que efetivaram inscrições irregulares,
sendo tal fundamentação da súmula aplicada à hipótese. - A parte autora não logrou êxito em
comprovar sequer que tais débitos encontram-se sub judice, com vistas a criar uma presunção
relativa da ilegitimidade das anotações preexistentes. Depreende-se assim que não se
desincumbiu do ônus que lhe cabia por força do artigo 333, inciso I, do Código de Processo
Civil. - Não merece censura a decisão vergastada, devendo ser mantida por seus próprios
fundamentos. AGRAVO INOMINADO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. TJRJ, 0013411-
49.2012.8.19.0208 – APELACAO, DES. TEREZA C. S. BITTENCOURT SAMPAIO - Julgamento:
17/02/2016 - VIGESIMA SETIMA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR.
STJ
122
1. Admitem-se como agravo regimental embargos de declaração opostos a decisão
monocrática. Princípios da economia processual e da fungibilidade.
2. "Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento" (Súmula
n. 385/STJ).
3. A Súmula n. 385/STJ também é aplicada às ações voltadas contra o suposto credor que
efetivou inscrição irregular.
(EDcl no AREsp 709.162/RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 15/03/2016, DJe 28/03/2016)
1. "Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por
dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento"
(enunciado 385 da Súmula do STJ).
(AgRg no REsp 1516602/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado
em 10/03/2016, DJe 16/03/2016)
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de AUSÊNCIA
DE PRÉVIA NOTIFICAÇÃO DA INSCRIÇÃO: R$5.000,00.
123
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DANO MORAL. AUSÊNCIA DE
PRÉVIA NOTIFICAÇÃO DA INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO
AO CRÉDITO. VALOR COMPENSATÓRIO MAJORADO. REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
2. Na espécie, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) arbitrado a título de danos morais por falta de
notificação prévia da inscrição em cadastro restritivo não reflete os parâmetros regulares
desta Casa, motivo pelo qual se majorou o quantum da compensação para R$ 5.000,00 (cinco
mil reais). Precedentes.
(AgRg no AREsp 811.028/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
23/02/2016, DJe 07/03/2016)
2. Na espécie, o valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) arbitrado a título de danos morais
por falta de notificação prévia da inscrição em cadastro restritivo não reflete os parâmetros
regulares desta Casa, motivo pelo qual se majorou o quantum da compensação para R$
5.000,00 (cinco mil reais). Precedentes.
(AgRg no AgRg no AREsp 667.135/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
em 19/05/2015, DJe 18/06/2015)
124
2. Na espécie, a indenização por danos morais fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mostra-
se adequada e coadunante a precedentes desta Corte.
(AgRg no AREsp 551.836/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
05/03/2015, DJe 11/03/2015)
QUEDA EM HOSPITAL
TJRJ
125
juros legais contados da citação, e de atualização monetária a partir da publicação do julgado,
consoante súmula 97 do TJRJ. 2. Na seara da responsabilidade civil relacionada à
Administração Pública, prevalece em nosso ordenamento jurídico, por força da norma
constitucional prevista no art.37, §6º, a teoria objetiva, consoante a qual basta simples
comprovação do fato administrativo (conduta comissiva ou omissiva) e da relação de
causalidade entre esse e o dano suportado para que se configure a responsabilidade dos entes
públicos e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. 3. O cotejo
probatório converge no sentido de que, de fato, a vítima veio a falecer em decorrência da
queda sucedida durante o atendimento no local, quando se encontrava aos cuidados da
equipe médico-hospitalar, já que a sua genitora foi impedida, por intermédio de força física, de
realizar o acompanhamento de seu filho durante a consulta, prestando-lhe os cuidados
necessários, apesar de informar ser o mesmo portador de necessidades especiais. 4. Evidente
deficiência no atendimento médico prestado o filho da autora, não logrando êxito o
nosocômio em afastar sua responsabilidade pelo falecimento da vítima, ônus que lhe
incumbia. 5. Verba reparatória fixada em respeito aos elementos constantes dos autos.
Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade respeitados. 6. Recurso ao qual se nega
provimento. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 10/03/2015 (*)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de QUEDA EM
VIA PÚBLICA:
Ementa: Apelação Cível. Reexame Necessário. Ação de indenização por danos morais e
materiais. Queda em buraco localizado em logradouro público. Autora que fraturou a perna e
foi submetida a procedimento cirúrgico para colocação de seis parafusos e placa de platina .
Sentença de procedência parcial do pedido, condenando o réu ao pagamento de R$10.000,00
(dez mil reais) a título de danos morais e julgando o pedido de danos materiais improcedente.
