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MÓDULO I – UNIDADE DE ESTUDO 01 1

DESCOBRINDO A FILOSOFIA

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 01
CONSTRUÍNDO UMA IMAGEM CRÍTICA DA FILOSOFIA

Olá eu sou o Gregório e vou lhe acompanhar nessa unidade de aprendizagem. Espero que você esteja
disposto a se aventurar pela filosofia, vai ser uma viagem muito legal!!!
Mas para começo de conversa, tenho uma pergunta: O que você pensa que é a Filosofia? Não precisa
responder agora. Vou perguntar para você de novo no final da apostila. Mas agora vamos esclarecer
umas coisinhas: primeiro que a filosofia nasceu na Grécia com os primeiros filósofos, que eram
chamados de físicos, pois queriam compreender qual era o princípio primordial de todas as coisas, em
outras palavras, queriam saber qual é o elemento natural que deu origem a todas as coisas.
Esses filósofos foram os primeiros a explicar o mundo, por meio da razão sem recorrer a explicações
mitológicas.
Você sabe o que é um mito? Não! Então vamos ler o texto abaixo.

Do mito ao logos

O mito é uma história, um relato que narra a origem de algo com o objetivo de explicar o que aconteceu, como e por que. Existem vários mitos
praticamente para explicar todas as coisas e, principalmente, aquelas pelas quais o homem mais tem curiosidade como a origem do universo, do ser
humano e dos animais, a vida e a morte, deuses e fenômenos materiais como o fogo, a água, etc.
Mas quando um cientista nos explica algo, ele também faz um relato. O que difere isso do mito? É que o mito não usa (exclusivamente) explicações
racionais e/ou físicas. Ele se vale de acontecimentos e seres sobrenaturais (deuses, semi-deuses, demônio, etc.) para explicar aquilo que deseja. No
mito, os fenômenos naturais, os sobrenaturais e os deuses comandam os acontecimentos e o homem nada pode fazer para que aconteça ou deixe de
acontecer algo. Tudo está DESTINADO a acontecer e o homem é uma vítima desse DESTINO, como no mito de Édipo que você lê a seguir. Observe
que o homem TENTA FUGIR de seu destino, mas nunca consegue.
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MITO DE ÉDIPO

O oráculo de Delfos havia advertido Laio, rei de Tebas, de que morreria pelas mãos do seu próprio filho. Por isso,
quando seu filho Édipo nasceu, Laio atou seus pés e o abandonou no monte Citeron, onde foi encontrado por um pastor
e levado a Corinto, onde foi adotado pelo rei daquela cidade.
Certa vez, alguém contou a Édipo que o rei de Corinto não era seu pai e ele se dirigiu a um oráculo para saber a
verdade. Ficou sabendo que seu destino era matar o verdadeiro pai e casar-se com a mãe natural. Desesperado, Édipo
fugiu do palácio e perambulou pelas estradas, de cidade em cidade.
Chegando a Tebas, Édipo se encontrou com uma carruagem que transportava o rei Laio. Este ia em busca de ajuda para
acabar com a esfinge, o mostro que ficava na entrada de Tebas devorando a todos que não respondessem a algumas
perguntas. Os guardas de Laio pediram a Édipo que se afastasse da estrada para passar o rei e, como este não aceitou,
tiveram uma batalha na qual Édipo matou o rei Laio e foi para a cidade. Na entrada de Tebas, Édipo resolveu o enigma
da Esfinge e a matou, tornando-se herói da cidade e casando-se com a bela e agora viúva Jocasta, esposa do falecido
rei.
Feliz, o povo proclama Édipo, rei de Tebas.
Pragas se abatiam sobre a cidade e desgraças ocorriam todos os dias. Édipo consultou um cego, Tirésias, e ele lhe disse
que a cidade não teria paz enquanto o assassino de Laio não fosse punido. E que o assassino era ele mesmo, Édipo, que
Laio era seu pai e Jocasta, sua mãe.
Desesperado, ao descobrir que havia matado seu pai e casado com sua mãe, Édipo arrancou os dois olhos e se tornou
um mendigo abandonado por todos até ser expulso de Tebas para que as pragas se acabassem.

Vamos pensar um pouco agora!!!

Copie as perguntas no seu caderno e apresente as respostas ao seu professor de Filosofia.

1) Onde nasceu a Filosofia? 3) Para que serviam os mitos?


