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CONSTITUCIONAL NILO

1ª aula. È o ramo do Direito público e tem por finalidade promover a


estruturação do Estado mediante um conjunto sistematizado de normas.

-Características: Público, norma, regra,


Sociedade é uma norma geral ou de interesse coletivo.
Objetivo: organização do Estado .Primazia tem prioridade.
Instrumento: Constituição própria, documento legal.

Constituição
-Lei suprema
-Lei Fundamental
-Carta Magna (carta Imperial)
-Égide legal
-Lei mater

Tipos de Constituição
-Quanto a natureza: origem, forma, estrutura, extensão
-Quanto a origem (início, surgimento)
-outorgada é aquela imposta pelo estado em um determinado momento
histórico ou sem participação popular 1ª CF do Brasil 1824
- Promulgada/Democratica (popular) é aquela votada, eleita, escolhida pelos
representantes do Poder legislativo, em sua função típica CF 1891 1ª CF
Republicana.

- Quanto à forma (maneira, jeito)


-Escrita é aquela que possui um texto legal ou que reúne em um único documento
as normas em vigor (ordenamento) são todas.
-Não escrita (costumeira, costumes) consuetudinária é aquela que possui por
base hábitos, doutrinas (interpretação do direito) jurisprudencia(conjunto de
decisões dos juízes ou dos tribunais, ou Leis esparsas – constituição Inglesa.

_ Quanto à Estrutura ou estabilidade (padrão) Constituição Francesa.


- Flexível é aquela que se caracteriza por possuir mecanismos próprios, internos
que facilitam mudanças no texto constitucional. Constituição brasileira de 1967 .
Não existe Semi-rigida.

- Quanto a Extensão (abrangência)finalidade.


-Garantia ou sintética é aquela que possui por base apenas os direitos e garantias
dos cidadãos- Constituição Americana.
-Dirigente ou Analítica é aquela que determina todos os aspectos do estado.

CF ATUAL 05/10/1988

NATUREZA DA CF
-Promulgada (votada)
-Escrita (documento legal)
-Rígida (dificuldade nas alterações)
-Dirigente( determina todos os aspectos do Estado)

PODER CONSTITUINTE
-Povo (titular do poder
-Poder legislativo

TIPOS DE PODER CONSTITUINTE


-Poder constituinte originário /início, elaborar uma nova CF, posso fazer de modo
independente do ordenamento jurídico anterior é ilimitado.
Chama-se teoria da recepção ou caráter facultativo, consiste em se adotar
procedimento ou normas existentes no ordenamento jurídico anterior a nova CF –
tem caráter facultativo
-Poder constituinte derivado, ou instituído ou de 2º grau, reforma, complementação,
subordinação as determinações (limitado)
Estado instituição básica ou necessária dotada de soberania em um determinado
território.
REQUISITOS DE FORMAÇÃO DO ESTADO OU ELEMENTOS
CONSTITUTIVOS OU MORFOLÓGICOS DO ESTADO

-Soberania : é o Poder de decisão, temos o caráter coativo, obrigatoriedade ¨O


Estado decide e temos que fazer caráter também de fiscalização.
-Território: é a área/ espaço onde o estado exerce o seu poder: espaço físico ou
geográfico, espaço aéreo, espaço marítimo, subsolo, consulado.
-Povo: é o elemento humano que o estado possui. São indivíduos que habitam o
território, unidos por uma mesma língua, objetivos e cultura, costumes.

ESTADO BRASILEIRO

Características: princípios Fundamentais


1- Supremacia do texto constitucional. A cf é soberana e nenhuma norma infra-
constitucional ou internacional pode feri-la.
2- Supremacia do interesse público sobre o privado. Estando em conflito o
interesse coletivo e o individual, o coletivo tem predominância.
3- Legalidade: Nínguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em
virtude de lei.
4- Publicidade: Ninguém pode arguir o desconhecimento da Lei.
5- Dignidade da Pessoa: cada pessoa tem o direito de locomoção, expressão,
reunião, associação e liberdade de pensamento.
6- Impessoalidade: é vedado ao estado a concessão de privilégios ou a
discriminação.
7- Pessoalidade: O direito tutelado é a pena a ser aplicada deverão surtir efeito
sobre a pessoa certa e identificada.
8- Moralidade: A administração pública fica obrigada a demonstrar
transparencia e probidade em seus atos, incluindo a publicação destes.
9- Propriedade: O proprietário de um bem tem o direito de usar e gozar, fruir e
dispor dele de acordo com sua vontade . o bem deve ter fim social.
10- Isonomia: todos serão iguais perante a Lei.
11- Igualdade: Todos serão tratados igualmente.
12- Irretroatividade: A lei não retroagira salvo em D.Penal ou sanção tributária.

REPÚBLICA FORMA DE GOVERNO


Características da forma de governo – representantes eleitos, mandatos temporários
ou renováveis.
Obs: No Brasil não há mandato vitalício para nenhum cargo eletivo político.

VOTO DIRETO E SECRETO


Além da República temos: Monarquia, aristocracia(governo de Classes) ,
Teocracia(governo de Deus), Oligarquia(governo de minoria)

FEDERALISMO : FORMA DE ESTADO


CARACTERISTICAS D FORMA DE ESTADO: descentralização do Poder,
entidades, é uma união indissolúvel (pacto Federativo). No estado brasileiro não há
o direito de Secessão que é a separação dos estados, municípios e o DF

ENTIDADES FEDERATIVAS
1- UNIÃO : entidade Federativa autônoma, cabe-lhe exercer as atribuições da
soberania do estado brasileiro. A união age em nome de toda a federação.
2- ESTADOS –MEMBROS: auto-organizam-se por meio do seu poder
constituinte derivado- auto-organização por meio de constituições estaduais
desde que observados os princípios da lei maior.
3- MUNICÍPIOS: entidades Federativas indispensáveis a nosso sistema
federativo, cercado de plena autonomia. A criação, incorporação, fusão e
desdobramento do município depende de lei estadual, dentro do período
determinado por lei complementar federal, consulta prévia mediante
plebiscito, ás populações interessadas após a divulgação dos estudos de
viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
4- DISTRITO FEDERAL : è ente Federativo autônomo, não pode subdividir-se
em municípios.

SISTEMA DE GOVERNO
O Brasil adota o presidencialismo, ele é monocrático, somente 1 chefe que é o
presidente da república, somente ele comanda o estado
Chefe: estado (federalismo) governo(república) executivo e
Forças armadas

PRESIDENTE
Requisitos ou condições de ilegibilidade para ser presidente da Republica
1- São específicos ao cargo escolhido (stricto senso) nacional, nato, idade
mínima 35 anos.
2- São requisitos de caráter geral (lato senso) domicílio eleitoral é o lugar onde
alguém pode ser legalmente encontrado.
3- Alistamento eleitoral é o lugar específico de votação
4- Filiação Partidaria é ser membro de um partido
5- Plena cidadania é ter condição de votar e se votado
6- Grau de escolaridade é não ser analfabeto.
Não há idade máxima para nenhum cargo eletivo, político no Brasil

Idade Mínima
Vereador: 18 anos Prefeito 21 anos Deputado 21 anos Governador 30 anos
Senador 35 anos.
VICE-PRESIDENTE
Tem que ter os mesmos requisitos do presidente a sua função é substituir em caso
de impedimento em caráter temporário.
-sucessão em caso de vacância-saída definitiva do cargo.
-HIERARQUIA (ORDEM)
-PRESIDENTE
-VICE-PRESIDENTE
-CÂMARA (POVO)
-SENADO (ESTADO E DF)
STF (PODER JUDICIARIO)
- QUANDO O Presidente e o vice saem do cargo juntos dar-se a vacância
simultânea.

VACância SIMULTÃNEA é a saída do Presidente e so vice, neste caso se faz uma


eleição em 90 dias a partir da última vaga, quem convoca a eleição para o novo
presidente e para o vice é quem está no exercício da Presidencia.

DICA: a nova eleição será em até 90 dias, convocada por quem estiver no exercício
da presidência (neste caso a escolha é direta pelo voto do povo).

-Presidente e vice saem definitivo do cargo nos últimos 2 anos do mandato, também
haverá uma eleição em até 30 dias a partir da ultima vaga, será convocada pelo
congresso nacional, será uma eleição indireta, escolhida pelos nossos representantes.
O que assumir ficará somente o restante do mandato.
DICA: o sucessor assumirá apenas completará o mandato do antecessor, não
havendo outro mandato.

-MANDATO TEMPORÁRIO OU RENOVÁVEL DE 4 ANOS, com reeleição 1


vez subsequente para Presidente no exercício.
A eleição se dará: ela é obrigatória, a eleição ocorrerá no 1º domingo de outubro do
ano anterior ao termino do mandato vigente; poderá ocorrer uma nova eleição 2º
turno, ocorrerá no último domingo de outubro do ano anterior ao término do
mandato vigente, ela é condicionada.
DICA: quem participa são os 2 candidatos mais votados, para o critério de
desempate é sempre o mais idoso.

SISTEMA ELETIVO – PRESIDENTE PODE EXECUTIVO


Sistema majoritário(maioria) será considerado eleito pela maioria dos votos válidos,
exluídos os nulos e brancos (são chamados de votos direcionados para o candidato)
50% ou a metade + 1.

CRIME COMETIDO PELO PRESIDENTE


Para processar o Presidente é preciso de uma autorização prévia, qualquer pessoa
ou entidade, partido político pode processá-lo. Pede se uma autorização da câmara
dos deputados, mediante 2/3 dos seus membros. Câmara –Deputados Federais 513
x 2 = 1026 dividido por 3 é 342 votos , a câmara autorizando tem que ver qual o tipo
do crime para saber onde processá-lo e julga-lo.

INFRAÇÃO PENAL COMUM: competencia do STF , a pena é aquela definida no


CP;
CRIME DE RESPONSABILIDADE é crime de natureza política: competência do
senado Federal sobre a Presidencia do presidente do STF mediante 2/3 dos seus
membros; é quando o Presidente age contra a constituição. A pena art. 52 § único
CF. Perda do cargo, Inabilitação (não apto) por 8 anos para exercer função pública.

Ele pode se candidatar, pode ser eleito, a pena é cumulativa, mais ele esta
inabilitado.
Com a renúncia ele só perde o cargo;
Quando o Presidente está sendo processado , ele fica suspenso.
- infração penal comum, fica suspenso quando do recebimento da denúncia ou
queixa crime, logo no início.
-crime de responsabilidade, fica suspenso após a instauração do processo. A
suspensão é em até 180 dias, eles tem que dar a Sentença.
-Crime de natureza política é quando o Presidente age contra certas coisas exemplo:
Contra a CF; contra a existência da União; contra livre exercício do poder
legislativo, judiciário e do MP; contra os Poderes Constitucionais das Unidades
Federativas; contra os direitos e garantias individuais, políticas e sociais; contra a
segurança interna do País; contra a probidade(honestidade) administrativa; contra
a lei orçamentária; contra cumprimento das Leis e decisões judiciais.

REGIME POLÍTICO

Só existe 2 regimes democracia (poder do povo) e totalitarismo (ditadura) 1 pessoa

Democracia- Representativa art 1º § único


-quais os meios: Representantes eleitos; o Presidente; Governadores; deputados;
Senadores (estados e DF);

Dica: Senador é representante eleito pelo povo, mas não é representante eleito do
povo, todos os outros cargos são eleitos pelo povo e do povo art. 46 CF.

-DIRETAMENTE: sem nenhum obstáculo é através de plebiscito (opinião do povo)


consulta antes.
-REFERENDO: Ratificar, confirmar depois
-INICIATIVA POPULAR- consiste na convinção do povo para propor projetos de
lei.
VOTO - DIRETO E SECRETO
Art. 1º Fundamentos é a base concreta é tudo o que existe.
-soberania (poder de decisão); cidadania (votar e ser votado) ; dignidade;
Valores sociais(do trabalho e da livre iniciativa); Pluralismo político ou
pluripartilarismo político.

Art. 3º Objetivos é algo futuro


-Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento
nacional; Erradicar a pobreza; Reduzir as desigualdades regionais e sociais;
Promover o bem de todos.

Art. 4º Princípios rege-se em suas relações internacionais Estados; Nações;


Independência nacional; Prevalência dos direitos humanos; Igualdade entre os
estados; Repúdio ao terrorismo e ao Racismo; Concessão de asilo político.

PODER LEGISLATIVO
-QUANTO A ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO NA ARÉA:
FEDERAL : é o congresso nacional que compõe-se de 2 casas
Câmara e senado que é o mesmo que sistema Bicameral
Adotamos o sistema unicameral
ESTADUAL: é a assembleia Legislativa que é composta pelos Deputados Estaduais
DISTRITAL: é a Câmara legislativa que é composta pelos deputados Distritais
MUNICIPAL: é a Câmara Municipal que é composta pelos vereadores

CÂMARA DOS DEPUTADOS/CÂMARA BAIXA


É representativa, representa o povo.

REQUISITOS PARA DEPUTADOS:


Nacional/nato ou naturalizado; idade mínima de 21 anos; domicílio eleitoral;
alistamento eleitoral; filiação partidária; Plena cidadania e grau de escolaridade.
O sistema eletivo de escolha é proporcional, tem como base a população – é um
conceito quantitativo número mínimo de 8 deputados e máximo de 70 deputados

Atualmente o número total que compõe a Câmara é de 513 deputados, não há


suplente do Deputado, a suplência é partidária e se houver a suplência partidária o
deputado terá o mandato temporário de 4 anos com reeleição ilimitado.
Legislatura é a função Parlamentar que o Deputado vai exercer durante 4 anos.

SENADO FEDERAL/CÂMARA ALTA


È representativa, representa os Estados e o distrito Federal, temos 26 estados e o
DF.
REQUISITOS PARA SENADOR: Nacional/nato ou naturalizado; idade mínima de
35 anos; domicilio eleitoral; filiação partidária; Plena cidadania; grau de
escolaridade.

SISTEMA ELETIVO: o sistema de escolha é o princípio Majoritário, que consiste


na obtenção do maior número de votos válidos, exluindo os nulos e brancos. Temos
um nº fixo de 3 senadores e 2 suplentes para cada um. O mandato é de 8 anos,
podendo ser eleito ilimitadamente.
LEGISLATURA é a função Parlamentar que ele exerce durante 8 anos , o senador
pega 1 mandato de 8 anos e 2 períodos de legislatura. Hoje temos 81 senadores

QUANTO A FUNÇÃO TÍPICA: É promover a elaboração de normas art. 59 CF.

3ª AULA EMENDAS
É uma espécie normativa vinculada a CF, acrescenta, modifica e retira.
Quem pode propor uma emenda: no mínimo 1/3 = 172 deputados ou 1/3 = 27
senadores ou o Presidente da República ou metade da assembleia legislativa + 1= 26
26dividido por 2 = 13+1= 14
CARACTERÍSTICAS DA EMENDA
1) Para se aprovar uma emenda se dará em 2 turnos ou 2 votações em cada casa
do Congresso nacional.
2) Em cada casa terá que ter maioria absoluta, chamada qualitativa de 3/5 dos
votos . câmara 513= 308 votos e senado 81= 49 votos
3) Emenda a CF não depende da aprovação do Presidente da República, ele só
pode propor;
4) A emenda será promulgada (promulgação é a mesma coisa que existência)
São as mesas que promulga.
Câmara e Senado promulgam separadamente.
A composição da Mesa da câmara se dará da seguinte forma
1) Presidente da República;
2) 2 vices Presidente das respectivas casas e
3) 2 secretários 1 de cada casa.

LIMITES DAS EMENDAS


1) restrições às Emendas art. 60 § 4º CF
2) limite substancial- extinção trata-se das causas petrias, podem
ser modificadas, não podendo ser abolidas , extintas.
-Federalismo(forma de estado)
-voto direto, secreto, universal
-direitos e garantias individuais
-separação dos poderes.
3) limite circunstancial- Em certas épocas não haverá Emendas a
CF, só poderá propor, mais ela não poderá ser promulgada e nem
publicada art. 60 § 1º.
-ESTADO DE SÍTIO- Consiste na suspensão dos direitos e
garantias fundamentais que tem as suas características;
- Área- abrangencia Nacional, caráter lato-senso(ilimitado)
-decretação- é a união (congresso nacional)
- declara- presidente da República com autorização prévia.

ESTADO DE DEFESA- Consiste na proteção ou segurança ao


território Nacional;
- Área- Específica- Strito senso (limitado)
- Decretação – é a união (congresso nacional)
- declara- Presidente da república mediante aprovação do C.N, a
aprovação pode ser antes ou depois.

O Presidente pode declarar e decretar e depois avisar ao


C.Nacional.

-INTERVENÇÃO FEDERAL- consiste no afastamento da


Administração pública. Afastamento do governador de estado ou
do Direito Federal e de todos os outros, neste caso o Presidente
nomeia um interventor.
-Área – Específica
-Decretação- é a união (congresso)
-Declaração- Presidente da República mediante aprovação
do C.N, a aprovação pode ser antes (prévia) ou depois(posterior).
4ª AULA LEI COMPLEMENTAR

-QUEM PODE PROPOR: art. 59 CF


. Presidente da República
. Qualquer cidadão, . STJ
. Tribunais superior (STJ,TST.STM,TSE)
. Deputados . Senador
. Procurador Geral da República

É aquela que trata sobre assuntos específicos ou de matérias próprias.


Proteção a relação de emprego (regulamentação) alteração do C.C, aborto,
direito do trabalho, direito Penal.

CARACTERÍSTICAS DA LEI COMPLEMENTAR


- aprovação em 2 turnos na câmara e 1 turno no Senado.
- tem que obter maioria absoluta 50% + 1 do total de membros das
respectivas casas câmara 513 dividido por 2 + 1 = 257 votos, SENADO 81
dividido por 2 + 1 = 41 votos.

A Lei Complementar depende da aprovação do Chefe do Executivo.


DF, municípios (prefeito) estado,federal (presidente)

LEI ORDINÁRIA OU LEI COMUM

É aquela que versa sobre todos os assuntos salvo os de matérias próprias. Ex.
salário mínimo , o valor dele é fixado em lei, lei de biossegurança trata de
célula tronco.
QUEM PODE PROPOR;
. Presidente da República (chefe do Executivo)
.cidadão .STF
. Tribunais superiores (STJ, TST,STM,TSE)
.deputados, senadores e Proc. Geral da República.

CARACTÉRISTICAS D LEI ORDINÁIRA


-aprovação em 1 turno (votação) em cada casa do congresso nacional
-tem que obter maioria relativa ou simples 50% + 1 dos presentes (tem que
ter um coro mínimo ) depende da quantidade de membros presentes na
votação.
A lei ordinária depende do chefe do executivo federal(presidente);
estadual(governador); distrital(governador) ; municipal (prefeito).

MEDIDA PROVISÓRIA
Não existe Decreto lei, a medida provisória é o instrumento do sistema
parlamentarista.
Em regra é editada pelo presidente da República .
OBS= vice presidente , governador não pode editar, a medida provisória é
temporária, tem forças de lei, possui efeitos e resultados. Ela é temporária e
motivada, tem que ter motivos relevantes e urgentes ; A CF não diz o que é
urgente e relevante , portanto é de caráter subjetivo, depende da pessoa que
interpreta:
O chefe encaminha a Medida provisória para o Congresso nacional que é
obrigatório, quando chega ao CN ou ele aprova ou eleb rejeita. Se for
aprovada art.62 CF, deixa de ser medida provisória e vira Lei. A aprovação
tem que ser expressa.

Dica- Não há aprovação verbal de MP e nem tácita(subtendido)


- Não há aprovação simbólica.
Iniciativa de análise 1º a Câmara e depois o Senado
1º turno maioria simples.
Quando vira lei, em regra a MP que virou lei trata de assuntos gerais.
-Se converter em lei ordinária salvo art.153 CF (Impostos da União não pode
criar)
-Se não aprovar a M.P
.Rejeição expressa da M.P ocorre a perda de seus efeitos, desde a sua origem
– inicio ex-tunc – ato nulo.
Quando o C.N analisa a M.P, ele tem 60 dias para analisar, se não analisar
prorroga-se a MP, ocorrerá uma única vez pelo mesmo período mediante a
prorrogação . ocorre a obrigatoriedade de analisar a MP que terá que ser
feita em até 45 dias, ela é limitada, só pode ser prorrogada 1 única vez, com a
prorrogação ocorre o trancamento da pauta. A MP pode ser reeditada mas
somente em outra sessão legislativa, tempo da Sessão Legislativa 15/02 a
15/12 ela pode ser reeditada ilimitadamente.

DECRETO LEGISLATIVO

É uma espécie normativa vinculada às competências exclusivas do C.N ex.


autorizar o Presidente da República a declarar a guerra art. 49 C.F;
autorizar o Presidente a se ausentar por mais de 15 dias.

São instruídos, discutidos e votados em ambas as casas legislativas e se


aprovadas são promulgadas pelo Presidente do senado, na qualidade de
presidente do Congresso nacional que também determinará sua publicação.
O decreto legislativo é aprovado em 1 turno de votação e por maioria simples
em regra. Quando o quorum não é definido é maioria simples.
RESOLUÇÃO ART. 51 CF

Se o assunto for de uma das casas, Câmara ou Senado , vamos usar uma
Resolução que é uma espécie normativa vinculada as competências privativas
de uma das casas:

Art. 51 CF ex. autorizar com 2/3 Processo contra o Presidente da República


(quem autoriza é a Câmara) ai ela expede uma resolução.
A Resolução é aprovada em 1 turno de votação e por maioria simples em
regra.