Ilegitimidade passiva não configurada. Réu responsável pela obra de saneamento efetuada e
pela manutenção das vias públicas transitáveis. Omissão específica demonstrada. O STJ já
decidiu que a falta no cumprimento do dever de manutenção da via pública pela
Municipalidade caracteriza a conduta negligente da Administração Pública e a torna
responsável pelos danos advindos dessa omissão. Dano moral configurado e arbitrado em
observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Reforma da sentença em
sede de reexame necessário. Juros moratórios que devem incidir a partir do evento danoso.
126
Súmula 54 do STJ. Impõe-se o reconhecimento da sucumbência recíproca, na medida em que a
parte autora decaiu de parte substancial do pedido formulado na exordial. Município que faz
jus à isenção ao pagamento das despesas processuais, excetuando-se a taxa judiciária. Art. 17,
inciso IX da Lei nº 3.350/99. Enunciado 42 do FETJ. Por fim, esclarece-se que os juros
moratórios devem ser calculados com base no índice oficial de remuneração básica e juros
aplicados à caderneta de poupança, nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação da
Lei 11.960/09. No que se refere à correção monetária, deve ser aplicada a taxa referencial até
25/03/2015, incidindo a partir de então o IPCA-E como índice de atualização, conforme
modulação temporal que decorre da decisão prolatada pelo STF na ADI 4357/DF. Precedentes.
Recurso a que se nega seguimento e sentença que se reforma em sede de reexame necessário,
nos termos do art. 557, caput e §1º-A, do Código de Processo Civil. Decisão Monocrática - Data
de Julgamento: 04/09/2015 (*)
TJRJ
127
0381752-30.2011.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. FERNANDO FERNANDY FERNANDES -
Julgamento: 05/08/2015 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL. QUEDA EM RAZÃO
DE BUEIRO DESTAMPADO NA CALÇADA. LESÃO NO JOELHO. NEXO DE CAUSALIDADE.
ALEGAÇÕES AUTORAIS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. DEVER DE INDENIZAR.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. NEGLIGÊNCIA DO
ENTE MUNICIPAL. NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS. OMISSÃO GENÉRICA.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E SUBSIDIÁRIA DO ESTADO. Ação indenizatória em razão de
queda sofrida pelo apelante em bueiro sem tampa e cercado de mato na calçada na Estrada
Trevo das Missões no Município de Duque de Caxias, o que lhe causou lesões no joelho.
Verossimilhança das alegações autorais, restando comprovada, por laudo pericial, a existência
do nexo de causalidade entre a queda do bueiro e o prejuízo experimentado pela recorrente.
Como concessionária de serviço público, a Light, segunda ré, responde objetivamente pelos
danos. Cuidando-se de omissão genérica, a responsabilidade do poder concedente, Município
de Duque de Caxias, é subsidiária por conta da negligência ao não proceder a correta
manutenção de seu passeio público e fiscalização da concessionária. A autora experimentou
mais do que mero dissabor decorrente do acidente e das lesões sofridas, o que justifica a
indenização pelos danos morais. Observados os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, comporta a fixação em R$5.000,00 (cinco mil reais) o valor da reparação. A
indenização por dano material comprovado também comporta provimento. Reforma da
sentença. Decisão monocrática. Artigo 557, §1-A, do Código de Processo Civil. Condenação da
segunda ré, LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE SA, ao pagamento da indenização a título de
dano material e moral. Condenação subsidiária do MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS.
128
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Decisão Monocrática - Data de Julgamento:
13/05/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 23/06/2015 (*) Íntegra do Acórdão -
Data de Julgamento: 30/06/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 01/09/2015 (*)
STJ
I. A questão referente à alegada ofensa aos arts. 406 e 407 do Código Civil e art. 1º-F da Lei
9.494/97 não foi discutida, pelo Tribunal de origem, e o agravante não opôs Embargos de
Declaração, objetivando o prequestionamento da tese recursal, pelo que é o caso de
incidência do óbice previsto na Súmula 282/STF.
II. A jurisprudência do STJ "admite, em caráter excepcional, que o montante arbitrado a título
de danos morais seja alterado, caso se mostre irrisório ou exorbitante, em clara afronta aos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. No caso, o agravante não foi capaz de
demonstrar que o valor da indenização seria excessivo, não logrando, portanto, afastar o óbice
da Súmula 7/STJ" (STJ, AgRg no AREsp 417.115/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, DJe de 18/02/2014). No mesmo sentido: STJ, AgRg no AREsp 591.470/SP, Rel.
Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 05/12/2014.
III. Na hipótese, o Tribunal de origem, em face das peculiaridade fáticas do caso, reduziu o
valor dos danos morais a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), observando os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade, não se mostrando ele exorbitante, ante o quadro fático
delineado no acórdão de origem. Conclusão em contrário encontra óbice na Súmula 7/STJ.
Nesse sentido: STJ, AgRg no AREsp 758.874/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, DJe 22/10/2015.