2) O que é o mito? 4) Você conhece algum outro mito? Escreva um pouco sobre ele .
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Já aprendemos o que é o Mito e como ele está ligado a vida das pessoas. Mas ainda fica um pergunta
no ar: o que faz um Filósofo? Um Filósofo é aquele cara que busca explicar o mundo que nos cerca,
quer dizer ele vai oferecer uma explicação racional e crítica para os fatos que ocorrem no mundo. Os
objetos de trabalho do Filósofo são o conhecimento e a ação. A reflexão crítica deve considerar a
produção teórica da Filosofia, seus textos, seus problemas e seus métodos. Ao mesmo tempo, deve
tratar de questões da ação humana sobre seus conhecimentos e sobre o mundo. Um Filósofo não fica
parado pensando, ele pensa para transformar o mundo que o cerca, para torná-lo melhor, e não fica só
no pensamento, muitas das teorias filosóficas influenciaram e influenciam muito o mundo moderno.
Veja alguns exemplos.

FILÓSOFO SUA INFLUÊNCIA NO MUNDO


Considerado o primeiro grande Filósofo do mundo. Ele pertencia ao
período clássico da Filosofia, buscava entender do que o mundo era feito,
chegando a conclusão de que tudo era feito de água. Ele observou que
tudo o que é vivo é úmido, isto é, tem água. O que morre é seco e árido,
por isso, concluiu que ela era o elemento primordial de tudo o que existe.
Foi ele o primeiro a tentar dar uma explicação racional para o mundo, sem
recorrer aos mitos. Desde Tales a humanidade tenta explicar todo o
mundo por meio da razão. Foi ele que nos fez perceber que podemos usar
nossa razão para melhorar o que conhecemos sobre o mundo. Além de ter
elaborado o Teorema de Tales dando uma contribuição importante para o
Tales de Mileto desenvolvimento da matemática.
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Montesquieu. Nasceu de uma família pertencente à nobreza


francesa no século XVII. Educado em Paris, nos oratorianos e
na faculdade de direito escreveu um importante obra chamada
o Espírito das Leis. Nela ele busca demonstrar como um
governo pode tornar o povo mais feliz, chegando a conclusão
de que é necessária um tripartição dos poderes do governo.
Surge, assim, os poderes legislativo (vereadores, senadores,
deputados estaduais e federais); Executivo (prefeitos,
governadores e o presidente da República) e o poder judiciário
(juízes e promotores). Esses poderes são independentes e cada
um deve fiscalizar o outro de modo a garantir a democracia da
nação e a felicidade do povo. Sua contribuição faz parte da
nossa forma de organização política.
Montesquieu

Filósofo moderno do século XVIII Influenciou muito a


revolução francesa com seu modo de pensar. Para ele o
homem, deve ser um fim e não um meio para alcançar
determinado objetivo. Isso o levou a afirmar que uma nação
esclarecida, com acesso a educação e cultura não seria mais
escrava dos interesses de nenhuma pessoa. Esse pensamento
serviu de pilar para a revolução francesa que garantiu até hoje,
para todos nós, uma educação gratuita e de acesso universal.
Immanuel Kant
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Um dos Filósofos mais importante da atualidade. Ele vive na Alemanha e


já conta com mais de 80 anos. Tem influenciado muito no que diz respeito
as relações internacionais sendo um dos idealizadores da Constituição
Européia. Com sua teoria do Agir Comunicativo ele nos permite perceber
que as ações democráticas do cidadão podem ser ampliadas para a esfera
global e não se restringir ao Estado-Nação.

Jürgen Habermas

Vamos pensar um pouco agora!!!

Agora que você conhece alguns Filósofos importantes, responda as questões abaixo.

1) Quais os objetos de trabalho dos Filósofos?


2) Como Tales de Mileto chegou a conclusão de que o elemento primordial do mundo era a água?
3) Qual foi a revolução influenciada pelo Filósofo Immanuel Kant?
4) Qual dos Filósofos apresentados acima está vivo hoje e continua influenciando o mundo principalmente no que diz respeito as relações
internacionais?
5) Para que serve a Filosofia? Responda essa questão com base no que aprendeu e na sua opinião.
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Situação de aprendizagem 02
Empirismo e Criticismo

Você sabe com funciona a nossa mente? Como é que aprendemos as coisas? De onde vem as imagens
de nossa imaginação, de nossos sonhos? Como é que gravamos tantas lembranças na memória? Nessa
situação de aprendizagem vamos tentar demonstrar como os Filósofos tentaram resolver essas
perguntas que podemos resumir em apenas uma: Como é possível o conhecimento? Um Filósofo que
falou sobre esse tema foi John Locke ele representa a corrente filosófica chamada empirismo. Para o
empirismo todo conhecimento é adquirido por meio dos sentidos, nascemos sem saber nada e a medida
que crescemos vamos fazendo experiências com os nossos sentidos, descobrindo cheiros, cores, sabores
e assim, aprendemos. Vamos ler um fragmento do livro de Locke chamado “Investigações acerca do
entendimento humano”.