LEI DELEGADA ART. 59 A 61 CF

Espécie normativa em que o Poder Legislativo transfere ou delega ao Poder


executivo a condição ou autorização para a elaboração da norma em questão
exceção: A delegação se dá mediante resolução dada pelo Congresso
nacional. A Lei Delegada é na área federal.

PROCESSO LEGISLATIVO
Todo processo é um sistema, um método. Sistema de elaboração da norma,
método da norma. A essa projeção chama-se princípio do paralelismo ou da
simetria constitucional.

1ª FASE INICIADORA

Na fase Iniciadora não existe lei, existe somente um projeto de lei, é uma
expectativa de lei (um esboço).
A propositura vai definir onde será a casa iniciadora – É onde o Projeto de
lei terá o seu início.
Quem Pode propor:
Presidente da Republica, cidadao, stf, tribunais superiores,
deputados e procurador geral da republica.
Quando estes proporem o PL sera encaminhado a Camara.

Quando o Senado e Assembleia proporem sera encaminhado ao


Senado.
Qualquer que seja a casa, o PL vai para uma comissao.

Comissao tematica ou permanente, se for para a Camara temos 19


comissoes e no senado temos 7, depende do assunto.

Na Comissao Permanente ela recebe e faz analise tecnica, ao


analisae ela pode achar uma falha e rejeitar o Projeto que
simultaneamente e arquivado.
Se for aprovado logo encaminha-se para a Comissao de
constituicao e justica (CCJ) a CCJ não faz parte das 19
comissaoes, ela eh separada.
-Quando a comissao de constituicao e justica recebe o PL, ela faz
uma analise material do assunto, ela analisa se a materia do
assunto eh constitucional ex. projeto de lei para regulamentar o
aborto não pode mudar.
-Projeto de lei para modificar os direitos e garantias individuais
(pode modificar, porem não pode excluir e causa petrea.
ANALISE FORMAL(requisitos do projeto de lei)
As exigencias e os requisitos são analisados , se não estiverem de
acordo com o PL eh rejeitado.
Se tudo estiver de acordo eh aprovado, sendo aprovado eh
encaminhado ao Plenario da casa iniciadora para votação;

REJEITADO. Em plenário eh arquivado


APROVADO. Eh encaminhado a casa revisora.

2 FASE--------CASA REVISORA---------

Se o Projeto de Lei teve inicio na Camara, a revisora eh o Senado


e vice-versa.
- Pode ocorrer Emenda ao Projeto de Lei a Emenda provoca a
devolução do Projeto de Lei a casa iniciadora para conhecimento
e apreciação da Emenda.
-Se houver rejeição provoca o arquivamento do projeto de lei.
-Se ocorrer a aprovação eh encaminhado ao chefe do Executivo.
3/5 em 2 turnos .
O Projeto de Lei passa no mínimo em 2 casas.

3 FASE
QUANDO O PROJETO DE LEI
VAI AS MAOS DO CHEFE
Dicas; veto ou sanção esta ligado a
Projeto de lei.
O veto eh de competência privativa do
presidente da Republica.
-veto; o veto pode ser total ou parcial
.artigo, Paragrafo; inciso; alínea
O Presidente pode vetar o artigo e
aprovar o inciso, para o Presidente
vetar tem que ter motivos que eh a
inconstitucionalidade. Mesmo
passando na outra casa o Presidente
pode vetar.
-Contrario aos interesses públicos [e
critério subjetivo(não esta na CF).

O veto tem que ser expresso, não há


veto verbal, o veto tem prazo que eh
de 15 dias uteis. O veto no Brasil não
eh absoluto, podendo ser derrubado
pelos membros do Congresso nacional
em ate 30 dias a partir do seu
recebimento. O veto no Brasil eh
relativo.

SANCAO

EH aprovação , concordância. A sanção pode ser total ou parcial,


pode ter motivo ou não. O motivo eh de caráter facultativo tem
prazo de 15 dias art. 66 & 3.
Se o Presidente aprovar ele promulga eh quando ele transforma o
Projeto de Lei em Lei.
A Lei passa a ter existência na promulgação. Da sanção para a
Promulgacao tem prazo de 48 horas.
A Promulgacao eh de competência do Presidente da Republica
que a promovera dentro de 48 horas a partir do seu recebimento.

Na recusa do presidente do Senado devera promove-la o vice-


presidente do senado dentro de 48 horas a partir de seu
recebimento (presidente , senado, vice-presidente do senado).

Da Promulgacao para a publicacao não há prazo.


Quando publica a Lei e ela esta sem data da-se a Vacancia(vocatio
legis) ainda não esta produzindo efeitos, resultados. Interno 45
dias no mínimo, externo 3 meses no mínimo. Ler art. 12/CF

NACIONALIDADE-----
-NACIONAL eh o individuo que pertence a uma
determinada Nacao.
-CIDADAO eh o individuo que possui condições para
exercer direitos e contrair obrigações na área política;
pode ser plena quando o individuo pode votar e ser votado
e pode ser limitada.
Dica; nem todo nacional eh considerado cidadão , mas
todo cidadão necessariamente eh nacional.

-ESTRANGEIRO eh o individuo que não pertence aquela


determinada nação.

COMO ALGUEM SE TORNA NACIONAL


. JUS SOLI- direito do solo em razão do local de
nascimento, qualquer lugar onde o estado exerce
soberania (poder de decisão)
.JUS SANGUINIS- direito do sangue , em razão do
parentesco (vinculo entre pessoas).

TIPOS DE PARENTESCO
-Consaguineo(mesmo sangue) Pai/filho avo/neto
-Legal – a lei determina que somos parentes
marido/esposa filho adotivo
-Afinidade (vinculo aos parentes do cônjuge)
sogra/cunhado.

No Brasil so há pedido de nacionalidade se for parente


consaguineo ou legal. Dependendo do pais, precisa ver o
grau para pedir a nacionalidade.

NACIONALIDADE BRASILEIRA
O Brasil adota o jus soli, mas também admite o jus
sanguines nacional art. 12 CF.

-NATO os nascidos na republica Federativa do Brasil – jus


soli, ainda que de pais estrangeiros não membros , desde
que não estejam a serviço de seu pais. Os nascidos no
estrangeiro fora do pais de pai ou mãe brasileiros jus
sanguines desde que qualquer deles esteja a serviço da
republica federativa do Brasil.

A lei permite que a pessoa tenha varias nacionalidades.


No Brasil o critério jus sanguines so eh admitido em 1 grau
Pai/filho
O critério jus sanguines no Brasil não eh admitido em
razão do casamento e nem na relação de pais estrangeiros
aos filhos brasileiros. Os nascidos no estrangeiro fora do
pais, de pai ou mãe brasileiro jus sanguines.

-Requisitos -Residencia /opção /requerimento


Pode ser feito a qualquer tempo , duando falar que eh a
serviço eh por designação oficial .

NATURALIZADO eh um individuo que eh do estrangeiro e


quer ser naturalizado no Brasil.
- Originario eh qualquer pais a língua Portuguesa, tem que
estabelecer residência pelo menos 1 ano ininterrupto, tem
que ter idoneidade moral.
-Não originários- são os demais estrangeiros não
originários da língua Portuguesa, tem que estabelecer
residência a mais de 15 anos ininterrupto, sem
condenação penal.
A naturalização eh facultativa.

CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS

-Presidente da republica; vice-presidente; presidente da


camara; presidente do senado; ministro do STF; membro
da carreira diplomática; oficial das forcas armadas;
ministro de estado de defesa.

O estrangeiro naturalizado não pode ser Presidente da


Republica do Brasil. Não existe estrangeiro naturalizado, o
estrangeiro no Brasil não pode possuir cargo eletivo.
Obs; cargo eletivo político não pode, outro cargo qualquer
pode.

PERDA DA NACIONALIDADE

-Naturalizado- pode perder a nacionalidade mediante


sentença judicial, eh quando ele passa a praticar atos
contrários ou ilícitos dos interesses nacionais, e ainda por
opção.

-Nato- pode perder por opção voluntaria , eh quando


adquire-se outra nacionalidade por vontade própria .
perde-se quando não for pelos 2 criterios admitidos pela
nossa C.F – jus soli, jus sanguines.

-EXCECAO –residência a vários anos no estrangeiros, o


governo impõe unilateralmente, a pessoa adquire outra
nacionalidade e não perde a sua.
-Quando a opção eh imposta, dando a pessoa o direito de
escolher a pessoa perde a nossa nacionalidade.

Dica; a CF admite a reaquisição da nacionalidade, em


razão de entendimento da doutrina dominante jus soli, jus
sanguines.

Direitos e garantias art. 5 CF caput (parte inicial,


introdução do artigo)

Principio da Igualdade( isonomia diz que todos são iguais


(caráter lato senso)

Destinatários brasileiros (lato senso)


Natos/naturalizados estrangeiros/stricto senso
Residentes/local.
Com moradia ou habilitação do individuo com animo
definitivo.
-inviolaveis direitos subjetivos vida, liberdade, segurança
-direitos intrínsecos- igualdade
-propriedade- direito objetivo quem exerce somos nos.

- homens e mulheres são iguais (especifico) em dieitos e


obrigações nos termos da CF.
Dica. Essa expressão determina que o assunto tratado eh
imutável ou seja não será objeto de extinção constitucional
(clausula Petrea)

PRINCIPIO DA LEGALIDADE

-Ninguem será obrigado a fazer ou deixar alguma


coisa, se não em virtude de lei. Este principio eh
condicionado a existência da lei, tem que esta na
lei.

-Ninguem será submetido , coagido a tortura ou


tratamento desumano ou degradante.

Dica. Tortura ( dor, sofrimento ) tortura eh crime


inafiançável e insuscitivel .
-GRACA eh beneficio penal, não existe nenhum tipo de
beneficio.

-ANISTIA, perdão político, tratamento desumano ou


degradante eh o tratamento humilhante.

Eh inviolável o sigilo da correspondência, comunicacaes


telefônicas e de dados(informações) e de comunicações
telefônicas. Salvo; em caso de investigação criminal ou
instrução processual, penal que eh a composição de
provas.

GARANTIAS eh a proteção ao nosso direito


Garantias Constitucionais ou remédios constitucionais.

HABEAS CORPUS liberdade do corpo, garantia


constitucional ao direito. Livre locomoção ou de ir, vir e
permanecer, contra ilegalidades ou abusos de poder. Eh
um direito especifico. Qualquer pessoa pode impetrar o
habeas corpus, ate a pessoa que esta presa.
Dica. Habeas corpus eh a única garantia em que se pode
abrir Mao do advogado , ele eh gratuito, sem taxas e sem
custas processuais. Ou molumentos.
TIPOS DE HABEAS CORPUS
-habeas corpus preventivo – ele antecede ao fato , eh de
caráter preventivo.
-habeas data eh uma inovação na CF, eh uma garantia
constitucional através da qual, o individuo requer o
conhecimento de informações sobre a sua pessoa, que
constem em arquivos de entidades governamentais ou de
caráter publico.
Por não concordar com os fatos posso pedir também uma
retificação de dados (direito especifico).
Dica. O habeas corpus eh impetrado
O habeas data eh impetrado.

No habeas corpus o impetrante eh qualquer pessoa , no


habeas data o impetrante eh a própria pessoa
(personalíssima)
No habeas corpus sem advogado , no habeas data com
advogado. Eh obrigatório a presença de um advogado. HC
eh gratuito, no HD eh gratuito.
O habeas data soe h impetrado após a efetiva recusa em
se conceder a efetiva recusa contra a informação, eh
remediativo. A recusa pode ser expressa ou tácita.
MANDATO DE SEGURANCA
Eh uma garantia constitucional a todos os direitos liquidos
e certos , são os direitos incontroversos, direito que não
tem discursao, ele eh regulamentado. Salvo habeas corpus
ou habeas data o mandato de segurança tem que impetrar
com um advogado, tem que pagar taxas e custas
processuais.

MANDATO DE SEGURANCA PREVENTIVO


MANDATO DE SEGURANCA REMEDIATIVO

Impetrante = quando o impetrante é uma entidade


ele é coletivo e quem pode impetrar o mandato de
segurança coletivo é Partido político com
representação no Congresso Nacional,;
organização Social; Entidades de classe (OAB)
legalmente constituída e em funcionamento pelo ao
menos 1 ano e Associação.

MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL


Qualquer pessoa física ou jurídica
MANDADO DE INJUNÇÃO
Garantia Constitucional que promove o exercício de
um direito na falta de uma norma
regulamentadora(mas isso é controverso) ex: juros
legais são de 12% ao ano art. 192 $ 3º CF ; art. 9º
greve é um direito mas não está na Lei.
Funcionalismo público para manter a greve, entra
com mandado de injunção, tem que ter advogado,
tem que pagar taxas e custas processuais.
O mandado de injunção pode ser preventivo ou
remediativo, pode ser impetrado pela pessoa física
e jurídica.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
-Doutrina é uma interpretação do direito, é uma análise ,
é um parecer do direito, os doutrinadores tratam da
análise é uma doutrina dominante. doutrina é o que não
consta no código, ai ouvimos a opinião dos doutrinadores
e fica sendo válido.

-JURISPRUDENCIA consiste no conjunto de decisões dos


juízes e tribunais, quando os juízes passam a julgar
igualmente chama-se jurisprudência firmado ou pacífico. A
decisão do juiz é sentença, acórdão, súmulas.
Muda o nome se sentença para acórdão dependendo do
grau do processo.
- CONTROLE consiste na fiscalização ou
policiamento(ordenamento jurídico vigente) das normas
em vigor.
O controle é para resolver os conflitos que podem ser:
norma x norma= ilegalidade ou norma x CF=
inconstitucionalidade/infraconstitucionalidade
Ex: Emenda propondo pena perpétua , foi aprovada, só
que não pode porque é cláusula pétrea. Então é uma
inconstitucionalidade.
- REQUISITOS PARA O CONTROLE: existência de uma CF
soberana/ supremacia constitucional.
Constituição/natureza escrita/rígida forma/estabilidade
-designação de pelo menos 1 orgão com poder de decisão.

PODER JUDICIÁRIO
Função típica = promover a solução dos litígios(conflitos)
aplicabilidade das normas ao caso concreto.
Prestação/auxilio jurisdicional/decisão
-Representantes jurisdicional são os juízes atos
processuais.
-despachos; decisões interlocutória ou saneamento;
sentença ato processual que põe fim ao processo.

GARANTIAS E PROIBIÇÕES/VEDAÇÕES DO JUIZ


-Vitaliciedade só perde a condição de juiz quando for
condenado, em regra ele é juiz aposentado. Salvo em 1º
grau que é o juiz substituto , só adquire a estabilidade
após 2 anos e 1 dia.
-Inamovibilidade consiste na condição do juiz de
ser mantido na área ou jurisdição para a qual fora
designado. Ele se sente seguro para dar a sentença
do jeito que ele quer, sem ser repreendido. Salvo
por interesse público.
-Irredutibilidade dos subsídios nem mesmo o
próprio poder judiciário poderá promover a redução
do seu salário.

PROIBIÇÕES E VEDAÇÕES DO JUIZ


-Exercer mesmo que em disponibilidade outro
cargo ou função salvo 1 de magistério
-Receber a qualquer título ou protesto custas ou
participação em processos;
-Participar em atividade Política Partidárias, o juiz
não pode ser secretário de governo etc...

ESTRUTURA
São órgãos do Poder Judiciário estamos falando dos
juízes e tribunais.
-1º GRAU/ 1ª INSTANCIA É O primeiro a receber o processo
são os juízes estaduais, federais , militares e eleitorais.
-quando recorre aos TJ, TRF, TRT,TJM,TER estão em 2º
GRAU/ 2ª INSTANCIA ONDE RECEBE O RECURSO
RECURSAL

Nível superior: STJ, TST, STM, TST, DECISÃO NACIONAL.

STF GUARDA DAS NORMAS


CONSTITUCIONAIS ESPECIALIZADA

STJ é composto no mínimo de 33 ministros


TJ – JUIZES ESTDUAIS
TRFS-JUIZES FEDERAL
STM é composto de 15 ministros
TJM – JUSTIÇA ESPECIALIZADA – JUIZES MILITARES

TST 17 MINISTROS VARAS TRABALHISTAS


TRT - JUSTIÇA ESPECIALIZADA
TSE é composto no mínimo 7 ministros
TRE – JUSTIÇA ESPECIALIZADA/ JUIZES ELEITORAIS

Os Tribunais de Nível superior tem sede em Brasília

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


Guarda das Normas Constitucionais tem 11 ministros
-tem que ser nacional nato
-idade mínima + de 35 anos e máxima – 65 anos
-reputação ilibada, notável saber jurídico, a nomeação é
feita pelo Presidente da República, ele recebe uma lista
trípice e tem que ser aprovado pelo senado, por maioria
absoluta.

Competência Originária/início
Cabe ao Supremo inicialmente processar e julgar , tem a
exclusividade da decisão.
Exclusividade da decisão é método concentrado do
controle da constitucionalidade.

-Processar e julgar os litígios e conflitos de atos


normativos/ normas em vigor Federais e estaduais.
-ADIN Ação direta de Inconstitucionalidade
-ADECON- Ação declaratória de constitucionalidade
SUJEITOS LEGÍTIMOS PARA PROPOR UMA ADIN
.Presidente da República quando achar que a lei em vigor
não é cabível.
.Câmara dos deputados, Senado , Assembléia legislativa ;
Governador, Procurador geral da república.

Compõe a mesa: Presidente da respectiva casa, 2 vices-


presidentes das respectivas casas, 4 secretários; Partido
político com representação no C.N; conselho Federal
(OAB); confederação Sindical ou entidade de classe de
Âmbito Nacional.

Lei Federal 9.868 governador distrital e mesa Câmara


legislativa.

Dica: O advogado Geral da união representando o


presidente pode impetrar uma ADIN

TIPOS DE ADIN POR AÇÃO


-Ação (positiva) é aquela que trata de identificar ato ou lei
que fere a C.F ex: tributo criado hoje e cobrado amanhã.
-ADIN por Ação de caráter MATERIAL é aquela que versa
sobre assunto ou matéria em contrariedade à CF ex:
Clausula pétrea.
-ADIN por Ação de caráter FORMAL é aquela em que se
manifesta a falta de cumprimento dos requisitos ou
exigências constitucionais ao ato da Lei (falha de
procedimento ou de elaboração) ex: emenda aprovada por
1 turno e por maioria absoluta (falha no procedimento)