(AgRg no AREsp 631.409/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 01/12/2015, DJe 14/12/2015)
TJRJ
129
0198346-06.2011.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. MYRIAM MEDEIROS - Julgamento:
21/05/2015 - QUARTA CAMARA CIVEL
STJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de QUEDA EM
VIA PÚBLICA: R$ 3.000,00.
2. Em regra, não é cabível, na via especial, a revisão do montante indenizatório fixado pela
instância de origem, ante a impossibilidade de análise de fatos e provas, conforme a Súmula
7/STJ. Contudo, a jurisprudência desta Corte admite, em caráter excepcional, a alteração do
130
quantum arbitrado, caso se mostre irrisório ou exorbitante, em clara afronta aos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, o que não ocorreu no caso concreto.
(AgRg no AREsp 643.388/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/06/2015, DJe 29/06/2015)
1.- Não se detecta qualquer omissão, contradição ou obscuridade no Acórdão Recorrido, uma
vez que a lide foi dirimida com a devida e suficiente fundamentação, apenas não se adotou a
tese da Agravante.
2.- A convicção a que chegou o Tribunal a quo quanto à existência de dano indenizável,
decorreu da análise das circunstâncias fáticas peculiares à causa, cujo reexame é vedado em
âmbito de Recurso Especial, a teor do enunciado 7 da Súmula desta Corte.
4.- Inocorrência de teratologia no caso concreto, em que, em razão de queda ocorrida em via
pública durante realização de obras pela empresa Agravante, foi fixado o valor de indenização
em R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de danos morais.
5.- O Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, a
qual se mantém por seus próprios fundamentos.
(AgRg no AREsp 180.354/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em
07/08/2012, DJe 29/08/2012)
131
ARGUMENTAÇÃO APTA A INFIRMAR AS CONCLUSÕES DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
2. Somente em hipóteses excepcionais, quando estiver evidente que os danos morais foram
fixados em montante irrisório ou exorbitante, é possível a esta Corte rever o valor arbitrado
pelas instâncias ordinárias com esteio nos deslindes fáticos da controvérsia. No caso dos autos,
os danos morais e estéticos, somados, foram fixados em R$ 22.000,00, valor que não extrapola
os limites da razoabilidade.
(AgRg no AREsp 595.739/RJ, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 26/05/2015, DJe 09/06/2015)
ROMPIMENTO DE NOIVADO
TJRJ
132
Recurso manifestamente improcedente. Aplicação do artigo 557, caput, do CPC c/c artigo 31,
VIII, do Regimento Interno deste E. Tribunal.
TELEFONIA
TJRJ
133
capacidade econômica das partes, o objetivo compensatório ao que se acresce um
componente pedagógico-punitivo que visa inibir novas condutas lesivas, sem descambar para
o enriquecimento ilícito, transformando a reparação em premiação do lesado. 3. Em vista de
casos análogos e observância ao prazo de mais de 2 anos sem o serviço, até a prolação de
sentença determinando o seus restabelecimento, insuficiente o valor arbitrado pelo que justo
e adequado ao caso o valor indenizatório de R$3.000,00, a ser corrigido a partir da presente
data (sumula 97 deste Tribunal ) e com juros legais desde a citação (art. 405 do CC/2002),
ambos até a data do efetivo pagamento. 4. Acerca do valor a ser repetido, cabível a dobra
prevista no § único do art. 42 do CDC por inexistente qualquer hipótese de engano justificável,
visto ser a empresa conhecedora de sua atividade e, ademais, cientificada pelas diversas
reclamações demonstradas pelo cliente através de numerações de protocolo trazidas no bojo
da inicial, tendo assim perfeitas condições de verificar a inoperância do serviço e desta forma,
isentar o cliente do pagamento de faturas. 5. Recurso provido.
134
Período de 2 meses de interrupção: R$ 6.000,00.
STJ
135
4. O Tribunal de origem julgou nos moldes da jurisprudência desta Corte. Incidente, portanto,
o enunciado 83 da Súmula do STJ.
5. É possível a redução do valor da multa por descumprimento de decisão judicial (art. 461 do
Código de Processo Civil) quando se verificar que foi estabelecida fora dos parâmetros da
razoabilidade ou quando se tornar exorbitante, o que não ocorre no caso dos autos.
6. O valor da multa cominatória não é, nesta fase processual, definitivo, pois poderá ser revisto
na sentença de mérito ou em qualquer fase processual, caso se revele excessivo ou
insuficiente (CPC, art. 461, § 6º).