Leitura e análise de texto

“Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel branco, conhecimento jorram todas as nossas ideias, ou as que possivelmente
desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será teremos.
suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a Primeiro, nossos sentidos, familiarizados com os objetos sensíveis
ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade infinita? particulares, levam para a mente várias e distintas percepções das
De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A coisas, segundo os vários meios pelos quais aqueles objetos a
isso respondo, numa palavra: da experiência. Todo o nosso impressionaram. Recebemos, assim, as ideias de amarelo, branco,
conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o quente, frio, mole, duro, amargo, doce, e todas as ideias que
próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos denominamos qualidades sensíveis. Quando digo que os sentidos levam
como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos para a mente, entendo com isso que eles retiram dos objetos externos
percebidas e refletidas, nossa observação supre nosso entendimento para a mente o que produziu esta percepção. A esta grande fonte da
com todos os materiais do pensamento. Dessas duas fontes de
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maioria de nossas ideias, bastante dependente de nossos sentidos, dos pensamento, o duvidar, o crer, o raciocinar, o conhecer, o querer e
quais se encaminham para o entendimento denomino sensação. todos os diferentes atos de nossas próprias mentes.
A outra fonte pela qual a experiência supre o entendimento com ideias é […] Mas, como denomino a outra de sensação, denomino esta de
a percepção das operações de nossa própria mente, que se ocupa das reflexão: ideias que se dão ao luxo de serem tais apenas quando a mente
idéias que já lhe pertencem. Tais operações, quando a alma começa a reflete sobre as próprias operações.
refletir e a considerar, suprem o entendimento com outra série de ideias
que não poderia ser obtida das coisas externas, tais como a percepção, o Locke, John. Ensaio Acerca do entendimento humano. pp. 159-160.

Vamos fazer algumas atividades?

Copie no seu caderno as palavras que você não sabe o que significam, depois investigue em um bom dicionário o significado de cada uma delas. Se
tiver alguma dúvida pergunte ao seu professor na próxima orientação.

1) Com base nas informações do texto, copie a tabela abaixo em seu caderno completando a coluna vazia com o funcionamento equivalente da
inteligência ou intelecto ao funcionamento da televisão ou do rádio. Você deve comparar o funcionamento da sua inteligência ou intelecto
como o funcionamento da televisão ou rádio conforme os exemplos abaixo.
A televisão ou rádio A inteligência ou intelecto
Capta o mundo pela antena ou cabo. Capta o mundo pelos sentidos
Analisa e interpreta o sinal.
Depois de interpretar, transforma o sinal em som ou imagem.
Só interpreta o sinal dos canais. É capaz de produzir ideias, de imaginação...
Não aprende nada com o que capta.
Não pode refletir sobre o que capta.

2) Todo bom texto apresenta com clareza a sua ideia principal, que chamamos de “tese”. A seguir há frases que fazem referência ao texto de John
Locke. Marque a frase que apresenta a principal ideia do autor.
a) Existem dois tipos de conhecimento: os que provêm da experiência e os que fazemos sobre as ideias que já temos.
b) A mente é vazia de ideias; as experiências é que dão a ela todo o conhecimento necessário.
c) A reflexão é diferente da sensação.
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3) Quais as fontes do conhecimento de onde jorram nossas ideias?


4) A seguir estão algumas imagens que representam nossas ideias. Temos algumas ideias devido à sensação, como amarelo, branco, quente, frio,
mole, duro, amargo, doce e todas as ideias que denominamos qualidades sensíveis. Outras, temos devido à reflexão, como a percepção, o
pensamento, o duvidar, o crer, o raciocinar, o conhecer, o querer. De acordo com esses critérios, classifique as imagens abaixo usando “S” para
sensação e “R” para reflexão.
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Leitura e analise de texto

Da distinção entre conhecimento puro e o empírico

“Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, porque, com efeito, como haveria de exercitar-se a
faculdade de se conhecer, se não fosse pelos objetos que, excitando os nossos sentidos, de uma parte, produzem por si mesmo representações e de
outra parte impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-lo ou separá-los, e, deste modo, à elaboração da matéria informe das
impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se denomina experiência?
No tempo, pois, nenhum conhecimento precede a experiência, todos começam por ela.
Mas se é verdade que os conhecimentos derivam da experiência, alguns há, no entanto, que não têm essa origem exclusiva, pois poderemos admitir
que nosso conhecimento empírico seja um composto daquilo que recebemos das impressões e daquilo que a nossa faculdade cognoscitiva lhe
adiciona (estimulada somente pelas impressões dos sentidos); aditamento que propriamente não distinguimos senão mediante uma longa prática
que nos habilite a separar esses dois elementos.
Surge desse modo uma questão que não se pode resolver à primeira vista: será possível um conhecimento independente da experiência sensível e
das impressões dos sentidos?
Tais conhecimentos são denominados a priori, e são distintos dos empíricos, cuja origem é a posteriori, isto é, da experiência.
KANT, Immanuel. Critica da Razão Pura.