PAREI

....................................................................................................................................
.........
======================================================
CONSTITUCIONAL
FUNDAMENTOS:
 Sociológica – Ferdinand Lassale, para ele existe uma constituição escrita e uma outra
que é a real ou efetiva. A constituição escrita só vale quando corresponde a realidade.
Constituição real ou efetiva “é a soma dos fatores reais de poder que rege uma
determinada nação”. Naquela época era a monarquia, burguesia, povo etc.
 Política – Karl Schimitt – Teoria da Constituição. Faz distinção entre constituição
e leis constitucionais. A constituição propriamente dita é o conceito absoluto de
constituição, sendo apenas aquilo que decorre de uma decisão política fundamental
(teoria decisionista). Na nossa CF são os direitos fundamentais, a estruturação do Estado
e a organização dos poderes estatais. Todo o restante que está no documento
constitucional são apenas leis constitucionais. Elas só são constitucionais do ponto de
vista formal, pela maneira que foram introduzidas no ordenamento jurídico.
 Jurídica:
1. Hans Kelsen – a constituição não precisa se socorrer de nada para encontrar o seu
fundamento, ela é um conjunto de normas, logo ela encontrara o seu fundamento
no direito. Ela não pertence ao mundo do ser, e sim do dever ser. Por ser a
constituição uma lei (conjunto de normas, puro dever ser) ela encontra o seu
fundamento no próprio direito. Kelsen distingue a constituição em sentido lógico-
jurídico e uma constituição em sentido jurídico-positivo. No primeiro a
constituição é a norma fundamental hipotética, que é o fundamento da
constituição propriamente dita, ela é hipotética porque ela é uma norma
pressuposta, para que a constituição encontre o seu fundamento. A norma
fundamental hipotética tem apenas um dispositivo que diz que todos devem
obedecer à constituição.
2. Konrad Hesse – o principal argumento para que se admitisse a relativização da
coisa julgada foi a preservação da força normativa da constituição. Quando
desenvolveu a tese da Força Normativa da Constituição ele queria rebater a tese
de Lassale. Afirma que em alguns estados, realmente, a CF real acaba
prevalecendo sobre a constituição escrita ou jurídica, mas se entendermos que ela
só tem importância quando corresponder a realidade o direito constitucional não
terá importância. Então ele afirma que a constituição escrita possui uma força
normativa. A constituição possui uma “força normativa” capaz de conformar
a realidade, para isso é necessário que haja “vontade de constituição” e não
apenas vontade de poder.
 Culturalista – busca associar (conciliar) as outras três concepções. Ela diz que a CF
tem um fundamento sociológico, mas ao mesmo tempo a CF tem um fundamento político
e a CF é norma pura, tendo um fundamento jurídico, ou seja, todas as concepções perdem
pela unilateralidade, pois só vêem a CF por um único aspecto. A culturalista busca o
fundamento da CF na cultura de um povo. Ao mesmo tempo em que a CF é condicionada
pela a cultura, essa CF depois que surge passa a ser uma condicionante dessa mesma
cultura. Essa concepção remete ao conceito de CF total, que abrange todos os aspectos da
vida humana e não apenas um aspecto.
Concepções quando ao Papel da Constituição:
Temos que analisar a liberdade de conformação deixada pela Constituição, tanto ao
legislador, quando aos cidadãos.
 Constituição Lei – a CF é uma lei como outra qualquer, não existe hierarquia entre
CF e Lei. A CF não tem supremacia sobre as demais leis. Não existe poder de conformar
o legislador. A liberdade de conformação do legislador é ampla, ele pode fazer o que
entender. A CF é apenas uma diretriz, conselho, o legislador segue ou não. Essa
concepção é inaceitável nos dias atuais, principalmente quando se fala em constituição
rígida como a brasileira.
 Constituição Fundamento ou Total – a CF é o fundamento não apenas das
atividades estatais, mas de toda a vida social, por isso que também é chamada de CF
total. Essa constituição total é inerente as constituições dirigentes como a CF/88. Ela
deixa uma liberdade de conformação ao legislador restrita, o legislador tem que
concretizar aquilo que a CF consagra.
 Constituição Moldura – busca um equilíbrio entre as anteriores, é intermediária. A
CF seria apenas uma moldura dentro da qual o legislador poderia atuar. O legislador
nesse caso nem tem uma liberdade de conformação irrestrita, mas também não está
limitado a concretizar a CF, pois ele tem uma margem em que ele pode atuar. Não temos
que analisar como o legislador agiu, temos que verificar se ele agiu dentro da moldura da
CF. Essas concepções não são muito mencionadas por muitos autores. Temos Virgílio
Afonso da Silva (constitucionalização do direito). Esse modelo tem sido proposto como
uma alternativa a teoria dos princípios de Robert Alexy na Alemanha.
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES:
1. Origem:
 Outorgada – são impostas pelos governantes. Dentro dessa classificação temos as
cesaristas, são impostas, mas para serem revestidas de legitimidade elas são submetidas a
plebiscito ou referendo.
 Pactuadas – frutos de um pacto entre o governante e a assembléia
 Democráticas, populares, votadas, promulgadas e dogmáticas - tem que ser feitas
pelos representantes do povo e que foram eleitos para o fim específico de elaborar a
constituição. A constituição democrática é aquela feita por uma assembléia constituinte,
esta é constituída de representantes do povo reunidos com o fim de elaborar uma
Constituição.
2. Quanto ao modo de elaboração: analisa a maneira que a CF surgiu.
 Dogmática – surge em um só momento, como aconteceu com a CF de 1988.
 Histórica – não tem uma data de surgimento, é formada de precedentes judiciais,
costumes constitucionais, que surgiram em épocas distintas. A CF inglesa.
3. Quando a Estabilidade ou Plasticidade: irá fazer uma comparação entra o processo
de elaboração da CF e o processo de elaboração das leis.
 Imutáveis - não podiam ser modificadas porque eram obras divinas (lei das 12 tábuas,
código de Hamurabi)
 Fixas – o mesmo poder constituinte que fez a CF tinha que alterá-la
 Rígida – tem um processo de elaboração mais solene, mais complexo que o ordinário.
Para ser rígida do ponto de vista jurídico ela tem que ser escrita. Alguns autores falam em
constituições costumeiras rígidas, mas para o professor, eles confundem rigidez jurídica e
rigidez sociológica, a constituição da Inglaterra é rígida no sentido sociológico.
EC = 60% ou 3/5 em dois turnos
LC = maioria absoluta (+ de 50%)
LO = Maioria relativa (+50% dos presentes)
 Flexível – o processo de elaboração é o mesmo das leis ordinárias. Não há hierarquia
nem controle de constitucionalidade. Ex. a Inglaterra que geralmente é mencionada como
constituição flexível, mas lá até 2000 o parlamento tinha uma função constituinte
permanente. Em 2000 ela a provou a “human rights acts” essa declaração de direitos
subordina o parlamento.
 Semi-rígida ou Semi-flexível – tem uma parte que pode ser alterada como lei
complementar e outra que só pode ser por meio de emenda. CF 1824.
4. Extensão da Constituição: verifica o tamanho da CF
 Clássicas, sucintas, sumárias, concisa ou breve – quando as constituições escritas
surgiram as primeiras foram: a francesa e a declaração do bom povo da Virgínia. Essas
constituições só tratavam de determinados assuntos, que posteriormente passaram a ser
tratados como matérias constitucionais. A constituição americana trata de Direitos
Fundamentais, as Normas referentes à Estrutura do Estado e Separação dos
Poderes. Ex. EUA. “Organização dos poderes”
 Prolixas, analíticas ou regulamentares – o objeto das constituições foi se ampliando
com o passar do tempo para se garantir maior estabilidade em relação a determinado
assunto. Na América do Sul a reação as ditaduras foram constituições prolixas para
garantir um maior respaldo.
5. Identificação das Normas Constitucionais: revela como uma norma constitucional
pode ser descoberta.
 Constituição em sentido material – em razão do conteúdo de suas normas e não pela
forma de elaboração. Ex. Inglesa. É o conteúdo clássico da constituição
 Constituição em sentido formal – é identificada em razão da forma de sua
elaboração. É uma constituição rígida. No Brasil identificamos a CF pela forma que foi
elaborada. Toda CF em sentido formal para ser chamada de Constituição tem que ter no
mínimo o conteúdo DEO.
Normas materialmente Constitucionais – direitos fundamentais, estrutura do estado e
organização dos poderes. As normas do art. 1º são materialmente constitucionais. As
normas do art. 3º são apenas formalmente constitucionais.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Normas Formalmente Constitucionais - tudo que está dentro da CF são normas


formalmente constitucionais, inclusive o ADCT.
6. Quanto a Função:
 Constituição Dirigente ou Programática – contém normas programáticas (norma
fim ou norma tarefa – Canotilho – são obrigatórios e vinculantes. Traz um programa de
ação a ser implementado pelos poderes públicos. Normas programáticas impõem
obrigação de resultado e não obrigação de meio (verdadeiro).
 Constituição Garantia – as Cconstituições clássicas são garantias, pois tinham a
finalidade de proteger os direitos e liberdades individuais em face do Estado e tratam dos
Princípios Materiais Estruturantes – cuida da estruturação do Estado e dos poderes, ou
seja, é o mesmo conteúdo das constituições clássicas, isto é, das constituições materiais.
Art. 1º princípios republicanos, federativo, estado democrático de direito.
Canotilho recentemente revisou os conceitos de constituição dirigente que ele adotou na
tese de doutorado. Hoje o caráter dirigente não é mais dirigista, estabelecendo limites
estritos para o legislador, elas, atualmente são mais, diretivas, estabelecem o que deve ser
buscado.
A nossa CF pode ser classificada de dirigente.
Antes dessa revisão eram três as CF dirigentes: CF mexicana, Weimar de 1919, brasileira
1988.
Podemos afirmar que toda a CF dirigente terá além dos princípios materiais estrurantes as
normas de caráter programático.
Não podemos afirmar alguma constituição é garantia e dirigente.
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988:
 Escrita; mas existem costumes constitucionais no Brasil, são fontes materiais e
formais do direito. Ex. voto de liderança.
 Codificada ou Orgânica ou Unitextual (quanto à sistemática), só é válida para a
constituição escrita;
 Promulgada/democrática; a presença de senadores que não foram eleitos para o fim
específico de elaborar a CF não tira a qualidade de democrática da CF;
 Dogmática;
 Rígida; na classificação de Alexandre de Morais – quando uma CF tem um processo
mais solene que o ordinário ela é rígida, mas se além desse processo ela tem também
cláusulas pétreas ela é super-rígida;
 Formal;
 Prolixa;
 Eclética;
 Compromissória; é uma característica das sociedades pluralista como a nossa.
 Dirigente;
 Programática;
OBS: Quanto à dogmática a CF pode ser ortodoxa (CF russa de 1936) ou eclética.
Constituição Dútil ou Suave – é uma tradução do espanhol, o autor que faz essa
classificação é o italiano Gustavo Zagrebelsky (mite, que foi traduzido no espanhol para
dútil). A função atual do direito constitucional deve ser a de fornecer os “materiais de
construção”. A Constituição é apenas a plataforma de partida para a construção do
edifício concreto, cuja obra será realizada pela política constitucional. As políticas
constitucionais serão implementadas para alcançar os fins que a CF traçou, deixa para o
legislador uma margem mais ampla.
Não há direitos absolutos na CF, dentro dessa concepção. Eles têm uma concordância
prática. Remodelação do modelo de soberania.
SUPREMACIA CONSTITUCIONAL
Surgiu no século XVIII com as revoluções liberais feitas pela burguesia. Os ideais eram a
proteção das liberdades em face do Estado.
O Estado possui determinados poderes, para que esses poderes sejam limitados é
necessário que exista um poder acima dele, daí surge a idéia de poder constituinte, cujo
titular é o povo. Surgiu como forma de limitação ao poder constituído. A supremacia da
constituição é uma conseqüência da supremacia do poder constituinte.
A supremacia pode ser:
 material – é a supremacia de conteúdo, pois na CF estão contidos os fundamentos dos
Estado. Toda constituição possui.
 formal – tem que ter forma diferenciada, é a rigidez constitucional. Tem que se CF
escrita.
No ordenamento jurídico temos normas superiores e inferiores. O critério proposto por
Kelsen: a norma é superior quando determina o conteúdo ou a forma da norma inferior.
Todo ato do ordenamento jurídico é subordinado à Constituição.
Pirâmide:
1º CF – é fundamento de validade de todos os atos, seja direta ou indiretamente
2º Ato Normativo Primário – retira o seu fundamento de validade diretamente da
CF. Só deles cabe ADI ou ADC.
3º Ato Normativo Secundário – decretos regulamentares e os regulamentos – têm
fundamento de validade na lei. No art. 84, IV, CF. A CF é fundamento indireto ou
mediato do decreto.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para sua fiel execução;

4º Atos emanados de autoridades do poder executivo subordinados ao Presidente da


República - Portarias; Instruções Normativas; Resoluções Ministeriais – são
inferiores aos decretos e regulamentos por uma questão de hierarquia
administrativa.
Uma norma será superior quando determinar o conteúdo da inferior ou a forma de
elaboração da inferior.
Atos normativos primários – ex. art. 59 CF, todos menos as emendas.

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;

Todos os dispositivos de uma constituição possuem a mesma hierarquia (originários ou


derivados, direitos fundamentais e outros direitos, princípios e regras, cláusulas pétreas
ou não)
Os princípios só estão acima das regras no plano axiológico. A regra geralmente é a
concretização de um princípio.
A maioria da doutrina entende que não há hierarquia entre cláusulas pétreas e as outras
normas constitucionais, exceto Oscar Viena Vieira.
Michel Temer em Elementos do Direito Constitucional diz o que é ato infraconstitucional
não é a emenda e sim a proposta da emenda.

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois


turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
Sempre se refere à proposta e não a EC em si. A partir do momento em que a proposta
observou os requisitos ela ganha status constitucional.
Quando a EC é questionada no STF é porque a proposta não observou os requisitos, seja
formal ou material.
Art. 59
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
As resoluções são do Congresso, Câmara, Senado. Não são as ministeriais nem as dos
Conselhos.
Em regra a repartição de competência entre os entes
LF – arts. 21, 22 e 48.
LE – art. 25, §1º.
LM – art. 30.
A CF é o fundamento de validade de todas essas leis, por isso em regra, não há hierarquia
entre elas.
Art. 102, III CF - STF
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Antes, quando o STJ julgava, havia uma falsa impressão de hierarquia. Mas o
fundamento de validade é a CF.
Existem hipóteses em que lei federal está acima da lei estadual. Ex de repartição vertical
de competência – art. 24 CF. Mesmo não estando previsto no art. 24 os municípios ordem
legislar sobre essas matérias em razão do disposto no art. 30, II, CF.
A União irá estabelecer normas gerais e os Estados devem estabelecer normas especiais,
o conteúdo dessas tem que ter o conteúdo subordinado à legislação federal, se há
subordinação há hierarquia. A hierarquia existe em razão de seu conteúdo.
Existe hierarquia entre leis complementares e leis ordinárias>
Nelson Sampaio, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Alexandre de Morais defendem
que há hierarquia – primeiro em virtude da posição topográfica dessas normas no art. 59
CF; quorum de aprovação; matéria.
Semelhanças entre LO e LC:
 mesmos legitimados, art. 61 CF;
 quorum de votação dessa leis, é o mesmo para todos os atos legislativos, que é de
maioria absoluta (art. 47 CF);

Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de


suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.

 sanção e veto;
 promulgação e publicação.
Distinções:
 quorum de aprovação, mais de metade dos presentes para lei ordinária (maioria
relativa); na lei complementar precisa de maioria absoluta, mais de 50% dos membros
(art. 69 CF)
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
 matéria, que na ordinária é residual, já na complementar é uma matéria reservada pela
CF.
OBS: Quando a matéria é reservada à lei complementar, nenhum outro ato
normativo poderá tratar do assunto (LO, Tratado Internacional, Medida
Provisória, Lei Delegada).
Refutando...
O Segundo critério – as leis orgânicas são aprovadas por 2/3 (eu acho);
O Terceiro critério – uma lei ordinária não pode tratar de matéria de lei complementar e
esta pode tratar de matéria de Lei Ordinária sem ser invalidade, mas isso ocorre por uma
questão de economia legislativa, pois como possui um quorum maior temos que entender
que como a maioria concordou com a aprovação é lógico que a maioria relativa também
concordaria. Essa lei será materialmente ordinária e apenas formalmente complementar.
Entendem que não há hierarquia – Celso Bastos e Michel Temer – pois uma não é o
fundamento de validade da outra, ambas retiram o seu fundamento de validade da CF.
As decisões do STJ são no sentido de que há hierarquia, mas todas são no âmbito do
direito tributário.
A validade dessa discussão é a possibilidade de cabimento de ADI e ADC.
A CF art. 146, III CF
O conteúdo do CTN tem que ser observado por leis tributárias específicas, é o conteúdo
que determina a hierarquia e não o fato de uma ser complementar e a outra ordinária.
Tratados Internacionais
Antes o Supremo entendia que todo tratado internacional era equiparado a lei ordinária.
Flávia Piovesan e Cansado Trindade – art. 5º, §2º CF. afirmavam que se fosse tratado
de direitos humanos eles eram equivalentes as normas constitucionais. Com base nesse
art. eles diziam que deveria aplicar a teoria monista. O pacto deveria prevalecer sobre a
CF, caso fosse mais favorável.
Para tentar resolver a polêmica fez-se a EC/45 art. 5º, §3º, CF
RE 466.343 – SP
HC 90.751 – SC
O ministro defendeu que tratados internacionais se situam abaixo da CF, mas acima das
leis ordinárias. O que faz que o Dec. 911 não possa ser aplicado. Há 7 votos nesse
sentido.
Isso altera a pirâmide.
1. CF e Art. 5, §3º
2. TIDH - supralegal
3. TI = LO
Os tratados anteriores a EC/45 não são desde já recepcionados como emendas, mas eles
podem ser voltados novamente pelo Congresso, podemos entender que os mesmo que
podem propor emenda podem provocar o congresso a votar o tratado.
Se o tratado internacional violar cláusula pétrea quem prevalece> se o tratado
internacional de direito humanos ampliar um direito individual (fundamental) ele deve
prevalecer sobre a CF.
A partir do momento em que o direito individual foi incorporado ao rol dos demais
direitos ele não poderá ser retirado.

Hierarquia de Normas no Âmbito Estadual


1. CE
2. Leis estaduais e municipais, elas se subordinam a CE Art. 125, §2 CF

§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou


atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

3. Decretos e regulamentos emanados dos Governadores e Prefeitos.


Existe hierarquia entre CE e Lei Orgânica Municipal> Não. Alexandre de Morais
afirma que não existe hierarquia entre Estados e Municípios, pois ambos são dotados de
autonomia. O prof. entende que a norma é superior quando determina o conteúdo ou a
forma na norma inferior. Então vejamos: Art. 29 – pela forma não há subordinação, mas
o conteúdo tem que observar os princípios da CE, então há subordinação.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

Hierarquia de Norma do Âmbito Municipal


1. Lei Orgânica
2. Leis Municipais complementares e Ordinárias
3. Decretos e Regulamentos
A forma de elaboração das leis municipais está prevista na lei dos municípios. Quando a
lei municipal viola a LO cabe controle de legalidade e não de constitucionalidade. Quem
irá decidir esse conflito é o juiz de primeiro grau no caso concreto.

Hierarquia de Normas no Âmbito de Distrito Federal


1. LO DF
2. Leis distritais complementares e ordinárias
3. Decretos e regulamentos
O controle de constitucionalidade será feita em relação às matérias de competência
estadual.
Lei 9.868/99
Art. 30, §5º

§ 5o Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei
Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

A competência é do TJDF.

Alguns autores dizem que esse dispositivo é inconstitucional porque mudou a natureza da
Lei Orgânica do DF, para o prof. isso não procede, pois só servem para o controle as
normas que tem conteúdo de normas estaduais.

PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO


Está acima do ordenamento jurídico. Está fora do ordenamento. Só podermos analisar o
poder constituinte sob o aspecto da legitimidade.
Para saber se o poder constituinte é legítimo ou não, temos que analisar o seu exercício e
a sua titularidade.
O titular (duas respostas)
 Autocrática (minoritária) – o titular é sempre uma minoria, seja religiosa, militar,
economicamente privilegiada, racial etc; Essa resposta confunde titularidade com
exercício.
 Democrática – o titular é sempre a maioria do povo ou da nação. Reside na soberania
popular. Para que o poder constituinte possa ser legítimo ele tem que ser exercido pelo
seu titular, tem que decorrer de representantes do povo para esse fim específico. Para que
o poder constituinte seja legítimo os anseios das normas colocados na constituição têm
que corresponder ao que o povo quer. É o conteúdo justo que corresponde aos anseios da
sociedade. (Canotilho e a reserva de justiça), mas o prof. entende que isso diz respeito a
constituição e não ao poder constituinte.
Natureza (é a essência de um objeto) (a natureza jurídica é: o lugar que o instituto ocupa
dentro do ordenamento jurídico) – não é natureza jurídica porque o poder constituinte
está fora do ordenamento jurídico.
Pode ser considerado:
 poder de direito ou jurídico
 poder de fato ou político (predominante)

Para os positivista é um poder de fato, já que não existe outro direito além daquele posto
pelo Estado.

Para a corrente jusnaturalistas afirma que é um poder jurídico – eterno, universal e


imutável. O direito natural se situa acima do direito positivo. O poder constituinte
originário está subordinando aos princípios do direito natural, então ele é um poder de
direito.

Hoje não se invoca mais o direito natural, uma vez que os valores por eles defendidos são
consagrados na própria constituição.

Características Essenciais – os diferenciam dos demais poderes do Estado.

Positivistas George Bordeaux – inicial (não existe nenhum outro poder antes ou acima
dele), autônomo (a idéia de direito a ser consagrada na CF cabe a ele escolher),
incondicionado (formal e materialmente – não está condicionada por nenhuma forma
anterior – a matéria cabe ao poder constituinte decidir a limitação seria apenas por
aspectos meta jurídicos)

Jusnaturalistas - Abade Joseph Sieyès – permanente (não se esgota no seu exercício,


depois de elaborar a CF), inalienável (o povo nunca pode transferir essa titularidade,
pode ocorrer uma usurpação no exercício desse poder, mas a titularidade não),
incondicionado (apenas juridicamente, pois está condicionado ao direito natural).

Classificações do Poder Constituinte – Limitação materiais impostas a esse poder –


 Dicotômica – existem dois poderes constituintes, sendo um originário e o outro
derivado. As limitações materiais impostas pelo poder originário ao derivado (cláusulas
pétreas) não podem ser alteradas, suprimidas.

 Tricotômica – existem três poderes, sendo o poder constituinte originário,


derivado/reformador (modifica a constituição), misto/intermediário/pontual (José Carlos
Francisco adota essa classificação) é um poder capaz de alterar as limitações materiais
impostas pelo poder constituinte ordinário, ou seja, poderia alterar as cláusulas pétreas,
defendem dizendo que é melhor ter um poder que possa alterar a cláusula pétrea do que
simplesmente ter que fazer uma nova constituição para alterá-la.

Quando a CF foi feita essa classificação tricotômica foi cogitada, mas não foi aceita. É
adotada na Argentina. Os que defendem alegam que a CF disponibilizou mecanismos
mais rígidos só que sua própria alteração para que as cláusulas sejam modificadas. Teria
que ser por EC que tem que ser submetida a um plebiscito ou referendo. A previsão
estaria no art. 14 CF.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

Temos que observar que a CF fala em plebiscito ou referendo nos termos da lei.

Temos que saber disso porque quando falamos em pena de morte para alguns crimes
existe essa teoria que dá fundamento a esse pensamento.
A CF tem que proteger metas a longo prazo.
A CF não é antidemocrática quando estabelece as metas de longo prazo são mecanismos
para que democracia seja mantida.
Espécies:
 poder constituinte originário:
I:
a) Histórico – é aquele que irá elaborar a primeira constituição de um Estado, no
caso do Brasil foi a de 1824.
b) Revolucionário – todas as constituições seguintes (1891, 34, 37, 46, 67/69, 88)
há uma ruptura com o ordenamento jurídico anterior, por isso o nome
“revolução”.
II:
a) Material – conteúdo que será consagrado dentro de CF. Miguel Reale e a teoria
tridimensional do direito. Dimensão axiológica, normativa e fato. Essa divisão
entre poder constituinte material e formal poderia ser encaixado na teoria
tridimensional da seguinte forma: após a escolha do conteúdo no plana axiológico
ocorre a consagração no plano normativo, é a formalização. Para que as normas
sejam interpretadas e aplicadas tem que ocorrer o caso concreto, que comporta a
tridimensão do direito;
b) Formal – assembléia constituinte
 poder derivado:
a) Reformador (art. 60 CF) – faz a reforma constitucional;
b) Revisor (ADCT, art. 3º) – fez a revisão em 1993
A reforma é a via ordinária revisão é a via extraordinária. Por isso que a reforma está
prevista na parte permanente da CF, já a revisão está no ADCT. As normas do ADCT são
de eficácia exaurida quando aplicadas ao caso concreto, não pode haver outra revisão
com base no art. 3º do ADCT.
c) Decorrente (Art. 25 CF e 11 ADCT) – cria as constituições estaduais. Após a
entrada em vigor de uma nova constituição da república é ideal que todos os
Estados elaborem novas constituições estaduais, para respeitar o princípio da
simetria. As assembléias não são ilimitadas. As limitações estão contidas na
própria CF.