(EDcl no AREsp 811.418/PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado
em 02/02/2016, DJe 05/02/2016)
(AgRg no AREsp 137.010/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 08/05/2012, DJe 14/05/2012)
Cobranças indevidas
TJRJ
136
0261760-37.2009.8.19.0004 - APELACAO JDS. DES. TULA BARBOSA - Julgamento: 27/04/2016
- VIGESIMA QUINTA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
137
(art. 405 do CC/2002), ambos até a data do efetivo pagamento. 3. Recurso parcialmente
provido.
COMPANHIA DE ÁGUA
Interrupção indevida
STJ
1. A alteração das conclusões adotadas pela Corte de origem, tal como colocada a questão nas
razões recursais, demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório
constante dos autos, providência vedada em recurso especial, conforme o óbice previsto na
Súmula 7/STJ.
2. No que diz respeito ao valor da indenização, na via especial, não é cabível, em regra, a
revisão do montante indenizatório fixado pela instância de origem, ante a impossibilidade de
análise de fatos e provas, conforme a referida Súmula 7/STJ.
(AgRg no AREsp 708.380/MS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
03/12/2015, DJe 15/12/2015)
PLANO DE SAÚDE
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de NEGATIVA
138
DE COBERTURA EM PERÍODO DE CARÊNCIA: R$ 10.000,00.
139
JURISPRUDENCIAIS. 8. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS QUE MERECEM SER MANTIDOS, eis que
fixados obedecendo aos parâmetros estabelecidos no art. 20, § 3º do Código de Processo Civil.
9. SENTENÇA MANTIDA. NEGATIVA DE PROVIMENTO ÀS APELAÇÕES. Íntegra do Acórdão -
Data de Julgamento: 27/08/2015 (*)
TJRJ
OBS.: Em casos graves, com risco de morte, esse valor será mais elevado. Por exemplo:
caso de peritonite com úlcera perfurada, havendo a necessidade de cirurgia de urgência.
Havendo risco de morte: R$ 24.000,00.
140
0483084-40.2011.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. SANDRA CARDINALI - Julgamento:
18/06/2015 - VIGESIMA SEXTA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR
Valor médio das indenizações a título de dano moral no STJ em decorrência de NEGATIVA
DE COBERTURA EM PERÍODO DE CARÊNCIA:
2. O valor fixado a título de indenização por danos morais baseia- se nas peculiaridades da
causa. Assim, afastando-se a incidência da Súmula nº 7/STJ, somente comporta revisão por
este Tribunal quando irrisória ou exorbitante, o que não ocorreu na hipótese dos autos, em
que arbitrado em R$ 12.000,00 (doze mil reais).
141
(AgRg no AREsp 454.610/RN, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 21/10/2014, DJe 03/11/2014)
2. O Superior Tribunal de Justiça orienta que é abusiva a cláusula contratual que estabelece o
prazo de carência para situações de emergência, em que a vida do segurado ou do nascituro
encontram-se em risco, pois o valor da vida humana se sobrepõe a qualquer outro interesse.
3. Mostra-se razoável a fixação em R$ 10.000,00 (dez mil reais) para reparação do dano moral
pelo ato ilícito reconhecido, consideradas as circunstâncias do caso e as condições econômicas
das partes.
4. Este sodalício Superior altera o valor indenizatório por dano moral apenas nos casos em que
o valor arbitrado pelo acórdão recorrido se mostrar irrisório ou exorbitante, situação que não
se faz presente no caso em tela.
(AgRg no AREsp 570.044/PE, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em
02/10/2014, DJe 20/10/2014)
2. A cláusula contratual que prevê prazo de carência para utilização dos serviços prestados
pelo plano de saúde não é considerada abusiva, desde que não obste a cobertura do segurado
em casos de emergência ou urgência.
142
3. O valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais) arbitrado a título de dano moral não se mostra
excessivo, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso concreto.
(AgRg no AgRg no REsp 1503003/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
16/06/2015, DJe 03/08/2015)
STJ
2. Prazo de carência (180 dias) estipulado pelo plano de saúde para cobertura de
procedimentos cirúrgicos. 2.1. A jurisprudência do STJ é no sentido de que "lídima a cláusula
de carência estabelecida em contrato voluntariamente aceito por aquele que ingressa em
plano de saúde, merecendo temperamento, todavia, a sua aplicação quando se revela
circunstância excepcional, constituída por necessidade de tratamento de urgência decorrente
de doença grave que, se não combatida a tempo, tornará inócuo o fim maior do pacto
celebrado, qual seja, o de assegurar eficiente amparo à saúde e à vida" (REsp 466.667/SP, Rel.
Ministro Aldir Passarinho Júnior, Quarta Turma, julgado em 27.11.2007, DJ 17.12.2007). 2.2.
Incidência da Súmula 283/STF à espécie, pois não refutado o fundamento do acórdão estadual
no sentido de que cumprido o prazo de carência estipulado no contrato.