VOCABULÁRIO FILOSÓFICO

A PRIORI = Todo conhecimento, juízo ou proposição que independe dos sentidos para ser construído.
A POSTERIORI = Todo conhecimento, juízo ou proposição dependente dos sentidos para ser construído.
COGNOSCITIVA = Relacionada a capacidade de conhecer a realidade que nos cerca.
ADITAMENTO = Ato de adicionar algo a alguma coisa, de dizer algo que acrescenta.
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Agora que você já leu o texto sobre a distinção entre o conhecimento puro (aquele que não
depende da experiência sensível) e o conhecimento empírico (aquele que depende da
experiência sensível) vamos leu uma explicação mais detalhada do pensamento de Kant e
depois fazer alguns exercícios.

Immanuel Kant, filósofo alemão, em geral considerado o pensador mais influente dos tempos modernos, nasceu em Königsberg, atual
Kaliningrado, em 22 de abril de 1724. Não casou nem teve filhos, falecendo em 1804 aos 80 anos.
Escreveu três grandes obras: Critica da Razão pura; Crítica da Razão Prática e Critica da Faculdade do Juízo.
Na primeira obra ele se pergunta se é possível conhecer algo no mundo sem o auxílio dos sentidos. Ele chega a conclusão de que sim, é possível
conhecer algo sem o auxilio dos sentidos e isso ele chama de conhecimento a priori. Esse tipo de conhecimento é aquele que independe dos sentidos
para que possamos descobri-lo, por exemplo, os conhecimentos matemáticos tais como 2 + 2 = 4. eu não preciso dos sentidos para realizar esse
cálculo, posso fazê-lo mentalmente, só com a minha razão. Outro exemplo de conhecimento a priori são aquelas proposições (frases) em que o
predicado acrescenta algo ao sujeito que não está contido na definição do sujeito, e que não está dado pela observação do objeto. Por exemplo, a frase:
“a reta é a menor distancia entre dois pontos” se decompormos a frase ficaria assim:
Sujeito da frase – a reta
Predicado da frase – a menor distancia entre dois pontos
Para Kant no conceito de “reta” não existe nada que me diga sobre a quantidade de metros ou centímetros entre dois pontos qualquer, mas sim
que uma reta é um traço sem curvas. O predicado dessa frase, portanto, acrescenta algo ao sujeito que é quantitativo que, nesse caso, é a distancia
referente a dois pontos quaisquer no espaço.
O primeiro exemplo é um juízo analítico a priori, isso significa dizer, que eu posso decompor analisar (análise significa separa um elemento ou
algo em quantas partes menores forem possíveis). os números e chegar ao resultado. Tal como aprendemos em matemática: duas tampinhas de garrafa
mais duas tampinhas de garrafa é igual a quatro tampinhas de garrafa.
O segundo caso não permite decompor o sujeito da proposição, pois se eu o decompuser não encontrarei nada na definição de reta que se refira
a menor distancia entre dois pontos. Essa conclusão é intuitiva, quer dizer, a razão por si só intui que a reta é a menor distancia entre dois pontos. Por
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isso, o segundo exemplo é chamado de juízo sintético a priori. Veja a tabela abaixo que faz um esquema do pensamento de Kant sobre o juízos a
priori.

JUÍZOS
Podem ser extraídos da experiência
como fonte de comprovação, por
exemplo, 2+2=4. É um juízo tido como
ANALÍTICOS
impuro pois se comprova por meio da
experiência.
JUÍZOS
Não podem ser extraídos da
experiência, mas somente pela intuição
racionais. São tidos com puros, pois
SINTÉTICOS
não depende da experiência sensível.
Por exemplo a proposição: “A reta é a
menor distância entre dois pontos”.
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Agora que você já leu o texto anote suas dúvidas e as leve ao


professor. Se não possuí dúvidas, tente encontrar as palavras abaixo
no caça palavras. Essas palavras são exemplos de juízo a priori, que
são aqueles que não dependem da experiência sensível.