Art. 11. ADCT - Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição
Federal, obedecidos os princípios desta.
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no
prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e
votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

Limitações ao Poder Derivado Decorrente (classificação de José Afonso da Silva)

 Princípios Constitucionais Sensíveis

 Princípios Constitucionais Estabelecidos:


- limitações expressas: regras mandatórias e regras vedatórias
- limitações implícitas
- limitações decorrentes
 Princípios Constitucionais Extensíveis
Princípios constitucionais Sensíveis – art. 34, VII – essa denominação foi criada por
Pontes de Miranda, segundo Afonso da Silva eles tem esse nome porque se violados irão
gerar uma reação, que é a intervenção federal. Se referem a essência da organização do
Estado brasileiro

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,


compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)

Se estes princípios forem violados o Presidente da República pode decretar diretamente


intervenção> Existe um pressuposto para que a intervenção possa ser decretada nessas
hipóteses, que é a Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva. O Presidente da
República não pode decretar a intervenção diretamente. É necessário que o PGR ajuíze a
ADI interventiva, posteriormente o STF (único órgão competente para essa ação), caso o
Supremo dê provimento o Presidente da República poderá decretar a intervenção (art. 36,
III, CF),

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:

III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral


da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

O único que tem competência para decretar uma intervenção federal é o Presidente da
República e a estadual o Governador do Estado.
Princípios Constitucionais Estabelecidos
- limitação expressa ao Estado: estão de forma textual na CF, dizem expressamente que
os estados devem fazer algo ou não podem fazer algo, daí poderem ser madatórias (art.
37, caput) ou vedatórias (art. 19).
- limitação implícita aos Estados: não estão colocadas textualmente na CF, mas que
pode ser deduzida de outras normas constitucionais. Ex. art. 21 e 22 temos competências
administrativas atribuídas a União, lá não se veda nada ao Estados, mas deduzimos que
os Estados não podem tratar dessas matérias, da mesma forma ocorre com o art. 30, pois
se a CF atribuiu esse competência ao Município, é óbvio que o Estado não pode tratar.
- limitações decorrentes: são aquelas que defluem do sistema constitucional adotado.
Ex. princípio federativo, deste defluem várias limitações decorrentes, como aquele que
proíbe um tratamento desigual aos entes federativos. O Estado não pode dar um
tratamento diferenciado em relação aos Municípios que o compõem.
Princípios Extensíveis – são princípios que a CF impõe como limitação a organização da
União, só que eles se estendem aos Estados (art. 93, V- é o único princípio extensível na
nossa CF de 88).
Limitações ao Poder Reformador (art. 60 CF)

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado


Federal;
II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,


manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa (+ de 50 % dos presentes, tem
que está presente a maioria absoluta) de seus membros.

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de


estado de defesa ou de estado de sítio.

§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois


turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e


do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não


pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (período anual). Os
períodos legislativos são semestrais.

 Limitações Temporais – impede a alteração da CF durante um determinado período


de tempo. Algumas constituições possuem limitações temporais para assegurar a
estabilidade da CF, evitando que ela seja alterada logo após a sua promulgação. Ela é
comum nas primeiras constituições dos Estados, como no Brasil em 1824, em que se
tinha uma limitação temporal de 4 (quatro) anos. Para reforma a CF/88 não possui
limitação temporal.
 Limitações Circunstanciais/Explícitas (art. 60, §1º) – em situações excepcionais a
CF não pode ser modificada. São circunstancias de tal gravidade que o poder reformador
poderá tomar decisões precipitadas, é o Estado de Legalidade Extraordinária, as
normas constitucionais têm que ser respeitadas, mas existem determinadas restrições que
são impostas aos direitos fundamentais, é o que ocorre no Estado de Defesa (art. 136 CF),
no Estado de Sítio (Art. 137) e na Intervenção Federal (art. 34 CF).
 Limitações Formais/Processuais/Procedimentais/Implícitas – podem ser:
- subjetivas, relacionadas ao sujeito, iniciativa; Nem todos os legitimados para propor
leis, podem propor EC (art. 60, I, II, III CF), para propor leis o rol é mais amplo (art. 60).
A única participação que o Presidente da República pode ter no processo de elaboração
das emendas é a iniciativa. Não existe sanção nem veto de EC. Não é o presidente que
promulga publica.
Existe previsão expressa de iniciativa popular de EC> Não. A CF só prevê iniciativa
popular de lei (art. 61, §2º, CF).
Cabe iniciativa popular de EC> o primeiro entendimento é que é possível (José Afonso
da Silva), o argumento é que se deve fazer uma interpretação sistemática da CF, e por
analogia se aplicar o art. 61, §2º, CF, como o povo é titular do poder constituinte, como
ele pode propor por meio dos representantes, também poderia diretamente. É uma
analogia legis. A analogia iuris utiliza os princípios.
O entendimento majoritário é que não cabe iniciativa popular de emenda (STF), o
Supremo não admite porque entende que o art. 61 estabelece uma regra geral de
iniciativa, o art. 60 CF estabelece uma norma excepcional, e normas excepcionais devem
ser interpretadas restritivamente.
- objetivas, relacionadas ao procedimento em si (art. 60, §2º CF). Depois de aprovada a
EC é promulgada (§3º, art. 60, CF). Art. 60, §5º CF.
A sessão legislativa começa dia 2 de fevereiro, mas quando se inicia uma nova legislatura
ela começa no dia 1 de janeiro.
Art. 62, §10 – a mesma regra da EC é aplicada à Medida Provisória. Uma MP rejeitada
pode ser reeditada várias vezes, desde que seja em sessão legislativa distinta. Isso é
diferente de prorrogação.
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Projeto de Lei – art. 67 CF
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Revisão Constitucional – é mais fácil que a reforma. A diferença está na limitação


temporal e limitações formais.
Art. 3º ADCT. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso
Nacional, em sessão unicameral.
OBS: Não se deve confundir sessão unicameral e sessão conjunta. A única hipótese de
sessão unicameral está no art. 3º ADCT. Na sessão unicameral não existe diferença entre
deputados e senadores, os seus votos são somados em conjunto, em um total de 594 dos
parlamentares, mais de 50% é 298, necessários para aprovação da emenda de revisão.
A sessão conjunta é utilizada para derrubar o veto de Presidente da República (art. 66,
§4º, CF)

§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores, em escrutínio secreto.

Os votos são computados separadamente, são computados os votos dos senadores e dos
deputados. Nesse caso não adianta o voto de 513 deputado a favor da derrubada do veto ,
se apenas 15 senadores votarem a favor, pois tem que se conseguir a maioria absoluta
com os parlamentares.
 Limitações Materiais ou Substanciais – elas se exteriorizam por meio as cláusulas
pétreas:
- expressas,
- implícitas
Para que as cláusulas pétreas sejam consideradas legítimas elas devem estar associadas a
uma reserva de justiça. Ex. a Constituição americana que afirmava que o conteúdo
relacionado com a escravatura era imutável.
Para que a cláusula pétrea seja legítima ela deve está relacionada ao procedimento
democrático e a autonomia e a igualdade entre os indivíduos.
Reserva de Justiça: procedimento democrático e autonomia igualdade entre os
indivíduos.
Art. 60, §4º

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

A forma federativa de Estado é considera um princípio intangível.


ADI 939/DF o princípio da imunidade tributária recíproca é cláusula pétrea, pois decorre
da forma federativa adotada pela CF.
O voto obrigatório não é cláusula pétrea.
Secreto é o escrutíneo
Universal é o sufrágio
A cláusula pétrea não significa a intangibilidade literal do respectivo dispositivo, mas
apenas a proteção ao seu núcleo essencial.
Não são apenas os direito individuais que são cláusulas pétreas, mas todos os direitos
fundamentais, segundo o ministro Carlos Veloso.
Direito Fundamentais: D. individuais, D. coletivos, D. sociais. D. de nacionalidade, D.
políticos.
Paulo Bonaviades de Ingo Sarlet – os direitos sociais também são cláusulas pétreas. A
plena realização dos direitos individuais só é possível com a complementação dos direitos
sociais.
Gilmar Mendes – somente os direitos e garantias individuais são cláusulas pétreas, pois
apenas eles protegem a liberdade.
O prof. entende que o critério é a dignidade da pessoa humana, que é protegida a direitos
ligados a liberdade, que são os direitos individuais e a igualdade, que são os direitos
sociais. Só é cláusula pétreas os direitos relacionados ao mínimo social.
A maioria dos ministros restringe aos direitos e garantias individuais. Lembrar que eles
não estão limitados ao art. 5º, CF.
Atualmente o STF considerou que o princípio da anterioridade eleitoral (art. 16) como
cláusula pétrea. É uma garantia individual do cidadão eleitor. ADI 3685/DF;
O STF considerou cláusula pétrea o princípio tributário da anterioridade, por ser
considerado uma garantia individual do contribuinte. (art. 150, III, b);
A CF possui cláusulas pétreas implícitas (art. 60 CF) – não existe consenso –
Todo art. 60 estabelece limitações ao poder reformador, que foram impostas pelo poder
constituinte originário, então não teria sentido que o poder reformador pudesse alterar as
limitações que foram impostas a ele. Alguns autores entendem que é possível alterar. É a
clamada dupla revisão ou revisão de duplo grau – é a alteração do art. 60 e
posteriormente altera-se o conteúdo da cláusula pétrea ou a própria CF. Ex. a pena de
morte é vedada, então revoga-se por EC o art. 60, §4º e posteriormente EC para impor a
pena de morte a determinados crimes.
Ex. altera-se o procedimento do art. 60, passando o dispositivo para maioria absoluta e
depois se altera o conteúdo da CF.
Em ambos os casos está se burlando o poder constituinte originário.
Paulo Bonavides menciona como cláusulas pétreas implícitas a soberania nacional e o
pluralismo político, que são fundamentos da república federativa do Brasil.
Forma republicana de governo e sistema presidencialista são cláusulas pétreas>
Forma republicana – entende que sim - Ivo Dantas – com base no art. 2º ADCT
Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma
(república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou
presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide emenda Constitucional nº 2, de
1992)
Como houve o plebiscito e o povo optou pela forma republicana e o sistema
presidencialista esse modelo se tornou cláusula pétrea. O prof. entende de forma
contrária, pois se quisesse que fosse cláusula pétrea não teria sido submetido ao
plebiscito, mas isso não quer dizer que o CN pode alterar por EC, pois se não a consulta
popular de nada valeria, mas por uma nova consulta popular, para o prof. pode haver
alteração. Essa nova consulta não será com base no art. 2º ADCT, mas poderia haver uma
EC alterando no art. 2º ADCT e prevendo uma nova data.
O Cespe entende que pode ser alterado desde que submetido a uma nova consulta
popular.

ELEMENTOS DO SISTEMA NORMATIVO CONSTITUCIONAL


Pós-positivismo – foi criado na tentativa de superação do direito natural (justiça) X
direito positivo (segurança jurídica).
Características:
 importância dada aos valores (em especial a dignidade da pessoa humana, como
núcleo axiológico das constituições);
 elevação dos princípios à categoria de normas – os jusnaturalistas e os positivistas não
consideravam os princípios normas jurídicas, ele consideravam coisas diferentes, os
princípios não tinham caráter vinculante, sendo apenas uma diretriz. Doworkin afirma
que os juízes na aplicação dos direito sempre usaram os princípios para fundamentar suas
decisão, então se considerarmos que não é norma jurídica o juiz estaria criando um
direito posterior a ocorrência do fato, o que não é admitido por nosso sistema, então
temos que entender que o princípio é norma.
Para o pós-positivimos temos a norma (gênero): - princípios (espécie), regras (espécie).
Alguns autores chamam o pós-positivismo de neo-positivismo.
Neo-constitucionalismo – o constitucionalismo surgiu no final do século XVIII com a
Constituição francesa de 1791 e a C. americana 1787.
Ana Paula de Barcelos divide o neo-constitucionlismo em dois aspectos:
 metodológico formal, caracterizado pela:
- normatividade da CF; até metade do século XX a CF tinha apenas um caráter político,
sem caráter jurídico, foi a partir do livro do Konrad Hesse (a força normativa da CF) que
a CF passou a ser considerada de forma imperativa.
- superioridade; todos os atos do ordenamento jurídico só terão validade se tiverem
conformados com a CF, só é cabível não CF rígida.
- centralidade; deu origem ao termo constitucionalização do direito, que é decorrência
da centralidade da CF. A constitucionalização é caracterizada pela consagração cada vez
maior de normas de outros ramos dentro de CF e pela filtragem constitucional, a CF
serve como filtro para interpretação dos demais ramos do direito, interpreta-se os demais
ramos à luz da CF. Toda interpretação jurídica é em ultima analise uma interpretação
constitucional.
 substancial, envolve dois tipos de conflitos:
- gerais; existem duas correntes a respeito da interpretação que se deve fazer das
limitações materiais previstas na CF. Corrente procedimentalista e a susbstancialista,
essas duas correntes se assemelham a questão o interpretativismo e do não
interpretativimos.
Para a concepção procedimentalista a CF deve servir como espaço para assegurar o
debate democrático e a vontade da maioria, o papel não é impor determinados direito as
gerações futuras. A concepção substancialista determinados conteúdos consagrados pela
CF devem ser observados pelo interprete e pelos órgãos responsáveis por sua
modificação e concretização, a preocupação é com determinados valores que estão
consagrados na CF, estes valores não podem ser violados pelos interpretes da CF ou
pelos seus reformadores.
- específicos; são as colisões entre idéias e valores

Atuação Prática das Regras, Princípios e Postulados Normativos


Regras – as regras impõem resultados, possuem uma aplicação automática. Devem ser
aplicadas na medida exata de suas prescrições “mandamentos de definição”. Ronald
Dworkin – segundo ele a regras obedecem a lógica do tudo ou nada. A regra prevê uma
hipótese que quando ocorre ela automaticamente deve ser aplicada ao caso concreto. Ex.
aposentadoria compulsória dos servidores públicos aos 70 anos.
Princípios – Robert Alexy – segundo ele os princípios são “mandamentos de
otimização”, ou seja, normas que ordenam que algo seja cumprido na maior medida
possível, de acordo com as circunstâncias fáticas (caso concreto) e jurídicas (outros
princípios que apontam na direção oposta) existentes.
Postulados Normativos – Humberto Ávila – tem uma função diferente dos princípios.
São normas de segundo grau, que estabelecem a estrutura de aplicação de outras normas,
ou seja, ele não descreve determinada conduta, não estabelece um fim a ser atingido, ele
tem uma função de auxiliar na interpretação e aplicação de outras norma constitucionais.
Ex. princípio da presunção de constitucionalidade da lei, da interpretação conforme, da
concordância prática, todos eles estabelecem como devemos aplicar e interpretar outras
normas do ordenamento jurídico.

Critérios de Distinção entre Princípios e Regras

1. Abstratividade – alguns autores, traduzindo literalmente o termo utilizado em


espanhol falam em generalidade, mas na verdade o critério é em relação a abstratividade.
A abstratividade é uma das características das normas jurídicas, juntamente com a
bilateralidade, imperatividade, coercibilidade, abstratividade e generalidade.

A generalidade significa que a norma se dirige a todos que se encontrem na mesma


situação. Ex. Lei 8.112/90, que se aplica a todos os servidos públicos da União.

A abstratividade significa que a norma não se refere a um caso concreto, mas sim a uma
situação abstrata. É essa diferença entre os princípios e as regras, pois ambos são normas
jurídicas, então, ambos são abstratos, mas os princípios são mais abstratos que as regras.

Os princípios são normas generalíssimas, enquanto estes possuem um pressuposto fático


com hipóteses heterogêneas, as regras prevêem hipóteses homogêneas, ou seja, um tipo
de hipótese. As hipóteses previstas nos princípios não são analisáveis “a priori”.

2. Grau de Determinação (inicialmente foi criado para diferenciar regras e normas, mas
depois se estendeu. J. Essel) – o grau de determinação da regra é maior que o dos
princípios, pois enquanto as regras são aplicadas diretamente aos casos previstos por ela,
os princípios possuem uma aplicação apenas indireta. (muitos entendem que os princípios
se aplicam diretamente). Ex. dignidade da pessoa humana de tortura.

3. Idéia de Justiça - Ronald Dworkin – os princípios estão mais próximos da idéia de


justiça. Dentro da distinção feita por ele temos o plano axiológico, normativo. Quando
determinado valor é consagrado no plano normativo a primeira norma que consagra essa
valor é o princípio. O grau máximo de concretização do direito é a norma concreta, que é
quando o juiz aplica a norma abstrata e aplica ao caso concreto.

4. Dimensão que eles possuem - Robert Alexy – enquanto princípios e regras possuem
a dimensão da validade, apenas os princípios possuem a dimensão da importância, peso
ou valor.

 Antinomia jurídica própria – é um conflito de normas no campo da validade – para


Alexy as regras possuem dimensão da validade, então podemos ter conflito entre regras.
Os princípios também possuem essa dimensão, então teremos conflito entre regras e
princípios e entre princípios e princípios, este ultimo caso é mais raro, mas existe. Ex. a
CF consagra o princípio da não descriminação, vem uma lei que afirma ser possível. Esse
segundo é ilegal, incompatível com o princípio constitucional. O conflito ocorre no
campo da validade, uma das normas será invalidada. São três critérios para resolver o
conflito:

a) Hierárquico - “lex superior derogat inferiori”;


b) Cronológico ou Temporal – LICC Art. 2, §1º;
c) Especialidade – as normas especiais e gerais não se revogam – lex generali non
derrogati speciali – art. 2º, §2º

Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.

§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior.

Bobbio – teoria do ordenamento jurídico. Esses conflitos são chamados de primeiro grau.

Conflitos de segundo grau: H – C; E – C; H – E.

O critério hierárquico prevalece sobre o cronológico.

O critério da especialidade prevalece sobre o cronológico.


O critério hierárquico é mais forte que o da especialidade, mas temos que analisar a
situação concreta.

 Antinomia Jurídica Imprópria – chamada por Bobbio de antinomia de princípios.

Ocorre na dimensão da importância, peso ou valor. Só se chega à antinomia jurídica


imprópria quando passamos primeiro pelo campo da validade. Apenas os princípios
entram em conflito nesses campos.

Importância – o conflito irá ocorrer sempre no caso concreto. Quando temos uma
colisão no campo da importância iremos afastar o princípio naquele caso concreto, o
princípio não será excluído, mas sim afastado momentaneamente. O conflito é chamado
de colisão.

As colisões podem ser:

Autênticas – é entre dois direitos fundamentais, que são titularizados por pessoas
diferentes. Ex. privacidade e liberdade de imprensa (informação).

Impróprias – ocorre entre um determinado direito fundamental X um bem jurídico da


comunidade. Ex. liberdade de locomoção de uma pessoa e saúde pública.

Técnica utilizada para solucionar esses conflitos - Ponderação de


Princípios/bens/interesses/normas – é uma técnica de decisão judicial a ser utilizada
nos casos difíceis (hard cases). Os casos simples são resolvidos pela subsunção.

Habermas e Schlink defendem que a ponderação é uma técnica que conduz ao


subjetivismo e não deve ser utilizada.

Para que a ponderação não ser totalmente subjetiva temos que saber quais sai os critérios
para se ponderar, bens e valores.

Critérios para se Ponderar as Normas

1. Identificar quais são as normas envolvidas no caso e agrupá-las;


2. Analisar o caso concreto, suas circunstâncias e conseqüências;

3. Atribuir o peso aos elementos envolvidos e estabelecimento da relação de


precedência condicionada. Quando se atribui peso aos princípios envolvidos aquele que
tiver o peso maior terá uma precedência sobre o outro, só que essa precedência é
condicionada, pois ela só existe naquela condição, em outra circunstância o quadro
poderá mudar.

Alexy - Lei de ponderação (proporcionalidade em sentido estrito) – quanto maior for a


intervenção em um determinado direito, maiores hão de ser os motivos que justifiquem
essa intervenção.

Ex. uma revista alemã de sátiras fez uma capa que colocava “assassino nato” e colocava
uma caricatura de oficial alemão, depois colocou “aleijado”, ele ajuizou uma ação
pedindo indenização. O tribunal alemão alegou que na primeira hipótese a honra foi
afetada, mas todos sabem que a revista é de piadas e ela já tinha feito isso com outras
autoridades, então não havia justificativa, se não eles não poderiam fazer piada com mais
ninguém, já no segundo caso a revista teve que indenizar, pois o grau de intervenção na
vida da pessoa é maior.

HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL

Hermenêutica e interpretação não são sinônimos.

Interpretar - significa revelar o sentido e fixar o alcance da norma.

Hermenêutica – é uma técnica que fornece os elementos para a interpretação.