3. Cabimento de indenização por dano moral. Consoante cediço nesta Corte, a recusa
indevida/injustificada, pela operadora de plano de saúde, em autorizar a cobertura financeira
de tratamento médico, a que esteja legal ou contratualmente obrigada, enseja reparação a
título de dano moral, por agravar a situação de aflição psicológica e de angústia no espírito do
beneficiário. Caracterização de dano moral in re ipsa. Precedentes.
4. Pretensão voltada à redução do valor fixado a título de dano moral. Inviabilidade. Quantum
indenizatório arbitrado em R$ 13.560,00 (treze mil, quinhentos e sessenta reais), o que não se
distancia dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, nos termos da orientação
jurisprudencial desta Corte. Incidência da Súmula 7/STJ.
143
5. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no AREsp 624.092/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
19/03/2015, DJe 31/03/2015)
STJ
1. Constata-se que o Tribunal de origem, apesar da oposição dos embargos declaratórios, não
examinou a controvérsia sob o enfoque dado pelo agravante, razão pela qual, à falta do
necessário prequestionamento, a questão não merece ser conhecida. Caberia ao agravante, de
acordo com a iterativa jurisprudência desta Corte, alegar, nas razões do apelo especial,
violação ao artigo 535 do Código de Processo Civil, providência, todavia, da qual não se
incumbiu. Correta, portanto, a aplicação da Súmula 211 do Superior Tribunal de Justiça.
Precedentes.
3. Na hipótese, a col. Corte de origem, com base em análise do acervo fático-probatório dos
autos, concluiu que o tratamento requerido era de urgência. Rever tal entendimento
demandaria o vedado exame das provas carreadas aos autos, a teor da Súmula 7/STJ.
144
(AgRg no AREsp 520.750/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
05/02/2015, DJe 23/02/2015)
STJ
2. O Superior Tribunal de Justiça orienta que é abusiva a cláusula contratual que estabelece o
prazo de carência para situações de emergência, em que a vida do segurado encontra-se em
risco, pois o valor da vida humana se sobrepõe a qualquer outro interesse.
3. Mostra-se razoável a fixação em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para reparação do dano
moral pelo ato ilícito reconhecido, consideradas as circunstâncias do caso e as condições
econômicas das partes.
4. Este Sodalício Superior altera o valor indenizatório por dano moral apenas nos casos em que
o valor arbitrado pelo acórdão recorrido se mostrar irrisório ou exorbitante, situação que não
se faz presente no caso em tela.
(AgRg no AREsp 595.365/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em
04/12/2014, DJe 16/12/2014)
STJ
145
ANÁLISE DO CONTEÚDO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. REVISÃO OBSTADA EM SEDE DE
RECURSO ESPECIAL. SÚMULA STJ/7. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO COM
PROPORCIONALIDADE. RECURSO IMPROVIDO.
2.- O Acórdão recorrido concluiu que a recusa indevida da cobertura de cirurgia gastroplástica
contribuiu para os danos morais suportados pela Agravada. A revisão do julgado demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório delineado nos autos, providência inviável em âmbito
de Recurso Especial, incidindo o óbice da Súmula 7 deste Tribunal.
3.- A intervenção do STJ, Corte de caráter nacional, destinada a firmar interpretação geral do
Direito Federal para todo o País e não para a revisão de questões de interesse individual, no
caso de questionamento do valor fixado para o dano moral, somente é admissível quando o
valor fixado pelo Tribunal de origem, cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre
teratológico, por irrisório ou abusivo.
4.- Inocorrência de teratologia no caso concreto, em que, para a recusa de internação urgente
da Recorrida para realização de parto de trigêmeos, tendo cumprido 95% (noventa e cinco por
cento) do prazo de carência, foi fixada, em 28.03.2010, a indenização no valor de R$ 15.000,00
(quinze mil reais), a título de dano moral.
(AgRg no AREsp 395.830/PE, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em
17/10/2013, DJe 29/10/2013)
Negativa De Tratamento/Procedimento
Geral: R$ 10.000,00.
146
demandaria o reexame do mencionado suporte, obstando a admissibilidade do especial, a teor
da Súmula 7 desta Corte.
2. A revisão de indenização por danos morais só é possível em recurso especial quando o valor
fixado nas instâncias locais for exorbitante ou ínfimo, de modo a afrontar os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade.
O valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) arbitrado pela origem não destoa da jurisprudência
desta Corte. Inviável a sua alteração, porque, para tanto, também seria necessário o
revolvimento do conteúdo fático probatório dos autos, o que não se coaduna com a via do
recurso especial, a teor da Súmula 7/STJ. Precedentes.