TEMPO – ESPAÇO – QUALIDADE – ANALISAR – JULGAR – RELAÇÕES

A B A C A X I O V O F R I T J U L G A R O O S I V A L O R E S O V F R T O L I M Ã O
A M A R E L O A B A C A X I O V O F R I T O L I M Ã O A M A R E L O A N A L I S A R
à A S T R E L A Ç Õ E S O V O F R I T O E U S O U L I N D O D E M A I B C X I O V O
F R I O L I M O A M A R E L O A B A S E R B O M É D A H O R A I M Ã O A M A R E L O
T E M P O F O R T E C H U V A V I O L A O E S P A Ç O A R V O R E M I N H O L O A C
A X I A N A L I S A R B A A Q U A N T I D A D E L I M Ã O A M A R E L O T E M P O F
O R T E C H U V A V I O C A A B A C A X I A M A R E L A O E S P A Ç O A R V O R E M
I N H O C A A B A C A X I A M A R E L O A B A C A X I O V O F R I T O L I M Ã O A M
A R E L O T E M P O Q U E G A R O T O B O M É E S T E R A P A Z A R V O R E M I N H
O C A A B A C A E U C O M I U M A T O R T A D E B A N A N A O A M A R E L O T E M P
O F O R T E C H U V A V I O L A O E S P A Ç O A R V O R E M I N H O C A A B A C A X
I O R A C I O C Í N I O A M A R E L O A B A C A X I O V O F R I T O L I M Ã O A M A
R E L S P A Ç O A R V O R E M I N H O C A A B A C A X I F R I T O A N A L I S A R A
C Q U A L I D A D E B A A X I O V O F R I T O T O N H O S X V P D B A Z K M N Z T V
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Situação de aprendizagem 03
Áreas da Filosofia

Nós já estudamos como surgiu a Filosofia e qual a influência dos Filósofos no mundo antigo, moderno
e contemporâneo; também vimos como é que o processo de conhecer alguma coisa no mundo, ficou
claro que nosso saber parte dos sentidos e depois nós transformamos os dados que os sentidos nos dão
em ideias que nos permitem relacionar objetos, unir e separar ideias. Agora, nessa situação de
aprendizagem vamos ver onde a Filosofia pode atuar. Vamos ver somente algumas áreas onde a
Filosofia é usada para que toda a humanidade possa desfrutar de avanços técnicos e tecnológicos sem
o perigo de deixar ser o motivo pelo qual esses avanços são feitos. Vamos ler o texto abaixo.

Áreas da Filosofia

POLÍTICA

Política vem da palavra grega polis que signfica cidade. O político, portanto, deve ser
aquele que cuida dos interesses públicos da cidade, que cuida de fazer a cidade melhor, é a
arte do bem comum. A Filosofia vai refletir sobre a prática ou teoria relativa a vida social,
relativa ao cuidado do Estado, da Nação. Dessa forma a Filosofia entende a política com
arte de viver na cidade em relação negociada com os outros, compartilhando projetos e
decisões para o bem comum.
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ESTÉTICA

É a área da Filosofia que estuda os critérios e problemas da criação e da beleza artística;


problematiza os valores estéticos e as relações entre forma e conteúdo, bem como a
importância da arte para as sociedades humanas.

ÉTICA

Estuda os princípios universais que motivam, justificam e orientam as ações humanas.


Distingue-se da moral, pois a moral é subjetiva, é particular e não pode ser aplicada a toda
a humanidade. Por exemplo, para os cristão é moral ter apenas uma esposa, já para os
muçulmanos é moral que o homem tenha mais de uma mulher. No que diz respeito a ética
ela se aplica a todos, pois, por exemplo, é ético ser honesto nos negócios, isso se aplica a
todos os povos.

FILOSOFIA DA HISTÓRIA

É a área da Filosofia preocupada com a relação do homem com o tempo, com os processos
culturais e sociais historicamente enraizados.

EPISTEMOLOGIA

É a analise crítica da ciência. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a


validade do conhecimento. Bem como até onde pode ir a ciência. Está sempre ligada com a
ética e com a teoria do conhecimento.
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TEORIA DO CONHECIMENTO

É a área da Filosofia que busca entender como ocorrem os processos de aprendizagem, de


construção do conhecimento.

LÓGICA

A lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto,
sendo, portanto, um instrumento do pensar.

Agora que você já sabe algumas das áreas de atuação da Filosofia


responda a questão abaixo.

01) Na sua opinião qual das áreas da Filosofia apresentadas é mais importante? Justifique sua resposta.

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