Métodos Específicos de Interpretação da Constituição

Quando as primeiras CF’s surgiram, no final do século XVIII (CF Americana 1787 e a
Francesa 1791 - dois anos antes de dois anos depois da Revolução Francesa) não se
falava em método de interpretação, apenas nos meados do século XX (1950), é que na
Alemanha, passou a se desenvolver esses métodos específicos.
Os motivos que levaram ao surgimento desses métodos:

 Superioridade da Constituição;

 Princípios - é um fator que ocorre apenas em relação aos direitos fundamentais e a


maiorias da razoes que levaram a criação de métodos foram os direitos fundamentais,
pois eles são de difícil interpretação. Os direitos fundamentais se exteriorizam por meio
de princípios;

 Objeto;

 Eficácia das Normas Constitucionais; José Afonso da Silva (plena, contida, limitada)

 Origem compromissória das Constituições;

 Fatos Políticos e sua rebeldia perante o direito;

 Pré-compreensão do intérprete (ideologia);

1. Método Hermenêutico Clássico – (Ernest Forsthoff) – parte da tese da identidade


entre constituição e lei. As peculiaridades que a CF tem não justificam métodos
específicos, como a CF é uma lei ela tem que utilizar os mesmos métodos clássicos da lei
desenvolvidos pelo Savigny: gramatical, lógico, histórico e sistemático.

Crítica ao método clássico – quando Savigny desenvolveu esses elementos ele tinha
como parâmetro o direito privado, logo esses elementos são insuficientes para interpretar
a CF.

2. Método Científico Espiritual ou sociológico ou valorativo ou integrativo –


(Roudolf Smend) – o espírito da CF está nos valores que estão consagrados nas normas.
Qual a parte da CF que tem valores supremos> Preâmbulo, logo ele serve como método
de hermenêutica. Considera a realidade social. A constituição é um elemento de
integração comunitária. Esse método é parecido em alguns aspectos com o método
sistemático. A constituição como um sistema de normas, um todo, um conjunto. A
diferença é que o método sistemático é um elemento positivista, ele só utiliza as normas
constitucionais para interpretar a CF. Já esse método considera fatores
extraconstitucionais é um método crítico. Ex. fatores sociais.

A crítica feita a esse método é a indeterminação e mutabilidade dos resultados. Canotilho


afirma que ele tem termos muito fluidos, quando a realidade social muda, mudará a
interpretação da CF.

3. Método Tópico Problemático (Theodoro Viehweg 1953) – esse método foi


desenvolvido para do direito civil, mas hoje é utilizado em todos os ramos.

Tópico  topos  topoi (são argumentos, esquemas de pensamento, formas de


raciocínio, pontos de vista. São extraídos da doutrina, jurisprudência, crenças e opiniões
comuns.

STF - os direitos fundamentais não devem servir de escudo protetivo para salvaguardar
práticas ilícitas. Regras excepcionais devem ser interpretadas restritivamente. Ex. sigilo
de correspondência, em algumas hipóteses pode ser violado, pois o sigilo não pode servir
como escudo protetivo para salvaguardar práticas ilícitas.

Problemático  problema – todo esse método gira em torno do problema. Temos que ter
um problema concreto a ser resolvido. O problema é um determinado caso que comporta
mais de uma solução possível. O problema é resolvido por meio da argumentação
jurídica. O argumento que vai prevalecer é o mais convincente. É um método totalmente
anti-positivista, é uma forma de reação ao positivismo jurídico.

Críticas:

Ele pode conduzir a um casuísmo ilimitado. A norma jurídica é apenas mais um


argumento dentre vários outros, podemos ter outros elementos que prevaleçam sobre a
norma. Acaba-se decidindo cada caso concreto de maneira diferente. Isso gera
insegurança jurídica. Ele parte do problema para encontrar a norma.
Pouca importância atribuída à jurisprudência. Não importa qual é o entendimento anterior
o que importa é o caso concreto.

Utilidade do método tópico problemático:

Complementação e comprovação dos resultados obtidos pelos outros métodos. Ex.


utilizamos o método da interpretação e depois utilizamos o tópico–problemático para
vermos se o resultado será o mesmo.

Preenchimentos de lacunas, pois havendo norma ou não esse método pode ser utilizado
de qualquer maneira.

Como ele faz o caminho inverso dos demais (problemanormas).

Se não existir uma norma não irá fazer diferença alguma, chegar-se-á a uma solução, pois
a norma é secundária.

Métodos Concretistas: falam em concretização da constituição e não de


interpretação.

4. Método hermenêutico concretizador – Konrad Kess – Concepção jurídica de


constituição – interpretação e aplicação consistem em um processo unitário. Só aplicamos
uma norma no caso concreto se interpretarmos, e isso só ocorre se estivermos diante do
caso concreto. A aplicação depende da interpretação e a interpretação depende da
aplicação. Não há interpretação abstrata de uma norma. A hermenêutica fornece o
instrumento para interpretação. Tem uma inspiração no método tópico problemático e na
obra de Lumann.

Elementos Básicos  norma a ser concretizada

 problema concreto

 compreensão prévia do interprete, tanto da norma, quanto do


problema. A compreensão prévia é fornecida pela teoria da constituição.
A diferença é que o este método parte da norma para o problema, já o tópico
problemático há uma primazia do problema sobre a norma.

5. Normativo estruturante – Fredirich Miller – não temos que falar em interpretação,


mas sim em concretização da Constituição. A interpretação é apenas uma das etapas da
concretização dessa interpretação. Ele estabelece uma estrutura para concretização da
norma.

Elementos para concretização da norma:

 metodológico (elementos de interpretação e os princípios interpretativos)

 âmbito da norma e do caso (econômicos, sociais, políticos)

 elementos dogmáticos (jurisprudência e doutrina)

 elementos teóricos (fornecidos pela teoria da constituição)

 político-constitucionais

Programa normativo abrange o texto da norma e a norma propriamente dita. Texto da


norma X Norma – o texto é apenas a forma de exteriorização da norma. A norma é uma
decorrência da interpretação, para que surja a norma temos que interpretar o texto.

Diferente é o domínio normativo – que é a realidade social que o texto da norma intenta
conformar.

6. Método Concretista da Constituição Aberta – Peter Haberle – A sociedade aberta


dos interpretes – a idéia dele é o desenvolvimento de um dos aspectos específicos da
interpretação. Ele democratiza o processo de interpretação, defende uma interpretação
democrática, aberta a toda a sociedade, que é o legítimo interprete da constituição. É o
alargamento do ciclo do interprete. Ele parte da seguinte premissa: se a CF é dirigida a
sociedade, se temos que cumprir o que ela determina, temos que interpretá-la, então
também somos um legítimo interprete da CF. O Prof. entende que a sociedade não
cumpre a CF porque interpreta, ela apenas cumpre o que a CF determina sem interpretá-
la.

Paulo Bonavides considera que para que esse método possa ser utilizado devem existir os
seguintes requisitos: sólido consenso democrático; instituições fortes; cultura política
desenvolvida, ou seja, países em desenvolvimento não possuem esses requisitos.

DIFERENÇA ENTRE INTERPRETATIVISMO E NÃO INTERPRETATIVISMO

Ao contrário dos métodos alemães essa discussão se desenvolve nos Estados Unidos.

Interpretativismo – corrente mais conservadora e convencional. Para ela o papel do


interprete deve ser apenar revelar o sentido da Constituição. O interprete apenas revela o
conteúdo da Constituição. O texto da constituição tem um valor absoluto o interprete tem
que se manter a idéia originária do poder constituinte, não pode criar novas idéias que
não estão no texto. Ele entendem que o texto corresponde a vontade originária do
legislador constituinte, que é quem tem legitimidade para criar normas constitucionais. O
titular do poder constituinte detém a soberania popular, por isso não pode ser violado.

Não interpretativismo – é uma corrente progressista ou liberal (esquerda). Entende que


o poder constituinte não tem legitimidade para impor sua vontade as gerações futuras,
cada geração tem direito de viver a sua realidade de acordo com os seus valores, por isso
que o interprete pode adaptar esses direitos de acordo com a geração.

Está ligado a idéia de ativismo judicial, ou seja, o judiciário como criador de direitos. o
poder judiciário, teoricamente, seria o poder mais adequado para descobrir os valores da
sociedade em cada momento.

Essa discussão não tem muito sentido na nossa realidade, pois a CF/88 é recente.

POSTULADOS DE INTERPRETAÇÃO DAS LEIS

É uma norma de segundo grau de que estabelece a estrutura de aplicação de outras


normas.
A doutrina utiliza o termo princípio e não de postulados, mas pela classificação de
Humberto Ávila seriam postulados.

1. Princípio da Supremacia (é uma premissa) – a Constituição é feita pelo poder


constituinte que tem soberania. Se o poder constituinte é supremo e originário a norma
elaborada por ele também será suprema e originária. Sendo a CF a norma suprema a
conseqüência disso é que nenhum ato será válido se não estiver de acordo com a
Constituição. Toda interpretação jurídica é uma interpretação constitucional.

2 Princípio da Presunção de Constitucionalidade das Leis e Atos do Poder Público –


se a constituição é a norma suprema, todo poder retira a sua competência da Constituição,
então presume-se que agiram de acordo com ela. A presunção de constitucionalidade é
relativa “iuris tantum”. Essa presunção é reforça por dois controles preventivos, ou seja,
antes da lei se transformar em lei. A primeira feita pelo poder legislativo – CCJ. A
segunda feita pelo executivo – veto, este é o jurídico (ART. 66, §1º, CF).

Na dúvida sobre a constitucionalidade de uma lei ela deve ser declara inconstitucional ou
não> na dúvida a lei deverá ser declarada constitucional. Essa é a principal conseqüência
desse princípio.

3. Princípio da Interpretação Conforme a Constituição – é uma decorrência do


princípio da presunção de constitucionalidade das leis, ou seja, na dúvida devemos
interpretar a lei conforme a constituição. Esse princípio é utilizado no caso de normas
polissêmicas ou plurissignificativas, ou seja, mais de uma interpretação possível.

Limites para a utilização desse princípio:

 clareza do texto legal (sentido unívoco)

 fim pretendido pelo legislador - o juiz não pode, a pretexto de querer conformar a lei
à constituição, pela sua vontade. Se a lei foi criada para uma determinada finalidade, e
esta é inconstitucional o juiz não pode modificar a finalidade da lei para preservá-la. Mas
como fica a interpretação conforme> o dispositivo afirmaria que a lei é constitucional
desde que interpretada da maneira A. pode ser utilizada por qualquer juiz ou tribunal. O
texto da norma não é alterado, mas sim apenas as hipótese de aplicação da norma.

O STF tem utilizado a interpretação conforme e a declaração de nulidade ou


inconstitucionalidade sem redução de texto, como técnicas equivalentes. Neste ultimo se
diz que a norma é inconstitucional se for interpretada da maneira B.

Para o prof. interpretação conforme e declaração de nulidade sem redução de texto não
são sinônimos.

Pontos comuns:

a) o texto da norma não é alterado;


b) há uma redução no âmbito de aplicação da norma
c) podem ser utilizados no controle difuso ou no concentrado

Diferenças:

a) a interpretação conforme é um princípio interpretativo, é um postulado de


hermenêutica constitucional, já da declaração de nulidade sem redução de texto, é
uma técnica de decisão judicial, ou seja, qualquer interprete da constituição pode
utilizar.
b) A interpretação conforme corresponde a um juízo de constitucionalidade, já a
declaração de nulidade corresponde a um juízo de inconstitucionalidade. Nesta
última tem que se observar a cláusula de reserva de plenário (art. 97 CF).

Quando de julga parcialmente procedente, em ambos os casos, o STF tem entendido que
não precisa respeitar essa cláusula.

4. Simetria – não está expresso na Constituição, mas ele pode ser deduzido de dois
dispositivos, art. 25 e 29. As constituições estaduais e as leis orgânicas municipais,
devem seguir o modelo estabelecido pela constituição da república.
Com base nesse princípio o STF formulou as normas de observância obrigatória. As
normas não tem que ser repetidas obrigatoriamente, mas se forem repetidas, elas tem que
estar em sintonia com a constituição.

Exemplos:

 princípios básicos do processo legislativo. Art. 59 e ss Ex. as mediadas provisórias


fazem parte do processo legislativo federal. O STF entende que no âmbito estatual é
admitida a edição de medida provisória pelo governador, desde que haja essa previsão na
constituição Estadual. Mas, a constituição estadual não está obrigada a consagrar o que
está estabelecido na CF, mas, caso a consagre, o art. 62 será obrigatório para a
constituição estadual (Acre, Tocantins, Santa Catarina).

Para o prefeito edita uma MP tem que haver previsão tanto na CE como na lei orgânica
do município.

Essa é uma questão que não está pacifica.

 requisitos para a criação da CPI – art. 58, §3º - requerimento de pelo menos 1/3, fato
certo, prazo determinado. O STF entende que os requisitos para criação da CPI são de
observância obrigatória. A CPI estadual pode determinar a quebra do sigilo bancário> o
STF decidiu isso na ACO 730/RJ, seis ministros entenderam que poderia determinar a
quebra.

Os que entendem que pode haver CPI no âmbito municipal argumentam que pelo
princípio da simetria isso é possível.

Os que entendem que não pode ser criada a CPI argumentam que não existem poder
judiciário no âmbito municipal. A CF afirma que a CPI terá poderes próprios de
investigação da autoridade judicial, então o município fica prejudicado.

 normas relativas a tribunal de contar – arts. 71 e ss – a CF só fala no TC da união mas


o STF entende que tem que haver simetria. Somente Rio e SP possuem TC, que foram
criados antes da constituição.
POSTULADOS DE INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

1. Princípio da Unidade – em razão das tensões e conflitos subjacentes ao pacto


fundador, cabe ao interprete harmonizá-los de forma a preservar a unidade da
constituição. Quando a constituição tem várias ideologias isso se torna complicado.

Esse princípio afasta a tese defendida por Otto Bachoff , que escreveu um livro chamado
“normas constitucionais inconstitucionais”. Ele estava se referindo a normas originárias.
Ele afirmava que normas materialmente constitucionais eram superiores as normas
formalmente constitucionais (na definição da Carl Schimmit). Esse princípio afasta a tese
da hierarquia entre normas da constituição.

O Governador do RS questionou o art. 45§1º em face do art. 14. Este consagra a


igualdade do voto, já o 45 estabelece a proporcionalidade dos deputados. Ele afirmou que
ao estabelecer limites máximos e mínimos de deputados entre estado estaria violando a
igualdade do voto. O voto o eleitor do Acre vale mais que o de São Paulo. O STF disse
que não poderia analisar uma norma constitucional originária. Mas certamente ele
utilizaria o princípio da unidade da constituição afastando a tese da hierarquia.

2. Princípio de Efeito Integrador – na solução dos problemas constitucionais deve dar


primazia aos critérios que favoreçam a integração política e social, tendo em vista que a
constituição é um importante elemento de integração comunitária. A idéia é a mesma da
interpretação sistemática.

3. Princípio da Concordância Prática ou Harmonização – a idéia desse princípio é a


mesma do princípio da unidade, pois também tem a idéia de harmonização. O princípio
da unidade é utilizado em abstrato, ou seja, para normas constitucionais abstratamente
consideradas. É utilizado para fazer harmonizações diante do caso concreto.

Diante da colisão (conflito no caso concreto) entre princípios constitucionalmente


consagrados, cabe ao interprete faze uma harmonização reduzindo proporcionalmente o
âmbito de aplicação de cada um deles. Se a CF consagrou dois princípios o interprete
deve evitar o sacrifício integral de um, devendo aplicar um pouco de cada um deles.
4. Princípio da Força Normativa da Constituição – Honrad Hesse – na interpretação
das normas constitucionais, o interprete deve buscar soluções que as densifiquem e as
tornem mais eficazes e permanentes. Ex. o STF objetiva o processo subjetivo,
relativização da coisa julgada etc.

5. Princípio da Máxima Efetividade – a diferença entre eficácia e efetividade. Eficácia


é uma aptidão da norma para produzir os efeitos que lhe são próprios. Todos os
dispositivos da constituição são dotados de eficácia. Efetividade é algo além a eficácia.
Ela é a produção de resultados previstos na norma, ou seja, é a realização prática do
direito. Nem toda norma constitucional tem efetividade.

É um princípio utilizado para interpretação dos direitos fundamentais. Na interpretação


de dos direitos fundamentais deve-se lhes conferir o sentido que confira a maior
efetividade possível para que cumpram a sua função social.

Alguns autores Ingo Sarlet extraem esse princípio do art. 5º, §1º CF.

FALTA UMA PARTE

Preâmbulo – Natureza jurídica de norma interpretativa hermenêutica

APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS (José Afonso da Silva)

Existência – a norma existente é aquela elaborada por um poder aparentemente


competente para sua criação, ou seja, é uma verificação inicial, mas não definitiva.

Vigência – é a inserção de uma norma no mundo jurídico. Toda norma existente possui
vigência.

Validade – uma norma é válida quando elaborada conforme o procedimento e o


conteúdo estabelecidos por uma norma superior.

Eficácia – é a aptidão da norma pra produzir os efeitos que lhes são próprios.

Efetividade ou eficácia social – é a que cumpre a função para qual ela foi criada.
Obs: toda norma constitucional possui eficácia.

Normas constitucionais de eficácia:

 Plena (JAS) – tem aplicabilidade direta + imediata + integral

Direita – não depende que qualquer vontade para ser aplicada ao caso concreto (vontade)

Imediata – ela se aplica ao caso previsto independentemente de qualquer condição


(condição)

Integral – não pode sofrer restrição, não pode ser excepcionada (restrição)

Geralmente possuem eficácia plena as normas que estabelecem:

- proibições (art. 145, §2º CF)

- vedações (art. 19)

- isenções (art. 184, §5º)

- imunidades (art. 53)

- normas que não indiquem processos especiais de execução ou cujo enunciado já esteja
suficientemente explícito (art. 95, parágrafo único, exceto o final do inc. IV)

 Contida (JAS) assemelha-se a norma de eficácia plena. A aplicabilidade é direta +


imediata + possivelmente não integral.

Não depende de qualquer vontade ou condição para produzir os seus efeitos. A sua
aplicabilidade possivelmente poderá sofrer alguma restrição.

Para Maria Helena essa norma se chama de Eficácia Redutível ou Restringível. Elas
podem sofrer restrições por lei, em conceitos de direito público ou em outras normas da
Constituição.
Art. 5º, XIII CF - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Art. 9º CF É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento


das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

A norma de eficácia contida enquanto não for restringida por lei produz os efeitos de uma
norma de eficácia plena

Eficácia Plena e Contida = Auto aplicáveis, auto executáveis e bastantes em si.

 Limitada (JAS) – aplicabilidade indireta ou mediata

Indireta – depende de outra vontade para ser aplicada ao caso concreto

Mediata – depende de alguma condição

Essa norma possui uma eficácia negativa

A diferença entre as duas espécies de eficácia:

Positiva – tem aptidão para ser aplicada aos casos concretos (plena, contida)

Negativa – aptidão para invalidade as normas que lhe forem contrárias. Ela imede a
recepção de normas anteriores incompatíveis e não permitem que normas posteriores a
contrariem. (plena, contida, limitada)

As normas de eficácia limitada são dividas em duas espécies:

 Normas de Princípio Institutivo ou Organizatório – é a norma que depende de uma


outra vontade para dar forma ou estrutura a órgãos e instituições (art. 102, §1º - cria a
ADPF; art. 37, VII)
 Normas de Princípio Programátivo

 Absoluta (Maria Helena Diniz)

 Exaurida (vadi Lammêgo Bulos)

Obs: JAS classifica com se eficácia e aplicabilidade fossem sinônimos.

Falta uma Parte

CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE

Temos uma Constituição e uma lei é incompatível com ela, para constitucionalizar essa
lei é feita uma emenda. O STF entende que uma lei inconstitucional não pode ser
constitucionalizada supervenientemente.

Natureza Jurídica de uma lei inconstitucional: existem três posicionamentos

Inexistente - quando é emanada de uma autoridade aparentemente competente sua


presunção de constitucionalidade faz com que ela seja aplicadas, portanto a lei existe.

Nulo – entendimento surgido em 1803 na doutrina norte americana.

Anulável – entendimento defendido por Kelsen, segue a presunção de


constitucionalidade das leis.se a lei tem uma presunção de constitucionalidade ela assim
se mantém até ser declarada inconstitucional. E essa lei seria aplicada caso não houvesse
a declaração de inconstitucional.

STF – em sua maioria entende que seria um ato nulo.

A partir desse entendimento não se pode admitir a constitucionalidade superveniente.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

A Supremacia Constitucional tem que ser fiscalizada para que seja assegurada.
Para que haja o controle a CF tem que ter supremacia formal. Só tem supremacia formal
a CF que é rígida, e só é rígida a CF que é escrita.

Controle - É o conjunto de órgãos e instrumentos criados para assegurar a supremacia da


Constituição. Supremacia formal  rigidez  constituição escrita.

Sistemas de Controle:

1. Político
2. Jurisdicional
3. Misto

No sistema político quem exerce o controle é o poder legislativo ou um órgão criado


especificamente para essa finalidade. Ex. França que tem o conselho constitucional.

No sistema jurisdicional o controle é feito pelo pode judiciário, mas não significa que
somente o esse poder exerça o controle. Ex. EUA e Brasil.

No Brasil o controle feito pelo judiciário é misto, mas o Brasil não adota o sistema misto.
Apenas o judiciário adota o sistema difuso e o concentrado, mas o sistema é o
jurisdicional.

No sistema misto se tem o controle político e o jurisdicional, dependendo do tipo de lei o


controle será feito de determinada forma. Ex. Suíça. As leis federais são controladas pelo
legislativo, já as leis locais são controladas pelo poder judiciário.

Parâmetro ou Normas de Referencia:

As normas que servem como parâmetro para o controle de constitucionalidade.