(AgRg no AREsp 762.118/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 15/10/2015, DJe 21/10/2015)
3. A quantia fixada pelas instâncias ordinárias a título de indenização por danos morais
somente pode ser revista por esta Casa nas hipóteses em que o montante se revelar irrisório
ou exorbitante, o que não se verifica no caso dos autos em que a condenação foi arbitrada em
R$ 10.000,00 (dez mil reais).
(AgRg no AREsp 854.151/MG, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 10/05/2016, DJe 19/05/2016)
147
1. É abusiva a cláusula que exclua da cobertura órteses, próteses e materiais diretamente
ligados ao procedimento cirúrgico a que se submete o consumidor. Precedentes.
(AgRg no AREsp 590.457/SE, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
08/03/2016, DJe 17/03/2016)
STJ
1. Apontada violação dos artigos 165, 458 e 535 do CPC. É clara e suficiente a fundamentação
adotada pelo Tribunal de origem para o deslinde da controvérsia, revelando-se desnecessário
ao magistrado rebater cada um dos argumentos declinados pela parte.
Precedentes.
148
3. Cabimento de indenização por dano moral. 3.1. Consoante cediço nesta Corte, a recusa
indevida/injustificada, pela operadora de plano de saúde, em autorizar a cobertura financeira
de tratamento médico, a que esteja legal ou contratualmente obrigada, enseja reparação a
título de dano moral, por agravar a situação de aflição psicológica e de angústia no espírito do
beneficiário.
(AgRg no AREsp 635.944/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
12/05/2015, DJe 19/05/2015)
1. É pacífico o entendimento desta Corte de que: é "abusiva a cláusula restritiva de direito que
exclui do plano de saúde o custeio de prótese em procedimento cirúrgico coberto pelo plano e
necessária ao pleno restabelecimento da saúde do segurado, sendo indiferente, para tanto, se
referido material é ou não importado" (Recurso Especial n. 1.046.355/RJ, Relator o Ministro
Massami Uyeda, DJe de 5/8/2008).
2. Conforme entendimento pacífico desta Corte, somente é admissível modificar o valor fixado
a título de danos morais em recurso especial quando o montante estabelecido na origem for
excessivo ou irrisório, de forma a violar os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Na espécie, o Tribunal de origem reduziu o valor da indenização para R$ 10.000,00 (dez mil
reais), considerando as peculiaridades do caso concreto, em que houve a ilícita negativa de
cobertura de tratamento indispensável à saúde do consumidor. Desse modo, inviável alterar,
na via eleita, o valor fixado sem esbarrar no óbice da Súmula 7/STJ.
(AgRg no AREsp 858.077/MG, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 10/05/2016, DJe 17/05/2016)
149
1. É pacífico o entendimento desta Corte de que: é " abusiva a cláusula restritiva de
direito que exclui do plano de saúde o custeio de prótese em procedimento cirúrgico
coberto pelo plano e necessária ao pleno restabelecimento da saúde do segurado, sendo
indiferente, para tanto, se referido material é ou não importado" (Recurso Especial n.
1.046.355/RJ, Relator Ministro Massami Uyeda, DJe 5/8/2008).
(AgRg no AREsp 656.075/MG, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 10/03/2016, DJe 01/04/2016)
STJ
(AgRg no AREsp 702.275/MG, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 03/03/2016, DJe 09/03/2016)
150
STJ
1. Nas hipóteses em que há recusa injustificada de cobertura por parte da operadora do plano
de saúde para tratamento do segurado, como no presente caso, a jurisprudência do STJ é
assente quanto à caracterização de dano moral, não se tratando apenas de mero
inadimplemento contratual.
2. A fixação do quantum indenizatório em R$ 10.000,00 (dez mil reais), atende aos princípios
da proporcionalidade e da razoabilidade, levando-se em conta as condições socioeconômicas
das partes, o bem jurídico lesado, a gravidade da lesão e o grau de culpa do ofensor. Além
disso, tal quantia é proporcional ao caso vertente, situada dentro do que comumente, em
casos análogos, vem fixando este Tribunal Superior.
(AgRg no AREsp 767.731/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 24/11/2015, DJe 09/12/2015)
TJRJ
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de REAJUSTE
POR MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA: R$5.000,00
151
aplicáveis à espécie as normas protetivas do aludido dispositivo legal. Estatuto do Idoso que
veda a discriminação nos planos de saúde de cobrança de valores diferenciados em razão da
idade. Relação de trato sucessivo, com prazo indeterminado, razão pela qual há a incidência do
referido Estatuto (Lei n°10.741/03), não sendo caso de irretroatividade da lei. Desvantagem
exagerada e excessivamente onerosa para a parte mais vulnerável da relação. Abusividade.
Restituição em dobro do valor cobrado a maior relativamente às mensalidades
comprovadamente pagas. Majoração da verba indenizatória a título de danos morais para R$
5.000,00. Multa cominatória cujo valor se mostra suficiente e compatível com a obrigação
imposta e deve ser mantido no montante arbitrado. Art. 557, §1º-A, do CPC. PROVIMENTO
PARCIAL DO RECURSO. Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 18/06/2015 (*)
152
ostenta natureza consumerista, uma vez que a autora se enquadra no conceito de consumidor
final (CDC, art. 2º) e a ré no de fornecedora de serviço (CDC, art. 3º), sendo, portanto,
aplicáveis à espécie as normas protetivas do aludido dispositivo legal. Estatuto do Idoso que
veda a discriminação nos planos de saúde de cobrança de valores diferenciados em razão da
idade. Relação de trato sucessivo, com prazo indeterminado, razão pela qual há a incidência do
referido Estatuto (Lei n°10.741/03), não sendo caso de irretroatividade da lei. Desvantagem
exagerada e excessivamente onerosa para a parte mais vulnerável da relação. Abusividade.
Devolução dos valores pagos a maior, em dobro. Não observância da vedação expressa acerca
do reajuste para mudança de faixa etária do idoso. Conduta abusiva do plano de saúde
ensejou flagrante frustração da expectativa da consumidora quanto à prestação do serviço de
saúde contratado, respaldando, por consequência, a condenação à reparação moral.
Arbitramento da indenização em R$5.000,00, que deverá ser acrescido de juros desde a
citação e de correção monetária a partir deste julgado. Manutenção dos honorários
advocatícios. Art. 557, §1º-A, do CPC. PROVIMENTO AO RECURSO. Decisão Monocrática - Data
de Julgamento: 16/06/2015 (*)
TJRJ
153
Dano Moral Em Ricochete – Negativa Injustificada De Internação De
Parente
TJRJ
Filho: R$ 6.000,00.
Urgência: R$ 12.000,00.
154
internação hospitalar, em caso emergencial - que acarretaram dissabores que transcenderam
à normalidade do cotidiano e não podem ser, de forma alguma, considerados como mero
descumprimento contratual, incapazes de gerar prejuízos de ordem moral. Natureza
extrapatrimonial do interesse que se manifesta na relação contratual existente entre as partes,
uma vez que se trata de prestação de serviços de assistência médica, cujo descumprimento
resvala diretamente na saúde do consumidor. Conduta ilícita da operadora de negar ao menor
injustificadamente a cobertura dos serviços médicos contratados que acarretou lesão a direito
da personalidade do apelado, diante do sofrimento de ver o filho, ainda criança, em delicado
estado de saúde, necessitar de atendimento médico adequado e não obtê- lo de forma
injustificada. Dano moral reflexo ou por ricochete que, segundo o atual entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, traduz-se em uma espécie distinta do dano moral comum pelo
fato de a lesão ultrapassar a pessoa do diretamente lesado e atingir, também, terceira pessoa,
em razão da proximidade entre elas. Reparação que, de outro lado, deve ser reduzida ao
patamar de R$6.000,00(seis mil reais) a fim de se compatibilizar com as especificidades do
caso concreto e com o caráter pedagógico-punitivo da condenação. Apelado que, após as
reformas promovidas neste recurso, decaiu de pequena parte do pedido, de modo que deve a
apelante arcar integralmente com as despesas processuais e os honorários advocatícios,
fixados em 10% sobre o valor da condenação. CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL DO
RECURSO.
Apelação cível. Ação indenizatória. Plano de saúde. Negativa de autorização para internação
em UTI. Caso de urgência/emergência. Dano moral reflexo. 1. Inicialmente, deve ser rechaçada
a preliminar de ilegitimidade ativa suscitada pela ré, e isso porque se verifica que a autora
pleiteia direito próprio, cuja causa de pedir é a angústia vivenciada ao ver o sofrimento do seu
marido, em razão de ter lhe sido negada a internação em UTI na fase terminal da doença.
Ademais, a existência das condições da ação deve ser apreciada em concreto, ou seja, deve o
magistrado verificar, baseado nos fatos afirmados pelo autor na inicial, mesmo sem produção
probatória, se estão respeitadas as referidas condições para o legítimo exercício do direito de
ação. Preliminar rejeitada. 2. No mérito, o caso narrado na inicial retrata situação de urgência
e emergência, sendo certo que o art. 35-C, I, da lei 9.656/98, estipula como obrigatória a
cobertura de atendimentos ¿nos casos de emergência, como tal definidos os que implicarem
risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração
do médico assistente. 3. Ressalte-se que o segurado, na qualidade de consumidor, ostenta o
status de parte presumidamente vulnerável face ao fornecedor, que possui um maior e
evidente poder na relação havida entre as partes (art. 4º, I, CDC). Ou seja, há a necessidade de
interpretar-se a situação existente privilegiando os princípios da função social e da boa-fé
objetiva, da qual se extraem os chamados deveres anexos ou laterais de conduta, tais como os
deveres de colaboração, fidúcia, respeito, honestidade e transparência, que devem estar
presentes nas relações contratuais como a que ora se examina, com o intuito de reequilibrar-
155
se a relação jurídica entre os ora litigantes; trata-se de buscar o equilíbrio (equivalência) e a
justiça contratual. 4. A recusa indevida à internação do cônjuge da autora certamente
provocou sentimentos de angústia e desespero na demandante ao ver o sofrimento de seu
marido, fato que repercutiu intensamente em sua esfera psicológica e lhe acarretou inegável
dano moral indenizável. Verba indenizatória arbitrada em R$ 12.000,00. Manutenção. 5.