Normas materialmente constitucionais - direitos fundamentais

- normas relativas a estrutura do Estado


- normas referentes a organização dos
poderes.

Para fins de controle o que interessa é a forma de elaboração.

Normas formalmente constitucionais - estão no corpo de constituição

A CF/88 tem início com o preâmbulo + parte permanente (normas originárias, normas
reforma, revisão – art.3º ADCT - ) + ADCT.

O preâmbulo, por ser apenas uma diretriz hermenêutica (não norma) não serve como
parâmetro para o controle de constitucionalidade. Todas as normas restantes servem para
o controle.

Com a EC/45 esse parâmetro para analise da constitucionalidade pode ser ampliado, pois
os tratados internacionais de direitos humanos tem status constitucional.

Bloco de Constitucionalidade (expressão criadas por Louis Favorev – ele se referia a


todas as normas com status constitucional). Na França tem estatus constitucional a
própria Constituição (1958) + Preâmbulo (da CF de 1946) + Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão (1789) + outras normas com status constitucional.

Canotilho utiliza essa expressão como sinônimo de parâmetro ou norma de referência.

Existem autores que estendem que leis infraconstitucionais, desde que regulamentem a
CF, também fazem parte do bloco.

Formas de Inconstitucionalidade

1. quanto ao tipo de conduta

 por ação – quando o poder público pratica uma conduta que viola a CF.

 por omissão – somente as normas de eficácia limitada pode gerar uma omissão
constitucional.
2. quando a norma constitucional ofendida

 inconstitucionalidade formal - subjetiva, o sujeito que praticou o ato é


incompetente. Ex. quando infringe o art. 61 CF, que trata das matérias de iniciativa
exclusiva do Presidente da República.

Súmula 5 STF
A SANÇÃO DO PROJETO SUPRE A FALTA DE INICIATIVA DO PODER
EXECUTIVO (não é mais aplicada pelo Supremo) O entendimento atual é que o vício de
origem é insanável.

- objetiva, quando o “quorum” não foi observado.

 inconstitucionalidade material - uma norma de fundo (conteúdo) é atingida.

O termo norma de fundo é utilizada em contraposição a norma de procedimento.

O princípio que não permite norma incompatíveis dentro do ordenamento é o Princípio


da Unidade do Ordenamento Jurídico.

3. quando a extensão  parcial, em regra ocorre quando temos uma


inconstitucionalidade material.

 total, em regra decorre de uma forma não prevista na


CF. Ex. quando a matéria para ser regulamentada por LC e se faz por lei ordinária.

A declaração de inconstitucionalidade parcial por abranger apenas uma palavra ou uma


expressão. O que não se pode fazer é alterar o sentido frase, como, por exemplo, declarar
inconstitucional apenas a palavra “não”. A palavra declarada inconstitucionalidade tem
que ser autônoma.

4. quanto ao momento  originária, o marco temporal é a CF/88.

Quando uma lei é posterior a CF e é incompatível com esta, a lei será originariamente
inconstitucional. Essa lei por ser objeto de ADI
 superveniente

Quando uma lei é anterior a CF/88 é incompatível com esta (revogação =


inconstitucionalidade superveniente)

4. quanto ao prisma de apuração

 direta ou antecedente – um ato normativo primário


viola a Constituição. Nesse caso cabe ADI e ADC

 indireta, ocorre quando há um ato intermediário entre a


CF e o ato questionado.

- conseqüente – o decreto é inconstitucional


em conseqüência da inconstitucionalidade da lei que ele está regulamentando.

- reflexa - a lei é constitucional, mas o poder


executivo faz um decreto incompatível com a lei, como o decreto viola a lei, ele
indiretamente está violando a CF de forma reflexa. Nesse caso o decreto não pode ser
objeto de ADI, pois a violação à CF é indireta. Esse decreto só poderá ser controlado por
meio do controle difuso.

Quando a lei é inconstitucional e o decreto também é inconstitucional, esse decreto não


pode ser objeto de ADI, pois a violação é indireta, mas a lei poderá ser objeto de ADI e o
STF pode considerar que o decreto também o é. É a declaração de inconstitucionalidade
por arrastamento (em relação ao decreto)

FORMAS DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE

1. Aspecto Subjetivo – os sujeitos que serão atingidos pela decisão.

 concreto (efeitos inter partes)


 abstrato (efeitos erga omnes) – nesse caso o efeito é contra todos e vinculante para o
Poder Judiciário (com exceção do STF), a administração pública. O legislativo não fica
vinculado pela decisão, pois em um estado democrático de direito o Judiciário não pode
impedir o legislativo de legislar. Evita o fenômeno da Fossilização da Constituição.

Em 1988 a CF criou a ADI. Na sua criação ela tinha apenas efeito “erga omnes”, apenas
com a EC/03 foi introduzida a ADC com efeito “erga omnes” e vinculante. O STF
entendeu o efeito vinculante para a ADI

A Lei 9.868/99 ADI e ADC efeitos erga omnes e vinculante (art. 28, parágrafo único)

Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a


interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem
redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder
Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

A lei 9.882/99 ADPF efeitos erga omnes e vinculante (art. 10, §3º). Nesse caso foi
questionada a constitucionalidade desse artigo.

Art. 102 § 1.º CF A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente


desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
(Transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)

Então a EC/45 colocou na própria CF (art. 102, §2º) esse efeito para ADI e ADC.

§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas


ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade
produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

O efeito vinculante atinge as normas paralelas.

Anteriormente o efeito erga omnes não atingiria normas iguais em outros estados, por
exemplo, mas com o efeito vinculante todas as demais leis com o mesmo conteúdo são
atingidas pela decisão, ou seja, se a lei, no outro Estado continuar sendo aplicada, poderá
caber reclamação para o STF. Isso é a explicação para o atingimento das normas
paralelas.
O efeito “erga omnes” atinge apenas o dispositivo da lei, já o efeito vinculante abrange
tanto o dispositivo da decisão, quanto a “ratio decidendi”, ou seja, os motivos
determinantes da decisão. É o efeito transcendente dos motivos determinantes.

Transcendente dos motivos determinantes – não apenas o dispositivo é vinculante, mas


também os motivos da decisão, por isso atinge normas paralelas.

As questões “obter dicta” (plural obter dictum) – questões ditas de passagem - não são
vinculantes.

“Binding effect” – é um termo utilizado pela doutrina norte-americana. Está relacionado


com o “stare decisis”, que significa que a decisão adotada pelo tribunal é vinculante em
dois aspectos: horizontal e vertical.

A vinculação horizontal ocorre dentro do próprio tribunal, seus órgãos não podem decidir
contrariamente. No Brasil corre com a cláusula de reserva de plenário.

A vinculação vertical é que os tribunais inferiores não podem decidir contrariamente ao


decidido pelos tribunais superiores. É o efeito vinculante no Brasil (binding effect).

2. Quanto ao aspecto temporal – a lei é inconstitucional desde o início, quando foi


criada.

O efeito pode ser ex tunc é a regra geral

O efeito ex nunc é aplicada em algumas situações, mas a lei é inconstitucional desde o


seu surgimento. Isso se chama modulação temporal dos efeitos.

O efeito pro futuro.

O que justifica a aplicação do efeito ex nunc e pro futuro é a segurança jurídica e o


interesse social.

Ex. Lei 8.112/90 previa a ascensão que era um concurso interno no órgão. O STF ao
analisá-la afirmou que era inconstitucional, viola o concurso público, mas os efeitos
foram ex nunc, ou seja, os servidores não tiveram que voltar ao cargo de origem, não
tiveram que ressarcir o erário e os seus atos foram considerados válidos.

RE 197.917-SP teve efeito pro futuro em relação aos vereadores que tinha que seguir a
proporção constitucional. O efeito foi aplicado apenas a partir de 2004. A modulação foi
feita no controle difuso.

Normas anteriores a CF podem ter seus efeitos modulados> Para Celso de Mello não é
possível a modulação em matéria de recepção. Já para Gilmar Mendes é possível.

Inconstitucionalidade Progressiva ou Norma ainda constitucional

É uma situação intermediária entre a inconstitucional plena e a inconstitucional absoluta.


É o Lênio Strack chama de constitucionalidade imperfeita, mas os motivos decorrentes as
circunstâncias fáticas determinam sua, ainda, constitucionalidade.

No direito alemão fala-se em Apelo ao Legislador, que ocorre nas hipóteses de


inconstitucionalidade progressiva, ou seja, quando a norma ainda é constitucional o Poder
Judiciário faz um apelo para que o legislativo corrija essa situação antes que a norma se
torne inconstitucional.

Na Áustria o legislador tem três meses para corrigir a situação.

3. Quanto a extensão da declaração – é a declaração de nulidade ou declaração de


inconstitucionalidade. Pode ser feita: sem redução de texto ou com redução de texto.

Art. 28 Parágrafo único (Lei 9.868/99). A declaração de constitucionalidade ou de


inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de
inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em
relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

A declaração com redução de texto pode ser total ou parcial.


O STF entende que a declaração de nulidade sem redução de texto = a interpretação
conforme.
Sem redução de texto - não há alteração de texto, mas uma determinada hipótese de
incidência (interpretação da lei) é considerada inconstitucional.
Com redução de texto – o STF atua como legislador atípico negativo. É como se tivesse
revogando a lei.

FORMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Todos os poderes fazem as duas formas de controle.

 Preventivo – é feito para evitar uma lesão à CF antes que ela ocorra.

- Poder Legislativo (CCJ e cidadania – Senado; CCJ e redação – C. Deputados)

- Poder Executivo (veto político ou jurídico – art. 66, §1º CF)

O controle preventivo se faz por meio, tão somente do veto jurídico.

- Poder Judiciário (por meio de MS impetrado por parlamentar, quando houver a


inobservância do devido processo legislativo constitucional). O parlamentar tem direito
líquido e certo ao devido processo legislativo. Somente o parlamentar que pode impetrar
esse MS e tem que ser da respectiva casa em que o projeto esteja tramitando.

Alguns entendem que o Presidente da República teria essa legitimidade, mas o STF não
entende assim, pois o Presidente da República pode vetar o projeto.

O judiciário pode analisar novamente a proposta que foi objeto de MS, depois que
aprovada a lei via ADI.

 Repressivo – é feito depois que a lesão já ocorreu.

Com a sanção do Presidente da República é que o projeto se transforma em lei.

O período entre a publicação e a entrada em vigência é a “vacatio legis”. Durante esse


período de vacatio não cabe ADI (o professor acha que esse é o entendimento do STF).

- Poder Legislativo - Art. 49, V CF; Art. 62 CF; Súmula 347


Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar


ou dos limites de delegação legislativa;

É feito por decreto legislativo. Cabe ADI para questionar o decreto (dúvida).

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar


medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Inconstitucionalidade chapada é a clara, evidente.

Falta uma parte

CONTROLE DIFUSO OU ABERTO

Ele surge diante de um caso concreto

Tendência de objetivação do controle difuso ou abstrativização do controle concreto


– significa a influencia da decisão do controle abstrato no controle concreto de
constitucionalidade.
No STF em algumas decisões de controle concreto tem adotado efeitos típicos do
controle concentrado de constitucionalidade. Ex. HC 82.959/SP, em que se declarou a
inconstitucionalidade do art. 2º, §1º (progressão de regime) da Lei 8.072/90.
Parece que o efeito adotado foi “erga omnes”, mas há uma relação no Supremo e alguns
ministros dizem que não efeito “erga omnes” RCL 4.335/AC.
No RE 197.917/SP com base no entendimento do Supremo p TSE adotou uma resolução
que vincula a regra para todos os municípios, nesse caso foi apenas o Min. Gilmar que
fez isso.
No âmbito legislativo temos institutos que nos remetem a essa gradativa abstrativização.
EC/45, que alterou o art. 102, §3º CF (Lei11.418/06), passando a exigir a demonstração
de repercussão geral nas questões discutidas e o Art. 103-A que criou a súmula
vinculante, que é a consolidação de um entendimento adotado em um controle difuso (Lei
11.417/06).

Recurso Extraordinário como Instrumento de Controle Concentrado


Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição.

§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou


atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

O objeto de uma ADI estadual é lei ou ato normativo estadual ou municipal.


O controle é feito em face da constituição estadual, esse é o parâmetro.
Ex. uma lei municipal violou a CE, caso essa normas reproduza uma norma da CF de
observância obrigatória caberá RE, mas não pode ser dispositivo de mera repetição
Ex. de normas de observância obrigatória - princípios básicos do processo legislativo,
requisitos para instauração de CPI e normas para a criação do TC.

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

Julgar válida lei local em face de lei federal

CONTROLE CONCENTRADO

Falta uma aula

Parâmetro controle de constitucionalidade (normas de referência)


ADC
ADI
ADI por omissão
ADI interventiva (representação interveniva)
ADPF
As normas que interessam para fins de controle são as formalmente constitucionais.
 Toda a CF serve de parâmetro, com exceção do preâmbulo.
 ADCT tem normas de eficácia exauridas, então só serve de parâmetro enquanto não
teve sua eficácia exaurida.
 Tratados de Direitos Internacionais de Direitos Humanos (art. 5º, §3º, CF)
ADI omissão
Normas que podem gerar uma omissão constitucional: a normas de eficácia plena e a
contida não a geram. Apenas normas de eficácia limitada é que serviram como parâmetro
para omissão constitucional.
As normas de eficácia limitada que são apenas facultativas ficam fora do parâmetro.
ADI interventiva
 art. 34, VI (recusa a execução de lei federal) e VII (princípios constitucionais
sensíveis).

Art. 36. CF A decretação da intervenção dependerá:

III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação (interventica) do


Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à
execução de lei federal.

ADPF

Não é qualquer norma que serve de parâmetro, tem que ser um preceito fundamental.

Preceito = princípio ou regra

Min. Néri da Silveira  cabe apenas ao STF, como guardião da CF dizer quais são os
preceitos fundamentais. ADPF nº 1.

Na ADPF nº 33 o STF afirmou que são preceitos fundamentais:

- direitos e garantias individuais

- cláusulas pétreas

- princípios constitucionais sensíveis

Esse rol ano é “numeros clausus”. Todo o título I é preceito fundamental, da mesma
forma os direitos fundamentais, ou seja, a norma por meio da qual o princípio se expressa
será preceito fundamental.

Atuação do Procurador Geral da República


Ocorre em todos os processos de competência do STF, sem exceção.
O STF entende que o PGR tem que ter apenas conhecimento de há um processo no STF
sobre aquele assunto, mas não tem que ser intimado de todos os processos, basta que seja
formalmente intimado em um.
A função do PGR nos processos de controle concentrado é de “custos legis”.
Quando o PGR propõe a ação ele também atua como “custos legis”. E nesse caso ele
pode dar um parecer em sentido contrário. Lembrar que não cabe desistência na ADI.

Art. 103 CF

§ 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de


inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal
Federal.

Atuação do Advogado Geral da União


Função Geral (131)
Função Especial (103, §3º)
Ele não participa da ADC, pois não há ato impugnado.
Na ADI genérica ele irá defender o ato impugnado “defensor legis”.
Se uma lei estadual for questionada o AGU também irá defendê-la. Ele defende tanto leis
federais como estaduais. Nesse caso ele não atua como chefe da advocacia geral da
União, ele está desempenhando uma função especial, que é a de defensor da lei.
Quando o Presidente da República propõe a ADI o AGU terá que defendê-la, pois ele
atua como “defensor legis”, que é função especial.
O STF admite uma exceção a regra que o AGU tem que defender todo ato impugnado.
Isso ocorre quando o STF já considerou a tese, contida no ato impugnado,
inconstitucional.
Art. 103
§ 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese
(controle abstrato), de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-
Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

“Amicus curiae” – “amigo da corte”


Está previsto no controle concentrado como no difuso (Lei 9.868/99, art. 7º, §2º).
No controle difuso está previsto no art. 482, §3º, CPC.
Lei 6.385/76, art. 31 (CVM)
Lei 8.884/94, art. 89 (CADE)
Tem a função de dar uma legitimidade social à decisão, pluralizar o debate
constitucional, tornando-o mais democrático.
Para que o “amicus curiae” seja admitido no processo a lei exige:
 requisito objetivo – relevância da matéria.
 requisito subjetivo – representatividade do postulante.
Cabe ao relator admitir a sua participação por meio de despacho irrecorrível.
A natureza do “amicus curiae”:
 Intervenção de terceiros Celso de Mello.
 Gilmar Mendes não é intervenção de terceiros.
 Edgar Silveira é uma assistência qualificada.
 Fredier Didier é um auxiliar do juízo.
O STF admite o “amicus curiae” por analogia na ADPF e ADC.
Cabe sustentação oral por “amicus curiae”, entendimento jurisprudencial, pois não há
previsão legal.
Lei 9.868/99
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de
inconstitucionalidade.
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes,
poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a
manifestação de outros órgãos ou entidades.

Medida Cautelar
É possível na ADC, nesse caso irá suspender o julgamento dos processos que estejam
tramitando nas instâncias inferiores.
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá
deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na
determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que
envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em
seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias,
devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena
de perda de sua eficácia.

ADI
O STF, mesmo sem previsão legal, tem suspendido o julgamento dos processos para
evitar decisões contraditórias.
Efeitos: - ex nunc
- pode haver modulação temporal
- repristinatório tácito
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção
especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão,
no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato,
observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.
§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc,
salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente,
salvo expressa manifestação em sentido contrário.
- erga omnes
- vinculante

Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a
audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que
deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.

§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral


da República, no prazo de três dias.

§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos


representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição
do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.

§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a


audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

Em regra a concessão da medida cautelar cabe ao plenário, mas pode ser concedida
apenas pelo relator, em caso de recesso.
ADPF
A medida cautelar é concedida pelo relator em caso de recesso, grave lesão ou extrema
urgência.
Art. 5º, §3º Lei 9.882/99 Efeitos da Liminar.

Não cabe medida cautelar na Representação Interventiva nem na Ação de


Inconstitucionalidade por Omissão
Isso ocorre em razão dos efeitos da decisão.
ADI por omissão:
 art. 103, §2º, CF
 dar ciência
 para o órgão administrativo o prazo para suprir a omissão é de 30 dias.
Obs: o STF na ADI 3682 fixou um prazo de 18 meses para suprir a omissão.
Não adite a concessão da cautelar, pois já estaria dando um ciência antecipada.
Art. 103 CF

§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma


constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

INFORMATIVO Nº 466

TÍTULO
ADI por Omissão: Criação de Município e Lei Complementar Federal - 3

PROCESSO
ADI - 3682

Em seguida, quanto ao mérito, salientou-se que, considerado o lapso temporal de mais de


10 anos, desde a data da publicação da EC 15/96, à primeira vista, seria evidente a
inatividade do legislador em relação ao cumprimento do dever constitucional de legislar
(CF, art. 18, § 4º — norma de eficácia limitada). Asseverou-se, entretanto, que não se
poderia afirmar uma total inércia legislativa, haja vista os vários projetos de lei
complementar apresentados e discutidos no âmbito das Casas Legislativas. Não obstante,
entendeu-se que a inertia deliberandi (discussão e votação) também poderia configurar
omissão passível de vir a ser reputada morosa, no caso de os órgãos legislativos não
deliberarem dentro de um prazo razoável sobre o projeto de lei em tramitação. Aduziu-se
que, na espécie, apesar dos diversos projetos de lei apresentados restaria configurada a
omissão inconstitucional quanto à efetiva deliberação da lei complementar em questão,
sobretudo, tendo em conta a pletora de Municípios criados mesmo depois do advento da
EC 15/96, com base em requisitos definidos em antigas legislações estaduais, alguns
declarados inconstitucionais pelo Supremo, ou seja, uma realidade quase que imposta por
um modelo que, adotado pela aludida emenda constitucional, ainda não teria sido
implementado em toda sua plenitude em razão da falta da lei complementar a que alude o
mencionado dispositivo constitucional. ADI 3682/MT, rel. Min. Gilmar Mendes,
9.5.2007. (ADI-3682)

O Tribunal, por unanimidade, julgou procedente pedido formulado em ação direta de


inconstitucionalidade por omissão ajuizada pela Assembléia Legislativa do Estado de
Mato Grosso, para reconhecer a mora do Congresso Nacional em elaborar a lei
complementar federal a que se refere o § 4º do art. 18 da CF, na redação dada pela EC
15/96, e, por maioria, estabeleceu o prazo de 18 meses para que este adote todas as
providências legislativas ao cumprimento da referida norma constitucional. Inicialmente,
o Tribunal, por maioria, rejeitou a preliminar de ilegitimidade ativa do Presidente da
Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Salientando-se a indefinição existente
na Constituição quanto aos legitimados para propor a ação direta de inconstitucionalidade
por omissão, considerou-se ser inevitável, com base no princípio de hermenêutica, que
recomenda a adoção da interpretação que assegure maior eficácia possível à norma
constitucional, que os entes e órgãos legitimados a propor a ação direta contra ato
normativo possam instaurar o controle abstrato da omissão. Acrescentou-se que as
alegações de irregularidade formal da representação da Assembléia, decorrente de não
haver nos autos deliberação da Mesa, dando-lhe poder para ajuizar a ação, entrariam em
choque com a presunção de legitimidade que acompanha a iniciativa, devendo, entre
forma e substância, preferir-se esta sempre que, na dúvida entre ambas, seja o meio
adequado para atingir a finalidade do instituto jurídico. Vencidos, no ponto, os Ministros
Marco Aurélio e Sepúlveda Pertence que acolhiam a preliminar, ao fundamento de que
apenas a Mesa da Assembléia Legislativa estaria legitimada a propor a ação, tendo em
conta o disposto no art. 103, IV, da CF, e a inexistência de comprovação nos autos de
deliberação prévia da Mesa no sentido do ajuizamento da ação. ADI 3682/MT, rel. Min.
Gilmar Mendes, 9.5.2007. (ADI-3682)

Afirmou-se, ademais, que a decisão que constata a existência de omissão constitucional e


determina ao legislador que empreenda as medidas necessárias à colmatação da lacuna
inconstitucional constitui sentença de caráter nitidamente mandamental, que impõe, ao
legislador em mora, o dever, dentro de um prazo razoável, de proceder à eliminação do
estado de inconstitucionalidade, e que, em razão de esse estado decorrente da omissão
poder ter produzido efeitos no passado, faz-se mister, muitas vezes, que o ato destinado a
corrigir a omissão inconstitucional tenha caráter retroativo. Considerou-se que, no caso, a
omissão legislativa inconstitucional produzira evidentes efeitos durante o longo tempo
transcorrido desde o advento da EC 15/96, no qual vários Estados-membros legislaram
sobre o tema e diversos Municípios foram efetivamente criados, com eleições realizadas,
poderes municipais estruturados, tributos recolhidos, ou seja, toda uma realidade fática e
jurídica gerada sem fundamento legal ou constitucional, mas que não poderia ser
ignorada pelo legislador na elaboração da lei complementar federal. Em razão disso,
concluiu-se pela fixação de um parâmetro temporal razoável — 18 meses — para que o
Congresso Nacional edite a lei complementar federal reclamada, a qual deverá conter
normas específicas destinadas a solver o problema dos Municípios já criados. Vencidos
os Ministros Marco Aurélio e Sepúlveda Pertence que, na linha da jurisprudência da
Corte, limitavam-se a declarar a mora legislativa, não fixando prazo. ADI 3682/MT, rel.
Min. Gilmar Mendes, 9.5.2007. (ADI-3682)

A regra é não intervenção (art. 18. 34, VI, VII e 35 CF)


A União só pode intervir no Estado ou no DF
O Estado só pode intervir nos Municípios
Quem decreta a intervenção é o chefe do poder executivo.
O procurador geral da república tem independência funcional, ele pode ou não ajuizar a
ação.
O Presidente da República é obrigado a decretar a intervenção>
A doutrina majoritária afirma que é ato vinculado (José Afonso da Silve e Manoel
Gonçalves Ferreira Filho)
A doutrina minoritária entende que é discricionário (só o prof. pensa assim, então deve
estar errado. A análise que o STF faz é estritamente jurídica).
No caso da ADI interventiva não é necessário um controle político por parte do
Congresso (art. 36 §3º CF).

§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

ADI interventiva no âmbito estadual.


É proposta pelo procurador geral de justiça.
 violado princípios estabelecidos na Constituição Estadual
 quando houver recusa a execução de lei, ordem ou decisão judicial.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de


princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem
ou de decisão judicial.
Súmula 614 STF
SOMENTE O PROCURADOR-GERAL DA JUSTIÇA TEM LEGITIMIDADE PARA
PROPOR AÇÃO DIRETA INTERVENTIVA POR INCONSTITUCIONALIDADE DE
LEI MUNICIPAL.

ADI e ADC são ações com caráter dúplice ou ambivalente


Os efeitos são idênticos

Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente


eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação
direta ou improcedente eventual ação declaratória.

O quorum mínimo é de 8 ministros para votação e quorum para decidir 6 ministros


(maioria absoluta).
Efeito temporal: ex tunc
O STF pode fazer a modulação dos efeitos constitucionais, que só pode ser feita por 2/3
dos seus membros, e tem que ser por razoes de segurança jurídica ou excepcional
interesse social.

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que
ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser
fixado.

Os Arts. 10 e 11, Lei 9.882/99.


ADC
Pressuposto para o cabimento é que haja controvérsia judicial relevante.

Art. 14. A petição inicial indicará:

III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação
declaratória.

ADPF
Caráter subsidiário ou residual da ADPF. Art. 4º, §1º Lei 9.882/99
O Supremo entende que quando a lei fala “qualquer outro meio eficaz” diz respeito a
qualquer outro meio de controle abstrato.
Somente ato normativo é que pode gerar uma inconstitucionalidade.
Tem que ser ato do poder público.
ADPF autônoma – caput do art. 1º Lei 9.882/99
- para evitar lesão ou reparar lesão  repressiva
 preventiva
ADPF incidental – art. 1º, parágrafo único, I, Lei 9.882/99
O objeto é ato do poder público, lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal
anterior ou posterior.

MANDADO DE INJUNÇÃO
Art. 5º
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
 É instrumento de controle concreto. É processo constitucional subjetivo.
Diferentemente da ADI por omissão que é um controle abstrato (processo objetivo)
 O ADI por omissão é controle concentrado (STF ou TJ)
O Mandado de injunção é um controle difuso e limitado. Tem que haver previsão na CF,
em lei federal ou em constituição estadual.
A CF atribui competência para o mandado de injunção ao STF, STJ, TSE e TRE.
Não existe lei federal prevendo a competência para MI.
 A legitimidade ativa da ADI por omissão está prevista no art. 103 CF
O MI pode ser impetrado por qualquer pessoa.
Para se impetrar MI o direito tem que está previsto na CF.
Parâmetro é norma constitucional de eficácia limitada é o parâmetro do MI e da ADI por
omissão.
Há autores que afirmam que apenas normas fundamentais de eficácia limitada é que
poderiam servir de parâmetro (STF). Outros autores dizem que só direitos fundamentais,
Na ADI por omissão o efeito está no art. 103, §3º CF
No MI (efeitos – 4 correntes)
1. Corrente concretista
 geral, entende que o efeito do Mandado de Injunção é suprido pelo
judiciário e a norma tem efeito “erga omnes”;
 individual, a omissão é suprida a normas é concretizada com efeito apenas
“inter partes” (a corrente adotada pelo STF).
 intermediária, defendida por Néri da Silveira. Afirmava que no MI
primeiro o poder judiciário deve dar ciência ao poder competente de sua
omissão, fixando um prazo para a omissão seja suprida, caso dentro de prazo
o poder não suprir a omissão o poder judiciário irá afazer a normas no caso
concreto.
2. Corrente não concretista - o poder judiciário não pode suprir a omissão,
apenas dando ciência ao poder competente de sua omissão;

Os legitimados para impetrar MI coletivo são os mesmo para impetrar MS coletivo (art.
5º, LXX CF.
O STF diz que MI é auto-aplicável, aplicando-se a legislação do MS por analogia.

DIREITOS FUNDAMENTAIS
Direitos Humanos X Direitos Fundamentais
Alguns autores entendem que são termos idênticos, no entanto a CF se refere a ambos.
Ambos tratam dos mesmos valores
Tratam de direito relacionados aos valores liberdade, igualdade e dignidade da pessoa
humana.
Os direitos humanos são consagrados no plano internacional, já os direitos fundamentais
são consagrados no plano interno.
Por isso que muitas vezes ocorre esse conflito entre tratado internacional de direto
humanos e direitos fundamentais.
A diferença é o plano em que esses direitos são consagrados.
Os direitos fundamentais estão dentro da CF, plano interno.
Falta uma aula (parte)
Natureza Jurídica dos Direitos Fundamentais:
São normas positivas constitucionais.
Antes os direitos fundamentais eram vistos como normas solenes de direitos. Conselhos
ao legislador. Atualmente eles são normas vinculantes.

Classificação dos direitos fundamentais na CF/88


No Título II fala dos direitos e garantias fundamentais (gêneros).
1. Direitos individuais (cláusulas pétreas – art. 64, IV, CF). Esses direitos estão
espalhados por todas a CF, sobretudo no art. 5º.
2. Direitos coletivos (art. 5º e ss, CF)
3. Direitos sociais (art. 6º ao 11 CF)
4. Direitos de nacionalidade (art. 12 e 13 CF)
5. Direitos Políticos (art. 14 ao 17 CF)

Classificação doutrinária baseada em Jellinek, feita pelo autor português José Carlos
Vieira de Andrade
1. Direitos de Defesa – defendem os indivíduos do arbítrio o Estado, estão
relacionados à liberdade individual. Eles tem um caráter negativo, pois o Estado
tem que se abster de atuar. Ex. direitos individuais do art. 5º CF. Em sua maioria
estão consagrados em normas de eficácia plena ou contida.
2. Direitos Prestacionais – estão relacionados ao valor igualdade. Sua finalidade é a
redução das desigualdades existentes. Nesse caso o Estado tem que atuar
positivamente, por meio de prestações materiais e jurídicas. Ex. acessão à saúde,
educação, segurança pública, previdência social. Ex. direitos sociais. Em regra
estão consagrados em normas de eficácia limitada.
Questão – os direitos prestacionais possuem uma eficácia menor que os direitos de defesa
(correta). Isso ocorre porque os direitos de liberdade são facilmente implementáveis, pois
basta uma abstenção, já os prestacionais necessitam de investimentos.
3. Direitos de Participação – permitem a participação do indivíduo na vida política
do Estado. Só são exercidos pelo cidadão e para ser cidadão tem que ser nacional
e gozar dos direitos políticos. Esses direitos possuem um caráter positivo e
negativo. Ex. realização de eleições periódica (caráter positivo); os indivíduos
podem participar do processo político (caráter negativo). Está consagrado, em sua
maioria, em normas de eficácia plena ou contida.

Eficácia dos Direitos Fundamentais


Art. 5º, §1º CF

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação


imediata.

1º posição - Todos os direitos fundamentais, independentemente de sua natureza ou do


seu enunciado, são aplicáveis direta e imediatamente (Eros Graus e Dirley). O dispositivo
é interpretado como regra.
2º posição – Interpreta o dispositivo como princípio (Ingo Wolfgan Sarlet). Esse
entendimento é compatibilizado com o enunciado e com a natureza dos direitos
fundamentais. Ex. art. 7º, I e IV, CF. Se a lei complementar (primeiro caso) ou a lei
(segundo caso) não for feita não temos como aplicá-lo direta e imediatamente.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas


necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Art. 5º, §1º, extrai-se o princípio da máxima efetividade.

Gerações ou Dimensões dos Direitos Fundamentais


Não se deve falar em geração, pois não se quer passar a idéia que uma substitui a outra.
Revolução Francesa  liberdade (XVIII) – direito de primeira geração – são direitos de
defesa e direitos de participação. Tem caráter negativo por parte do Estado.
OBS: a Constituição Norte Americana não consagra direitos de segunda e terceira
geração, pois quando a Constituição foi feita apenas os de primeira geração eram
garantidos.
- direitos de defesa
- direitos civis e políticos
- direitos individuais
 igualdade (revolução industrial). Caráter positivo
- direitos prestacionais
- direitos sociais, econômicos e culturais
- direitos coletivos
Em que geração surgiram as garantias institucionais> São garantias das instituições e não
do indivíduo. Ex. família, imprensa livre, autonomia universitária etc. são garantias de
segunda geração, nesse momento se percebeu que a proteção da instituição era tão
importante quanto os indivíduos.
 fraternidade (Classificação de Paulo Bonavides. 3º e 4º
geração). Direitos de fraternidade entre ricos e pobres, países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
- direito ao meio ambiente
- direito auto determinação dos povos (na CF é um princípio que rege o Brasil nas suas
relações internacionais)
- direito ao progresso e desenvolvimento
- direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade
- direito à paz
Os direitos de terceira geração são transindividuais - coletivos
- difusos
 Globalização política (4º geração). São direitos transidividuais,
sobretudo os difusos.
- direito à democracia
- direito a informação
- direito ao pluralismo (é fundamento da República Federativa do Brasil Art. 1º, V, CF)
Garantias dos Direitos
As garantias não são um fim em si mesmo, são um meio para assegurar direitos
substanciais.
Diferenças entre direitos e garantias (Rui Barbosa fazia essa diferença).
Direitos – são disposições meramente declaratórias, que imprimem existência legal a
valores reconhecidos na Constituição.
Quando o legislador consagra no plano normativo disposições do plano axiológico ele
está criando direitos.
Garantias – são disposições assecuratórias que protegem os direitos em face do poder
estatal e até mesmo de outros particulares. Ex. ações constitucionais. Princípio da
Legalidade. Devido Processo Legal. Todos os princípios processuais são garantias
constitucionais.

Eficácia vertical dos Direitos Fundamentais


Os direitos fundamentais, na época do surgimento, só eram aplicados entre o Estado e os
indivíduos (eficácia vertical). Há uma relação de subordinação do particular ao Estado. É
o Estado como destinatário do dever de respeitar esse direito e o particular tem o direito.

Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais (Daniel Sarmento; Virgílio Afonso


da Silva; Wilson Steinmetz)
A violência aos direitos fundamentais também surgiam entre os particulares. É a
aplicação dos direitos fundamentais entre particulares. É uma relação jurídica de
coordenação.
Teorias:
1. Ineficácia horizontal – afirma que os direitos fundamentais não podem ser
aplicados nas relações entre particulares. A doutrina e a jurisprudência norte-
americana a adotam nos EUA. Isso ocorre porque em 1787 quando a CF foi
promulgada os direitos fundamentais só eram oponíveis em face do Estado. Então
os EUA desenvolveram a doutrina do “state action”, que é bem esclarecida por
Virgílio A. da Silva, essa doutrina tem como pressuposto que os direitos
fundamentais não têm eficácia horizontal, mas essa doutrina tenta contornar essa
não aplicação, por meio da equiparação de alguns atos privados à ações estatais.
2. Teoria Horizontal Indireta – só pode aplicar o direito fundamental por
intermédio de uma norma de direito privado. A doutrina chama de efeito
irradiador dos direitos fundamentais. Os direitos fundamentais irradiam os seus
efeitos por meio de mediação legislativa. Esta teoria, adotada pela maioria da
doutrina e jurisprudência alemã, afirma que se ocorre uma aplica direta dos
direitos fundamentais na relação entre particulares, aniquilaria a autonomia da
vontade, desfiguraria o direito privado, que ficaria em segundo plano, além disso,
causaria uma insegurança jurídica e seria incompatível com os princípios
democráticos. O artifício interpretativo é a “Porta de entrada de direitos
fundamentais” são as cláusulas gerais do direito privado, ou seja, são utilizados na
interpretação do direito privado.
3. Teoria da Eficácia Horizontal Direta – é adota em Portugal, Espanha e Itália.
Ela surgiu na Alemanha, criada pro Hans Nipperdey). Para essa teoria não seriam
necessárias artimanhas interpretativas para que os direitos fundamentais possam
ser aplicados a relações entre particulares. No entanto, afirma que a intensidade da
aplicação dos direitos fundamentais em relação ao Estado é deferente da dos
particulares. Isso é um decorrência da autonomia da vontade.
No Brasil a jurisprudência não menciona essas teorias. No entanto, na prática, ocorre uma
aplicação direta, mas sem a devida fundamentação.
O art. 5º, §1º, CF, traz o princípio da máxima efetividade.
Teorias integradoras dos direitos fundamentais (Robert Alexy e Bockenforde) –
defendem que se houver nos direitos privado um regulamentação do direito fundamental
para que ele possa ser aplicado entre os particulares é o ideal, mas se essa fundamentação
não existir, o juiz deve aplicar o direitos fundamentais diretamente. O ideal seria a
aplicação dos diretos fundamentais por meio de integração legislativa, todavia, se não
houver legislação integradora, os direitos fundamentais devem ser aplicados diretamente.
Decisões
STF – RE 158.215; 201.819; 161.243.
Limites Imanentes
Distingue o que é abrangido pelo direito e as zonas adjacentes.
Em que momento os limites imanentes seriam determinados>
1º Robert Alexy e Canotilho – só é possível determinar “a posteriori”, por meio da
ponderação. Em princípio todos podem fazer o que querem. Essa ponderação só é feita
quando outros direitos entrarem em conflito com eles. Tem que se examinado no caso
concreto.
2º José Carlos Vieira de Andrade – os limites imanentes são determinadas “a priori”, por
meio da interpretação. São determinados abstratamente. Argumenta que não se pode
entender em que o direito geral de liberdade engloba o de matar, roubar e que ele só pode
ser limitado quando entrar em conflito com outro, o direito de matar e roubar deve ser
excluído de início.

Ponderação e Argumentação
A ponderação se contrapõe a subsunção. A técnica corriqueira é a subsunção.
Subsunção: - premissa maior
- premissa menor
- subsunção lógica (aplicação da norma ao fato)
A ponderação é utilizada nos “hard cases”. Geralmente ocorre com princípios.
Ponderação: 1º - identificação da norma
- agrupar as normas
2º - análise do caso concreto
- circunstâncias e conseqüências do caso concreto
3º - análise do peso dos elementos. Lei da ponderação =
proporcionalidade em sentido estrito. Afirma que quanto maior a intervenção em um
determinado direito, maiores hão de ser os motivos justificadores da intervenção.

Argumentação Parâmetros
Luiz Roberto Barroso
1º identificar as normas utilizadas
2º universalização dos critérios adotados (isonomia)
3º princípios instrumentais (são os postulados) e princípios materiais. Os postulados
dizem qual o caminho que deve ser seguido pela argumentação, já os princípios materiais
é o fim a ser atingido.

Relação entre os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa humana:


A dignidade da pessoa humana está consagrada no art. 1º, III, CF, como um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil.
A dignidade não é um direito dado pelo ordenamento jurídico. Para alguns ela é um valor
supremo a ser realizado (núcleo axiológico da Constituição), para outros ela é um
atributo, que todo o ser humano possui.
Todo ser humano tem que ter sua dignidade respeitada.
Quando a CF consagra a dignidade da pessoa humana ela está determinando uma
proteção e uma promoção dessa dignidade pelo poderes públicos. Nesse ponto surge a
relação com os direitos fundamentais, pois são eles que promovem e que protegem a
dignidade.
Os direitos fundamentais gravitam ao redor da dignidade da pessoa humana. É a
dignidade que irá conferir o caráter sistêmico e unitário desses direitos. Todos os direitos
fundamentais têm um núcleo comum que é a dignidade da pessoa humana.
Nem todos os direitos fundamentais derivam da dignidade da pessoa humana como a
mesma intensidade. Alguns são derivações direta. Ex. liberdade e igualdade, caso sejam
violadas estará se violando diretamente a dignidade da pessoa humana.
Existem as derivações de segundo grau. Ex. FGTS, férias, 13º salário, são direitos sociais,
que estão relacionados com a dignidade, mas não de forma direta.
Dentro das derivações de primeiro grau iremos trabalhar com a liberdade e a igualdade:
Liberdade – remete a concepção kantiana de dignidade, que é a “fórmula do objeto”. A
dignidade seria violada sempre que o ser humano fosse tratado como um meio
(instrumento) para a realização de determinado fim e não como o fim em si mesmo.
O tribunal alemão acrescentou um outro elemento à “formula do objeto”, pois muitas
vezes o ser humano é meio utilizado pelo Estado para atingir um fim, mas sua dignidade
não é violada. A violação só ocorre quando há uma expressão de desprezo em relação ao
ser humano. Ex. pessoas que se oferecem como “cobaias” para o teste de vacinas. Não
viola a dignidade, pois as pessoas se oferecem espontaneamente.
Igualdade – “mínimo existencial” é um conjunto de bens e utilidades indispensáveis a
uma vida humana digna. Alguns autores dizem que não existe um núcleo definido, mas
segundo Barroso e Ana Paula de Barcelos afirmam que esse núcleo é formado pela saúde,
educação e moradia.

DIREITOS INDIVIDUAIS
Destinatários dos direitos individuais – art. 5º, caput, CF.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
José A. da Silva faz uma interpretação literal desse dispositivo, afirmando que estrangeiro
não residente no país não pode invocar o art. 5º, tendo que recorrer aos tratados
internacionais de direitos humanos. No entanto, essa interpretação literal não é feita pelo
STF, que adota a interpretação de Celso Bastos, que afirma que todos, sem exceção, que
entrem em contato com o ordenamento jurídico brasileiro são destinatários desses
direitos.
A interpretação extensiva desse dispositivo é feita porque os direitos individuais são
direitos que derivam direitamente da dignidade da pessoa humana. A dignidade é um
atributo que todo ser humano possui sem exceção de origem, então não se pode
diferenciar o estrangeiro residente e o não residente. Está se falando apenas dos direitos
individuais e não todos os direitos fundamentais.
Por ser a dignidade um atributo que todo o ser humano possui independentemente de sua
origem e por serem os direitos individuais derivações de primeiro grau que visam a
proteção dessa dignidade não se poderia diferenciar entre nacionais e estrangeiros
(residentes ou não).

Aula 14.12.07 (Pedro)


As casas legislativas como de regra ocorrem em todos os colegiados, possuem órgãos de
direção. São dirigidos por mesas.
Mesa é um órgão de direção de um colegiado.
A mesa exerce atribuição administrativa.
No legislativo da União temos três mesas.
1º mesa da câmara dos deputados
2º mesa do Senado Federal
3º mesa do congresso nacional (deputados e senadores)
A CF/88 valorizou as mesas, tanto que elas podem ajuizar ADI (art. 103 CF) e
promulgam emendas à constituição.
OBS: a mesa do congresso nacional não ajuíza ADI.
Cargos das mesas: presidentes; dois vice-presidentes; quatro secretários.
O presidente do Senado Federal automaticamente será presidente do congresso nacional.
O deputado federal que é o segundo vice-presidente da câmara é o primeiro vice-
presidente do congresso e assim alternadamente.
Os que exercem cargos na mesa exercem cargos de dois anos. A CF proíbe que o
parlamentar seja reeleito para o mesmo cargo na mesa.