Quanto aos honorários advocatícios, estes foram fixados observando-se o grau de zelo do
profissional, o lugar de prestação do serviço, e a natureza e importância da causa, o trabalho
realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço, não merecendo alteração. 6.
Negativa de seguimento a ambos os recursos. Decisão Monocrática - Data de Julgamento:
28/01/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 11/03/2015
TJRJ
156
Responsabilidade Civil. Ação proposta por consumidor em face de empresa de aviação
objetivando indenização por danos material e moral decorrentes de cancelamento de voo em
transporte aéreo internacional. Procedência parcial do pedido, condenada a Ré ao pagamento
de R$ 6.000,00, a título de indenização por dano moral e do equivalente a U$17,33, para
reparação do dano material. Apelação da Autora. Relação de consumo. Responsabilidade
objetiva. Autora que em viagem internacional (Rio-Miami-Orlando), em decorrência do atraso
do voo, perdeu a conexão, tendo que fazer o trecho final da viagem (Miami-Orlando), de
ônibus. Falha na prestação do serviço caracterizada. Valor desembolsado com a passagem
aérea no trecho Miami-Orlando que deve ser restituído, pois não foi utilizada. Dano moral
configurado. Indenização arbitrada em montante compatível com a repercussão dos fatos
narrados pela Apelante. Provimento parcial da apelação. Íntegra do Acórdão - Data de
Julgamento: 21/05/2015 (*)
OVERBOOKING
TJRJ
157
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de
OVERBOOKING: R$ 10.000,00.
158
merece pequeno reparo quanto ao termo a quo para incidência dos juros moratórios no que
se refere à reparação por dano moral, ante a existência de relação contratual. RECURSO AO
QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ARTIGO 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 06/04/2015 (*)
DANO AMBIENTAL
STJ
159
Valor médio das indenizações a título de dano moral no TJRJ em decorrência de
DANO AMBIENTAL: R$3.000,00.
1. Para fins do art. 543-C do Código de Processo Civil: a) para demonstração da legitimidade
para vindicar indenização por dano ambiental que resultou na redução da pesca na área
atingida, o registro de pescador profissional e a habilitação ao benefício do seguro-
desemprego, durante o período de defeso, somados a outros elementos de prova que
permitam o convencimento do magistrado acerca do exercício dessa atividade, são idôneos à
sua comprovação; b) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria
do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se
integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano
ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar;
c) é inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos ambientais caráter punitivo
imediato, pois a punição é função que incumbe ao direito penal e administrativo; d) em vista
das circunstâncias específicas e homogeneidade dos efeitos do dano ambiental verificado no
ecossistema do rio Sergipe - afetando significativamente, por cerca de seis meses, o volume
pescado e a renda dos pescadores na região afetada -, sem que tenha sido dado amparo pela
poluidora para mitigação dos danos morais experimentados e demonstrados por aqueles que
extraem o sustento da pesca profissional, não se justifica, em sede de recurso especial, a
revisão do quantum arbitrado, a título de compensação por danos morais, em R$ 3.000,00
(três mil reais); e) o dano material somente é indenizável mediante prova efetiva de sua
ocorrência, não havendo falar em indenização por lucros cessantes dissociada do dano
efetivamente demonstrado nos autos; assim, se durante o interregno em que foram
experimentados os efeitos do dano ambiental houve o período de "defeso" - incidindo a
proibição sobre toda atividade de pesca do lesado -, não há cogitar em indenização por lucros
cessantes durante essa vedação; f) no caso concreto, os honorários advocatícios, fixados em
20% (vinte por cento) do valor da condenação arbitrada para o acidente - em atenção às
características específicas da demanda e à ampla dilação probatória -, mostram-se adequados,
não se justificando a revisão, em sede de recurso especial.
(REsp 1354536/SE, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
26/03/2014, DJe 05/05/2014)
160
O STJ vem admitindo o dano moral de absolutamente incapaz, mesmo quando impassível
de detrimento anímico.
161