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a


17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no


primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas,
para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subseqüente.

Esta norma constitucional não é norma de reprodução obrigatória nas constituições


estaduais, nem nas leis orgânicas municipais. Já existe decisão do STF nesse sentido.
Importância de se presidir a mesas:
 O presidente da câmara e o presidente do senado estão na linha sucessória do
Presidente da República.
 Elas escolhem a pauta de votação.
A leitura que se faz do § 4º é que a CF não veda a reeleição para a legislatura seguinte.
Números de Deputados Federais
São representantes do povo e varia de acordo com a população do Estado desde que não
tenha menos que 8 deputados federais, nem mais que 70.
Eles exercem mandatos de 4 anos.

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar (LC 78/93), proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que
nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta
Deputados.

O número dos deputados federais repercute n o número dos deputados estaduais.

Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da


representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Deputados estaduais = deputados federais + 24


Os territórios terão 4 deputados federais. O território é uma descentralização
Administrativa da União (não é uma unidade federada). É uma autarquia.
Art. 45 - § 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados.
Os senadores são representantes dos estados membros e do DF, como eles são iguais pelo
pacto federativo, elegem 3 senadores.
Em uma federação as unidades parciais devem participar da formulação da vontade geral.
Essa característica da federação justifica que a federação tenha 3 senadores.
A história mostra que quando foi criada a federação norte americana cada uma de 13 ex
colônias remeteu para a convenção 3 embaixadores, portando hoje são 3 senadores.
Total de 81 senadores.
Os territórios não terão senadores.
Uma das características da federação é a participação das unidades parciais na
formulação da vontade geral. A unidade parcial é estado membros e DF. (art. 46 CF)
O mandato de senador é de duas legislaturas (8 anos).
Enquanto a câmara dos deputados se renova em sua totalidade o senado se renova em 1/3
e 2/3.
Os deputados federais são eleitos pelo sistema eleitoral proporcional, que no Brasil é
adorado para: deputados federais, deputados estaduais e vereadores.
Neste sistema eleitoral proporcional, leva-se em conta o número de votos válidos
ofertados ao partido político. Dá-se importância ao partido político.
Para o Senado Federal o sistema é o majoritário, em que se considera do número de votos
dados ao candidato registrado no partido político.
Adotam o sistema majoritário as eleições para: Presidente da República, senador,
governadores e prefeitos.
Existem duas espécies de sistema eleitoral majoritários:
1º majoritário simples – será eleito o candidato que alcançar qualquer maioria dos votos
válidos. Ex. senador da república e prefeitos de municípios com menos de 200 mil
eleitores.
2º majoritário absoluto ou com segundo turno de votação – neste a CF exige que o eleito
atinja no mínimo a maioria absoluta dos votos válidos. Se nenhum dos candidatos atingir
a maioria absolta haverá um segundo torno de votações. Ex. Presidente da República,
governadores e prefeitos de municípios com 200 mil ou mais leitores.
Art. 29 CF

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do


ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

Votos válidos são os votos subtraídos os brancos e os nulos.

Art. 77 CF

§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

O Código eleitoral afirma que os votos em branco entra na contagem dos votos válidos,
mas esse dispositivo do CE não foi recepcionado pelo CF de 1988.
Cada senador será eleito com dois suplentes.
Este instituto recebe críticas porque geralmente o suplente não tem voto, apenas banca a
campanha do senador e ele não tem voto popular.
ESTATUTO DO CONGRESSO NACIONAL
Conjunto de regras diversas do direito comum previstas na CF que ofertam aos
parlamentares direitos e prerrogativas, deverem, incompatibilidades.
Características:
 Imunidades – são prerrogativas e não privilégios. Elas são ofertadas ao cargo e não à
pessoa. Tem por objetivo a garantia da independência parlamentar.
Podem ser serparadas em dois grupos:
 imunidades absolutas ou material ou substancial ou real ou inviolabilidade – estão
previstas no caput do art. 53 da CF.
 imunidades relativas ou formais ou processuais:
1. foro por prerrogativa de função
2. em razão da prisão
3. em razão da processo
4. testemunho
As imunidades garantem a independência parlamentar, ou seja, garantem que o
parlamentar não será perseguido em razoa do exercício das suas atribuições
constitucionais
Imunidade Material
Inicia-se com a posse
Protege os parlamentares federais, estaduais e municipais, estes apenas na circunscrição
do município.
Em razão da palavra voto e opinião não podem ser processados: civil, administrativa,
penal e politicamente.
Não pode responder ação por danos morais (é irresponsável civil)
Não pode responder por ofensa ao decoro parlamentais (irresponsabilidade
administrativa)
Não responde por crimes contra honra (irresponsabilidade criminal)
O partido político pode expulsar os parlamentares que votem contra o partido> (duas
posições)
1º eles não podem ser responsabilizados politicamente em razão do seu voto, pois estão
acobertados pela imunidade.
2º podem, pois a CF no art. 17 afirma que os partidos políticos podem estabelecer regras
sobre fidelidade partidária, então o descumprimento dessa fidelidade pode causar a
expulsão, desde que previsto no estatuto.
Na doutrina a segunda posição é a mais defendida.
NACIONALIDADE
Vínculo que faz com que o indivíduo faça parte do povo de um Estado.
Espécies de nacionalidade:
 originária ou primária – brasileiros natos. Nacionalidade atribuída por um ato
natural. Dois critérios de atribuição: territorial ou “jus soli” (local do nascimento); “jus
sanguinis (filiação)”.

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde


que estes não estejam a serviço de seu país;

Só não será brasileiro se ambos os pais forem estrangeiros e ambos estiverem a serviço
de seu país.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer


deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Não precisa ser ambos. Diz respeito a qualquer tipo de serviço público

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

Se for filho de brasileiros basta o registro na repartição competente.

Se os pais não fizerem o registro na repartição competente o filho de pai e mãe brasileiros
terá que residir na Brasil e optar a qualquer tempo pela nacionalidade brasileira, essa
opção por ser personalíssima só poderá ser manifestada após os 18 anos.
 Secundária ou adquirida - é atribuída por um ato de vontade. São brasileiros
naturalizados. Duas espécies de aquisição: tácita (grande naturalização; naturalização
coletiva) ou expressa.
A naturalização tácita foi adotada nas constituições de 1824 e 1891.
Naturalização involuntária – alguns países entendem que se a esposa for estrangeira,
casando-se com um nacional, automaticamente ela se torna naturalizada.
Se um brasileiro adota uma criança no exterior ela será considerada brasileiro nato> não.
Nesse caso a criança não passará a ser considerada brasileiro nato.
Naturalização expressa ordinária (art. 12, II, a, CF)
Naturalização expressa extraordinária ou quinzenária (art. 12, II, b, CF)

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários


de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;
Lei nº 6.815/80 (Estatuto do estrangeiro – arts. 112 e 115)
Não é apenas para Portugal, basta falar português.
A pessoa que atende esses requisitos não tem direito público subjetivo a aquisição da
nacionalidade. O ato do chefe do executivo é discricionário (STF), é uma questão de
soberania nacional.

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do


Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)

É chamada de quinzenária porque a CF exige 15 anos de residência ininterrupta.


Segundo o STF nesta hipótese o ato é vinculado, ou seja, atendido os requisitos não, o
chefe do executivo não pode negar a naturalização.
O motivo da diferença de tratamento é que na redação da alínea “b” tem-se a expressão
“desde que requeiram”, sem que fosse atribuída qualquer margem de discricionariedade
ao chefe do executivo.
Quase Nacionalidade (art. 12, §1, CF)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3,
de 1994)
Não se adquire a nacionalidade brasileira, mas tem os mesmos direitos de um brasileiro
naturalizado.
A hipótese de quase-nacionalidade somente é prevista para os portugueses, em caso de
reciprocidade.
A lei pode estabelecer diferença de tratamento entre o brasileiro nato o naturalizado>
Não.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituição.
Existem quatro diferenças de tratamento expressas na CF:
 Cargos privativos de brasileiros natos (art. 12, §3º, CF). São utilizados dois critérios:
linha sucessória do Presidente da República e segurança nacional;
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de
1999)
 O conselho da República é um órgão consultivo seis acentos desse conselho são
privativos de brasileiros natos;
 Propriedade de empresa jornalística e de rádio difusão sonora e de sons e imagens (art.
222). Tem que ser brasileiros natos ou naturalizados a mais de 10 anos.
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e
imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de
pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
 Extradição (art. 5º, LI, CF). Consiste na entrega de uma pessoa a outro Estado em
razão da prática de um crime nele ocorrido.
Expulsão – consiste na retirada a força de um estrangeiro em razão da prática de atos
tipificados na lei. (art. 65 da Lei 6.815/80).
Deportação – é a devolução compulsória de um estrangeiro que tenha entrado ou esteja
de forma irregular no país.
Um estrangeiro que seja casado com uma brasileira e que tenha filho brasileiro pode ser
extraditado, pois a súmula nº 1 do STF fala em vedação da expulsão. Em relação a
extradição temos a súmula 421 STF.
Súmula 421
NÃO IMPEDE A EXTRADIÇÃO A CIRCUNSTÂNCIA DE SER O
EXTRADITANDO CASADO COM BRASILEIRA OU TER FILHO BRASILEIRO.
Nenhum brasileiro nato pode ser extraditado, é uma regra absoluta, mesmo que ele tenha
dupla nacionalidade.
Art. 5º, §3º, CF

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

No tratado se prevê que os nacionais podem ser submetidos ao Tribunal internacional e


esse tratado não permite ressalva. No entanto, nesse caso não se trata de extradição,
entendimento da maioria. Esse instituto é o “surrender” ou entrega é diferente da
extradição. Na extradição se submete a pessoa a jurisdição de um determinado país, já na
entrega o julgamento é feito por uma jurisdição internacional, da qual o Brasil faz parte.
Ingo Sarlet entende que isso é extradição.
O naturalizado pode ser extraditado em duas hipóteses, segundo a CF (art. 5º).

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,


praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins (antes ou depois da naturalização), na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

O STF entende que se houver um misto de crime comum e crime de opinião não poderá
haver extradição (Ext. 994; 493; 693 STF)
Princípio da Dupla Punibilidade – o fato tem que ser punível no nos dois Estados.
Quando o Brasil requer a extradição é extradição ativa. Quando o Estado estrangeiro
requer a extradição de alguém que está no Brasil é a extradição ativa.
Se o fato é considerado crime no estado estrangeiro no estado brasileiro, mas no Brasil já
houve a prescrição não poderá haver a extradição.
Comutação da Pena e Direitos Humanos – se o Estado estrangeiro pune um crime com
uma pena vedada no Brasil (art. 5º, XLVII), o Estado requerente tem que ser
comprometer a substituir a pena vedada pela constituição, por outra restritiva de direitos
ou privativa de liberdade de no máximo 30 anos. Esse entendimento do Supremo não é
unânime, mas a maioria entende assim, pois a CF tem hierarquia sobre os tratados.
Retroatividade dos Tratados – tratado internacional não é norma penal, por isso pode
retroagir. Ex. um inglês praticou um crime no UK e o Brasil não tinha tratado de
extradição à época, mas se for celebrado depois, e o crime ainda não tenha prescrito, a
pessoa ainda pode ser extraditada.
Perda da Nacionalidade (art. 12, §4º, CF)
Competência é da Justiça Federal (art. 109 CF)
Quando se perde a nacionalidade brasileira por ação de cancelamento da naturalização
não pode readquirir, exceto em caso de ação rescisória.

§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

É caso de naturalização voluntária.

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela


Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

DIREITOS POLÍTICOS
Cidadão – é o nacional, no gozo dos direitos políticos e participante da vida política do
Estado.
I. Direitos políticos positivos - são direitos que importam na participação do indivíduo
na vida política do estado.
1. Sufrágio – é a essência do direito político. Participar da vida do estado, ser
votado, votar, propor ação popular.
Voto – é o exercício do direito de sufrágio
Escrutínio – é o modo como esse exercício se realiza
No Brasil o sufrágio é universal, o voto é direito e o escrutínio é secreto.
Sufrágio
a) Universal – os requisitos para o voto não retiram a universalidade para o sufrágio.
b) Restrito - o sufrágio restrito exige uma determinada condição. Ex. sexo.
Pode ser capacitário. Ex. se exige uma capacidade especial, geralmente de natureza
intelectual.
Pode ser censitário. Exige uma determinada condição econômica.
2. Alistabilidade – é a capacidade eleitoral ativa, ou seja, o direito de votar. O voto
é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os que têm entre 16 e
18, para os que tem mais de 70 anos e para os analfabetos.
Características do Voto:
a) Direito. No entanto o art. 81, §1º, CF

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
forma da lei.

b) Valor igual para todos


c) Periódico
d) Livre – o escrutínio secreto assegura a liberdade do voto
e) Personalíssimo
Se um analfabeto estiver alistado ele é obrigado a votar> Não. Mesmo que estejam
alistados não são obrigados a votar.
Art. 14 CF
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Inalistáveis
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros (art. 12, §1º, CF) e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
Os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que estejam prestando o serviço
militar obrigatório enquadram-se no conceito de conscritos (Lei 5.292/67).
3. Elegibilidade – é a capacidade eleitoral passiva, ou seja, o direito de ser votado.
No Brasil a cidadania é adquirida gradativamente, até que se atinja a plena cidadania aos
35 anos.
A idade mínima é exigida na data da posse.
Um deputado com 21 anos que é presidente da Câmara dos Deputados pode exercer o
cargo de Presidente da República> Não há vedação ou restrições de direitos que estejam
expressas. A vedação é para que a pessoa possa se eleger para aquele cargo e não para
exercer. Lei 9.504/97. É ilógico, pois se elege com o único fim de exercer o cargo.
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
Lei ordinária ou complementar (v. §9º) o STF entendeu que condições elegibilidade (art.
14, §3º = lei ordinária) não é a mesma coisa que hipóteses de inelegibilidade (art. 14, §9º
= lei complementar – LC 64/90; LC 81/94).

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua


cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo
ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
II. Direitos políticos negativos - impedem a participação do indivíduo na vida política
do Estado.
1. Inelegibilidade
- absoluta, só pode ser estabelecida pela CF (art. 14, §4º, CF); diz respeito a condição
pessoal.
No Brasil são absolutamente inelegíveis: inalistáveis (conscritos e estrangeiros) e o
analfabeto
- relativa, geralmente está ligada ao cargo que a pessoa. Art. 14, §§ 5º,6º - cargo - 7º -
parentesco - , 8º - militares - e 9º - LC -, CF.

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os


Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 16, de 1997)

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de


Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.

Consecutivamente somente pode se reeleger uma vez.


Lula pode ser candidatar a vice-presidente em 2010> Não porque se ocorrer algum
problema com o titular ele irá assumir.
A diferença entre sucedido e substituído é que aquela é definitiva, ocorre no caso de
vacância, já a substituição é temporária e ocorre no caso de impedimento. O STF entende
que tem que haver a sucessão definitiva para que haja o impedimento. Ex. Alckmim era
vice de Cova em 94 e o substituiu; era vice de covas em 98 e sucedeu; em 2002 pode se
reeleger.
STF entende que reeleição é uma hipótese de continuidade administrativa.
Ex. casal Garotinho. Ele foi eleito governador em 98, em 2002 ele não concorreu a
reeleição, mas sim a Presidência da República, teve que se descompatibilizar 6 meses
antes (art. 14, §6º, CF) e Rosinha se candidatou ao cargo de Governador

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.

Ela foi eleita legalmente, porque o TSE entende que existindo a possibilidade do titular se
candidatar a reeleição o cônjuge e os parentes podem se candidatar no território de
jurisdição do titular. Ela só pode concorrer porque ele se descompatibilizou 6 meses
antes.
Em 2006 eles não podem se candidatar, pois seria um terceiro mandato consecutivo.
Inelegibilidade Reflexa – a inelegibilidade em razão do parentesco atinge o cônjuge e
atinge os parentes até o segundo grau sejam ele consangüíneos ou afins. A não ser que
antes do Presidente da República adquirir o mandato.
Não pode ser canditar os seguintes parentes do Presidente da República: pai, mãe, avô,
avó, filho, neto, sogro, pai do sogro.
No caso dos parentes do governados, seus parentes não podem correr a nenhum cargo
dentro do estado, mas podem a correr em cargos em outro estado.
No caso de parentes do prefeito não podem correr ao cargo de prefeito daquele município
nem de vereador, salvo se detentor de mandato eletivo.

Perda e suspensão dos Direitos Políticos


Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
Cassação – é a retirada arbitrária dos direitos.
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
É uma hipótese de perde, que é definitiva.
II - incapacidade civil absoluta (art. 3º CC) suspensão;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
A suspensão ocorre até a extinção da punibilidade.
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do
art. 5º, VIII;
A doutrina afirmar que é caso de perda (José Afonso da Silva, Alexandre de Morais,
Kildare Carvalho – examinador do TJMG), mas para o TSE trata-se de suspensão dos
direitos políticos, para o prof. é mais coerente porque a perda é definitiva, e nessa
hipótese a pessoa tem os direitos políticos suspensos até que reguralize a sua situação.
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Só pode ser decretada por sentença judicial, e nesta tem que haver expressa menção a
suspensão dos direitos políticos.

SISTEMAS ELEITORAIS
Existem três espécies:
 proporcional – no Brasil é utilizado para cargos do poder legislativo, exceto no
senado.
Deve haver uma relação entre a proporção de votos obtidos pela legendas e o número de
cadeiras que aquela legenda irá ocupar. Ex. se a legenda obteve 30% dos votos ela irá
ocupar cerce de 30% da casa.
Existem as listas para que os indivíduos possam ocupar essas cadeiras:
1. listas fechadas ou bloqueadas – é adotado em parte na Alemanha, o partido
político, antes das eleições, elabora uma lista com os candidatos e a ordem dessa
lista não pode ser alterada pelos eleitores.
2. listas flexíveis – o partido político elabora uma lista com a ordem dos candidatos,
mas o eleitor tem a possibilidade de alterá-la por meio de um segundo voto.
3. listas livres – os eleitores votam em tantos nomes quantas forem as cadeiras. Ex.
se forem quatro cadeiras, o eleitor vota em quatro nomes.
4. listas aberta – é o adotado no Brasil – o partido político tem a lista dos candidatos,
sem que haja um pré-ordenação, cabendo ao eleitor decidir a ordem final dos
candidatos.
 majoritário – é adotado para os cargos do poder executivo e do Senado Federal.
Municípios com mais de 200 mil eleitores pode haver segundo turno. A eleição é por
maioria absoluta, que é mais de 50% dos votos válidos, assim como ocorre nos outros
cargos de executivo.
Municípios com menos de 200 mil eleitores não há segundo turno, vence aquele que
obter mais votos. A eleição é maioria relativa, assim como ocorre no Senado Federal.
 misto - adota-se o proporcional e o majoritário, para que haja um equilíbrio no
proporcionalidade.

Princípio da Anterioridade Eleitoral


Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
Verticalização
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de
2006)
O TSE estabeleceu que as coligações na esfera federal teriam que ser observadas na
esfera estadual.
O STF afirmou que o princípio da anterioridade eleitoral é uma cláusula pétrea, pois é
uma garantia individual do cidadão eleitor.
A EC/52 entrou em vigor na data de sua publicação, mas só pode ser aplicada no ano
seguinte.
Fidelidade Partidária
O STF entendia que o cargo pertencia ao indivíduo e não ao partido político, não havia
fidelidade partidária exigida pela CF.
O TSE, em 27 de março 07, entendeu que a fidelidade partidária existia para as eleições
proporcionais. O cargo pertence ao partido e não ao candidato.
Essa consulta feita ao TSE foi questionada ao Supremo, que alterou o seu posicionamento
e endossou o do TSE. Como houve uma mudança de posicionamento na jurisprudência
do Supremo a decisão não teve efeito retroativo, ou seja, só perderam o cargo as pessoas
que mudaram de partido após 27.03.07.
Esse entendimento posteriormente foi adotado para o sistema majoritário. Essa consulta
começou a valer a partir de 16.10.07.
Para que possa mudar de partido, atualmente, é necessário que se apresente uma justa
causa.
Resolução nº 22.610/07 TSE.

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO


Formas de Estado:
Estado Unitário – é aquela que tem apenas um centro de poder
Estado Federal – há mais de um poder incidindo sobre a mesma população e o mesmo
território.
Formas de Governo:
Monarquia – irresponsabilidade política; hereditariedade; vitaliciedade.
República – responsabilidade política do governante; eletividade; temporariedade.
Sistemas de Governo
Parlamentarismo – chefe de estado pode ser um rei, monarca (quando a forma de
governo é monarca) ou um Presidente da República quando a forma de governo é
república. O chefe de estado é um ministro, que é auxiliado por seu gabinete.
Presidencialismo - a figura de chefe de estado e chefe de governo se concentram na
mesma pessoa.
Federação “foedus” ou “foederis” – (é uma união entre os estados)
1500-1889 – Brasil estado unitário (CF 1891)
Características de uma Federação
1. Descentralização Político-administrativa fixada pela CF – executa os seus
próprios negócios e cria suas próprias leis. Não pode está prevista apenas na lei
porque o ente federativo poderia retirar a autonomia dada por uma simples lei.
2. Participação das vontades parciais na vontade nacional – é o princípio da
participação. Território não elege senador porque não é ente federativo, mas elege
deputado.
3. Auto-organização dos entes federativos – cada ente da federação se organiza
por meio de um estatuto próprio.

Requisitos de Manutenção da Federação


1. Rigidez constitucional
2. Forma federativa considerada como cláusula pétrea
3. Controle de constitucionalidade

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